You are on page 1of 7

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTÓRIA

RAFAEL MARTINELLI

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO HISTÓRICO


Artigo referente ao imperialismo na África

São Vicente
2018
RAFAEL MARTINELLI

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO HISTÓRICO


Artigo referente ao imperialismo na África

Trabalho de história apresentado à Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção
de média semestral nas disciplinas do 7ªSemestre.
Orientador: Prof. Leandro César Leocádio, José Osvaldo
Henrique Corrêa, Luana Pagano Peres Molina, Érica
Ramos Moimaz, Bernadete de Lourdes Streisky Strang

São Vicente
2018
3

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho destina-se à uma explicação conceitual sobre o


período histórico do imperialismo no continente Africano, respondendo às perguntas
pertinentes relacionadas aos diversos autores que abordaram tais fatos.
4

2 TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO SOBRE O IMPERIALISMO NO


CONTINETE AFRICANO

2.1 O CAPITALISMO MONOPÓLICO

O capitalismo tem uma fase especial, chamada de imperialismo,


marcada por transformações econômicas. O imperialismo, do ponto de vista
econômico, e segundo Lenin, é o grau superior do desenvolvimento do capitalismo,
isso porque, enquanto há a produção imensa, a concorrência é substituída pela
essência econômica do imperialismo, que é o monopólio.
Nos dias atuais, a monopólios são as grandes empresas, as
multinacionais bilionárias. Elas organizam sua produção em uma escala mundial,
que, dessa forma, monopolizam ramos inteiros da produção, confirmando ainda hoje
o descrito por Lenin. Percebe-se isso na segunda característica do capital
monopolista, descrito por LENIN
“os monopólios conduziram ao controle, cada vez maior, das
mais importantes fontes de matérias primas (...). A posse
monopolista das fontes mais importantes de matérias-primas
aumentou enormemente o poderio do grande capital e
agudizou as contradições entre a indústria (...).”
Outro aspecto que Lenin citou do capital monopolista foi a
dominação do capital financeiro, através de fusões bancárias com a indústria.
“os monopólios surgiram através dos bancos, os quais, de
modestas empresas intermediárias que eram antes, se
transformaram em monopolistas do capital financeiro. Três ou
cinco grandes bancos de cada uma das nações capitalistas
mais avançadas realizaram a “união pessoal” do capital
industrial e bancário, e concentraram nas suas mãos somas de
milhares e milhares de milhões, que constituem a maior parte
dos capitais e dos rendimentos em dinheiro de todo o país. A
oligarquia financeira, que tece uma densa rede de relações de
dependência entre todas as instituições econômicas e políticas
da sociedade burguesa contemporânea sem exceção: tal é a
5

manifestação mais evidente deste monopólio.”


Através disso, outros meios diversos de exploração entre os países
poderosos e os que eram assediados aumentavam. A exportação de capitais que
caracterizava o imperialismo engrandeceu-se, tanto como forma de capital-dinheiro,
bem como com a produção mundial, através de empresas.
Dessa forma, entende-se, através de Lenin, que o Estado, em uma
conjuntura com a produção e a detenção do poder, monopolizava não apenas a
produção, ou o produto, mas também o próprio capitalismo. Os Estados totalitários e
absolutos desmatavam Estados menores e menos poderosos, tornando suas
colônias mercados consumidores obrigatórios de seu produto.

2.2 CONCEITO DE ESTADO E NAÇÃO E A RELAÇÃO COM A INDEPENDÊNCIA


DO CONTINENTE AFRICANO

Segundo Sahid Maluf, os conceitos de Nação e Estado se diferem


na formação entre as duas. Enquanto a Nação provém de direito natural, ou seja,
sua existência está inclusa na formação social, sem ser inventada por ninguém, mas
formada pelo todo, o Estado é uma criação social. Segundo Sahid, o Estado é um
órgão executor da soberania nacional, do qual existe para a representação dessa
soberania.
De forma relacionada a isso, observa-se no documentário “Estados
de Independência: a disputa pela África” a transformação nas Nações e Estados
africanos no período imperialista e colonialista. Nesses períodos, as nações
africanas — que deviam assim ser chamadas por direito natural — observavam sua
capacidade de exercitar sua soberania nacional roubada. Através dessa triste
realidade, as grandes potências utilizavam as nações africanas como meros
fantoches de seus interesses. Os povos africanos produziam através de sua matéria
prima, com a promessa de retribuição e evolução do meio da sociedade, contudo,
tudo era entregue aos Estados totalitários, que nada deixavam para trás.
Apenas a partir da criação de Estados na África é que houve
demonstrações mais precisas da formação de soberania por estas nações, o que
levou ao processo de independência do continente africano.
6

2.3 METODOLOGIA DE ENSINO APLICADA AOS ALUNOS DO 3º EM

O professor pode-se utilizar do R.P.G. (role play game) como


ferramenta pedagógica. RPG significa jogo de interpretação, em tradução direta. Os
alunos poderiam interpretar papéis de africanos comuns e europeus imperialistas,
podendo viver na pele o que ocorreu naquele período. O professor organiza os
alunos para pesquisar sobre o contexto histórico da época e os coloca no controle
de seus personagens, fazendo com que eles interajam com as situações da época.
Os alunos enfrentariam situações como a falácia de que a
exploração — termo obviamente não utilizado pelos colonizadores — serviria para o
bem de seu povo, de que traria avanços tecnológicos. Dessa forma, os alunos
através de seus personagens viveriam a realidade por trás dessas falsas
promessas, entendendo melhor como foi articulado a dominação do continente
africano através de políticas imperialistas e ameaças de guerra. Como as nações
foram divididas, sem se considerar as culturas locais, separando comunidades,
criando limitações estranhas para o povo, vendendo suas riquezas. Em resumo
tirando o melhor para eles e deixando a miséria para trás, deixando fantoches no
poder para fingir uma falsa liberdade, tentando apagar a história e cultura da
sociedade dominada, ensinando as "verdades” europeias.
O professor, através desse contexto e utilizando essa ferramenta de
ensino, pode também se utilizar de debates na classe, como forma de aprofundar o
conhecimento sobre o tema, bem como entender quais as consequências que esse
período histórico causa ainda hoje nesses povos.
7

REFERÊNCIAS

MARTINS, Maria Helena. Maria Lúcia d Arruda. ‘Aprendendo a ler’, do livro


‘Temas de Filosofia’. disponível em < <www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=
%2F308413%2Fmod_resource%2Fcont ent%2F1%2FTemas%20de%20Filosofia
%20%20Maria%20Lucia%20de%20Arruda%20Aranha.pdf>.

LENIN. Vladimir Ilyich Ulyanov. ‘O Imperialismo: etapa superior do capitalismo’,


disponível em: <http://ujs.org.br/index.php/formacao/o-imperialismo-etapa-superior-
docapitalismo/?download=12838>.

Emissora AlJazeera. Documentário ‘Estados de Independência: a disputa pela


África’. produzido pela emissora de televisão AlJazeera, do Catar, em 2010,
disponível em: <www.youtube.com/watch?v=4ZWlqSCPv48>.

MALUF, Sahid. ‘Teoria Geral do Estado’. Disponível em:


<https://kupdf.com/download/sahid-maluf-teoriageral-do-
estado2013_58cd233ddc0d604020c3462c_pdf>

CRUZ, Diego. Lenin e o Imperialismo. Disponível em: <


https://www.pstu.org.br/lenin-e-o-imperialismo/>.

You might also like