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MODULO 1- ATIVIDADE COLETIVA

Situação A: A Supervisora de Ensino Sônia F.F. Freitas relatou sua


preocupação em relação ao nível de evasão escolar de uma escola, da
indiferença de alguns gestores e docentes em relação a não aprendizagem
dos alunos e da não inclusão das pessoas com deficiência, com autismo,
dislexia e outros transtornos, como também de alunos cumprindo medidas
socioeducativas. O Dirigente Regional de Ensino propôs a discussão dos
temas, visto que algumas situações já tinham sido relatadas por outros
Supervisores de Ensino em outros momentos. Assim, como a Equipe de
Supervisão de Ensino poderia intervir melhor para a superação desta
situação?

O atendimento de todos os alunos pelos sistemas de educação é


uma questão de princípio que está definido claramente na Constituição
Federal com a expressão “direito público subjetivo”, em seu Artigo 208,
repercutido na Lei Federal n° 9394/96 em seu Artigo 5º e no Artigo 54 da
Lei Federal nº 8.069/1990, que trata do Estatuto da Criança e do
Adolescente. A inclusão de pessoas com deficiência na educação fica
normatizada, com detalhes, na Lei nº 13.146/2015 . Depois de assumido o
princípio norteador, surgem as dificuldades de aplicação prática e a
necessidade de análise de cada caso particular. Todo esforço deve ser feito
no sentido de encontrar soluções para não abrir mão desse direito que
define a função da educação escolar para o exercício da cidadania.
Neste contexto, é importante que os supervisores realizem estudos
junto com as equipes escolares sobre textos legais e referenciais teóricos
pertinentes ao assunto, entendendo primeiramente que o direito à educação,
previsto constitucionalmente, pressupõe que todos os alunos tenham acesso
e permanência na escola, bem como um ensino de qualidade.
Além das sessões de estudos é imprescindível o fortalecimento da
parceria da Escola com a Comunidade Escolar, articulando o trabalho de
estudos e de aproximação com as famílias com os representantes do
Conselho de Escola e do Grêmio Estudantil.
Por fim, o mais importante é tornar o espaço escolar um local onde
as práticas excludentes sejam substituídas por outras, nas quais o respeito
à diversidade e à concretização da função social da Escola imperem. A
alteração da cultura escolar posta ocorrerá por meio de ações elaboradas
coletivamente, as quais serão orientadas e acompanhadas pela
Supervisão de Ensino

Situação B:
Uma ouvidoria denunciava e solicitava providências da Diretoria de
Ensino, em relação à utilização do Caderno do Aluno na EE Raio de Sol. A
reclamante “ouviu falar” que “o Estado oferecia este material que ajudava o
aluno a aprender ‘coisas’ importantes”. A denunciante relatava que os
alunos não estavam aprendendo. Segundo ela, “apesar dos poucos estudos
que tinha”, conseguia perceber que “o filho e os seus colegas não tinham
conhecimentos suficientes que lhes permitissem arrumar um emprego” e
que, além disto, “não aprendiam, na escola, a conviver melhor”. Ela estava
muito preocupada com o futuro do seu filho. Como a Equipe de Supervisão
de Ensino poderia atuar nesta situação?
O Supervisor de Ensino da EE Raio de Sol deve iniciar o trabalho
levando a reclamação da mãe para que a Equipe Gestora e os docentes da
Escola reflitam sobre os aspectos ali apontados pela denunciante.
Torna-se imprescindível a retomada dos princípios do Currículo do
Estado de São Paulo junto aos docentes, além da metodologia para o
desenvolvimento adequado do mesmo.
Ressaltamos que os princípios contidos no documento preveem
uma formação integral do aluno, em que a convivência é tema transversal a
ser trabalhado pela Escola.
Cumpre, ainda, promover reuniões com a comunidade escolar a
fim de que haja uma revisão da Proposta Pedagógica, verificando se atende
às necessidades da sua clientela, tendo em vista o exercício da função
social da Escola junto à comunidade em que está inserida.

Situação C:
O Dirigente Regional de Ensino colocou em discussão a solicitação do
Supervisor de Ensino Paulo J.J. Fontes para que nenhum colega fizesse
qualquer interferência, durante o plantão da Supervisão de Ensino, nas
escolas de seu setor. Disse que ele mesmo não faria nada em relação às
escolas do setor dos colegas, mesmo que fosse algo urgente e/ou legal,
pedindo ao interessado que voltasse à Diretoria de Ensino no dia do plantão
do Supervisor de Ensino da referida escola. Desta maneira, a discussão
pautou-se sobre a função da Supervisão de Ensino enquanto equipe.

É fundamental que a equipe de Supervisores de Ensino se aproprie do


disposto na Resoluçãon SE 52/2013, que dispõe sobre o perfil,
competências e habilidades requeridos dos Profissionais da Educação da
Rede Estadual de Ensino:
”O Supervisor é um dos responsáveis pela consolidação
de políticas e programas desse Sistema, por meio de
ações coletivas, que envolvam um movimento de ação,
reflexão e ação. É um dos participantes do processo de
construção da identidade da Diretoria de Ensino e da
escola...”
Nesse sentido, os estudos da equipe de supervisão devem procurar garantir
os aspectos essenciais legais e teóricos para construção das ações coletivas
e da identidade da Diretoria de Ensino de tal forma que as orientações
dadas por cada um dos supervisores de ensino sejam validadas pelo grupo.
Além disso é importante, também, que os temas dos estudos visem
ressignificar o conceito de grupo e de trabalho em equipe.

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