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“Foi ele e não nós, que nos fez povo seu…” Ele é o nosso
criador! Você não está neste mundo por acaso, nós não
somos uma mera obra da natureza, como dizem os
evolucionistas, somos filhos de Deus, criados por Ele.
Deus te fez com carinho, dedicação. E mais, nos
escolheu para sermos seu povo. Se hoje existimos, é o
porquê um dia o nosso supremo criador quis que assim
fosse.
Dentro desse prisma, nós não lemos que algum salmista dizia que o seu "deus sonhava", "que
só depende de você", "que basta uma oração para as montanhas ruírem" ou qualquer coisa
nesse sentido. Muitíssimo pelo contrário, vemos os salmistas escrevendo e expressando a
glória de Deus sobre tudo o que aconteceu, acontece e acontecerá. Os salmos nos descrevem a
amplitude do conhecimento e magnificência de Deus.
O salmo de hoje é um salmo de louvor ao Senhor. Diferentemente de outros salmos que eram
feitos em ocasiões especiais ou por causa de determinada circunstância, o presente salmo não
nos indica qualquer situação em particular, o que leva-nos a apreciá-lo como um cântico que
expressava aquilo que o salmista era desejoso de viver.
Homem algum deve buscar uma vida cristã feita por obrigação. Ninguém deveria estar aqui
nessa noite por obrigação. É certo que muitas vezes somos forçados a fazer determinadas
coisas, mas isso se dá porque ainda relutamos em aceitá-las - por causa de nosso pecado.
Contudo, não devemos nos escusar de buscar a alegria em fazer as coisas do Senhor.
O salmista também escreve dizendo que não somente uma parcela do seu povo deveria exultar
em grande alegria, mas "todas as terras" deveriam dar brados de júbilo proclamando que o
Senhor é maravilhoso.
"Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto" (v.2).
Constantemente nós vemos que o povo de Israel alegrava-se em servir ao Senhor com grande
alegria (2Cr 30.21; Ne 8.17; Sl 4.7; 45.15; At 2.46; 11.23; 14.17). Em especial, o salmo 4 nos diz:
"Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e
o vinho" (v.7). Com grande entusiasmo também lemos muitíssimas passagens bíblicas que nos
mostram o povo de Deus entoando em alta voz canções que exaltavam o nome do Senhor (Sl
81.1; 95.1; Is 30.29; 1Co 14.15; Ef 5.19; Tg 5.13).
Nos é interessante observar que a segunda parte desse versículo é essencial para o
entendimento da primeira. Primeiro o salmista escreve "Servi ao SENHOR com alegria" e nos
perguntamos: qual a consequência de servir ao Senhor com alegria? E o salmista nos responde:
"entrai diante dele com canto". Quando servimos ao Senhor com alegria, nada mais lógico de
que vivermos na presença de Deus de maneira alegre, exultante e transbordando de alegria.
Por isso é dever de todo o cristão se alegrar no Senhor e servi-lo com grande alegria.
Porém, surge-nos uma grande dúvida nesse ponto: como conseguimos ter essa alegria em
servir ao Senhor? É muito fácil falarmos da alegria de ser cristão quando nossas finanças estão
em dia, quando nossa família está vivendo de maneira harmoniosa e quando estamos
conseguindo ter bons relacionamentos com os demais; mas quando tudo isso não está sendo
vivido em nossas vidas, tal conselho do salmista parece ser absurdo e sem sentido. Mas,
louvado seja o Senhor que não nos deixa sem resposta.
"Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação" (Fp 4.11). Ao comentar sobre essa
passagem, Spurgeon disse: “Essas palavras nos mostram que antes ele não sabia viver dessa
maneira, custou-lhe algum esforço para alcançar o mistério dessa grande verdade. Sem dúvida,
as vezes ele pensava que já havia aprendido mas falhava. E, quando, finalmente a alcançou e
pôde afirmar: ‘Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação’, já era um homem velho,
de cabelos grisalhos, às portas da morte - um miserável prisioneiro encarcerado por Nero, em
Roma. Se queremos chegar onde Paulo chegou, também devemos suportar as enfermidades
dele e compartilhar com ele da sua prisão. Não alimente a ideia de que você pode viver
contente sem aprender, ou aprender sem disciplina. Viver contente não é uma virtude que
pode ser praticada naturalmente, e sim uma arte a ser obtida gradualmente. Sabemos disto
por experiência. Silencia a murmuração, embora ela seja natural, e continue sendo um aluno
diligente na Palavra”. [2]
"Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e
ovelhas do seu pastor" (v.3).
Aqui o salmista responde à pergunta que fizemos. Ele começa dizendo que somente
poderemos ter alegria em servir ao Senhor e viver para a sua glória se soubermos quem Ele é.
Quando Moisés é chamado pelo Senhor para libertar o seu povo do Egito, ele pergunta ao
Senhor qual o seu nome. "Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de
Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu
nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos
filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós" (Êx 3.13,14). Moisés precisava de uma referência
sobre quem era Deus, para que então pudesse fazer aquilo que Ele lhe ordenava.
Pergunta 4. Quem é Deus? Resposta: Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser,
sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade. Ref. Jo 4.24; Ex 3.14; Sl 145.3; 90.2; Tg
1.17; Rm 11.33; Gn 17.1, Ap 4.8; Ex 34.6-7.
Queridos, essa afirmativa - "Sabei que o SENHOR é Deus" deve vibrar em nossos corações e
ressoar de maneira profunda, tal qual um grito ecoa pelas montanhas rochosas.
Essa afirmativa deveria bater em nossos corações e nos indagar: "Eu sei que o Senhor é Deus"?
E ainda mais, ela deveria forçar-nos contra a parede do pecado e nos perguntar: "Você sabe
quem é Deus?", "Você sabe quem você está adorando?", "Você tem consciência que está
diante de um Deus três vezes santos?".
Dever-nos-ia causar medo, angústia, aflição, contrição e EXTREMO DESESPERO caso não
estejamos conscientes de quem é Deus.
Meus amados, bem sabemos que "O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu
vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (Jo 10.10). Sim, é fato de que esse
ladrão - de acordo com o contexto - são os falsos mestres e profetas que se introduzem em
meio ao rebanho de Deus, contudo, devemos lembrar que esses ladrões são ministros de
satanás, usados com a finalidade de enganar os seus.
Em Apocalipse 4.8 lemos: "E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor,
e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo:
Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir." Na
literatura bíblica, quando se diz três vezes a mesma coisa é porque esse fato é extremamente
importante e não deve de maneira alguma ser negligenciado, portanto, fazemos bem em
atentar para esse quesito.
A segunda parte do versículo demonstra que o salmista conhecia o Senhor não somente no
nível das ideias, mas também reconhecia que "foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos;". O
escritor tinha a certeza - veja bem, a certeza - de que o Senhor havia-os criado.
O centro da vida cristã - como sugerem muitos teólogos - é Gn 1.1: "No princípio... Deus", o
único "Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o
sempre. Amém" (1Tm 1.17).
Receio que muitos hoje vivam diante de Deus como se vivessem diante de um atirador de elite
que está pronto para atirar, que nunca errou um tiro sequer e mesmo assim tais homens fazem
gracinhas, piadas e vivem a vida de qualquer maneira, achando que aquele atirador nunca os
acertará.
Meus amados, não devemos brincar de ser cristãos. Nossas brincadeiras não devem nos levar a
esquecer de que estamos diante do Deus zeloso. Nossos trabalhos não devem nos distrair a
ponto de nos esquecermos de quem Ele é. Nossas famílias não podem ser maiores do que o
Senhor. Nós mesmos não devemos nos achar dignos de coisa alguma - "Porque o SENHOR teu
Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso" (Dt 4.24)
O salmista termina então o presente versículo dizendo: "somos povo seu e ovelhas do seu
pastor", levando-nos a compreender a necessidade de vivermos em conformidade com aquilo
que ele mesmo prescreveu para nós.
"Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o
seu nome" (v.4).
Aqui, o escritor do salmo escreve quase que de maneira semelhante ao versículo dois.
Ao comentar esse versículo, Calvino diz: "Entrai pelas portas. A conclusão do salmo é quase a
mesma do começo dele, exceto que ele adota um modelo de discurso que relaciona a
adoração a Deus que é obtida debaixo da lei, e também nos lembra de que o fato dos crentes
renderem graças a Deus não descarta seu dever de O adorarem corretamente e isso não pode-
se dar a menos que continuem praticando regularmente sua devoção sincera. Entretanto,
significa também que Deus não pode ser adorado se isso não estiver sendo feito de acordo
com a estrita maneira que ele mesmo prescreveu em sua lei." [3]
O salmista também deseja mostrar o quão importante era o templo do Senhor para o seu
povo. Davi expressou sua alegria no Salmo 122.1 quando disse: "Alegrei-me quando me
disseram: Vamos à casa do SENHOR."
"Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em
geração" (v.5)
Por fim, o salmista então chega ao final de seu louvor, mas de maneira diferente do que muitas
vezes estamos habituados.
Observemos que o salmista primeiro coloca aquilo que se sucede à vida debaixo do poder do
Senhor e por fim coloca qual que é a premissa ou o ponto de partida para que isso seja
verdade: "Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de
geração em geração"
1. "Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em
geração" (v.5), devem "Celebrar com júbilo ao SENHOR, todas as terras" (v.1), porque é nosso
dever "Servir ao SENHOR com alegria; e entrar diante dele com canto" (v.2), pois "Sabemos que
o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do
seu pastor" (v.3) e por isso mesmo devemos "Entrar pelas portas dele com gratidão, e em seus
átrios com louvor; louvá-lo, e bendizer o seu nome" (v.4).
Mesmo sem detalhes que identificam o autor ou o momento exato da composição do Salmo
100, é fácil imaginar esse hino sendo cantado com ânimo e alegria no início de uma reunião em
Jerusalém, convocando os participantes a adorarem ao Senhor. Entendendo que a adoração a
Deus nos dias de hoje pode ser realizada em qualquer lugar, uma vez que seja feita em espírito
e em verdade (João 4:23-24), esse hino ainda nos chama a honrar o Criador e Redentor com
cânticos de louvor.
“Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras” (verso 1). Salmo 100 convida todos a louvar o
Senhor com sua mensagem geral e universal. Suas palavras incluem referências a Israel (“seu
povo e rebanho” – verso 3) e ao santuário nacional em Jerusalém (as portas e átrios do verso
4), mas seu convite não se limita aos hebreus. Deus deu um tratamento especial para os judeus
durante um período de 1.500 anos, mas nunca esqueceu dos outros povos, pois ele é o Criador
de todos. Foi provavelmente 1.000 anos depois da composição desse Salmo que Paulo pregou
a uma audiência de outras nações e disse sobre Deus: “pois ele mesmo é quem a todos dá
vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana...para buscarem a Deus” (Atos
17:25-27). Mesmo quando Deus deu certos privilégios para os descendentes de Abraão, nunca
excluiu da sua graça as outras nações. Qualquer dúvida sobre esse fato foi tirada com a
introdução do evangelho de Jesus Cristo, que oferece a todos o acesso a Deus por meio do seu
Filho (João 3:16). Paulo incentivou o evangelista Timóteo dizendo que Deus “deseja que todos
os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4).
“Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico” (verso 2). O privilégio
de cantar louvores ao Senhor traz alegria ao coração do verdadeiro adorador. Davi e outros
salmistas convidaram os israelitas e as outras nações a levantar suas vozes para honrar seu
Criador. Cânticos fazem parte da adoração que o Senhor deseja sob a Nova Aliança (Efésios
5:19; Colossenses 3:16; Hebreus 13:15) e continuam sendo uma maneira de expressar a alegria
diante de Deus (Tiago 5:13). Até os anjos e outras criaturas celestiais cantam louvores ao
Criador e Redentor (Apocalipse 4:8-11; 5:8-14; Lucas 2:13-14).
“Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho
do seu pastoreio” (verso 3). Usando dois nomes para identificar Deus, o salmista deixa bem
clara a sua crença monoteísta. A palavra traduzida Deus é usada, às vezes, em um sentido mais
abrangente para identificar supostos deuses ou até criaturas celestiais. Mas dizer que o
SENHOR (de uma palavra conhecida como a Tetragrama, usada exclusivamente do Deus da
Bíblia) é Deus é uma afirmação que o Deus adorado pelos israelitas em Jerusalém é o único
verdadeiro Deus, a mensagem monoteísta que encontramos ao longo da Bíblia. O versículo
apresenta, também, os dois principais motivos de adorar a Deus: ele é o Criador (foi ele quem
nos fez) e Redentor (somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio). Compare Apocalipse 4:11;
5:9-13).
“Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei -lhe
graças e bendizei-lhe o nome” (verso 4). As expressões aqui são paralelas, sugerindo a chegada
dos adoradores ao santuário de Deus com cânticos de gratidão e louvor. Não podemos separar
esses dois elementos da adoração. Louvamos o nome do Senhor com gratidão por tudo que ele
tem feito por nós.
“Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a
sua fidelidade” (verso 5). Faz perfeito sentido encerrar esse Salmo com palavras de adoração.
Os primeiros quatro versos chamaram os adoradores a agirem, empregando uma série de
verbos: Celebrai, Servi, Apresentai-vos, Sabei, Entrai, Rendei-lhe, Bendizei-lhe. O último verso
do Salmo começa com a palavra “porque” e cita motivos para adorar: “O SENHOR é bom” (não
apenas faz bem, mas é, por definição do seu caráter, bom); “a sua misericórdia dura para
sempre” (a graça do Senhor é eterna); “de geração em geração, a sua fidelidade” (Deus é fiel,
em todos os momentos e para todos os tempos). Deus merece louvor por causa dos atributos
do seu caráter, a bondade, a misericórdia e a fidelidade.
O Deus adorado no santuário em Jerusalém 3.000 anos atrás é o mesmo Criador e Redentor
que merece o nosso louvor e expressões de gratidão todos os dias.
(1) Gratidão a Deus requer alegria, pois Ele nos convida a participar de uma
grande festa. “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras” (v.1). Ao contrário do
que muitos pensam, crentes podem festejar e se alegrar coram Deo (lat., na presença
de Deus). No Salmo 100, o profeta convida todas as nações a louvarem com alegria
ao Senhor de todo o universo criado. Fica claro que a adoração do povo da aliança
assume um caráter de testemunho universal todas às vezes que reunido canta
louvores a Deus. A igreja canta ao Senhor, e quando faz isso proclama ao mundo:
“Louvai ao SENHOR, vós todos os gentios, louvai- o, todos os povos” (Sl 117.1).
(2) Gratidão a Deus requer alegria no servir e no cantar. “Servi ao SENHOR com
alegria, apresentai-vos diante dele com cântico” (v.2). Você já deve ter ouvido a
famosa frase: “a minha vida deve ser um culto contínuo ao Senhor”. Mas o que
significa na verdade a palavra “culto”? Na língua hebraica sua origem é a mesma para
palavras como: “trabalhar, servir, cultivar”. Aplicada as passagens relacionadas à
adoração, culto é serviço de devoção a Deus. Agora pense um pouco: Se o que
fazemos para o Senhor deve ser o melhor, como é possível adorá-lo com tristeza,
amargura ou murmuração? Como podemos nos apresentar diante do Senhor de todo
o universo despreparados, sem um cântico adequado, que declare a sua glória, honra,
força e poder?
(3) Gratidão a Deus requer reconhecimento de quem Ele é. “Sabei que o SENHOR
é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu
pastoreio” (v.3). A principal verdade que a Bíblia nos ensina é “o que o homem deve
crer acerca de Deus, [e] o dever que Deus requer do homem” (Breve Catecismo da
IPB, resposta à pergunta 3). Jesus Cristo se fez carne a fim de que conhecêssemos o
Pai (Jo 1.18.14, 18). Somente através do verdadeiro conhecimento de Deus
saberemos quem Ele é: “… foi ele quem nos fez, e dele somos”. Somente por meio de
sua revelação gloriosa (Cristo) conheceremos que: “somos o seu povo e rebanho do
seu pastoreio”. Jesus, o Bom Pastor, veio para que encontrássemos a entrada do
aprisco, ouvindo à sua voz, reconhecendo-o e seguindo-o (Jo 10.2-4, 11, 16-18).
(4) Gratidão a Deus requer uma adoração verdadeira e espiritual. “Entrai por suas
portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei- lhe graças
e bendizei- lhe o nome” (v.4). A lição é muito prática: todo o culto solene, envolve
gratidão e reúne o povo da aliança para louvor somente ao Deus da aliança. A imagem
do Salmo lembrava ao crente que seu acesso às portas da Casa de Deus e aos átrios
do Senhor, se dava por determinação dele mesmo. Ninguém podia acessar a
presença do Todo-Poderoso sem prévia autorização. Sacerdotes mediavam com
sacrifícios. Sangue inocente era derramado em favor de adoradores imperfeitos,
injustos e pecadores a fim de que estes pudessem ter acesso ao Senhor. Tudo aquilo
apontava para o dia glorioso do Cordeiro, Jesus Cristo. Por sua vida perfeita, por seu
sacrifício eficaz, ele permitiu acesso ao seu povo, salvando-o de seus próprios
pecados: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é,
pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos,
com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má
consciência e lavado o corpo com água pura” (Hb 10.19-22).
(4) Gratidão a Deus requer uma clara consciência de sua bondade, misericórdia
e fidelidade. “Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de
geração em geração, a sua fidelidade” (v.5). A conclusão de todo o Salmo 100 é: Por
que então eu devo viver sempre agradecido a Deus? Porque se não fosse o Senhor, o
que seria de nós?! Como viveríamos agradecidos sem antes provarmos e vermos o
quanto Ele é bom? Se tudo quanto Ele faz é repleto de sua bondade, com segurança
podemos crer que tudo coopera para bem daqueles que o amam (Rm 8.28). Se
constantemente, Ele não nos dá aquilo que merecemos, podemos crer firmemente que
sua bondade e misericórdia nos seguirão todos os dias da nossa vida. Sua fidelidade
garante sua bênção para nossos filhos, e os filhos dos nossos filhos, de geração em
geração. “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos,
porque as suas misericórdias não têm fim; renovam- se cada manhã. Grande é a tua
fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (Lm 3.22-
26).
Pr. Alan Kleber
INTRODUÇÃO:
Uma pergunta que precisamos levantar sinceramente é a seguinte: Quais os motivos
que nos levam a adorar na realidade? Constatamos que existem muitas dificuldades
na forma como entendemos o culto cristão e suas implicações para a nossa vida
cotidiana.
2) Um conflito de gerações.
Jovens e adultos querendo que a sua forma de cultuar tenha hegemonia, evidenciando
no corpo de Cristo uma tremenda falta de comunhão. Será que há lugar para as
crianças adorarem também no culto público? Alguém se pergunta: Para quem é o
culto?
Contexto:
Alguns desses imperativos divinos, claros e simples, são encontrados nesse salmo. O
Salmo 100 faz parte do Livro IV do livro dos Salmos. É o último dos Salmos Reais (95
a 100) que exaltam a Deus como Rei da terra e do seu povo.
Ele é o grande rei acima de todos os deuses (Sl 95.3).
Glória e majestade estão diante dele, que reina e julga as nações (Sl 96.6, 10).
O seu reinado é a alegria da terra, mas especialmente dos justos (Sl 97.1,12).
Devemos celebrar com júbilo ao Senhor porque ele vem julgar a terra com justiça e
eqüidade. Ele é o altíssimo sobre toda a terra (Sl 98).
Ele reina, tremam os povos, porque ele é o rei poderoso que ama a justiça e a
executa com eqüidade (Sl 99.1, 4).
Devemos servi-lo com alegria, porque, além de ser justo, é bom, misericordioso e fiel
às suas promessas (Sl 100).
A proposta de nossa série expositiva foi mostrar:
Proposição:
Este salmo nos ensina pelo menos quatro princípios básicos e claros da adoração
cristã, respondendo-nos a pergunta: O que é adorar a Deus no culto?
b) Com júbilo.
A expressão “júbilo” aponta para uma alegria intensa. O alvo dessa alegria é o próprio
Deus! Notem que a celebração é voltada para Deus, que é o Senhor. A celebração só
tem razão de ser em função de quem Deus é e faz. Ele é o SENHOR e ele governa
com justiça.
Deus é a fonte da nossa alegria. Ele não é um Deus triste
Ilustração: O filme “O Nome da Rosa” gira em torno de um tema intrigante. A
proibição do riso vinha do entendimento que Deus é sério e compenetrado, e que por
isso rejeita o riso na sua presença. O foco do filme é bem exemplificado no debate
entre o Frei William e o Frei Jorge sobre a utilidade do riso para a fé. Cremos que não
há conflito entre fé e razão, mas que as duas atuam nas suas esferas
complementarmente, pois se não fosse assim, não haveria razão de estar escrito nas
Escrituras palavras como as de Neemias 8.10: “A alegria do Senhor é a vossa força”.
O mundo faz festas para ver se encontra alegria. A igreja faz festas porque Deus é a
sua alegria!
b) Com alegria.
Assim como a celebração, o serviço também deve refletir a nossa alegria. A pergunta
lógica e necessária de ser feita é a seguinte: Como é possível servirmos como
escravos e ainda assim sermos alegres? É só lembrar que o nosso Senhor não é mau,
mas bondoso, misericordioso e fiel (v.5). Quando conhecemos a bondade de Deus
temos prazer em serví-lo.
c) Com cântico.
O Cântico é uma das principais expressões de alegria na Bíblia. A palavra hebraica
demonstra firmeza na voz. (quando o cântico não é firme é porque não há alegria em
Deus). Vozes tristes não têm firmeza quando cantam.
A servidão do Senhor é melhor que a servidão do mundo, pois é uma servidão
libertadora e que cura.
Ilustração: A Reforma do século XVI reintroduziu na liturgia da Igreja o canto
congregacional. Redescobriu-se a alegria de todos cantarem juntos a Deus mais uma
vez.
Outra verdade relacionada ao cântico na adoração é o que está no Salmo 98.4-6.
Devemos celebrar com júbilo, e o nosso júbilo faz uso de muitos tipos diferentes de
instrumentos musicais. Harpa, trombetas, buzinas. O objetivo do uso desses
instrumentos é exultar perante o Senhor, que é rei, e celebrar a sua justiça, que fez
notória a sua salvação perante os povos (Sl 98.2). Não usar deses instrumentos, por
escolha própria, pode implicar em desobediência a Deus, e não em obediência a ele,
pois o seu uso como parte da celebração também é imperativo, pois os dois textos
dizem: CELEBRAI!
A terceira verdade é:
III - ADORAR É SABER QUE O SENHOR É DEUS. V.3
a) Ele é Deus.
“Saber” significa ter a consciência de que adoramos a um Deus que conhecemos e
podemos continuar a conhecer. Nós o conhecemos pelos seus atributos pessoais
comunicáveis (Amor, bondade, verdade etc). Nós o conhecemos por sua revelação
pessoal na encarnação e vida de Jesus Cristo.
Adoramos a um Deus que é:
1) Pessoal - tem personalidade própria
2) Espiritual - transcendente.
3) Santo - não habita com o pecado.
c) Pertencemos a Ele.
1º) Somos o seu povo (Rei).
Deus livrou a Israel do Egito para ser o seu povo. “Vós sereis o meu povo e Eu serei o
vosso Deus” é a frase que estabeleceu a aliança, o pacto com Deus. A Igreja é o povo
de Deus, livre do pecado para viver proclamando a sua maravilhosa graça e luz (1 Pe
2.9,10).
2º) Somos o seu rebanho (pastor).
Sua relação conosco é a do pastor com as suas ovelhas. Deus cuida de nós, por isso
o adoramos em amor. Ele nos ouve e nos acode (Sl 40.1-6). Ele nos guia e protege (Sl
23).
Em João 10, o Senhor Jesus nos ensina que as ovelhas conhecem a voz do bom
pastor e o seguem. Ele deu a sua vida por nós, suas ovelhas.
c) Hinos de louvor.
O salmista fala de hinos que engrandeçam o nome de Deus.
Creio que o grande problema da música na Igreja tem a ver com o fato de que nossos
compositores têm feito canções que vendem e que falam aos corações dos homens,
mas não falam nada de Deus ou para Deus. Vejam só as letras: “A minha fé é assim”;
“o crente que ora tem poder...” Ou em estilos parecidos. Onde estão os salmos de
louvor?
• Falta de senso crítico. Os critérios que as equipes de louvor usam na escolha da
música nem sempre são baseados na verdade da Palavra, mas no carismatismo do
cantor; no balanço da melodia; ou na capacidade de expressar um jargão da época.
Numa época é “Deus é 10” e na outra é “Eu quero é Deus”.
• Ênfase no “Show” ou na solenidade “Escocesa”. Precisamos buscar músicas que nos
levem à presença de Deus e não que o desagradem (músicas que não passam de
estereótipos de uma época). Show ou conservadorismo podem desagradar a Deus se
o que se busca é um estilo que nos agrade e não a Deus. Temos de reconhecer que
muitas vezes queremos impor sobre Deus os nossos gostos musicais sem perguntar o
que ele acha. Você já leu Amós 5.21-23. O v.21 diz que tanto as festas quanto as
assembléias solenes de Israel o desagradavam. Por que? Porque não havia justiça na
vida dos adoradores! (v.24).
CONCLUSÃO:
Qual a conclusão a que chegamos?
Quais são as razões que nos levam a cultuar a Deus com louvor? O verso 5 nos
responde prontamente a essa pergunta:
1º) Adoramos porque o Senhor é bom.
Ele tem nos abençoado com toda sorte de benção espiritual em Cristo Jesus (Ef. 1.3).
Deus gosta de nos presentear como um pai que ama os seus filhos (Lc 11).
APLICAÇÃO:
Frase Final:
O segredo da adoração que agrada a Deus é a obediência que encontra a sua alegria
nas ações de Deus a nosso favor. Elas mudaram e continuam mudando o rumo de
nossas vidas. Vamos bendizer ao Senhor porque ele é grande e julga o mundo com
justiça. A sua justiça não é cega, mas repleta de amor, bondade, misericórdia e
fidelidade.