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EQUIPAMENTOS PARA

TRANSPORTE DE FLUIDOS

BOMBAS E COMPRESSORES
MÁQUINAS HIDRÁULICAS
MÁQUINAS HIDRÁULICAS
Dimensionamento de bombas para explotação de água

O dimensionamento de equipamentos depende:


- vazão de produção ou a vazão que se pretende utilizar;
- nível estático e nível dinâmico ;
- do projeto de instalação;
- distância do poço ao reservatório, o desnível (altura manométrica), os
diâmetros de sucção e recalque, os comprimentos dos trechos de tubulação
e a definição das conexões necessárias (luvas, curvas, registros, etc.).

Essas informações permitem o cálculo da altura manométrica total, que,


conjuntamente com o valor da vazão de projeto, irá determinar o modelo da
bomba a ser utilizada, através de consulta ao "catálogo do fabricante", que
informa também, a curva de rendimento da bomba e a potência do motor
exigida para o caso específico.
TIPOS DE BOMBAS

Bombas centrífugas Bombas injetoras Bombas submersas


Bombas Centrífugas
Para cálculo da altura manométrica total em um sistema
utilizando bomba centrífuga, devem ser considerados os
seguintes ítens:

Desnível de sucção,
Desnível de recalque,
Perda por atrito nas tubulações de sucção e
recalque (tabelado),
Perda por atrito nas conexões (tabelado) e
Vazão desejada.

O modelo esquemático a seguir mostra um projeto típico utilizando bomba


centrífuga e os parâmetros a serem considerados para o cálculo da altura
manométrica total. O número e tipo de conexões é variável, na prática, para
cada situação específica.
Cálculo da Altura Manométrica Total (AMT) OU ALTURA DE ELEVAÇÃO

AMT = Altura manométrica da sucção (AMS) + Altura manométrica de


recalque (AMR)

AMS = perdas por atrito na tubulação de sucção + soma das perdas de


pressão em cada conexão na sucção + altura de sucção (h)

AMR = perdas por atrito na tubulação de recalque + soma das perdas de


pressão em cada conexão no recalque + altura de recalque (H)

As perdas por atrito em tubulações e conexões são obtidas em tabelas


específicas para cada diâmetro em particular.

Exemplo de cálculo de uma AMT para um sistema com bomba centrífuga e


definição do modelo da bomba

Considere o modelo a seguir como um projeto de implantação de um sistema


com as seguintes condições:
Considere o modelo DESCRITO DE IMPLANTAÇÃO DE BOMBA como
um projeto de implantação de um sistema com as seguintes condições:

> Vazão desejada: 35 m3/h

> Tubulação de sucção: 3"

> Tubulação de recalque: 2 ½"

> Altura de recalque (H): 7,7m

> Altura de sucção (h): 2m

> Comprimento da tubulação de sucção (a) = 6m

> Comprimento da tubulação de recalque (A) = 30m


Cálculo da altura manométrica total de sucção (AMS):

AMS = perdas por atrito na tubulação de sucção + soma das perdas


de pressão em cada conexão na sucção + altura de sucção (h)
- comprimento da tubulação de sucção(a) = 6m
- perda por atrito em 6m de tubulação de 3" (ver tabela) = 5,7% x 6m
= 0,34m
- perda de pressão em válvula de
- perdas de pressão em cada pé (B) de 3" (ver tabela) = 0,80m
conexão na sucção - perda de pressão em curva (D)
de 90° de 3" (ver tabela) = 0,15m
- altura de sucção (h) = 2m
AMS = (0,34m) + (0,80m + 0,15m) + (2m) = 3,29m
Perdas de pressão por atrito em tubulação (%)

%
Perda
carga
%
Perda
carga
%
Perda
carga
%
Perda
carga
Cálculo da altura manométrica total de sucção (AMS):

AMS = perdas por atrito na tubulação de sucção + soma das perdas


de pressão em cada conexão na sucção + altura de sucção (h)
- comprimento da tubulação de sucção(a) = 6m
- perda por atrito em 6m de tubulação de 3" (ver tabela) = 5,7% x 6m
= 0,34m
- perda de pressão em válvula de
- perdas de pressão em cada pé (B) de 3" (ver tabela) = 0,80m
conexão na sucção - perda de pressão em curva (D)
de 90° de 3" (ver tabela) = 0,15m
- altura de sucção (h) = 2m
AMS = (0,34m) + (0,80m + 0,15m) + (2m) = 3,29m
Perdas de pressão em válvula de pé (em metros)

Perda
carga

/m
Perda
carga

/m
Perda
carga

/m
Cálculo da altura manométrica total de sucção (AMS):

AMS = perdas por atrito na tubulação de sucção + soma das perdas


de pressão em cada conexão na sucção + altura de sucção (h)
- comprimento da tubulação de sucção(a) = 6m
- perda por atrito em 6m de tubulação de 3" (ver tabela) = 5,7% x 6m
= 0,34m
- perda de pressão em válvula de
- perdas de pressão em cada pé (B) de 3" (ver tabela) = 0,80m
conexão na sucção - perda de pressão em curva (D)
de 90° de 3" (ver tabela) = 0,15m
- altura de sucção (h) = 2m
AMS = (0,34m) + (0,80m + 0,15m) + (2m) = 3,29m
Perdas de pressão em curvas de 90º (/m)
/m
/m
/m
Cálculo da altura manométrica total de sucção (AMS):

AMS = perdas por atrito na tubulação de sucção + soma das perdas


de pressão em cada conexão na sucção + altura de sucção (h)
- comprimento da tubulação de sucção(a) = 6m
- perda por atrito em 6m de tubulação de 3" (ver tabela) = 5,7% x 6m
= 0,34m
- perda de pressão em válvula de
- perdas de pressão em cada pé (B) de 3" (ver tabela) = 0,80m
conexão na sucção - perda de pressão em curva (D)
de 90° de 3" (ver tabela) = 0,15m
- altura de sucção (h) = 2m
AMS = (0,34m) + (0,80m + 0,15m) + (2m) = 3,29m
Cálculo da altura manométrica total de recalque (AMR):

AMR = perdas por atrito na tubulação de recalque + soma das perdas de


pressão em cada conexão no recalque + altura de recalque (H)

- comprimento da tubulação de recalque (A) = 30m


- perda por atrito em 30m de tubulação de 2½" (ver tabela) = 16% x 30m = 4,8m
- perda de pressão em registro de
gaveta 2½" (F) (ver tabela) = 0,45m
- perdas de pressão em cada conexão - perda de pressão em válvula de
no recalque retenção 2½" (E) (ver tabela) = 0,75m
- perda de pressão em curva (D) de 90°
de 2½" (ver tabela) = 0,30m
- altura de recalque (H) = 7,7m
AMR = (4,8m) + (0,45m + (0,75m) + (0,3m) + (7,7m) = 14m
Perdas de pressão por atrito em tubulação (%)

%
Perda
carga
%
Perda
carga
Cálculo da altura manométrica total de recalque (AMR):

AMR = perdas por atrito na tubulação de recalque + soma das perdas de


pressão em cada conexão no recalque + altura de recalque (H)

- comprimento da tubulação de recalque (A) = 30m


- perda por atrito em 30m de tubulação de 2½" (ver tabela) = 16% x 30m = 4,8m
- perda de pressão em registro de
gaveta 2½" (F) (ver tabela) = 0,9m
- perdas de pressão em cada conexão - perda de pressão em válvula de
no recalque retenção 2½" (E) (ver tabela) = 8,1m
- perda de pressão em curva (D) de 90°
de 2½" (ver tabela) = 1,0m
- altura de recalque (H) = 7,7m
AMR = ?????? m Próximos slides
Perdas de pressão em registro de gaveta (em metros)
/m
Perdas de pressão em registro de acessórios (em metros)
Perdas de pressão em registro de acessórios (em metros)
Cálculo da altura manométrica total de recalque (AMR):

AMR = perdas por atrito na tubulação de recalque + soma das perdas de


pressão em cada conexão no recalque + altura de recalque (H)

- comprimento da tubulação de recalque (A) = 30m


- perda por atrito em 30m de tubulação de 2½" (ver tabela) = 16% x 30m = 4,8m
- perda de pressão em registro de
gaveta 2½" (F) (ver tabela) = 0,9m
- perdas de pressão em cada conexão - perda de pressão em válvula de
no recalque retenção 2½" (E) (ver tabela) = 8,1m
- perda de pressão em curva (D) de 90°
de 2½" (ver tabela) = 1,0m
- altura de recalque (H) = 7,7m
AMR = (4,8m) + (0,9m + 8,1m+ 1,0m) + (7,7m) = 22,5m
Bomba sucção positiva
Obs.: Contar a partir nível água
Obs.: Escorvar bomba
Peso específico

HG: altura geométrica da instalação


DIÂMETRO DE SUCÇÃO:
DIÂMETRO COMERCIAL DE SUCÇÃO IMEDIATAMENTE
SUPERIOR AO DIÂMETRO DE RECALQUE.
ADUTORA POR RECALQUE: EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Deseja-se captar água de um córrego para
abastecer um reservatório com capacidade para 150
m3. Selecione uma bomba que atenda às necessidades
especificadas:
A água armazenada será usada durante o dia e o
reservatório, depois de vazio, receberá água durante a
noite, das 21:00h às 7:00h do dia seguinte;
Desnível de sucção: 3 m
Desnível de recalque: 15 m
ADUTORA POR RECALQUE: EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Comprimento da tubulação de recalque: 250 m
Comprimento da mangueira de sucção: 4,5 m
Velocidade máxima desejada para a água na
tubulação: v = 1,5 m/s
Peças que deverão fazer parte do sistema:
◼ válvula de pé com filtro (1);

◼ redução excêntrica (1),

◼ ampliação concêntrica (1),

◼ registro de gaveta(1)

◼ válvula de retenção (1).


ADUTORA POR RECALQUE: EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Roteiro de elaboração:

1. Determine o diâmetro que deverá ter a


tubulação para atender à exigência de
velocidade máxima.
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO

Resolução: Vazão da bomba


Volume do tanque = 150 m 3
◼Tempo de enchimento: das 21 horas às 7
horas (período noturno) = 10 horas
◼Vazão a ser bombeada = 150 m3 / 10hs

= 15 m3/hora = 4,167 x 10-3 m3/s


ADUTORA POR RECALQUE: EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Escolha do diâmetro da  .D 2

canalização de Q =V.
4
recalque.

Critério: 4.Q
D=
V 1,5 m/s  .V
Q = V.A
ADUTORA POR RECALQUE: EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Substituindo os valores, encontra-se:
D = 0,0595 m

O diâmetro comercial superior ao valor


encontrado é 60 mm e será adotado para a
canalização de recalque.
Para a canalização de sucção, os
fabricantes recomendam o diâmetro comercial
imediatamente superior, que é 75 mm.
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Altura manométrica total (AMT)
◼Perdas localizadas na sucção pelo método dos
comprimentos equivalentes (3 pol):

Peça Diâmetro (mm) Comprimento equivalente


(m)

Válvula de pé com 75 26,8


filtro (pvc)

Redução excêntrica 75 0,85


(pvc)

Total 27,65
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO

2. Calcule a Altura Manométrica Total


(perdas na tubulação + perdas localizadas +
desnível geométrico);
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Perdas localizadas no recalque pelo método dos comprimentos
equivalentes (2 ½ pol):

Peça Diâmetro (mm) Comprimento equivalente (m)

Ampliação concêntrica 60 0,8

Registro de gaveta 60 0,9

Válvula de retenção 60 5,2

Total 6,9
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO

Perdas totais na tubulação:


Deve-se somar os comprimentos reais de
tubulação (trechos retilíneos) ao comprimento
equivalente referente às peças (comprimento
fictício) para obter o comprimento virtual.
O comprimento virtual será multiplicado pelo
valor de j (perda de carga unitária) para obtermos
as perdas na canalização.
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO

Como os diâmetros
10,646  Q 
1 , 852

J= *  selecionados são
C 
4 , 87
D
superiores a 50 mm de
diâmetro, usaremos a
equação de Hazen-
Hf = J .Lvirtual Willians, com coeficiente
C = 140.
ADUTORA POR RECALQUE: EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
J75 = 0,01327 (sucção)
Lvirtual 75 = 27,65m + 4,5 m = 32,15 m
Hf75 = 0,01327 x 32,15 m  Hf75 = 0,43 mH2O

J60 = 0,0393 (recalque)


Lvirtual 60 = 6,9m + 250 m = 256,9 m
Hf60 = 0,0393 x 256,9 m = 10,1 mH2O

PERDAS TOTAIS NA TUBULAÇÃO:


0,43 + 10,1 = 10,53 mH2O
ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL:

◼ 2 m (desnível de sucção)
◼ 7 m (desnível de recalque)

◼ 10,53 mH2O (perdas na canalização)

◼ Não há necessidade de pressão adicional

= 19,53 mH2O

DADOS PARA ESCOLHER A BOMBA:


Q = 15 m3/h
AMT  20 mH2O
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
3. Escolha uma bomba que atenda à exigência
de vazão e altura manométrica e determine a
potência necessária ao acionamento da bomba
e o rendimento;
ADUTORA POR RECALQUE:EXEMPLO
DE DIMENSIONAMENTO
Bomba selecionada:
◼Modelo BC – 92S – JC

◼Potência = 3cv

◼Diâmetro do rotor = 131 mm

◼Rendimento  47%

◼60 Hz

◼3450 rpm
SELEÇÃO POR TABELAS
MÁQUINAS HIDRÁULICAS:
CLASSIFICAÇÃO

1. MÁQUINAS OPERATRIZES:

◼Introduzem no líquido em escoamento energia


de uma fonte externa.
Transformam energia mecânica fornecida por
uma fonte (um motor elétrico, por exemplo) em
energia hidráulica.
Formas de energia adicionadas:
pressão e velocidade
(exemplo: bombas hidráulicas)
MÁQUINAS HIDRÁULICAS:
CLASSIFICAÇÃO

2. MÁQUINAS MOTRIZES:

Transformam a energia hidráulica que


o líquido possui em outra forma de energia
e a transferem para o exterior.
Exemplos: turbinas, motores hidráulicos,
rodas d’água;
MÁQUINAS MOTRIZES
ESQUEMA DE INSTALAÇÃO HIDRELÉTRICA
MÁQUINAS HIDRÁULICAS:
CLASSIFICAÇÃO

3. MÁQUINAS MISTAS:

Máquinas que modificam o estado da


energia que o líquido possui.

Exemplos: ejetores (bombas injetoras) e


carneiros hidráulicos.
CARNEIRO HIDRÁULICO
BOMBAS HIDRÁULICAS
BOMBAS HIDRÁULICAS são máquinas motrizes
que recebem energia potencial de um motor ou
de uma turbina e transformam parte dessa
potência em:
◼ Energia cinética (movimento) – bombas
cinéticas
◼ Energia de pressão (força) – bombas de
deslocamento direto

As bombas cedem estas duas formas de energia


ao fluído bombeado, para fazê-lo recircular ou
para transportá-lo de um ponto a outro.
1. BOMBAS CINÉTICAS OU DE FLUXO

São bombas hidráulicas em que é


importante o fornecimento de energia à água
sob forma de energia de velocidade.

Essa energia converte-se dentro da


bomba em energia de pressão, permitindo que
a água atinja posições mais elevadas dentro de
uma tubulação.
CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS
CINÉTICAS
TIPOS DE BOMBAS CINÉTICAS:

Bombas Centrífugas: Fluxo radial


Fluxo misto
Fluxo axial
BOMBA CINÉTICA:
BOMBA CENTRÍFUGA DE FLUXO RADIAL
CONSIDERAÇÕES
Bombas cinéticas do tipo centrífugas :
◼ maior rendimento;
◼ menor custo de instalação, operação e
manutenção;
◼ pequeno espaço exigido para a sua montagem,
comparativamente com as de pistão.
2. BOMBAS HIDRÁULICAS DE
DESLOCAMENTO DIRETO

Ação de propulsão incrementa a


energia de pressão, alcançando os mesmos
objetivos das bombas cinéticas.

Tipos:
a) Movimento alternado (pistão)
b) Rotativas
BOMBAS DE DESLOCAMENTO DIRETO:
FUNCIONAMENTO DO ÊMBOLO OU
PISTÃO

As primeiras
bombas utilizadas em
abastecimento de água,
eram do tipo de
deslocamento direto, de
movimento alternado a
pistão, movimentadas
por máquinas a vapor.
BOMBAS DE DESLOCAMENTO
DIRETO: DIAFRAGMA E PISTÃO
BOMBAS DE DESLOCAMENTO
DIRETO: BOMBA DE ENGRENAGEM
UTILIZAÇÃO DAS BOMBAS
HIDRÁULICAS

•Bombas centrífugas: irrigação, drenagem


e abastecimento.
•Bombas a injeção de gás: abastecimento a
partir de poços profundos.
•Carneiro hidráulico e bombas a pistão:
abastecimento em propriedades rurais.
•Bombas rotativas: combate a incêndios e
abastecimento doméstico.
3. BOMBAS CENTRÍFUGAS
Princípios de Funcionamento
◼ O líquido entra no bocal de sucção
e no centro de um dispositivo
rotativo conhecido como impulsor.
◼ Quando o impulsor gira, ele
imprime uma rotação ao líquido
situado nas cavidades entre as
palhetas externas,
proporcionando-lhe uma
aceleração centrífuga.
◼ Cria-se uma área de baixa-
pressão no olho do impulsor
causando mais fluxo de líquido
através da entrada, como folhas
líquidas.
◼ Como as lâminas do impulsor são
curvas, o fluido é impulsionado
nas direções radial e tangencial
pela força centrífuga.
BOMBA CENTRÍFUGA EM CORTE
3. BOMBAS CENTRÍFUGAS:
TIPOS DE FLUXO
O Fluxo da água no interior da bomba
centrífuga pode tomar diferentes direções,
o que faz com que sejam classificadas da
seguinte forma:
◼ bombas de fluxo radial;

◼ bombas de fluxo axial;

◼ bombas de fluxo helicoidal ou misto.


3.1. BOMBA CENTRÍFUGA DE
FLUXO RADIAL

A água entra
pela parte central
do rotor onde é
lançada pelas pás
deste e pela ação
da força centrífuga,
para a periferia da
bomba e, daí, para
o tubo de elevação.
3.1. BOMBAS CENTRÍFUGAS DE FLUXO
RADIAL: FUNCIONAMENTO

Quando o líquido é
forçado do centro para a
periferia, há formação
de vácuo, que é
imediatamente
preenchido pela água
existente na canalização
de sucção.
3.1. BOMBA CENTRÍFUGA DE FLUXO
RADIAL: FUNCIONAMENTO

A pressão atmosférica local “empurra” a


água para dentro da canalização de sucção, já
que em seu interior a pressão é menor, devido
ao vácuo causado pela ação do rotor.
Conclusão:
Embora o termo “canalização de
sucção” seja bastante empregado, o ideal é
que a pressão atmosférica empurre a água
para dentro da bomba.
3.2. BOMBA CENTRÍFUGA DE
FLUXO RADIAL: COMPONENTES
ROTOR:
Elemento rotativo das bombas
centrífugas; pode ser de ferro fundido, bronze
ou inox, dependendo das condições de
emprego.
As bombas de fluxo radial podem ter
rotores do tipo aberto, semi-aberto e
fechado.
TIPOS DE ROTORES PARA
BOMBAS CENTRÍFUGAS
ROTOR FECHADO

O rotor fechado tem


as pás compreendidas
entre dois discos
paralelos, podendo ter
entrada de um só lado
(sucção simples) ou de
ambos os lados.
É mais eficiente
que os outros tipos,
porém é recomendado
para água limpa.
ROTOR ABERTO E SEMI ABERTO

◼ O rotor aberto tem pás livres na parte


frontal e quase livres na parte posterior.
◼ No rotor semi-aberto, as pás são fixadas
de um lado num mesmo disco, ficando o
outro lado livre.
Estes dois tipos de rotores destinam-
se a bombear líquidos viscosos ou sujos
(com partículas sólidas em suspensão),
pois dificilmente são obstruídos.
DETALHE DE ROTOR ABERTO
3.3. COMPONENTES:
CARCAÇA OU CORPO DA BOMBA

Feita geralmente em ferro fundido abriga o


rotor em seu interior.
As carcaças das bombas de escoamento
radial podem se apresentar como CARACOL
(voluta ou espiral) ou turbina (circular) e para as
bombas de escoamento axial e misto, o formato é
geralmente cilíndrico.
3.3. CARCAÇA OU CORPO DA BOMBA
3.3. CARCAÇA OU CORPO DA BOMBA

Carcaças em CARACOL: projetadas para


que a vazão de escoamento em torno da periferia
do rotor seja constante e para reduzir a
velocidade da água ao entrar na tubulação de
recalque.
Carcaça do tipo TURBINA: os rotores são
rodeados por palhetas guia que reduzem a
velocidade da água e transformam a altura
cinética (velocidade) em altura piezométrica
(pressão).
3.4. BOMBAS HIDRÁULICAS:
OUTROS COMPONENTES
◼ Eixo;
◼ Mancais ou rolamentos;

◼ Selo mecânico: função


de vedação.
Gaxetas: anéis de
amianto com a função de
impedir vazamentos ou
entrada de ar. Deve
gotejar 2 a 6 gotas por
minuto;
SELO MECÂNICO
BOMBAS CENTRÍFUGAS: CONDIÇÕES
DE OPERAÇÃO
◼ Os principais requisitos para que ◼ Condições de perda de fluxo, :
uma bomba centrífuga tenha um ❑ Problemas de vedação
desempenho satisfatório: ❑ Problemas relacionados a partes
❑ Instalação correta, da bomba ou do motor:
❑ Operação com os devidos ◼ Perda de lubrificação
cuidados e, ◼ Refrigeração
❑ Manutenção adequada ◼ Contaminação por óleo
❑ Vazamentos na carcaça da
bomba
❑ Níveis de ruído e vibração muito
altos
❑ Problemas relacionados ao
mecanismo motriz (turbina ou
motor)
3.5. TUBULAÇÕES, ÓRGÃOS E
DISPOSITIVOS AUXILIARES
3.5. TUBULAÇÕES, ÓRGÃOS E
DISPOSITIVOS AUXILIARES

Órgãos acessórios da sucção:


◼Filtro ou crivo;

◼Válvula de pé;

◼Ampliação concêntrica;

◼Tubo de sucção;

◼Curva de raio longo;

◼Redução excêntrica;

◼Vacuômetro.
3.5.1. ÓRGÃOS E DISPOSITIVOS
AUXILIARES DA SUCÇÃO
Crivo ou filtro: Tem por finalidade evitar a entrada de
corpos estranhos na bomba (folhas, galhos etc.). Deve ter uma área
útil de passagem 3 a 4 vezes maior que a área da tubulação de
sucção.
Válvula de pé: conectada na extremidade da tubulação de
sucção em instalações de bombas não afogadas. Assegura
passagem de água somente no sentido poço-bomba, mantém a
tubulação de sucção sempre cheia. Impurezas podem mantê-las
abertas. Devem ter 2 ½ vezes a seção do tubo.
3.5.1. ÓRGÃOS E DISPOSITIVOS
AUXILIARES DA SUCÇÃO
◼Curva de grande raio: o raio deve ser grande para
diminuir as perdas de carga.
◼ Redução excêntrica: a redução do diâmetro na
entrada da bomba deve ser excêntrica para evitar
acumulação de ar.

◼Vacuômetro: indica a pressão negativa (ou vácuo


parcial) na entrada da bomba. Os valores são
apresentados em Kg/cm2 ou em PSI.
A
2

H
3

2
B
h

1 1 - VAlVULA DE PE
2
MIN.30 CM

3 - REGISTRO DE GAVETA
4 - VALVULA DE RETENCAO
3.5.2. ÓRGÃOS E DISPOSITIVOS
AUXILIARES DO RECALQUE
Órgãos acessórios do recalque:
•Manômetro;
•Ampliação concêntrica;
•Válvula de retenção;
•Registro de gaveta;
•Tubo de descarga ou saída;
•Curva de raio longo;
•Dispositivo para escorva.
3.5.2. ÓRGÃOS E DISPOSITIVOS
AUXILIARES DO RECALQUE
Manômetro: indica a pressão
na saída da bomba. Tem o
significado da carga positiva
conferida pela bomba à água,
observada no ponto de medição.

Ampliação concêntrica:
estabelece a ligação entre a saída da
bomba e a tubulação de recalque.

Registro de gaveta: colocado


na tubulação de recalque, logo após
a válvula de retenção.
3.5.2. ÓRGÃOS E DISPOSITIVOS
AUXILIARES DO RECALQUE
◼ Válvula de retenção: destinada a manter o
fluxo numa só direção, é instalada na linha de
recalque para evitar que numa inesperada
paralisação do bombeamento, a água retorne
com grande impacto (golpe de aríete) e atue
diretamente contra a bomba.
VÁLVULA DE RETENÇÃO
3.6. OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Tubulações de casas de bomba: Em pvc ou
ferro fundido com juntas roscáveis ou tipo
flange. Para diâmetros maiores, usam-se tubos
de aço, mais leves e resistentes à pressão. Em
alguns casos usa-se mangueiras de borracha
na sucção ou bombas submersas;
OBS.: O diâmetro da canalização é
geralmente maior que os diâmetros de entrada
e saída da bomba. São dimensionados para
provocar pequenas perdas de carga e
trabalhar com velocidades baixas.

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