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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I
ALUNA: ALEXANDRE DE SOUZA JÚNIOR
PROFESSOR: JOSSYL AMORIM
TURMA: 09

EXPERIMENTO:
LEI DE BOYLE-MARIOTTE

Campina Grande, 13 de Setembro de 2013.


1. INTRODUÇÃO

1.1 Objetivos

A experiência tem como objetivo verificar experimentalmente a lei de Boyle-


Mariotte e, através desta verificação, determinar a pressão atmosférica e a densidade do ar
no local da experiência.

1.2 Materiais

Manômetro de mercúrio, termômetro, paquímetro, funil, mangueira, haste e suporte.

1.3 Montagem

2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

Mediu-se com o paquímetro e anotou-se o diâmetro do tubo direito fixado na


montagem e anotou-se também a temperatura ambiente.
A válvula foi aberta na parte superior do tubo esquerdo e certificou-se de que o
funil estivesse na posição mais baixa. Levantou-se cuidadosamente o funil fazendo com
que o nível de mercúrio nos tubos atingisse o marco 0,0 da escala fixada entre os tubos.
Fechou-se a válvula e o comprimento L0 da coluna de ar confinado no ramo esquerdo do
manômetro foi anotado.
Levantou-se o funil em aproximadamente 3 cm, anotando-se a altura do ramo
esquerdo (h1) e do ramo esquerdo (h2) do manômetro, os resultados foram anotados na
TABELA I. Esse passo foi repetido até completar a tabela.
Abaixou-se o funil até aproximadamente metade da altura em que se encontrava e
em seguida foi aberta a válvula e observamos o que aconteceu com os níveis de
mercúrio.

MEDIDAS/ TABELAS

Diâmetro interno do ramo esquerdo do tubo: 7,65 mm


Temperatura ambiente: 28,3 C
Comprimento do ramo : 35 cm

TABELA I
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h1(cmHg) 0,00 1,4 2,5 3,4 4,3 5,2 6,1 6,8 7,7 8,2
h2 (cmHg) 0,00 4,3 7,9 10,8 14,5 18,3 21,8 25,0 28,5 31,1

O enunciando da lei de Boyle Mariotte afirma que ao se comprimir uma gás


mantendo sua temperatura constante, a pressão do mesmo varia com o inverso do
volume.
Na equação PV = nRT => nRT é uma constante, então PV = C, assim P = C/V. A
figura a seguir representa o processo isotérmico num diagrama P x V:

4P

2P

V
V/ 4 V/ 2 V
Como nesse processo P e V estão relacionados por uma proporção inversa, podemos
concluir que a curva é uma hipérbole, também denominada isoterma, pois todos os seus
pontos representam estados de um gás com a mesma temperatura.
Pode-se achar a pressão manométrica (h )exercida pelo ar confinado, fazendo h
= h2 - h1.

TABELA II
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 2,9 5,4 7,4 10,2 13,1 15,7 18,2 20,8 22,9
L (cm) 35,0 33,6 32,5 31,6 30,7 29,8 28,9 28,2 27,3 26,8

Onde L é a diferença entra L0 que é a altura inicial e h1. O volume inicial do gás
é encontrado sabendo-se o raio e o comprimento do recipiente no qual o mesmo se
encontra, pois o volume do recipiente, no caso um cilindro é dado por V = . r2 . L ,
onde r é o raio do cilindro e L é o comprimento. Sabendo os diferentes valores de L,
podemos, então, calcular os diferentes volumes do gás, preenchendo assim, a Tabela-
III(Anexo I):

TABELA III
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 2,9 5,4 7,4 10,2 13,1 15,7 18,2 20,8 22,9
V (cm3) 16,3 15,6 15,1 14,7 14,3 13,9 13,5 13,1 12,7 12,5

A equação dos gases ideais é dada por: PV = nRT


Onde: P é a pressão absoluta (P = P0 + h)
V é o volume
n é o número de moles
R é a constante universal dos gases ( R = 0,0821 l.atm/mol.K = 1,987 cal/mol.K = 8,31
J/mol.K )
T é a temperatura absoluta ( Kelvin ).
Como no processo isotérmico o termo nRT é constante, podemos escrever:
C
PV = C P , como C = nRT.
V
Chamando de X = 1/V, e lembrando que P = P0 + h, teremos:
P0 + h = CX ou h = CX – P0.
Lembrando que X = 1/V, preenchemos a Tabela-IV (Anexo II):
TABELA IV
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

h (cmHg) 0,0 2,9 5,4 7,4 10,2 13,1 15,7 18,2 20,8 22,9
X (1/cm3) 0,062 0,064 0,066 0,068 0,070 0,072 0,074 0,076 0,079 0,080

Com a Tabela-IV, construímos o gráfico da pressão manométrica h em função


do inverso do volume X (Anexo III).
Temos como parâmetros em papel milimetrado:

C  (0,082;10,0) P0  78,15

A partir do gráfico, determinamos a pressão atmosférica local P 0, observando a


semelhança de triângulo. Obtemos então P0 = 78,15 cm Hg.

3. CONCLUSÃO

Calculando o erro percentual cometido na determinação da pressão atmosférica


local (P0), considerando o valor em Campina Grande de 71,5 cmHg.

Ep = 9,3%

Pode-se calcular o numero de moles existentes no ramo esquerdo do tubo através


da equação dos gases ideais:
Temos que: R = 0,0821 atm.l/mol.k e T = 28,3+ 273 = 301,3K. Como:

C
PV  nRT C  nRT n n  4,98 x10  4 mol
RT
Pode-se calcular a densidade do ar no laboratório utilizando a fórmula:
m nxM ar
 onde : m ar  nxM ar log o :    1,10 x10 3 g
V V cm 3
Não se deve usar outro ponto do experimento pois o primeiro ponto tem-se a
pressão manométrica igual a zero, ou seja, a pressão total é a pressão atmosférica, então
podemos usar esse volume inicial pra calcularmos a densidade..
Se houvesse vazamento, a pressão manométrica seria menor, podendo até ser igual
a atmosférica, assim não poderíamos calcular o valor exato da pressão atmosférica.
Temos como erros sistemáticos possíveis vazamentos do gás e trata-lo como um
gás ideal.

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