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HISTÓRIA DO JUDÔ
O Comodoro Matthew Perry, comandante de uma expedição naval americana, conseguiu fazer com que
os japoneses abrissem seus portos ao mundo com o tratado "Comércio, Paz e Amizade". Abrindo seus
portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol Nascente uma tremenda transformação político-social,
denominada Era Meiji ou "Renascença Japonesa", promovido pelo imperador Mutsu Hito (1868-1912).
Anteriormente, o imperador exercia sobre o povo influência e poderes espirituais, porém com a
"Renascença Japonesa" ele passou a ser o verdadeiro comandante da Terra das Cerejeiras.
Nessa dinâmica época de transformações e inovações radicais, os nipónicos ficaram ávidos por
modernizar-se e adquirir a cultura ocidental. Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco esquecido,
ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do ju-jitsu perderam as suas posições oficiais e
viram-se forçados a procurar emprego em outros lugares. Muitos tiveram de recorrer à luta e exibição em
feiras. A ordem proibindo os samurais de usar espadas em 1871 assinalou um sutil declínio em todas as
artes marciais, e o ju-jitsu não foi uma exceção, sendo considerado como uma relíquia do passado.
Como não era difícil acreditar, tempos depois surgiu uma onda contrária às inovações radicais. Havia
terminada a onda chamada febre ocidental (este relato foi colocado com muita clareza no filme “O Último
Samurai”). O ju-jitsu foi recolocado na sua posição de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido,
principalmente pela polícia e pela marinha. Apesar de sua indiscutível eficiência para a defesa pessoal, o
antigo jujitsu não podia ser considerado um desporto, muito menos ser praticado como tal. Não haviam
regras tratadas pedagogicamente e nem mesmo padronizadas. Os professores ensinavam às crianças
os denominados golpes mortais e os traumatizantes e perigosos golpes baixos. Sendo assim, quase
sempre, os alunos menos experientes machucavam-se seriamente. Valendo-se das suas superioridades
físicas, os maiores chegavam a espancar os menores e mais fracos. Tudo isso fazia com que o ju-jitsu
gozasse de uma certa impopularidade, logicamente, entre as pessoas esclarecidas e que possuíssem
um pouco de bom senso. O ju-jitsu entrava noutra fase de decadência.
Nascimento do judô
Baseado nesses inconvenientes, um jovem que na adolescência se sentia inferiorizado sempre que
precisasse despender muita energia física para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional ju-
jitsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o num poderoso veículo de educação física, o seu
nome era Jigoro Kano. Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforçado cultor de ju-jitsu.
Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseados em leis de dinâmica, ação e reação,
selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de ju-jitsu, dando ênfase
principalmente no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes
de projeção do estilo Kito-Ryu. Inseriu princípios básicos como o do equilíbrio, gravidade e sistema de
alavancas nas execuções dos movimentos lógicos.
Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fácil e racional. Idealizou regras para um
confronto desportivo, baseado no espírito do ippon-shobu (luta pelo ponto completo). Procurou
demonstrar que o ju-jitsu aprimorado, além de sua utilização para defesa pessoal, poderia oferecer aos
praticantes, extraordinárias oportunidades no sentido de serem superadas.
Em 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, Jigoro Kano inaugura sua
primeira escola de judô, denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade), já que "Ko"
significa fraternidade, irmandade; "Do" significa caminho, via; e "Kan", instituto. A Kodokan estava
localizada no segundo andar de um templo budista Eishoji de Kita Inaritcho, onde havia doze jos (jo é
uma medida de superfície, módulo de tatame). O primeiro aluno inscreveu-se em 5 de Junho de 1882,
chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Arima, Nakajima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro
Saigo. As idades oscilavam entre quinze e dezoito anos. Kano albergou-os e ocupou-se deles como se
fosse um pai. Foi um período difícil, mas apaixonante, o jovem professor não tinha dinheiro e o shiai-jo
media 20m², mas a escola progrediu e em breve tornou-se célebre.
Templo Eishoji
A evolução do Judô
Durante alguns anos, o idealizador do moderno jiujitsu atravessou uma difícil fase, principalmente pela
quase ausência de recursos financeiros para a manutenção da academia.
Os mais temidos lutadores da época, impulsionados pela inveja, não se cansavam em desafiar os
discípulos de Jigoro Kano. Houve muitos encontros memoráveis com o intuito de testar a eficácia do
Judô Kodokan.
Certa vez um lutador, conhecido por Tanabe, venceu os melhores alunos de Jigoro Kano. Tratava-se de
um grande especialista em técnicas de shime-waza (estrangulamentos), aplicadas no solo. Tão logo um
judoca o projetasse, Tanabe encaixava-lhe um estrangulamento. Dessas derrotas, Kano aprendeu uma
grande lição. Era necessário aprimorar o judô nas técnicas de domínio, particularmente as desenvolvidas
na luta de solo. Tanabe foi o único lutador que conseguiu vencer os discípulos de Kano.
Os alunos do kodokan tinham fama de serem imbatíveis. Por isso, eram insistentemente desafiados.
Aqueles que conseguiam uma vitória sobre um dos alunos da kodokan, na certa, cresciam em fama.
Naquela época utilizava-se ainda, o sistema de luta por desistência. Um dos combates que ficou na
história foi o de Shiro Saigo contra o mais temido cultor de jujutsu da yōshin-ryū, numa memorável luta,
que parecia interminável. A propósito de Shiro Saigo, foi escrito um romance de aventura por Tsuneo
Tomita, filho de Tomita Tsunejirō, contando as suas proezas no judô, com o nome de Sugata Sanshiro,
inclusive serviu de enredo a vários filmes.
Mas foi só no final de 1886, após uma célebre competição, contra várias escolas de jujutsu, organizada
pela polícia, que definitivamente ficou constatado o grande valor do judô kodokan. O resultado dessa
jornada constituiu-se num marco decisivo na aceitação do judô, com o reconhecimento do povo e do
governo que passaram oficialmente a prestigiar o judô kodokan. Depois da célebre vitória de 1886, como
ficou conhecida, o judô kodokan começou a progredir com passos confiantes.
A fórmula técnica do judô kodokan foi completada em 1887, enquanto a sua fase espiritual foi
gradativamente elevada até a perfeição, aproximadamente, em 1922. Nesse ano, a Sociedade Cultural
Kodokan foi inaugurada e um movimento social foi lançado, com base nos axiomas seryoku zen'yo
(lit. máxima eficácia) e jita kyoei (lit. prosperidade e benefícios mútuos).
Entretanto, em 1897, quando a kodokan estava instalada em Shimotomizaka, possuindo uma área de
207 tatames, o governo japonês funda uma escola nacional, que congregaria todas as artes marciais,
a butokukai.
Apesar de Jigoro Kano ter idealizado o judô, em pouco tempo a butokukai tornar-se-ia uma respeitável
rival da kodokan. Posteriormente, as escolas superiores e profissionais da Universidade de
Tóquio fundariam uma outra entidade, a kosen. Como é fácil adivinhar, a butokukai e a kosen
começaram a competir com a kodokan. A kodokan tinha perdido a sua hegemonia, por outro lado, era o
judô que ganhava um maior número de praticantes.
Jigoro Kano, com a finalidade de iniciar uma campanha de divulgação do judô, no ocidente, em 1889,
visita a Europa e os Estados Unidos da América, proferindo palestras e demonstrações.
Em 1909, um fato marcante parecia devolver a hegemonia do judô à kodokan. O governo japonês
resolve tornar a kodokan uma instituição pública, uma vez que a prática do judô estava tendo ótima
aceitação.
Com a mulher japonesa começando a entusiasmar-se pela prática do judô, em 1923, a kodokan
inaugurou um departamento feminino. Em 1934, a Kodokan estaria instalada em edifício de três andares,
ocupando uma área de 2000m², aproximadamente.
Nessa época o judô começava a ser introduzido em quase todas as nações civilizadas do mundo,
todavia, no ocidente o termo jujutsu ainda era empregado, embora o nome Jigoro Kano fosse citado.
Em 1937, o Conselho da Indústria do Turismo, órgão do governo japonês, editava a tradução em inglês
do primeiro livro escrito por Jigoro Kano denominado judô (Jujutsu).
Nessa obra o judô é abordado sob vários aspectos inclusive tecia inúmeras considerações sobre o atemi-
waza (técnicas de ataque a pontos vitais). Todavia, nenhuma linha era escrita sobre as regras de
competições.
Como em 1938, o Japão começava a sentir a guerra, os militares deram um valor especial às
chamadas artes marciais, que começaram a ser praticadas em todo Japão, com um real espírito
guerreiro (bushido). A butokukai recebia alunos de todas as partes do Japão para a cultura do jujutsu,
do kendô (espécie de esgrima japonesa), do karatê e do kyudô (arte de atirar flechas), para uma real
aplicação durante a guerra.
Após a guerra, todas as atividades que inspirassem o bushido, foram proibidas pelos norte-americanos.
Os japoneses não mais podiam praticar o judô.
Entretanto, em 1946, os professores da kodokan foram autorizados a ensinar o judô às tropas norte-
americanas. Conhecendo o real espírito do judô de Jigoro Kano, os norte-americanos liberaram a sua
prática, inclusive nas escolas, por não a considerar uma perigosa arte marcial, tempos depois.
Em 1948, é fundada no Japão a Federação Nacional de Judô, iniciando-se os primeiros campeonatos de
âmbito nacional, depois da guerra. A butokukai havia sido definitivamente interditada e a kosen ficaria
subordinada a kodokan.
Jigoro Kano
Nascimento: 28 de outubro de 1860, em Mikage, prefeitura de Hyogo no Japão, terceiro filho de
Jirosaku Mareshiba Kano.
Falecimento: 04 de maio de 1938 em alto mar a bordo do transatlântico Hikawa Maru.
Obs: Ele estava a bordo do transatlântico voltando da reunião do Comitê Olimpico indo do Cairo
para o Japão. Kano também era poliglota, pois falava quatro línguas além do japonês: francês,
alemão, inglês e espanhol.
Símbolo do Kodokan
O símbolo do Kodokan é o Yata No Kagami. É composto por um círculo vermelho que representa o Sol,
inscrito no centro de uma figura octogonal (OITO lados), é um "espelho mágico", com o poder de revelar
o que há na alma de que olha para ele. É uma das três relíquias passadas pelos deuses ao primeiro
imperador japonês e significa sabedoria ou honestidade (a interpretação varia na literatura). Não
confundir com a Sakura No Hana (flor de cerejeira). A flor de cerejeira representa, geralmente, as
escolas antigas de jujutsu e possuem CINCO lados!
Presidentes do Kodokan
1º Presidente – Jigoro Kano
2º Presidente – Jiro Nango
3º Presidente – Risei Kano (filho do fundador)
4º Presidente – Yukimistu Kano (neto do fundador)
Guardiões do Kodokan
Shiro Saigo
Sakujiro Yokoyama Yoshiaki Yamashita Tsunejiro Tomita
(Sugata Sanshiro)
Código de Honra ( BUSHIDO )
A classe guerreira do Japão feudal conhecida como samurai (ou bushi), conseguiu fama por sua bravura,
técnicas marciais, honra e por seu espírito inabalável diante da morte. Essa reputação se deve à um
código de ética e conduta, seguido e vivido pelos guerreiros, conhecido como bushido.
Preceitos do Bushido:
GI - Justiça e Moralidade
Atitude direta, razão correta, decidir sem hesitar;
YU - Coragem
Bravura heroica;
JIN - Compaixão
Benevolência, simpatia, amor incondicional para com a humanidade;
REI - Polidez e Cortesia
Amabilidade;
MAKOTO - Sinceridade
Veracidade total, nunca mentir;
MEIYO - Honra
Glória;
CHUGO - Dever e Lealdade
Devoção, Lealdade.
O bushido oferece padrões que regem a vida do guerreiro samurai, principalmente no que diz respeito a
honra e coragem. Para o samurai, morrer em uma batalha ou duelo, significa honrar o nome de sua
família e de seus ancestrais. Falhar diante do dever de proteger seu senhor, era a maior desonra para o
guerreiro, que não tinha outra escolha senão cometer o suicídio, conhecido como seppuku.
Samurais
Código Moral
Visando fortalecer o caráter filosófico da prática do judô e fazer com que os praticantes do judô
crescessem como pessoas, o mestre Jigoro Kano idealizou um código moral baseado em oito princípios
básicos:
- Cortesia, para ser educado no trato com os outros;
- Coragem, para enfrentar as dificuldades com bravura;
- Honestidade, para ser verdadeiro em seus pensamentos e ações;
- Honra, para fazer o que é certo e se manter de acordo com seus princípios;
- Modéstia, para não agir e pensar de maneira egoísta;
- Respeito, para conviver harmoniosamente com os outros;
- Autocontrole, para estar no comando das suas emoções;
- Amizade, para ser um bom companheiro e amigo.
PRINCIPIOS MÁXIMOS DO JUDÔ
“SEIRYOKO ZEN’YO”
Máxima Eficiência com o mínimo de esforço do corpo e do espirito.
“JITA KYOEI”
Prosperidade e Benefícios Mútuos.
Ao contrário de outras artes marciais como o Kenjutsu (esgrima), Sojutsu (lança) e do Kyujutsu
(flecha), o judô é um método de defesa contra ataques no qual geralmente não se usa armas,
mesmo que às vezes este uso seja aceitável, e esta é uma característica particular do ju-jutsu,
que ao contrário do Kenjutsu, Sojutsu e Kyujusto em que é necessário o uso de armas, no judô
os seus praticantes não se limitam a nenhum método em particular de defesa contra ataque.
No Judô usamos a forca desprendida do adversário pra conseguir projeta-lo usando o mínimo
de força.
Jigoro Kano se preocupava com a importância da solidariedade huma para o bem individual e
universal. Achava ainda que a ideia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao próximo,
pois acreditava que a eficiência e o auxilio aos outros criaria um ser humano mais completo.
PRINCIPIOS DO JUDÔ
(Jigoro Kano)
INTRODUÇÃO DO JUDÔ NO BRASIL
A imigração japonesa foi o fator mais importante para o surgimento do judô no Brasil. A
influência exercida por lutadores profissionais representantes de diversas escolas de ju-jutsu
japonês também contribuiu para o desenvolvimento do judô. O início do judô no Brasil ocorreu
sem instituições organizadoras. Apenas na década de 1920 e início dos anos 1930 chegaram ao
Brasil os imigrantes que conseguiram organizar as práticas do judô e kendô no país. Em São
Paulo, destaque para Tatsuo Okoshi (1924), Katsutoshi Naito (1929), Tokuzo Terazaki (1929 em
Belém e 1933 em São Paulo), Yassuishi Ono (1928), Sobei Tani (1931) e Ryuzo Ogawa (1934).
Takaji Saigo e Geo Omori, ambos com vínculo na Kodokan, chegaram a abrir academias em
São Paulo na década de 1920, porém, essa atividade não teve continuidade. Na década de
1930 Omori foi instrutor na Associação Cristã de Moços no Rio de Janeiro e, posteriormente, se
radicou em Minas Gerais. No norte do Paraná, nas cidades de Assaí, Uraí e Londrina, o judô
deu seus primeiros passos com Sadai Ishihara (1932) e Shunzo Shimada (1935). Os primeiros
professores a chegarem ao Rio de Janeiro, foram Masami Ogino (1934), Takeo Yano (1931),
Yoshimasa Nagashima (1935-6 em São Paulo e 1950 no Rio de Janeiro) e Geo Omori, vindo de
São Paulo (1930 aproximadamente).
A chegada dos primeiros professores-lutadores também deixou o seu legado. Dentre os
pioneiros se destacaram, Mitsuyo Maeda e Soishiro (Shinjiro) Satake, alunos de Jigoro Kano.
Eisei Mitsuyo Maeda, também chamado Conde Koma, chegou ao Brasil em 14 de novembro de
1914, entrando no país por Porto Alegre. Junto com ele chegaram Satake, Laku, Okura e
Shimisu. Em 18 de dezembro de 1915 a trupe de lutadores chegou a Manaus, mas antes disso
rodou o Brasil em demonstrações e desafios. Conde Koma se radicou em Belém do Pará, em
1921, enquanto Satake ficou em Manaus, onde ministrava aulas no Bairro da Cachoeirinha
ainda na década de 20. Maeda fundou sua primeira academia de judô no Brasil no Clube do
Remo, bairro da cidade velha. A contribuição dos imigrantes japoneses que divulgaram o judô
parece ter sido mais importante do que a contribuição de Conde Koma, e seus companheiros
lutadores. Da chegada do Kasato Maru ao Brasil (1908) até a Segunda Guerra Mundial, os
nomes e as práticas se confundiam. Encontra-se na literatura judô, jiu-do, jujutsu, jiu-jitsu e
ainda jiu-jitsu Kano, muitas vezes para designar a mesma prática.
A institucionalização do esporte, inicialmente organizada pela colônia japonesa, depois sob o
controle da Confederação Brasileira de Pugilismo e finalmente a criação da Confederação
Brasileira de Judô foram os passos para a diferenciação das práticas de luta e a organização do
judô no país.
,
KUZUSHI (desequilíbrio)
Na aplicação de uma técnica há 3 fundamentos: Kuzushi (desequilíbrio), Tsukure (preparo) e Kake
(finalização), por ser o primeiro, o Kuzushi passa a ser neste caso o principal fundamento na aplicação
de uma técnica, para usarmos pouca força, é necessário que o kuzushi seja aplicado conforme a técnica
que irá ser executar.
A quebra de equilíbrio do oponente pode ser direcionada para qualquer um dos pontos cardeais ou
colaterais proporcionando oito direções possíveis (Hampo No Kuzushi).
88 2
2
7
7
3
3 4
4
55 1
1 66
Ushiro-Kuzushi
2
Mae-Migi-Kuzushi 6 5 Mae-hidari-Kuzushi
Yoko-Migi-Kuzushi 4 3 Yoko-Hidari-Kuzushi
SHINTAI (movimento do corpo)
TAI-SABAKI (esquiva)
SH SH
SH
SH SH
SH SH
SHIZEN (postura)
É a posição base para todos os movimentos, feito corretamente facilita a rapidez e precisão
na aplicação da técnica, deve-se sempre adotar esta postura para uma possível mudança de
posição.
O peso do corpo deve ser distribuído igualmente por ambos os pés principalmente nos
dedos.
GUEIKO (treinamento)
TENDOKU-RENSHIU
Sombra ou treinamento solitário, com ou sem espelho ou aparelhos em que se procura
lapidar os golpes e melhorar a rapidez.
UCHI-KOMI
Possível aos pares e também em trio. Visa o aprimoramento das técnicas, da rapidez e da
força localizada cm movimentos repetitivos, faz o Kuzushi e o tsukuri e volta ao início, sem
completar o arremesso.
YAKU-SOKU-GEIKO
Treino aos pares, livre e bem leve, um ataca depois o outro ataca, sem defesa com o
movimento. Explora todas as possibilidades de golpe. Visa principalmente condicionar os
sentidos para o aproveitamento das oportunidades que se oferecem durante o combate.
KAKARI-GEIKO
É o ataque consecutivo de esquerda e direita onde só um ataca, com defesa leve do
companheiro que apenas utiliza o Tai-Sabaki, este treinamento também promove o
condicionamento do atleta.
RENRAKU-RENKA-WAZA
Este treinamento permite o estudo e aperfeiçoamento de técnicas que se combinam,
aproveitando a devesa ou a escapada do adversário para aplicar outra técnica.
KAESHI-WAZA
Treinamento de contra-ataques, muito bom para o preparo do atleta quando o mesmo
participar do Shiai.
RANDORI
É o treinamento livre e completo, onde o atleta emprega todo o seu conhecimento e
capacidade. É onde se testa a própria eficiência para conhecer os pontos negativos e
positivos com possibilidades reais e imaginárias.
SHIAI
É o combate, onde os atletas fazem a luta em Nague-Waza e com oportunidades seguem
em Ne-Waza, a meta final para a qual o atleta se prepara por longos períodos. É onde em
poucos minutos ou mesmo segundos todo o esforço pode ser coroado com êxito ou não.
NAGUE-WAZA
KUCHIKI-TAOSHI KIBISU-GAESHI
TSURI-KOMI-GOSHI SODE-TSURI-KOMI-
GOSHI
USHRO-KESA-GATAME URA-GATAME
TE-GATAME / ASHI-GATAME
CLASSIFICAÇÃO DAS TECNICAS DO KODOKAN
TATI-WAZA
Te-Waza Koshi-Waza
Ashi-Waza
Técnicas de perna
(21 técnicas)
SUTEMI-WAZA
Ma-Sutemi-Waza Yoko-Sutemi-Waza
Técnicas de Técnicas de
sacrifício sacrifício
para frente para o lado
(05 técnicas) (16 técnicas)
1ª série – Ik Kyu
DE-ASHI-BARAI HIZA-GURUMA SASSAE-TSURI-KOMI-ASHI
O-UCHI-GARI IPPON-SEOI-NAGUE
2ª série – Ni Kyu
KO-SOTO-GARI KO-UCHI-GARI KOSHI-GURUMA
HARAI-GOSHI UCHI-MATA
3ª série – San Kyu
KO-SOTO-GAKE TSURI-GOSHI YOKO-OTOSHI
TOMOE-NAGUE KATA-GURUMA
SOTO-MAKI-KOMI UKI-OTOSHI
5ª série – Go Kyu
O-SOTO-GURUMA UKI-WAZA YOKO-WAKARE
SUMI-OTOSHI YOKO-GAKE
NAGUE-NO-KATA
1ª série do Nague No Kata (TE-WAZA)
UKE-OTOSHI IPPON-SEOI-NAGUE KATA-GURUMA
RITUAL OSSAE-WAZA
KESA-GATAME
KATA-GATAME
KAMI-SHIRO-GATAME
YOKO-SHIRO-GATAME
KUZURE-KAMI-SHIRO-GATAME
SHIME-WAZA KANSETSU-WAZA
KATA-JUJI-JIME UDE-GARAMI
HADAKA-JIME JUJI-GATAME
OKURI-ERI-JIME UDE-GATAME
HIZA-GATAME
KATHARA-JIME
GYAKU-JUJI-JIME ASHI-GARAMI
JU-NO-KATA
RITUAL
HAIMEN
TSUKI
HENRAKU-WAZA (Técnicas Combinadas)
SASSAE-TSURI-KOMI-ASHI
TSURI-KOMI-GOSHI
SODE-TSURI-KOMI-
O-UCHI-GARII TAI-OTOSHI UCHI-MATA
GOSHI
HARAI-GOSHI
TAI-OTOSHI
IPPON-SEOI-NAGUE
HANEI-GOSHI
KOSHI-GURUMA
O-SOTO-GARI
HIZA-GURUMA
KO-SOTO-GARI
SASSAE-TSURI-KOMI-ASHI
TSURI-KOMI-GOSHI
HARAI-GOSHI
TAI-OTOSHI
IPPON-SEOI-NAGUE
HANEI-GOSHI
KOSHI-GURUMA
O-SOTO-GARI
HIZA-GURUMA
KO-SOTO-GARI
O uniforme (judogi) na competição deve ter as características regulamentadas pela FIJ, e assim
estabelecer um padrão para todos os competidores. O judogi é o centro das estratégias e táticas do
esporte.
O judogi tem que estar limpo e sem odor, o zubom tem que ter o mesmo tom de cor do wagi.
ARBITRARBITRAGEMAGEM
10 cm 10 - 15
Máximo cm
20 cm
Pelo menos Espessura, do
10 cm Colarinho e da
Lapela
1 cm
<5 cm
IJF Sokuteiki
Para uma melhor eficiência e para ter uma boa pegada, é necessário que o wagi esteja bem arrumado
dentro da faixa, com a faixa bem apertada.
Para reforçar isso, o competidor deve arrumar o seu Judogi e a faixa rapidamente entre o mate e hajime
anunciado pelo Árbitro.
Se um Atleta intencionalmente, perde muito tempo arrumando o Judogi e faixa, ele receberá um shido.
Se o atleta segurar a saia do WAGUI do seu oponente:
WAGI estando dentro da faixa, aplica-se SHIDO, e na terceira vez HANSOKU-MAKE.
WAGI fora da faixa, é considerado como um kumikata regulamentado, tem que haver um ataque
imediato, caso isso não ocorra será SHIDO.
TEMPO DE LUTA
GOLDEN SCORE
Quando ambos os atletas não tiverem pontuação técnica ou quando as pontuações técnicas são iguais
ao fim do tempo normal de luta, a luta deve continuar em Golden Score não importando o(s) Shido(s)
dados.
Qualquer pontuação(ções) e/ou shido(s) existentes durante o tempo normal de luta serão levados para o
Golden Score e ficarão no placar.
O Golden Score pode somente ser vencido por uma pontuação técnica (waza‐ari ou ippon) ou hansoku‐
make (direto ou por acúmulo de shido).
Uma penalidade nunca é uma pontuação.
AVALIAÇÃO DE PONTUAÇÕES EM TACHI-WAZA
IPPON
É o ponto mais alto, é a avaliação mais elevada e que leva a vitória do combate e sinaliza o término do
combate;
Existem 4 maneiras de marcar Ippon,
1º - Jogar o adversário com força, velocidade, controle e amplamente de constas;
2º - Em trabalho de solo imobilizar o adversário por 20 segundos;
3º - Aplicar o Shime-Waza (estrangulamento) e o adversário desistir;
4º - Aplicar Kansetsu-Waza (chave de braço) e o adversário desistir.
• Ippon será dado quando o Atleta jogar seu oponente de costas, aplicando uma técnica ou contra‐
atacando uma técnica de ataque de seu oponente, com considerável habilidade com máxima eficiência:
• (*) “ikioi” = impulso com ambas força e velocidade.
• “hazumi” = habilidade com ímpeto, intensidade ou ritmo.
• Critérios para Ippon:
1. Velocidade;
2. Força;
3. Sobre as costas;
4. Controle com habilidade até o término da projeção.
• “Rolando” pode ser considerado Ippon somente se não existir parada durante a queda.
A diferença do rolamento faz com que a avaliação dos pontos seja IPPO
( Quando UKE rola nas costas )
WAZARI
Waza‐ari será dado quando os quatro critérios para o Ippon não estiverem totalmente presentes.
• O valor de Waza‐ari inclui aqueles dados para Yuko no passado.
• Dois Waza‐ari são equivalentes a um Ippon (waza‐ari‐awasete‐ippon) e a luta será finalizada.
• O rolamento pode ser considerado Waza-ari se houver uma pausa durante o pouso.
A diferença do rolamento faz a avaliação dos pontos serem WAZA-ARI
( Quando UKE rola em seu lado ou quadril )
A avaliação de Waza‐ari inclui as dadas para Yuko e Waza‐ari no passado.
Cair sobre ambos os cotovelos ou dois braços é considerado válido e deve ser avaliado como waza‐ari.
Cair sobre um cotovelo, sentado ou sobre o joelho, com imediata continuação sobre as costas, será
considerado waza‐ari.
Cair com um cotovelo e uma mão é considerado válido e deve ser avaliado com waza-ari.
PONTE
Todas as situações de queda voluntária em posição de Ponte, serão avaliadas como Ippon.
DEFESA DE CABEÇA
Defesa intencional com a cabeça será avaliado como hansoku‐make (observar quando o UKE cai
separando o queixo do pescoço).
Atenção especial será dada para as seguintes situações onde Tori tentar projetar seu adversário durante
tachi‐waza:
CONTRA - ATAQUE
No caso de Kaeshi-waza, o lançador que está aplicando o contra-ataque, NÃO PODE sofrer o impacto
da queda no tatami.
No caso de ataque e contra‐ataque, o primeiro competidor que cai de lado (yoko‐sutemi‐waza) ou de
costas (ma‐sutemi‐ waza) não pode pontuar a menos que tenha claro controle do movimento em tachi‐
waza e finalize a ação.
Se uma pontuação pode ser marcada, ela deve ser pontuada.
Se os dois atletas caem juntos sem claro controle de algum deles, nenhuma pontuação deve ser
marcada.
KUMIKATA
Para simplificar a arbitragem e o entendimento de algumas ações de como segurar no judogi (que eram
punidas no passado), não mais serão penalizadas:
Pegada em pistola, agarre de gato, cruzada, do mesmo lado e na faixa.
As pegadas não convencionais serão permitidas enquanto TORI estiver preparando um ataque (judô
positivo).
Enquanto houver o Kumi-kata não convencional (pegadas regulamentadas) com ações de judô positivo,
não haverá tempo determinado para penalização.
Posições negativas são penalizadas com SHIDO, porque elas vão de encontro ao espirito do judô.
Reconhecendo a dificuldade de prepara uma ação de projeção, o tempo entre o Kumi-Kata e preparar
um ataque foi estendido para 45 segundos, considerando a existência de judô positivo.
Todas as variações de pegadas não convencionais (pistola, agarre de gato, mesmo lado, cruzada e na
faixa) com ações de judô positivo, não haverá tempo determinado para penalização, mas devem ter a
intenção de jogar o oponente(Judô positivo), a realização da mesma sem ações de ataque será
penalizada com shido.
Posições “negativas” é a intenção de bloquear a intenção de derrubar e isto é shido, não procurar atacar,
atitude defensiva, entre outras (Judô negativo).
SHIDO
Retirar o kumi-kata do oponente com as duas mãos e não atacar imediatamente será SHIDO.
*Na mesma situação, passar a cabeça por baixo do braço do adversário e não atacar imediatamente
será SHIDO.
Retirar o seu judogi ou do seu oponente Não permitir a pegada do oponente por
da faixa bloqueio com a mão.
POSTURA CURVADA
Toda vez que um atleta forçar o seu adversário para baixo sem a intensão de projetar, será dado
SHIDO.
O ato de entrelaçar a perna sem ataque imediato deve ser punido com shido.
Tempo do ossae-komi
IMOBILIZAÇÕES
SHIME-WAZA PROIBIDO
Shime‐waza não é permitido com a sua faixa ou a faixa do oponente ou com a parte de baixo do wagi ou
usando somente os dedos.
Essa ação é punida com shido.
É possível pegar na perna somente quando os dois atletas estejam claramente em ne‐waza e a ação em
tachi‐waza já esteja terminada. Tori nesta posição de Tachi-waza pode aplicar Kansetsu-waza ou Shime-
waza porque Uke está em uma posição de Ne-waza.
CONTINUAÇÃO DE NE-WAZA
Se Ne-waza começa dentro da área de competição e sai com ação contínua de qualquer atleta pode ser
válido.
Osaekomi continuará fora da área de combate caso a imobilização (osaekomi) tenha começado dentro.
Caso, durante o ne‐waza fora, uke reverta e tenha controle por meio de uma técnica de chão, isso deve
ser válido.
Kansetsu-Waza
Shime-Waza
PEGADA EM KATA-SANKAKU
QUANDO É NE-WAZA
Os dois atletas devem estar com Sem contato entre os oponentes Quando ficar com a barriga no
os dois joelhos no chão para ser deve ser Mate! tatami, o Azul está em ne‐ waza.
considerado ne‐ waza.
Situações em que ambos estão no ne-waza, um dos atletas levanta (tachi-waza) e o outro ainda está em
ne-waza, ocorrendo imediatamente um ataque a pontuação será válida.
De forma similar, se um dos atletas se defende ajoelhando e o outro (ainda está em pé) ataca
imediatamente, a pontuação será válida.
SHIME-WAZA e KANSETSU-WAZA
SITUAÇÕES VÁLIDAS
Nesta posição, Tori pode aplicar uma técnica de lançamento ou pode continuar com Kansetsu-waza ou
Shime-waza ou Osae-komi-waza.
ABRAÇO DE URSO
O abraço de urso será permitido desde que seja efetuado partindo de um kumi-kata.
O abraço de urso DIRETO será penalizado com SHIDO.
Acrescenta-se a esta regra, a possibilidade do atleta que foi atacado realizar um ataque, caso haja
pontuação, esta será válida em seguida o atleta que realizou que realizou o abraço de urso será
penalizado com SHIDO.
JUDÔ NEGATIVO
No caso de um duplo Hansoku-make (em tempo regular ou no golden score) como sonsequencia um
terceiro Shido, ambos os atletas serão desqualificados da competição.
haverá 3 x 5º colocado e 1
Semifinal Ambos serão 5º colocado
bronze
*Esta mesma situação valerá para que for penalizado com HANSOKU-MAKE, por aplicar o SODE
segurando só com um braço que terminem como ude-gatame ou waki-gatame projetando-se ao solo.
ATENDIMENTO MÉDICO
Toda vez que um atleta sangrar ou bater com a cabeça, e no caso dos homens uma pancada nos órgãos
genitais, este poderá ter um atendimento médio.
Todo atendimento médico deverá ser feito fora do tatame, e o atleta lesionado terá que ser
acompanhado por um árbitro.
Em caso de sangramento, o atleta só tem direito a dois atendimentos no mesmo local, se acontecer o
terceiro o seu adversário será considerado vencedor por kigen gachi, todo atleta poderá ter vários
atendimentos por sangramento, contanto que sejam em lugares diferentes.
FORMAS DE VITÓRIA
KATI – Vitória em luta normal, porém não precisa ser anunciado, só faz o gesto;
KIKEN GASHI – Vitória por desistência, mal súbito, 3º sangramento no mesmo lugar, impedimento
médico ou abandono.
UNIFORME DO ÁRBITRO
Camisa = Branca
Calça = Cinza
Meias = Preta
Sapatos = Preto
Paletô = Preto
Cinto = Preto
Gravata = Azul marinho
Azul claro é aceita só as oficiais da FIJ