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RESPOSTA:
A Constituição Federal estabelece de forma expressa em seu art. 37, inc.
XXI, a obrigatoriedade da licitação, como um procedimento prévio para a aquisição de
bens e contratação de serviços por parte da administração pública, podendo não ser
realizada apenas nas hipóteses previstas em lei.
A lei federal 8.666/93 prevê as hipóteses de contratações diretas, ou seja,
aquelas em que a administração se encontra desobrigada de realizar licitação para a
contratação de terceiros, senão, vejamos:
Dentre as hipóteses supramencionadas, encontra-se a denominada
licitação dispensável, que consiste em situações em que a administração goza de
margem de discricionariedade para realizar, ou não, o procedimento licitatório, nos
termos elencados de forma taxativa no art. 24 da Lei de Licitações e Contratos
Administrativos.
A situação retratada na questão em baila se refere à necessidade de
aquisição de medicamentos para reposição do estoque de um determinado hospital, em
razão de um grande incêndio em seu almoxarifado que destruiu estes medicamentos.
O reabastecimento destes materiais caracteriza urgência, pois se destina ao
atendimento de uma situação que pode ocasionar prejuízo comprometendo a segurança
dos administrados, conforme expresso pelo art. 24, inc. IV da referida lei, in verbis:
“Art. 24. É dispensável a licitação: ...
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
somente para os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;