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Flávio Passos

Apresentador e Pesquisador
de Saúde, Alimentação e
Gastronomia. Palestrante e
Diretor da Puravida.

Conhecimento
equivocado é pior
do que nenhum
conhecimento
Guiar-se por um mapa que te leva para o lugar errado é algo que te faz perder
tempo, desperdiçar seus esforços e não encontrar o que você busca.

Se o propósito é fazer escolhas construtivas para a sua saúde, é fundamental ter


as informações corretas. É importante saber como se alimentar e como se cuidar
de maneiras que definitivamente gerem bons resultados.

Todas as áreas do conhecimento estão sujeitas a erros e más interpretações. Quando um


desses erros passa a ser entendido como uma verdade, é chamado de mito, ou crença.

Mitos são muito comuns na área da saúde e da nutrição, e uma enorme quantidade
de pessoas faz muitas de suas escolhas alimentares baseando-se em mitos -
muitos dos quais já foram desconstruídos pela ciência.
A nutrição é uma ciência relativamente jovem, com menos de 200 anos de
existência. E, infelizmente, muito do que se ensina nas universidades hoje ainda
está desatualizado face às descobertas mais recentes.

Para agravar a situação, a mídia, algumas instituições e profissionais que


não se atualizaram acabam contribuindo para propagar e perpetuar estas
informações distorcidas.

Se você já leu sobre alimentação, buscou dietas para emagrecer ou tentou resolver
algum problema de saúde através da alimentação e mudanças no estilo de vida, é
muito provável que já tenha se deparado com alguns desses mitos.

O grande problema é que se orientar por um conhecimento parcial, distorcido ou


obsoleto pode resultar em algo bem diferente ou até oposto do que você está buscando.

Ao guiar-se por mitos, você pode estar dando passos na direção contrária
dos seus objetivos.

Ao invés de cultivar bem-estar para poder viver mais e melhor…. para poder viver livre
de sintomas desconfortáveis… e para desfrutar de uma aparência física harmoniosa e
seu peso ideal...você pode estar complicando sua vida desnecessariamente. Pode estar
se privando sem necessidade, gerando ansiedade, confusão e compulsões alimentares.

Pode deixar de ingerir nutrientes importantes, ou ingerir alimentos que não te


ajudam a atingir seus objetivos.

E pode estar cultivando hábitos ruins que, aos poucos, deterioram a saúde e criam o
cenário para uma dependência de medicamentos e uma qualidade de vida sofrível.
Criamos este pequeno livro digital com dois objetivos:

O primeiro: elucidar 5 grandes mitos que podem estar te atrapalhando a ter a


saúde que sempre quis.

E o segundo: te convidar para acompanhar nosso trabalho de pesquisa e ensino,


visitando meu canal no Youtube, onde posto vídeos sobre os mais diversos temas
da saúde e da alimentação.

É muito importante frisar que tudo que abordo em meus cursos, eventos, palestras e
livros digitais como este são fruto de mais de duas décadas de estudo e prática de Saúde.

Nenhuma informação que publico é baseada em minha opinião.

Opiniões não trazem retorno significativo à sociedade e, por isso, vou me ater
somente aos fatos comprovados pela ciência.

Esta será uma leitura útil e prazerosa que não passará de 15 minutos, pois eu quero
respeitar o seu precioso tempo.

Vamos lá?
1.
O mito do leite
para ter
ossos fortes
“Preciso beber leite
para obter cálcio”
O cálcio é um nutriente vital, necessário para a formação e saúde dos ossos e
dentes e também utilizado pelo corpo para outras funções importantes.

Este mineral ajuda a manter as veias e artérias saudáveis, a regular pressão


sanguínea e até prevenir o desequilíbrio conhecido como resistência insulínica ,
que costuma evoluir para quadros de diabetes tipo 2.

Sim, o cálcio é essencial e você provavelmente sabe disto!

Mesmo assim, as estatísticas demonstram que o consumo de cálcio está abaixo


do ideal na maioria da população.

De acordo com pesquisas, apenas 16% das mulheres entre 20 e 29 anos obtém
cálcio suficiente em sua alimentação diária.

É de conhecimento comum que os laticínios - como o queijo, o iogurte e o próprio


leite - são fontes concentradas de cálcio, mas é um grande erro pensar que são
indispensáveis para a obtenção deste nutriente.
De fato, por inúmeros motivos, o leite e seus derivados não são uma opção viável
e desejável para todos.

Um grande número de pessoas é intolerante à lactose ou às proteínas do leite, e


nestes casos a ingestão de produtos lácteos traz consequências nocivas e baixa
absorção dos nutrientes (inclusive do cálcio).

Sabe-se também que o leite de caixinha e outros laticínios industrializados


apresentam resíduos de antibióticos, hormônios e aditivos químicos.

Existem ainda aqueles que optam por não consumir produtos de origem animal.

Uma breve leitura de rótulos nos revela que um copo de leite contém por volta de
300 mg de cálcio.

Mas, precisamos entender que existem outras opções de alimentos que são
ricos em cálcio e que podem ser incluídos no nosso dia a dia.
Alguns exemplos:

Feijão branco:
232 mg em uma xícara
de feijão cozido, é
quase o mesmo que
um copo de leite.

Sardinhas
321 mg em uma lata
- MAIS do que em um
copo de leite.
Além disso, no caso das
sardinhas, este cálcio
ainda vem acompanhado
de ômega 3 e a vitamina
D que o corpo necessita
para absorver o cálcio
adequadamente.

A sardinha é um dos peixes


mais limpos, baratos e
sustentáveis do oceano. E
sem dúvida, um dos mais
saudáveis também.

Melaço de cana
172 mg por 1
colher de sopa, o
que faz do melaço
uma das mais
nutritivas opções
de adoçantes.

Couve
Aqui temos uma "superstar do cálcio"
- quase 350 mg de cálcio, 1/3 das
necessidades diárias em uma xícara
de de couve refogada, um prato que
eu considero delicioso.
Outros legumes, como o brócolis, a couve-flor, a acelga, a rúcula e outras folhas verde
escuras são igualmente boas fontes de cálcio, assim como o quiabo.

Amêndoas, gergelim e outras sementes podem ser ótimas fontes de cálcio também,
embora menos concentradas.

Então, com uma alimentação que inclua alguns destes alimentos em boas quantidades,
não haverá problemas para conseguir o cálcio que o seu corpo precisa.

É importante mencionar que outros nutrientes são importantes para a absorção e


direcionamento do cálcio para os ossos e dentes, não deixando que se deposite em
locais errados, como artérias.

De fato, dois elementos são indispensáveis para isso, a Vitamina D3 (falaremos mais
dela adiante!) e a Vitamina K2.

O magnésio também desempenha um papel importante nesta equação de nutrientes.

A atuação conjunta destes quatro nutrientes é mais significativa para a saúde geral do
organismo e dos ossos e dentes do que a maioria das pessoas imagina.

Portanto, você consegue obter cálcio suficiente de modo fácil e saboroso, bastando
ter uma alimentação variada e densamente nutritiva.

Beber leite e seus derivados não é uma necessidade, é apenas uma opção - dentre
inúmeras outras.
2.
O mito
do sódio
“Afinal, o sal faz
bem ou faz mal?”
O sal é outro elemento mal compreendido pela maioria das pessoas.

Por recomendação de instituições e médicos, produtos com teor de sódio reduzido


estão cada vez mais populares e uma dieta com restrição de sal é praticada por
muita gente que se preocupa com a saúde.

Acontece que essa restrição é feita quase sempre com muito pesar, pois o sal
realça os sabores, ameniza o amargo e desperta o paladar.

Certamente você já escutou que o sal pode causar problemas e que é melhor evitá-
lo, mas na verdade O SAL É NECESSÁRIO para o bom funcionamento do corpo.

A composição mineral do sangue é basicamente igual à do mar.


O suor e as lágrimas são salgados.

Tudo isso demonstra como o sal está presente em nosso corpo.


Porém, é importante dizer que não é porque algo é saudável em determinadas
quantidades que possa ser consumido em excesso.

A diferença entre o remédio e o veneno está na dose… mas será que a quantidade
que normalmente é considerada excessiva, traz reais danos à saúde?

Tudo indica que os problemas associados ao sódio acontecem por um desequilíbrio


entre o sódio e o potássio, ou seja, o que realmente precisamos é de mais potássio.

Explico sobre isso mais adiante.

As primeiras espécies de animais se desenvolveram no oceano, e todo o


metabolismo se desenvolveu neste ambiente repleto de sais.

Conforme nos afastamos do mar, os organismos criaram mecanismos sofisticados


para regular o equilíbrio mineral interior e passamos a ser dependentes de minerais
provenientes da alimentação para sobreviver.

Dentre estes minerais, precisamos de quantidades substanciais de cloro e sódio,


que formam o cloreto de sódio, a base do sal comum.

A função destes elementos no organismo é simplesmente vital. Estes minerais


são os principais eletrólitos no corpo, junto com o potássio.
Atuam na regulação osmótica dos líquidos celulares, e participam na transmissão
de impulsos nervosos, ou seja, são cruciais para o funcionamento do coração e
dos músculos. A deficiência destes três minerais pode resultar em quadros de
desidratação, cãibras, fadiga, tontura e desmaio.

A própria origem da palavra “sal” revela que esta substância sempre esteve associada à
saúde, isto fica claro em palavras como salubre ou salutar - aquilo que promove a saúde.

O sal era visto pelos romanos como uma dádiva divina, que conferia sabor e
conservação aos alimentos e proporcionava saúde e vitalidade. É daí também que
deriva a palavra salarium - ou salário, pois os soldados romanos recebiam seus
pagamentos com uma porção de sal.

Além de fornecer minerais essenciais, o sal serviu como importante


higienizador e conservador de alimentos, ajudando a conservar vegetais e
carnes por semanas ou até meses.

A salmoura, a cura, molhos e conservas salgadas são métodos utilizados mundialmente


para a conservação dos alimentos como a carne seca, o bacalhau, as azeitonas, etc.
Um fator muito importante, mas pouco conhecido, é que muitos dos sintomas associados
ao excesso de sódio, como retenção de líquidos e hipertensão, são mais efetivamente
corrigidos com o aumento da ingestão de potássio do que com a diminuição do sódio.

E isso, infelizmente, quase não é mencionado.

O desequilíbrio entre sódio e potássio é comum, pois o consumo de potássio é


muito baixo na média geral da população.

Como dito, o potássio funciona em conjunto com o sódio e é crucial para as funções
normais do organismo, como a contração muscular e do coração, a transmissão
de impulsos nervosos e para o funcionamento de algumas enzimas.

Então, grave isto: uma quantidade suficiente de potássio pode baixar a pressão
sanguínea de forma muito mais impactante do que a eliminação do sal.

Um dado surpreendente é que 97% dos norte-americanos são deficientes em


potássio, e certamente aqui no Brasil não é muito diferente.

Em outras palavras, não é preciso colocar menos sal em seus pratos, contanto que
você obtenha uma boa quantidade de potássio, de 4 a 5 gramas por dia.
Você consegue suprir suas necessidades de potássio, consumindo generosas porções
diárias de alimentos como o abacate, que é a melhor fonte de potássio, damascos,
vegetais verdes escuros, sementes de abóbora, água de coco, banana, dentre outros.

O que realmente faz com que muitos exagerem no sódio é o consumo de alimentos
ultraprocessados - salgadinhos, sopas prontas e até refrigerantes de cola.

Então, se você minimiza a participação destes produtos de baixa qualidade em sua


dieta, não precisa se preocupar com sua ingestão de sal.

É importante ressaltar que existem condições específicas de saúde em que a


restrição de sal pode ser indicada, mas um corpo saudável se desfaz facilmente de
qualquer excesso de sódio, os rins simplesmente excretam o que não é necessário.

Portanto, se você tem uma alimentação equilibrada, baseada em comida de verdade e utiliza
sal natural, acredito que não há nenhum motivo para se preocupar com o excesso de sódio.

Mas, caso você ainda tenha uma alimentação baseada em industrializados, com
deficiência de potássio e utilize sal refinado, diminuir o consumo de sal é algo que
não vai trazer grandes melhorias em sua qualidade de vida.
3.
Precisamos
sempre nos
proteger
do sol e
utilizar
filtro solar
“Expor-se ao sol é perigoso,
pode causar câncer”
Essa é uma ideia bastante difundida e certamente responsável por grande parte
da epidemia de carência de vitamina D que, segundos estudos, afeta mais da
metade da população mundial.

Muitos profissionais de saúde afirmam categoricamente que o sol causa câncer.

> Será que é tão simples assim?


> Será que os estudos científicos apontam
de modo unânime para este fato?

Sejamos razoáveis, uma pessoa urbana, que raramente se expõe ao sol e em


curtos períodos de tempo (fins de semana, feriados) se expõe durante horas ao
sol forte está claramente submetendo o corpo, em especial a pele, a um estresse
e a um dano perceptível.

Mas uma exposição equilibrada é de fato, indispensável para a saúde.


Os benefícios são inúmeros, abarcando a diminuição da pressão arterial, ativação do
metabolismo e a produção de hormônios e neurotransmissores que geram prazer, foco
e bem-estar, além do já bastante conhecido benefício da produção de vitamina D.

Uma pesquisa recente apresentou a seguinte conclusão: A exposição ao sol traz


menos riscos à saúde do que a falta de exposição ao sol.

Ou seja, se você se protege do sol com medo de câncer de pele, saiba que os riscos de
doenças cardiovasculares, autoimunes e, ironicamente, até de câncer, aumentam.

Um outro estudo demonstrou que os riscos para a saúde de uma


exposição insuficiente ao sol são maiores do que os de fumar cigarros.

Uma postura que considero sensata é: a exposição excessiva ao sol pode ser um fator
contribuinte para o câncer de pele, em conjunção com outros fatores, relacionados à
alimentação, poluição, estilo de vida. Cuide da sua saúde como um todo e não tenha
medo de se expor ao sol, sempre escutando seu corpo e os seus sinais, sem excessos.

Se expor ao sol da manhã é o que a maioria dos profissionais recomenda e é algo realmente
benéfico, mas para a produção da vitamina D é preciso se expor ao sol da 10:00 em diante,
até aproximadamente 14:00. Sim, o período que a maioria das pessoas evita.

Mas a boa notícia é: Você não precisa ficar uma hora no sol quente, dependendo do seu tipo
de pele, apenas 15 minutos diários já são o suficiente para uma boa produção de vitamina
D. Para peles mais escuras , por volta de 25, 30 minutos sem filtro solar, pois o protetor
bloqueia justamente a radiação necessária para a produção de vitamina D na pele.
E qual é a importância
da Vitamina D?
Ela tem participação em mais de 85 funções
do corpo e tem relação com mais de 2000
genes importantes.

A vitamina D é mais do que um nutriente, é


um pró-hormônio indispensável, desde antes
do nascimento até o fim do ciclo da vida.

Sua deficiência pode prejudicar muito a saúde


e a qualidade de vida e pode resultar em
sintomas como perda óssea, dor nos ossos
e nas costas, sistema imune enfraquecido,
fadiga, cansaço e até mesmo depressão.

Mas, além da exposição ao sol – que nem


sempre é possível, como no outono e inverno
em muitas regiões, a suplementação bem-
feita pode trazer excelentes resultados.

Com isso, espero que você adote este hábito


tão saudável e prazeroso em sua vida!

Aproveite esta dádiva do nosso clima tropical.


4.
Não é bom
esquentar
o azeite
“Não é bom cozinhar
com azeite, pois ele
estraga com o calor”
O azeite de oliva puro é um óleo extremamente saudável, e isto já é reconhecido pelo
senso comum e pela ciência moderna. Utilizado e apreciado por alguma das culturas
mais saudáveis da terra foi venerado pelos antigos gregos, egípcios e romanos.

Além de ácidos graxos saudáveis, traz em sua composição poderosos


antioxidantes. Porém, muitas pessoas ainda acreditam que o azeite não é uma
boa opção para cozinhar. Afirmam que é um óleo sensível, e que o aquecimento
transforma-o em algo nocivo. O que é um equívoco.

Vou explicar porque o azeite de oliva é uma opção excelente para cozinhar,
refogar e até mesmo fritar alimentos.
Quando gorduras e óleos são expostos a temperaturas elevadas, eles podem
ser danificados. Isto é particularmente verdadeiro no que diz respeito aos óleos
ricos em gorduras poliinsaturadas, os mais sensíveis e instáveis.

Esta é a realidade de muitos óleos vegetais, como o óleo de soja, canola, girassol
e milho. Quando superaquecidos, podem formar vários compostos nocivos...
incluindo peróxidos de lípides e aldeídos, os quais podem contribuir com o
câncer, conforme alguns estudos.

Ironicamente e infelizmente são estes os mais utilizados na cozinha. Existem


duas propriedades relevantes aos óleos próprios para a culinária:

• Um elevado ponto de fumaça, ou seja, a temperatura máxima em que o óleo


em questão suporta sem se degradar.

• Estabilidade oxidativa, que significa o quão resistente é o óleo ao reagir com oxigênio.

O azeite de oliva é excelente no que


diz respeito a estas duas propriedades!
Por ser um óleo de alta predominância monoinsaturada, com 87% de sua
composição total, diferente dos óleos vegetais poliinsaturados delicados, o
azeite é um óleo de boa resistência térmica.

Além disso, o azeite de oliva é rico em antioxidantes diversos, como a oleuropeína


e a vitamina E, que protegem a sua estrutura contra os danos oxidativos causados
pelo aquecimento.

Dentro do nosso corpo, estes antioxidantes ainda ajudam a proteger contra o


surgimento de radicais livres. Por este motivo, minha sugestão é sempre preferir
o azeite não filtrado, mais turvo do que o filtrado justamente por conter maior
presença destas substâncias benéficas.

Diversos estudos testaram o aquecimento do azeite a alta temperatura por períodos


prolongados, e mesmo sob estas circunstâncias extremas, o azeite resistiu muito bem.

Em um destes estudos, diferentes tipos de azeite foram submetidos ao


aquecimento por 24 horas. O azeite extra virgem, que é rico em antioxidantes,
resistiu melhor do que o azeite virgem.

Este estudo demonstra que mesmo o mito de que o azeite extra virgem não é
próprio para o aquecimento está equivocado.

É claro que se o seu objetivo é obter o máximo do efeito antioxidante do azeite, o


ideal é regar o alimento com o azeite extra virgem não aquecido, pois o processo
de proteger o óleo durante o aquecimento acaba consumindo os antioxidantes.
Mas isso não significa que cozinhar com azeite extra virgem é ruim. Muito pelo
contrário. Aliás, a redução do potencial antioxidante não é tão significativa -
90 minutos de aquecimento do azeite reduziram apenas 31% de seu potencial
antioxidante segundo as pesquisas!

Então, de acordo com o que foi apresentado podemos compreender que a


ciência valida a tradição de diversas culturas que consagraram o azeite como
seu principal óleo de cozinha.

Não tenha medo de cozinhar com o azeite, ele é saudável e deixa seus pratos muito
saborosos. Mas é claro que estou me referindo à azeites puros, de qualidade.

Isso não vale para azeites que foram misturados com óleo de soja, o que
infelizmente é algo comum. Idealmente, busque azeites não filtrados, com selo
de origem, ou com certificação orgânica.

Você também pode pesquisar na internet as marcas que já foram reprovadas em


testes de pureza e qualidade.
5.
Mito do
Queijo
Branco
“Queijo branco é melhor
para a Saúde. Será mesmo?”
Queijo branco, iogurte desnatado, queijo cottage... com certeza você já ouviu falar
que trocar seu queijo amarelo e gorduroso por queijos brancos insossos é uma
escolha importante para te ajudar a emagrecer, a reduzir o colesterol e a prevenir
doenças cardíacas, certo?

Este é um mito que já foi extensivamente desconstruído por inúmeros estudos


ao longo da última década. Mesmo assim, ainda tem muita gente que faz suas
escolhas com base neste mito.

Todos sabemos que queijos amarelos são mais concentrados e compactos, e por
isso, oferecem um menor percentual de água e um maior percentual de gordura.
Teoricamente seriam, por este motivo, menos saudáveis.

A base que sustenta este mito está nas ideia de que comer gordura engorda e que comer
alimentos ricos em colesterol aumenta o colesterol, podendo entupir as artérias e causar
doenças cardíacas. Estes são equívocos que necessitam de mais tempo e espaço para
um esclarecimento mais detalhado. Faremos isso em breve, não se preocupe.
Quanto mais amarelo
o queijo, mais leve e
fácil de digerir.

O que posso adiantar é que a era dos alimentos light já acabou. Na verdade, o
queijo amarelo não é só mais saboroso do que o queijo branco.

Isso acontece porque enquanto ele passa pelo processo de maturação que
transforma seu aspecto, cor e sabor, ele está na verdade sendo "pré-digerido" por
bactérias, ou lactobacilos.

Este processo de fermentação neutraliza a lactose e quebra as proteínas em


moléculas menores, dessa forma, os queijos amarelos são menos propensos a
causar reações em organismos intolerantes.

Já reparou como os queijos brancos são adocicados? Este é o sabor da lactose!

Então, se você gosta de queijos e os digere bem, pode ficar tranquilo: o queijo
parmesão, ou o queijo canastra curado não são apenas mais saborosos do que o
queijo branco, ricota ou cottage - eles são bem mais leves e saudáveis também.

Os franceses, aliás, já sabem disto há muito tempo. Na frança não se come queijo
branco, por considerar-se como um queijo que ainda não está pronto.
Ninguém precisa comer queijo para viver, e não são todas as pessoas que toleram
bem os queijos. Este é um capítulo à parte.

Mas se você gosta e tolera bem os queijos, minha sugestão é selecionar os


queijos artesanais, de vacas criadas à moda antiga, alimentando-se de capim, sem
hormônios, antibióticos e outras substâncias comuns na produção industrial.

Dê preferência aos queijos bem curados e firmes como o Parmesão, o Grana


Padano ou o Serra da Canastra.

Se quiser opções ainda mais digestivas, opte pelos queijos de ovelhas ou cabras,
também curados, que apresentam um perfil de aminoácidos ainda mais adequado
para o organismo humano.
Como eu disse, desmistificar o mito de que comer queijos branco é mais inteligente
do que comer queijos amarelos exige entender alguns outros conceitos básicos da
nutrição, e eu falarei mais sobre isso em um evento online e gratuito que vou oferecer
em janeiro de 2019. Vamos te avisar por e-mail com antecedência para você assistir.

Dada a importância do tema, prefiro tratar o assunto das gorduras e do colesterol


com o merecido cuidado, em vídeo para ficar muito bem explicado.

Para receber informações sobre este evento, clique AQUI.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Espero que este conteúdo tenha contribuído para que suas escolhas sejam mais
saudáveis… e mais agradáveis também!

Se estas informações são novas para você, e talvez até apontem algo contrário do que
você acreditava, pode ser que a leitura deste breve e-book não tenha sido o suficiente
para satisfazer sua necessidade de compreensão.

Se você quer se aprofundar nestes temas e se interessa por aprender como cultivar a
própria Saúde com excelência, então sugiro que você clique AQUI para visitar meu canal no
Youtube. Gravei vários vídeos sobre estes e outros temas, e acredito que você vai apreciar.

Ao longo de duas décadas de estudo pude compreender que o conhecimento certo é


necessário para uma verdadeira transformação.

Espero que nosso trabalho possa te ajudar neste propósito.

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