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4.

Galáxia de Figueres
Barcelona | Figueres - 2007, 31 de dezembro

Roteiro do dia:

Café
Metrô
Figueres
Teatro-Museu Dali
Kebab
Barcelona
L’Aquarium

Véspera de reveillon 2007-2008 arrebentando a rotina de todo mundo em Barcelona, empurrando os estados
mentais e espirituais dos habitantes para temperaturas e rotações extraterrenas. E éramos, todos nós forasteiros,
carregados pelos catalães nesse encantamento. Uma indizível inquietação, coceira e vontade de fazer algo que
não se consegue determinar direito o que é. Alguns descarregavam a tensão consumindo freneticamente tudo
que ia aparecendo pela frente: souvenires, presentes, passeios, cultura, comida, arte, livros, roupas, quadros,
música, caminhadas pelas ramblas, pelos museus, pelas plazas; outros interagiam com as estátuas vivas,
pintores, patinadores, guitarristas, turminhas de todas as tribos imagináveis e - tá bom, usemos uma boa e velha
obviedade... - inimagináveis. Mais a decoração da cidade e uma esfuziante emoção pairando no ar, nos rostos, na
animação e na energia da massa humana reunida. Comércio faturando. Tínhamos assim, naqueles instantes
enfeitiçados de pré-virada de ano, multicoloridas e inesperadas forças convergindo para bordar o cenário da
festa. E para mim e para a Maria, uma festa revestida de uma circunstância mais mágica ainda por estarmos na
Europa, lugar que há pouco tempo nos parecia um pedaço inalcançável do mundo. Foi bem cedinho que
levantamos da mesa do café e subimos no trem da Renfe que nos levaria em uma hora e quarenta de viagem, um
minuto para cada quilômetro, para Figueres.

Se você procurar Figueres no mapa da Espanha, vai encontrar a cidade, capital da comarca do Alto Ampurdán, no
nordeste do território catalão, apenas a 24 km da fronteira com a França. Diz-se que é a última cidade
importante antes de mudar de país, ponto de parada obrigatória para os viajantes que entram e saem da
Espanha. “Figueres” em catalão; “Figueras” em espanhol. Por ali entram também, na península ibérica, as
grandes ondas de frio que viajam desde a Sibéria até o sul da Europa, sendo facilmente perceptível o convívio
amistoso entre figuerenses e La Tramontana, o vento local norte, frio e seco, que passeia pela cidade o ano todo.

Há 750 anos, o rei aragonês Jaime I deu foros de cidade ao povoado estabelecido desde tempos visigodos. Das 7
torres da muralha do século XVII que protegia o feudo restou em pé até os nossos tempos apenas a torre Gorgot,
hoje chamada Galatea em homenagem a Gala, o grande amor da vida de Salvador Dali. A torre foi depósito de
água no século XIX, restaurada em 1931 e incorporada desde 1973 ao Teatro-Museu Dalí. Testemunhou
impavidamente o horripilante bombardeio sofrido pela cidade nos momentos finais da Guerra Civil Espanhola,
quando golpistas refugiados, entre eles o próprio governo republicano e catalão, fugiam para a França em busca
de exílio.
Foi nessa cidade cheia de brios, guardiã de uma região venturosa e orgulhosa, safada como pimenta, resistente
como um tijolaço sem furos e loucamente talentosa que haveria de nascer, no glorioso 11 de mayo de 1904,
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali e Domenech, 1º Marquês de Púbol, mais tarde expulso até do círculo dos
surrealistas de 1939 por não se considerar um marxista, mas um "anarco-monarquista". Somente uma mente
catalã para compreender todas as consequências de uma etiqueta dessas. Nem se atreva.

Voltemos ao trem. Preparando o espírito na viagem, fui tocando velhos


chorinhos no cavaquinho, pensando se nosso Jacob do Bandolim não seria um Salvador Dali à sua moda e
cumprindo as suas próprias circunstâncias. Eu viajava montado na possibilidade de se pensar no manejo e na
criação das notas que perambulavam na mente do Jacozinho tal como as cores iam se insinuando na mente do
velho bigodudo. Seriam os sons do instrumento adestrados pelo músico tal como as cores são pelo pintor?
Tijolos à disposição da genialidade de cada pedreiro? Buf! Desafinou a 1ª corda. Afina com a 4ª. Paraguaçu.
Agora vamos de “Lamento”. Pixinguinha. O barulho contínuo e monótono dos trilhos sendo percorridos dá o
andamento. Sentado na confortável poltrona do vagão, percebi que os catalães ficavam intrigados com as
melodias dos nossos chorinhos. Acho que, de uma certa maneira, os intervalos das notas lhes pareciam
familiares, mas não conseguiam reconhecer o ritmo. Desculpe aí, rapaz da Catalunha! O nosso ritmo tem um
gingado diferente das músicas negras a que vocês estão acostumados a ouvir. Ainda mais o chorinho. E eu me
divertia, enquanto tocava, sacando um tamborilar na poltrona, um pezinho batendo de mansinho no tapete do
trem. Os gringos não resistiam. Coisas de brasileiro e de quem ouve os brasileiros. Viramos parentes no suíngue
irresistível. E tranquilamente saímos, tranquilamente viajamos, e tranquilamente chegamos. Adoramos viajar de
trem. Ponto.

Atravessamos a rua do Ayuntamiento (Prefeitura), em frente à estação e já estávamos no centro da cidade.


Decidimos que o mais legal seria caminhar e sentir na pele e no rosto o astral da cidadezinha. Ruazinhas estreitas
como sempre, com minúsculos postezinhos impedindo estacionamento de carros nos dois lados da rua, pra não
trancar a passagem. Diversas ruas destinadas exclusivamente para os pedestres. Com aqui e ali uma estatuazinha
maluca ou uma escultura abstrata quebrando a paisagem de bairro pequeno-burguês. E ligeirinho você chega à
praça central da cidade. Com um parquinho, uma pista de patinação em gelo, barzinhos com mesinhas nas
calçadas, um cineminha, hotéis pequenos e um museu de juguetes (brinquedos) que nos fez lembrar demais das
NOSSAS crianças. Sentimos que iria ser tortura demais ficar olhando aquelas preciosidades infantis pensando
que estávamos a dez mil quilômetros de distância dos nossos filhos. Esses momentos de consciência familiar
eram os piores momentos da viagem para nós. Há pessoas que não sofrem tanto assim.
Mas a maior atração de Figueres é mesmo o Teatro-Museu Dalí, lugar disfarçado de fachadas irreconciliáveis que
ele mesmo projetou e trabalhou de 1960 até meados dos anos 80, quando sua amada Gala morreu. Dali foi uma
figuraça ... Desperta amor e ódio, há quem o venere incondicionalmente como há também quem o odeie com
todos os poros de sua racionalidade. Deixe-me avisá-lo: quem entra neste museu não vai encontrar somente
quadros do gênio catalão, que foi buscar nos bigodes de Velasquez muito mais do que um efeito capilar, mas
uma marca inesquecível de assinatura, a atitude espetaculosa e o olho arregalado nunca mais foram os mesmos
depois dele. Você também: nunca mais será o mesmo depois de deixar este edifício-artifício.
Todo o prédio, quartos, salas, paredes, canos, janelas, portas, ralos, trincos, escadas, grades, fios, lâmpadas,
móveis, espelhos, banheiras, lâmpada, ladrilhos, sofás, bancos, cômodas, cortinas, tetos, pisos, muros, canteiros,
corredores, corrimões, instalações, pátios, fachadas, monumentos, etc, etc. etc, etc, etc... estão impregnado do
espírito do artista, da sua vontade de viver sua própria atmosfera de interpretação da realidade, que faz a casa
parecer ter sido sonhada, e não construída. Talvez e melhor descrição seja: você pagou ingresso para um sonho,
e não para um museu. Palavras pertencem a um plano insuficiente pra descrever o que você encontra lá dentro.
Veja as imagens. Mas também as imagens serão pouco pra contar o que acontece no seu coração. Falta o
movimento das maquininhas malucas, faltam as paredes, faltam as plantas, falta o "ohhhh!!!" das pessoas que
visitam o museu. Faltam os suspiros. Falta o brilho nos olhos e na mente ao entrar em cada sala, em cada
recanto. Falta algo que não se imprime em páginas, fotos, filmes ou impressões sensíveis. Algo atravessa o seu
coração, se você não o tiver muito impermeável, e rega a sua imaginação, inunda os seus paradigmas estéticos e
torce a sua rotineira maneira de ver sentido nas coisas.
Mais tarde, lembro de ter visto em Madri, no museu Reina-Sofia (http://www.museoreinasofia.es/), numa sala
especialmente estruturada para isso, uma projeção do “Cão Andaluz”, de Buñuel. Pra quem nunca ouviu falar,
este filme começa com uma cena bolada certamente para tirar da sala as pessoas sem estômago para prosseguir:
uma mão pega uma navalha e com ela corta o olho de uma pessoa. Credo ! O resto do filme é uma projeção em
imagens e cenas - às vezes bastante desconexas; outras vezes querendo propositadamente parecer desconexas -
de uma encenação teatral das teorias psicanalíticas, na época ainda culturalmente e socialmente extremamente
impactantes e revolucionárias. Esquentadas por uma temperatura altamente erótica, mas ainda bastante
ingênua na interpretação dos postulados da teoria freudiana, as cenas vão se sucedendo numa ordem direta de
sentidos e significados, uma trilha quase infantilizada.

No filme, um homem tenta desesperadamente assediar sexualmente (Id) uma jovem, mas está preso a um piano
(Superego). Então fica arrastando aquele piano ridiculamente. Mas lembremos que se trata dos primórdios da
popularização dos conceitos psicanalíticos. E lá, numa das cenas deste filme está o jovem Salvador, fazendo uma
ponta entre os personagens de Buñuel sobre as teorias de Freud. Se você usar o prisma teórico da Psicanálise
fica bem mais fácil e lógico tentar interpretar as imagens, os ambientes, as “associações livres” entre
personagens, forças, energias, cores e temáticas das obras de Dali. Ou eu pirei na batatinha agora. Deve ser
influência del bigodón.
O processo de submersão no Teatro-Museu Dalí começa antes de se penetrar em suas paredes. Nas calçadas em
volta do prédio já se encontram inúmeras obras de Dali. São colunas, esculturas, detalhes, pseudo-fontes,
loucurinhas aqui e ali. A atmosfera vai se entranhando em você antes que você se entranhe na atmosfera. Paga-
se ingresso para um superorganizado acesso e assim, sem nenhum aviso, você se dá conta que não está mais em
corredores normais. Parece um gabinete do Dr. Caligari, só que filmado a cores e em terceira, quarta, quinta
dimensões. A estrutura do complexo circula um pátio redondo central, onde está a escultura do cadillac-e-a-
gorda-com-chapéu-de-barco-com-guarda-chuva-na-ponta. Mesmo andando em corredores com forma, digamos
de uma maneira bem elástica, “convencionais”, tem-se a sensação de que a cada dois metros entrou-se num
universo diferente. Mudam as pinturas nas paredes, mudam as dimensões da sala, as luzes do ambiente, a
iluminação das janelas, o piso, os corrimões, os marcos das portas, o desenho do tapete, os engenhos
eletrônicos. À sua direita, dezenas de bonecos dourados em tamanho natural guardam as janelas que circundam
o pátio central, aquele da escultura do cadillac-e-a-gorda... Mesmo quando o artista muda, não destoa
estrategicamente do universo fantástico de Dali, como no caso de Antoni Pitxot, diretor do teatro museu e Vice-
Presidente da Gala-Dali Foundation expondo sua coleção das “pedras” numa das alas do edifício.

Achei no Youtube um vídeo que pode ajudar a entender um pouco o que é penetrar neste ambiente, que parece
mesmo tentar representar sonhos, pesadelos, maquinações e pirações del bigodón:
Sala Mae West
Vejam só essa parceria

Conforme o que consta na página do youtube:

"Escondido nos Arquivos dos Estúdios Disney, estava um projeto de um curta com a arte de Walter Elias Disney
com Salvador Dali. Em meados dos anos 40, Disney esquematizou com Dali para promoverem um curta baseado
em suas artes surrealistas. Porém Disney não tinha dinheiro o suficiente para continuar, então só foram
produzidos 17 segundos do curta original.

Seu sobrinho, Roy Edward Disney, encontrou esse projeto esquecido e o finalizou com a equipe de animação dos
Estúdios Disney."

Saímos meio atordoados lá de dentro. Trouxe para cada uma das crianças um castelo de papel para recortar e
montar colando. Mas acho que quem vai acabar se divertindo mesmo com isso vai ser eu ... hehe ... bom,
tentarei contaminar as crianças com isso. Veremos. Ainda tiramos um tempinho para experimentar um kebab,
ultrarrecomendado pelo sogrão como um lanche gostoso, barato e altamente proteico. De origem árabe, é um
pão recheado por salada, condimentos picantes e por raspas de uma mistura de carnes, que ficam numa espécie
de salamito gigante envolvendo um cilindro grande. É super delicioso pra quem gosta de comida picante. Eu
gosto, mas pago um preço por isso. E este preço exige um banheiro que não se localize a mais de dez minutos de
onde eu tenha dado a última mordida. Ou isso, ou a sensação terrível, indo e vindo, de cólicas doloridas que se
revezam em picadas estomacais e suores nas mãos. Mas este primeiro contato até que foi brando. Os sintomas
se manifestaram de forma amistosa e foram um aviso suficientemente claro que eu não aprendi a interpretar
corretamente, desleixo do qual iria me arrepender amargamente em outras ocasiões.
De volta para Barcelona, já noite, tomamos banho e saímos para curtir a virada do ano. Deu tempo ainda de
curtir o mais bacana dos aquários que já vi na vida. L’ Aquarium fica no porto de Barcelona, e se você curte
natureza, é absolutamente deslumbrante. Além de cenários fantásticos reproduzindo a vida marinha em todos os
ecossistemas possíveis, você passeia por baixo dos aquários, percorrendo, numa esteira automática, inúmeros
ambientes e paisagens marinhas povoadas por todos os tipos de peixe do mundo. Mas o que realmente
hipnotiza e prende toda a atenção de seus olhos são os tubarões indo e vindo a poucos centímetros de sua
cabeça, desfilando impassíveis como estátuas mecanizadas, mas repletas dos seus misteriosos movimentos e
ameaçadoras rondas. Além de ambientes destinados a educação ecológica, criativamente decorados com a
magia do mar, na saída do complexo do aquário passa-se numa seção destinada ao público infantil que
simplesmente arrasou alguns dos últimos resquícios de resistência à saudade dos nossos pimpolhos e tivemos
que sair correndo dali, antes que o aperto no coração esmagasse a nossa racionalidade. Mudemos de assunto.
Seria o dia para provarmos os famosos “tapas”, que diziam ser quitutes fantásticos, e que se completam
acompanhados de uma boa bebida. Saí tão empolgado com toda aquela situação que até levei o Genésio - hehe,
que é o meu cavaquinho, ô apressadinho ... pode tirar esse sorrisinho malicioso da carinha. E saímos pra achar
um barzinho com mesinha na rua. Entramos no início da rambla e logo um guitarrista apareceu, cercado por um
monte de pessoas, tocando um blues que era uma beleza. Formidável. Uma multidão na rua, passando pelos
bares, todos lotados.

Seguíamos a massa que serpenteava pelas vielinhas, pelas avenidas, pelas calçadas, pelas praças, pelos
monumentos, pelos restaurantes, pelos bares. Em determinado momento, um africano me segura pelo braço,
aponta para o cavaquinho e diz: “Play it, play it!!”. Eu olhei em volta, um bequinho escuro, com um monte de
estranhos mal-encarados me observando. Eu só olhei pro africano, dei uma ou duas palhetadas nas cordas do
Genésio, peguei a Maria pelo braço e saí dali, caminhando bem rapidinho. Até que, bem na principal das
Ramblas, achamos um restaurantezinho com mesinhas na rua. Sentamos e pedimos os tais dos “tapas”. E fiquei
dedilhando o cavaquinho. Alguns sentavam e ficavam ouvindo, falando baixinho. Mas logo se desinteressavam.
Sem chance de rolar um sambãozinho aqui ... a platéia era bem diferente daquela necessária pra uma roda de
samba. Festeira, mas sem aquela espontaneidade e "amigabilidade" dos brasileiros. Deve ser por isso que eles se
encantam quando vêm ao Brasil. Em cinco minutos, conseguimos armar uma amizade para toda a vida com
qualquer gringo de qualquer lugar do mundo. Só brasileiro mesmo.

E chegaram os “tapas”. Seis fatias fininhas de queijo. Seis fatias fininhas de salamito. Seis rodelas de tomate.
Nossa, por quase vinte euros. Iríamos ter que gastar duas vezes na janta naquela noite. Ficamos comendo uma
rodelinha a cada 15 minutos pra curtir a fauna e flora dos passantes e decidimos ir indo vandoísticamente.

Passamos pelas ruas estreitinhas, cheias de bares tradicionais, pelo Raval, uma região boêmia, cheia de bares de
uma portinha só, que “engoliam” os transeuntes lá para dentro do prédio num corredor fininho, cheio de gente
bebendo bebidas estranhas, azuis, verdes, amarelas, vermelhas, roxas ... Boates malucas, bares temáticos,
restaurantes típicos, casas de vinhos, bebidas, tudo fervilhava como um formigueiro. Foi quando houve o
“fechamento” do ano. Ainda ouvíamos os fogos explodindo no céu, as pessoas confraternizando, os carros
buzinando cheio de jovens cantando, gritando, as turminhas dançando nas ruas. Estava eu filmando o
“entrevero” na esquina da Paral.el, quase chegando no hotel, quando um cara foi se chegando na Maria. Puxou
papo com ela. Aí decidi ir “preservar” o patrimônio. Num broken english, conversamos amigavelmente,
desejando Feliz Ano Novo pra ele. Descobrimos que era um filipino trabalhando ilegalmente como lava-pratos
em Barcelona. Estava procurando parceiros para festa. E nós, ingenuamente, demos corda pro cara. Estávamos
nos retirando já, cansados, com um dia cheio de atividades no outro dia. E ele querendo festa. Depois de alguns
salamaleques, papinhos tipo “é dura a vida de imigrante”, entramos no assunto festa e aí, querendo ser
simpáticos, perguntamos como ia a questão “namorada” para ele, se era difícil não ficar sozinho. Ele respondeu
que era muito difícil para um estrangeiro. As gurias não davam a mínima pra ele, por ser pobre, trabalhar como
garçom e ser ilegal num país europeu. Então demos o fora da noite. “É, mas lá no Brasil você veria que as
meninas são bem mais abertas, iriam, sim, dar bola pra você. As meninas brasileiras são sem frescura.
Certamente achariam você um cara bacana.” Pronto. A cabeça do filipino deve ter se inflado de bandalheiras.
Afinal, ele estava falando TAMBÉM com uma “menina” brasileira. A Maria, né, mané !??! .... todo faceirinho, ele
largou: “Let’s have sex ??” .. E gente, pra desfazer este mal entendido levou mais uma hora de broken english.
Ainda bem que o hotel estava bem pertinho. Numa bobeada do filipino, saímos andando rapidinho e ganhamos a
recepção do Auto Hogar. Good dreams, man ! But with your own girlfriend, please!
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Contabilidade do dia (euros):

Internet - 3,00
Metrô (2 passagens) – 2,50
Trem – Barcelona Sants | Figueres - (2 pessoas) - 34,00
Halls – 1,25
Músico do trem - 1,00
Souvenirs (chaveiro) – 4,20
Teatre Museu Dalí – (2 pessoas) - 20,00
Souvenirs (livros de montar) – 35,85
Kebab + suco (2 pessoas) – 11,80
Telefonema p/ Brasil – 2,88
Metrô (2 pessoas) - 2,50
L’ Aquarium (cinema 180 + aquario – 2 pessoas) – 29,00
Vinho – 10,05

Total de despesas – 158,03

Cálculo p/ dia - 150,00

ultrapassou – 8,03 euros


http://www.museoreinasofia.es/

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