Professional Documents
Culture Documents
ISBN: 978-85-8020-214-4
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO IV
A FRAGMENTARIEDADE E A SUBSIDIARIEDADE
DO DIREITO PENAL. APLICACAO
JURISPRUDENCIAL DO PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÁNCJA
CAPÍTULO I
11
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
2
Declaração Universal dos direitos do homem e do cidadão, art. 1º.
3
ROXIN, Claus, Política Criminal y Sistema del Derecho Penal. Bosch:
Barcelona, 1973.
4
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 182.
12
Capítulo I
13
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
6
“Há relativamente pouco tempo, observou-se que as afetações de bens
jurídicos exigidas pela tipicidade penal requeriam sempre alguma entidade,
isto é, alguma gravidade, posto que nem toda afetação mínima do bem
jurídico era capaz de configurar afetação requerida pela tipicidade penal”.
PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito
Penal Brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, p. 485.
14
Capítulo I
15
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
16
Capítulo I
17
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
10
“O Direito Penal é, por excelência, um Direito tipológico. O tipo é a
descrição abstrata de um fato real que a lei proíbe (tipo incriminador). É a
expressão concreta dos específicos bens jurídicos amparados pela lei penal.
O tipo como tipo de injusto compreende os elementos que fundamentam a
ilicitude. Tipo de injusto é ação ou omissão amparados pela lei penal. De seu
turno, a tipicidade é a subsunção ou adequação do fato ao modelo previsto no
tipo legal. É um predicado, um atributo da ação, que a considera típica (juízo
de tipicidade positivo) ou atípica (juízo de tipicidade negativo). Daí ser a
ação típica um substantivo, isto é, a ação já qualificada ou predicada como
típica (subsumida ao tipo legal). A tipicidade é a base do injusto penal”.
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 1: parte
geral. 10. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2011, p. 326.
11
“É a adotada pelo sistema Liszt-Beling. A tipicidade tem função meramente
descritiva, objetiva e valorativamente neutra, absolutamente separada
da ilicitude, nada indicando a seu respeito. O tipo legal é avalorado, sem
qualquer elemento normativo ou subjetivo e, cumpre a função de descrever
os aspectos objetivos externos do comportamento”. A tipicidade é a base
do injusto penal”. PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro.
Volume 1: parte geral. 10. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2011, p. 326.
18
Capítulo I
19
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
20
Capítulo I
21
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
p. 429.
21
PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito
Penal Brasileiro. São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 396.
22
“O juízo de tipicidade não é um mero juízo de tipicidade legal, mas que
exige um outro passo, que é a comprovação da tipicidade conglobante,
consistente na averiguação da proibição através da indagação do alcance
proibitivo da norma, não considerada isoladamente, e sim conglobada da
ordem normativa. A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade
legal, posto que pode excluir do âmbito do tipo aquelas condutas que
apenas aparentemente estão proibidas. [...] A função deste segundo passo
de tipicidade penal será, pois, reduzi-la a verdadeira dimensão daquilo que
a norma proíbe, deixando fora da tipicidade penal aquelas condutas que
somente são alcançadas pela tipicidade legal, mas que a ordem normativa não
quer proibir, precisamente porque as ordena e as fomenta. PIERANGELI.
Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito Penal Brasileiro.
São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 396.
22
Capítulo I
23
SANGUINÉ, Odone. Observações sobre o Princípio da Insignificância.
Fascículos de Ciências Penais. Porto Alegre, Fabris. 1990. v3. n.1. p.46.
23
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
24
SANGUINÉ, Odone. Observações sobre o Princípio da Insignificância.
Fascículos de Ciências Penais, p. 47.
25
Francisco de Assis Toledo explicando a concepção da tipicidade formal:
“para que uma conduta humana seja considerada crime, é necessário que
dela se possa, inicialmente, afirmar a tipicidade, isto é, que tal conduta se
ajuste a um tipo legal de crime. Quando se diz, por exemplo, que Caio,
desferindo um tiro fatal em Tício, cometeu delito de homicídio, o que em
última análise se está a dizer é que a ação de Caio, desferindo um tiro fatal
em Tício, cometeu delito de homicídio, o que em última análise se está a
dizer é que a ação de Caio, causadora da morte de Tício, coincide em seus
elementos essenciais com a figura do homicídio descrita no artigo 121 do
Código Penal (tipo legal). Temos, pois, de um lado, uma conduta da vida
real; de outro, o tipo legal de crime, constante da lei penal. A tipicidade
formal consiste na correspondência que possa existir entre a primeira e a
segunda. Sem essa correspondência não haverá tipicidade. Um fato da
vida real será, portanto, típico na medida em que apresentar características
essenciais coincidentes com algum tipo legal de crime. Será, ao contrário,
atípico se não se ajustar a nenhum dos tipos legais existentes. TOLEDO,
Francisco de Assis. Princípios Básicos do Direito Penal. São Paulo: Editora
Saraiva, 2010, p. 125.
24
Capítulo I
25
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
26
Capítulo I
30
SANGUINÉ, Odone. Observações sobre o Princípio da Insignificância.
Fascículos de Ciências Penais. Porto Alegre, Fabris. 1990. v3. n.1, p. 47.
31
“O tipo de injusto é a descrição terminante das partes que caracterizam a
própria conduta delitiva. Por isso, não pode ser entendido como descrição da
matéria proibida, visto que o tipo de injusto vai além da matéria do mandato
ou da proibição”. PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro,
p.329.
32
PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito
Penal Brasileiro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 483.
27
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
33
PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito
Penal Brasileiro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 484.
34
PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito
Penal Brasileiro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 485.
28
Capítulo II
CAPÍTULO II
35
“Um erro tão comum quanto contrário ao fim social, que é o sentimento
da própria segurança, consiste em deixar ao magistrado executor das leis
o arbítrio de prender um cidadão, de tirar a liberdade a um inimigo sob
pretextos frívolos e de deixar um amigo impune apesar dos mais fortes
indícios de culpabilidade. A prisão é uma pena que, por necessidade e
diversamente de qualquer outra, deve preceder a declaração do delito;
contudo, esse caráter distintivo não lhe tira o outro essencial, a saber, que
somente a lei pode determinar os casos em que o homem merece uma pena”.
“Assim, a lei apontará os indícios de um delito que impõem a custódia do
réu, sujeitando-o a um interrogatório e a uma pena. O clamor público, a
fuga, a confissão extrajudicial, o depoimento de um cúmplice, as ameaças e
a constante inimizade com a vítima, e corpo de delito e indícios semelhantes
são provas suficientes para prender um cidadão; mas essas provas devem ser
estabelecidas pela lei e não pelos juízes”. BECCARIA, Cesare. Dos Delitos
e das Penas. Tradução Lucia Guidicini e Alessandro Berti Contessa. São
Paulo: Fontes, 2000.
29
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
30
Capítulo II
31
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
32
Capítulo II
33
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
34
Capítulo II
35
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
49
TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos do Direito Penal. São
Paulo: Editora Saraiva, 2010, p. 29
50
“O caráter absoluto da reserva legal impede a delegação por parte do poder
legiferante de matéria de sua exclusiva competência, lastreado no princípio
da divisão de poderes. Assim, só ele pode legislar sobre determinado assunto,
tal como definir a infração penal e cominar-lhe a respectiva consequência
jurídica”. PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, p. 141
36
Capítulo II
51
O princípio da legalidade é hoje universalmente reconhecido em seu
sentido básico de garantia essencial do cidadão me face do poder punitivo
do Estado, determinando com segurança a esfera da ilicitude penal. A
Declaração Universal dos Direitos do Homem (art. XI, 2) e a Declaração
Americana dos Direitos e Deveres do Homem (art. XXV) o consagram, o
mesmo ocorrendo com a Convenção Européia para a proteção dos direitos
humanos e as liberdades fundamentais, de 1950 (artigo 7º, I, 1), que é direito
positivo em numerosos países. Constitui o nullum crimen, nulla poena
sine lege exigência de segurança jurídica e da liberdade individual, e seu
desaparecimento nas legislações dos países integrados em nossa cultura
jurídica ocidental, fundada no Estado de Direito, é puramente episódico.
Não se apresenta mais em nossos dias o direito de punir como poder
absoluto do Estado sobre a pessoa do cidadão. O direito de punir constitui
limitação jurídica ao poder punitivo do Estado, pois no Estado Moderno o
exercício da soberania está subordinado ao direito. Assim, o poder político
penal de punir, originariamente absoluto e ilimitado, sendo juridicamente
disciplinado e limitado, converte-se em poder jurídico, ou seja, em faculdade
ou possibilidade jurídica de punir conforme o direito. Não se admite, em
consequência, num sistema de direito, que o Estado imponha pena à ação
que não tenha sido previamente incriminada. FRAGOSO, Heleno Cláudio.
Lições de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1993, p. 92/93.
52
O modelo foi elaborado por Luigi Ferrajoli e se constitui em um “sistema
mínimo de garantias do cidadão frente ao poder punitivo do Estado é
reperesentando pela adoação (manutenção ou aperfeiçoamento) de dez
garantias – garantias clássicas – penais fundamentais. Ei-las: 1) princípio
da retributividade ou da sucessividade da pena frente ao delito; 2) princípio
da legalidade; 3) princípio da necessidade ou de economia do direito
penal; 4) princípio da lesividade ou da ofensividade do ato; 5) princípio da
metrialidade ou da exterioridade da ação; 6) princípio da culpabilidade ou da
responsabilidade pessoal; 7) princípio da jurisdição; 8) princípio acusatório;
9) princípio da verificação; 10) princípio do contraditório e da ampla
defesa. QUEIROZ, Paulo. Funções do direito penal: legitimação versus
deslegitimação do sistema penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2008, p. 71.
37
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
38
Capítulo II
39
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
54
“O processo de publicização da reação penal corresponde talvez à mais
antiga aspiração do Direito Penal com a substituição das formas primitivas
de vingança privada, substituindo o Estado progressivamente a titularidade
de exercício desse poder retributivo-sancionatário. Pode-se até mesmo inferir
que nesse câmbio desenvolvem-se ainda hoje as tendências restritivas da
reação penal. Na passagem para a publicização da reação penal desvenda-se
um sentido utilitário e proporcional na sanção, absolutamente desconhecido
nas priscas eras da pena privada”. LOPES, Maurício Antonio Ribeiro.
Princípios penais constitucionais: O sistema das constantes constitucionais.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, v. 779.
55
PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito
Penal Brasileiro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.
40
Capítulo II
ético-sociais.
56
Artigo 7º- Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos
determinados pela Lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que
solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem
ser castigados; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da Lei
deve obedecer imediatamente, senão torna-seculpado de resistência. Artigo
8º- A Lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias,
e ninguém pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e
promulgada antes do delito e legalmente aplicada. Informação retirada do
site < http://pfdc.pgr.mpf.gov.br > acesso em 17 de mar. 2012.
41
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
42
Capítulo II
58
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. Rio de Janeiro:
Forense, 1993, p. 279.
59
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 171.
60
Verifica-se esta tendência, também, no modelo garantista elaborado por
Luigi Ferrajoli: “por “direito penal mínimo”, considera um direito penal
maximamente condicionado e maximamente limitado, isto é, limitado
às situações de absoluta necessidade – pena mínima necessária -, que
corresponda não só ao máximo grau de tutela de liberdade dos cidadãos frente
à potestade punitiva do Estado, mas também a um ideal de racionalidade
e certeza, razão pela qual não terá lugar a intervenção penal sempre que
sejam incertos ou indeterminados os seus pressupostos”. QUEIROZ, Paulo.
Funções do direito penal: legitimação versus deslegitimação do sistema
penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 71.
43
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
61
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral, p.
43.
62
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 171.
44
Capítulo II
45
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
46
Capítulo II
47
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
48
Capítulo II
70
TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos do Direito Penal. São
Paulo: Editora Saraiva, 2010, p. 156
71
“O conceito material de bem jurídico reside, então, na realidade ou
experiência social, sobre a qual incidem juízos de valor, primeiro do
constituinte, depois do legislador ordinário. Trata-se de um conceito
necessariamente valorado e relativo, isto é, válido para um determinado
sistema social e em um dado momento histórico-cultural. Isto porque
seus elementos formadores se encontram condicionados por uma gama
de circunstâncias variáveis imanentes à própria existência humana. [...]
Ademais, a substancialidade do bem jurídico põe em destaque a necessidade
de uma valoração ética. O Direito Penal não empresta a sua tutela apenas
a interesses materiais, mas também a valores espirituais”. PRADO, Luis
Régis. Bem jurídico-penal e a Constituição. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1997, p. 82/83.
49
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
50
Capítulo II
51
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
52
Capítulo II
53
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
54
Capítulo II
55
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
56
Capítulo II
57
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
58
Capítulo II
59
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
60
Capítulo II
86
ZAFFARONI e PIERANGELI, Manual de Direito Penal brasileiro,
volume 1, p. 310/311.
87
Lei nº 11.106 de 28.03.2005. Informação disponível no site <www.
planalto.gov.br>. Acesso em 17 de fevereiro de 2012.
61
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
88
“Em muitos países, as penas longas privativas de liberdade, foram
descartadas, pela comprovação de que as prisões são fatores criminógenos
de alto poder, pois causam, irremediavelmente, a desintegração social e
psíquica do indivíduo e também do seu círculo familiar. Por outro lado,
às penas curtas tampouco conseguem prevenir a reincidência e muito
menos readaptar o delinquente. Um grande número de delinquentes são
ocasionais, de índole meramente circunstancial e não requerem reclusão
nem tratamento. Outras pessoas como os doentes mentais, os alcoólatras,
os farmacodependentes, não devem cair no âmbito da lei penal, devendo ser
feita a sua readaptação, caso possível, no plano médico, psiquiátrico, etc.
Desses e outros aspectos deriva o fracasso da política criminal tradicional
(prevenção, controle, tratamento e reabilitação)”. CERVINI, Raúl. Os
processos de descriminalização. São Paulo: Editoria Revista dos Tribunais,
1995, p. 68.
62
Capítulo II
89
Juarez Cirino dos Santos defende, inclusive, a despenalização: “mediante
cancelamento da ilegal agravação dos limites penais mínimo e máximo dos
crimes respectivos, sob os seguintes fundamentos: a) violação do princípio
da resposta penal não contigente, pelo qual a lei penal deve ser resposta
solene a conflitos sociais fundamentais, gerais e duradouros, com debates
exaustivos do Poder Legislativo, mas também dos partidos políticos, dos
sindicatos e outras organizações da sociedade civil; b) violação do princípio
da proporcionalidade abstrata, pelo qual a pena deve ser proporcional ao
dano social do crime”. SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito penal: parte
geral, 2007, p. 706.
90
“Descriminalizar “consiste em um processo de retirar o caráter ilícito ou
o de ilícito ”penal” de uma conduta. Despenalizar, por seu turno, significa
adotar institutos ou penas e medidas substitutivas ou alternativas, de
natureza penal ou processual, que visam a, sem rejeitar o caráter ilícito da
conduta, dificultar ou evitar ou restringir a aplicação da pena de prisão ou
sua execução ou, ainda, pelo menos, sua redução. Despenalizar guarda certa
correspondência também com o que Delmas-Marty chama de “desatar”. Pois
desatar é associar o homem da recusa à resposta do corpo social...levar o
marginal a participar do tratamento de sua marginalidade”. GOMES, Luiz
Flavio. Penas e Medidas Alternativas à Prisão. Coleção temas atuais de
direito criminal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 1999, v.1. p. 57.
63
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
64
Capítulo II
65
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
66
Capítulo II
67
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
99
CERVINI, Raúl. Os processos de descriminalização. São Paulo: Editoria
Revista dos Tribunais, 1995, p. 96.
68
Capítulo II
100
Cervini expõe os principais aspectos que levam ao favorecimento
da criminalização dentre os quais destacam-se: “a) A imagem que o
legislador e o juiz fazem do sistema penal e de seus efeitos sociais deriva
fundamentalmente dos pressupostos implícitos na própria doutrina penal e
não levam devidamente em conta as diferenças críticas que existem entre
esses pressupostos e a realidade social. Além disso, o equilíbrio entre
os custos e os benefícios se efetua de forma pouco realista e a favor da
criminalização; b) Podemos criminalizar sem levar em conta o custo ou o
preço que se paga. Não existe nenhuma obrigação de votar ao mesmo tempo
os meios adicionais que implicam os novos serviços penais. CERVINI,
Raúl. Os processos de descriminalização. São Paulo: Editoria Revista dos
Tribunais, 1995, p. 83/84.
101
CERVINI, Raúl. Os processos de descriminalização. São Paulo: Editoria
Revista dos Tribunais, 1995, p. 83/84, p. 95.
69
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
70
Capítulo II
71
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
72
Capítulo II
73
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
74
Capítulo II
75
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
76
Capítulo II
121
Dentre as hipóteses de excludentes da ilicitude podem-se destacar as
previstas no art. 23 do Código Penal: “não há crime quando o agente pratica
o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Parágrafo
único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo”. Informação disponível no site <www.planalto.
gov.br>. Acesso em 07 de janeiro de 2012.
122
WELZEL, Hans. O novo sistema jurídico penal: uma introdução à doutrina
da ação finalista. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001, p. 60.
123
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 178.
77
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
78
Capítulo II
79
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
128
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 1180/181
129
“A adequação social e o critério do risco permitido assumem como
premissa fundamental a existência de um resultado lesivo e analisam sua
repercussão no tocante à valoração da ação. Nos casos de adequação social, a
exclusão da lesão produzida do âmbito do resultado penalmente típico ocorre
em virtude de uma interpretação teleológica restritiva dos tipos. De outro
lado, nas hipóteses de risco permitido, a ausência de desvalor do resultado se
explica porque o resultado produzido não pode ser imputado a título de dolo
ou de culpa, isto é, a falta de desvalor da ação repercute sobre o desvalor do
resultado, e não há desvalor do resultado sem desvalor da ação”. PRADO,
Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, p. 155/156.
130
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral,
2011, p. 50.
80
Capítulo II
131
“O Princípio da ofensividade no Direito Penal tem a pretensão de que seus
efeitos tenham reflexos em dois planos: no primeiro, servir de orientação
à atividade legiferante, fornecendo substratos político-jurídicos para que o
legislador adote, na elaboração do tipo penal, a exigência indeclinável de
que a conduta proibida represente ou contenha verdadeiro conteúdo ofensivo
a bens jurídicos socialmente relevantes; no segundo plano, servir de critério
interpretativo, constrangendo o intérprete local a encontrar em cada caso
concreto indispensável lesividade ao bem jurídico protegido”. Bitencourt,
Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, p. 22.
81
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
sistema penal.
Assim, a existência do princípio da ofensividade ou
da lesividade imprime a certeza de que as criminalizações de
condutas só podem acontecer quando o bem jurídico tutelado
sofrer uma lesão relevante, ou seja, o Estado não está autorizado
a agir, tipificando condutas, quando as lesões produzidas forem
irrelevantes. Este princípio deve ser entendido sob duas óticas
distintas: uma qualitativa e outra quantitativa: naquela verificar-
se-á a natureza jurídica do bem violado; já nesta a extensão da
lesão causada ao bem jurídico protegido132.
A intervenção do Estado na esfera de liberdade dos
indivíduos, no âmbito penal, somente se justifica quando houver
uma lesão ao bem jurídico tutelado ou um perigo de lesão a
este mesmo bem jurídico. Ou seja, inexistindo, ao menos uma
possibilidade de que uma determinada conduta poderá causar a
um bem jurídico um perigo concreto de lesão à atuação estatal
não poderá ser legitimada. “O legislador deve abster-se de
tipificar como crime ações incapazes de lesar ou, no mínimo,
colocar em perigo concreto o bem jurídico protegido pela norma
132
[...] “Essas liberdades constitucionais individuais devem ser objeto da
maior garantia positiva como critério de criminalização e, inversamente, da
menor limitação negativa como objeto de criminalização por parte do Estado.
[...] Do ponto de vista quantitativo da extensão da lesão do bem jurídico, o
princípio da lesividade exclui a criminalização primária ou secundária de
lesões irrelevantes e bens jurídicos. Nessa medida o princípio da lesividade
é e expressão positiva do princípio da insignificância em Direito Penal:
lesões insignificantes de bens jurídicos protegidos, como a integridade ou
saúde corporal, a honra, a liberdade, a propriedade, a sexualidade etc., não
constituem crime”. SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito penal: parte geral.
Curitiba: ICPC; Lúmen Júris, 2007, p. 25/26.
82
Capítulo II
penal133”
Não se deve confundir a lesividade ou ofensividade
com o critério da perigosidade. O critério denominado de
“perigosidade social da ação”, que é comum nos Códigos
Penais dos Países Socialistas, significa que para uma conduta
ser considerada típica não basta que se amolde ao tipo
penal e sim deverá trazer um “perigo real” à sociedade. A
conceituação de perigosidade ou periculosidade social da ação
está intrinsecamente atrelada à concepção material de crime.
Já que o fato além de preencher as “notas” contidas no tipo
penal deve, também, ser “perigoso” para a sociedade. A atuação
da perigosidade da ação, portanto, na hipótese acima descrita,
constitui-se em mais um elemento para o conceito material de
crime.
Nos ordenamentos jurídicos em que há previsão
da necessidade de perigosidade social, para a ocorrência da
tipicidade, não basta que haja um perigo concreto de lesão ao
bem jurídico tutelado e sim é necessária a existência, também,
da periculosidade social da ação. Porém, é importante verificar
quem será incumbido da tarefa de determinar o conteúdo da
denominada perigosidade social da ação. Nos países socialistas
quem irá definir o conteúdo da perigosidade social é quem detém
o poder e como na maioria dos casos quem ocupa o poder é a
classe dominante chegar-se-á, facilmente, à conclusão de que
os fatos considerados “perigosos” para a sociedade são aqueles
133
Bitencourt, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, p. 22.
83
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
134
Exemplificando: “o art. 8º da Constituição chinesa estabelece em seu
segundo período que “o Estado proíbe que qualquer pessoa prejudique, seja
por que meio for, a ordem econômica e social, sabote o plano econômico do
Estado, subtraia ou dilapide os bens do Estado e da coletividade, e prejudique
os interesses públicos”. A proibição referida no texto constitucional não
exige a lei como parâmetro, mas o mero senso de oportunidade do Partido
Comunista da China que, nos termos do art. 2º da Constituição, “é o núcleo
dirigente de todo o povo chinês...”. Em outro dispositivo, este o art. 18, “o
Estado defende o regime socialista, reprime todas as atividades de traição
nacional e contra-revolucionárias...todos os novos elementos burgueses e
outros maus elementos. LOPES, Maurício Antonio Ribeiro. Princípio da
Insignificância no Direito Penal, p. 125.
135
“Aqui trazer à colação a atual situação da República Popular da China,
posto que constituições outras existem que, apesar de bastante recentes,
quando a consagração do princípio da legalidade penal é reconhecida
constitucionalmente na maioria dos Estados, não apenas omitiram sua
declaração, como inviabilizaram sua adoção no plano da interpretação
imediata, como a Constituição da República Popular da China, de
05.03.1978, na qual em pelo menos dois dos seus dispositivos encontram-
se perigosas lacunas sobre a legalidade penal”. LOPES, Maurício Antonio
Ribeiro. Princípio da Insignificância no Direito Penal. São Paulo: Revista
dos Tribunais. 1997, p. 125.
84
Capítulo II
85
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
86
Capítulo II
87
Capítulo III
CAPÍTULO III
89
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
90
Capítulo III
142
“A noção de dignidade humana, como dado inerente ao ser humano
enquanto tal, encerra, também, a promoção do desenvolvimento livre e
pleno da personalidade individual, projetando-se, assim, culturamente. [...]
O Estado democrático de direito e social deve consagrar e garantir o primado
dos direitos fundamentais, abstendo-se de práticas a eles lesivas, como
também propiciar condições para que sejam respeitados, inclusive com
a eventual remoção de obstáculos à sua total realização. [...] A dignidade
da pessoa humana antecede, portanto, o juízo axiológico do legislador e
vincula de forma absoluta sua atividade normativa, mormente no campo
penal. Daí por que toda a lei que viole a dignidade da pessoa humana deve
ser reputada como inconstitucional. [...] A força normativa desse princípio
supremo se esparge por toda a ordem jurídica e serve de alicerce a todos
os demais princípios penais fundamentais. Desse modo, por exemplo, uma
transgressão aos princípios da legalidade ou da culpabilidade implicará,
também, em última instância, uma lesão ao princípio constitucional da
dignidade da pessoa humana”. PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal
brasileiro, 2011, p. 164-166.
143
“O princípio da humanidade, deduzido da dignidade da pessoa humana
como fundamento do Estado Democrático de Direito (art. 1º, III, CR), exclui
a cominação, aplicação e execução de penas (a) de morte, (b) perpétua, (c)
de trabalhos forçados, (e) banimento, (c) cruéis,como castrações, mutilações,
esterilizações, ou qualquer pena infame ou degradante do ser humano (art.
5º, XLVIII, CR). Entretanto , o princípio da humanidade não se limita a
proibir a abstrata cominação e aplicação das penas cruéis ao cidadão livre,
mas proíbe também a concreta execução cruel de penas legais ao cidadãos
condenado [...]” SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito penal: parte geral,
2007, p. 29-30.
91
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
92
Capítulo III
93
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
148
“Se a intervenção penal implica, como regra, mera tecnização dos
conflitos, subtraindo-lhe toda a carga de dramaticidade e humanidade, além
de importar em despenalização e descontextualização, é preciso buscar,
na medida do possível, re-politizá-lo, re-contextualizá-lo e re-humanizá-
lo segundo o sistema de valores e princípios (garantias) da Constituição
Federal. Cumpre reaproximar, enfim, o Direito do Homem, pois mais que
a “verdade processual”, importa a “verdade existencial”. QUEIROZ, Paulo.
Funções do direito penal: legitimação versus deslegitimação do sistema
penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 125.
149
“Só as proibições para a vida social merecem adotar o caráter de normas
penais. Só as infrações de tais normas merecem a consideração de delitos.
As normas penais mais indiscutíveis, as que integram o núcleo do Direito
Penal, contam com uma tradição imemorial e tem conseguido um profundo
enraizamento na consciência social. A consideração social do que é um
delito e um delinqüente supõe um juízo de desvalor correspondente àquele
enraizamento e qualitativamente diferenciado do que se atribui à infração
de qualquer outra classe de normas”. MIR PUIG, Santiago apud LOPES,
Maurício Antônio Ribeiro . Derecho Penal – Parte General. 5.ed Barcelona:
PPU, 1998.
94
Capítulo III
150
“O pensamento jurídico moderno reconhece que o escopo imediato e
primordial do Direito Penal reside na proteção de bens jurídicos – essenciais
ao indivíduo e à comunidade -, dentro do quadro axiológico constitucional
ou decorrente da concepção de Estado de Direito democrático. Reveste-se tal
orientação de capital importância, pois não há delito sem que haja lesão ou
perigo de lesão (princípio da lesividade ou ofensividade) a um bem jurídico
determinado”. PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro:
parte geral. 2 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011,p.
151
“Definir os fins e os limites do direito de punir pressupõe, por conseguinte,
conhecer os fins e os limites dom próprio Estado. E o faz a Constituição
Federal, explícita ou implicitamente, fixando as bases e os limites do direito
penal, que é o braço armado da Constituição Nacional. Os limites do direito
penal são os limites do Estado. [...] A questão decisiva consiste em saber,
portanto, quando a intervenção penal é legítima e conveniente, isto é, saber
se, quando e como deve ter lugar semelhante estratégia, sempre condicionada
pelos valores e princípios constitucionais que, expressa ou tacitamente,
imediata ou mediatamente, regem o direito de punir. Desnecessário dizer
que o juízo de conveniência ou utilidade constitui critério necessário, mas
insuficiente para justificar a intervenção jurídico-penal, pois a pena deve ser
a um tempo justa e necessária”. QUEIROZ, Paulo. Funções do direito penal:
legitimação versus deslegitimação do sistema penal. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2008, p. 113/115.
95
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
96
Capítulo III
os direitos e garantias fundamentais (entre nós, CF, art. 5º), o papel do direito,
e em particular, do direito penal, parece estar, por consequência, ao menos em
linhas gerais, já constitucionalmente definido”. QUEIROZ, Paulo. Funções
do direito penal: legitimação versus deslegitimação do sistema penal. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 112.
155 “Não se concebe a existência de uma conduta típica que não afete um
bem jurídico, posto que os tipos não passam de particulares manifestações de
tutela jurídica desses bens. Embora seja certo que o delito é algo mais – ou
muito mais – que a lesão a um bem jurídico, esta lesão é indispensável para
configurar a tipicidade. É por isto que o bem jurídico desempenha um papel
central na teoria do tipo, dando o verdadeiro sentido teleológico (de telos, fim)
à lei penal. Sem o bem jurídico, não há um “para quê?” do tipo e, portanto,
não há possibilidade alguma de interpretação teleológica da lei penal. Sem o
bem jurídico, caímos num formalismo legal, numa pura “jurisprudência de
conceitos”. PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual
de Direito Penal Brasileiro. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2009, p. 397.
97
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
98
Capítulo III
99
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
Direito.
A sanção criminal dada a sua gravidade – interfere
na liberdade das pessoas – deve ser utilizada de forma mínima.
Portanto, melhor punir menos vezes, porém respeitando-se os
princípios da igualdade, lesividade, bem jurídico, intervenção
mínima e é claro a insignificância do que fazê-la de forma a
causar alguma espécie de discriminação. A intervenção penal só
será legítima quando estritamente necessária para a manutenção
da ordem social e econômica.
A problemática dos delitos de bagatela é instigante,
pois ao mesmo tempo em que se retira à tipicidade dos delitos que
causam lesões mínimas aos bens jurídicos tutelados permanecem
eles com uma nota de antijuridicidade ou de ilicitude. Apesar do
grau de ilicitude ser inferior à ilicitude dos demais delitos ela
existe e ainda se faz presente. Como solucionar, então? Está-se
diante de delitos que em função da incidência do Princípio da
Insignificância restam com a sua tipicidade excluída, porém a
nota de contrariedade ao direito permanece159.
Há quem pregue como solução o remanejo desses
159
“A atipicidade conglobante não surge em função de permissões que
a ordem jurídica resignada concede, e sim em razão de mandatos ou
fomentos normativos ou de indiferença (por insignificância) da lei penal. A
ordem jurídica resigna-se a que um sujeito apodere-se de uma joia valiosa
pertencente ao seu vizinho, e que a venda para custear o tratamento de um
filho gravemente enfermo, que não tem condições de pagar licitamente, mas
ordena ao oficial de justiça que apreenda o quadro e lhe impõe uma pena se
não o faz, fomenta as artes plásticas, enquanto que se mantém indiferente à
subtração de uma folha de papel rabiscada”. PIERANGELI. Jose Henrique;
ZAFFARONI. Eugênio. Manual de Direito Penal Brasileiro. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 398.
100
Capítulo III
101
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
102
Capítulo III
103
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
104
Capítulo III
105
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
169
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, volume 2, 2011,
p. 78.
170
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, volume 2, 2011,
p. 78.
106
Capítulo III
107
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
172
“O Código Penal de 1890 previa o delito de homicídio doloso, ao lado da
modalidade culposa, no Título X, ampliando consideravelmente o leque das
circunstâncias qualificadoras. Come feito eram considerados qualificados
o homicídio premeditado; o homicídio perpetrado por agente reincidente,
ou mediante emprego de diversos meios, veneno, substâncias anestésicas,
incêndio, asfixia, inundação, fraude ou abuso de confiança” dentre outras
hipóteses. PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, volume
2, 2011, p. 80. “O Código de 1890 foi sumamente criticado, mas cremos
que essas críticas não possuem tanto fundamento como se tem apregoado.
Frequentemente se refere a ele como possuidor de um texto arcaico e
defeituoso, e essa afirmação não tem sido objeto de uma revisão séria. Muitas
dessas críticas exsurgem mais como fruto da vaidade e da incompreensão.
Não obstante às críticas, o primeiro código penal republicano possuía um
texto liberal, clássico, que simplificou o sistema de penas do código anterior,
ponto que, para seu tempo, significou um sensível avanço sobre o texto do
código imperial, inspirado que foi nos melhores modelos disponíveis (é
notória a influência do Código italiano de Zanardelli), de 1889 e do holandês
de 1881”. PIERANGELI. Jose Henrique; ZAFFARONI. Eugênio. Manual
de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009,
p. 192.
108
Capítulo III
109
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
110
Capítulo III
111
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
B - Lesão Corporal
112
Capítulo III
113
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
114
Capítulo III
181
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo:
editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 624.
182
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 167.
115
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
116
Capítulo III
117
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
118
Capítulo III
119
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
120
Capítulo III
192
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo:
editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 658.
121
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
122
Capítulo III
detentor da coisa193”.
Os delitos contra o patrimônio são aqueles que
mais instigam o estudo acerca da possibilidade de afastamento
da tipicidade pela incidência do Princípio da Insignificância.
Para que haja a incidência da norma penal protegendo os bens
jurídicos os ataques devem ser significativos e que realmente
causem um dano expressivo ao bem jurídico tutelado.
Baseando-se nos princípios da subsidiariedade, da lesividade e,
em especial, da proporcionalidade, é que se chega à conclusão
de que o Direito Penal só deve ocupar-se daqueles casos em
que os demais ramos do direito não tenham sido capazes de
solucionar, dado o seu caráter fragmentário.
No direito romano, inicialmente, o furto era tratado
como um crime privado. Foi com a Lei das XII Tábuas194 que
193
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial
– dos crimes contra o patrimônio até dos crimes contra o sentimento
religioso e o respeito aos mortos. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 03. Em igual
sentido: “[...] figurando como objeto de proteção tanto a propriedade como
a posse e a detenção, pois mostra-se evidente quanto aos dois últimos casos
a existência de interesse na coisa furtada”. PRADO, Luiz Régis. Curso de
Direito Penal brasileiro, volume 2. São Paulo: editora Revista dos Tribunais,
2011, p. 409. Em sentido contrário: “O objeto jurídico é o patrimônio do
indivíduo, que pode ser constituído de coisas de sua propriedade ou posse,
desde que legítimas. A mera detenção, em nosso entender, não é protegida
pelo direito penal, pois não integra o patrimônio da vítima”. NUCCI,
Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo: editora Revista
dos Tribunais, 2008, p. 724..
194
“Dispunha textualmente a tábua oitava: inciso XII – se alguém cometeu
um furto à noite e foi morto, seja o causador da morte absolvido. Inciso
XIII – Mesmo que o ladrão esteja roubando a pleno dia, não terá direito de
se defender com armas. Inciso XIV – O ladrão confesso (preso em flagrante
delito) sendo um homem livre, será vergastado por aquele a quem roubou;
se é um escravo será vergastado e precipitado da Rocha Tarpéia; mas, sendo
impúbere será apenas vergastado a critério do magistrado e condenado a
123
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
124
Capítulo III
125
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
126
Capítulo III
127
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
impunidade”.
Nas Ordenações Filipinas o delito de roubo
era previsto no Livro V, Título LXI200. Os Códigos Penais
brasileiros (1830, Império, 1890, Republicano e 1940, o atual)
sempre reconheceram as diferenças existentes entre o crime de
furto e o delito de roubo. Mas, “somente o atual Código Penal
purificou a figura do crime de roubo, ao afastar dela a violência
contra a coisa, que, com acerto, vai alojar-se no crime de furto
qualificado. A grave ameaça à pessoa foi inovação acrescentada
pelo atual diploma legal [...]201”.
O roubo é um crime complexo assim identifica-se
que com a sua prática ocorre violação a mais de uma espécie de
bem jurídico. Inicialmente, com a subtração verifica-se que o
bem jurídico protegido pelo Estado é o patrimônio e em relação
à violência e à grave ameaça tutela-se e liberdade individual e
a integridade corporal.Esse delito ofende a integridade física da
vítima, a sua liberdade individual além, é claro, da posse e da
200
“Pessoa alguma, de qualquer qualidade que seja, não tome cousa alguma
per força e contra vontade daquelle, que a tiver em seu poder. E tomando-a
per força, se a cousa assi tomada valer mais de mil reis, morra por isso morte
natural. E se valer mil reis, ou dahi para baixo, haverá as penas, que houvera,
se a furtara, segundo for a valia della. E a pessoa, a que for provado, que
em caminho, ou no campo, ou em qualquer lugar fora de povoação tomou
per força, ou contra a vontade a outra pessoa cousa, que valla mais de cem
reis, morra de morte natural. E sendo de valia de cem reis para baixo, seja
açoutado e degradado para sempre para o Brazil”. PRADO, Luiz Régis.
Curso de Direito Penal brasileiro, volume 2. São Paulo: editora Revista dos
Tribunais, 2011, p. 434.
201
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial
– dos crimes contra o patrimônio até dos crimes contra o sentimento
religioso e o respeito aos mortos. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 68.
128
Capítulo III
E - Contrabando ou Descaminho
129
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
130
Capítulo III
131
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
208
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial
– dos crimes contra a administração pública e dos crimes praticados por
prefeitos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 227.
209
É importante ressaltar o que dispõe o artigo 34 da Lei 9.249/1995
que se aplica a todos os crimes fiscais, inclusive o descaminho, exceto
ao contrabando em que não há tributo sonegado e sim a importação ou a
exportação de mercadoria proibida: “extingue-se a punibilidade dos crimes
definidos na Lei 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei 4.729, de 14
de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento do tributo ou
contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia”.
Informação extraída do site <www.planalto.gov.br> acesso em 08 de janeiro
de 2012.
132
Capítulo III
133
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
134
Capítulo III
135
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
213
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial.
Dos crimes contra a administração pública e dos crimes praticados por
prefeitos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 235
214
A Lei 10.522/2002 em seu artigo 20 com as devidas alterações promovidas
pela Lei 11.033/2004 dispõe que “serão arquivados, sem baixa na
distribuição, mediante requerimento do procurador da Fazenda Nacional, os
autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor
consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais)”. Informação
extraída do site <www.planalto.gov.br> em 08 de janeiro de 2012.
136
Capítulo III
137
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
138
Capítulo III
Princípio da Proporcionalidade.
Assim, o princípio da insignificância deve ser
aplicado ao delito de descaminho levando-se em consideração
o valor do imposto devido ao Erário Público e não o valor das
mercadorias apreendidas. Valor esse que poderá chegar até
a cinco mil reais (segundo o entendimento da jurisprudência
majoritária).
139
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
140
Capítulo III
219
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais
Comentadas. São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 302.
141
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
142
Capítulo III
143
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
construção do tipo)222”.
Para parcela da doutrina os crimes de perigo abstrato
não ofendem os princípios garantistas previstos na Constituição
Federal e “devemos aplaudir o legislador, quando acerta na
construção de tipos penais de perigo abstrato, cujas condutas
são realmente arriscadas à integridade das pessoas que vivem
em sociedade. É o caso do tráfico ilícito de entorpecentes223”.
222
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais
Comentadas. São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 314.
223
“O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é infração penal de perigo,
representando a probabilidade de dano à saúde das pessoas, mas não se exige
a produção de tal resultado para a sua consumação. É de perigo abstrato,
pois não se permite ao infrator a prova de que seu comportamento pode
ser inofensivo, pois regras de experiência já demonstraram à saciedade não
ser conveniente à sociedade à circulação de determinados tipos de drogas,
pois geradores de maiores problemas do que vantagens a quem delas faz
uso”. NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais
Comentadas. São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 315.
144
Capítulo IV
CAPÍTULO IV
A FRAGMENTARIEDADE E A SUBSIDIARIEDADE DO
DIREITO PENAL: APLICAÇÃO JURISPRUDENCIAL
DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
224
Para a fragmentariedade “a função maior de proteção dos bens jurídicos
atribuída à lei penal não é absoluta, mas sim relativa, visto que todo o
ordenamento jurídico dela se ocupa. O que faz com que só devam eles
ser defendidos penalmente ante certas formas de agressão, consideradas
socialmente intoleráveis. Isso quer dizer que apenas as ações ou omissões
mais graves endereçadas contra bens valiosos podem ser objeto de
criminalização”. PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro,
2011, p. 171.
145
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
146
Capítulo IV
147
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
148
Capítulo IV
149
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
150
Capítulo IV
151
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
03 de fevereiro de 2012.
237
E esta limitação perfaz-se de três maneiras que se complementam: “a)
adequação telefológica: todo o ato estatal passa a ter uma finalidade política
ditada não por princípios do próprio administrador, legislador ou juiz,
mas sim por valores éticos deduzidos da Constituição Federal – vedação
do arbítrio (Übermassverbot); b) necessidade (Erforderlichkeit): o meio
não pode exceder os limites indispensáveis e menos lesivos possíveis à
conservação do fim legítimo que se pretende; c) proporcionalidade “scricto
sensu”: todo o representante do Estado está, ao mesmo tempo, obrigado a
fazer uso de meios adequados e de abster-se de utilizar meios ou recursos
desproporcionais. BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional.
São Paulo: Malheiros, 1994, p. 356-397.
238
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 174.
152
Capítulo IV
239
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro, 2011, p. 175.
240
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral,
p. 57.
241
“É o princípio da razoabilidade que afasta a invocação do exemplo
concreto mais antigo do princípio da proporcionalidade, qual seja, a “lei
de talião”, que, inegavelmente, sem qualquer razoabilidade, também
adotava o princípio da proporcionalidade. Assim, a razoabilidade exerce
função controladora na aplicação do princípio da proporcionalidade. Com
efeito, é preciso perquirir se, nas circunstâncias, é possível adotar outra
medida ou outro meio menos desvantajoso e menos grave para o cidadão”.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral, p.
57.
153
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
154
Capítulo IV
243
“Deste modo, tendo-se que o acórdão inegavelmente admite, conforme
considerações que antes reproduzi, o princípio da insignificância da lesão,
e que a prova dos autos – e seguramente outras já não seria possível obter
mais de um ano depois – mostram que inexpressiva foi realmente a lesão
sofrida pela vítima, tenho que não é de deixar-se prosseguir a ação penal
que a nenhum resultado chegaria, só mais sobrecarregando os serviços da
justiça e incomodando inutilmente a própria vítima. A lesão coporal leve
pode, a meu ver, justificar a ação penal, mas aquela que praticamente nada
representa tenho-a como não caracterizando delito penal. Pelo exposto, dou
provimento ao recurso. A levarmos extremo rigor o disposto no art. 129 §
6º, da Lei Penal, as Varas Criminais de Trânsito não suportariam o volume
de processos que as onerariam”. Recurso de Habeas Corpus nº 66869-
1, julgado pela 2ª Turma, Relator Ministro Aldir Passarinho, em 06 de
dezembro de 1988. Informações extraídas do site <www.stj.gov.br> acesso
em 17 de janeiro de 2012.
155
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
156
Capítulo IV
157
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
244
Informações extraídas do site <www.stf.gov.br> acesso em 17 de janeiro
de 2012.
245
Informações extraídas do site <www.stf.gov.br> acesso em 17 de janeiro
158
Capítulo IV
159
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
160
Capítulo IV
161
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
247
Informações extraídas do site <www.stf.gov.br> acesso em 17 de janeiro
de 2012.
162
Capítulo IV
163
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
164
Capítulo IV
165
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
166
Capítulo IV
167
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
168
Capítulo IV
169
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
RS, rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, unânime, DJe 9.5.2008; HC n. 88.393/
RJ, rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, unânime, DJe 8.6.2007; HC n. 84.687/
MS, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 27.10.2006; HC n.
84.412/SP, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 19.11.2004; e
HC n. 83.526/CE, rel. Min. Joaquim Barbosa, 1ª Turma, unânime, DJe
7.5.2004). Nesses termos, concedo a ordem para cassar a decisão emanada
do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul, para trancar a ação penal movida contra o paciente, ante a
aplicação do princípio da insignificância. Habeas Corpus. 2. Tentativa de
furto. Bem de pequeno valor (R$ 100,00). Mínimo grau de lesividade da
conduta. 3. Aplicação do princípio da insignificância. Possibilidade.
Precedentes. 4. Reincidência. Irrelevância de considerações de ordem
subjetiva. 5. Ordem concedida. STF - Habeas Corpus 108.872 - julgado em
06/09/2011- Relator Ministro Gilmar Mendes. Disponível em <www.stf.jus.
br> acesso em 14 de março de 2012. Em igual sentido: STF – HC 107067 –
Relatora Ministra Carmen Lúcia – DJU 26/5/2011. STF – HC 96684 –
Relatora Ministra Carmen Lúcia – DJU 23/11/2010. STF – HC 103359 –
Relatora Ministra Carmen Lúcia – DJU 6/8/2010. Disponível em <www.stf.
jus.br> acesso em 14 de março de 2012.
170
Capítulo IV
171
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
172
Capítulo IV
173
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
174
Capítulo IV
175
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
176
Capítulo IV
177
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
178
Capítulo IV
179
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
180
Capítulo IV
181
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
182
Capítulo IV
183
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
184
Capítulo IV
185
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
186
Capítulo IV
187
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
188
Capítulo IV
189
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
190
Capítulo IV
191
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
192
Capítulo IV
260
Informações extraídas do site <www.trf4.gov.br> acesso em 14 de março
de 2012.
193
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
194
Capítulo IV
195
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
196
BIBLIOGRAFIA
197
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
198
Bibliograia
199
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
200
Bibliograia
201
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
Bosch, 1975.
202
Bibliograia
2009.
203
O Princípio da Insigniicância no Direito Penal Brasileiro
204
Bibliograia
205