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Energia Solar
Este relatório, elaborado no âmbito da unidade curricular designada “Projeto FEUP”, tem como
objetivo explorar o tema “Energia Solar”.
Sendo este um tema bastante abrangente, foi decidido abordar um subtópico mais específico,
neste caso, “Painéis Fotovoltaicos”.
O trabalho inicia-se com uma breve introdução e de seguida uma referência à energia solar em
geral, nomeadamente como é feita a sua produção, os benefícios/prejuízos em usá-la, bem como
a sua capacidade de geração.
Seguidamente, o relatório aborda o tema “Painéis Fotovoltaicos”, sendo este o assunto principal.
É nesta parte do trabalho que se faz referência às suas caraterísticas, à sua rentabilidade, às suas
aplicações, à energia fotovoltaica e ao seu desenvolvimento que tem sido, nos últimos anos,
enorme.
É de salientar que Portugal, apesar de ter condições meteorológicas ideais para um bom
aproveitamento desta energia, comparativamente aos outros países da europa como Alemanha
e Grécia, produz muito pouco.
Por fim é feita uma comparação entre painéis fotovoltaicos e painéis térmicos bem como também
dar a conhecer algumas curiosidades sobre este tema.
Palavras-Chave
2
Agradecimentos
No decorrer deste trabalho contamos com o auxílio de diversas entidades, sem as quais não
conseguiríamos apresentar o presente relatório assim como o resto do projeto, às quais todos os
elementos do grupo passam a agradecer.
De entre vários outros, gostaríamos de agradecer ao nosso supervisor, José Fidalgo, pela ajuda
prestada sempre que foi necessário, contudo um especial agradecimento à nossa monitora Elsa
Moura que se mostrou crucial para o desenvolvimento do projeto, orientando-nos assim como
mostrando-se disponível para esclarecer qualquer tipo de dúvidas.
Por fim gostaríamos de agradecer à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto por ter
fornecido todos os equipamentos e espaços utilizados para o desenvolvimento e posterior
conclusão deste nosso projeto.
3
Índice de Figuras
Figura 1 - Central solar de alta temperatura ........................................................................ 13
Figura 2 - Stirling ...................................................................................................................... 14
Figura 3 - Coletor em Cilindro ................................................................................................. 14
Figura 4 - Constituição de um painel solar ........................................................................... 15
Figura 5 - Efeito fotovoltaico ................................................................................................... 16
Figura 6 - Módulo de silício monocristalino ........................................................................... 17
Figura 7 - Módulo de silício policristalino .............................................................................. 17
Figura 8 - Célula Fotovoltaica ................................................................................................. 18
Figura 9 - Condições Meteorológicas para a produção de energia fotovoltaica .............. 23
Figura 10 - Potência acumulada na Europa nos finais de 2010......................................... 24
Figura 11 - Painel Fotovoltaico ............................................................................................... 25
Figura 12 - Painel Térmico ...................................................................................................... 25
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Rendimento das Diferentes Tecnologias ............................................................... 18
Tabela 2 - Dados técnicos dos painéis solares ...................................................................... 21
Índice de Esquemas
Esquema 1 - Caraterísticas dos diferentes tipos de células solares ......................................... 19
4
Índice
Introdução ........................................................................................................................... 6
O que são as Energias Renováveis? ....................................................................................... 7
Conclusão .......................................................................................................................... 26
Bibliografia ......................................................................................................................... 27
Anexos ............................................................................................................................... 29
Anexo A ......................................................................................................................... 29
Anexo B ......................................................................................................................... 29
Anexo C ......................................................................................................................... 29
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Introdução
No início do século XX a produção de energia elétrica era responsável por cerca de um pouco
mais de dois terços da emissão total de dióxido de carbono para a atmosfera, com tendência para
aumentar. Com os alertas para as alterações climatéricas e as consequências provenientes das
mesmas, foram necessárias alternativas limpas e viáveis para diminuir este número. Desta forma
a energia solar ganhou maior relevo, embora já tivesse atingido um pico de popularidade nos
anos 70, devido às crises na indústria do petróleo, levantando-se com esta nova exposição ao
público questões que serão respondidas ao longo deste relatório:
Para tornar a energia solar ainda mais vantajosa e competitiva face a outras opções de energia,
é necessário ainda muito investimento nesta área, já que apenas uma pequena percentagem da
energia vinda do sol consegue ser aproveitada e transformada em energia, devido ao pobre
rendimento destes mesmos painéis, contudo houve já uma notável evolução tanto a nível mundial
como nacional que ira ser analisada neste relatório.
Este trabalho foi proposto pela unidade curricular Projeto FEUP que visa a integração dos novos
alunos, ensinando-os simultaneamente a trabalhar em equipa e a desenvolver as suas
capacidades de transmissão de conhecimentos.
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O que são as Energias Renováveis?
Apresentamos aqui, de uma forma resumida, uma pequena explicação de algumas Energias
Renováveis:
Energia Hídrica
A produção hidroelétrica faz-se em centrais hídricas. As centrais hídricas são o modo mais
eficiente de gerar eletricidade1 e contribuem para a estabilidade do sistema elétrico. Atualmente,
e em ano médio, cerca de 30% da eletricidade consumida em Portugal tem origem hídrica.
Energia Eólica
Atualmente, o vento tem-se apresentado como uma das formas mais atrativas para produzir
eletricidade. Em zonas em que a velocidade do vento é considerada a necessária, é possível
instalar um parque eólico. Em Portugal estes ventos ocorrem em zonas montanhosas e na
costa. Atualmente mais de 20% da eletricidade consumida em Portugal tem origem eólica.
Energia Geotérmica
A geotermia é a energia do calor interior da Terra e é um recurso disponível nos locais com
atividade vulcânica, onde existem água ou rochas a temperatura elevada e em zonas onde seja
possível atingir estratos magmáticos. O aproveitamento desta energia para gerar eletricidade é
1
Informação disponível em http://www.apren.pt/pt/; as restantes informações presentes nesta pequena
explicação de cada uma das energias renováveis, também se encontra disponível nesta página.
7
feito através de uma turbina cujas pás são movidas pelo vapor pelo calor da Terra. Para além de
ser usado para a produção de eletricidade, esta fonte de energia renovável pode ser usada como
fonte de calor para estufas ou por bombas de calor, para aquecimento ou arrefecimento de
edifícios.
Biomassa
Biomassa é a matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, que pode ser utilizada como fonte
de energia. Incluem-se nesta categoria o aproveitamento de algas cultivadas ou colhidas na
costa, os resíduos resultantes da atividade humana, como os subprodutos da floresta, da
agricultura, da pecuária ou da exploração da indústria da madeira, e mesmo a parte
biodegradável dos resíduos sólidos urbanos, que constituem matérias-primas para a produção de
eletricidade, de calor e de combustíveis para os transportes. A utilização destes resíduos para
produção de eletricidade tem um importante papel na minimização do risco de incêndio, se a
limpeza das florestas for conjugada com o ordenamento do território
Energia Solar
E temos finalmente a energia solar. Aquela que mais será abordada no nosso trabalho.
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O que é a Energia Solar?
A energia solar provém da luz e do calor do Sol. É utilizada por diferentes meios de tecnologia
que se encontram em constante evolução, tais como, o aquecimento solar, a energia solar
fotovoltaica (à qual iremos dar uma maior relevância), a energia heliotérmica, a arquitetura solar
e a fotossíntese artificial. Estas novas tecnologias podem ser denominadas ativas ou passivas e,
na verdade, o uso de painéis fotovoltaicos e coletores solares térmicos para aproveitar a energia
solar são considerados técnicas ativas. Algumas técnicas passivas são, por exemplo, a orientação
de um edifício para o Sol, a seleção de materiais com massa térmica favorável ou propriedades
translúcidas e projetar espaços que façam o ar circular naturalmente.
No movimento de translação da Terra em volta do Sol, esta recebe cerca de 1 410 W/m² de
energia. Desta quantidade de energia que é recebida pela Terra, apenas cerca de 19% da mesma
é absorvida pela atmosfera terrestre e 35% é refletido pelas nuvens. A energia absorvida pela
nossa atmosfera está na forma de luz visível e de luz ultravioleta, a qual é utilizada diretamente
pelas plantas para a realização da fotossíntese. Na verdade, apenas uma pequena fração da
energia solar disponível é utilizada. O espectro da luz solar na superfície da Terra pode ser
definido em toda a gama visível e infravermelho e uma pequena gama de radiação ultravioleta.
A superfície terrestre, os oceanos e a atmosfera absorvem energia solar, o que lhes confere um
aumento de temperatura. O ar quente que contém a água evaporada dos oceanos promove a
circulação e convecção atmosférica. Este ar, após atingir uma altitude elevada, arrefece e o vapor
de água condensa-se formando as nuvens que posteriormente provocam a precipitação sobre a
superfície terrestre, formando-se o ciclo da água. O calor que ficou latente de condensação de
água também irá levar à formação do vento, de ciclones e anticiclones. Finalmente, a fotossíntese
realizada pelas plantas transforma a energia solar em energia química, oxigénio e outros
compostos minerais.
Como foi possível compreender, a energia solar pode ser utilizada de inúmeras formas diferentes,
variando também de acordo com o local da superfície da Terra em questão. Desta forma, de
acordo com um estudo publicado em 2007 pelo Conselho Mundial da Energia, em 2100, 70% da
energia consumida será de origem solar.
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Como se transforma Energia Solar em Energia Elétrica?
Hoje em dia, o ser humano utiliza a energia elétrica, proveniente da energia solar, em
praticamente tudo. Alguns exemplos de como utilizamos a eletricidade são: para iluminarmos a
casa, para ver televisão, para satisfazer as nossas necessidades básicas como a higiene e a
alimentação, para aceder à internet, carregar o telemóvel, entre inúmeras coisas. Necessitamos
da energia elétrica em grande parte das atividades do dia-a-dia.
Depois de uma grande evolução na forma como se transformava a energia solar em energia
elétrica, pois inicialmente não se utilizava a energia proveniente do sol para produzir eletricidade,
o que, por vezes, poluía o ambiente, finalmente surgiram as duas formas mais reconfortantes
para o nosso ambiente de como produzir energia elétrica, que surgiram da utilização de energias
renováveis: energia fotovoltaica e térmica.
Os países que mais geram energia a partir de centrais solares e placas residenciais são,
respetivamente, Alemanha, China, Itália, Estados Unidos e Japão.
Diretos – significa que há apenas uma transformação possível para fazer da energia
solar um tipo de energia utilizável pelo homem.
Exemplos: quando a energia solar atinge uma célula fotovoltaica cria eletricidade; quando atinge
uma superfície escura e é transformada em calor aquecerá uma certa quantidade de água.
Indiretos – significa que é necessário ocorrer mais de uma transformação para que
surja energia utilizável.
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Vantagens e Desvantagens da Energia Solar
Como todos os recursos utilizados pelo ser humano, a energia solar também possui vantagens e
desvantagens:
Vantagens:
o Renovável;
o Abundante;
o Não polui o ambiente, isto é, não emite gases poluentes para a atmosfera;
o Manutenção mínima;
o Útil em locais com difícil acesso.
Desvantagens:
o Dispendiosa;
o Dependente das condições atmosféricas;
o Baixo rendimento;
o Rendimento pouco elevado;
o Armazenamento pouco eficiente comparado ao de combustíveis fósseis, etc.
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Capacidade de Geração da Energia Solar
A capacidade de geração desta energia e os custos dos investimentos na mesma tem vindo a
comportar-se de forma inversa, devido à redução dos preços dos equipamentos, os consequentes
investimentos são proporcionalmente menores, o que não invalida a subida da quantidade de
energia fotovoltaica gerada recentemente atingindo mais de 102GW, poupando 53 milhões de
toneladas de CO2.
Já na Ásia, a China foi o país que mais investiu nesta energia renovável, segundo a UNEP (United
Nations Environment Programme), tendo capacidade para gerar cerca de 8,3GW.Também no
continente asiático o Japão se afirma com capacidade de 6,9GW sendo este número impulsionado
pela procura do incentivo à utilização de energias limpas. Por fim na América, os EUA possuem a
capacidade para gerar 7,7 GW de energia com vista a crescimento de 4GW num curto espaço de
tempo, devido ao recurso a novos parques solares e pequenas instalações.
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Energia Térmica
Um outro método para a captação dos raios solares e consequente utilização dos mesmos para
produção de energia são as centrais solares térmicas. Estas utilizam o calor do sol, neste caso,
tal como todas as outras centrais térmicas, contudo não sendo necessária a queima de
combustíveis fosseis para produção de energia. Embora tenha todas as vantagens de ser uma
energia limpa, tem contra si o facto de ser, não só dependente das condições climatéricas como
também os seus custos elevados e a necessidade de grandes investimentos.
Mesmo fazendo face a estas contrapartidas tem vindo a posicionar-se de forma a dominar uma
pequena parte da indústria pois continua a ser desenvolvido pelos países que dominam o
monopólio da indústria solar, tais como Espanha e Estados Unidos, sendo possível melhoramentos
em áreas como o custo de manutenção e também o custo dos componentes que integram os
painéis.
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Stirling
Esta forma de captura consiste na utilização de um espelho semelhante a um satélite. Este mesmo
recolhe os raios solares e dirige-os para um recetor que transfere o calor para um fluido dentro
do motor, o calor provoca a expansão do fluido contra uma turbina e por sua vez a energia
mecânica obtida é usada para mover um gerador e produzir energia.
Figura 2 - Stirling
Coletor em cilindro
Os raios solares são refletidos por espelhos retangulares cilíndricos de forma a aquecerem um
tubo que passa por vários módulos, sendo este calor utilizado para evaporar o fluido que por sua
vez fará girar uma turbina ligada a um gerador de forma a produzir energia.
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Energia Fotovoltaica
Ao longo dos últimos anos, no final do século XX e inícios do XXI, o ser humano tem vindo a ser
sensibilizado e alertado para o perigo e agressão à natureza que tem vindo a ocorrer por parte
do homem devido ao aumento do uso e dependência de energias não renováveis. Tornou-se
imperativo encontrar sistemas alternativos de energia que vislumbrem um mundo equilibrado,
sem agressão à natureza, sendo ecologicamente correto. A energia solar é uma dessas fontes
alternativas que pode se utilizada como solução, embora, ainda atualmente não seja uma solução
definitiva para o problema.
Das energias renováveis disponíveis no planeta, o Sol é sem dúvida o mais abundante. Na
verdade, a energia solar que a Terra recebe do Sol num minuto é suficiente para cobrir as
necessidades energéticas da população mundial durante um ano. Todavia o mundo utiliza apenas
uma pequena porção da energia solar ao nosso dispor, em parte porque a relação entre o custo
e o rendimento das tecnologias de energia solar ainda não é o ideal para a maioria da população.
A energia solar tem um carácter seguro, limpo, renovável e autónomo. É seguro porque não
utiliza meios que ponham em perigo a vida, limpo porque não gera resíduos no seu processo,
renovável porque a sua fonte de matéria-prima é o sol e autónomo porque permite uma utilização
independente pois pode ser usada individualmente ou em comunidade.
A conversão da energia solar em energia elétrica é feita através do efeito fotovoltaico descoberto
pelo físico francês Alexander E. Becquerel em 1839.
A conversão dá-se através de uma reação fotoquímica que ocorre no interior dos painéis solares
fotovoltaicos, onde se encontram instaladas células. Para perceber como funcionam as células
fotovoltaicas é fundamental saber que a luz é constituída por pequenas partículas chamadas
fotões. As células fotovoltaicas na sua maioria são compostas por uma camada positiva e
negativa, constituídas de materiais semicondutores, por exemplo o silício, com características
cristalinas. Deve-se realçar que estas células não permitem o armazenamento de energia. A
absorção da energia dos fotões pela célula permite a libertação dos eletrões que se movimentam
para a parte inferior da célula e assim criam uma corrente de eletrões, ou seja eletricidade. Estas
células são agrupadas e formam os painéis ou módulos fotovoltaicos.
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Evolução do Efeito Fotovoltaico
Em 1905, Albert Einstein descreveu a natureza da luz e o efeito fotoelétrico no qual a tecnologia
fotovoltaica é baseada, pelo qual ele mais tarde ganhou o prémio Nobel da Física.
Foi a partir de 1930, que se começou a produzir eletricidade através da energia solar, no princípio
com células de oxido de cobre e posteriormente de selénio. Mas foi só em 1954, com a execução
das primeiras células fotovoltaicas de silício, nos laboratórios Bell e RCA que se começa a prever
o fornecimento de energia. A utilização destas células em veículos espaciais permitiu um rápido
avanço e progresso.
Na atualidade, 90% da produção total de módulos é feita no Japão, nos EUA e na Europa,
principalmente através das grandes companhias como a Siemens, Sanyo, Kyocera, Solarex e BP
Solar, que detêm 50% do mercado mundial. Os restantes 10% da produção vêm do Brasil, Índia
e China, que são os principais produtores de módulos fotovoltaicos, no seio dos países em vias
de desenvolvimento.
O efeito fotovoltaico pode continuar a fornecer corrente enquanto a luz continuar a incidir sobre
os dois materiais.
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Há alguns fatores que limitam a conversão da energia solar em energia elétrica tal como:
Silício cristalino;
Peliculas finas aplicadas sobre substratos rígidos;
Peliculas finas aplicadas sobre substratos flexíveis.
As células monocristalinas;
As células policristalinas;
As células amorfas;
As células CdTe, CIS, GaAs;
As células multi-junção;
As células de matérias orgânicas semicondutoras;
As células termo-fotovoltaicas.
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Figura 8 - Célula Fotovoltaica
Legenda da Figura 8:
Monocristalinas 12-16
Policristalinas 11-13
Amorfas 5-10
CdTe e CIS 7
Arsenito de gálio 30
40 (para o caso de tripla
Multi-junção
junção)
Células de matérias orgânicas
5
semicondutoras
18
apresentam uma elevada
Células de silício eficiência, no entanto,
monocristalino são também mais
dispendiosas
Silício Cristalino
( cerca de 90% das
células disponíveis)
apresentam um custo de
Células de silício produção menos elevado
policristalino que as células
monocristalinas
usado em aplicações
Células de arsenito de
espaciais devido ao
gálio (GaAs)
seu custo elevado
possibilitam um
melhor
Células multi-junção aproveitamento do
espetro de radiação
solar
Películas finas
aplicadas sobe Células de matérias pretendem imitar o
substratos flexíveis orgânicas processo de
(ainda não existem no semicondutoras fotossíntese
mercado)
a energia solar é
convertida primeiro
Células termo-
em calor e depois
fotovoltaicas
convertida em energia
elétrica
19
Evolução dos Painéis Fotovoltaicos
O silício é o principal material utilizado na criação de painéis fotovoltaicos. Como o seu preço é
bastante elevado, os investigadores decidiram investigar e tentar desenvolver outra geração
deste material, mas mais flexível e fino que os seus antecessores. Desta forma, inúmeras
empresas estão a trabalhar no fabrico deste tipo de matérias, com o objetivo de diminuir a
despesa, baixando o custo desta nova tecnologia. Para além desta investigação, as células
fotovoltaicas também estão a ser trabalhadas pelos pesquisadores.
Embora o custo destes novos materiais seja menor, a sua eficiência é baixa relativamente ao
silício, existindo ainda a possibilidade de no futuro, a utilização destes tornar-se mais rentável.
Alguns especialistas estimam que poderia ser rentável para ultrapassar os combustíveis fósseis a
partir de 2015.
Outra nova forma que está a ser estudada é a junção de nano partículas com polímeros, uma vez
que com a presença destes, os painéis solares tornam-se mais eficientes e ainda mais baratos.
Estas nanopartículas, para além de captarem energia do visível, também conseguem captar
energia da zona do infravermelho, sendo este uma das tecnologias que a NASA tem vindo a usar
nas suas missões a Marte.
As energias renováveis são, atualmente, uma realidade para nós, onde temos de tirar o melhor
proveito delas. Mas isto só acontece se apostarmos decisivamente no seu desenvolvimento e
implementação. Não podemos gastar combustíveis fósseis de uma forma exagerada porque o
seu fim está cada vez mais perto.
Deste modo, é a altura ideal para se apostar neste tipo de energias, sendo os painéis fotovoltaicos
uma das tecnologias mais promissoras no momento.
Um painel solar apresenta a forma quadrada ou retangular, com uma área geralmente
compreendida entre 0,1 e 0,5 metros quadrados. Este apresenta também uma espessura de 3
cm, apresentando um peso entre os 6 e 7 kg.
Cada painel apresenta diferenças características. Tome-se como exemplo um painel fotovoltaico
típico de 65 Watts. A sua potência máxima é de 65W, a sua tensão máxima potência é de 17.4V,
corrente da máxima potência é de 3.75A, tensão máxima dos sistemas 600V e, por fim, dimensões
de 751x652x54 (altura x largura x espessura).
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Tabela 2 - Dados técnicos dos painéis solares
Características mecânicas/físicas:
Apesar do elevado custo dos países fotovoltaicos há um rápido retorno do investimento. Assim,
podemo-nos referir a este retorno como rentabilidade.
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Na região autônoma da Madeira um sistema com uma potência igual a 6,3 KW, num local com
elevada exposição solar, perfaz cerca de 1400 EUR/ano. Assim, após 6 anos existe um retorno
do investimento (com o custo chave na mão e ligada a rede).
Em adição, os painéis fotovoltaicos não são apenas um sistema de autoconsumo. Deste modo é
possível vender a energia produzida à EDP ou outro comercializador.
Em suma é possível inferir que a energia solar, produzida através de painéis fotovoltaicos,
apresenta uma elevada rentabilidade. Logo, trata-se de um investimento com retorno garantido.
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Vantagens e Desvantagens de um Painel Fotovoltaico
Este tipo de energia, apesar de não necessitar de qualquer tipo de manutenção, e de ser uma
energia limpa, não poluente, tem vantagens e desvantagens na sua utilização.
Vantagens:
o Alta fiabilidade, não tem peças móveis, o que é muito útil em aplicações em
locais isolados;
o O fácil manuseamento dos módulos permite montagens simples e adaptáveis;
o O custo de operação é reduzido, não necessita manutenção, combustível ou
transporte;
o A tecnologia fotovoltaica apresenta qualidades ecológicas pois o produto final é
não poluente, silencioso e não perturba o ambiente.
Desvantagens:
o O custo do fabrico dos módulos fotovoltaicos é bastante elevado, embora cada
vez mais barato;
o O rendimento real de conversão de um módulo é reduzido face ao custo do
investimento;
o Os geradores fotovoltaicos raramente são competitivos do ponto de vista
económico, face a outros tipos de geradores (exemplo dos geradores a gasóleo).
23
No entanto, apesar da utilização desta energia ter aumentado nos últimos anos, existem algumas
razões que justificam o fraco desenvolvimento da energia solar em Portugal, como é o caso de
algumas más experiências no início da expansão do solar (década de 80), em parte associadas à
falta de qualidade dos equipamentos e das instalações, falta de informação específica sobre as
razões do interesse e as possibilidades da tecnologia junto dos seus potenciais utilizadores, o
elevado custo do investimento inicial, barreiras técnicas e tecnológicas à inovação ao nível da
indústria, da construção e da instalação de equipamentos térmicos, e insuficiência de medidas de
incentivo.
No entanto, também existiram experiências no passadas relacionadas com a energia solar, que
tiveram sucesso, existindo muitos sistemas a funcionar convenientemente em todo o país.
A situação do mercado em Portugal até aqui, porém, tem contrastado com a tendência de
expansão que se observa na maior parte dos nossos parceiros europeus. Como comparação
temos a Alemanha, onde a radiação solar é muito inferior à nossa e é hoje o líder na Europa com
mais de milhões de m² de coletores térmicos instalados.
Ou seja, a partir do gráfico apresentado de seguida, conclui-se que Portugal não aproveita o facto
de ser um dos países europeus com maior exposição solar, o que não deveria acontecer. Outro
exemplo que serve de analogia com Portugal é a Grécia que é um país muito semelhante ao
nosso e ainda assim tem um mercado interno anual térmico superior 30 vezes ao nosso.
24
Aplicações dos Painéis Fotovoltaicos
Apesar do elevado custo e do baixo rendimento no processo de conversão (cerca de 25%) serem
fatores impeditivos de uma utilização em elevada escala, os sistemas fotovoltaicos já fazem parte
do dia-a-dia de qualquer um.
Por sua vez, os painéis solares térmicos são utilizados para aquecer um ambiente, água, etc., a
partir da energia solar aproveitada pelos mesmos, sendo esta convertida em energia elétrica ao
mesmo tempo que a energia térmica (calor) proveniente do sol é utilizada para os fins referidos
anteriormente. Estes, ao contrário dos fotovoltaicos, têm a finalidade de armazenar calor
utilizando para tal borracha preta entre outros materiais.
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Conclusão
Com a elaboração deste relatório, foi possível concluir alguns aspetos relativos a uma das mais
promissoras fontes de energia do mundo, a energia solar.
Portugal é um dos países da Europa com melhores condições naturais para aproveitar esta
energia uma vez que possui excelentes condições meteorológicas para tal.
Apesar deste fator, com a realização deste trabalho, verificou-se que Portugal, ainda assim, é um
dos países europeus com menor potência instalada.
Para finalizar, também se concluiu que esta energia, apesar de ser renovável, não poluente e
abundante, apresenta, contudo, certas desvantagens, nomeadamente:
Dispendiosa;
Dependente das condições atmosféricas;
Baixo rendimento.
Com todas as vantagens e desvantagens inerentes a esta fonte de energia, a energia solar
constitui, apesar de tudo, uma fonte de energia simples, sustentável, que permite autonomia e
poupança a longo prazo, características que a tornam um recurso valioso e peculiar, que merece
ser explorado e melhor aproveitado, nomeadamente em Portugal.
26
Bibliografia
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Outubro de 2014)
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Disponível em:
http://www.dw.de/energia-solar-pa%C3%ADses-com-maior-capacidade-instalada/a-
16991069 (Acedido a 6 de Outubro de 2014)
Portal Energia, 2008.” Teoria de Funcionamento Energia Solar Fotovoltaica” Disponível em:
http://www.portal-energia.com/teoria-funcionamento-energia-solar-
fotovoltaic/#ixzz3FdvWdWL1 (Acedido a 8 de Outubro de 2014)
Haluzan Ned, 2012.” Explaining the working principle of photovoltaic cells” Disponível em:
http://solarword.blogspot.pt/2012/11/explaining-working-principle-of.html (Acedido a 8
de Outubro de 2014)
http://paginas.fe.up.pt/~ee03096/index_ficheiros/Page830.htm (Acedido a 8 de
Outubro de 2014)
27
Pinto Ricardo, 2009.”Centrais solares térmicas” Disponível em:
http://www.wikienergia.pt/~edp/index.php?title=Centrais_solares_t%C3%A9rmicas
(Acedido a 8 de Outubro de 2014)
http://web.ist.utl.pt/luis.roriz/prodenerg/centrais_renovas.htm (Acedido a 12 de
Outubro de 2014)
Futuro Solar, 2010.” Vantagens e Desvantagens da Energia Solar Fotovoltaica” Disponível em:
http://www.simnospodemos.webs.com/vantagensdesvantagens.htm (Acedido a 23 de
Outubro de 2014)
Edslei Landin, Maykon Oliveira, Natalia Almeida, Weder Silva, 2010. Energia Solar Fotovoltaica.
Relatório TCC, Departamento de eletrotécnica, UNIDADE INTEGRADA SESI/SENAI DE
NIQUELÂNDIA. Disponível em:
http://pt.scribd.com/doc/36646755/Energia-Solar-Fotovoltaica-Relatorio-TCC (Acedido
a 14 de Outubro de 2014)
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Anexos
Anexo A
Notícias interessantes sobre a energia solar:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/producao_de_energia_solar
_em_portugal_acelerou_em_agosto.html
http://expresso.sapo.pt/a-central-eletrica-mais-eficiente-do-
mundo=f653960#ixzz3HdLUNNnM
http://www.portal-energia.com/mais-de-200-gw-de-energia-solar-fotovoltaica-
ate-final-de-2014/#ixzz3HdLj0175
http://greensavers.sapo.pt/2014/08/13/telhas-de-vidro-permitem-aquecer-
habitacao-com-energia-solar/nggallery/image/telha-2#ngg-gallery-
0b3392140a0508e15f33a49a81dd18e9-67966
http://visao.sapo.pt/o-primeiro-elevador-do-mundo-a-energia-solar-funciona-
em-
portugal=f760034#ixzz3HdNCqMAzhttp://greensavers.sapo.pt/2014/01/06/ford
-pesquisa-carro-movido-a-energia-solar-para-uso-diario/
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=59363&op=all
Anexo B
Um exemplo do uso da energia solar no dia-a-dia:
http://www.tamera.org/project-groups/autonomy-technology/
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/olhasic/2014-08-15-olha-a-sic-visita-
aldeia-ecologica-entre-odemira-e-cercal
Anexo C
Outros exemplos de como aproveitar a energia do sol e do vento:
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/futurohoje/2014-10-28-Aproveitar-a-
energia-do-sol-e-do-vento
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