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Legal Saber

comunidades
judaicas
Jerusalém, Alepo, e também um passeio pela
locomoção judaica no mundo até o sul do Brasil. 
SUMÁRIO
1. Capa

2. Sumário

3. Intro

4. Sobre o Legal Saber

5. Citação

6. Resenha sobre Jerusalém

7. Resenha sobre Alepo

8. Resenha sobre Shtetels

9. Mais eBooks
SOBRE
Você que tem acompanhado o Legal
Saber nos últimos meses deve ter
percebido que estamos

ESSE
compromissados em preparar
conteúdos que enriqueçam sua
cultura geral sobre judaísmo de

EBOOK
modo geral.
Aqui nesta breve coletânea, o
objetivo é lhe oferecer um pouco
sobre alguns lugares em que a
força judaica está ou esteve
presente.
Assim, esperamos que você possa se
enriquecer um pouco mais, pois são
textos resenhados de livros já
publicados, porém que trazem
informações bastante úteis ao 
conhecimento.
SOBRE O
Criar formas de conteúdos judaicos
que permitem o envolvimento de
todos aqueles interessados no

LEGAL assunto tem sido nosso foco último.


O LEGAL SABER é um projeto do

SABER
renomado rabino David Weitman,
cujo propósito é divulgar
ensinamentos judaicos de acordo
com o que dizem nossos sábios a
respeito de que "lançar as fontes
para fora" apressa a Redenção.
O objetivo, portanto, tem sido
alcançado na medida em que
estamos percebendo o interesse
sempre crescente nos leitores que
nos acompanham em vários canais
de mídia WEB.
O Baal Shem Tov ensinava que em tudo
que uma pessoa vê ou ouve neste mundo,
deve encontrar um ensinamento sobre
como o Homem deve servir a D’us. Na
verdade, este é todo o significado do
serviço a D’us.

Rebe de Lubavitch
1

JERUSALÉM, O
OLHO DO
UNIVERSO
Estamos falando da capital espiritual do mundo; o
ponto a partir do qual o globo terrestre foi criado.
 
Não é por acaso que Jerusalém sempre ocupe um lugar de destaque, tanto nos
escritos sagrados quanto na mídia.
Com certeza, não se trata apenas do seu aspecto político ou estratégico, ou mesmo
da sua beleza inconteste. Estamos falando da capital espiritual do mundo; o ponto
a partir do qual o globo terrestre foi criado. Um lugar que abrigou uma infinidade
de milagres, elevados justos e eruditos, sem mencionar o esplendor da época dos
Templos Sagrados. Uma cidade que recebeu nove das dez medidas de beleza
enviadas à terra pelo Criador. E nove das dez medidas de sofrimento e heroísmo. O
mesmo para as dez medidas de Sabedoria Divina, como diz o versículo: “De Sion
sairá a Torá e a palavra de Deus de Jerusalém” (Isaías II:3).
E todos esses fatos apenas começam a explicar o fascínio sedutor e a atração
irresistível que Jerusalém vem exercendo através dos séculos, não apenas sobre o
judeu, mas também sobre o abastado mercador, o arqueólogo sedento de história e
o grande conquistador. Começa a explicar porque as mais longas jornadas foram
empreendidas até ela e as preces mais puras e sinceras entoadas em sua direção.
Por diversas vezes a cobiça dos povos a subjugou e por outras tantas a sua glória
foi ofuscada. Foi perdida e recuperada, profanada e enaltecida. Mas nela a
Presença Divina sempre se fez mais forte, de tal maneira que até mesmo a sua
limpeza material deve ser preservada.
O Talmude cita o costume de varrê-la diariamente (Shekalim 7b) e a proibição de
um morto passar a noite no interior das suas muralhas.
O próprio nome Jerusalém tem a sua origem etimológica na combinação das
palavras Yirá e Shalem, que juntas formam a expressão “Temor Completo”, a
perfeita submissão à vontade Divina. Não fosse ela o local mais alto de todo Israel,
também chamada de “Vida”, “Justiça”, enfim, de “Mãe de Israel”! (Avot DeRabi
Natan 34:10; Bereshit Rabá 43:7).
Construída sobre sete montanhas (Pirkei DeRabi Eliezer), a grandeza de Jerusalém
pode ser percebida nas palavras dos sábios: “Jerusalém é a luz do mundo e a luz de
Jerusalém é Deus” (Midrash Rabá 59:8).
Não poderíamos encerrar sem externar o tradicional desejo que une todos os
judeus, estejam onde estiverem, sob as condições que viverem: “Leshaná habaá
bYirushalaim habnuiá” – No ano que vem em Jerusalém finalmente com seu Templo
reconstruído!
 
(Extraído do prefácio do livro Jerusalém, o Olho do Universo, Editora Maayanot,
S.Paulo)
2

ALEPO, ERUDIÇÃO
E BENEVOLÊNCIA
De acordo com a tradição, foi em Chalab (Alepo) que
o patriarca Avraham Avínu distribuiu chalav — leite
para os pobres (Rabi Petachia de Regensburg).
A comunidade judaica de Alepo (Chalab) é uma das mais antigas do povo judeu.
De acordo com a tradição, foi em Chalab que o patriarca Avraham Avínu distribuiu
chalav — leite para os pobres (Rabi Petachia de Regensburg).  Por lá também
passou o general do rei David, Yoav ben Tsruiá, onde construiu a sinagoga central
de Alepo, que durou até o ano de 1948 d.e.c., quando foi incendiada e destruída
durante um pogrom. Segundo a tradição, trata-se de uma comunidade muito
antiga, fundada pelos judeus ainda antes da destruição do Primeiro
Templo. Gerações de sábios, justos e eruditos passaram por Alepo, cuja história
está intrinsecamente ligada à história do povo de Israel. O notável personagem
bíblico Ezra, o sofêr (escriba), também esteve em Alepo, e em 921 d.e.c. a cidade
recebeu o ilustre mestre e líder judaico Rabi Saadia Gaon. O grande sábio
Maimônides, do século XII, trocava correspondência com sábios do mundo inteiro,
mas uma comunidade específica ele prezava bastante, mencionando-a em sua
famosa carta aos sábios de Lunel: “Hoje a Torá se perdeu, e infelizmente poucos
são os sábios, mas saibam que na região de Israel e da Síria há a cidade de Aram
Tsova (Alepo), onde há ainda um grupo de eruditos que permanecem imersos no
estudo da Torá”. Aliás, Maimônides escreveu o seu famoso Guia dos Perplexos para
o seu discípulo, Rabi Yossef bar Yehudá, mandado por ele para servir como rabino
da comunidade de Alepo. Por volta de 1622, o famoso sábio de Praga, o Shelá
HaCadosh (Rabi Yeshaiáhu haLevi Horovitz), fez aliá, viajando para Israel através
da Síria. Ele escreve em seus livros como era vibrante o Judaísmo que ele encontrou
naquela cidade, o amor fraterno, a sede pelos estudos, etc., pois diariamente
pediam a ele que desse aulas de Torá. Durante as cinco semanas que permaneceu
em Chalab, ele ministrou as aulas em hebraico, que eram entendidas por todos,
pois dominavam o idioma sagrado.Grandes mestres, eruditos e cabalistas serviram
como rabinos na comunidade de Alepo. Entre eles, os rabinos das famílias Abadi,
Antebi, Laniado, Attié, Hamoui, Douek, Tawil, etc. Estes produziram centenas de
obras tratando das diversas facetas da Torá, muitas impressas em Alepo, e outras,
em diversas capitais, muitas delas consultadas até os dias de hoje. Alepo também
se notabilizou por suas instituições filantrópicas. Sendo uma cidade importante
geograficamente para o comércio internacional entre o Oriente e o Ocidente, Alepo
enfrentou períodos de prosperidade e tempos de crise. Todavia, inspirados pelo
genuíno chéssed (bondade) judaico, os judeus alepinos fundaram diversas
sociedades e instituições, tais como o Auxílio aos Doentes (Kupat Bikur Cholim) e
um fundo para ensinar crianças pobres e órfãs. A tsedacá (benevolência judaica),
um dos pilares do Judaísmo, é algo que se aprende em casa, através de um
exemplo vivo. Pais e avós que praticaram a tsedacá com afinco e devoção, terão
netos e bisnetos que continuarão zelando pela justiça social. Grande é a tsedacá,
pois ela aproxima a Redenção. Que seja a vontade de D’us que se cumpram as
palavras dos sábios do Talmud (Shabat 139a): “Ein Yisrael nifdê, éla bitsedacá” (“O
povo de Israel será redimido através da tsedacá”). (Extraído do prefácio do livro
Hamorê Litsedacá)
3

IMIGRAÇÃO
JUDAICA: DOS
SHTETELS ÀS
COLÔNIAS DO
SUL DO BRASIL
O respeito pela tradição e o temor a D’us que
também constituíam a marca registrada de judeus
oriundos dos "shtetels" (aldeias europeias).
No processo migratório das diversas comunidades judaicas nos últimos dois
milênios, podemos encontrar algumas semelhanças: mesmo tendo deixado seus
lares às pressas, abandonado seus bens devido aos ódios, perseguições
e pogroms e enfrentado os maiores obstáculos, os judeus jamais tiveram sua fé e
tradição enfraquecidas. Por todos os lugares onde iam, atravessando mares e
continentes, nunca deixaram de rapidamente erguer novas comunidades, sempre
trazendo seus rabinos, melamdim (professores de crianças), shochatim (abatedores
rituais de animais), mohalim (peritos em realizar a circuncisão), etc., e mesmo
depois de se estabelecerem em seus novos lares sempre priorizaram a construção
de suas sinagogas e micvaot (banhos para imersão ritual), casas de estudo e
escolas.
Isso não foi diferente em Quatro Irmãos. A começar pela visão dos seus
colonizadores que, no intuito de salvar a vida dos judeus das perseguições anti-
semitas do Velho Continente, vislumbraram um Brasil acolhedor e seguro, não
poupando esforços para adquirir as terras necessárias para o estabelecimento da
Colônia.
Além disso, podemos constatar o heroísmo e o pioneirismo dos novos imigrantes
através dos relatos do seu dia-a-dia; a luta e o sacrifício que enfrentavam, sem que
isto diminuísse o entusiasmo e o sonho de construir uma autêntica vida judaica em
pleno solo brasileiro. Aliás, esta harmonia entre camponeses, agricultores,
vaqueiros, madeireiros e judeus observantes já havia sido pregada e incentivada
pelo segundo Rebe de Lubavitch, Rabi Dov Ber Schneuri  (1773 – 1827), que
angariava fundos para a colonização de terras pelos judeus oprimidos na Rússia
czarista, oferecendo-lhes meios para batalharem por uma vida judaica no campo.
Não podemos nos esquecer de ressaltar o respeito pela tradição e o temor a D’us
que também constituíam sua marca registrada, o judaísmo trazido de forma
integral de seus lares, os pequenos “shtetels” (aldeias) europeus.
 
(Extraído do prefácio do livro Memórias da Colônia de 4 Irmãos, Editora Maayanot)
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