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Grandes Religiões do Mundo

Budismo

O Budismo originou-se nos fins do Período Bramânico na Índia, que se estendeu


aproximadamente entre os séculos IX e III antes de Cristo. Tal período pode ser subdividido
entre um período bramânico ortodoxo (período de predominação dos Bramanas), um período
bramânico desviante (do qual originaram-se as Upanisadas) e período das heterodoxias. Este
último dá lugar à origem do jainismo e do budismo. De uma maneira geral, o budismo prega
um caminho de libertação e salvação mais individualizado.

No decorrer de sua existência, a crença budista subdividiu-se em duas correntes: o Budismo


Theravada, mais próximo da origem dos ensinamentos budistas (prega um único caminho para
a redenção: esforço e disciplina), e o Budismo Mahayana (predominante, por exemplo, em
países como o Butão, país sob regime monárquico constitucional, e na Coréia do Sul), do qual
geraram-se doutrinas como a Bodhisattva e o Zen-Budismo, esta última possuindo foco de
concentração no Japão (embora neste último país predomine a religião xintoísta). O Budismo,
de modo geral, é organizado sob um sistema monástico.

O principal livro sagrado budista consiste no Tripitaka, livro compartimentado em três conjuntos
de textos que compreendem os ensinamentos originais de Buda, além do conjunto de regras
para a vida monástica e ensinamentos de filosofia. A corrente do Budismo Mahayana ainda
reconhece como códigos sagrados os Prajnaparamita Sutras (guia de sabedoria), o Lankavatara
(revelações em Lanka) e o Saddharmapundarika (leis). A crença budista toma a reencarnação
como verdade. O sistema budista de crença é baseado em quatro princípios ou verdades
fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida; o desejo é a causa crucial do
sofrimento; a aniquilação do desejo leva à aniquilação do próprio sofrimento; a libertação
individual é atingida através do Nirvana. O Nirvana contraria-se à idéia do Samsara (o ciclo de
nascimento, existência, morte e renascimento). Para os budistas, o caminho da libertação é
atingido a partir do momento em que o ciclo do Samsara é quebrado. O rompimento do ciclo da
vida é justamente o Nirvana, o qual pode ser alcançado através de passos: a compreensão
correta, o pensamento correto, o discurso correto, a ação correta, a vivência correta, o esforço
correto, a consciência correta, a concentração correta. Todos estes passos são perseguidos
através da auto-disciplina e da meditação, além de exercícios espirituais.

O Budismo foi fundado na Índia em aproximadamente 528 a.C. pelo príncipe Sidarta Gotama, o
Buda (o Iluminado, cuja existência estendeu-se aproximadamente de 563 a 483 a.C.), Hoje em
dia, a maior concentração de seguidores budistas localiza-se na região do leste asiático). A
Índia atual, na verdade, possui grande maioria hinduísta (pouco mais de oitenta por cento de
sua população total).

Confucionismo

Há duas correntes confucionistas: uma delas associa-se a Confúcio e Xunzi, tendo preceitos
como a obediência aos códigos tradicionais de comportamento para os interesses pessoais
próprios de cada indivíduo; outra corrente associa-se a Mêncius e seus preceitos são baseados
no dever da conduta humana ser estabelecida de acordo com a própria natureza moral
individual. O Confucionismo não possui uma organização clerical formalizada e não há igrejas.
Ainda no Confucionismo, não há a adoração de divindades, assim como não há ensinamentos
sobre a vida após a morte. As idéias confucionistas são baseadas em três obras: os Anacletos, a
fonte dos ensinamentos de Confúcio; o I Ching, o livro das alterações do destino; o Mengzi,
livro de Mêncius, o segundo sábio do Confucionismo. O país onde o Confucionismo conquistou
mais adesões, ao lado do Budismo e do Taoísmo, é a China.

O Confucionismo, não se referindo a divindades e mantendo-se distante de teoria de vida após


a morte, acaba constituindo mais predominantemente um sistema filosófico, não possuindo
quase nenhuma das características marcantes em todas as religiões. A origem do
Confucionismo é remontada ao século VI antes de Cristo, tendo sido fundada por Kongzi (o
próprio Confúcio - por volta de 551 a 479 a. C.).

Hinduísmo

Tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a .C., a religião hinduísta foi estabelecida pelos
invasores arianos da Índia. Os textos védicos antigos descreviam um universo cercado de água.
No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era encontrada
nos Vedas: da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social dominante), dos
braços saíram os guerreiros, das pernas os produtores e dos pés os servos (não-árias, ou "não-
homens"). O mundo, conforme a concepção desta época, foi formado a partir da organização,
por força divina, de um caos preexistente.

No sistema religioso hinduísta atual há uma série de ramificações, que geraram crenças e
práticas diversas, assim como há muitos deuses e muitas seitas de diversas características. O
Hinduísmo tem sua ênfase no que seria o modo correto do viver (dharma). Os cultos hinduístas
são realizados tanto em templos e congregações quanto podem ser domésticos. A cerimônia
mais comumente realizada é relativa à oração (puja). A palavra "Om", representa a vibração
original, uma vibração que transcende o início, o meio e o fim de todas as coisas, vinculando-
se, desta maneira, à imagem da própria divindade. Os códigos sagrados do Hinduísmo são: os
Vedas, consistindo em escrituras que incluem canções, hinos, dizeres e ensinamentos; o Smriti,
escrituras tradicionais que incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o Bhagavadgita.

O Hinduísmo é a religião atualmente predominante na Índia (pouco mais de oitenta por cento
da população).

Islamismo

Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha adeptos na
atualidade. A origem do Islamismo é remontada ao século VII d. C. com as revelações de Alá
ao profeta Maomé. A religião reconhece Alá como seu único deus, assim como reconhece em
Maomé o legítimo profeta de seu deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, obra que
contém as revelações de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de
Maomé; o Sunnah, conjunto de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos.

Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo: os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo
islâmico, constituindo maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre
muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o
seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais
importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos
seguidores do Islamismo. As práticas religiosas são fundamentais, como por exemplo as cinco
preces diárias a Alá; há também o dever para com os necessitados de se oferecer uma parte
dos bens; durante a data do Ramadan, entre o amanhecer e o entardecer, há a obrigação do
jejum; todos os seguidores da religião, pelo menos uma vez em sua vida, devem realizar a
peregrinação à cidade de Meca, simbolizando a própria peregrinação de Maomé à esta cidade.

Judaísmo

O Judaísmo tem origem remontada ao ano de 2000 a. C, aproximadamente. Os nomes


vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas
sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos
coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem
individualmente seus rabinos. Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui
o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e
Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos
do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis.
No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a
Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra
uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da
vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração.

Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé


judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e
semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés
é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de
um símbolo de libertação e independência pátria.

Taoísmo

O Taoísmo possui duas vertentes de pensamento religioso. Uma destas vertentes concentra-se
na meditação desritualizada, seguindo feições metódicas, subsistindo de maneira mais geral
como uma ordem filosófica, enquanto a vertente mais ortodoxa atribui importância fundamental
aos rituais, à renovação cósmica e ao controle espiritual. O termo Tão, significando "caminho",
consiste num elemento fundamental recorrente em todas as tradições filosóficas chinesas, entre
elas o próprio Confucionismo.

O incenso é um elemento constante nos rituais taoístas. Um dos símbolos do Taoísmo é


bastante famoso até entre os ocidentais: o Yin-Yang consiste numa representação do equilíbrio
e complementaridade entre as forças naturais opostas em perfeita harmonia.

Referente à organização clerical, o Taoísmo é constituído de estrutura monástica e sacerdotal.


Os textos sagrados do Tao são: o Dão De Jing (Tao te-ching: "O Caminho e seu Poder") e os
escritos de Chuang Tzu (369-286 a. C.).

A cronologia da origem das bases filosóficas taoístas ainda permanece obscura, podendo ser
bastante anterior a Lao Tzu, considerado o fundador da religião, mas que, na verdade, foi
responsável por um grande impulso à religião sobre a qual já existiam alguns conceitos
primitivos.

Xintoísmo

Tendo fundação remontada ao Japão, aproximadamente no ano de 660 a.C., o Xintoísmo


possui duas vertentes: o Xintoísmo Sectário (Kioto) e o Shrine Shinto (Jinga). Os textos
sagrados do Xintoísmo são o Nihon Shoki (consistindo de narrativas do Japão do ano 720 d. C.)
e o Kojiki, contendo registros dos anciões mestres.

Zoroastrismo

Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de Deus e
do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Avesta, o livro
sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei; o Gathas, que
são hinos atribuídos a Zoroastro; o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista. Ahura Mazda
é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio
destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas; a bondade irá triunfar; os mortos
ressuscitarão. A origem do Zoroastrismo é remontada ao século VI a. C., tendo sido fundada
pelo profeta persa Zoroastro.

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