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Budismo
O principal livro sagrado budista consiste no Tripitaka, livro compartimentado em três conjuntos
de textos que compreendem os ensinamentos originais de Buda, além do conjunto de regras
para a vida monástica e ensinamentos de filosofia. A corrente do Budismo Mahayana ainda
reconhece como códigos sagrados os Prajnaparamita Sutras (guia de sabedoria), o Lankavatara
(revelações em Lanka) e o Saddharmapundarika (leis). A crença budista toma a reencarnação
como verdade. O sistema budista de crença é baseado em quatro princípios ou verdades
fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida; o desejo é a causa crucial do
sofrimento; a aniquilação do desejo leva à aniquilação do próprio sofrimento; a libertação
individual é atingida através do Nirvana. O Nirvana contraria-se à idéia do Samsara (o ciclo de
nascimento, existência, morte e renascimento). Para os budistas, o caminho da libertação é
atingido a partir do momento em que o ciclo do Samsara é quebrado. O rompimento do ciclo da
vida é justamente o Nirvana, o qual pode ser alcançado através de passos: a compreensão
correta, o pensamento correto, o discurso correto, a ação correta, a vivência correta, o esforço
correto, a consciência correta, a concentração correta. Todos estes passos são perseguidos
através da auto-disciplina e da meditação, além de exercícios espirituais.
O Budismo foi fundado na Índia em aproximadamente 528 a.C. pelo príncipe Sidarta Gotama, o
Buda (o Iluminado, cuja existência estendeu-se aproximadamente de 563 a 483 a.C.), Hoje em
dia, a maior concentração de seguidores budistas localiza-se na região do leste asiático). A
Índia atual, na verdade, possui grande maioria hinduísta (pouco mais de oitenta por cento de
sua população total).
Confucionismo
Há duas correntes confucionistas: uma delas associa-se a Confúcio e Xunzi, tendo preceitos
como a obediência aos códigos tradicionais de comportamento para os interesses pessoais
próprios de cada indivíduo; outra corrente associa-se a Mêncius e seus preceitos são baseados
no dever da conduta humana ser estabelecida de acordo com a própria natureza moral
individual. O Confucionismo não possui uma organização clerical formalizada e não há igrejas.
Ainda no Confucionismo, não há a adoração de divindades, assim como não há ensinamentos
sobre a vida após a morte. As idéias confucionistas são baseadas em três obras: os Anacletos, a
fonte dos ensinamentos de Confúcio; o I Ching, o livro das alterações do destino; o Mengzi,
livro de Mêncius, o segundo sábio do Confucionismo. O país onde o Confucionismo conquistou
mais adesões, ao lado do Budismo e do Taoísmo, é a China.
Hinduísmo
Tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a .C., a religião hinduísta foi estabelecida pelos
invasores arianos da Índia. Os textos védicos antigos descreviam um universo cercado de água.
No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era encontrada
nos Vedas: da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social dominante), dos
braços saíram os guerreiros, das pernas os produtores e dos pés os servos (não-árias, ou "não-
homens"). O mundo, conforme a concepção desta época, foi formado a partir da organização,
por força divina, de um caos preexistente.
No sistema religioso hinduísta atual há uma série de ramificações, que geraram crenças e
práticas diversas, assim como há muitos deuses e muitas seitas de diversas características. O
Hinduísmo tem sua ênfase no que seria o modo correto do viver (dharma). Os cultos hinduístas
são realizados tanto em templos e congregações quanto podem ser domésticos. A cerimônia
mais comumente realizada é relativa à oração (puja). A palavra "Om", representa a vibração
original, uma vibração que transcende o início, o meio e o fim de todas as coisas, vinculando-
se, desta maneira, à imagem da própria divindade. Os códigos sagrados do Hinduísmo são: os
Vedas, consistindo em escrituras que incluem canções, hinos, dizeres e ensinamentos; o Smriti,
escrituras tradicionais que incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o Bhagavadgita.
O Hinduísmo é a religião atualmente predominante na Índia (pouco mais de oitenta por cento
da população).
Islamismo
Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha adeptos na
atualidade. A origem do Islamismo é remontada ao século VII d. C. com as revelações de Alá
ao profeta Maomé. A religião reconhece Alá como seu único deus, assim como reconhece em
Maomé o legítimo profeta de seu deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, obra que
contém as revelações de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de
Maomé; o Sunnah, conjunto de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos.
Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo: os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo
islâmico, constituindo maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre
muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o
seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais
importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos
seguidores do Islamismo. As práticas religiosas são fundamentais, como por exemplo as cinco
preces diárias a Alá; há também o dever para com os necessitados de se oferecer uma parte
dos bens; durante a data do Ramadan, entre o amanhecer e o entardecer, há a obrigação do
jejum; todos os seguidores da religião, pelo menos uma vez em sua vida, devem realizar a
peregrinação à cidade de Meca, simbolizando a própria peregrinação de Maomé à esta cidade.
Judaísmo
Taoísmo
O Taoísmo possui duas vertentes de pensamento religioso. Uma destas vertentes concentra-se
na meditação desritualizada, seguindo feições metódicas, subsistindo de maneira mais geral
como uma ordem filosófica, enquanto a vertente mais ortodoxa atribui importância fundamental
aos rituais, à renovação cósmica e ao controle espiritual. O termo Tão, significando "caminho",
consiste num elemento fundamental recorrente em todas as tradições filosóficas chinesas, entre
elas o próprio Confucionismo.
A cronologia da origem das bases filosóficas taoístas ainda permanece obscura, podendo ser
bastante anterior a Lao Tzu, considerado o fundador da religião, mas que, na verdade, foi
responsável por um grande impulso à religião sobre a qual já existiam alguns conceitos
primitivos.
Xintoísmo
Zoroastrismo
Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de Deus e
do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Avesta, o livro
sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei; o Gathas, que
são hinos atribuídos a Zoroastro; o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista. Ahura Mazda
é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio
destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas; a bondade irá triunfar; os mortos
ressuscitarão. A origem do Zoroastrismo é remontada ao século VI a. C., tendo sido fundada
pelo profeta persa Zoroastro.