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Prova da Disciplina de Direito Civil (Início e Fim das Provas: 09:00 às 18:00 Horário de Brasília)
1 - Maria decidiu alugar um imóvel de sua propriedade para Ana, que, no momento da assinatura do
contrato, tinha dezessete anos de idade. Nessa situação hipotética, o contrato celebrado pelas partes é:
a) nulo, uma vez que foi firmado por pessoa absolutamente incapaz, condição que pode servir de
argumento para Ana extinguir o contrato.
b) anulável, portanto passível de convalidação, ressalvado direito de terceiros.
c) válido, desde que tenha sido formalizado por escritura pública, visto que tem por objeto um bem
imóvel.
d) nulo, porque Ana deveria ter sido representada por um de seus genitores.
e) diante da incapacidade de Ana, o contrato deve ser tido por inexistente.
2 - Assinale a opção CORRETA em relação às pessoas naturais e à teoria geral do negócio jurídico.
a) É taxativa, ou seja, não conta com ressalva legal, a regra de que negócio jurídico existente, porém
inválido, não gera efeitos, ainda que tenha sido celebrado de boa-fé pelos contratantes.
b) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os excepcionais sem
desenvolvimento mental completo.
c) Em algumas situações, o ato-fato jurídico praticado pelo menor absolutamente incapaz produz efeitos.
d) A falta de legitimidade do agente para a prática de um ato jurídico resulta na invalidade do respectivo
ato.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3 - Hugo, ao descobrir que sua filha precisava de uma cirurgia de urgência, emite ao hospital, por
exigência deste, um cheque no valor de cem mil reais. Após a realização do procedimento, Hugo
descobriu que o valor comumente cobrado para a mesma cirurgia é de sete mil reais. Agora, está
sendo cobrado pelo cheque emitido e, não tendo a mínima condição de arcar com o pagamento da
cártula, procura a Defensoria Pública de sua cidade. Diante desta situação, é possível buscar
judicialmente a anulação do negócio com a alegação de vício do consentimento chamado de:
a) coação.
b) estado de perigo.
c) lesão.
d) erro substancial.
e) dolo.
5 - Lúcia, pessoa doente, idosa, com baixo grau de escolaridade, foi obrigada a celebrar contrato
particular de assunção de dívida com o Banco FDC S.A., reconhecendo e confessando dívidas firmadas
pelo seu marido, esse já falecido, e que não deixará nenhum patrimônio para a Lúcia. O gerente do
banco ameaçou Lúcia de não efetuar o pagamento da pensão deixada pelo seu falecido marido, caso
não fosse assinado o contrato de assunção de dívida.
Considerando a hipótese acima e as regras de Direito Civil, assinale a afirmativa CORRETA.
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a) O negócio jurídico celebrado entre Lúcia e o Banco FDC S.A. é anulável pelo vício da coação, uma
vez que a ameaça praticada pelo banco foi iminente e atual, grave, séria e determinante para a celebração da
avença.
b) O ato negocial celebrado entre Lúcia e o Banco FDC S.A. é anulável por vício de consentimento, em
razão de conduta dolosa praticada pelo banco, que ardilosamente falseou a realidade e forjou uma situação
inexistente, induzindo Lúcia à prática do ato.
c) O instrumento particular firmado entre Lúcia e o Banco FDC S.A. pode ser anulado sob fundamento
de estado de perigo, uma vez que Lúcia assumiu obrigação excessiva sobre premente necessidade.
d) O contrato particular de assunção de dívida assinado por Lúcia é anulável por erro substancial, pois
Lúcia manifestou sua vontade de forma distorcida da realidade, por entendimento equivocado do negócio
praticado.
e) O ato celebrado não apresenta nenhum defeito invalidante, portanto deve ser considerado eficaz.
6 - “(...) não prevalece o interesse público, mas o interesse particular dos agentes contratantes. O
negócio jurídico não é perfeito, mas seus defeitos poderão ser sanados (...). (...). A desconformidade
com o ordenamento é menos grave, de maneira que se limita a criar para a parte um direito
potestativo (...).” Gustavo Tepedino. Código Civil Interpretado conforme a Constituição da República.
V. I. Rio de Janeiro: Renovar, 2004, p. 318. No trecho citado, o autor se refere:
a) à inexistência de um negócio jurídico - e por consequência a uma invalidade.
b) a um ato anulável.
c) a um ato nulo.
d) a um ato eficaz.
e) a um ato ineficaz.
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e) Não há referência a justo título no suporte fático do usucapião ordinário geral (artigo 1.242, “caput”,
CC/02), operando-se a substituição de tal requisito pelo cumprimento de pressuposto que se convencionou
chamar de “atendimento da função social da posse”, expressa na moradia habitual ou obras ou serviços de
caráter produtivo.
12 - Quanto à chamada aquisição da propriedade por interesse social (§§ 4º e 5º do artigo 1.228 do
CC/02), é correto afirmar:
a) O domínio se aperfeiçoa em mãos dos adquirentes pela mera satisfação dos pressupostos previstos no
§ 4º do artigo 1.228 do Código Civil/02.
b) O protagonista de ato espoliativo poderá adquirir, cinco anos após o bem imóvel que esbulhou tendo
como supedâneo os §§ 4º e 5º do artigo 1.228 do Código Civil/02.
c) Somente a população de baixa renda pode valer-se do modo de aquisição da propriedade previsto nos
§§ 4º e 5º do artigo 1.228 do Código Civil/02.
d) A aquisição da propriedade por interesse social pode ser arguida como matéria de defesa em sede de
ação reivindicatória.
e) A aquisição da propriedade por interesse social é modo originário de aquisição da propriedade e pode
ter como objeto área pública.
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15 - O princípio da boa-fé objetiva atua como uma das principais fontes do direito das obrigações. Em
relação ao princípio da boa-fé objetiva, é correto afirmar que ele propicia a formação dos seguintes
deveres anexos:
a) informação, lealdade, cooperação e segurança.
b) informação, esclarecimento, aconselhamento e lealdade.
c) solidariedade, cooperação e colaboração.
d) segurança, tutela, proteção e informação.
e) segurança, informação, lealdade e fidelidade.
16 - Considerando a teoria da imprevisão, indique a alternativa que não contempla requisito para a
sua aplicação:
a) contrato que se prolonga no tempo.
b) ocorrência de fato superveniente à formação do contrato.
c) contrato firmado por adesão.
d) ocorrência de fato extraordinário ou imprevisível.
e) onerosidade excessiva.
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