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Compêndio para a Sustentabilidade: Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental

Instrumentos de Gestão -
Américas
5.1 Introdução

América do Sul
5.2 Argentina - Indicadores IARSE
5.3 Bolívia - Indicadores COBORSE
5.4 Brasil - Balanço Social IBASE
5.5 Brasil - Escala AKATU
5.6 Brasil - Bolsa de Valores Sociais e Ambientais BOVESPA
5.7 Brasil - Indicadores, Matriz de critérios essenciais e Matriz de Evidência ETHOS
5.8 Brasil - Indicadores GIFE
5.9 Brasil - Indicadores FIDES/ OCESP/SESCOOP
5.10 Brasil - Instrumento para Avaliação da Sustentabilidade e Planejamento Estratégico FDC
5.11 Chile - Indicadores ACCION
5.12 Chile - Indicadores PROHUAMNA
5.13 Colômbia - Sistema de Gestão RI
5.14 Colômbia - Índice CCRE
5.15 Equador - Indicadores CERES
5.16 Uruguai - Indicadores DERES
5.17 Peru - Indicadores Peru2021

América Central
5.18 Costa Rica - Indicadores AED
5.19 El Salvador - Indicadores FUNDEMAS
5.20 Guatemala - Indicadores CENTRARSE
5.21 Panamá - Indicadores CEDIS

América DO Norte
5.22 Canadá - The Good Company CBSR
5.23 EUA - SD Planner GEMI
5.24 EUA + Japão - GC 360 Future 500
5.25 México - Indicadores CEMEFI

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Intro 5.1

Apesar da proliferação de inúmeras iniciativas que emanam


de organismos e organizações de naturezas muito diversas, as
ferramentas de gestão de responsabilidade social que contribuem e
visam atender aos pilares clássicos do desenvolvimento sustentável
— o chamado triple bottom line (econômico, social e ambiental)
— são estruturadas de modo a desenvolver uma abordagem
via engajamento de stakeholders: Acionistas, Público Interno
(assalariados e terceiros), Clientes, Fornecedores, Parceiros,
Comunidade, Meio Ambiente, entre outros.

A principal distinção entre as ferramen- de operações de acompanhamento interno e número maior de pessoas envolvidas, de
tas de gestão apresentadas diz respeito externo e, ainda, formar um banco de dados dentro e fora da organização.
ao grau de adesão, de comprometimen- que prevê uma divulgação de suas práticas
to e de profundidade das organizações e atendimento à mídia. Finalmente, na lógica dos “instrumen-
(de todos os setores) em relação à sus- tos normativos”, cada organização deve
Os guias pedagógicos que acompanham
tentabilidade. Embora essas ferramentas responder a diversos critérios estabele-
o questionário são ferramentas que tra-
tenham o mesmo objetivo de avançar cidos e publicados. Trata-se da forma-
zem um auto-aprendizado estruturado
no tema, seus processos de aplicação das práticas e dos indicadores de susten- tação de “padrão” ao qual a organiza-
são bem distintos, diferindo no grau de tabilidade. Trata-se geralmente de guias ção procurará entrar em conformidade
abrangência e complexidade com que que explicam os conceitos e que põem a fim de conseguir a certificação. São
tratam a questão. em valor as boas práticas, sugerindo os ferramentas que focam os processos de
caminhos que as organizações possam melhoria contínua envolvendo organis-
Algumas ferramentas são bastante aces- mos certificadores e auditorias internas
percorrer para serem socialmente res-
síveis e de aplicação simples, permitindo e externas, dando credibilidade e mais
ponsáveis.
até adaptações por parte das organiza- inteligibilidade aos resultados.
ções que as adotam, dependendo de seus Nestes casos, a dimensão pedagógica
objetivos e características particulares. A credibilidade das organizações que
está certamente presente.
adotam práticas de RSE perante seus
Um simples questionário ou guia peda- Por outro lado, certas ferramentas de públicos depende em boa parte da de-
gógico, por exemplo, pode ser um ins- gestão ultrapassam de longe a simples finição do seu próprio conteúdo, da
trumento de informação que não visa fase do questionário ou de comparti- formalização das iniciativas através da
alterar o modo de gestão da organização lhamento de informação para constituir aplicação de ferramentas transferíveis,
imediatamente, mas atende a uma polí- verdadeiros sistemas de gestão. Elas ofe- analisáveis, comparáveis, bem como da
tica de sensibilização na matéria e ocupa recem geralmente uma estrutura formal possibilidade de verificar a conformi-
o lugar de “primeira etapa”. A abordagem de planejamento (com lógica semelhan- dade das práticas das organizações em
via questionário procura, sobretudo: te à do PDCA) que comportam várias relação a suas prestações de conta.
vertentes e necessitam de mais recursos,
• ajudar a organização a sensibilizar-se, A Auditoria externa, por acompanhar a
fazendo "boas” questões;
know-how e motivação para ter êxito.
organização nas diferentes fases da ins-
• visualizar onde ela se situa nos diferentes Para tanto são estabelecidas estruturas tauração de um instrumento, é sem dú-
estágios da evolução sustentável, formais de planejamento, com engaja- vida uma das opções mais exaustivas e
identificando suas lacunas e seus pontos mento das partes interessadas, incluin- mais dispendiosas, mas apresenta, den-
fortes; do até sua cadeia de valor, exigindo as- tre outras vantagens, um olhar objetivo
• constituir uma base para uma seqüência sim um processo mais complexo e um sobre a situação.

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5.2 IARSE

Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial
Instituto Argentino de Responsabilidade
Social Empresarial - IARSE

PAÍS Estes temas são medidos por três tipos de indicadores.


Argentina Indicadores de profundidade
O primeiro tipo permite avaliar o estado atual da gestão da
O que é empresa. Está representado por quatro quadros contígüos
apresentando estágios de evolução de determinada prática.
Guia de auto-aplicação para grandes empresas. In- Estes diferentes níveis de desempenho permitem que a
clui correlação com os princípios do Pacto Global das empresa se situe facilmente nesta escala. O quadro que está
Nações Unidas. mais à direita corresponde ao melhor desempenho naquela
prática, e pressupõe que a empresa vai alcançar um nível
Origem superior naquele indicador.

O Instituto Argentino de Responsabilidade Social Indicadores Binários


Empresarial (IARSE) foi criado em 2002 com a missão O segundo tipo de indicadores é composto de respostas
de “promover e difundir o conceito e a prática de Res- binárias (sim e não) relacionadas com o primeiro grupo.
ponsabilidade Social Empresarial para impulsionar o Contém elementos que validam a profundidade do estágio
desenvolvimento sustentável da Argentina, trabalhan- de responsabilidade social identificado pela empresa e
do junto às empresas através de redes de informação, contribui para a compreensão das práticas que devem ser
intercâmbio de experiências e colaboração mútua”. incorporadas à gestão dos negócios.

Objetivo Indicadores quantitativos


O terceiro tipo são os indicadores quantitativos de uso
Os Indicadores de Responsabilidade Social Empresarial, interno da empresa. Além de utilizados como suporte
em nova versão, foram criados como uma ferramenta de das respostas dos Indicadores de RSE, os indicadores
aprendizado e avaliação da gestão da empresa no que se quantitativos também podem ser incorporados ao
refere à incorporação das práticas de responsabilidade monitoramento e avaliação da gestão de responsabilidade
social empresarial (RSE), ao planejamento de estratégias social empresarial. O levantamento sistemático desses
e de monitoramento do desempenho geral da empresa. dados (que podem ser avaliados anualmente e cotejados
Trata-se de um instrumento de auto-avaliação e apren- com outros dados) permite uma análise mais objetiva
dizado de uso essencialmente interno. dos resultados da empresa, facilitando a elaboração do
balanço social.

Conteúdo A estrutura dos Indicadores permite que a empresa


A versão adaptada por IARSE da versão original do planeje o modo de alcançar o nível mais elevado de
Instituto Ethos inclui aspectos da realidade argentina, responsabilidade social. A disposição em escala ofere-
uma revisão conceitual da versão anterior, além de in- ce parâmetros para os passos seguintes e, juntamente
cluir aspectos novos, como governança corporativa, com os indicadores binários, aponta diretrizes para o
comércio justo, assédio moral e trabalho forçado. O estabelecimento de metas de aperfeiçoamento dentro
questionário de avaliação da empresa está dividido em do universo de cada tema.
sete grandes temas:
Uma correlação entre os Indicadores de Responsabi-
• Valores, Transparência e Governabilidade Corporativa; lidade Social Empresarial e dos princípios do Pacto
• Público Interno; Global é apresentada.
• Meio Ambiente;
• Fornecedores; Referências
• Consumidores e Clientes;
www.iarse.org/new_site/site/index.php?put=descargas&id_cat=2
• Comunidade;
• Governo e Sociedade. www.iarse.org

78
IARSE 5.2
Capítulo 5
Américas

Indicadores de Responsabilidade Social


Empresarial para PMEs
O que é • Meio ambiente (3)
• Comunidade (8)
Ferramenta de auto-avaliação e planejamento para
• Publico interno (9)
Pequenas e Médias Empresas (PMEs). • Valores e transparência (4)
• Governo e sociedade (4)
Objetivo • Fornecedores (5)
Com o objetivo de incentivar e contribuir para que a Para cada pergunta existem 4 alternativas de resposta:
RSE seja incorporada no universo da pequena e média
empresa, o IARSE com prévia autorização do instituto • Não
Ethos e do Sebrae põe à disposição a versão traduzi- • Em parte
da e adaptada à realidade argentina das publicações • Em grande parte
Ferramenta de auto-avaliação e planejamento – In- • Sim
dicadores de RSE para PME, e RSE para PME — Pri- Uma segunda reflexão é feita originando um planeja-
meiros Passos. mento das ações. Os campos a serem preenchidos são:
Estes manuais constituem um conjunto de ferramen- • Imediatamente,
tas de gestão que possibilita, à PME, o diagnóstico e a • Depois de alguns planejamentos,
implantação em sua realidade cotidiana de todo este • Depois de obter mais informações,
processo. • Não neste momento, porque dificilmente pode ser
realizado.
Conteúdo
A pontuação se dá pela soma das notas de cada tema,
O questionário de reflexão inicial conta com nove produzindo um índice de no máximo 70 pontos.
perguntas (exercício inicial para entender o que venha
Cada uma das áreas tem o mesmo peso.
a ser a RSE).
O questionário central apresenta 37 perguntas dividi- Referência
das em sete temas. Ainda não está disponível para download no site.

Indicadores de RS para Empresas


Cooperativas de Usuários
Em março de 2007 o IARSE e a Federação de Cooperati- dos indicadores de RS para Empresas Cooperativas de
vas Elétricas da Província de Córdoba (Fecescor) firma- Usuários e do guia de Primeiros Passos em Responsabili-
ram convênio para o desenvolvimento da primeira versão dade Social para Empresas Cooperativas de Usuários.

79
5.3 COBORSE

Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial
Conselho Boliviano de Responsabilidade
Social Empresarial - COBORSE

A rede foi criada em novembro de 2004


por instituições, organizações empresariais,
organismos governamentais, fundações, de
cooperação internacional, entidades educativas
e empresas envolvidas com o desenvolvimento,
difusão e prática de RSE na Bolívia.

PAÍS Objetivo
Bolívia Os indicadores foram criados como uma ferramenta
de aprendizado e avaliação da gestão da empresa para
O que é verificar a incorporação das práticas de responsabilida-
de social empresarial, o planejamento das estratégias e
É uma publicação colocada à disposição pelo IARSE, o monitoramento do desempenho geral da empresa.
a partir de uma adaptação feita pela organização ar-
gentina dos Indicadores de Responsabilidade Social
Referências
Empresarial, publicado pelo Instituto Ethos de Res-
ponsabilidade Social Empresarial. www.coborse.org
www.coborse.org/cb/modules.php?name=Downloads&d_
Origem op=viewdownload&cid=3

Com o propósito de aprofundar o movimento da Res-


ponsabilidade Social Empresarial - RSE, foi formada na
Bolívia a rede multi-stakeholder, denominada Conse-
lho Boliviano de Responsabilidade Social Empresarial
(Coborse). A rede foi criada em novembro de 2004 por
instituições, organizações empresariais, organismos
governamentais, fundações, de cooperação internacio-
nal, entidades educativas e empresas envolvidas com o
desenvolvimento, difusão e prática de RSE na Bolívia.
O Coborse tem a missão de promover e difundir a cul-
tura de Responsabilidade Social Empresarial para im-
pulsionar o desenvolvimento sustentável da Bolívia,
trabalhando com as empresas e os outros atores da
sociedade, por meio de redes de informações, inter-
câmbio de experiências e alianças estratégicas.

80
IBASE 5.4

Balanço Social
Instituto Brasileiro de Análises Sociais
e Econômicas - IBASE

“Queremos um país democrático, onde a políti- e externa, visa dar transparência às atividades das em-
ca se realize através da ética e onde a ética seja presas e apresentar os projetos efetivamente. Ou seja,
sua função principal é tornar pública a responsabilidade
uma forma superior de realização da política.” social empresarial, construindo maiores vínculos entre
Betinho, 1997 a empresa, a sociedade e o meio ambiente.

Conteúdo
1. Base de cálculo
País 2. Indicadores sociais internos
3. Indicadores sociais externos
Brasil 4. Indicadores ambientais
5. Indicadores de corpo funcional
O que é 6. Informações referentes ao exercício da cidadania
7. Outras informações
É um demonstrativo numérico sobre as atividades so-
ciais da empresa em forma de tabela de uma página.
De fácil preenchimento, permite a verificação dos da- Passo-a-passo
dos e a comparação com outras empresas. O acesso é eletrônico e gratuito.
Origem O balanço social para instituições de ensino, funda-
ções e organizações sociais.
O modelo de balanço social do Ibase foi criado em
www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
1997 de forma pioneira pelo sociólogo Herbert de
Souza, Betinho, na época presidente do Instituto, para O balanço social para Cooperativas
incentivar a divulgação voluntária do balanço social. www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
O modelo simplificado que foi desenvolvido (em par-
ceria com diversos representantes de empresas públi- O balanço social para as MPEs
cas e privadas, a partir de inúmeras reuniões e debates www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
com vários setores da sociedade) tem a vantagem de
estimular todas as empresas a divulgar seu balanço Resultado
social, independentemente do tamanho e setor.
Das 98 empresas que publicaram seu balanço no mo-
A simplicidade do modelo é garantia do envolvimento delo Ibase em 2006, 52 empresas receberam o direito
do maior número de corporações. O Instituto Brasileiro de utilizar o Selo Balanço Social Ibase/Betinho depois
de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) é de utilidade de cumprirem todos os critérios de divulgação estabe-
pública federal, sem fins lucrativos, sem vinculação re- lecidos por este instituto e passarem por consulta pú-
ligiosa e a partidos políticos que foi fundado em 1981. blica por 60 dias. Não são aceitas empresas de armas,
Sua missão é a construção da democracia, combatendo
cigarros e bebidas alcoólicas, ainda que preencham
desigualdades e estimulando a participação cidadã.
todos os requisitos. O Ibase conta com um softwa-
Objetivo re que permite analisar e comparar os indicadores de
diversas empresas apresentados em 664 balanços so-
De acordo com o Ibase, o balanço social é um demons- ciais. Este software não está disponível para uso públi-
trativo publicado anualmente pelas empresas, que reúne co, mas os dados e indicadores vêm sendo divulgados
um conjunto de informações sobre os projetos, benefí-
por meio da imprensa.
cios e ações sociais dirigidas aos empregados, investi-
dores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade.
Este instrumento, que deve ser resultado de um amplo Referência
processo participativo que envolva comunidade interna www.ibase.org.br

81
5.5 AKATU

Escala Akatu de
Responsabilidade Social Empresarial
Instituto Akatu pelo Consumo Consciente - AKATU

PAÍS Passo-a-passo
Brasil As empresas respondem ao questionário da Escala
Akatu on-line, através do site do Centro de Referên-
O que é cia Akatu pelo Consumo Consciente. E nesse mesmo
site serão disponibilizados os resultados. A empresa
A Escala Akatu propõe um conjunto de 60 Referências poderá responder sigilosamente às questões (apenas
Akatu-Ethos de Responsabilidade Social Empresarial para seu uso ou de um público restrito) ou autorizar a
(RSE) que, uma vez respondidas, permite às empresas publicação ampla de suas respostas.
serem categorizadas em quatro grupos homogêneos
em sua prática de responsabilidade social. Depois de preenchido o questionário, a empresa pode
ter uma prévia de sua classificação.
Origem A divulgação dos resultados da Escala Akatu é eletrônica.
O Instituto Akatu é uma organização não-governa-
mental, sem fins lucrativos. Foi criado em 15 de março Avaliação
(Dia Mundial do Consumidor) de 2001, no âmbito do
Cálculo e representação da Escala Akatu
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social,
para educar e mobilizar a sociedade para o consumo As empresas são, em princípio, classificadas em quatro
consciente. A palavra “akatu” vem do tupi e significa, grandes grupos (categorias), representados por íco-
ao mesmo tempo, “semente boa” e “mundo melhor”. Ela nes (“akatus”) que vão de “zero akatus” até “3 akatus”.
traduz a idéia de que o mundo melhor está contido nas A categoria atribuída a uma empresa é definida con-
ações de cada indivíduo. A missão do Akatu é educar, forme o desempenho da empresa em um conjunto
sensibilizar e mobilizar para o consumo consciente. de 17 temas (áreas de ação das empresas em RSE, per-
ceptíveis pelo consumidor).
Objetivo
O desempenho da empresa em cada um dos 17 te-
A Escala Akatu é um instrumento para auxiliar o mas é definido com base nas respostas que ela dê a um
consumidor na avaliação de empresas conforme seu grupo de referências.
grau de responsabilidade social empresarial (RSE),
estimulando também sua reflexão sobre o tema, e a Ø Para empresas que não tenham no mínimo 12 das
comunicação entre as empresas e seus consumido- Referências Akatu-Ethos implementadas que obtenham
pontuação inferior a 300 pontos.*
res ou outros públicos (funcionários, fornecedores,
acionistas, mídia etc.). Para empresas com pontuação igual ou superior a 300 e
inferior a 550 pontos.
Para empresas com pontuação igual ou superior a 550 e
Conteúdo inferior a 730 pontos.
A classificação da empresa na Escala Akatu não é uma Para empresas com pontuação igual ou superior a 730
certificação; é um instrumento de organização/com- pontos.
paração das práticas de RSE das empresas. O processo (*) Empresas que obtenham esta pontuação, mas cujas informações
de classificação não reflete nem opiniões nem julga- no Centro de Referência sejam incluídas na opção “visível para todos
mentos de instituições específicas, pois é feita de for- os usuários”, serão reconhecidas pelo símbolo como forma de
ma automática, totalmente baseada nas declarações reconhecer e valorizar sua atitude transparente e comprometida, mesmo
das empresas, ponderadas por critérios objetivos e com performance ainda no menor nível da escala.
uniformes (iguais para todas as empresas de determi-
nado perfil). As empresas podem responder e partici- As Referências Akatu-Ethos são um conjunto de práticas
par do sistema principal sem nenhum custo. e/ou políticas associadas à RSE, selecionadas em fun-

82
AKATU 5.5
Capítulo 5
Américas

DICA 1
ção de representarem de modo assimilável pelos con-
sumidores o que é usual e o que é diferenciador das Levantamento realizado pelo Pacto Global
empresas mais avançadas conforme o estágio atual da das Nações Unidas (The United Nations Glo-
RSE no Brasil. Com base na prática destas referências é bal Compact), junto a 450 empresas, apontou
o Akatu como uma das 100 organizações não-
que se avalia o grau de RSE das empresas respondentes,
governamentais de maior competência para
e seu conseqüente posicionamento na Escala Akatu.
atuar em parceria com a iniciativa privada. A
pesquisa foi realizada em conjunto com a Dal-
Observação berg Global Development Advisors, firma es-
As referências podem ou não estar sendo adotadas pecializada na área de desenvolvimento global.
A seleção foi baseada em quatro critérios:
pela empresa, e em diferentes graus. Uma vez respon-
1 - Comprometimento: empenho em atingir as metas
didas, é feita uma ponderação das referências, com
dos parceiros.
base em “pesos” definidos conforme os resultados de
2 - Adaptabilidade: capacidade de complementar e
pesquisa junto aos consumidores brasileiros, onde se aproveitar as características dos parceiros.
aferiu o que é mais ou menos valorizado nas ações
3 - Execução: capacidade de converter planos e
e políticas de RSE e no grau de adoção das práticas intenções em projetos bem-sucedidos.
pelas empresas, identificado a partir de pesquisas e 4 - Comunicação: capacidade de fornecer conteúdos
de observações junto a elas. A metodologia específi- concisos, de alta qualidade e pontualmente.
ca está disponível no site www.centroakatu.org.br ou
O “Guia de Negócios em Parceria com ONGs
pelo e-mail faleconosco-cr@akatu.org.br.
e a ONU” (Business Guide to Partnering with
Entrarão também no critério de avaliação fatores re- NGOs and the UN) traz os nomes de todos os
ferentes ao setor (industrial, não-industrial, etc.), ao escolhidos, assim como a classificação e os perfis.
porte da empresa (pequeno, médio ou grande) e à O obejtivo do Guia é ajudar as empresas a iden-
intensidade com que a empresa desenvolve algumas tificar organizações civis confiáveis com as quais
práticas quantificáveis. Na versão atual, estes fatores possam trabalhar em parceria.
porte, setor e intensidade ainda não estão incorpo- DICA 2
rados, pois dependem de mais dados para serem defi-
nidos adequadamente. O Guia de Empresas e Produtos
A pontuação (número de “Akatus”) é obtida com base Ferramenta de divulgação que visa aproximar
empresas de seus consumidores finais, sem in-
nas respostas dadas pela empresa respondente a um
termediários, da seguinte forma:
conjunto de 60 questões com seis opções re resposta:
- A própria empresa cadastra seus produtos e marcas, e
a) Implantada registra suas boas práticas de responsabilidade social.
b) Em implantação* - Os consumidores e outras instituições publicam
seus comentários, que podem ser respondidos pelas
c) Em análise** empresas.
d) Nunca foi discutida - O Akatu pesquisa e cadastra documentos que
e) Não será implantada ajudam o consumidor a entender os produtos e
serviços que consome e a conhecer as ações das
f) Não se aplica*** empresas que os oferecem.
Feita a pontuação das respostas, cada empresa é po- Um consumidor consciente deve conhecer as
sicionada em uma das quatro categorias da Escala ações das empresas na sociedade e estar apto a
Akatu, conforme os resultados do cálculo acima. associar as marcas e produtos às empresas res-
ponsáveis por eles.
Resultados
DICA 3
No lançamento da Escala Akatu, em abril de 2005, 66
Os Indicadores Akatu do Consumo Consciente
empresas a utilizaram para apresentar-se ao público,
no Centro de Referência Akatu. Ao completar um ano Ferramenta de auto-avaliação e orientação que
de seu lançamento, em abril/2006, o número de em- permite às instituições e aos consumidores avalia-
presas usuárias era praticamente o triplo, chegando a rem o seu perfil de consciência no consumo. O uso
184 participantes. dos Indicadores Akatu auxiliará empresas, esco-
las, associações e outras organizações a traçarem
diagnósticos e planos de ação conforme a situação
Referências de consumo consciente de seus integrantes. O sis-
www.akatu.org.br tema oferece estruturas que se adaptam a institui-
ções de diferentes tipos e portes. Os consumidores
www.centroakatu.org.br também podem criar uma comunidade gerando
relatórios personalizados para cada membro.

83
5.6 BVS&A

Bolsa de Valores Sociais e Ambientais


Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA

País Ao adquirir ações de um dos projetos listados na


BVS&A, o(a) doador(a) não apenas torna-se um(a)
Brasil investidor(a) socioambiental como também tem a ga-
rantia de que 100% do donativo será transferido para
o projeto de sua escolha.
O que é
A Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A) é um Conteúdo
programa pioneiro no mundo lançado pela Bovespa -
As organizações escolhidas para a listagem são aque-
Bolsa de Valores de São Paulo, para apoiar projetos na
las que atendem populações de baixa renda, visando
área da Educação e do Meio Ambiente, apresentados
promover sua inclusão socioeconômica, com impac-
por ONGs brasileiras, por meio da reprodução do mes-
tos positivos na qualidade de vida das comunidades
mo ambiente de uma bolsa de valores, visando promo-
beneficiadas pelos projetos.
ver melhorias nas perspectivas sociais e ambientais do
País. A idéia é unir organizações não-governamentais A BVS&A conta com uma série de projetos sociais e
que precisem de recursos financeiros e de investidores ambientais listados.
(doadores) dispostos a provê-los. Os projetos sociais estão divididos em:
• Capacitação Profissional,
Origem • Cidadania,

Em 2003 a Bovespa lançou a Bolsa de Valores Sociais. • Competência em Leitura e Escrita,


Em 2007 foi ampliado o programa pioneiro da Bo- • Cultural,
vespa e assim ganhou um novo nome — BVS&A. Ao • Educação para a Saúde,
lançar este projeto, reconhecido pela Unesco como • Especial.
pioneiro no mundo, a Bovespa inova não somente no
que diz respeito aos canais pelos quais as ONGs po- Os projetos ambientais estão divididos em:
dem levantar fundos, mas também pela criação dos • Educação para a Sustentabilidade,
conceitos de Investidor Socioambiental, Ação Socio- • Mudanças Climáticas,
ambiental e Lucro Socioambiental1.
• Recursos Hídricos,
O Conselho Consultivo da BVS&A é formado por 21 • Biodiversidade e Florestas,
especialistas renomados nas áreas da Educação e do • Cidades Sustentáveis.
Meio Ambiente.
Passo-a-passo
Objetivo
As doações na BVS&A são coordenadas minuciosa-
Seu principal objetivo é estabelecer um ambiente de mente pela Bovespa, que garante um processo trans-
criação de valor que privilegie a crença em projetos parente e seguro desde a escolha das ONGs listadas
que mereçam ser apoiados de forma transparente e até a implementação de cada um dos projetos. A Bolsa
confiável. Para tanto, Bovespa e suas Corretoras as- de Valores Sociais e Ambientais conta também com
sociadas apresentam a carteira de projetos sociais e o apoio das Corretoras Socioambientais, instituições
ambientais listados na BVS&A e buscam, assim, atrair que possuem um representante habilitado a dar todas
recursos para estes. as informações sobre como o(a) doador(a) pode fazer

1
O que é lucro socioambiental?
Todo investimento, por princípio, deve prover ao investidor lucros e dividendos. Quando você faz um investimento, como em ações, por exemplo, a expectativa
é a de que seu dinheiro renda e valha a pena o investimento. A BVS&A entende que também os investimentos socioambientais podem gerar lucro - lucro
socioambiental. Ao adquirir ações dos projetos listados na BVS&A, o investidor socioambiental fortalece a ONG e participa diretamente da construção de uma
sociedade mais justa e de um meio ambiente mais protegido. Isso é o que chamamos de lucro socioambiental. Os termos investimento socioambiental, ação
socioambiental, bolsa de valores sociais e ambientais e lucro socioambiental são meramente um trocadilho e uma alusão à Bolsa de Valores tradicional.

84
BVS&A 5.6
Capítulo 5
Américas

seu investimento socioambiental: trata-se do “embai- ca. Já no caso de empresas, existe a possibilidade de
xador socioambiental”. deduções do IR devido, respeitando alguns limites e
disposições contábeis.
• Organizações não-governamentais com projetos nas
áreas da Educação e do Meio Ambiente podem pre- Quatro Razões para Investir na Bolsa de Valores So-
encher a Ficha de Inscrição disponível no site e enviar ciais e Ambientais:
a proposta. Não existem prazos-limite para o envio
de projetos. Uma equipe de especialistas em projetos 1. Os recursos são transferidos integralmente para a ONG.
sociais e ambientais analisa todas as propostas e co- A Bovespa garante que todos os recursos captados pela
ordena um processo seletivo ao final do qual a ONG BVS&A sejam repassados integralmente para o projeto da
ONG escolhida, sem qualquer espécie de taxa ou dedução
poderá ser listada na BVS&A.
– nem mesmo CPMF é descontada.
• Pessoas físicas ou jurídicas podem escolher, entre os 2. A Bovespa supervisiona todas as atividades das ONGs
projetos listados, aqueles que correspondem ao seu listadas na BVS&A Todos os projetos são criteriosamente
ideal de investimento socioambiental e comprar ações selecionados e permanentemente acompanhados por uma
equipe especializada coordenada pela Bovespa.
de um ou mais projetos. Após escolher o projeto que
o(a) doador(a) deseja apoiar e quanto vai investir, o(a) 3. O(a) doador(a) acompanha a evolução dos seus
investimentos socioambientais. Através do site, o(a)
doador(a) pode optar por imprimir um boleto bancá-
doador(a) pode monitorar a evolução do seu investimento,
rio e fazer o pagamento de sua compra em qualquer acompanhando o andamento do projeto com o qual o(a)
banco ou via internet. Se preferir, o(a) doador(a) pode doador(a) colaborou.
também usar o seu cartão de crédito Visa. 4. O(a) doador(a) pode montar uma carteira de ações
socioambientais A exemplo do que acontece no mercado
• O(a) doador(a) pode acompanhar seus investimentos e
de capitais, na BVS&A o(a) doador(a) pode escolher as
verificar como os projetos estão evoluindo através do ONGs cujos projetos listados sejam os mais interessantes
site na seção “Acompanhe”, onde tem acesso a infor- para o seu conceito de investimento socioambiental. O(a)
mações atualizadas sobre as ONGs e os projetos so- doador(a) pode comprar ações de apenas um dos projetos
ciais e ambientais. listados ou montar uma carteira de diversos projetos.

• Todos os fundos levantados pela BVS&A são integralmen- Resultados


te repassados para os projetos listados sem nenhum
tipo de comissão, desconto ou dedução. A Bovespa é Captação de R$ 5 milhões desde 2003, montante que
responsável por todos os custos referentes à comuni- possibilitou a implantação de 36 projetos educacionais.
cação, propaganda, suporte operacional, manutenção
A Unesco recomenda a reprodução desse modelo em
do site e pagamentos de especialistas e consultores.
outras regiões do mundo.
Portanto, o dinheiro investido é, em 100%, direciona-
do para o projeto socioambiental escolhido. Adotado como Estudo de Caso pelo escritório do Glo-
bal Compact da ONU e replicado em 2006 na África
• Todos os projetos listados na BVS&A apresentam um
do Sul (South-African Social Investment Exchange –
cronograma financeiro que é dividido em etapas. Toda SASIX www.sasix.co.za). As bolsas da Malásia, Namí-
vez que há recursos para se executar pelo menos uma bia e Austrália já manifestaram interesse em conhecer
determinada etapa completa, esses recursos são libe- melhor o programa.
rados e têm sua aplicação supervisionada pela equipe
técnica da BVS&A. Nenhuma doação feita através da A exemplo disso, a Bovespa criou o Dia da Responsa-
BVS&A é investida no mercado de ações. Todas as do- bilidade Social Bovespa, sempre comemorado no mês
ações são depositadas em uma conta bancária especí- de junho: nessa data, a receita dos emolumentos re-
fica e lá permanecem até que a ONG levante os 100% sultantes das compras efetuadas na Bolsa é repassada
dos fundos necessários para o projeto, ou, pelo menos, para a BVS.
para uma determinada etapa do projeto.
Referências
• A legislação brasileira não permite deduções de IR
referentes a donativos para ONGs, para pessoa f ísi- www.bovespasocial.org.br ou www.bovespasocial.com.br

85
5.7 ETHOS

Indicadores ETHOS de
Responsabilidade Social Empresarial
Instituto ETHOS de Empresas e
Responsabilidade Social - ETHOS

PAÍS • Valores, Transparência e Governança


• Público Interno
Brasil
• Meio Ambiente
• Fornecedores
O que é
• Consumidores e Clientes
Trata-se de uma ferramenta de autodiagnóstico cuja • Comunidade
principal finalidade é auxiliar as empresas a gerencia-
• Governo e Sociedade
rem os impactos sociais e ambientais decorrentes de
suas atividades. A publicação é traduzida para o inglês e o espanhol.
O sistema dos Indicadores também é aplicável às mi-
Origem
croempresas e pequenas empresas por meio da revisão
Os Indicadores Ethos de RSE foram criados pelo Insti- e adaptação da publicação “Indicadores Ethos/Sebrae
tuto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, or- de Responsabilidade Social Empresarial para as Micro
ganização não-governamental idealizada em 1998 por e Pequenas Empresas” lançada pelo Instituto Ethos e
empresários e executivos oriundos do setor privado. pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae) no ano de 2003.
Objetivo
www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/indicadores_
Em sua sétima edição, os Indicadores Ethos continuam responsabilidade_micro_empresas.pdf
sendo a principal ferramenta de gestão empresarial para
É possível aproveitar as informações que foram levan-
uso interno das empresas, desenvolvida pelo Instituto.
tadas para responder os Indicadores e fazer correla-
Foram criados como uma ferramenta de aprendizado e
auto-avaliação da gestão no que se refere à incorporação ções com outras iniciativas:
da responsabilidade social ao planejamento estratégico GRI
e ao monitoramento geral da empresa. www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/
A estrutura dos Indicadores permite que a empresa download/gri_ethos.pdf
planeje o modo de alcançar um grau mais elevado Pacto Global
de responsabilidade social. Sua estrutura fornece pa-
www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/2005_06_07/
râmetros para os passos subseqüentes e, juntamente Ind_Ethos_Global_2005.pdf
com os indicadores binários e quantitativos, aponta
diretrizes para o estabelecimento de metas de apri- Metas do Milênio
moramento dentro do universo de cada tema. www.uniethos.org.br/_Uniethos/documents/2005_06_07/
Layout_IndMetas_final.pdf
Está disponível nos formatos impresso e eletrônico
para as empresas. Vale dizer que, ao responder aos In- Os Indicadores Ethos Setoriais, desenvolvidos em
dicadores Ethos, a empresa está refletindo sobre infor- parceria com entidades que representam nacional-
mações relevantes para um balanço social consistente. mente seus setores, abrangem seus respectivos dile-
mas e peculiaridades, possibilitando à empresa ava-
Conteúdo liar as oportunidades e desafios típicos de seu setor
de atuação.
O questionário (questões de profundidade, questões
binárias e questões quantitativas) é organizado em Os setores já contemplados com indicadores pró-
sete grandes temas: prios são:

86
ETHOS 5.7
Capítulo 5
Américas

• Distribuição de energia elétrica cadores para as suas realidades e até mesmo Portugal
• Panificação, restaurantes e bares já está utilizando essa ferramenta. O Prêmio Abradee
• Financeiro também continua usando o questionário com as em-
presas do setor de distribuição de energia elétrica, que
• Mineração
se tem mostrado um dos setores mais avançados no
• Papel e Celulose
tema da responsabilidade social empresarial no Brasil.
• Transporte de passageiros terrestre
• Petróleo e Gás Referências
• Construção civil
www.ethos.org.br
• Varejo
www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/
• Siderurgia (a ser lançado) download/default.asp
• Açúcar e Álcool (a ser lançado) Colaboração: Renato Moya
www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/
autodiagnostico_setorial/default.asp

Para preencher os Indicadores Ethos Setoriais, via


sistema, é preciso apenas que a empresa informe seu
setor de atuação na tela de cadastramento. Se o setor
for um destes citados acima, as questões pertinentes DICA 1
a ele estarão disponíveis para preenchimento em seu
O Instituto Ethos lançou em seu website do novo
questionário como indicadores binários.
sistema dos Indicadores Ethos, que passa de sis-
tema remoto para acesso on-line. A mudança do
Passo-a-passo formato visa facilitar a aplicação da ferramenta
Não há uma receita básica e inflexível para o processo pelas empresas, otimizar sua manutenção e dispo-
de resposta dos Indicadores, pois cada empresa repre- nibilizar um sistema por meio do qual as empre-
senta um universo diferente. É sugerido: sas possam incentivar boas práticas de gestão so-
cioambiental entre seus fornecedores e clientes.
1 - que cada unidade de negócios responda seu próprio
questionário; O sistema on-line possibilitará às empresas o
acesso ao questionário e aos dados relativos a seu
2 - que seja indicado um coordenador que centralize e
sistematize as informações e facilite o diálogo interno;
preenchimento dos Indicadores Ethos de qual-
quer computador, sendo mantidos os princípios
3 – que se promova a participação de várias áreas da de segurança de acesso e confidencialidade das
empresa. Quanto mais pessoas estiverem envolvidas no
informações, visto que apenas um responsável
processo de preenchimento, provenientes de departamentos
e níveis hierárquicos diversificados, maior será a reflexão
pelo preenchimento terá acesso global ao ques-
interna e a representatividade das respostas, garantindo um tionário e aos dados cadastrais. Esse responsável
melhor autodiagnóstico. Não há custo algum. poderá cadastrar usuários do sistema, que acessa-
rão partes delimitadas do questionário com senha
Avaliação e login próprios.

Todos os questionários são tabulados igualmente se- Outra vantagem dessa adaptação é a de propor-
gundo processo de pontuação do Ethos. Não há di- cionar que as empresas utilizem suas respostas ao
ferenciação entre porte ou setor empresarial, exceto questionário para o estabelecimento de metas e
para os já contemplados pelos indicadores setoriais. planejamento de ações.
Após o preenchimento e envio do questionário, o Re-
latório de Diagnóstico de RSE estará disponível na Dica 2
área restrita da empresa. Os dados fornecidos pelas
O Programa Latino-Americano de RSE, que con-
empresas são tratados com a máxima confidenciali-
tará com a participação de: ETHOS + ADEC +
dade, tanto quanto os relatórios de diagnóstico ela-
COBORSE + PERU2021 + CERES + CCRE, for-
borados pelo Instituto Ethos. As empresas a aplicam
mulará um questionário único dos Indicadores
voluntariamente e não há nenhum prêmio, selo ou
para aplicação no país de cada uma dessas orga-
certificado.
nizações. Em cada país haverá ainda um conjunto
de questões específicas de acordo com as realida-
Resultado des locais, essas questões serão complementares
Na versão 2006 foram 642 empresas. Fora do Brasil, ao questionário.
vários países da América Latina já adaptaram os Indi-

87
5.7 ETHOS

Matriz Brasileira de Evidências


de Sustentabilidade
O que é Conteúdo
Análise que relacione aspectos da sustentabilidade A matriz ilustra a correlação entre Fatores de Sus-
com reconhecidos fatores de sucesso nos negócios. tentabilidade (7 colunas) e Fatores de Sucesso
Comercial (6 linhas). A intersecção formada entre
Origem os dois aspectos (linhas e colunas) é a “célula” onde
o empreendedor deve enquadrar sua experiência em
Em fevereiro de 2003 foi publicado o estudo Crian- quatro Graus de Relações (nenhuma, pouca, algu-
do Valor: O business case para sustentabilidade em ma ou muita).
mercados emergentes, versão em português do Deve-
loping Value: The business case for sustainability in O detalhamento de cada célula traz exemplos de casos
emerging markets, resultado de uma parceria entre o de sucesso que comprovam a correlação. Assim, em-
SustainAbility (consultoria britânica de estratégia em- presas que tiverem desenvolvido alguma ação susten-
presarial), o International Finance Corporation – IFC tável e consigam comprovar a correlação desta com
(entidade ligada ao Banco Mundial) e o Instituto Ethos um ou mais fatores de sucesso nos negócios podem
de Empresas e Responsabilidade Social. apresentar seus casos na matriz.

O estudo serviu para mapear riscos e oportunidades Passo-a-passo


para as empresas em suas estratégias de sustentabili-
dade socioambiental. São destacados exemplos de em- Trata-se de uma matriz evolutiva, disponível on-line,
presas da África, Ásia, Europa Central, Europa Orien- onde as empresas podem cadastrar seus casos e analisar
tal e América Latina, mostrando de que forma seus o impacto que uma dada ação tem sobre os aspectos de
esforços em busca da sustentabilidade têm incremen- negócios e sustentabilidade. A matriz foi lançada com
tado seu desempenho nos negócios. Foram analisados casos de negócios de 17 empresas cadastradas.
240 casos, de 176 empresas localizadas em 60 países.
Para submeter um ou mais casos, a empresa deve
A Matriz Brasileira de Evidências de Sustentabilidade, preencher a célula de correlação em que seu caso se
lançada em junho de 2004, proporciona a oportunidade encaixa, observando a coluna (Critérios de Sustenta-
de se realizar um estudo semelhante com o foco espe- bilidade) e a linha (Fatores de Sucesso nos Negócios) e
cífico no mercado brasileiro. Esse estudo utiliza uma fazer o seu cadastro. É necessário mostrar evidências.
matriz de evidências com a mesma estrutura do origi- Esse é o objetivo da matriz.
nal, porém simplificada, para ilustrar a correlação entre
ações sustentáveis e fatores de sucesso nos negócios. A seleção dos casos para a inclusão na matriz é de res-
ponsabilidade de um comitê rotativo, formado por es-
pecialistas e coordenado pelo Instituto Ethos e Unie-
Objetivo thos1, garantindo-se a coerência entre a avaliação e os
O estudo tem por objetivo auxiliar as empresas a critérios previamente estabelecidos na Matriz. Os ca-
compreender as oportunidades, riscos e implicações sos analisados serão enviados pelas empresas ou serão
decorrentes de estratégias de sustentabilidade. A fer- oriundos de fontes públicas, como jornais, revistas ou
ramenta tem o papel de indicar quais ações permitem sites de empresas.
às empresas alcançar seus resultados adotando pro- Trata-se, portanto, de uma excelente oportunidade
cedimentos que fomentem o desenvolvimento sus- de divulgar as ações sustentáveis desenvolvidas, bem
tentável. Além de ferramenta de gestão, a matriz de como alavancar os ganhos de negócios que a própria
sustentabilidade pode servir como instrumento de co- matriz aponta.
municação para as empresas, como um banco de da-
dos com foco específico em sustentabilidade e como
auxílio na escolha por indicadores. Referências
www.ethos.org.br/sistemas/ifc/default.asp
Sumário do estudo para download:
www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/folheto_ifc.pdf www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/folheto_ifc.pdf

1
O UniEthos - Educação para a Responsabilidade Social e o Desenvolvimento Sustentável é uma instituição sem fins lucrativos, fundada por iniciativa do
Instituto Ethos e voltada para pesquisa, produção de conhecimento, instrumentalização e capacitação para o meio empresarial e acadêmico nos temas da
responsabilidade social empresarial e do desenvolvimento sustentável.

88
ETHOS 5.7
Capítulo 5
Américas

Matriz de Critérios Essenciais de RSE


e seus Mecanimos de Indução
O que é III - Proteção das Relações de Consumo
9 - Proteção à saúde e segurança
Matriz que procura identificar um conjunto de crité-
10 - Acesso a informações adequadas Acesso a produtos/
rios essenciais de responsabilidade social empresarial serviços
e os diversos agentes indutores, no Brasil, que contri- 11 - Consumo sustentável
buem para a adoção de práticas de gestão socialmente 12 - Direito ao recurso e à reclamação
responsáveis. 13 - Respeito à privacidade
14 - Educação do consumidor
Origem
IV - Meio Ambiente
O trabalho contou com uma etapa de discussão com 15 - Gestão dos impactos ambientais
stakeholders do projeto, em três oficinas de diálogo, 16 - Redução, reutilização e reciclagem
sob a coordenação do Instituto Ethos. Nesses eventos,
17 - Educação e conscientização ambiental
realizados em 2005, o material preliminar até então
18 - Inovação e tecnologia
produzido foi submetido a empresas, OSCs, entidades
de classe, órgãos do governo federal, empresas estatais V - Ética e Transparência
e outras organizações, envolvendo representantes de 19 - Valores e princípios éticos
21 instituições. Como resultado dos debates, o projeto 20 - Concorrência
foi enriquecido com sugestões e ajustes que, uma vez 21 - Divulgação informações
incorporados, agregaram a visão de diversos segmen- 22 - Cumprimento obrigações fiscais e legais
tos da sociedade, trazendo maior consistência e signi- 23 - Campanhas Políticas
ficado ao trabalho final. 24 - Combate à corrupção

Objetivo VI - Diálogo/Engajamento com Stakeholders


25 - Desenvolvimento ambiental, social e econômico
Os critérios essenciais e a matriz com os mecanismos 26 - Governo e Sociedade
indutores desses critérios constituem uma ferramenta
27 - Comunidade
indispensável à disposição das empresas e das organi-
28 - Cadeia produtiva
zações para incentivá-las e auxiliá-las na mudança de
comportamento gerencial. VII - Governança Corporativa
29 - Boas práticas de governança
Conteúdo
Por fim, é feita uma correlação entre os mecanismos
Trata-se de uma referência para o estabelecimento de de indução que contribuem para a adoção dos 29 cri-
um consenso mínimo quanto às atuais demandas so-
térios essenciais de RSE. Os mecanismos selecionados
cioambientais que os principais atores da sociedade e
variam de (i) abordagens obrigatórias, como é o caso
do mercado estão formulando às empresas pelos mais
diversos meios. da legislação (ii), às voluntárias, auto-regulações certi-
ficáveis e não-certificáveis e (iii) práticas de gestão.
Foram agrupadas 33 fontes de referência (padrões,
normas, ferramentas) em sete áreas temáticas, que, Mecanismos de Indução dos Critérios Essenciais
ilustradas por 809 práticas, produziram 31 temas e 29 Trata-se de fatores que influenciam a adoção dos cri-
critérios essenciais de RSE. térios, podendo ser de natureza obrigatória ou volun-
tária. Apesar de atuarem de forma simultânea, estão
Sete áreas temáticas x 29 critérios essenciais
agrupados na Matriz em quatro categorias, facilitan-
I - Direitos Humanos do sua visualização e compreensão.
1 - Respeito aos direitos humanos. • Legislações
II - Direitos das Relações de Trabalho • Auto-regulações certificáveis
2 - Associação, sindicalização e negociação coletiva • Auto-regulações não-certificáveis
3 - Não-discriminação • Práticas de Gestão
4 - Trabalho forçado
Referências
5 - Trabalho infantil
6 - Educação e desenvolvimento profissional. www.uniethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3707&Alias
7 - Remuneração justa e respeito aos direitos das relações =uniethos&Lang=pt-BR
de trabalho. www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/criterios_
8 - Segurança, saúde e condições de trabalho. essenciais_web.pdf

89
5.8 GIFE
Indicadores GIFE de Gestão do Investimento Social Privado
Grupo de Institutos, Fundações e Empresas - GIFE

País tipo de intervenção da organização investidora:


Brasil a) Organizações Doadoras e
b) Organizações de Intervenção Direta.
O que é
Obs.: As organizações que praticam os dois tipos de
Conjunto de indicadores para avaliação da gestão do intervenção devem responder aos dois blocos.
investimento social da organização.
A primeira parte é composta de quatro blocos, que
Origem organizam os temas mais relevantes para avaliação do
desempenho institucional:
O GIFE é a primeira associação da América do Sul Bloco 1 - Estrutura Decisória
a reunir empresas, institutos e fundações de origem Bloco 2 - Planejamento e Plano de Ação
corporativa ou familiar que praticam investimento so- Bloco 3 - Recursos para o Desenvolvimento do
cial privado — repasse de recursos privados para fins Investimento Social Privado
públicos por meio de projetos sociais, culturais e am-
Bloco 4 - Relacionamentos Externos.
bientais, de forma planejada, monitorada e sistemá-
tica. Tem como objetivo contribuir para a promoção A segunda parte apresenta três blocos, que se repetem
do desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio tanto para as organizações que realizam ações indiretas
do fortalecimento político-institucional e do apoio à como diretas, com questões adaptadas a cada caso:
atuação estratégica de institutos e fundações de ori-
gem empresarial e de outras entidades privadas que Bloco 5a - Processo de Definição do Investimento
realizam investimento social voluntário e sistemático Bloco 6a - Acompanhamento do Investimento
voltado para o interesse público. Bloco 7a - Avaliação do Investimento
Bloco 5b – Processo de Definição da Ação
Objetivo Bloco 6b - Execução da Ação
Bloco 7b – Avaliação da Ação
Os indicadores podem se constituir em ferramenta fun-
damental para a melhoria da gestão das organizações, Passo-a-passo
pois contribuem, entre outros aspectos, para a identifi-
cação de descompassos entre os objetivos, estratégias e O questionário deverá ser respondido pela direção
programas da instituição; geram informações e conhe- executiva ou presidência da organização. Todas as
cimentos que apóiam o processo decisório etc. questões são fechadas e possibilitam respostas exclu-
sivas ou múltiplas.
A opção foi desenvolver um instrumental auto-aplicá-
vel que tem como foco a ação desenvolvida pela orga- Avaliação
nização investidora. Ou seja, as variáveis apresentadas
A cada possibilidade de resposta corresponde uma
para a mensuração foram escolhidas em função de sua
pontuação. Ao final do preenchimento, a organiza-
relevância para o bom desenvolvimento da ação.
ção obterá sua pontuação por blocos de assunto e sua
A resposta ao questionário possibilita a obtenção pontuação total.
do posicionamento das organizações em relação aos
Essas respostas constituirão um ranking, consideran-
principais aspectos de seu processo de gestão, além da
do a pontuação obtida de cada organização associada.
comparação com as demais organizações associadas.
Essa pontuação permitirá que cada organização se
É importante destacar que o instrumental elaborado
compare com o conjunto das demais organizações —
não esgota as numerosas possibilidades de avaliação
associadas ao GIFE. No entanto, as organizações não
institucional. Na verdade, ele pretende ser, acima de
serão, de nenhuma forma, identificadas no ranking de
tudo, um “início de conversa”.
desempenho institucional.
Conteúdo Será possível também a comparação com a pontuação
Trata-se de um questionário de auto-avaliação de de- considerada referência pelo GIFE, ou seja, a que indi-
sempenho institucional composto de duas partes: ca um bom desempenho institucional.
1ª) Estrutura Institucional para o desenvolvimento da Ação Vale ressaltar que as organizações de atuação mista
– que deve ser respondido por todas as organizações terão uma pontuação final para cada tipo de atuação.
investidoras, e
Referência
2ª) Estrutura para o Desenvolvimento da Ação de Investi-
mento Social Privado. Item dividido de acordo com o www.gife.org.br

90
FIDES 5.9
Manual de Indicadores de
Responsabilidade Social das Cooperativas
Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social -
FIDES Sistema Ocesp/Sescoop-SP

“Basta lembrar que o compromisso social solidação, este manual servirá ainda como instrumento
está na essência das cooperativas, já que o de avaliação do estágio das práticas sociais das coopera-
tivas, não consideradas apenas individualmente, como
movimento foi criado para resolver problemas também comparativamente umas com as outras. Além
sociais por meio da ação econômica.” disso, este trabalho também fornece as bases para a ela-
boração de balanços sociais pelas cooperativas.
Evaristo Machado Netto,
presidente do sistema Ocesp/Sescoop. Conteúdo
Questionário organizado da seguinte forma:
• Ética e transparência
PAís • Administração do impacto ambiental
• Relação com a comunidade local
Brasil
• Relação com os cooperados e seus familiares
• Relação com os funcionários e seus familiares
O que é • Relação com os fornecedores
Ferramenta de análise, planejamento e acompanha- • Relação com clientes e consumidores finais
mento das práticas de responsabilidade social das co- • Relação com os poderes públicos
operativas.
Passo-a-passo
Origem O questionário é distribuído gratuitamente. Cada in-
Os Indicadores de RSE das cooperativas foram cria- dicador social é explicado num capítulo especifico do
dos por meio de uma parceria entre o Sescoop/SP e manual para orientar seu preenchimento. Estão pre-
a Fides. A Fundação Instituto de Desenvolvimento vistas atualizações periódicas.
Empresarial e Social (Fides) é uma organização não-
governamental que desde 1986 procura mobilizar a Avaliação
sociedade civil na busca do bem comum, entendido Respondidas as perguntas, a cooperativa deverá passar
como aquele que satisfaz as necessidades de uma co- à classificação de sua situação em um dos quatro níveis
munidade e da sociedade como um todo. de cada indicador. Ao final do manual, encontra-se um
O Sistema Ocesp/Sescoop trabalha em prol do de- formulário para a cooperativa anotar a sua classificação
senvolvimento e da qualificação do cooperativismo em todos os indicadores. Basta juntar entre si, com li-
paulista, que atualmente reúne cerca de mil coopera- nhas retas, a classificação obtida em cada indicador para
tivas. A Organização das Cooperativas do Estado de se ter o perfil social da cooperativa. Esse perfil vai mos-
São Paulo (Ocesp), constituída em 1970, defende e di- trar os seus pontos fortes e seus pontos fracos, podendo,
funde os benef ícios do cooperativismo e seus princí- assim, ser elaborados a estratégia e o plano de ação ne-
pios, promovendo ações de representação, educação, cessários para implantar uma política de RSE.
orientação, comunicação e integração.
Dica
O Sistema Nacional de Aprendizagem do Coopera-
tivismo (Sescoop) foi criado em 1998 com o intuito A publicação Guia Social do Cooperativismo Paulis-
de revitalizar as cooperativas, proporcionando o seu ta - 2005 traduz a preocupação de prestar contas da
aprimoramento via programas de capacitação, asses- atuação socialmente responsável das cooperativas do
soria, consultoria e promoção social. Estado e servirá de estímulo a que outras cooperativas
se engajem e passem a divulgar suas ações sociais.
Objetivo
Fornecer às cooperativas e ao Sescoop/SP uma ferra- Referências
menta de análise, planejamento e acompanhamento de www.fides.org.br
suas práticas de responsabilidade social. Após sua con- www.portaldocooperativismo.org.br

91
Núcleo Andrade Gutierrez de Sustentabilidade

5.10 FDC
e Responsabilidade Corporativa
Fundação Dom Cabral

Instrumento para Avaliação da Sustentabilidade


e Planejamento Estratégico - IASPE
Fundação Dom Cabral - FDC

Pais licamente pelo biograma, que, em seu primeiro nível


de complexidade, descreve a relação mútua de con-
Brasil
tenção de organismos menores em outros maiores, e
vice-versa.
O que é
Voltado para as empresas em geral, o biograma tem
Este Instrumento sintetiza a compreensão histórica e
a forma de círculos concêntricos, expressando di-
das tendências futuras (estado da arte) de articulação
mensões de organismos do mais central para o mais
entre os conceitos e práticas sobre Sustentabilidade e
abrangente, na seguinte ordem: indivíduo, organiza-
Planejamento Estratégico (SPE), possibilitando, dessa
ção, mercado, sociedade e planeta.
maneira, o estabelecimento de uma pauta para o en-
contro entre as premissas do movimento pelo desen- Tratando-se do biograma orientado para sustentabili-
volvimento sustentável e a função de planejamento dade e planejamento estratégico (SPE), genericamen-
nas organizações. te, a ordenação dos organismos em círculos concên-
tricos assume a configuração: sustentabilidade e PE;
Origem diretoria executiva; conselho de administração, orga-
nização, mercado, sociedade e planeta (figura 1).
O IASPE é o resultado do projeto de pesquisa reali-
zado em 2007 pelo Centro de Referência em Gestão
Objetivo
Responsável para a Sustentabilidade, da Fundação
Dom Cabral, que congrega um seleto grupo de gran- O instrumento tem por finalidade aferir o nível de so-
des empresas brasileiras e multinacionais. Sua missão fisticação da SPE que está sendo praticado na organi-
é desenvolver posturas de gestão para a sustentabilida- zação, permitindo, com essa informação, um melhor
de, que agreguem ao país e ao mundo. Para a elabora- posicionamento estratégico da empresa com relação
ção deste instrumento, foram realizadas investigações ao tema, no sentido de promover a sua longevidade,
teóricas e práticas, compreendendo pesquisas biblio- em consonância com a sustentabilidade dos merca-
gráficas, participação em eventos afins, envolvendo dos, sociedade e recursos naturais envolvidos.
instituições especializadas que estão desenvolvendo
e adotando práticas referenciais de sustentabilidade e
Conteúdo
de governança corporativa, que apontam para a ne-
cessidade de se adequar a função de PE ao movimento O instrumento está estruturado com base no biograma
pelo desenvolvimento sustentável. da SPE. Para cada organismo há uma série de pergun-
tas abordando itens que identificam o nível de perme-
Conceitualmente, o modelo que vem baseando as ini-
abilidade da função de governança à sustentabilidade,
ciativas do Centro de Referência está pautado em uma
que devem ser avaliados dentro de uma escala que vai
tríade que compreende: Gestão Responsável para a
de 0 a 4, cuja gradação significa: 0 = não se aplica (o
Sustentabilidade — gestão das funções gerenciais com
item não se aplica em função do porte da empresa ou
foco na sustentabilidade; Organizações Conscientes
de alguma outra razão); 1 = inexistente (não existe a
— percepção orgânica e humanamente consciente da
intenção de se adequar ao item); 2 = existe a intenção
realidade viva das organizações, e Pensamento Bios-
de se adequar ao item; 3 = parcialmente adequado (fal-
sistêmico — exercício da percepção, reflexão e elabo-
ta sistematizar alguns processos); 4 = adequado (pro-
ração de atitudes e ações, pautadas no reconhecimen-
cessos plenamente sistematizados). Essa escala mede
to de princípios naturais.
a aplicabilidade da pergunta em relação à realidade da
Para a compreensão do envolvimento entre sustenta- empresa e o nível de internalização do item avaliado.
bilidade e planejamento estratégico, utilizou-se esse
“Pensamento Biossistêmico”, que identifica a dinâmica A expressão “Conselho de Administração” (CA) é
vital presente nas organizações em suas interações in- utilizada no IASPE. Para aquelas empresas que não
ternas e externas. Essa lógica é representada simbo- possuem um CA, devem entender como o órgão de

92
Capítulo 5
Américas
FDC 5.10

governança corporativa mais alto. Esta lógica se aplica


a todas as estruturas de governança que não estejam
Figura 1 formalmente oficializadas na empresa, ou seja, deve
Biograma Organizacional ser feito um paralelo entre a estrutura citada e a que
mais se aproxima da realidade da empresa.
Sustentabilidade e
Planejamento Estratégico (SPE)
Passo-a-passo
Para se responder ao IASPE, deve-se eleger um ou
mais profissionais especializados nos temas em ques-
tão, e do nível estratégico.

Uma vez respondido ao questionário, analisar as res-


postas e identificar as principais lacunas quanto à ade-
quação do planejamento à sustentabilidade.

Dependendo da realidade da empresa, planejar as


ações de adequação da função de PE que vão ao en-
contro dos interesses da organização e das partes in-
teressadas diretamente envolvidas, dentro de um en-
foque estratégico.

Resultados
Os resultados que podem ser associados diretamente
com a utilização deste instrumento são:
• Promoção da longevidade do empreendimento;
• Adequação do PE aos preceitos da sustentabilidade;
• Possibilidade de a organização se tornar referência no
Sustentabilidade e tema.
Planejamento Estratégico
Uma organização pode se tornar referência em algum
Diretoria Executiva aspecto da SPE, por meio de reconhecimentos for-
mais, como prêmios de grande repercussão, notorie-
Conselho de Administração dade na mídia especializada, convite em eventos ofi-
ciais de instituições renomadas para apresentação de
Organização experiências e/ou recebimento de homenagens espe-
ciais, e relatos de cases em publicações de prestígio.
Mercado
Referência
Sociedade www.fdc.org.br
OBS.: As empresas que compuseram o Centro de Referência em
Planeta
Gestão Responsável para a Sustentabilidade da FDC no desenvolvi-
mento dos trabalhos são: Anglogold Ashanti, Construtora Andrade
Gutierrez, Sadia, TIM, Souza Cruz, Banco Itaú, Banco Real, Arcelor
(Belgo Mineira e CST) e Philips.

93
5.11 ACCIÓN

Indicadores de Responsabilidade
Social Corporativa
Acción Empresarial - ACCIÓN

País 4. Compromisso com a comunidade


5. Marketing responsável
Chile
Além de perguntas quantitativas e dissertativas, a
maioria das respostas apresenta seis opções:
O que é
• Muito em desacordo
Os Indicadores de Responsabilidade Social Corporativa • Desacordo Moderado
são uma ferramenta prática que permite às empresas • Leve Desacordo
avaliar o nível de desenvolvimento de suas estratégias, • Leve Acordo
políticas e práticas nos distintos âmbitos que envolvem • Acordo Moderado
a responsabilidade de um “bom cidadão corporativo”. • Muito de Acordo
• Não se aplica
Origem Após a aplicação do questionário, uma análise dos re-
O documento, realizado com o apoio da Fundação sultados individuais por área é calculada também pela
Ford e elaborado pela Escola de Administração da própria empresa. Para que a empresa obtenha dados
Pontif ícia Universidade Católica do Chile, sob res- comparativos com outras empresas, ela deve enviar
ponsabilidade da Acción RSE, constitui a primeira todos os seus resultados à Acción Empresarial.
ferramenta de avaliação real, no Chile, do trabalho so-
cialmente responsável que as empresas desenvolvem Observação
diariamente. Foram editados em 2001.
A empresa associada pode também contar com As
A Acción Empresarial é organização sem fins lucra- Ferramentas de Diagnóstico de RSE, que se destinam
tivos criada no âmbito empresarial para promover a a todas as empresas que desejam dispor de ferramenta
responsabilidade social das empresas que operam no específica, e adaptada à realidade nacional, para ava-
país. A organização foi fundada em maio de 2000, liar o estado de integração da responsabilidade social
como iniciativa do setor privado chileno e, desde suas empresarial em seu negócio. A aplicação permite clas-
origens, foi impulsionada pelo Business for Social Res- sificar as práticas da empresa em um índice que varia
ponsibility (BSR-USA) e pela Fundación Generación de +1 a -4. A avaliação possibilita ainda considerar se
Empresarial, que conta com o patrocínio da Confede- a RSE está integrada à organização.
ración de la Producción y del Comercio (CPC).
Esta ferramenta de diagnóstico foi desenvolvida duran-
te o ano de 2005 por Acción RSE em conjunto com a
Objetivo consultoria Gestión Social sobre a base da atualização
dos “Indicadores de RSE”. O instrumento foi testado
A ferramenta permite a auto-avaliação das empresas e
em sete empresas por meio de uma experiência piloto.
comparação em diversos tópicos com outras compa-
As empresas que solicitam a aplicação desta ferramen-
nhias do setor, de modo a aprimorar e potencializar as
ta podem participar do estudo de benchmark que se
práticas empresariais.
realizará anualmente com as empresas avaliadas por
este sistema. Além disso, as empresas podem solicitar
Conteúdo a Acción RSE um informe qualitativo sobre as áreas a
serem fortalecidas, para avançar no campo da RSE.
O questionário propõe cerca de 200 perguntas dividi-
das em cinco itens: Referências
1. Ética empresarial www.accionrse.cl
2. Qualidade de vida no trabalho www.accionrse.cl/app01/home/pdf/documentos/
3. Meio ambiente Indicadores.pdf

94
PROHUMANA 5.12

Manual de RSE para PME’s


Fundación Prohumana - PROHUMANA

Conteúdo
O manual de RSE para PMEs foi concebido
como uma ferramenta que permite às Este Manual contempla seis das oito dimensões:
pequenas e médias empresas incorporar • Valores e Coerência,
a Responsabilidade Social de maneira • Público Interno,
estratégica e organizada na sua gestão. • Fornecedores,
• Consumidores,
[Objetivo] • Comunidade e
• Meio Ambiente.

País As dimensões Aprendizagem e Relações Trissetoriais


se integram de maneira transversal ao conteúdo das
Chile
seis dimensões antes mencionadas, de maneira a faci-
litar sua implementação.
O que é
O Manual está orientado precisamente para as peque- Cada empresa deve incorporar progressivamente
nas e médias empresas chilenas, que aspiram a adotar estes aspectos. A definição de áreas de gestão per-
de maneira gradual estratégias de responsabilidade mite organizar e administrar de maneira eficiente
social que as levem a alcançar melhoras em sua gestão seus recursos humanos e econômicos, além de gerar
e obter um desenvolvimento humano sustentável. sistemas de avaliação e informação de seu desem-
penho.
Origem
Depois se apresentará a descrição dos componentes
A Fundação PROhumana dedica-se há dez anos ao
de cada dimensão, com uma definição de seu signifi-
desenvolvimento de uma cultura de Responsabilidade
cado, seus requisitos legais, as formas de implementar
Social no Chile e na América Latina. Como parte de
a RSE e sua avaliação.
seu trabalho, desenvolveu uma série de instrumentos
e metodologias que ajudam as empresas, organizações Além disso, é possível realizar um autodiagnóstico
da sociedade civil e repartições estatais a adotar uma da situação atual da empresa em cada subdimensão
gestão de responsabilidade social. Junto à Confede- e planejar as práticas que devem ser realizadas. É im-
ração da Produção e do Comércio, desenvolveu uma portante levar em conta que as ações que são suge-
ferramenta específica para o setor.
ridas neste trabalho podem ser complementadas por
iniciativas próprias de cada empresa que fortalecem
Objetivo as indicadas.
O manual de RSE para PMEs foi concebido como uma
ferramenta que permite às pequenas e médias em- O manual contém ainda um plano estratégico para
presas incorporar a Responsabilidade Social de ma- implementar práticas de responsabilidade social em-
neira estratégica e organizada na sua gestão. Através presarial em cada uma das cinco dimensões.
de uma linguagem simples e explicações práticas, este
Manual busca integrar em igualdade de condições as Referências
PMEs na educação de RSE, por meio de processos de
aprendizagem que permitam formar os líderes em- www.prohumana.cl
presariais do país. www.prohumana.cl/documentos/guiarse.pdf

95
5.13 RI

Sistema de Gestión de
Responsabilidad Integral® - SGRI
Responsabilidad Integral® - RI

País para o desenvolvimento das comunidades locais e da


sociedade em geral.
Colômbia
2.Práticas Gerenciais e o Sistema de Gestão RI
O que é São manuais gerenciais para a estruturação e adminis-
tração das atividades e operações da empresa, orienta-
É um conjunto de instrumentos que permite admi- dos para facilitar a mudança de atitudes e aptidões, a fim
nistrar, com um enfoque mais sistemático, os esforços de garantir o êxito da aplicação dos princípios diretivos.
necessários para atingir, com êxito, o desenvolvimento
sustentável e a responsabilidade social dos negócios.
Nº de Práticas Nº de Atividades-
Código
Origem Gerenciais chave

Responsabilidad Integral® foi desenvolvida pela Aso- 1. Preparação da


comunidade para 19 53
ciación Canadiense de Productores Químicos (CCPA)
resposta a emergências.
em 1985 com o nome Responsible Care® e, desde aquele
ano, expandiu-se pelos cinco continentes. Atualmente, 2. Distribuição e transporte 19 70
52 países estão implementando esta iniciativa. 3. Segurança do processo 20 63

Responsible Care® foi adotada oficialmente na Colôm- 4. Proteção ambiental 11 37


bia em 1994 por 36 das mais importantes empresas 5. Acompanhamento
12 52
do país, com o respaldo do então presidente da Re- do produto
pública, César Gaviria Trujillo, sob a denominação de 6. Segurança e saúde
24 82
Responsabilidad Integral®. dos trabalhadores
7. Segurança física
13 46
Objetivo da informação
Total 118 403
É um modelo que permite às empresas membros im-
plementar seus Princípios Diretivos e os Códigos de
Práticas Gerenciais – CPGs, juntamente como os de-
mais elementos fundamentais desta iniciativa: Acom- Estes manuais contêm um conjunto de boas práticas
panhamento Permanente e Auto-avaliação dos Avan- em sete frentes de trabalho, com 118 práticas e 403
ços, Indicadores de Desempenho, Verificação, Ajuda atividades-chave, distribuídas desta forma:
Mútua e Relações com a Comunidade, de forma co-
erente e harmônica com outros sistemas de gestão, 3. Acompanhamento e Auto-avaliação
como ISO 9000, ISO 14000, OHSAS 18000, BASC, É um sistema formal que permite às empresas me-
SA 8000. Estes instrumentos denominados Elementos dir periodicamente seu avanço na implementação da
Fundamentais permitem que a Responsabilidade Inte- Responsabilidad Integral® e estabelecer metas cada
gral opere como um ciclo de melhoramento contínuo
vez mais exigentes. É um instrumento de planejamen-
Planejar-Fazer-Verificar-Atuar, ou como um sistema
to para as empresas e para as diretrizes de Respon-
de gestão, cuja incorporação e aplicação se dá de for-
ma gradual e de longo prazo. sabilidad Integral®, que permite identificar os pontos
fortes das empresas e as oportunidades de melhoria
Conteúdo para estruturar ações, planos e programas para moti-
vá-las e apoiá-las.
1.Princípios Diretivos
São as políticas que orientam e comprometem a em- O processo de Responsibilidade Integral®-Colômbia
presa a melhorar continuamente seu desempenho na conta com um Manual para o Acompanhamento e
proteção das pessoas e do meio ambiente e contribuir Auto-avaliação que descreve o alcance de cada prá-

96
Capítulo 5
Américas RI 5.13

tica, define o conceito de prática cumprida para cada de verificação, guias de verificação para a empresa
uma e estabelece as atividades-chave que devem ser participante e para os auditores e observadores. As
realizadas para alcançar o cumprimento e fixa os ní- empresas são verificadas por uma equipe interna in-
veis e etapas de implementação através de critérios tegrada por representantes das entidades do governo
claramente estabelecidos. (especialmente os Ministérios do Ambiente, Saúde,
Trabalho, Transporte e do Interior), da comunida-
4. Indicadores de Desempenho
de e das demais partes interessadas e das empresas
São instrumentos para medir e relatar os avanços na aderentes, das entidades coordenadoras e do líder da
implementação do processo de responsabilidade in- verificação.
tegral, tanto no seu interior (entidades que o apóiam
em nível nacional e internacional) como em relação à 8. Nome e Logo RI
comunidade. Responsabilidade Integral é identificada através de
um logotipo constituído por mãos e moléculas que
5. Ajuda Mútua
transmitem a mensagem de um manejo cuidadoso
É o apoio por meio do qual as empresas, preservan- das substâncias químicas. Este logo é insígnia adotada
do a propriedade intelectual e os segredos industriais, pelo Conselho Internacional de Associações Quími-
compartilham suas experiências e sucessos na imple- cas (ICCA), entidade responsável pelo Responsible
mentação dos compromissos de Responsabilidade Care® em nível mundial, para identificar tanto as as-
Integral, fomentando o avanço naquelas outras que
sociações e federações, como as empresas membros
iniciam o processo e fortalecendo as avançadas.
que a implementam em seus diferentes países. O logo
6. Painéis de Consulta Pública é uma marca registrada e como tal há restrições para
seu uso. Na Colômbia, ela vem acompanhada pelo
São fóruns para estabelecer um diálogo aberto e
lema “Um compromisso social e ambiental com o de-
transparente entre os representantes das comunida-
senvolvimento sustentável”.
des vizinhas, as empresas que fazem parte do progra-
ma, entidades governamentais e demais partes inte-
ressadas, além de representantes da alta gerência das Resultados
empresas. O objetivo é aproximar estes atores para
dividir inquietações relacionadas com Segurança, Reconhecimento Internacional
Saúde e Ambiente, e construir respeito mútuo e cre- O Fórum Econômico Mundial reconheceu a con-
dibilidade. Os participantes destacam a participação tribuição do Responsible Care ao Desenvolvimento
e interação empresa—comunidades—autoridades, a Sustentável com base nos resultados do trabalho de-
utilidade e a importância dos temas tratados e tam- senvolvido pelas empresas nos 52 países onde esta
bém a preparação das empresas no enfrentamento iniciativa foi implementada. Por esta razão, o núme-
de emergências. ro de empresas que implementaram esta iniciativa
como um dos 76 parâmetros que utilizam as uni-
7. Verificações versidades de Yale e Columbia para calcular o Índi-
É o conjunto de conceitos, meios e instrumentos que ce de Sustentabilidade Ambiental. Este índice mede
servem o processo de Responsabilidad Integral® Co- anualmente a capacidade dos países de proteger o
lômbia para confrontar de maneira formal e sistemá- ambiente.
tica os resultados da auto-avaliação, a implementação
dos Códigos de Práticas Gerenciais, o cumprimento
Referência
de metas e apropriação concreta dos princípios di-
retivos. Este sistema conta com um manual geral http://responsabilidadintegral.org

97
5.14 CCRE
Índice CCRE
Centro Colombiano de Responsabilidade Empresarial - CCRE

País 3. Cultura Organizacional


Colômbia 4. Comunicação
5. Prestação de contas
O que é 6. Relação de trabalho
O Índice CCRE é uma ferramenta que avalia o estado 7. Valores Corporativos
das práticas de Responsabilidade Social que desenvolve 8. Políticas Éticas
a empresa com seus grupos de interesses e a congruên- 9. Gestão Ética
cia de seus processos, políticas e princípios corporativos 10. Mercado Socialmente Responsável
dentro de esquemas de gestão socialmente responsáveis. 11. Cadeia de fornecedores e terceirizados
12. Relações com a concorrência
Origem
13. Redes Empresariais
O Centro Colombiano de Responsabilidad Empresa-
14. Integração com a Comunidade
rial – CCRE é uma organização não-governamental
15. Responsabilidade com o Estado
sem fins lucrativos, que, desde 1994, quando nasceu
por iniciativa e apoio da Fundação Social e da Funda- 16. Gestão de Resíduos
ção Interamericana (IAF), vem trabalhando na inves- 17. Conservação de Recursos
tigação, no desenvolvimento e na promoção da RSE. 18. Produção Limpa

Objetivo Passo-a-passo
O Índice CCRE é uma ferramenta para a gestão em- Este Índice é aplicado diretamente nas organizações
presarial que possibilita, a partir de seus resultados, a interessadas em medir sua gestão de RSE.
construção e o fortalecimento das ações de responsa-
bilidade social que se desenvolvem perante cada um A aplicação do Índice CCRE faz-se em quatro passos:
dos grupos que interagem com as empresas. Em con- • Fase de Percepção. Realiza-se uma medição do
clusão, o Índice CCRE permite: imaginário ou percepção que tem os grupos de interesse
internos sobre a organização (auto-avaliação).
• Identificar, caracterizar e avaliar o desempenho da
organização referente à gestão da sua Responsabilidade • Fase de Verificação. Realiza-se uma verificação e
avaliação do cumprimento das políticas, programas,
Social e qualidade de impacto de suas práticas.
processos e práticas de RSE perante os diferentes grupos
• Definir a congruência de suas políticas, processos e com os quais a empresa interage.
princípios corporativos dentro de esquemas de gestão • Fase de Valoração. É uma avaliação do impacto,
socialmente responsáveis. sustentabilidade, integralidade, qualidade, aceitabilidade
e confiabilidade das práticas de RSE desenvolvidas pela
A partir dos resultados obtidos com a aplicação do Ín- empresa.
dice CCRE, a empresa poderá:
• Fase de Focalização. Identificam-se e priorizam-se as áreas
• Construir ou reorientar sua estratégia de negócio de trabalho sobre as quais devem fundamentar-se a gestão
diante da Responsabilidade Social. da responsabilidade social. Constroem-se os alinhamentos
• Definir o sentido, propósito e compreensão sobre básicos para que a empresa fortaleça seu plano de RSE.
o que RSE deve ter, a organização e seus membros.
Na qualificação geral a empresa obtém a possibilida-
• Fortalecer os aspectos mais vulneráveis em de de optar pelo Sello CCRE, selo de excelência em
matéria de RSE.
RSE, se a qualificação for significativa, evidenciando
• Alinhar e integrar as práticas de RSE em toda a implementação de políticas, programas e práticas
a organização.
destacadas de RSE em seus modelos de gestão, aten-
• Ser mais competitiva. dendo integralmente e com altos níveis de qualidade
às expectativas e necessidades dos diferentes grupos
Conteúdo
com os quais a empresa interage.
A ferramenta propicia uma compreensão da situação
da responsabilidade social na organização em suas Referências
cinco dimensões (entorno organizacional, auto-regu- www.ccre.org.co
lação, mercado, comunidade e meio ambiente), por www.ccre.org.co/índiceccre.htm
meio da avaliação das práticas e dos processos que gi-
ram em torno do 18 aspectos que a CCRE identificou Resultados do estudo Línea de base sobre Responsabilidad
Social Empresarial en Colombia 2006 realizado por CCRE e
dentro de uma gestão socialmente responsável.
Ipsos-Napoleón Franco, encontra-se no seguinte link:
1. Governança Corporativa www.ccre.org.co/CCRE-%20ESTUDIO%20DE%20LINEA%
2. Direção Estratégica de RSE 20DE%20BASE%202006.pdf

98
CERES 5.15
Indicadores de Responsabilidade Social
Consorcio Ecuatoriano para la
Responsabilidad Social - CERES

O Consórcio Equatoriano para a Responsabilidade Social


- CERES é uma rede de organizações que promove o
conceito e práticas de responsabilidade social no Equador.
[Objetivo]

País • Guia prático


Equador Este documento é um serviço de consultoria para or-
ganizações interessadas em manter, criar ou fortalecer
seus programas de responsabilidade social.
O que é
Indicadores que permitam quantificar o grau de res-
ponsabilidade social das empresas, fundações, univer- Conteúdo
sidades, entre outras organizações. Não disponível

Origem Referência
O Consórcio Equatoriano para a Responsabilidade www.redceres.org
Social - CERES é uma rede de organizações que pro-
move o conceito e práticas de responsabilidade social
Observação
no Equador.  O Consórcio iniciou suas atividades em
Certificação em responsabilidade social - Atualmen-
1998 quando a Fundación Esquel del Ecuador e o
te, o Ceres trabalha para criar um mecanismo que
Instituto Synergos de Estados Unidos desenvolveram
permita conceder uma certificação em responsabi-
uma série de reuniões e eventos de capacitação para lidade social. A certificação assegurará que a orga-
promover e fortalecer a responsabilidade social do se- nização segue interna e externamente princípios de
tor filantrópico equatoriano. responsabilidade social.

Objetivo
A proposta do Ceres é desenvolver ferramentas que
atendam às necessidades das organizações que pre-
tendem incorporar a RSE, como:

• Diagnóstico de base
O Ceres desenvolveu um diagnóstico da responsa-
bilidade social para avaliar o comportamento das
organizações e empresas equatorianas. O resultado
permitirá que as diferentes organizações tenham uma
estratégia de próximos passos a ser desenvolvida em
suas atividades.

• Indicadores
O desenvolvimento de uma série de indicadores que
permitem quantificar o nível de responsabilidade so-
cial das empresas, fundações, universidades, entre ou-
tros, é indispensável para a realidade do Equador.

99
5.16 DERES

Manual de Autoevaluación de la
Responsabilidad Social Empresarial
Desarrollo de la Responsabilidad Social - DERES

País 1. Sim (sempre)


2. Às vezes
Uruguai
3. Não (nunca)
4. Não corresponde, não se aplica ao nosso caso
O que é
Indicadores de Responsabilidade Social Empresarial. Uma vez respondido ao questionário de cada área,
deverá calcular-se a média do mesmo, que se obtém
somando-se a pontuação total de acordo com a opção
Origem
(3, 2 ou 1) marcada em cada pergunta, dividindo-a en-
DERES reúne as principais empresas e empresários tre a quantidade de perguntas efetivamente respondi-
uruguaios que buscam desenvolver a Responsabili- das. Não se deve levar em conta as perguntas que não
dade Social das Empresas, tanto do ponto de vista foram respondidas (N/C).
conceitual como de sua aplicação prática, demons-
Por fim, a empresa responde ao questionário de Auto-
trando ao empresariado do Uruguai como se alinhar
avaliação do WBCSD (apresentado anexado ao ques-
às melhores práticas da gestão de uma organização
tionário). Este questionário de auto-avaliação vem do
empresarial.
documento Corporate Social Responsibility: making
good business sense publicado pelo World Business
Objetivo Council for Sustainable Development e aponta o
O Manual de Auto-avaliação da Responsabilidade quanto uma organização está comprometida com a
Social Empresarial tem sido desenvolvido e pensado Responsabilidade Social Empresarial.
como ferramenta que facilita as empresas a efetuar
um olhar introspectivo sobre seu desempenho nas Referências
distintas áreas da RSE. Pretende responder à pergun-
www.deres.org.uy
ta: Qual é o nível de desenvolvimento que a empresa
www.deres.org.uy/paginas/pdf/Manual_Autoevaluacion.pdf
tem em relação à RSE?

Conteúdo
DERES definiu as seguintes cinco áreas de RSE, ava-
liadas como indicadores do nível de desenvolvimento
da RSE de uma empresa.
• Condições de Ambiente de Trabalho e Emprego
• Marketing Responsável
• Proteção ao Meio Ambiente
• Apoio à Comunidade
• Valores e Princípios Éticos

Além de perguntas quantitativas, o questionário traz


uma centena de perguntas para as quais há quatro op-
ções de resposta.

100
PERU 2021 5.17

Modelo de Responsabilidade Social Peru 2021


Peru 2021

País Finalmente, são descritas diferentes iniciativas por


meio de exemplos práticos, reais, de diversas empre-
Peru
sas locais e internacionais.
O que é
Passo-a-passo
O Modelo de Responsabilidade Social do Peru 2021 é O modelo de RS do Peru 2021 tem a seguinte estrutura:
uma ilustração prática da aplicação da Responsabilidade
Social, que inclui uma revisão do conceito de RS, as ações - Conceito de Responsabilidade Social
que devem ser executadas pela empresa junto a cada um - Por que as empresas devem ser socialmente responsáveis?
dos seus stakeholders ou grupos de interesse, e os be- - Modelo
nefícios gerados por estas ações, tanto para o grupo de o Apresentação de stakeholders ou grupos de interesse
interesse impactado como para a própria empresa. (acionistas, colaboradores, fornecedores, clientes,
comunidade, governo, meio ambiente)
Origem o Ações (por stakeholder)
o Benefícios (por stakeholder)
É a entidade que representa o World Business Coun-
cil for Sustainable Development (WBCSD) no Peru. - Motivações para que a empresa realize a
responsabilidade social
Nascida em 1994, Peru 2021 tem a missão de criar uma
o Internas
Visão País, de tal forma que seu desenvolvimento tenha
uma direção para a qual se concentrem todos os esfor- o Externas
ços. É iniciativa de um grupo de importantes empresá- - Passos a seguir para iniciar sua implementação:
rios peruanos que crêem no papel da empresa dentro do - Identificar e comprometer o mais alto nível da empresa
desenvolvimento sustentável do país. A responsabilida- para que aposte numa gestão com RS.
de social torna-se a ferramenta para chegar a esta dita - Incorporar a RS no modelo de gestão da empresa
(missão, visão e objetivos)
Visão País.
- Realizar o Diagnóstico Inicial - Aplicação de Indicadores
de RS Peru 2021.
Objetivo
- Priorizar os grupos de interesse a trabalhar.
O objetivo do modelo de responsabilidade social é - Estabelecer mecanismo de diálogo com os grupos de
constituir-se como uma ferramenta de trabalho útil interesse.
para a aplicação da metodologia dentro das empresas. - Desenvolver a estratégia de RS.
Peru 2021 procura fazer com que as empresas enten- - Criar o Grupo Estratégico de Responsabilidade Social.
dam seu papel como agente de mudança dentro da so- - Executar o plano de ação de RS.
ciedade e os benef ícios que a responsabilidade social - Avaliar os resultados.
pode gerar dentro das organizações. Mesmo assim, - Implementar medidas corretivas.
busca-se fazer com que as empresas compreendam
como suas ações impactam não somente dentro de Resultados
suas organizações, mas também a um grupo de in- Atualmente Peru 2021 conta com o apoio de mais de
teresses que se deve levar em conta no processo de 50 empresas peruanas que estão trabalhando com o
tomada de decisões. modelo desenvolvido pela organização. Peru 2021
O modelo constitui um perfeito complemento atuali- realiza, todos os anos, um concurso de projetos de
zado e prático, com o marco teórico apresentado no responsabilidade social das empresas, dividido por
El ABC de la Responsabilidad Social Empresarial en cada um dos sete grupos de interesse do modelo. Este
el Perú y en el Mundo. concurso que vem se realizando nos três últimos anos
incrementou a participação de empresas que usam o
Conteúdo modelo do Peru 2021 para definir os grupos de inte-
resse e os principais indicadores de medição.
Neste modelo apresenta-se e sugere-se uma revisão
rápida do conceito de RS, as ações a seguir por parte Referências
da empresa por cada um dos seus grupos de interesse,
os benef ícios gerados a partir dessas ações, tanto para www.peru2021.org/nuevo/cont/modeloRS.htm
a empresa como para cada stakeholder. www.peru2021.org

101
5.18 AED

Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial para Costa Rica
Associação Empresarial para o Desenvolvimento - AED

País 1. O contexto nacional através da identificação dos


principais problemas que afetam a sociedade costa-
Costa Rica riquenha e o desenvolvimento do setor privado local;
2. As tendências internacionais de RSE;
O que é 3. A ferramenta devia ter caráter científico e de relevância
direta para o setor privado, do ponto de vista da perspectiva
Ferramenta de autodiagnóstico que tem o intuito de de benefícios que poderia gerar para as empresas.
rever a gestão da empresa em cada uma das áreas que
demanda uma conduta socialmente responsável. Mesmo assim, o desenho do modelo foi acompanha-
do de processos de consulta com o objetivo de ser va-
Origem lidado junto a distintos públicos de interesse.

Esse projeto é uma iniciativa da AED - Associação de São oito categorias sobre as quais a empresa deverá
Empresários para o Desenvolvimento e contou com o focar-se de maneira integral para alcançar uma con-
apoio financeiro da Fundação Hivos, da Holanda. O duta de responsabilidade para com a sociedade onde
manual é resultado de uma investigação realizada pelo opera. As seis categorias definidas são:
INCAE, a qual foi acompanhada por um processo de 1. Transparência, valores e práticas anticorrupção;
consulta com diferentes públicos de interesse local. 2. Colaboradores;
3. Públicos de interesse-chave (clientes, fornecedores e
A AED é organização empresarial sem fins lucrativos comunidade);
que promove a Responsabilidade Social Empresarial
4. Meio ambiente;
na Costa Rica. Difunde uma nova cultura de RSE, que
5. Fortalecimento Institucional;
permite — por meio da participação direta, do volun-
6. Sustentabilidade econômica;
tariado, de alianças e fortalecimento de instituições
sem fins lucrativos — fomentar o desenvolvimento 7. Consumidores;
humano sustentável no país. 8. Fornecedores.

Objetivo Passo-a-passo

O propósito desse manual é servir como guia e parâ- Os indicadores tipo 1 foram definidos para que as em-
metro de medição das empresas costa-riquenhas, de presas avaliem seu desempenho ao longo do tempo
e como método de registro de informação necessária
tal modo que permita auto-avaliarem-se em diferen-
para tomada de decisões.
tes áreas que englobam a responsabilidade social.
Os indicadores tipo 2 permitem que as empresas se en-
O modelo estabelece oito categorias sobre as quais a em- quadrem em uma dos quatro estágios apresentados.
presa deverá focar-se de maneira integral para alcançar
Nos últimos meses de 2004, AED desenvolveu um me-
uma conduta socialmente responsável. É acompanhado
canismo para analisar e processar as informações das
de uma ferramenta de auto-avaliação que permite que
empresas que completaram o manual. O objetivo é que
as empresas mapeiem suas práticas de RSE e orientem as companhias, que assim o desejarem, possam compa-
suas políticas em direção a um projeto de RSE. rar seu desempenho na área de RSE com outras empre-
Baseado nos resultados dessa avaliação pretende-se sas em escala nacional ou com patamares internacionais
estabelecidos para determinada indústria e atividade.
motivar as empresas para que tomem medidas para
AED realiza esses estudos comparativos sob estrita con-
incorporar práticas de RSE dentro de seu planejamen- fidência e apresenta às empresas um informe sobre o
to estratégico e possam, assim, desenhar mecanismos desempenho da empresa em relação à área de RSE.
para monitorar o seu desempenho.
Referências
Conteúdo
www.incae.edu/ES/clacds/nuestras-investigaciones/pdf/903_
O desenvolvimento conceitual do modelo de RSE leva ManualindicadoresRSECR.pdf
em consideração os seguintes aspectos-chaves: www.aedcr.com

102
FUNDEMAS 5.19

Auto-Avaliação de Práticas de
Responsabilidade Social Empresarial
Fundación Empresarial para La Acción Social - Fundemas

País presa para garantir a disponibilidade das informações


El Salvador completas, o que também motivará o envolvimento
do pessoal neste processo.
O que é
Conteúdo
Indicadores de RSE
A avaliação inclui perguntas fechadas e de múltipla
Origem escolha. Áreas de RSE na auto-avaliação são:
A Fundación Empresarial para la Acción Social, Fun- 1. Princípios, valores éticos e governabilidade;
demas, nasceu em maio de 2000, com o objetivo de 2. Local de trabalho e direitos humanos;
3. Meio ambiente;
contribuir para o desenvolvimento econômico e social
4. Mercado Responsável;
de El Salvador, mediante o fortalecimento da Respon-
5. Comunidade;
sabilidade Social da Empresa Privada, da promoção da 6. Política pública e
Filantropia Empresarial e do Fomento dos Comporta- 7. Fornecedores.
mentos Empreendedores.
A Fundemas trabalha com três programas, que pre- Passo-a-passo
tendem facilitar o desenvolvimento de valores sociais Este formulário de auto-avaliação tem como base a pes-
e de uma cultura empresarial de acordo com as exi- quisa Responsabilidade Social da Empresa Privada em
gências e desafios que apresenta a globalização das El Salvador, elaborada e analisada pela Fundemas em
economias. Muitas das atividades são levadas a cabo 2002, com uma amostra de mais de 450 empresas na-
com o apoio de voluntariado que solidariamente bus- cionais. Assim, em cada pergunta, encontrará o valor
cam contribuir e apoiar com tempo, talento e recursos correspondente à média nacional para o ano de 2003,
em favor do desenvolvimento social. que ajudará a identificar a tendência das empresas do
Os três programas da Fundação são: país com respeito a uma prática ou situação específica.
EMPRESAL - Empresa Salvadoreña para la Responsabi- Análises dos resultados
lidad Social.
É solicitado às empresas, ao completar o formulário,
EMPRETEC - Programa para el Desarrollo de Empren-
que remetam os resultados à Fundemas (via fax ou
dedores.
correio eletrônico) para atualizarem as médias e as
FIDES - Fondo para Iniciativas de Desarrollo Educativo
análises das tendências nacionais.
de El Salvador.
• Fundemas garante que todas as informações coletadas se
Objetivo processarão de forma estritamente confidencial.
• Nas apresentações estatísticas as empresas não serão
A auto-avaliação de práticas de Responsabilidade So- identificadas, e os dados serão publicados de forma agrupada.
cial Empresarial é uma ferramenta de uso essencial-
• Uma eventual divulgação de experiências e práticas
mente interno que permite revisar a gestão, o respeito exemplares será realizada unicamente após uma consulta
e a incorporação de práticas de RSE no planejamento prévia e a autorização da empresa.
estratégico, o monitoramento do desempenho geral • A divulgação de todas as práticas aos grupos interessados é
da empresa. Por meio deste instrumento, que permite importante para gerar uma responsabilidade compartilhada.
fazer uma avaliação interna do desempenho empre-
sarial, pretende-se determinar o estado das empresas DICA
privadas salvadorenhas no que se refere a RSE. Enfoque setorial - Além dos indicadores de RSE, em
O questionário de auto-avaliação foi desenhado de 2007 foram elaborados os Indicadores setoriais Fun-
maneira que o gerente geral de Recursos Humanos, de demas de RSE para construção pelo Comitê da Câma-
Comunicação, ou o administrador ou o proprietário ra Salvadorenha da Indústria e da Construção.
do negócio tenham a facilidade de separar suas práti-
cas de RSE por áreas. O formulário é bastante amplo e Referências
abarca diferentes temas, razão pela qual se recomenda www.fundemas.org
fomentar a participação de todas as unidades da em- www.redirect.com.sv/FUNDEMAS/download/folleto1.pdf

103
5.20 CENTRARSE

IndicaRSE 2006
Centro para La Acción de La Responsabilidad Social
Empresarial en Guatemala - CentraRSE

País de negócio, como também externamente, com outras


empresas nacionais.
Guatemala • IndicaRSE facilita a compreensão e aplicação da RSE
no contexto econômico-social latino-americano e integra
O que é tendência mundial por meio de uma vinculação com o
Pacto Global das Nações Unidas.
IndicaRSE são os indicadores de Responsabilidade So- • Finalmente, o instrumento IndicaRSE serve como
cial Empresarial para a Guatemala desenvolvidos por um guia de práticas e ações de RSE. O questionário
CentraRSE. É um instrumento de auto-avaliação que tem a função de oferecer uma ferramenta de gestão e
mede a aplicação de políticas e práticas de RSE. planejamento da RSE, demonstrando de forma ordenada
uma lista de práticas responsáveis.

Origem
Conteúdo
CentraRSE é uma organização privada, autônoma, de
Estes indicadores estão elaborados em formato de ques-
caráter associativo, apolítico, sem fins lucrativos, que
tionário, dividido em conjuntos de perguntas agrupadas
tem como objetivo gerar uma atitude de mudança nas
por áreas da RSE. O questionário tem um modelo úni-
empresas que operam no país, para que implementem co aplicável para todo tipo de setor econômico e conta
conscientemente práticas de Responsabilidade Social com 211 perguntas. As sete áreas da RSE são:
Empresarial. CentraRSE é representante do Conselho
Mundial para o Desenvolvimento Sustentável; World • Valores e Transparência
Business Council for Sustainable Development (www. • Público Interno (qualidade de Vida Laboral)
wbcsd.org). Também forma parte de Empresa, rede de • Fornecedores
instituições de Responsabilidade Social Empresarial • Consumidores/Clientes
de América (www.empresa.org). • Meio Ambiente
• Comunidade
Objetivo
• Estado
Os indicadores são instrumentos de auto-avaliação que
Além de perguntas quantitativas e comentários aber-
permitem, às empresas, estabelecerem benchmarks de
tos, as respostas são dadas da seguinte forma:
práticas de RSE dentro da mesma organização ou com
outras empresas nacionais e internacionais. • Sim
• Em Processo
IndicaRSE baseia-se em modelos de indicadores de
RSE internacionais, especialmente latino-americanos, • Não
adaptados ao contexto guatemalteco. • Não se aplica

• Cada empresa será capaz de medir seu desempenho É apresentada uma correspondência feita entre os in-
nas áreas de negócio, ano após ano, de maneira dicadores e o Pacto Global.
independente. IndicaRSE analisa individualmente o nível
de desenvolvimento de cada uma das áreas da RSE nas
Referências
empresas e identifica áreas a melhorar.
• Adicionalmente, IndicaRSE oferece a possibilidade http://centrarse.org
de comparação de resultados internamente entre áreas http://centrarse.org/CENTRARSE_indicadores.pdf

104
CEDIS 5.21

AutoevaluaRSE
Centro Empresarial de Inversión Social - CEDIS

País manual. O registro dos resultados da avaliação para


futuras referências é fundamental para acompanhar
Panamá o progresso da empresa na implantação das metas e
objetivos de responsabilidade social.
O que é
São 138 perguntas de auto-avaliação distribuídas em
Indicadores para auto-avaliação da responsabilidade cinco itens:
social.
• Ética Empresarial
Origem • Ambiente laboral
• Mercado Responsável
IntegraRSE, o novo nome que marca a II Etapa do
Centro Empresarial de Inversión Social, Cedis, é uma • Meio Ambiente
organização sem fins lucrativos, reconhecida em ní- • Desenvolvimento da Comunidade
vel nacional e internacional, como a entidade líder em
matéria de Responsabilidade Social Empresarial, no E cinco opções de resposta:
Panamá. Estabelecida em janeiro de 2000 com o apoio
1. Em curso
inicial da Fundação W. K. Kellogg.
2. Existe oportunidade de melhora
Como participante do programa Liderança em Filantro- 3. Vale a pena considerar
pia nas Américas da fundação, Integrarse é um capítulo
4. Não foi considerado ainda
no Panamá do World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD), entidade pelas maiores multi- 5. Não se aplica
nacionais que promovem a RSE. O manual publicado,
pela Integrarse, foi elaborado originalmente pelo Insti- Referências:
tuto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social Em-
presarial (Brasil) e adaptado para o espanhol pelo Insti- Manual com auto-avaliação
tuto Argentino de Responsabilidade Social Empresarial www.integrarse.org.pa
(IARSE). Constitui uma ferramenta para ser utilizada www.integrarse.org.pa/publicaciones/documents/manual.pdf
por empresas que busquem formas de integrar a res-
ponsabilidade social à cultura de suas atividades.

Objetivo
Guia de autodiagnóstico da responsabilidade social
empresarial.

Conteúdo

Introdução
Como integrar a RSE à cultura da empresa conta
com um check-list para a revisão dos itens de ação do

105
5.22 CBSR

The Good Company


Canadian Business for Social Responsibility - CBSR

País Passo 1- Avaliação da consciência e atitudes dos funcionários


Consiste numa pesquisa simples e rápida feita por e-
Canadá mail para ajudar a compreender como os funcionários
percebem a responsabilidade social. Entrevistas tam-
O que é bém permitem explorar em profundidade as atitudes
Questionário e diretrizes que formulam um conjunto dos funcionários em relação à responsabilidade social.
de práticas que podem ser facilmente aplicadas por Passo 2 - Identificação das práticas e lacunas
pequenas, médias e grandes empresas que desejam Traçar um panorama geral das iniciativas de respon-
melhorar a gestão da sua responsabilidade social. sabilidade social para formação de um diagnóstico
que permita dar suporte ao processo de avaliação.
Origem
Passo 3 - Compreendendo as melhores práticas de responsa-
As diretrizes foram desenvolvidas em 1996 pela orga- bilidade social
nização Canadian Business for Social Responsibility, Um banco de práticas de empresas canadenses permi-
fundada no Canadá no ano anterior com o objetivo de te fazer pesquisas de benchmarking para o desenvolvi-
fornecer aos seus membros serviços de aconselhamento mento das estratégias da organização.
na formulação de estratégias que melhorem o desem-
penho da empresa e contribuam para a construção de Passo 4 - Determinação da abordagem da responsabilidade
um mundo melhor. As diretrizes foram concebidas para social
serem aplicadas em companhias canadenses de todos O CBSR fornece uma estrutura para o desenvolvi-
os portes, podendo também ser utilizadas por ONGs, mento e implementação da estratégia de responsa-
associações e organismos públicos. Revisadas em 2002, bilidade social.
elas foram publicadas no guia Good Company Guideli-
nes for Corporate Social Performance. Passo 5 - Comunicação da Responsabilidade Social
Consiste no desenvolvimento de um plano de comu-
nicação da responsabilidade social aos stakeholders.
Objetivo
Passo 6 - Empoderamento dos funcionários
Good Company Guidelines é uma ferramenta prática
Nesta etapa devem ser preparados cursos de introdu-
que permite a empresas de todos os setores identificar
ção à responsabilidade social para os diferentes níveis
as falhas de sua performance e desenvolver estraté-
hierárquicos da empresa, de acordo com as necessida-
gias para aprimorar seu desempenho e valorizar sua
marca. Além disso, a ferramenta possibilita aos gesto- des da organização.
res comunicar e prestar contas, de maneira clara, aos Passo 7 - Implementação da Responsabilidade Social
stakeholders nas áreas ambiental, social e financeira. Nesta etapa, são recomendadas formas de apoio para
sustentar as novas práticas.
Conteúdo Passo 8 - Mensuração dos benefícios que as iniciativas
O Good Company Guidelines for Corporate Social trazem para o negócio.
Performance fornece de maneira fácil diretrizes para A mensuração dos resultados e de como as práticas
a implementação de iniciativas nas áreas social e am- agregam valor ao negócio é fundamental para o aper-
biental. O guia traz informações sobre o que as empre- feiçoamento contínuo e internalização da responsabi-
sas podem fazer em termos práticos nestes domínios, lidade social.
permitindo às organizações identificar quais iniciativas
devem ser tomadas e quais esforços são necessários. Referências
www.cbsr.ca
Passo-a-passo
GUIDELINES (14 pgs.)
A ferramenta apresenta um processo de internaliza- www.cbsr.ca/files/GoodCompany-SummaryDocument.pdf
ção da responsabilidade social, que oferece às empre- Toolkit(2pags) - http://cbsr.speedsite.ca/files/
sas a oportunidade de avaliar suas opções no padrão AdvisoryServices/InternalizingCSRToolkit.doc
proposto, de acordo com as seguintes etapas: http://cbsr.speedsite.ca/cbsrsupport/csrcontinuum.htm

106
GEMI 5.23

SD Planner™
Global Environmental Management Initiative - GEMI

País • Assessment - Esta atividade é o centro da ferramenta


Estados Unidos e consiste em três etapas interativas:
- Auto-avaliação - permite caracterizar o status da
O que é companhia em relação a elementos do SD.
É uma ferramenta de autodiagnóstico, automatizada, - Goal-Setting – permite estabelecer objetivos para
elementos específicos do SD.
desenhada para ajudar as empresas a avaliar, planejar
- Gap Analysis – permite comparar, a qualquer
e integrar o desenvolvimento sustentável em seus pro- momento do diagnóstico, elementos específicos do SD e
cessos de negócio. identificar lacunas.

Origem • Action Planning - Esta etapa propõe ações que vão


Global Environmental Management Initiative (GEMI) suprir as lacunas e permitir realizar um planejamento
é uma organização sem fins lucrativos de companhias para elementos específicos de SD.
dedicadas a fazer avançar padrões de excelência em
Passo-a-passo
saúde, meio ambiente, segurança e responsabilidade
social em todo o mundo. Hoje em dia o Gemi reúne O SD Planner™ foi desenvolvido para ser uma ferra-
mais de 40 empresas, representando mais de 15 se- menta automática. Conceitos e instruções de uso po-
tores de atividades. Pelo esforço colaborativo de seus dem ser obtidos gratuitamente no seguinte endereço:
membros, também promove padrões éticos de negó- www.gemi.org/GEMI-SDPlannerOverview.pdf.
cios. Os membros desenvolveram um portfólio de fer- Os passos abaixo devem ser conferidos para o uso da
ramentas estratégicas e publicações, visando sempre SD Planner na organização:
os caminhos para se agregar valor ao negócio. O SD
1. Determinar o escopo da implementação da SD Planner;
Planner é uma dessas ferramentas desenvolvidas em
2002, com o lema business helping business. 2. Formar uma equipe interdisciplinar para implementer a
ferramenta;
GEMI articula um fórum que visa explorar as melho- 3. Desenvolver o autodiagnóstico Perform the self-assessment;
res práticas para incrementar a performance das em- 4. Desenvolver e implementar um plano de ação para as
presas que lideram este processo e que possa ajudar lacunas encontradas.
e inspirar as demais empresas a fazer o mesmo. Este
benchmark está disponível no site www.gemi.org/ SD Planner™ é desenhado para ser usado por toda a or-
docs/bench/bench.htm. ganização ou por diferentes grupos dentro da empresa.

Objetivo Dependendo da composição do grupo de trabalho de-


signado e de suas necessidades, há vários métodos de
Esta ferramenta pretende ajudar as empresas a avaliar, aplicação:
planejar e integrar o desenvolvimento sustentável em
seus processos de negócio. A ferramenta avalia todos • Uma pessoa pode ser designada para coletar todas as
os aspectos do desenvolvimento sustentável: desenvol- respostas necessárias para completar a parte de diagnóstico
e avaliação do SD Planner™, o que pode ser realizado por
vimento econômico, impacto ambiental e eqüidade so- meio de entrevistas com os especialistas funcionais.
cial, bem como as atividades que podem ser realizadas
para atingir tais objetivos. O uso da ferramenta ajudará • O usuário principal pode gerar cópias dos formulários
de avaliação dos diversos elementos do Desenvolvimento
a empresa a identificar os desafios críticos para o desen-
Sustentável, distribuí-las aos especialistas apropriados
volvimento sustentável. SD Planner™ não é um código com as explicações relevantes e, posteriormente,
de conduta para as empresas. É uma ferramenta para compilar os resultados.
ser usada pelas empresas que considerem o desenvolvi-
• O usuário principal pode convidar os especialistas
mento sustentável, progressivamente, em todos os seus necessários para completar as avaliações
aspectos, de modo a criar valor para os negócios. eletronicamente. Isso deve ser feito em uma única
plataforma de hardware, uma vez que o SD Planner™
Conteúdo não permite a integração de dados de múltiplas fontes.
A SD Planner™ baseia-se num plano de cinco passos
que corresponde a três grandes atividades: Referências
• Screening - Este passo permite identificar o contexto da GEMI web site (www.gemi.org)
companhia, desafios e focos iniciais. Estas informações The GEMI Tools Catalog Resource Guide contem um resumo
influenciarão diretamente as recomendações do SD Plan- de cada uma das ferramentas e um hyperlink do PDF de cada
ner no que se refere aos objetivos potenciais e ações. ferramenta (www.gemi.org/GEMItoolscatalog-fall2005.pdf)

107
5.24 FUTURE 500

Global Citizenship 360 - GC 360


Future 500 - GC 360

Países • Criar planos de ação integrados em todas as áreas do


negócio.
Estados Unidos e Japão
O processo do Global Citizenship permite um rela-
tório da performance da companhia em relação a to-
O que é
dos os grandes padrões dos stakeholders – GRI, Dow
É um software que permite melhor desempenho e es- Jones Sustainability, FTSE4Goos, ICCR e outros. O
tratégia de responsabilidade social corporativa e ajuda processo permite um engajamento de equipes para
a aprimorar relatórios de sustentabilidade e no mode- estabelecer a performance, preparar relatórios de sus-
lo proposto pela GRI. tentabilidade, desenvolver estratégias e melhorar na
performance da responsabilidade social corporativa.
Origem
Conteúdo
Em 1995, algumas das 500 maiores empresas da Fortu-
ne formaram uma rede global, FUTURE 500, de líderes O GC 360 apresenta uma estrutura organizada a par-
de empresas, que desejam se manter perenes e estabe- tir dos padrões de responsabilidade social corporativa,
lecer sólidas relações com seus stakeholders. Assim, consolidando elementos de sistemas de governança
a missão da rede é criar vínculos entre corporações e corporativa, prestação de contas, qualidade, respon-
stakeholders para fazer avançar a cidadania global. É sabilidade social, sustentabilidade, incluindo:
uma rede de corporações e stakeholders que apresen-
ta formas inovadoras de engajamento de stakeholders • New York Stock Exchange (NYSE) - Section 303A,
corporate governance standards.
e serviços para as organizações associadas (network
de mais de 10,000 profissionais da ARCADIS, ERM, • Goldman Sachs Corporate Governance Guidelines.
Ecos e Det Norske Veritas, ente outros). • Malcolm Baldrige National Quality Award.
• Global Reporting Initiative (GRI).
CAP Alliance foi formada em 2001 e oferece uma ex-
tensa gama de serviços para os associados em todo • Social Accountability 8000 (SA 8000).
o mundo. Em 2002, a CAP Alliance desenvolveu a • Boston College Center for Corporate Citizenship (BCCC).
primeira geração do CAP Gap Audit, atualmente cha- • International Chamber of Commerce (ICC)
mado Global Citizenship 360. Em 2005, foi lançada a • BCSD and Corporate Governance Principles.
terceira versão do software.
• Dow Jones Sustainability Index.
• FTSE4Good Index Series.
Objetivo
• Global Sullivan Principles.
O software foi concebido para melhorar a prestação
• Domini Social Investments.
de contas das organizações a partir dos princípios de
• Calvert Group.
responsabilidade social e dá suporte para as empresas
mapearem as dimensões econômica, social e ambien- • UN Global Compact.
tal de seus negócios. • Coalition of Environmentally Responsible Economies
(CERES).
O Global Citizenship 360 permite às empresas:
• Caux Roundtable.
• Fazer benchmark de sua performance em comparação a • Smart Growth Network.
21 padrões de uma só vez.
• Organization for Economic Cooperation and Development
• Aproveitar-se dos parâmetros do GRI. (OECD), Guidelines for Multinational Enterprises.
• Organizar o relatório anual para atingir padrões mundiais.
• Organization for Economic Cooperation and Development
• Identificar área de performance e áreas de risco e (OECD), Principles of Corporate Governance.
determinar aquelas que são prioridades para alinhamento
de programas e agendas. • United Nations Norms on the Responsibilities of
Transnational Corporations and Other Business Enterprises
• Ter acesso a questionários e padrões de organizações with Regard to Human Rights.
não-governamentais.
• ICCR Principles for Global Corporate Responsibility.
• Fazer benchmark em relação a 20 benefícios para o
negócio, a fim de constituir seu business case. • E outras, como AA 1000, BITC, ICCR, Innovest.

108
Capítulo 5
América
FUTURE 500 5.24
Inovação
Produtividade do capital
Gestão de riscos
Melhoria da margem
Promoção do crescimento
Retorno total ao acionista

Geração de empregos
Fortalecimento de competências Eficiência de recursos
Impactos econômicos locais Responsabilidade sobre produtos
Investimentos sociais Gestão do ciclo de vida
Ética nos negócios Crescimento Econômico De produtos a serviços
Segurança

Crescimento Ecoeficiência
socioeconômico

Sustentabilidade

Diversidade
Ar puro, água limpa e solo fértil
Direitos Humanos
Administração Redução nas emissões
Programas para a comunidade Progresso Social
Ambiental Zero resíduos, lançamentos e vazamentos
Comunidades indígenas Socioambiental
Biodiversidade
Relações trabalhistas

Saúde e segurança
Legislação ambiental
Mudanças climáticas globais
Acesso a água potável
Gestão de crises
Justiça ambiental

Desta forma, a ferramenta possibilita a geração de rela- · 20 Business Benefits – apresenta relatório de custos,
tórios com indicadores de risco, documentação do de- riscos, reputação, entre outros tópicos.
sempenho em apresentações customizadas e concisas. · To-Do Lists – listas de ações por departamento, padrões e
objetivos do negócio.
Passo-a-passo 3. Data Repository – Armazena e organiza dados e ar-
A ferramenta pode ser usada em três formatos: quivos em qualquer formato para documentar o de-
sempenho da organização com base em 200 critérios.
• Product Format – As companhias licenciam o produto e Excel, Access e arquivos em Word, bem como fotos,
podem utilizá-lo. ilustrações e websites podem ser facilmente anexados
• Service Format – Profissionais da Fortune 500 fazem para facilitar e melhorar a prestação de contas.
análises e entregam os resultados.
4. Report-Builder – elabora relatório de modo rápido
• Peer Group Format – Várias companhias fazem o
processo conjuntamente por meio do Conference Board, e eficiente, compilando textos e dados para atingir os
em Nova York. padrões do GRI, da Dow Jones e FTSE, bem como dos
requisitos sociais dos investidores.
O processo do GC 360 consiste de quatro componentes:
1. 360 Assessment and Planning Intensive – reúne equi- Resultado
pes dos principais executivos da organização para uma Atualmente, a ferramenta é utilizada por 75 empresas
sessão de planejamento com duração de meio dia. dos setores alimentício, de bebidas, bancário, energia
2. Executive Report Card – oferece um sumário do de- e eletroeletrônico em 60 países.
sempenho da corporação, criando listas de ações:
Referências
· CSR 360 – ranqueamento com base no GRI, Global
Compact, SA 8000, entre outros. www.future500.org
· SRI 360 – estabelece comparações utilizando-se da Dow PDF - www.future500.org/documents/Future500_GC360_
Jones, FTSE4Good, Domini, ICCR. brochure.pdf

109
5.25 CEMEFI

Indicadores de Institucionalidad
y Transparencia
Centro Mexicano para La Filantropía - Cemefi

País Conteúdo
México Os Indicadores de Institucionalidade e Transparên-
cia são construídos a partir de referências objetivas,
O que é não controversas e de fácil verificação, que assinalam
o nível de formalidade e os instrumentos com que
Indicadores para que as organizações da sociedade civil conta a organização para garantir a transparência das
(Oscip), dedicadas à assistência, promoção e desenvol- atividades que realiza em benef ício da comunidade.
vimento social, e que lutam por causas fundamentadas Constituem ainda uma plataforma a partir da qual
nos princípios de solidariedade, filantropia e co-res- se inicia o desenvolvimento de processo de melhoria
ponsabilidade social, possam contar com um guia para contínua em todos os âmbitos que têm a ver com a
alcançar padrões de institucionalidade e transparência. vida da organização.

Origem Os indicadores trazem um conjunto de dez referên-


cias objetivas e de fácil comprovação que permitem a
O Centro Mexicano para la Filantropia, Cemefi, é uma qualquer pessoa, empresa ou instituição conhecer as
associação civil fundada em dezembro de 1988. É uma características de uma organização privada, sem fins
instituição privada, sem fins lucrativos e sem nenhuma lucrativos e de serviços a terceiros. São eles:
filiação a partido, raça ou religião. Conta com permis-
são do Governo para receber donativos dedutíveis de • A organização existe e opera realmente?
impostos. Sua sede se encontra na Cidade do México e • Cumpre os requisitos legais mínimos?
seu âmbito de ação abarca todo o país. • Conta com missão, visão e objetivos que orientem seu
serviço às pessoas a quem serve?

Objetivo • Tem garantia de profissionalismo em seu trabalho?


• Conta com a estrutura e mecanismos institucionais de
Estes indicadores respondem à crescente exigência transparência e prestação de contas?
da sociedade para que as Oscip’s, que oferecem servi-
ços de maneira voluntária e sem fins lucrativos, dêem Passo-a-passo
transparência a todas as suas atividades e garantam
que essas organizações contem com as ferramentas É um processo institucional de auto-avaliação e auto-
institucionais necessárias para tanto. Como o nome regulação voluntário, verificado e acreditado. Este
sugere, os indicadores assinalam o nível de desenvol- processo pode ser realizado também pelo Cemefi.
vimento institucional. Além de refletir o nível de de-
Dos dez indicadores podemos distinguir três níveis de
senvolvimento institucional da organização, permi-
institucionalidade:
tem o estabelecimento de padrões nornalizados para
valorar as instituições. Também mostram o compro- Nível Básico - Inclui os primeiros cinco indicadores.
misso da organização com os beneficiados por suas Neste nível se ressalta a constituição legal e fiscal, a
ações e com os doadores, ajudando assim a aumentar clareza da missão da instituição, assim como uma
a confiança e o reconhecimento da sociedade como administração transparente. Sem estes indicadores é
organizações da sociedade civil de interesse público. muito dif ícil garantir transparência.

110
Capítulo 5
América
CEMEFI 5.25

Indicadores de institucionalidad y Transparencia

NIVELES

• Acta Constitutiva registrada ante Notario (1)


basico

• Autorización de SHCP como donataria (2)


• Misión, Visión y Objetivos (3)
MEDIo

• Domicilio y Teléfono verificable (4)


• Informe anual de actividades y resultados (5)
• Consejo Directivo diferente al equipo profesional (6)
OPTIMO

• Personal profesional contratado en nómina (7)


• Voluntarios trabajando en los programas (8)
• Más de tres años de operación (9)
• Más de tres fuentes distintas de ingresos (10)

Nível Médio - Corresponde às instituições que alcan- da, estabelecerá seu próprio nível de institucionalida-
çam entre seis e oito indicadores. São consideradas de de (ver quadro). No caso de não cumprir com algum
boa administração, quadro de funcionários trabalhan- indicador, sugere-se explorar as razões ou causas que
do em programas bem definidos, indicadores para al- dificultam obter um bom resultado no indicador e ini-
cançar êxito na gestão das Oscip’s. ciar as ações pertinentes para satisfazê-los.

Nível Ótimo - São aquelas instituições que alcançam


Referências
nove ou dez indicadores. Neste nível, elas são conside-
radas com bom desenvolvimento institucional. Cada www.cemefi.org
organização, de acordo com a sua capacidade instala- www.cemefi.org/content/view/30/40/

Dica empresas que conseguem integrar e apoiar a ca-


deia de valores socialmente responsáveis com
Cadeia de valor socialmente responsável seus fornecedores, clientes, representantes e dis-
tribuidores, sustentando o cumprimento dos pa-
O que é drões propostos em quatro âmbitos da responsa-
Autodiagnóstico rápido da responsabilidade so- bilidade social empresarial:
cial empresarial para pequenas e médias empre- * Qualidade de vida na empresa,
sas integrantes na cadeia de valor da RSE. * Ética empresarial,
* Vinculação da empresa com a comunidade,
Objetivo
* Cuidado e preservação do meio ambiente.
Esta ferramenta de diagnóstico, de uso interno,
Também se busca apoiar a adoção dos princípios
permite estabelecer um critério de responsabili-
de responsabilidade social das empresas median-
dade social para a empresa. As perguntas trazem
te a competitividade empresarial sob princípios
aspectos considerados fundamentais para avaliar
universais de ética e integridade ao longo da sua
o impacto social da empresa.
cadeia de valor com pequenas e médias empre-
sas fornecedoras, distribuidoras e clientes.
Conteúdo
Este processo busca promover e apoiar a ado- Referência
ção da responsabilidade social entre as empresas
Não está disponível no momento.
pequenas e médias, além de reconhecer aquelas

111
6
Compêndio para a Sustentabilidade: Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental

Instrumentos de Gestão -
Europa

6.1 Introdução
6.2 Áustria - IMS do ECO4WARD
6.3 Bélgica - Albatroz B&SB
6.4 Finlândia - Vastuun Askeleita FB&S
6.5 França - Guide CSR Europe ALLIANCES
6.6 França - Guide de la Performance Global CJD
6.7 Reino Unido - CR Index BITC
6.8 França - Bilan Societal CJDES
6.9 Grã-Bretanha - Sigma Project BRITISH STANDARDS, FORUM FOR THE FUTURE e ACCOUNTABILITY
6.10 Holanda - GR3 GRI
6.11 Reino Unido - Small Business Journey e Better Business Journey SBC
6.12 Reino Unido - Responsible Competitiveness Index ACCOUNTABILITY
6.13 Suécia - THE NATURAL STEP WHH
6.14 Alemanha Itália + Bélgica + Portugal - CSR Toolkit for SME COSORE

112
112
Intro 6.1
Pontos de convergência entre duas agendas:
do Desenvolvimento Sustentável e da Estratégia Empresarial

Critérios adotados por pesquisas, a • Examinar a diferença de percepções, diagnóstico para aferir expectativas so-
exemplo do trabalho da FBDS¹ – Fun- atitudes e padrões de comportamento ciais e ambientais.
dação Brasileira para o Desenvolvimento entre os gerentes responsáveis por sus-
Sustentável, podem ajudar as organiza- tentabilidade e demais formuladores de Embora se observe no Brasil significa-
ções a achar o “caminho das pedras” no políticas nas empresas; tiva mobilização empresarial em torno
dos temas ligados à responsabilidade so-
desafio da sustentabilidade.
• Identificar potenciais diferenças espe- cial empresarial, as companhias podem
Tal pesquisa visou analisar o direciona- cíficas aos setores industriais em valores, não estar tratando de pontos relevantes
mento para a sustentabilidade das prin- restrições, etc; em seu processo estratégico², o que re-
cipais empresas atuantes no Brasil dos duz a possibilidade de que os desafios da
• Examinar as pressões enfrentadas pelas
setores de papel e celulose, alimentos e sustentabilidade sejam adequadamente
empresas para responder a demandas in-
bebidas e energia elétrica (2005), do se- analisados, priorizados e alinhados in-
ternas (mudanças de gestão) ou deman-
tor financeiro e do setor sucroalcooleiro ternamente com os demais objetivos es-
das externas (expectativas de retorno
(2007). tratégicos das empresas. Assim, podem
por parte de acionistas);
ser gerados resultados desfavoráveis ou
Fundamentalmente, as questões avalia- • Examinar se companhias usam siste- perdas de oportunidades, tanto para os
das nas organizações envolvem: mas de alerta ou outras ferramentas de negócios como para a sociedade.
• Motivação: conhecimento do concei-
to, suscetibilidade a pressões externas
(ONGs, clientes, reguladores, mercados Os 31 desafios da sustentabilidade:
de capitais), vetores internos de valor,
Ranking do grau de incorporação dos desafios nas empresas do brasil (em %)
forças e fraquezas e sistema de informa-
Comprometimento com valores e princípios 17 Mudança climática 56.7
ções; 1 86.7
2 Governança corporativa 80.0 18 Oportunidade 56.7
3 Estresse 76.7
• Capacidade de implementação: lide- 19 Apoio político e políticas públicas 53.3
4 Energia 73.3 20 Marketing for sustainability 53.3
rança, estrutura e cultura organizacio- 5

Menos Incorporados
ética e sustentabildade na cadeia produtiva 73.3 21 desigualdade de gênero 50.0
nal, áreas de maior ou menor resistência 6 Qualidade da educação básica 70.0
22 Consumo consciente 46.7
e grau de preponderância de aspectos 7 Corrupção e faltal de ética 66.7 23 descriminação e desigualdade racial 46.7
financeiros em decisões; 8 Impacto econômico local 66.7 24 Precariedade dos sistemas de infra-estrutura 43.3
9 Água
More Incorporados

66.3 25 distribuição de renda 40.0


10 Empregabilidade
• Alinhamento das diversas áreas da or- 66.3
26 Envelhecimento da população 33.3
11 Capital social 66.3
ganização: visão, impacto e esforço das 12 Educação para a sustentabilidade 66.3
27 Saúde Pública 26.7

diversas áreas da organização em rela- 13 Equilíbrio dos ecossistemas e serviços ambientais 60.0
28 Violência e tráfico 23.3
29 Oferta e condições de moradia 20.0
ção à sustentabilidade e identificação de 14 Concorrência desleal 60.0
30 Pandemias 13.3
15 Precarização do trabalho 60.0
eventual foco de resistência; 16 Cidadania 60.0 31 Produtos alimentícios 10.0

• Utilização de ferramentas gerenciais:


inclusão da sustentabilidade em ferra- As empresas vêem os impactos nega- presarial não percebe seus impactos na
mentas de gestão, notadamente na es- tivos? O impacto do negócio sobre os sustentabilidade como negativos, de que
tratégia e em seus desdobramentos; desafios revelou que os estrategistas os setores ou instituições se podem esperar
• Identificação de peculiaridades no se- enxergam como positivos (70,4% dos medidas capazes de reverter a persis-
casos). Poucos (3,8%) consideram os tência de tantos desafios tradicionais ao
tor de negócios: influência de caracterís-
impactos negativos. Isso ocorre até mes- (sub) desenvolvimento do Brasil?
ticas setoriais e nacionais no desenho da
mo com os temas nos quais os impactos
sustentabilidade.
são mais evidentes, por serem diretos. A competitividade responsável ainda se
Para identificar vetores de sucesso e prin- O quadro geral revela que as empre- encontra no estágio inicial e seu avanço
cipais entraves à adoção de políticas e sas vêem seu papel na sustentabilidade depende de um grande esforço que pro-
práticas compatíveis com um modelo de como não impactante do ponto de vista duza os resultados que a humanidade
crescimento sustentável, é necessário: negativo. Se parcela crítica do setor em- reclama...

Textos extraídos das seguintes pesquisas.


¹ Pesquisa 2007 da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável intitulada The Brazilian Business Case for Corporate Sustainability (parceria entre a
FBDS e o Centro de Gestão de Sustentabilidade Corporativa do instituto suíço IMD (CSM / IMD)). www.fbds.org.br
² Pesquisa 2007 da Fundação Dom Cabral (Cláudio Boechat e Roberta Paro) intitulada Desafios para a sustentabilidade e o planejamento estratégico das empresas
no Brasil. http://ci.fdc.org.br/anexo/artigo/Dossiê%20artigo%204%20%20A11N63N010.pdf

113
6.2 ECO4WARD

Integrated Management Systems - IMS


ECO4WARD

País Programa e gestão


www.iman.at/checklisten/Checkliste04_Ziel_und_Programm.pdf
Áustria
Do
O que é www.iman.at/checklisten/Checkliste05_Systemaufbau.pdf

Gestão integrada de várias ferramentas passíveis de Check


certificação: ASchG, OHSAS 18001, SCC, EMAS- Auditoria
VO, ISO 14001, ISO 9001:2000, ISO 9004:2000. www.iman.at/checklisten/Checkliste06_Internes_Audit.pdf

Act
Origem
Revisão da gestão
O Integrated Management Systems (IMS) foi lançado www.iman.at/checklisten/Checkliste07_Mangement_Review.pdf
na Áustria entre abril de 2001 e outubro de 2002 com
apoio financeiro de organismos do poder público. O Referências
coordenador da iniciativa IMS é a Eco4ward, um gabi- www.iman.at/
nete de peritos em RSE e desenvolvimento sustentável http://62.116.3.110/ims/
baseado em Graz. Figura www.quality.co.uk/

Objetivo
É a Linha do Sistema de Gestão
O IMS integra diferentes sistemas de gestão relati-
vos às áreas de saúde e segurança, gestão ambiental Gestão da Qualidade Gestão Gestão da
e qualidade. Ambiental Segurança

Conteúdo Consultoria
Consultoria Consultoria

As empresas que desejam implementar esta ferra- Consultores


ISO 9000
menta têm acesso às seguintes normas: de Qualidade EMAS BS7750

CM
- Saúde e segurança: AschG, OHSAS 18001, SCC.
- Gestão ambiental: EMAS, ISO 14001. Benchmark

- Qualidade: ISO 9001:2000. Recursos de ECO Data


Qualidade na
Internet
Passo-a-passo Recursos
ISO 9000 na
ISO 14000
Internet
A iniciativa é organizada de forma bastante clássica
em cinco fases: Start, Plan, Do, Check, Act. Treinamento

Para cada um delas, o instrumento IMS propõe dicas,


e os check-lists permitem fazer o ponto. Auditoria
Coloque sua
Start Auditoria Auditoria
Empresa na
Diagnóstico Internet – AGORA

www.iman.at/checklisten/Checkliste01_Kuzanalyse.pdf Documentação
Ilustrativa
Plan Auditores da
Produtos
EMAS
Política da empresa e Serviços
de Qualidade
www.iman.at/checklisten/Checkliste02_Unternehmenspolitik.pdf
Relação dos Órgãos Relação dos
Análise para Registro da Órgãos para
www.iman.at/checklisten/Checkliste03_Ist-Analyse.pdf ISO9000 Registro da ECO

114
BUSINESS & 6.3
SOCIETY BELGIUM
Albatros
Business & Society Belgium

País Conteúdo
Bélgica Albatros é um instrumento pragmático, um questio-
nário composto por perguntas fechadas sobre os três
O que é pilares do DS. O programa gera um relatório acom-
panhado de informações qualitativas sobre os pontos
Um questionário para auto-avaliação da gestão geral fortes e fracos da empresa nos diferentes domínios de
e da responsabilidade social das empresas. gestão. Este relatório fornece também conselhos espe-
cíficos sobre ações que a empresa pode empreender
Origem para melhorar a sua atuação/prestação de contas.
A ferramenta foi desenvolvida pela Business & So-
ciety, rede belga de empresas que visa sensibilizar o Passo-a-passo
setor privado, incentivar a implantação de iniciativas O software interativo está disponível em CD-ROM
geradoras de emprego, contribuir para a inclusão de para qualquer porte e setor de atividade.
minorias no mercado de trabalho e estimular a troca
de experiências. O usuário deve responder a cada pergunta do ques-
tionário sobre a gestão global da empresa, as políticas
Em 1994, uma série de empresas européias redigiu, social, econômica e a ambiental com “sim”, “não”, “não
sob liderança de Jacques Delors, o Manifesto Euro- é aplicável” ou assinalar as respostas corretas.
peu das Empresas contra a Exclusão Social. Um ano
depois, em resposta ao preocupante cenário social Resultados
europeu (17 milhões de desempregados, 53 milhões
de pessoas vivendo no limiar de pobreza e 5 mi- Isringhausen sprl, de Lokeren, sucursal de Isringhau-
lhões de desabrigados), surgia a European Business sen GmbH & Co KG, é uma das primeiras empre-
Network for Social Cohesion ou Rede Européia de sas a avaliar sua performance Albatros. Esta empresa
Empresas para a Coesão Social (EBNSC), uma rede fabrica bancos para veículos utilitários em Lokeren.
para o compartilhamento de iniciativas e estudos Emprega 98 pessoas.
dessa natureza via internet, com sede na Bélgica.
Referências
Em 1998 empresas belgas lançavam oficialmente a Rede
www.businessandsociety.be
Belga de Empresas para a Coesão Social (BENSC).
www.businessandsociety.be/display.asp?lang=2&nav=289&
Em 2000 a EBNSC organizou a primeira convenção art=915&mode=showarticle&ss=albatros
Européia sobre a responsabilidade social empresarial e
passou a chamar-se CSR Europe. Em 2001 a Rede Bel- Colaboração
ga (BENSC) torna-se Business & Society Belgium. Business & Society Belgium
Ariane Molderez
Em 2006, o CSR Europe conta com 22 organizações
ariane.molderez@businessandsociety.be
de 20 países e representa 1.812 empresas, das quais 45
fazem parte da Business & Society Belgium.

Objetivo
Ao responder a um questionário, empresas de qual-
quer porte ou setor podem avaliar e prestar contas da
sua atuação social. As perguntas abordam a gestão da
empresa, sua política social interna ou externa e suas
práticas econômicas e ambientais.

115
6.4 FINNISH
BUSINESS & SOCIETY
Vastuun Askeleita
Finnish Business & Society

Com o foco em políticas responsáveis Conteúdo


de recursos humanos e diálogo com O guia contém informações e melhores práticas, um
stakeholders, o conjunto de ferramentas caderno de exercícios “etapa por etapa, domínio por
apresenta as melhores práticas atuais, domínio” e um espaço de respostas a completar para
permitir que as empresas evoluam de maneira estru-
mas também desafia os usuários a turada no campo da RSE, mais especificamente em
desenvolver novas maneiras para políticas responsáveis de Recursos Humanos, e diálo-
melhorar suas práticas. go com stakeholders.
Políticas responsáveis de Recursos Humanos:
[Objetivo]
1. Recrutamento
2. Condições de trabalho
3. Manutenção da capacidade de trabalho
4. Apoio a desenvolvimento de capacidades
5. Premiações
6. Aposentadoria, recolocação profissional e substituições
País
Finlândia Passo-a-passo
O Guia descreve o processo para que qualquer em-
O que é
presa possa implementar as diretrizes/práticas em seu
É um conjunto de ferramentas que ajuda as empresas a sistema de gestão.
desenvolver sua responsabilidade social corporativa.
Uma versão on-line permite responder às perguntas
e efetuar os 16 exercícios práticos eletronicamen-
Origem te. Graças a um login e a uma senha, o instrumento
Primeira ferramenta finlandesa de RSE, a Vastuun oferece a possibilidade de salvar, completar, corrigir e
Askeleita foi desenvolvida em 2002 pela Finnish Bu- imprimir os dados, que ficam armazenados de forma
siness & Society, uma associação de organizações e confidencial na base de dados.
empresas constituídas em rede que tem por objetivo O site disponibiliza um banco de práticas oriundas das
promover o RSE na Finlândia. Na época, a ferramenta respostas das empresas ao guia Vastuun Askeleita.
foi testada por duas empresas e hoje é distribuída pela
Finnish Business & Society.  
Resultado

Objetivo No início do trabalho, a ferramenta foi amplamente


testada, e as melhores práticas foram documentadas.
O guia RSE Vastuun Askeleita é um instrumento
pedagógico destinado a acompanhar as empresas Referência
na suas iniciativas RSE. Com o foco em políticas
www.fibsry.fi
responsáveis de recursos humanos e diálogo com
stakeholders, o conjunto de ferramentas apresenta
as melhores práticas atuais, mas também desafia os Colaboração
usuários a desenvolver novas maneiras para melho- Susanna Monni,
rar suas práticas. Finnish Business & Society (Finlândia)

116
ALLIANCES 6.5

Guide CSR Europe-Alliances


Alliances RSE

País Conteúdo
França Iniciativa voluntária de auto-avaliação e acompanha-
mento com 300 perguntas divididas em quatro capítu-
O que é los, cujas perguntas em correlação com a temática do
Global Compact são assinaladas.
Adaptação francesa de uma ferramenta desenvolvida
por uma instituição de âmbito europeu, destinada a Cap I - Apresentação geral e impacto econômico da empresa
pequenas e médias empresas que desejam avaliar e Cap II - Vocação e valores da empresa
fortalecer sua responsabilidade social corporativa. Cap III - Impacto Social da empresa
Partes interessadas: assalariados
Origem Partes interessadas: clientes
A associação Alliances foi criada por três empresários Partes interessadas: acionistas
(Jean Pedra Guillon, Bruno Libert e Hervé Serieyx) Partes interessadas: fornecedores
em 1994, com o financiamento de empresas do se- Cap IV - Impacto ambiental da empresa
tor privado (membros e parceiros), órgãos coletivos e
Parte interessada: ambiente empresarial
instituições públicas francesas. Seu objetivo é acom-
panhar as empresas de modo que melhorem os seus Parte interessada: ambiente ecológico
desempenhos de Responsabilidade Social e Ambien-
tal, aprofundando seu conhecimento sobre o tema, Passo-a-passo
desenvolvendo suas dimensões sociais, econômicas e
A realização do guia não é em caso algum uma fina-
ambientais, melhorando assim sua competitividade.
lidade. A pertinência reside na qualidade das entre-
O Guide CSR Europe – Alliances foi elaborado a vistas.
partir de um guia de RSE desenvolvido pela CRS Eu- A boa realização do diagnóstico pode fazer-se apenas
rope1, que foi traduzido para o francês e adaptado com base em compromissos recíprocos por parte de
para as PMEs em 2002, pela Alliances. Após testes alianças bem como da empresa que deseja compro-
com nove empresas do Norte da França, foi instaura- meter-se.
do um programa de acompanhamento das PMEs da
região. O programa evoluiu e, em 2004, o conteúdo Todas as entrevistas desenrolam-se entre a Alliances e
relativo à responsabilidade empresarial foi fortemente o líder de empresa.
desenvolvido por instituições parceiras que detinham
Os compromissos da Alliances são:
experiência e know-how no tema.
1. Os resultados são confidenciais e permanecem sendo
Objetivo propriedade da empresa.
2. Alliances realizará uma visita de compromisso.
O guia CSR da Europa não pretende ser um instru-
3. O diagnóstico é gratuito (sob certas condições).
mento estático de avaliação, mas um instrumento de
trabalho e estímulo à ação. Trata-se de instrumento Compromissos da empresa diagnosticada:
de avaliação, de trabalho e estímulo à ação. 1. O diagnóstico é realizado com o líder da empresa (ou
um membro do seu Comitê de direção).
• Ajuda as empresas a fazer sua auto-avaliação do seu 2. O resultado será apresentado ao Comitê de direção.
nível de engajamento referente a RSE.
3. O líder compromete-se a redigir um plano de ação.
• Acompanha as empresas na melhoria da redação de
sua estratégia RS.
Referências
• Acompanha a realização da estratégia RS da empresa
efetivando uma iniciativa dinâmica de progresso www.alliances-asso.org
(formação, avaliação, ação). www.alliances-asso.org/htm/rse/accompagnement2.htm

1
CSR Europe é uma rede de empresas européias socialmente responsáveis, formada por mais de 60 grandes empresas multinacionais. A rede criou uma ferramenta de autodiagnóstico de
RSE/DS para as pequenas e médias empresas que desejam implementar ou aprimorar esse tema em sua gestão denominada SME Key. A ferramenta on-line não está disponível atualmente.

117
6.6 CJD

Le Guide de la Performance Globale


Centre des Jeunes Dirigeants d´Entreprises - CJD

País Estrutura do Guia de Desempenho Global:


1. Apresentação do CJD.
França
2. Prefácio – o desempenho global, um movimento que se
amplifica.
O que é
3. Introdução – Um caminho para o desempenho global.
O Guia de Desempenho Global é um questionário
4. Diagnóstico e pilotagem – Como se servir deste guia?
com 100 perguntas que visa elaborar diagnóstico e
5. Testemunho.
estabelecer um plano de ação para tornar a empresa
mais competitiva e mais humana, e, ao mesmo tempo, 6. Princípios de governança (dar coerência e sentido à ação).
fazer que tenha, como missão, a preocupação de me- 7. Desempenho econômico (3 “Ps” – Profit, People, Planet).
lhorar o desempenho global e o da própria empresa.
8. Stakeholders:
• Clientes
Origem
• Fornecedores
É o resultado de mais de dois anos de trabalho de
• Funcionários
líderes empresariais, especialistas em RH, meio am-
biente, responsabilidade social empresarial, entre • Ambiente natural
outros, para definir Desempenho Global, caracteri- • Ambiente empresarial
zado pelo equilíbrio entre fatores econômicos, so- • Acionistas ou associados
ciais e ambientais. A ferramenta foi desenvolvida
9. Síntese geral
pelo Centre de Dirigeants d´Entreprises (CJD), uma
organização fundada na França em 1938 por um gru- 10. Glossário
po de jovens empreendedores que tinha o objetivo 11. Anexo: Carta do bom empreendedor 2004
de reabilitar a função patronal e colocar a economia 12. Bibliografia
a serviço do homem.
13. Sites úteis

Objetivo
Passo-a-passo
Este guia pretende ajudar os líderes empresariais
a adotarem uma lógica de desempenho global, Preparar as perguntas fundamentais para um bom
contemplando fatores econômicos, sociais e ambien- diagnóstico, identificar os pontos que podem ser me-
tais. Visa ainda engajar a empresa em relações éticas lhorados, definir um plano de ação adaptado às ne-
com os vários stakeholders — clientes, funcionários, cessidades da empresa, contemplando métodos de
fornecedores, acionistas e sociedade civil —, contri- gestão, instrumentos de avaliação e acompanhamento
buindo para que se forme uma visão de longo prazo diário — estas são as etapas propostas pelo guia.
do negócio e menos centrada na maximização dos
lucros no curto prazo. Resultado

Conteúdo Convencido de que o desempenho global é fator de


competitividade, valorização e perenidade das empre-
O guia é estruturado em 100 questões e contribui para sas, o CJD promove o uso do guia, que já foi testado
uma reflexão estratégica a partir do autodiagnóstico em cerca de 400 empresas em 2002 e 2003. Em 2004,
da empresa, que permite definir aspectos a serem a ferramenta foi revisada.
melhorados e estabelecer um plano de ação adapta-
do às necessidades da organização. Um banco de boas Referência
práticas empresariais complementa o guia, que tem a
seguinte estrutura: www.cjd.net

118
BITC 6.7

CR INDEX
Business in the Community - BITC

Ao integrar o índice, as empresas demons- O índice oferece um padrão para testar, medir e rela-
tram sua intenção de empreender esforços tar as atividades de negócios responsáveis. Também
oferece oportunidades para comparar administração
em desenvolver prestação de contas e tornar-
de negócios e desempenho, demonstrando avaliações
se benchmark e o compromisso de melhorar para melhora dos resultados. Ao integrar o índice, as
seu desempenho. empresas demonstram sua intenção de empreender
esforços em desenvolver prestação de contas e tor-
[Objetivo] nar-se benchmark e o compromisso de melhorar seu
desempenho.

Conteúdo
País
A pesquisa traz questões que cobrem os impactos das
Reino Unido
operações, produtos e serviços e interações com prin-
cipais partes interessadas sobre quatro áreas: comuni-
O que é
dade, meio ambiente, mercado e local de trabalho.
Uma ferramenta de benchmark que pesquisa e com-
para o comportamento responsável das empresas, Passo-a-passo
por meio da avaliação da estratégia de responsabi-
Ao integrar a pesquisa e receber os relatórios de ava-
lidade social, da integração desta estratégia com o
liação, os participantes do CR Index entram num pro-
negócio e do desempenho social e ambiental da or-
cesso de análise de lacunas internas e realização de
ganização.
planos de ação para aperfeiçoamento contínuo.

Origem 1. A pesquisa é disponibilizada no site em setembro.


2. As empresas têm dois meses para responder e submeter
O CR Index foi desenvolvido pela Business in the
o questionário (que deve ser assinado pelo CEO ou alto
Community (BITC), uma organização fundada em
membro do Conselho).
1982 por grandes empresas britânicas comprome-
3. A equipe do Business in the Community confronta
tidas com a ampliação de seu impacto positivo na
as respostas com evidências fornecidas pela empresa,
sociedade, por meio de um processo que envolveu a relatórios e outras informações de domínio público
participação de mais de 80 empresas e stakeholders- disponíveis e solicita informações adicionais se
chaves. Os primeiros resultados do Índice foram lan- necessário.
çados em 2003 após um processo de consulta pública 4. As pesquisas recebidas recebem notas e os relatórios de
que continuou em 2004 com o engajamento de repre- feedback são enviados para as empresas respondentes no
sentantes de mais de 110 empresas. A pesquisa pas- final de março. Os relatórios oferecem análises detalhadas
sou por algumas modificações e melhorias sugeridas das lacunas, benchmarks e destaque de pontos fortes e
pela própria comunidade de negócios até chegar a um áreas a serem melhoradas.
formato definitivo em 2005, e, permitindo, a partir 5. Os resultados dos CR Index são publicados em maio,
daí, a comparação anual dos resultados. em um suplemento do jornal Times, juntamente com
exemplos de melhores práticas e debate sobre desafios
Objetivo futuros. Outras análises são fornecidas em sumário
executivo, publicado pelo Business in the Community, e
O CR Index ajuda as empresas a integrar e melhorar apresentadas em sua conferência anual em maio.
negócios responsáveis oferecendo sistemas de geren-
ciamento, administração, mensuração e prestação de Referência
contas na sociedade e no ambiente. www.bitc.org.uk

119
6.8 CJDES

Bilan Societal
Centre des Jeunes Dirigeants et Acteurs de
L´Economie Sociale - CJDES

País uma transparência global que deveria ser considerada


indispensável para qualquer tomada de decisão estra-
França tégica. É uma ferramenta de investigação que pode ser
um meio eficaz para confrontar os comportamentos
O que é em relação aos valores empresariais.
Um instrumento de avaliação da gestão empresarial e,
principalmente, de prestação de contas/comunicação Conteúdo
às partes interessadas da conduta das organizações A avaliação se faz via questionário, que cobre o con-
sob a ótica da responsabilidade social. junto das áreas econômicas, sociais e ambientais:
São nove domínios de reflexão temática a serem ex-
Origem
plorados:
O Bilan Societal (Balanço Empresarial) foi desenvolvi-
1. Atividade, produtos e relações com o cliente.
do em 1996 pelo Centre des Jeunes Dirigeants et Ac-
2. Gestão econômica.
teurs de L’ Economie Sociale – CJDES, uma rede de
jovens empresários que estimula a reflexão e a troca 3. Antecipação, inovação, prospecção.
de experiências entre seus membros para que reali- 4. Produção, organização do trabalho.
zem suas atividades de modo mais eficaz e antecipem 5. Recursos humanos.
as evoluções. A ferramenta foi desenvolvida após tes- 6. Atores internos - cidadãos da empresa.
tes efetuados junto a uma centena de empresas euro-
7. Ambiente humano, social e institucional.
péias, 60 das quais francesas.
8. Ambiente biofísico.

Objetivo 9. Finalidades, valores éticos.

A ferramenta tem por objetivo avaliar a empresa sob As perguntas são tratadas sob 15 critérios de apreciação:
três dimensões: desempenho econômico, eficácia so- 1. atividade
cial e impacto no meio ambiente. A ferramenta tam-
2. cidadania interna
bém responde a cinco objetivos complementares:
3. cidadania local e econômica
• Ser suporte ao diálogo entre as diferentes partes 4. competitividade
interessadas, internas e externas à empresa (animação).
5. convivência
• Ser instrumento de ajuda à decisão e gestão (governança
e estratégia). 6. criatividade e estética
• Prestar contas das suas práticas (transparência). 7. eficácia e eficiência
• Permitir um processo de melhoria contínua (progressos). 8. empregabilidade e desenvolvimento das capacidades
cognitivas (ou competências)
• Valorizar as práticas empresariais (comunicar).
9. ética
O Bilan Societal não é simplesmente um instrumen- 10. respeito ao meio ambiente
to de comunicação externa, mas uma ferramenta de 11. satisfação
informação para auxiliar a tomada de decisões, me-
12. saúde e segurança
lhorando a eficácia e tornando claras as finalidades
da empresa (elementos de trocas da empresa com a 13. solidariedade
sociedade nas categorias não remetidas pelos balan- 14. utilidade social e coletiva
ços financeiros e contábeis legais). Trata-se de atingir 15. viabilidade

120
CJDES 6.8
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

O método utilizado é o princípio da auto-avaliação cru- 3. Fase de informação do questionário de acordo com dois
zada. Trata-se de um método que realiza uma avalia- métodos:
ção qualitativa de uma ação ou um conjunto de ações: • Avaliação externa junto à direção: implicação ou consulta
é pedido aos grupos de atores envolvidos pelo novo aos stakeholders, identificação dos pontos fortes e pontos
domínio de reflexão — cada grupo pode trazer uma fracos.
apreciação diferente — que respondam separadamen- • Avaliação cruzada com implicação dos stakeholders,
te a uma grade de perguntas, cujo número varia em identificação coletiva das divergências.
função do suposto conhecimento que têm do funcio-
4. Análise: diagnóstico com um olhar externo.
namento da empresa. A soma dos olhares, expressos
de forma subjetiva, leva a uma forma de objetividade 5. Análise com o comandatário para permitir a elaboração do
relativa: seja para um consenso sobre a apreciação, seja consenso sobre o diagnóstico entre os stakeholders.
uma identificação de divergências de pontos de vista.
6. Acordo entre as partes sobre a transformação a ser
Aplicado ao Bilan Societal, este método contribui efetuada: prioridades, meios, prazos a respeitarem, quadros
de controle de acompanhamento.
para inventar novos modos de governança. A circula-
ção eqüitativa da informação objetiva permite equili- 7. Publicação da iniciativa e a grade de acompanhamento.
brar as relações entre os stakeholders, desembocando
8. Edição de novo balanço completo ou parcial para avaliar
numa gestão mais responsável da empresa.
a estrutura e os resultados obtidos na condução das ações
Um “analista empresarial”, credenciado pelo CJDES, transformadoras no tempo.
aplica o questionário junto aos diferentes stakehol- A avaliação é conduzida por analistas empresariais
ders, analisa os resultados globais e restitui um diag- que elaboram as modalidades de aplicação do Bilan
nóstico da gestão empresarial. Societal. Após a fase de contato e de informação do
Um software permite recolher e tratar as respostas questionário junto aos diferentes stakeholders, a aná-
aos questionários dos diferentes stakeholders. lise e o regresso para os comandatários variam cerca
de três semanas a dois meses.
Passo-a-passo
Referências
O Balanço Empresarial é desenvolvido de acordo com
www.cjdes.org
as características de cada empresa.
www.cjdes.org/426-Le_Bilan_societal
O método utilizado integra duas vertentes:
• 450 perguntas divididas em grandes temas;
• Análise global da empresa.

O CJDES promove o Bilan Societal junto às empresas


e acompanha os trabalhos.
A avaliação do CJDES desenvolve-se em oito etapas
para a empresa que deseja elaborar o seu Bilan Societal:
1. Contacto e apresentação da iniciativa.

2. Determinação dos objetivos da organização e dos


stakeholders com os quais a empresa deseja dialogar ou
compartilhar a iniciativa.

121
6.9 SIGMA

Projeto SIGMA - Sustainability


Integrated Guidelines for Management
British Standards Institution
Forum For the Future
Accountability

País As Diretrizes não prescrevem níveis de desempenho,


mas ajudam as organizações a definir suas metas de
Grã-Bretanha performance, consistentes com os princípios opera-
cionais que tenham adotado; medem seu desempenho
O que é em relação a essas metas ao longo do tempo e apre-
sentam resultados em relação a elas – tomando me-
Conjunto de diretrizes e ferramentas para empresas
didas para solucionar quaisquer situações nas quais o
que visam contribuir efetivamente para o DS.
nível ou velocidade da melhoria seja insuficiente para
que se alcancem as metas preestabelecidas.
Origem
As diretrizes do Projeto SIGMA podem ser usadas
O Projeto SIGMA foi lançado em 1999 com o apoio com normatizações e orientações que prescrevam
do Departamento de Indústria e Comércio do Reino níveis mínimos de desempenho, ou para auxiliar em
Unido. É uma parceria entre a British Standards Insti- avaliações de desempenho.
tution (BSI)¹, o Forum for the Future² e AccountAbili-
ty³. Foi amplamente revisado em 2003.
Conteúdo

Objetivo As diretrizes consistem em:

Visa construir a capacidade das empresas de alcança- I. Princípios Gerais – Ajudam organizações a com-
rem seus objetivos de negócio e institucionais tratan- preender a sustentabilidade e suas contribuições para
do, de modo mais eficaz, os dilemas, ameaças e opor- com ela. Fornecem um conjunto de referência para
tunidades nos campos econômico, social e ambiental. ajudá-las a desenvolver seus próprios princípios. Ba-
As diretrizes do Projeto SIGMA oferecem soluções seia-se em dois elementos centrais:
flexíveis e viáveis que podem ser implementadas em • Gerenciamento holístico de cinco diferentes tipos
uma ampla gama de setores, tipos de organização e de capital4 (construído, financeiro, humano, social
funções. e natural) que refletem os impactos e a riqueza da
organização como um todo.
Integração e melhoria de desempenho são palavras- • Exercício das práticas responsáveis, transparência e
chaves no Projeto SIGMA. Ele reúne temas sociais, atenção para com parceiros (stakeholders) e respeito a
ambientais e econômicos, ao mesmo tempo em que regras e normatizações relevantes.
incentiva as empresas a integrar essas áreas na ges-
II. Estrutura de Gerenciamento – integra problemas de
tão organizacional. É a síntese de vários modelos e
sustentabilidade em processos centrais e instâncias
instrumentos no campo da responsabilidade social
decisórias da empresa. É um ciclo de quatro fases fle-
empresarial. Ele pode ser usado sozinho ou em con-
xíveis em sua implementação (divididas em subfases)
junto com outras iniciativas e permite às organiza-
– liderança e visão; planejamento; realização; e revisão,
ções definirem seu próprio processo de acordo com
feedback e informação – que permitem que uma organi-
suas necessidades, visando sempre à melhoria do
desempenho. zação se desenvolva, planeje, realize, monitore e preste

¹ Uma das principais organizações de normatização; defende a adoção de melhores práticas de administração, redução de riscos e implementação de normas
internacionais como forma de distribuição de renda.
² Um dos principais órgãos e centros de estudos de sustentabilidade; Instituição fundada em 1996 no Reino Unido, desenvolve ações a fim de acelerar a
transição para um modo de vida sustentável com base em soluções digitais. Trabalha em parceria com mais 150 organizações, governos e universidades para
difundir e compartilhar o conceito e práticas do DS.
³ Um organismo profissional internacional dedicado às práticas responsáveis. Missão: promover a prestação de contas para o DS. Oferece ferramentas e normas
com base em seu AA 1000, promove o desenvolvimento profissional e padrões de certificação e conta com um modelo de governança inovador.

122
SIGMA 6.9
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

informações sobre sua estratégia de desenvolvimento


sustentado e seu desempenho na área. A estrutura ex-
plica de forma clara e concisa as atividades necessárias
Monitoramento, Revisão
e os resultados esperados, e lista outras ferramentas e e Informação
recursos. Também ajuda organizações a crescer com Verifique se
o desempenho está
base no que elas já possuem em operação. melhorando e Liderança e Visão
comunique os Defina a visão para a
resultados sustentabilidade
III. Caixa de Ferramentas – Aconselhamento e orien- e garanta apoio
tação sobre desafios gerenciais específicos. Fornece Melhoria e
para a liderança

uma gama de ferramentas e guias práticos que as or- manutenção dos


5 capitais
ganizações podem usar como auxílio para melhorar
seu gerenciamento de problemas de sustentabilidade
Realização
e seu desempenho geral. Exemplos: uma ferramenta Melhore o
desempenho Planejamento
baseada em um caso prático, uma ferramenta voltada Decida o que deve ser
para a avaliação de desempenho, um processo para feito para melhorar
o desempenho
engajamento de parceiros (stakeholders) e uma escala
de pontuação em sustentabilidade. Algumas das fer-
ramentas foram desenvolvidas especificamente para
o Projeto SIGMA, e outras, como o GRI e a conta-
bilidade ambiental, foram tiradas de fontes externas,
por apresentarem a melhor abordagem atualmente
disponível.
O Projeto SIGMA mantém contato com sistemas e
estruturas de gerenciamento existentes, como a ISO Além dos documentos principais, o projeto apresenta
14001, Investors in People, a série ISO 9000, o OHSAS resultados de pesquisa (IV. R&D Streams) e experiên-
18001 e o AA 1000, permitindo assim a compatibi- cias práticas (V. Practical Experience).
lidade com outros sistemas existentes e ajudando as
organizações a crescer com base no que já possuem Passo-a-Passo
em operação. As Diretrizes SIGMA, em especial o Sumário Execu-
tivo, são recomendadas a todos os que se interessam
na contribuição que as organizações podem trazer ao
stação de Conta desenvolvimento sustentado. A Estrutura de Geren-
Pre s ciamento e a Caixa de Ferramentas concentradas em
ital Natural
Cap
detalhes práticos têm especial valor para os adminis-
tradores e pessoal responsável por dirigir, planejar ou


a no Capit
al implementar abordagens sustentáveis em suas orga-
um
nizações.

lH

So

Financ
pital
Capita

cial

eir
Ca

I. Diretrizes SIGMA
o

Organizações podem adotar os Princípios Gerais


SIGMA, usá-los para desenvolver ou avaliar seus pró-


prios princípios ou trabalhar com outros princípios



compatíveis voltados ao desenvolvimento sustentado.

ap

ad II. A Estrutura de Gerenciamento
C


ital

Manufatur



Pode ser usada, no todo ou em parte:
• Para integrar sistemas de gerenciamento existentes,
aproveitando abordagens existentes.

4
O Sigma desenvolve a idéia do triple bottom line (TBL), colocando os cinco tipos de capital sob o guarda-chuva da prestação de contas. O modelo dos cinco
capitais permite superar fraquezas do TBL, como a possibilidade de considerar os fatores — social, econômico e ambiental — como se fossem iguais (quando
a integridade ambiental é de fato um pré-requisito social e econômico) e tratados isoladamente (quando, na verdade, estão freqüentemente interligados). As
duas abordagens, TBL enquanto os cinco capitais, são na realidade complementares, sendo que os capitais construído e financeiro se relacionam com a linha
econômica do TBL, enquanto os capitais humano e social representam a linha social e o capital natural está associado com o aspecto ambiental. A abordagem
do TBL tem sido usada em várias diretrizes e ferramentas do projeto.

123
6.9 SIGMA

• Para estabelecer um sistema de gerenciamento auto- matização. Inclui uma explicação dos princípios a se-
suficiente. rem aplicados em um processo de certificação realiza-
• Como orientação para aprofundar e ampliar práticas de do com a norma AA 1000: materialidade, abrangência
gerenciamento existentes, sem a estrutura formal de um e dedicação.
sistema de gerenciamento.
As quatro fases: 2. Ferramenta de Estudo: Oferece um processo simples
a. Liderança e visão - definem a visão de para desenvolver um caso hipotético especificamente
sustentabilidade e garante o apoio da liderança. voltado à realidade de uma dada organização, a fim
b. Planejamento - decide o que precisa ser feito para de tratar a questão da sustentabilidade. Usando uma
melhorar o desempenho. abordagem pragmática que reconhece a linguagem e
c. Realização – melhora o desempenho as prioridades centrais da organização, os usuários
d. Monitoramento, Revisão e Informação – verificam podem criar um case forte, que incorpore exemplos
se o desempenho está melhorando e comunicam os da vida real. Isso revelará o que a sustentabilidade sig-
resultados. nifica para a organização e como um melhor desem-
penho em sustentabilidade pode maximizar oportu-
Cada fase e suas respectivas subfases são descritas em
tabelas detalhadas que contêm: nidades e minimizar riscos potenciais.
• Questões-chaves para enfrentamento e resolução; 3. Ferramenta de Compatibilidade: Proporciona às or-
• Um roteiro de verificação sobre como as atividades ganizações uma compreensão sobre como seus siste-
pretendidas se relacionam como os princípios escolhidos mas e abordagens de gerenciamento relacionam com
pela organização; a Estrutura de Gerenciamento do Projeto SIGMA.
• A lista daqueles que precisam estar envolvidos; Ajuda as organizações a obter os efeitos desejados
• Aquelas que são as atividades-chaves; e resultados vislumbrados na Estrutura de Geren-
• Cronologia de datas, indicando quando devem ser ciamento, sem necessidade de duplicar os esforços.
implementadas; A ferramenta mapeia o Projeto SIGMA em relação
• Uma lista de ferramentas e recursos úteis; a outros sistemas, como o EFQM, o AA 1000, In-
• Efeitos e resultados esperados; vestors in People, EMAS, ISO 14001, ISO 14031,
• Questões-chaves para a implementação, a respeito das OHSAS 18001, ISO 9000, AS 8000, AS/NZS 4581,
quais a organização pode ter de tomar consciência. The Natural Step (TNS), Global Compact (ONU) e
o Charter Mark.
As fases se baseiam em um processo gerencial, e não
incluem níveis esperados de desempenho. Entretanto, 4. Ferramenta de Contabilidade Ambiental: Este instru-
melhorar o desempenho é a principal meta das dire- mento é uma introdução à contabilidade ambiental,
trizes SIGMA, e as organizações devem estabelecer a fim de ajudar as organizações a calcular os custos
metas ambiciosas e alcançáveis que possam ser reali- externos (as externalidades) ligados ao ambiente.
zadas usando a Estrutura de Gerenciamento proposta
5. Ferramenta de Informação GRI: Este guia, baseado nas
pelo Projeto.
diretrizes do Global Reporting Initiative, é destinado
a empresas de todos os tamanhos e ajuda a elaborar
III. A Caixa de Ferramentas
um relatório RSE. Fornece princípios e indicadores de
Consiste em 13 ferramentas de apoio, guias e estudos desempenho econômico, ambiental e social. Tanto os
de casos. Um breve resumo de cada ferramenta e do princípios como os indicadores foram desenvolvidos
que elas podem conseguir para uma organização: ao longo dos últimos cinco anos, com dados e suges-
tões vindos de uma ampla gama de stakeholders em
1. Norma de certificação AA 1000: É uma normalização
todo o mundo.
geralmente aplicável para avaliar, atestar e fortalecer
a credibilidade e qualidade do informe de sustentabi- 6. Ferramenta de Marketing e Sustentabilidade: Sugere
lidade de uma organização e de seus processos, siste- alguns passos iniciais para desenvolver um plano de
mas e competências subjacentes. Fornece orientação marketing e sustentabilidade e estabelece as bases
sobre elementos-chaves do processo de certificação. para a colaboração entre profissionais de marketing
Esta ferramenta oferece um resumo simples da nor- e sustentabilidade. Fornece um conjunto de passos

124
SIGMA 6.9
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

práticos para identificar oportunidades-chaves, por 10. Stakeholder Engagement: Oferece às organiza-
meio do entendimento dos consumidores e do mer- ções duas maneiras de melhorar suas práticas de
cado, avaliando os atributos de sustentabilidade dos engajamento de parceiros (stakeholders). A primei-
produtos e serviços da organização e determinando ra abordagem baseia-se no processo AA 1000, que
que questões de sustentabilidade possuem maior po- incorpora o engajamento de stakeholders como um
tencial de uso em uma campanha de marketing. elemento central no processo de gerenciamento, afe-
rição e comunicação do desempenho. Este processo
7. Questionário de Desempenho: É um check-list que
ajuda a organização a perceber diferentes aspirações
avalia o desempenho da organização em relação à Es-
e necessidades dos stakeholders e equilibrar e geren-
trutura proposta pelo Projeto SIGMA. Consiste em
ciar os elementos interligados de desempenho social,
22 perguntas, cada uma dividida em subcategorias.
ambiental e econômico. A segunda abordagem é um
Deve ser utilizado após a implementação do Projeto
SIGMA. Fornece à organização uma imagem de como conjunto de ferramentas que ajuda as organizações a
estão se saindo em termos de desenvolvimento sus- explicar e avaliar o engajamento de seus stakeholders.
tentável. O questionário também pode ser usado para A primeira ferramenta concentra-se nos motivadores
avaliar desempenho entre diferentes partes de uma do engajamento, e a segunda apresenta um conjunto
organização. de questões-chaves sobre quem, o quê, onde, quando
e como em termos de engajamento, bem como as me-
8. Guia de Risco, Oportunidade e Sustentabilidade: Ofe- lhores técnicas disponíveis.
rece informações básicas e ferramentas simples para
permitir às organizações melhorar sua compreensão 11. Guia de Questões de Sustentabilidade: Lista e fornece
e gerenciamento de riscos e oportunidades ligadas ao breves explicações sobre uma ampla gama de ques-
desenvolvimento sustentável. Por meio de uma expli- tões ligadas à sustentabilidade, a respeito das quais as
cação de riscos sociais, econômicos e ambientais do organizações devem estar conscientes.
ponto de vista dos parceiros (stakeholders), as organi- 12. Guia de Contabilidade para a Sustentabilidade: Ajuda
zações podem desenvolver uma compreensão a res- as organizações a prestar contas sobre seu desempe-
peito de uma gama mais completa de ameaças a seu nho em termos de sustentabilidade organizacional.
sucesso organizacional, incluindo-se a não-percepção Reconhecendo tratar-se de uma área embrionária, na
de oportunidades. Um processo genérico de riscos e
qual há muitas lacunas e inadequações na atual conta-
oportunidades, apoiado por ferramentas e orientação
bilidade financeira, o guia explora o pensamento mais
avaliativa, permite aos usuários melhorar seus proces-
moderno em termos de sustentabilidade e fluxos de
sos já existentes ou desenvolver novos.
recursos, ativos e passivos, no contexto das Práticas
9. Diretrizes e Normas relevantes para o Desenvolvimento Contábeis Geralmente Aceitas (GAAP). Diferentes
Sustentável: Este guia resenha 20 normatizações e di- maneiras de integrar informações são apresentadas,
retrizes relevantes para o desenvolvimento susten- para ajudar as organizações a entender novas opções
tável. Inclui o Global Compact (ONU), EMAS, The de estruturação contábil. Usuários que já estão im-
Natural Step, Social Accountability 8000, Investors plementando mudanças em suas práticas contábeis e
in People, Global Sullivan Principles, The Ethical fontes de dados para coeficientes e valores ambientais
Trading Initiative Base Code, Balanced Scorecard, também são oferecidos.
a European Foundation Quality Model - Excellen-
13. Placar de Sustentabilidade: Desenvolve o conceito
ce Model, o Global Reporting Initiative, o AA 1000,
Combined Code of Corporate Governance, a famí- de um Placar de Equilíbrio nos Negócios. A aborda-
lia ISO de normalizações, o London Benchmarking gem permite à organização identificar motivadores-
Group, as diretrizes da OECD para Empresas Mul- chaves e o modo como estão interligados, e usá-los
tinacionais, os Caux Roundtable Principles for Bu- para desenvolver objetivos e métricas.
siness, as diretrizes de Direitos Humanos para Em-
presas, da Anistia Internacional, os Principles for Referências
Global Corporate Responsibility, Business Impact www.projectsigma.co.uk/
Task Force e a Sustainable Development Strategy do www.projectsigma.co.uk/Guidelines/SigmaGuidelines.pdf
Governo Britânico. www.projectsigma.com/Toolkit/SIGMASustainabilityMarketing.pdf

125
6.10 GRI

G3
Global Reporting Initiative - GRI

País desempenho econômico, social e ambiental. Propicia a


comparação com o mercado, já que estabelece padrões
Holanda (indicadores) e ainda serve como uma plataforma para
facilitar o diálogo e o engajamento de stakeholders.
O que é Além das diretrizes globais, a GRI desenvolve diretrizes
É a primeira iniciativa em escala mundial que visa che- setoriais (Financeiro, Metais e Mineração, Operadoras
gar a um consenso a respeito de uma série de diretri- de Turismo, Agências Públicas, Automotivas, Teleco-
zes de comunicação sobre a responsabilidade social, municações, entre outras) e, no futuro, lançará diretri-
ambiental e econômica das empresas. Seu objetivo é zes nacionais
elevar a qualidade dos relatórios a um nível passível de A GRI encoraja as empresas a:
comparação, consistência e utilidade.
• Reportar o processo de implementação dos princípios;
• Estabelecer metas;
Origem
• Identificar as melhorias alcançadas nos diversos aspectos;
Ferramenta criada pela Global Reporting Initiative • Relatar se os objetivos foram ou não atingidos;
(GRI), organização internacional com sede em Ams- • Avaliar internamente a consistência entre a política de
terdã, na Holanda, cuja missão é desenvolver e dis- sustentabilidade corporativa e sua efetiva realização.
seminar globalmente diretrizes para a elaboração de
relatórios de sustentabilidade. A idéia de estabelecer Conteúdo
um padrão global para esses relatórios surgiu em 1997
a partir de uma parceria entre a Coalition for Envi- A estrutura e o conteúdo são constantemente revi-
ronmentally Responsible Economy (Ceres), instituição sados e atualizados por meio de um processo parti-
não-governamental americana composta por organi- cipativo envolvendo diferentes setores da sociedade
zações ambientais, de trabalhadores, religiosos, pro- mundial.
fissionais de investimento socialmente responsável e O documento divide-se em cinco partes:
investidores institucionais e o Programa das Nações Introdução: Tendências que motivam os relatórios de
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). sustentabilidade e os benefícios gerados.
A primeira versão das Diretrizes para Relatórios de Parte A – Utilizando as Diretrizes: instruções gerais sobre o
Sustentabilidade data de 2000 e foi construída den- uso das Diretrizes.
tro de um processo de engajamento voluntário de Parte B – Princípios para a Elaboração de Relatórios:
diversas partes interessadas: representantes do setor princípios e procedimentos que promovem o rigor dos
empresarial, ONGs, organizações trabalhistas, inves- relatórios e que norteiam o uso das Diretrizes.
tidores institucionais, ativistas de direitos humanos, Parte C – Conteúdo do Relatório: conteúdo e compilação
firmas de auditoria e consultoria, agências da ONU, de um relatório.
entre outras. O processo tornou-se internacional e Parte D – Glossário e Anexos: orientações e recursos
teve o intuito de desenvolver e disseminar globalmen- adicionais para uso das Diretrizes.
te diretrizes e incorporar indicadores de sustentabi- A GRI propõe um conjunto de indicadores organi-
lidade para a elaboração de relatórios (Sustainability
zados nas dimensões econômica, ambiental e social,
Reporting Guidelines). Essas diretrizes encontram-se,
subdivididos em categorias, aspectos e em indicado-
hoje, na terceira versão, a G3, lançada em outubro de
res quantitativos ou qualitativos. A escolha dos indi-
2006 e já traduzida para o Português.
cadores depende das características e prioridades de
cada organização e de suas partes interessadas.
Objetivo
Os princípios para a elaboração de relatórios de
A GRI busca estabelecer um padrão internacional de sustentabilidade são: Materialidade, Inclusão dos
relatório econômico, social e ambiental. O modelo stakeholders, Contexto da sustentabilidade, Abran-
determina princípios e estrutura para o relatório, per- gência, Equilíbrio, Comparabilidade, Exatidão, Perio-
mitindo às organizações a apresentação geral de seu dicidade, Clareza, Confiabilidade.

126
GRI 6.10
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

Passo-a-passo ambiental, aceito por todos, constitui um trabalho de


longo prazo, qualquer que seja o seu nível de experi-
As organizações podem utilizar as Diretrizes como ência na matéria.
referência informal, de maneira progressiva, ou ainda
serem consideradas em três níveis de adesão ao modelo
GRI (A, A+, B, B+, C, C+). Cada uma dessas categorias Resultados
possui uma série de requisitos a serem atendidos. Mais de mil companhias seguem oficialmente as
A classificação em cada um dos Níveis de Aplicação é orientações da GRI em seus relatórios de sustentabi-
feita por auto-avaliação. O sinal “+” indica que o rela- lidade. Trata-se de um grupo composto por empresas
tório passou por um processo de verificação externa. como General Motors, ABN Amro Bank, Bayer, Nike
Para cada um dos níveis, a GRI criou um ícone a ser e Petrobras.
inserido no relatório, além de um ícone que informa
No Brasil, o modelo é adotado por 38 organizações,
que o relatório foi examinado pela própria GRI ou por
todas de grande porte.
uma terceira parte.
(Fonte: http://www.corporateregister.com/gri/ - acesso em
Mas esta análise da GRI se atém apenas aos itens de 10/10/2007).
divulgação, e não ao conteúdo do relatório, não tendo
fins de verificação. A tendência atual é que mais e mais empresas, no
mundo todo, façam seus relatórios no modelo GRI,
A GRI entende que a elaboração do quadro de refe- permitindo uma padronização que facilite a análise e a
rência, para prestação de contas econômico, social e comparabilidade do desempenho das empresas.

dica
Manual para auxiliar as organizações na elabora-
ção dos relatórios de sustentabilidade : The GRI
Sustainability Reporting Cycle: a Handbook for
Small and Not-So-Small Organizations a ser ad-
quirido no site da GRI.

Parcerias O documento mostra aos associados como usar o mode-


lo proposto pela GRI para elaborar relatórios de avanços
A parceria GRI & Pacto Global tem o objetivo de ali- na implementação dos dez princípios do Pacto Global.
nhar as estratégias das duas iniciativas, que têm pro-
postas semelhantes — uma voltada à sustentabilidade,
Referências
e outra, à responsabilidade corporativa. A idéia é apro-
veitar os avanços conquistados e aumentar a difusão www.globalreporting.org
dos princípios de cidadania junto ao setor privado.
Com isso, as empresas associadas ao Pacto Global pas- Download G3:
sam a ter mais facilidade de aderir à GRI e vice-versa. www.globalreporting.org/home/languagebar/portuguese.htm

A primeira ação prática decorrente desta parceria foi a Colaboração


elaboração de um novo instrumento, chamado “Fazen-
do uma conexão: usando as orientações da GRI para Report Comunicação
comunicar os progressos no Pacto Global”. www.reportcomunicacao.com.br

127
6.11 THE SMALL BUSINESS
CONSORTIUM

Small Business Journey,


e Better Business Journey
The Small Business Consortium
País Business, Institute of Directors, Lloyds TSB e Scottish
Business in the Community.
Reino Unido
Small Business Journey foi a primeira iniciativa, lança-
O que é da em 2004.

As duas ferramentas são desenvolvidas para ajudar pe- Better Business Journey foi recentemente lançada pelo
quenas empresas a aumentar seus lucros com práticas consortium e é uma outra maneira de orientar e inspi-
de responsabilidade social. Small Business Journey é um rar os negócios, além de fornecer exemplos de ações
simples que podem ser seguidas por empresas de
guia on-line, e Better Business Journey é um livreto.
qualquer tamanho e setor.
Origem
Objetivo
The Small Business Consortium foi formado em 2002
Pretende-se com a publicação mostrar aos pequenos
com o objetivo de aumentar a lucratividade de pe-
empresários que a responsabilidade social diminui os
quenos e médios negócios do Reino Unido, encora-
impactos negativos da atividade empresarial no meio
jando-os a manter práticas de responsabilidade social ambiente e na sociedade, além de produzir efeitos po-
junto à comunidade e ao meio ambiente. O consórcio sitivos. A jornada destina-se a negócios de qualquer
disponibiliza às empresas uma série de materiais para tamanho ou tipo para ajudá-los a crescer de modo a
pequenos negócios sobre empreendedorismo respon- gerar valor às partes interessadas por meio da adoção
sável. O consórcio está aberto à participação de qual- de práticas de responsabilidade social. Demonstra-se,
quer organização de stakeholders que deseje integrá- por meio de uma realidade de fácil compreensão e
lo e atualmente reúne instituições britânicas como adequada à realidade dessas empresas, como os pe-
Accountability, Arts & Business, British Chambers of quenos negócios podem ter maior valor agregado em
Commerce, Business in the Community, CSR Europe, sua reputação, reconhecimento público, entre outros
Federation of Small Business, The Forum of Private benef ícios da responsabilidade social.

POLÍTICAS
Conteúdo
Definição do

Diversidade
de negócio
Princípios
propósito

Igualdade

Small Business Journey


Há três caminhos na Jornada. Cada um deles apresen-
ta uma série de práticas que podem ter um impacto
Voluntariado

Marketing com
positivo no sucesso do negócio no longo prazo. Estas
segurança

um motivo
Sa
Capacitação

MANAGING
práticas são as chamadas + points, porque adicionam
de

Inovação Melhor
e

RISK
remuneração
Mensuração do sucesso valor ao negócio. Cada parte da jornada lida com:
Conhecer a legislação
I. Políticas – Qual a teoria e como ela pode ser colocada
tes
en

em prática no seu negócio? Há 6 +points a considerar.


lhar boas
Comparti-

i
práticas

Cl

Fornece-
dores

Comunidades
II. Práticas – Aqui poderão ser encontradas informações
Minimização do de medidas práticas como administração do desperdício
desperdício
e melhores processos de pagamento. Há 9 +points a
considerar.
Gestão de
recursos

Público interno

III. Stakeholders – Aqui o foco é comunicar eficientemente


com os empregados, clientes e fornecedores. Apresentam-
PRÁTICAS STAKEHOLDERS
se + points que se referem a como interpretar as
demandas destes stakeholders e como se comunicar
adequadamente com quatro grupos de stakeholders.
Todo o conteúdo da Jornada pode ser encontrado no site www.smallbusinessjourney.com (on-line e PDF).
O site oferece várias orientações sobre assuntos específicos para cada uma das três rotas, ajudando as empresas a entrar em ação.

128
THE SMALL BUSINESS 6.11
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

CONSORTIUM

Better Business Journey é um livreto para empreen- Nurture), Avaliação, Comprometimento, Divulgação,
dedores de PMEs que oferece dicas e ações que po- Integração, Organização e Aporte.
dem ser incorporadas por qualquer negócio. • Exemplos de negócios que já iniciaram estas etapas.

• Informações sobre como o negócio pode ser • Indicações para quem precisa de mais ajuda.
beneficiado de modo tangível.
• Foco em quatro áreas-chaves: Pessoas, Princípios,
Compra e Promoção (vendas e marketing). Pessoas
BETTER BUSINESS JOURNEY
• Lista de ações divididas por etapas de implantação.
Apresentam-se as melhores ações para começar
PRINCÍPIOS
e que devem fazer sentido para a organização. Os
tópicos foram preparados a partir do feedback dos
empreendedores.
PROMOção compra
• Um plano de ação simples com informações de (vendas e marketing)
como implementá-lo a partir das fases de Diagnóstico
(A.C.T.I.O.N. Assess, Commit, Tell, Integrate, Organise,

Passo-a-passo • Integram práticas de responsabilidade social em sua


estratégia;
Qualquer empresa pode usar as informações publi-
• São valorizados pelos funcionários como excelentes
cadas gratuitamente devendo apenas fazer referência
lugares para trabalhar;
completa a elas.
• São valorizados por clientes e consumidores;
A idéia é que as ações comecem a partir do estágio em • São valorizados como bons vizinhos pela comunidade;
que se encontra o negócio e com foco nas suas neces-
• São vistos como bons investimentos pelos
sidades de Mercado. Isso permite medir o sucesso das financiadores e investidores;
iniciativas para o negócio e as partes interessadas.
• Proporcionam saúde e segurança,
Não há processos de implantação e execução. Não há • Adotam princípios ambientais.
ponto de partida; as empresas devem se interessar pe-
las soluções dos problemas que elas estão enfrentan-
Resultado
do. O consórcio sugere que a empresa percorra cada
rota, tratando das questões apontadas, de acordo com O Consortium não controla resultados do uso das
as características do seu negócio e, principalmente, ferramentas, na medida em que ambas as ferramen-
tas não têm um único processo estabelecido para
em seu tempo.
implementação (a experiência é diferente para cada
Segundo a Small Business Journey, à medida que empresa).
progride na jornada, a empresa obtém:
• Adequação às exigências legais e de regulação; Referências
• Melhorias na reputação; Better Business Journey
• Melhorias no relacionamento com pessoas importantes www.betterbusinessjourney.com
para o negócio;
PDF: www.smallbusinessjourney.com/files/pdf/Better%20b
• Administração dos riscos, e usiness%20journey_final.pdf
• Expansão da inovação em processos, produtos e Small Business Journey
serviços. www.smallbusinessjourney.com
Na concepção do The Small Business Consortium,
os negócios responsáveis: Colaboração
• São orientados para o lucro, para o benefício das Stephanie Hagan
pessoas e do planeta (3 Ps : profit, people, planet); Partnerships Manager Small Business Consortium

129
6.12 ACCOUNTABILITY

Responsible Competitiveness Index - RCI


Accountability

“A idéia de competitividade responsável está ligada a mercados que


recompensem, de forma sistemática e abrangente, empresas com estratégias
e práticas que levem explicitamente em conta impactos sociais, econômicos e
ambientais. Fazer do desenvolvimento sustentável um aspecto importante nos
mercados do futuro exige que os países desenvolvam políticas públicas efetivas,
fortaleçam as condições sociais e apóiem mercados responsáveis.”

País tiva em cada país. A pesquisa foi depois relacionada


com o índice de competitividade do Fórum Econô-
Reino Unido
mico Mundial(*). O índice do Fórum Econômico
Mundial define competitividade como a habilidade
O que é de um país em atingir um crescimento sustentável
É um índice que relaciona o estado da responsabilida- no médio e no longo prazo.
de corporativa com a competitividade das nações. O Em 2007, o índice foi lançado novamente, porém, des-
Índice revela quais os países que estão atingindo cres- ta vez, contabilizando 108 países em seu estudo, in-
cimento econômico sustentável baseado em práticas
cluindo o Brasil, de acordo com o grau em que o clima
de responsabilidade social.
político, econômico e social favorece (ou não) estra-
tégias e práticas empresariais baseadas no princípio
Origem da sustentabilidade. Relatório: The State of Responsi-
A elaboração do Índice de Competitividade Responsá- ble Competitiveness 2007 — Making Sustainability
vel – RCI foi coordenada pela Accountability e desen- Count in Global Markets.
volvidos a partir do Diálogo de Políticas Globais sobre
Competitividade Responsável realizado em 2004. Tem Objetivo
o apoio do Rockfeller Brothers Fund e parceria com a
Fundação Dom Cabral, com o Pacto Global, das Na- A competitividade responsável é um conceito que
ções Unidas, com redes de negócios, organizações de permite avaliar quanto os mercados remuneram o
pesquisa e instituições públicas na África, na Ásia, na comportamento responsável das empresas, e o quan-
Europa e na América Latina. to penalizam o comportamento não-responsável.
Constitui a condição necessária para uma globali-
O índice está em sua terceira edição.
zação viável, que alinhe a ampliação de oportunida-
A primeira delas aconteceu em 2003, quando 51 países des e papéis da empresa no desenvolvimento com a
constituíram o ranking que alinhava responsabilidade redução de pobreza e desigualdade e a estabilidade
corporativa com competitividade das nações. ambiental. Prevê que os governos e empresas de todo
Para elaborar o índice de 2005, diagnosticou-se, pri- o mundo incorporarão cada vez mais questões rela-
meiramente, o estado da responsabilidade corporati- cionadas com a responsabilidade social em suas es-
va em 83 nações a partir da análise de critérios como tratégias de desenvolvimento e manutenção da com-
corrupção, manejo ambiental e governança corpora- petitividade nacional.

130
ACCOUNTABILITY 6.12
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

Conteúdo 16. Orientação a Consumidores.


17. Liberdade de Imprensa.
O índice de Competitividade Responsável 2007 foi
composto por 21 indicadores econômicos, sociais e 18. Transparência das Transações.
ambientais agrupados em três dimensões que avaliam: 19. Filiação a ONGs.
1. O quanto as estratégias e práticas dos negócios levam 20. Liberdades Civis.
explicitamente em conta os impactos social, econômico e 21. Impacto da Poluição nas Operações Empresariais.
ambiental.
2. O quanto o macroambiente do país orienta estas As três dimensões são:
estratégias e práticas.
1. Diretrizes Políticas — incluem indicadores que de-
3. O quanto habilitadores sociais do país (fatores que monstram o compromisso por parte do governo,
escapam do controle do governo e das empresas) pressionam
como a assinatura e ratificação de tratados interna-
ou travam o avanço da competitividade responsável.
cionais, a elaboração de um sistema tributário respon-
Os 21 indicadores econômicos, sociais e ambientais sável, a implementação de normas ambientais rígidas
(versão 2007) são: e de medidas para reduzir a desigualdade de gêneros.
Diretrizes políticas eficazes exigem a coordenação de
muitos departamentos e agências governamentais e
Diretrizes Políticas
(especialmente em países maiores) mecanismos mais
1. Assinatura e Ratificação de Tratados Ambientais. eficientes para a combinação de políticas centrais, re-
2. Ratificação de Direitos Básicos dos Trabalhadores. gionais e locais.
3. Rigidez do Índice de Emprego. 2.  Ação Empresarial — no nível empresarial, sistemas

4. Rigidez das Normas Ambientais. de gerenciamento responsáveis incluirão ações efeti-


vas a respeito de questões como treinamento de fun-
5. Emissões de CO2 por bilhão de dólares. cionários, saúde e segurança ocupacional e redução
6. Mulheres empregadas no setor privado. de impactos ambientais.
7. Sistema Tributário Responsável. 3. Habilitadores Sociais — À medida que as empresas
ultrapassam a etapa da implementação de sistemas
Ação Empresarial básicos de gerenciamento responsável e à medida que
os governos coordenam suas políticas para apoiar o
8. Eficácia das Direções Corporativas.
setor privado, entra-se em um território no qual a
9. Comportamento Ético das Companhias. vantagem do ineditismo desaparece.
10. Igualdade Salarial para Atividades Assemelhadas. O índice foi criado utilizando-se um modelo de re-
11. Força dos Padrões de Auditoria e Contabilidade. gressão linear em que as variáveis independentes (re-
12. Grau de Treinamento de Funcionários. gressores) são os fatores descritos acima. Além disto,
o modelo de regressão leva em conta o nível de desen-
13. Taxa de Certificação ISO.
volvimento do país: baixa, média e alta renda (classifi-
14. Acidentes Ocupacionais. cação utilizada pelo Banco Mundial).
O papel das empresas revelou-se fundamental para
Habilitadores sociais promover a competitividade responsável, uma vez
15. Índice de Percepção de Corrupção. que, dentre estas três dimensões, a que avalia o quan-

131
6.12 ACCOUNTABILITY
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

to estratégias e práticas dos negócios levam explici- Referências


tamente em conta os impactos social, econômico e
www.accountability21.net
ambiental foi a que teve a maior importância na com-
www.accountability21.net/publications.aspx?id=878
posição do índice.
www.accountability21.net/uploadstore/cms/docs/Competiti
vidade%20Responsavel.pdf
Resultado
Relatório 2006 (Am. Latina)
Em 2003, 2005 e 2007 a AccountAbility e seus parcei-
ros lançaram os Relatórios de Competitividade Res- • Sumário: www.accountability21.net/research/default.
ponsável, que servem para monitorar o progresso das asp?pageid=242
regiões e do mundo inteiro. • Íntegra: www.accountability21.net/uploadstore/cms/docs/
Competitividad%20Responsable.pdf
A Suécia é líder em competitividade responsável.
Outros países nórdicos europeus estão nas seis pri-
meiras posições: Dinamarca, Finlândia, Islândia e
Comparação de rankings
Noruega. Entre os 20 mais bem colocados, 13 são
Índice de Crescimento da Competitividade (ICC) e
europeus. Os outros 7 são, nesta ordem, Hong Kong,
Índice Nacional da Competitividade Responsável (INCR)
Japão, Cingapura, Canadá, EUA, Austrália e Nova
Zelândia.
90
América Latina
No grupo dos países emergentes, conhecidos como Países Emergentes Paraguai
Outros
BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) mais África do 80
Honduras Bolívia
Nicarágua

Sul, este último assume o primeiro lugar do grupo Venezuela


Ecuador
Guatemala
e fica na 28ª posição do ranking geral. O Brasil ficou 70

em 2º lugar nesse grupo e na 56ª posição do ranking Argentina


Dominican Republic
Rússia
geral. Índia, Rússia e China ficaram em 3º, 4º e 5º 60 Perú
Colômbia
lugares no grupo e na 70ª, 83ª e 87ª posições, respec-
tivamente, na lista geral. Chile e Malásia chamaram 50 Brasil
Panamá
Índia
Ranking ICC

Uruguai
atenção pelo seu bom desempenho e ficaram à frente Costa Rica
El Salvador
40
de alguns Estados que entraram recentemente para a México
China

União Européia.
30

Em relação às economias de baixa renda, Zâmbia e


Uganda foram mais bem colocadas que outros países 20
Chile
com mesmo nível de desenvolvimento, segundo clas-
sificação do Banco Mundial. Em Camboja, Marrocos 10

e Bangladesh, iniciativas de inovação na competitivi-


0
dade responsável já conseguiram gerar resultados em 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
âmbito nacional. Ranking INRE

O relatório Competitividade Responsável: A Refor-


mulação dos Mercados Globais através de Práticas
Empresariais Responsáveis – América Latina, lança-
do no final de 2006, analisa o avanço da América Lati-
na em relação à meta da competitividade responsável.
Ele surge do esforço de colaboração entre AccountA-
bility, FDC e Incae, com o apoio do Fórum Empresa e
do Fundemas.

132
TNS ® 6.13

The Natural Step - TNS®


Willis Harman House - WHH / AntaKaranA

País Atualmente, o TNS® está presente em 12 países: Austrá-


lia, Brasil, Canadá, França, Israel, Itália, Nova Zelândia,
Suécia (país de origem). Atualmente presente em África do Sul, Suécia, Reino Unido e EUA. Peritos em
12 países. sustentabilidade, cientistas e universidades trabalham
em rede na criação de soluções, modelos inovadores e
O que é ferramentas que conduzirão a um futuro sustentável.
Um guia com condições fundamentais para uma socie- O objetivo é manter saudáveis os ecossistemas e o teci-
dade sustentável, construídas a partir de um consenso do social global do planeta, capazes de sustentar a nós
de cientistas, e com uma metodologia para o planeja- e às gerações futuras. No Brasil, o TNS® é representa-
mento de negócios/tomada de decisões. É destinado a do pela Willis Harman House/ANTAKARANA (www.
empresas, organizações e pessoas que desejam contri- willisharmanhouse.com.br), uma organização voltada
buir para o desenvolvimento sustentável da sociedade. para a ampliação de consciência e contribuição no pro-
cesso de construção de um futuro sustentável, por meio
da representação de outras instituições internacionais
Origem
dedicadas ao tema, além do TNS®.
Em uma tentativa de oferecer uma ferramenta prática
para orientação de decisões em termos de sustentabili- Objetivo
dade, The Natural Step (TNS®) foi criado na Suécia em
1989 por um médico oncologista, Karl-Henrik Robert, A Estrutura de The Natural Step (TNS®) é uma abor-
em resposta às crescentes preocupações com proble- dagem científica e sistêmica ao planejamento organi-
mas de saúde pública decorrentes do aumento de to- zacional para a sustentabilidade. Oferece um conjunto
xinas no ambiente, das práticas atuais de utilização de prático de critérios de planejamento que pode ser usa-
recursos naturais e da necessidade de medidas efetivas do para orientar determinada ação para o alcance da
e de consenso geral para alcance da sustentabilidade. sustentabilidade. Baseia-se fundamentalmente em uma
avaliação integrada da situação atual em que se preten-
A estrutura do TNS baseia-se fundamentalmente em de atuar e na determinação da visão futura de sucesso
uma avaliação sistêmica da atual dinâmica econômi- por meio de uma metodologia chamada backcasting.
ca, social e ecológica, e na definição de sucesso basea-
da em uma sociedade sustentável. Observação – O TNS não tem o costume de colocar a
análise para a sustentabilidade em níveis independen-
Com um grupo de 50 cientistas, na época, o Dr. Robert tes, nos planos ambiental, social e econômico, pois
desenvolveu um consenso, científico, ecológico e social acredita que a análise do sistema vai além das três ins-
(baseado nas funções da biosfera e em como a socieda- tâncias juntas.
de influencia sistemas naturais e em como os seres hu-
manos estão ameaçando as funções naturais), e descre- O documento traz quatro condições essenciais para a
veu possibilidades de se mudarem estas tendências de sustentabilidade e sugere uma metodologia de planeja-
forma sustentável. Unindo-se as idéias do documento mento para alcançá-los denominada backasting (pós-
de consenso com as quatro condições essenciais, então visão). Diferentemente do planejamento estratégico
definidas para se alcançar a sustentabilidade, formou- tradicional, que procura antever tendências futuras tra-
se a estrutura do The Natural Step (TNS®). çando cenários possíveis e ajustando a estratégia em-
presarial, esta metodologia parte da definição dos obje-
Nascia um novo movimento, que muitos chamam de tivos finais (o que seria um negócio sustentável) e então
uma “revolução silenciosa”. A partir do engajamento traça as estratégias organizacionais para atingi-lo.
de empresários, estudiosos, jornalistas, artistas, mí-
dia, e com o apoio do rei da Suécia, o documento foi O TNS trata os desafios na fonte de maneira que eles se
enviado a cada residência ou escola do país. Foi cria- transformem em oportunidades de inovação. Funcio-
da então uma organização de consultoria, pesquisa na como uma filosofia geral, cobrindo todo um siste-
e educação internacional com o mesmo nome - The ma: princípios gerais que instruem a prevenção junto à
Natural Step (TNS®), a fim de acelerar a jornada rumo fonte, tornando os problemas mais fáceis de solucionar
a sustentabilidade global. (upstream) ou lidando com as conseqüências, impac-

133
6.13 TNS ®
tos, numa forma complexa, que envolve a análise de II. Condições do sistema – O TNS trabalhou com cien-
ciclo de vida de produtos e serviços (downstream). tistas para desenvolver um conjunto de princípios bá-
sicos, usados para ajudar a guiar as organizações no
A estrutura do Natural Step auxilia indivíduos e organi-
sentido da sustentabilidade.
zações a enfocar questões-chaves ambientais e sociais por
meio de uma perspectiva sistêmica; a reduzir o uso de Na sociedade sustentável, a natureza não é sistemati-
recursos naturais, a desenvolver novas tecnologias e faci- camente submetida a graus cada vez maiores de:
litar a comunicação da empresa. Fornece uma linguagem
comum e princípios para auxiliar na mudança de práticas 1. Concentrações de substâncias extraídas da crosta ter-
existentes e diminuir seu impacto no meio ambiente. restre - Os materiais extraídos devem ser controlados
para que as concentrações de metais, minerais e fu-
Conteúdo maça de combustíveis fósseis não se acumulem, pro-
vocando danos à saúde e aos ecossistemas. É necessá-
A definição de quatro condições sistêmicas essenciais rio permitir que os ciclos naturais se renovem.
para a manutenção da vida na Terra é hoje, junto com
Objetivo – Eliminar nossa contribuição para os au-
uma metodologia ampla sobre como aplicá-las estra-
mentos sistemáticos de concentrações de substâncias
tegicamente, parte de um consenso mundial e estão
na crosta terrestre.
na estrutura de referência do TNS. São três compo-
nentes principais:
2. Concentrações de substâncias produzidas pela socieda-
I. O Funil – O TNS usa uma ferramenta metafórica de - Quando o homem produz substâncias químicas,
para entender melhor o atual drama ambiental e a remédios, plásticos, entre outros, precisa fazê-lo de
nossa reduzida margem de manobra. uma maneira e em quantidades que não interfira no
ciclo natural de decomposição na natureza.
A atual situação das pessoas na Terra pode ser vista como
um funil com cada vez menos espaço de manobra, Essa Objetivo – Eliminar nossa contribuição para os au-
situação é causada pelo fato de que os mecanismos que mentos sistemáticos nas concentrações de substân-
fornecem recursos essenciais à vida — e que permitem cias produzidas pela sociedade.
a continuidade da sociedade no planeta, como ar puro,
água limpa e solo fértil — estão em declínio. Ao mesmo 3. Degradação por meios físicos - Não se deve plantar
tempo, a demanda da sociedade por esses recursos e ser- de maneira que o solo perca seus nutrientes ou que
viços está aumentando. A população da Terra é, atual- espécies sejam extintas, assim como a abertura de es-
mente, superior a 6 bilhões de pessoas, e está crescendo. tradas ou construção de edif ícios não devem inter-
Nossos níveis de consumo também estão em crescimen- ferir significativamente no meio ambiente. É preciso
to. Perceber que todos nós vivemos em um funil instiga preservar os recursos existentes.
as pessoas a serem mais estratégicas ao fazer escolhas e Objetivo – Eliminar nossa contribuição para a degra-
planos de longo prazo. O Natural Step acredita que, por dação f ísica sistemática da natureza, o que fazemos
meio da inovação e transformação ilimitada, podemos com colheitas excessivas, descarte de materiais estra-
catalisar a mudança para a sustentabilidade. nhos ao local e outras formas de modificação.

DECL
ÍNIO Funil de Recursos do TN S
DE R
ECUR
RECURSOS SOS
ESSE
Por meio da NCIA
Os recursos IS À
inovação, VIDA
essenciais à OFERTA SUSTENTÁVEL
criatividade
vida estão em e potencial
declínio... ilimitado para SUSTENTABIlIDADE
... a demanda mudança
por recursos está podemos alargar DEMANDA SUSTENTÁVEL
S
aumentando o gargalo do RSO
R ECU
funil POR
DEMANDA DE
ED A
S OCI
DA
NDA
EMA
N AD
E NTO o passado o futuro
AUM

Fonte: www.naturalstep.ca/framework.html
Fonte: www.thenaturalstep.org

134
TNS ® 6.13
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

4. As pessoas não são submetidas a condições que, sis- Aqui, as pessoas são chamadas a melhorar as manei-
tematicamente, minam sua capacidade de satisfazer suas ras pelas quais se satisfazem, e as empresas são con-
próprias necessidades além das necessidades de pessoas vocadas a atender aos anseios dos clientes usando o
ao seu redor. mínimo possível de recursos.
Objetivo – Contribuir ao máximo para atender às necessi-
dades humanas em nossa sociedade e em todo o mundo
e, acima de todas as substituições e medidas tomadas para
atingir os três primeiros objetivos, usar todos os recursos
3 de maneira eficaz e razoável, com responsabilidade.
Fonte:www.naturalstep.ca/systemconditions.html
2
III. Estratégias de implementação – O TNS criou e
4 testou ferramentas específicas, usadas para integrar
SOC E
1 IEDAD a sustentabilidade no planejamento estratégico
e nos processos decisórios de organizações
CROSTA
ecosfera
complexas. O processo de planejamento ABCD,
TERRESTRE
que será explicado a seguir.

Estrutura do The Natural Step: Processo A-B-C-D


Passo-a-passo
Declí = Consciência de que nossa margem de manobra está diminuindo
nio d
e recu
É o terceiro componente da estrutura do TNS, um rsos
esse
nciais
à vid
processo de planejamento ABCD: a
backcasting (p
OFERTA SUSTENTÁVEl
ós-v
is ã
= Mapeamento Básico o)
A – Conscientização a realidade atual
pas
= Visão clara e convincente
• Você tem consciência da necessidade de práticas sos p
ara a sus
tentabilidade
para a sustentabilidade
aumento na demanda da sociedade por recursos
sustentáveis? = Mãos à obra
• Você tem consciência de que nossa margem de manobra DEMANDA SUTEMTÁVEl
direç a
ão in à vid
está diminuindo?
suste nciais
ntáv
el sos esse
ur
e rec
• Qual o sistema em que você atua? nio d
Declí
O presente O futuro

B – Mapeamento básico
atual, do ponto de vista DESSE futuro sustentável. Que
• Qual é a nossa realidade atual?
medidas irão levá-lo do ponto em que você está hoje para
• Estamos atendendo às condições do Sistema? onde você se imagina no futuro.
Fonte: www.naturalstep.ca/implementation.html
• Pense (ou até mesmo mapeie) as atuais entradas e D – Mãos à obra
saídas de material e energia. • Passos para a sustentabilidade – Como você gerencia e
prioriza passos para a sustentabilidade?
C – Crie uma visão clara e convincente
• Comece com a “fruta ao alcance da mão”. Ou seja,
• Imagine como seria o seu futuro sustentável. os passos mais eficazes em termos de custo para a
• Backcasting (Pós-Visão) – Agora, olhe para o momento sustentabilidade que você pode dar imediatamente.

Resultado tão em processo de implementação de sua estrutura.


Caso emblemático nos EUA é a Interface Inc. — maior
Reconhecendo o valor de se alterarem comportamentos fabricante mundial de carpetes e forrações.
para refletir a compreensão de processos cíclicos ao in-
vés de lineares, companhias de grande porte iniciaram o Referências
processo de incorporação das condições de sistema em www.thenaturalstep.org
suas práticas empresariais. Atualmente, na Suécia, The
www.naturalstep.ca/framework.html
Natural Step (TNS®) tem transformado a forma que indi-
Texto Oswaldo Lucon 1999: www.iee.usp.br/biblioteca/
víduos, escolas, comunidades e empresas pensam sobre producao/1999/abstract/Lucon-ene.pdf
sustentabilidade. Mais de 70 municipalidades adotaram
a estrutura, e 60 empresas — tais como IKEA, Electro- Contato e colaboração
lux, McDonalds, Scandic Hotels e OK Petroleum — es- The Natural Step Brasil
tão utilizando ativamente The Natural Step (TNS®).
Willis Harman House / Antakarana
Mundialmente o TNS está representado em 12 países tns@willisharmanhouse.com.br
onde já existem empresas que implementaram ou es- www.willisharmanhouse.com.br

135
6.14 COSORE

CSR Toolkit for SME


Corporate Social Responsibility - COSORE

Países • Identificar estratégias e práticas que podem ser


implementadas de acordo com a missão e a visão da
Alemanha, Itália, Bélgica e Portugal. empresa e também pela demanda de stakeholders.
• Implantar o planejamento de responsabilidade social.
O que é
• Acompanhar o desempenho por meio de uma versão
Um conjunto de ferramentas desenvolvido para apoiar adaptada do Balanced Scorecard.
consultores responsáveis pela introdução de RSE em
pequenas e médias empresas. Conteúdo
A ferramenta oferece ao consultor um guia comple-
Origem
to, com todas as etapas, adaptado para as pequenas e
O projeto Cosore é resultado de uma parceria entre microempresas, voltado à implementação de práticas
organizações de diferentes países europeus, como a de responsabilidade social e provar a qualidade e os
Siemens e ISOB, da Alemanha, a CNA-Ecipa Lazio, efeitos dessas atividades. Cada organização decide,
da Itália, a Vitamine W, da Bélgica, e a Global Change, de acordo com sua realidade, que etapas necessitam
de Portugal. Financiado pela Comissão Européia DG de aprofundamento e quais podem ser trabalhadas de
Emprego e Assuntos Sociais para levar a responsabili- forma mais fácil e rápida.
dade social para pequenas e microempresas, o Cosore
desenvolveu, num período de dois anos, metodologias
Passo-a-passo
e instrumentos, entre eles:
• Ferramentas para introduzir a responsabilidade social em
O processo inclui passo-a-passo de 14 etapas distribu-
pequenas e microempresas, disponíveis em manuais para ídas em seis momentos, baseadas na metodologia do
consultores (Cosore - CSR Toolkit for SME - Consultants Balance Scorecard:
Working Manual).
0.) Mobilização
• Métodos de avaliação baseados no Balanced Scorecard.
• Convencimento, mobilização e introdução da res-
• Relatório final do projeto e relatório de avaliação. ponsabilidade social na pequena ou microempresa.
• Melhora da comunicação e do trabalho em equipe dentro
de redes regionais. 1.) Aprofundamento e reflexão sobre responsabilidade
social e seus benefícios.

Objetivo 1.1 Levantamento de informações da empresa.


1.2 Discussão e definição do entendimento da res-
As ferramentas desenvolvidas pelo Cosore foram
ponsabilidade social.
concebidas para apoiar o consultor desde o início do
processo – a partir da introdução da responsabilidade 1.3 Exemplos de boas práticas de responsabilidade so-
social na organização – até o acompanhamento dos cial.
resultados de implementação do planejamento da 1.4 Discussão sobre os benef ícios da responsabili-
RSE. Também pode ser usado por consultores para dade social.
desenvolver práticas já existentes ou para introduzir 1.5 Demonstração dos efeitos gerais da responsabili-
a responsabilidade social em empresas que se inte-
dade social em diferentes perspectivas de negócios.
ressam em adotá-la de modo geral, sem ter uma idéia
precisa do que isso significa. Assim, as ferramentas 2.) Relacionando a responsabilidade social com a
pretendem ajudar os consultores e gestores neste pro- atividade empresarial.
cesso, oferecendo instrumentos que permitem: 2.1 Elaboração de missão, visão e temas estratégicos
• Entender a responsabilidade social como um conceito. da companhia.
• Verificar os benefícios da responsabilidade social para as 2.2 Desenvolvimento das perspectivas da responsa-
empresas, em diferentes perspectivas de negócio. bilidade social e de temas estratégicos.

136
COSORE 6.14
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa

2.3 Identificação dos stakeholders e de suas deman-


das em relação à empresa. Mobilização das PMEs

3.) Reconhecimento e seleção das dimensões da


responsabilidade social das pequenas e microempresas. Aprofundamento e Reflexão
sobre RSE e seus Benefícios
3.1 Definição do estado da arte: a responsabilidade
social nas empresas.
3.2 Elaboração de tópicos da responsabilidade so-
cial.

4.) Planejamento, estruturação e engajamento em torno Relacionando a RSE com a


da responsabilidade social e criação de precondições para Atividade Empresarial
sua avaliação.
4.1 Relações entre CSR e BSC.
• Objetivos estratégicos.

Reconhecimento e Seleção das


Acompanhamento, Avaliação

• Mensuração e metas.
e Adaptação das Atividades

dimensões da RSE das PMEs


• (cuidado nas medidas).
(Activity-Transfer)

• Especificação dos objetivos.


• Definição de iniciativas e responsabilidades.
• (Especificação das iniciativas).
4.2 Mapeamento das estratégias de responsabilida-
de social.
4.3 Relação entre CSR e BSC com o engajamento de
equipes e colaboradores. Planejamento, estruturação e engajamento
em torno da responsabilidade social e criação
5.) Acompanhamento, avaliação e adaptação das de precondições para sua avaliação.
atividades (Activity-Transfer).
5.1 Acompanhamento do desempenho (feedback e
aprendizado).
• Indicadores e metas.
• Iniciativas/ações.
• Estratégias de responsabilidade social.

O guia The Step by Step Process to Implement Cor- Resultado


porate Social Responsibility in SME traz detalhados
os 14 passos a serem percorridos pelas PMEs com Vinte empresas na Europa, entre elas uma consultoria
auxílio de um consultor. O guia especifica, para cada de gestão, já utilizaram a metodologia proposta pelo
passo, conteúdos e questões a serem discutidas, res- Cosore com resultados positivos.
pondidas, o propósito e metas. O Cosore alerta que o
processo é contínuo e não se esgota na superação de Referência
cada etapa. Uma vez desenhada a estratégia, ela tem
www.cosore.com
de ser constantemente revista e adaptada. É o único
modo de garantir que as práticas de responsabilidade
social estejam constantemente adaptadas ao negócio Contribuição
da empresa e ao contexto geral. Bettina Stoll (Siemens, Alemanha)

137

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