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Instrumentos de Gestão -
Américas
5.1 Introdução
América do Sul
5.2 Argentina - Indicadores IARSE
5.3 Bolívia - Indicadores COBORSE
5.4 Brasil - Balanço Social IBASE
5.5 Brasil - Escala AKATU
5.6 Brasil - Bolsa de Valores Sociais e Ambientais BOVESPA
5.7 Brasil - Indicadores, Matriz de critérios essenciais e Matriz de Evidência ETHOS
5.8 Brasil - Indicadores GIFE
5.9 Brasil - Indicadores FIDES/ OCESP/SESCOOP
5.10 Brasil - Instrumento para Avaliação da Sustentabilidade e Planejamento Estratégico FDC
5.11 Chile - Indicadores ACCION
5.12 Chile - Indicadores PROHUAMNA
5.13 Colômbia - Sistema de Gestão RI
5.14 Colômbia - Índice CCRE
5.15 Equador - Indicadores CERES
5.16 Uruguai - Indicadores DERES
5.17 Peru - Indicadores Peru2021
América Central
5.18 Costa Rica - Indicadores AED
5.19 El Salvador - Indicadores FUNDEMAS
5.20 Guatemala - Indicadores CENTRARSE
5.21 Panamá - Indicadores CEDIS
América DO Norte
5.22 Canadá - The Good Company CBSR
5.23 EUA - SD Planner GEMI
5.24 EUA + Japão - GC 360 Future 500
5.25 México - Indicadores CEMEFI
76
76
Intro 5.1
A principal distinção entre as ferramen- de operações de acompanhamento interno e número maior de pessoas envolvidas, de
tas de gestão apresentadas diz respeito externo e, ainda, formar um banco de dados dentro e fora da organização.
ao grau de adesão, de comprometimen- que prevê uma divulgação de suas práticas
to e de profundidade das organizações e atendimento à mídia. Finalmente, na lógica dos “instrumen-
(de todos os setores) em relação à sus- tos normativos”, cada organização deve
Os guias pedagógicos que acompanham
tentabilidade. Embora essas ferramentas responder a diversos critérios estabele-
o questionário são ferramentas que tra-
tenham o mesmo objetivo de avançar cidos e publicados. Trata-se da forma-
zem um auto-aprendizado estruturado
no tema, seus processos de aplicação das práticas e dos indicadores de susten- tação de “padrão” ao qual a organiza-
são bem distintos, diferindo no grau de tabilidade. Trata-se geralmente de guias ção procurará entrar em conformidade
abrangência e complexidade com que que explicam os conceitos e que põem a fim de conseguir a certificação. São
tratam a questão. em valor as boas práticas, sugerindo os ferramentas que focam os processos de
caminhos que as organizações possam melhoria contínua envolvendo organis-
Algumas ferramentas são bastante aces- mos certificadores e auditorias internas
percorrer para serem socialmente res-
síveis e de aplicação simples, permitindo e externas, dando credibilidade e mais
ponsáveis.
até adaptações por parte das organiza- inteligibilidade aos resultados.
ções que as adotam, dependendo de seus Nestes casos, a dimensão pedagógica
objetivos e características particulares. A credibilidade das organizações que
está certamente presente.
adotam práticas de RSE perante seus
Um simples questionário ou guia peda- Por outro lado, certas ferramentas de públicos depende em boa parte da de-
gógico, por exemplo, pode ser um ins- gestão ultrapassam de longe a simples finição do seu próprio conteúdo, da
trumento de informação que não visa fase do questionário ou de comparti- formalização das iniciativas através da
alterar o modo de gestão da organização lhamento de informação para constituir aplicação de ferramentas transferíveis,
imediatamente, mas atende a uma polí- verdadeiros sistemas de gestão. Elas ofe- analisáveis, comparáveis, bem como da
tica de sensibilização na matéria e ocupa recem geralmente uma estrutura formal possibilidade de verificar a conformi-
o lugar de “primeira etapa”. A abordagem de planejamento (com lógica semelhan- dade das práticas das organizações em
via questionário procura, sobretudo: te à do PDCA) que comportam várias relação a suas prestações de conta.
vertentes e necessitam de mais recursos,
• ajudar a organização a sensibilizar-se, A Auditoria externa, por acompanhar a
fazendo "boas” questões;
know-how e motivação para ter êxito.
organização nas diferentes fases da ins-
• visualizar onde ela se situa nos diferentes Para tanto são estabelecidas estruturas tauração de um instrumento, é sem dú-
estágios da evolução sustentável, formais de planejamento, com engaja- vida uma das opções mais exaustivas e
identificando suas lacunas e seus pontos mento das partes interessadas, incluin- mais dispendiosas, mas apresenta, den-
fortes; do até sua cadeia de valor, exigindo as- tre outras vantagens, um olhar objetivo
• constituir uma base para uma seqüência sim um processo mais complexo e um sobre a situação.
77
5.2 IARSE
Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial
Instituto Argentino de Responsabilidade
Social Empresarial - IARSE
78
IARSE 5.2
Capítulo 5
Américas
79
5.3 COBORSE
Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial
Conselho Boliviano de Responsabilidade
Social Empresarial - COBORSE
PAÍS Objetivo
Bolívia Os indicadores foram criados como uma ferramenta
de aprendizado e avaliação da gestão da empresa para
O que é verificar a incorporação das práticas de responsabilida-
de social empresarial, o planejamento das estratégias e
É uma publicação colocada à disposição pelo IARSE, o monitoramento do desempenho geral da empresa.
a partir de uma adaptação feita pela organização ar-
gentina dos Indicadores de Responsabilidade Social
Referências
Empresarial, publicado pelo Instituto Ethos de Res-
ponsabilidade Social Empresarial. www.coborse.org
www.coborse.org/cb/modules.php?name=Downloads&d_
Origem op=viewdownload&cid=3
80
IBASE 5.4
Balanço Social
Instituto Brasileiro de Análises Sociais
e Econômicas - IBASE
“Queremos um país democrático, onde a políti- e externa, visa dar transparência às atividades das em-
ca se realize através da ética e onde a ética seja presas e apresentar os projetos efetivamente. Ou seja,
sua função principal é tornar pública a responsabilidade
uma forma superior de realização da política.” social empresarial, construindo maiores vínculos entre
Betinho, 1997 a empresa, a sociedade e o meio ambiente.
Conteúdo
1. Base de cálculo
País 2. Indicadores sociais internos
3. Indicadores sociais externos
Brasil 4. Indicadores ambientais
5. Indicadores de corpo funcional
O que é 6. Informações referentes ao exercício da cidadania
7. Outras informações
É um demonstrativo numérico sobre as atividades so-
ciais da empresa em forma de tabela de uma página.
De fácil preenchimento, permite a verificação dos da- Passo-a-passo
dos e a comparação com outras empresas. O acesso é eletrônico e gratuito.
Origem O balanço social para instituições de ensino, funda-
ções e organizações sociais.
O modelo de balanço social do Ibase foi criado em
www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
1997 de forma pioneira pelo sociólogo Herbert de
Souza, Betinho, na época presidente do Instituto, para O balanço social para Cooperativas
incentivar a divulgação voluntária do balanço social. www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
O modelo simplificado que foi desenvolvido (em par-
ceria com diversos representantes de empresas públi- O balanço social para as MPEs
cas e privadas, a partir de inúmeras reuniões e debates www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
com vários setores da sociedade) tem a vantagem de
estimular todas as empresas a divulgar seu balanço Resultado
social, independentemente do tamanho e setor.
Das 98 empresas que publicaram seu balanço no mo-
A simplicidade do modelo é garantia do envolvimento delo Ibase em 2006, 52 empresas receberam o direito
do maior número de corporações. O Instituto Brasileiro de utilizar o Selo Balanço Social Ibase/Betinho depois
de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) é de utilidade de cumprirem todos os critérios de divulgação estabe-
pública federal, sem fins lucrativos, sem vinculação re- lecidos por este instituto e passarem por consulta pú-
ligiosa e a partidos políticos que foi fundado em 1981. blica por 60 dias. Não são aceitas empresas de armas,
Sua missão é a construção da democracia, combatendo
cigarros e bebidas alcoólicas, ainda que preencham
desigualdades e estimulando a participação cidadã.
todos os requisitos. O Ibase conta com um softwa-
Objetivo re que permite analisar e comparar os indicadores de
diversas empresas apresentados em 664 balanços so-
De acordo com o Ibase, o balanço social é um demons- ciais. Este software não está disponível para uso públi-
trativo publicado anualmente pelas empresas, que reúne co, mas os dados e indicadores vêm sendo divulgados
um conjunto de informações sobre os projetos, benefí-
por meio da imprensa.
cios e ações sociais dirigidas aos empregados, investi-
dores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade.
Este instrumento, que deve ser resultado de um amplo Referência
processo participativo que envolva comunidade interna www.ibase.org.br
81
5.5 AKATU
Escala Akatu de
Responsabilidade Social Empresarial
Instituto Akatu pelo Consumo Consciente - AKATU
PAÍS Passo-a-passo
Brasil As empresas respondem ao questionário da Escala
Akatu on-line, através do site do Centro de Referên-
O que é cia Akatu pelo Consumo Consciente. E nesse mesmo
site serão disponibilizados os resultados. A empresa
A Escala Akatu propõe um conjunto de 60 Referências poderá responder sigilosamente às questões (apenas
Akatu-Ethos de Responsabilidade Social Empresarial para seu uso ou de um público restrito) ou autorizar a
(RSE) que, uma vez respondidas, permite às empresas publicação ampla de suas respostas.
serem categorizadas em quatro grupos homogêneos
em sua prática de responsabilidade social. Depois de preenchido o questionário, a empresa pode
ter uma prévia de sua classificação.
Origem A divulgação dos resultados da Escala Akatu é eletrônica.
O Instituto Akatu é uma organização não-governa-
mental, sem fins lucrativos. Foi criado em 15 de março Avaliação
(Dia Mundial do Consumidor) de 2001, no âmbito do
Cálculo e representação da Escala Akatu
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social,
para educar e mobilizar a sociedade para o consumo As empresas são, em princípio, classificadas em quatro
consciente. A palavra “akatu” vem do tupi e significa, grandes grupos (categorias), representados por íco-
ao mesmo tempo, “semente boa” e “mundo melhor”. Ela nes (“akatus”) que vão de “zero akatus” até “3 akatus”.
traduz a idéia de que o mundo melhor está contido nas A categoria atribuída a uma empresa é definida con-
ações de cada indivíduo. A missão do Akatu é educar, forme o desempenho da empresa em um conjunto
sensibilizar e mobilizar para o consumo consciente. de 17 temas (áreas de ação das empresas em RSE, per-
ceptíveis pelo consumidor).
Objetivo
O desempenho da empresa em cada um dos 17 te-
A Escala Akatu é um instrumento para auxiliar o mas é definido com base nas respostas que ela dê a um
consumidor na avaliação de empresas conforme seu grupo de referências.
grau de responsabilidade social empresarial (RSE),
estimulando também sua reflexão sobre o tema, e a Ø Para empresas que não tenham no mínimo 12 das
comunicação entre as empresas e seus consumido- Referências Akatu-Ethos implementadas que obtenham
pontuação inferior a 300 pontos.*
res ou outros públicos (funcionários, fornecedores,
acionistas, mídia etc.). Para empresas com pontuação igual ou superior a 300 e
inferior a 550 pontos.
Para empresas com pontuação igual ou superior a 550 e
Conteúdo inferior a 730 pontos.
A classificação da empresa na Escala Akatu não é uma Para empresas com pontuação igual ou superior a 730
certificação; é um instrumento de organização/com- pontos.
paração das práticas de RSE das empresas. O processo (*) Empresas que obtenham esta pontuação, mas cujas informações
de classificação não reflete nem opiniões nem julga- no Centro de Referência sejam incluídas na opção “visível para todos
mentos de instituições específicas, pois é feita de for- os usuários”, serão reconhecidas pelo símbolo como forma de
ma automática, totalmente baseada nas declarações reconhecer e valorizar sua atitude transparente e comprometida, mesmo
das empresas, ponderadas por critérios objetivos e com performance ainda no menor nível da escala.
uniformes (iguais para todas as empresas de determi-
nado perfil). As empresas podem responder e partici- As Referências Akatu-Ethos são um conjunto de práticas
par do sistema principal sem nenhum custo. e/ou políticas associadas à RSE, selecionadas em fun-
82
AKATU 5.5
Capítulo 5
Américas
DICA 1
ção de representarem de modo assimilável pelos con-
sumidores o que é usual e o que é diferenciador das Levantamento realizado pelo Pacto Global
empresas mais avançadas conforme o estágio atual da das Nações Unidas (The United Nations Glo-
RSE no Brasil. Com base na prática destas referências é bal Compact), junto a 450 empresas, apontou
o Akatu como uma das 100 organizações não-
que se avalia o grau de RSE das empresas respondentes,
governamentais de maior competência para
e seu conseqüente posicionamento na Escala Akatu.
atuar em parceria com a iniciativa privada. A
pesquisa foi realizada em conjunto com a Dal-
Observação berg Global Development Advisors, firma es-
As referências podem ou não estar sendo adotadas pecializada na área de desenvolvimento global.
A seleção foi baseada em quatro critérios:
pela empresa, e em diferentes graus. Uma vez respon-
1 - Comprometimento: empenho em atingir as metas
didas, é feita uma ponderação das referências, com
dos parceiros.
base em “pesos” definidos conforme os resultados de
2 - Adaptabilidade: capacidade de complementar e
pesquisa junto aos consumidores brasileiros, onde se aproveitar as características dos parceiros.
aferiu o que é mais ou menos valorizado nas ações
3 - Execução: capacidade de converter planos e
e políticas de RSE e no grau de adoção das práticas intenções em projetos bem-sucedidos.
pelas empresas, identificado a partir de pesquisas e 4 - Comunicação: capacidade de fornecer conteúdos
de observações junto a elas. A metodologia específi- concisos, de alta qualidade e pontualmente.
ca está disponível no site www.centroakatu.org.br ou
O “Guia de Negócios em Parceria com ONGs
pelo e-mail faleconosco-cr@akatu.org.br.
e a ONU” (Business Guide to Partnering with
Entrarão também no critério de avaliação fatores re- NGOs and the UN) traz os nomes de todos os
ferentes ao setor (industrial, não-industrial, etc.), ao escolhidos, assim como a classificação e os perfis.
porte da empresa (pequeno, médio ou grande) e à O obejtivo do Guia é ajudar as empresas a iden-
intensidade com que a empresa desenvolve algumas tificar organizações civis confiáveis com as quais
práticas quantificáveis. Na versão atual, estes fatores possam trabalhar em parceria.
porte, setor e intensidade ainda não estão incorpo- DICA 2
rados, pois dependem de mais dados para serem defi-
nidos adequadamente. O Guia de Empresas e Produtos
A pontuação (número de “Akatus”) é obtida com base Ferramenta de divulgação que visa aproximar
empresas de seus consumidores finais, sem in-
nas respostas dadas pela empresa respondente a um
termediários, da seguinte forma:
conjunto de 60 questões com seis opções re resposta:
- A própria empresa cadastra seus produtos e marcas, e
a) Implantada registra suas boas práticas de responsabilidade social.
b) Em implantação* - Os consumidores e outras instituições publicam
seus comentários, que podem ser respondidos pelas
c) Em análise** empresas.
d) Nunca foi discutida - O Akatu pesquisa e cadastra documentos que
e) Não será implantada ajudam o consumidor a entender os produtos e
serviços que consome e a conhecer as ações das
f) Não se aplica*** empresas que os oferecem.
Feita a pontuação das respostas, cada empresa é po- Um consumidor consciente deve conhecer as
sicionada em uma das quatro categorias da Escala ações das empresas na sociedade e estar apto a
Akatu, conforme os resultados do cálculo acima. associar as marcas e produtos às empresas res-
ponsáveis por eles.
Resultados
DICA 3
No lançamento da Escala Akatu, em abril de 2005, 66
Os Indicadores Akatu do Consumo Consciente
empresas a utilizaram para apresentar-se ao público,
no Centro de Referência Akatu. Ao completar um ano Ferramenta de auto-avaliação e orientação que
de seu lançamento, em abril/2006, o número de em- permite às instituições e aos consumidores avalia-
presas usuárias era praticamente o triplo, chegando a rem o seu perfil de consciência no consumo. O uso
184 participantes. dos Indicadores Akatu auxiliará empresas, esco-
las, associações e outras organizações a traçarem
diagnósticos e planos de ação conforme a situação
Referências de consumo consciente de seus integrantes. O sis-
www.akatu.org.br tema oferece estruturas que se adaptam a institui-
ções de diferentes tipos e portes. Os consumidores
www.centroakatu.org.br também podem criar uma comunidade gerando
relatórios personalizados para cada membro.
83
5.6 BVS&A
1
O que é lucro socioambiental?
Todo investimento, por princípio, deve prover ao investidor lucros e dividendos. Quando você faz um investimento, como em ações, por exemplo, a expectativa
é a de que seu dinheiro renda e valha a pena o investimento. A BVS&A entende que também os investimentos socioambientais podem gerar lucro - lucro
socioambiental. Ao adquirir ações dos projetos listados na BVS&A, o investidor socioambiental fortalece a ONG e participa diretamente da construção de uma
sociedade mais justa e de um meio ambiente mais protegido. Isso é o que chamamos de lucro socioambiental. Os termos investimento socioambiental, ação
socioambiental, bolsa de valores sociais e ambientais e lucro socioambiental são meramente um trocadilho e uma alusão à Bolsa de Valores tradicional.
84
BVS&A 5.6
Capítulo 5
Américas
seu investimento socioambiental: trata-se do “embai- ca. Já no caso de empresas, existe a possibilidade de
xador socioambiental”. deduções do IR devido, respeitando alguns limites e
disposições contábeis.
• Organizações não-governamentais com projetos nas
áreas da Educação e do Meio Ambiente podem pre- Quatro Razões para Investir na Bolsa de Valores So-
encher a Ficha de Inscrição disponível no site e enviar ciais e Ambientais:
a proposta. Não existem prazos-limite para o envio
de projetos. Uma equipe de especialistas em projetos 1. Os recursos são transferidos integralmente para a ONG.
sociais e ambientais analisa todas as propostas e co- A Bovespa garante que todos os recursos captados pela
ordena um processo seletivo ao final do qual a ONG BVS&A sejam repassados integralmente para o projeto da
ONG escolhida, sem qualquer espécie de taxa ou dedução
poderá ser listada na BVS&A.
– nem mesmo CPMF é descontada.
• Pessoas físicas ou jurídicas podem escolher, entre os 2. A Bovespa supervisiona todas as atividades das ONGs
projetos listados, aqueles que correspondem ao seu listadas na BVS&A Todos os projetos são criteriosamente
ideal de investimento socioambiental e comprar ações selecionados e permanentemente acompanhados por uma
equipe especializada coordenada pela Bovespa.
de um ou mais projetos. Após escolher o projeto que
o(a) doador(a) deseja apoiar e quanto vai investir, o(a) 3. O(a) doador(a) acompanha a evolução dos seus
investimentos socioambientais. Através do site, o(a)
doador(a) pode optar por imprimir um boleto bancá-
doador(a) pode monitorar a evolução do seu investimento,
rio e fazer o pagamento de sua compra em qualquer acompanhando o andamento do projeto com o qual o(a)
banco ou via internet. Se preferir, o(a) doador(a) pode doador(a) colaborou.
também usar o seu cartão de crédito Visa. 4. O(a) doador(a) pode montar uma carteira de ações
socioambientais A exemplo do que acontece no mercado
• O(a) doador(a) pode acompanhar seus investimentos e
de capitais, na BVS&A o(a) doador(a) pode escolher as
verificar como os projetos estão evoluindo através do ONGs cujos projetos listados sejam os mais interessantes
site na seção “Acompanhe”, onde tem acesso a infor- para o seu conceito de investimento socioambiental. O(a)
mações atualizadas sobre as ONGs e os projetos so- doador(a) pode comprar ações de apenas um dos projetos
ciais e ambientais. listados ou montar uma carteira de diversos projetos.
85
5.7 ETHOS
Indicadores ETHOS de
Responsabilidade Social Empresarial
Instituto ETHOS de Empresas e
Responsabilidade Social - ETHOS
86
ETHOS 5.7
Capítulo 5
Américas
• Distribuição de energia elétrica cadores para as suas realidades e até mesmo Portugal
• Panificação, restaurantes e bares já está utilizando essa ferramenta. O Prêmio Abradee
• Financeiro também continua usando o questionário com as em-
presas do setor de distribuição de energia elétrica, que
• Mineração
se tem mostrado um dos setores mais avançados no
• Papel e Celulose
tema da responsabilidade social empresarial no Brasil.
• Transporte de passageiros terrestre
• Petróleo e Gás Referências
• Construção civil
www.ethos.org.br
• Varejo
www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/
• Siderurgia (a ser lançado) download/default.asp
• Açúcar e Álcool (a ser lançado) Colaboração: Renato Moya
www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/
autodiagnostico_setorial/default.asp
Todos os questionários são tabulados igualmente se- Outra vantagem dessa adaptação é a de propor-
gundo processo de pontuação do Ethos. Não há di- cionar que as empresas utilizem suas respostas ao
ferenciação entre porte ou setor empresarial, exceto questionário para o estabelecimento de metas e
para os já contemplados pelos indicadores setoriais. planejamento de ações.
Após o preenchimento e envio do questionário, o Re-
latório de Diagnóstico de RSE estará disponível na Dica 2
área restrita da empresa. Os dados fornecidos pelas
O Programa Latino-Americano de RSE, que con-
empresas são tratados com a máxima confidenciali-
tará com a participação de: ETHOS + ADEC +
dade, tanto quanto os relatórios de diagnóstico ela-
COBORSE + PERU2021 + CERES + CCRE, for-
borados pelo Instituto Ethos. As empresas a aplicam
mulará um questionário único dos Indicadores
voluntariamente e não há nenhum prêmio, selo ou
para aplicação no país de cada uma dessas orga-
certificado.
nizações. Em cada país haverá ainda um conjunto
de questões específicas de acordo com as realida-
Resultado des locais, essas questões serão complementares
Na versão 2006 foram 642 empresas. Fora do Brasil, ao questionário.
vários países da América Latina já adaptaram os Indi-
87
5.7 ETHOS
1
O UniEthos - Educação para a Responsabilidade Social e o Desenvolvimento Sustentável é uma instituição sem fins lucrativos, fundada por iniciativa do
Instituto Ethos e voltada para pesquisa, produção de conhecimento, instrumentalização e capacitação para o meio empresarial e acadêmico nos temas da
responsabilidade social empresarial e do desenvolvimento sustentável.
88
ETHOS 5.7
Capítulo 5
Américas
89
5.8 GIFE
Indicadores GIFE de Gestão do Investimento Social Privado
Grupo de Institutos, Fundações e Empresas - GIFE
90
FIDES 5.9
Manual de Indicadores de
Responsabilidade Social das Cooperativas
Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social -
FIDES Sistema Ocesp/Sescoop-SP
“Basta lembrar que o compromisso social solidação, este manual servirá ainda como instrumento
está na essência das cooperativas, já que o de avaliação do estágio das práticas sociais das coopera-
tivas, não consideradas apenas individualmente, como
movimento foi criado para resolver problemas também comparativamente umas com as outras. Além
sociais por meio da ação econômica.” disso, este trabalho também fornece as bases para a ela-
boração de balanços sociais pelas cooperativas.
Evaristo Machado Netto,
presidente do sistema Ocesp/Sescoop. Conteúdo
Questionário organizado da seguinte forma:
• Ética e transparência
PAís • Administração do impacto ambiental
• Relação com a comunidade local
Brasil
• Relação com os cooperados e seus familiares
• Relação com os funcionários e seus familiares
O que é • Relação com os fornecedores
Ferramenta de análise, planejamento e acompanha- • Relação com clientes e consumidores finais
mento das práticas de responsabilidade social das co- • Relação com os poderes públicos
operativas.
Passo-a-passo
Origem O questionário é distribuído gratuitamente. Cada in-
Os Indicadores de RSE das cooperativas foram cria- dicador social é explicado num capítulo especifico do
dos por meio de uma parceria entre o Sescoop/SP e manual para orientar seu preenchimento. Estão pre-
a Fides. A Fundação Instituto de Desenvolvimento vistas atualizações periódicas.
Empresarial e Social (Fides) é uma organização não-
governamental que desde 1986 procura mobilizar a Avaliação
sociedade civil na busca do bem comum, entendido Respondidas as perguntas, a cooperativa deverá passar
como aquele que satisfaz as necessidades de uma co- à classificação de sua situação em um dos quatro níveis
munidade e da sociedade como um todo. de cada indicador. Ao final do manual, encontra-se um
O Sistema Ocesp/Sescoop trabalha em prol do de- formulário para a cooperativa anotar a sua classificação
senvolvimento e da qualificação do cooperativismo em todos os indicadores. Basta juntar entre si, com li-
paulista, que atualmente reúne cerca de mil coopera- nhas retas, a classificação obtida em cada indicador para
tivas. A Organização das Cooperativas do Estado de se ter o perfil social da cooperativa. Esse perfil vai mos-
São Paulo (Ocesp), constituída em 1970, defende e di- trar os seus pontos fortes e seus pontos fracos, podendo,
funde os benef ícios do cooperativismo e seus princí- assim, ser elaborados a estratégia e o plano de ação ne-
pios, promovendo ações de representação, educação, cessários para implantar uma política de RSE.
orientação, comunicação e integração.
Dica
O Sistema Nacional de Aprendizagem do Coopera-
tivismo (Sescoop) foi criado em 1998 com o intuito A publicação Guia Social do Cooperativismo Paulis-
de revitalizar as cooperativas, proporcionando o seu ta - 2005 traduz a preocupação de prestar contas da
aprimoramento via programas de capacitação, asses- atuação socialmente responsável das cooperativas do
soria, consultoria e promoção social. Estado e servirá de estímulo a que outras cooperativas
se engajem e passem a divulgar suas ações sociais.
Objetivo
Fornecer às cooperativas e ao Sescoop/SP uma ferra- Referências
menta de análise, planejamento e acompanhamento de www.fides.org.br
suas práticas de responsabilidade social. Após sua con- www.portaldocooperativismo.org.br
91
Núcleo Andrade Gutierrez de Sustentabilidade
5.10 FDC
e Responsabilidade Corporativa
Fundação Dom Cabral
92
Capítulo 5
Américas
FDC 5.10
Resultados
Os resultados que podem ser associados diretamente
com a utilização deste instrumento são:
• Promoção da longevidade do empreendimento;
• Adequação do PE aos preceitos da sustentabilidade;
• Possibilidade de a organização se tornar referência no
Sustentabilidade e tema.
Planejamento Estratégico
Uma organização pode se tornar referência em algum
Diretoria Executiva aspecto da SPE, por meio de reconhecimentos for-
mais, como prêmios de grande repercussão, notorie-
Conselho de Administração dade na mídia especializada, convite em eventos ofi-
ciais de instituições renomadas para apresentação de
Organização experiências e/ou recebimento de homenagens espe-
ciais, e relatos de cases em publicações de prestígio.
Mercado
Referência
Sociedade www.fdc.org.br
OBS.: As empresas que compuseram o Centro de Referência em
Planeta
Gestão Responsável para a Sustentabilidade da FDC no desenvolvi-
mento dos trabalhos são: Anglogold Ashanti, Construtora Andrade
Gutierrez, Sadia, TIM, Souza Cruz, Banco Itaú, Banco Real, Arcelor
(Belgo Mineira e CST) e Philips.
93
5.11 ACCIÓN
Indicadores de Responsabilidade
Social Corporativa
Acción Empresarial - ACCIÓN
94
PROHUMANA 5.12
Conteúdo
O manual de RSE para PMEs foi concebido
como uma ferramenta que permite às Este Manual contempla seis das oito dimensões:
pequenas e médias empresas incorporar • Valores e Coerência,
a Responsabilidade Social de maneira • Público Interno,
estratégica e organizada na sua gestão. • Fornecedores,
• Consumidores,
[Objetivo] • Comunidade e
• Meio Ambiente.
95
5.13 RI
Sistema de Gestión de
Responsabilidad Integral® - SGRI
Responsabilidad Integral® - RI
96
Capítulo 5
Américas RI 5.13
tica, define o conceito de prática cumprida para cada de verificação, guias de verificação para a empresa
uma e estabelece as atividades-chave que devem ser participante e para os auditores e observadores. As
realizadas para alcançar o cumprimento e fixa os ní- empresas são verificadas por uma equipe interna in-
veis e etapas de implementação através de critérios tegrada por representantes das entidades do governo
claramente estabelecidos. (especialmente os Ministérios do Ambiente, Saúde,
Trabalho, Transporte e do Interior), da comunida-
4. Indicadores de Desempenho
de e das demais partes interessadas e das empresas
São instrumentos para medir e relatar os avanços na aderentes, das entidades coordenadoras e do líder da
implementação do processo de responsabilidade in- verificação.
tegral, tanto no seu interior (entidades que o apóiam
em nível nacional e internacional) como em relação à 8. Nome e Logo RI
comunidade. Responsabilidade Integral é identificada através de
um logotipo constituído por mãos e moléculas que
5. Ajuda Mútua
transmitem a mensagem de um manejo cuidadoso
É o apoio por meio do qual as empresas, preservan- das substâncias químicas. Este logo é insígnia adotada
do a propriedade intelectual e os segredos industriais, pelo Conselho Internacional de Associações Quími-
compartilham suas experiências e sucessos na imple- cas (ICCA), entidade responsável pelo Responsible
mentação dos compromissos de Responsabilidade Care® em nível mundial, para identificar tanto as as-
Integral, fomentando o avanço naquelas outras que
sociações e federações, como as empresas membros
iniciam o processo e fortalecendo as avançadas.
que a implementam em seus diferentes países. O logo
6. Painéis de Consulta Pública é uma marca registrada e como tal há restrições para
seu uso. Na Colômbia, ela vem acompanhada pelo
São fóruns para estabelecer um diálogo aberto e
lema “Um compromisso social e ambiental com o de-
transparente entre os representantes das comunida-
senvolvimento sustentável”.
des vizinhas, as empresas que fazem parte do progra-
ma, entidades governamentais e demais partes inte-
ressadas, além de representantes da alta gerência das Resultados
empresas. O objetivo é aproximar estes atores para
dividir inquietações relacionadas com Segurança, Reconhecimento Internacional
Saúde e Ambiente, e construir respeito mútuo e cre- O Fórum Econômico Mundial reconheceu a con-
dibilidade. Os participantes destacam a participação tribuição do Responsible Care ao Desenvolvimento
e interação empresa—comunidades—autoridades, a Sustentável com base nos resultados do trabalho de-
utilidade e a importância dos temas tratados e tam- senvolvido pelas empresas nos 52 países onde esta
bém a preparação das empresas no enfrentamento iniciativa foi implementada. Por esta razão, o núme-
de emergências. ro de empresas que implementaram esta iniciativa
como um dos 76 parâmetros que utilizam as uni-
7. Verificações versidades de Yale e Columbia para calcular o Índi-
É o conjunto de conceitos, meios e instrumentos que ce de Sustentabilidade Ambiental. Este índice mede
servem o processo de Responsabilidad Integral® Co- anualmente a capacidade dos países de proteger o
lômbia para confrontar de maneira formal e sistemá- ambiente.
tica os resultados da auto-avaliação, a implementação
dos Códigos de Práticas Gerenciais, o cumprimento
Referência
de metas e apropriação concreta dos princípios di-
retivos. Este sistema conta com um manual geral http://responsabilidadintegral.org
97
5.14 CCRE
Índice CCRE
Centro Colombiano de Responsabilidade Empresarial - CCRE
Objetivo Passo-a-passo
O Índice CCRE é uma ferramenta para a gestão em- Este Índice é aplicado diretamente nas organizações
presarial que possibilita, a partir de seus resultados, a interessadas em medir sua gestão de RSE.
construção e o fortalecimento das ações de responsa-
bilidade social que se desenvolvem perante cada um A aplicação do Índice CCRE faz-se em quatro passos:
dos grupos que interagem com as empresas. Em con- • Fase de Percepção. Realiza-se uma medição do
clusão, o Índice CCRE permite: imaginário ou percepção que tem os grupos de interesse
internos sobre a organização (auto-avaliação).
• Identificar, caracterizar e avaliar o desempenho da
organização referente à gestão da sua Responsabilidade • Fase de Verificação. Realiza-se uma verificação e
avaliação do cumprimento das políticas, programas,
Social e qualidade de impacto de suas práticas.
processos e práticas de RSE perante os diferentes grupos
• Definir a congruência de suas políticas, processos e com os quais a empresa interage.
princípios corporativos dentro de esquemas de gestão • Fase de Valoração. É uma avaliação do impacto,
socialmente responsáveis. sustentabilidade, integralidade, qualidade, aceitabilidade
e confiabilidade das práticas de RSE desenvolvidas pela
A partir dos resultados obtidos com a aplicação do Ín- empresa.
dice CCRE, a empresa poderá:
• Fase de Focalização. Identificam-se e priorizam-se as áreas
• Construir ou reorientar sua estratégia de negócio de trabalho sobre as quais devem fundamentar-se a gestão
diante da Responsabilidade Social. da responsabilidade social. Constroem-se os alinhamentos
• Definir o sentido, propósito e compreensão sobre básicos para que a empresa fortaleça seu plano de RSE.
o que RSE deve ter, a organização e seus membros.
Na qualificação geral a empresa obtém a possibilida-
• Fortalecer os aspectos mais vulneráveis em de de optar pelo Sello CCRE, selo de excelência em
matéria de RSE.
RSE, se a qualificação for significativa, evidenciando
• Alinhar e integrar as práticas de RSE em toda a implementação de políticas, programas e práticas
a organização.
destacadas de RSE em seus modelos de gestão, aten-
• Ser mais competitiva. dendo integralmente e com altos níveis de qualidade
às expectativas e necessidades dos diferentes grupos
Conteúdo
com os quais a empresa interage.
A ferramenta propicia uma compreensão da situação
da responsabilidade social na organização em suas Referências
cinco dimensões (entorno organizacional, auto-regu- www.ccre.org.co
lação, mercado, comunidade e meio ambiente), por www.ccre.org.co/índiceccre.htm
meio da avaliação das práticas e dos processos que gi-
ram em torno do 18 aspectos que a CCRE identificou Resultados do estudo Línea de base sobre Responsabilidad
Social Empresarial en Colombia 2006 realizado por CCRE e
dentro de uma gestão socialmente responsável.
Ipsos-Napoleón Franco, encontra-se no seguinte link:
1. Governança Corporativa www.ccre.org.co/CCRE-%20ESTUDIO%20DE%20LINEA%
2. Direção Estratégica de RSE 20DE%20BASE%202006.pdf
98
CERES 5.15
Indicadores de Responsabilidade Social
Consorcio Ecuatoriano para la
Responsabilidad Social - CERES
Origem Referência
O Consórcio Equatoriano para a Responsabilidade www.redceres.org
Social - CERES é uma rede de organizações que pro-
move o conceito e práticas de responsabilidade social
Observação
no Equador. O Consórcio iniciou suas atividades em
Certificação em responsabilidade social - Atualmen-
1998 quando a Fundación Esquel del Ecuador e o
te, o Ceres trabalha para criar um mecanismo que
Instituto Synergos de Estados Unidos desenvolveram
permita conceder uma certificação em responsabi-
uma série de reuniões e eventos de capacitação para lidade social. A certificação assegurará que a orga-
promover e fortalecer a responsabilidade social do se- nização segue interna e externamente princípios de
tor filantrópico equatoriano. responsabilidade social.
Objetivo
A proposta do Ceres é desenvolver ferramentas que
atendam às necessidades das organizações que pre-
tendem incorporar a RSE, como:
• Diagnóstico de base
O Ceres desenvolveu um diagnóstico da responsa-
bilidade social para avaliar o comportamento das
organizações e empresas equatorianas. O resultado
permitirá que as diferentes organizações tenham uma
estratégia de próximos passos a ser desenvolvida em
suas atividades.
• Indicadores
O desenvolvimento de uma série de indicadores que
permitem quantificar o nível de responsabilidade so-
cial das empresas, fundações, universidades, entre ou-
tros, é indispensável para a realidade do Equador.
99
5.16 DERES
Manual de Autoevaluación de la
Responsabilidad Social Empresarial
Desarrollo de la Responsabilidad Social - DERES
Conteúdo
DERES definiu as seguintes cinco áreas de RSE, ava-
liadas como indicadores do nível de desenvolvimento
da RSE de uma empresa.
• Condições de Ambiente de Trabalho e Emprego
• Marketing Responsável
• Proteção ao Meio Ambiente
• Apoio à Comunidade
• Valores e Princípios Éticos
100
PERU 2021 5.17
101
5.18 AED
Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial para Costa Rica
Associação Empresarial para o Desenvolvimento - AED
Esse projeto é uma iniciativa da AED - Associação de São oito categorias sobre as quais a empresa deverá
Empresários para o Desenvolvimento e contou com o focar-se de maneira integral para alcançar uma con-
apoio financeiro da Fundação Hivos, da Holanda. O duta de responsabilidade para com a sociedade onde
manual é resultado de uma investigação realizada pelo opera. As seis categorias definidas são:
INCAE, a qual foi acompanhada por um processo de 1. Transparência, valores e práticas anticorrupção;
consulta com diferentes públicos de interesse local. 2. Colaboradores;
3. Públicos de interesse-chave (clientes, fornecedores e
A AED é organização empresarial sem fins lucrativos comunidade);
que promove a Responsabilidade Social Empresarial
4. Meio ambiente;
na Costa Rica. Difunde uma nova cultura de RSE, que
5. Fortalecimento Institucional;
permite — por meio da participação direta, do volun-
6. Sustentabilidade econômica;
tariado, de alianças e fortalecimento de instituições
sem fins lucrativos — fomentar o desenvolvimento 7. Consumidores;
humano sustentável no país. 8. Fornecedores.
Objetivo Passo-a-passo
O propósito desse manual é servir como guia e parâ- Os indicadores tipo 1 foram definidos para que as em-
metro de medição das empresas costa-riquenhas, de presas avaliem seu desempenho ao longo do tempo
e como método de registro de informação necessária
tal modo que permita auto-avaliarem-se em diferen-
para tomada de decisões.
tes áreas que englobam a responsabilidade social.
Os indicadores tipo 2 permitem que as empresas se en-
O modelo estabelece oito categorias sobre as quais a em- quadrem em uma dos quatro estágios apresentados.
presa deverá focar-se de maneira integral para alcançar
Nos últimos meses de 2004, AED desenvolveu um me-
uma conduta socialmente responsável. É acompanhado
canismo para analisar e processar as informações das
de uma ferramenta de auto-avaliação que permite que
empresas que completaram o manual. O objetivo é que
as empresas mapeiem suas práticas de RSE e orientem as companhias, que assim o desejarem, possam compa-
suas políticas em direção a um projeto de RSE. rar seu desempenho na área de RSE com outras empre-
Baseado nos resultados dessa avaliação pretende-se sas em escala nacional ou com patamares internacionais
estabelecidos para determinada indústria e atividade.
motivar as empresas para que tomem medidas para
AED realiza esses estudos comparativos sob estrita con-
incorporar práticas de RSE dentro de seu planejamen- fidência e apresenta às empresas um informe sobre o
to estratégico e possam, assim, desenhar mecanismos desempenho da empresa em relação à área de RSE.
para monitorar o seu desempenho.
Referências
Conteúdo
www.incae.edu/ES/clacds/nuestras-investigaciones/pdf/903_
O desenvolvimento conceitual do modelo de RSE leva ManualindicadoresRSECR.pdf
em consideração os seguintes aspectos-chaves: www.aedcr.com
102
FUNDEMAS 5.19
Auto-Avaliação de Práticas de
Responsabilidade Social Empresarial
Fundación Empresarial para La Acción Social - Fundemas
103
5.20 CENTRARSE
IndicaRSE 2006
Centro para La Acción de La Responsabilidad Social
Empresarial en Guatemala - CentraRSE
Origem
Conteúdo
CentraRSE é uma organização privada, autônoma, de
Estes indicadores estão elaborados em formato de ques-
caráter associativo, apolítico, sem fins lucrativos, que
tionário, dividido em conjuntos de perguntas agrupadas
tem como objetivo gerar uma atitude de mudança nas
por áreas da RSE. O questionário tem um modelo úni-
empresas que operam no país, para que implementem co aplicável para todo tipo de setor econômico e conta
conscientemente práticas de Responsabilidade Social com 211 perguntas. As sete áreas da RSE são:
Empresarial. CentraRSE é representante do Conselho
Mundial para o Desenvolvimento Sustentável; World • Valores e Transparência
Business Council for Sustainable Development (www. • Público Interno (qualidade de Vida Laboral)
wbcsd.org). Também forma parte de Empresa, rede de • Fornecedores
instituições de Responsabilidade Social Empresarial • Consumidores/Clientes
de América (www.empresa.org). • Meio Ambiente
• Comunidade
Objetivo
• Estado
Os indicadores são instrumentos de auto-avaliação que
Além de perguntas quantitativas e comentários aber-
permitem, às empresas, estabelecerem benchmarks de
tos, as respostas são dadas da seguinte forma:
práticas de RSE dentro da mesma organização ou com
outras empresas nacionais e internacionais. • Sim
• Em Processo
IndicaRSE baseia-se em modelos de indicadores de
RSE internacionais, especialmente latino-americanos, • Não
adaptados ao contexto guatemalteco. • Não se aplica
• Cada empresa será capaz de medir seu desempenho É apresentada uma correspondência feita entre os in-
nas áreas de negócio, ano após ano, de maneira dicadores e o Pacto Global.
independente. IndicaRSE analisa individualmente o nível
de desenvolvimento de cada uma das áreas da RSE nas
Referências
empresas e identifica áreas a melhorar.
• Adicionalmente, IndicaRSE oferece a possibilidade http://centrarse.org
de comparação de resultados internamente entre áreas http://centrarse.org/CENTRARSE_indicadores.pdf
104
CEDIS 5.21
AutoevaluaRSE
Centro Empresarial de Inversión Social - CEDIS
Objetivo
Guia de autodiagnóstico da responsabilidade social
empresarial.
Conteúdo
Introdução
Como integrar a RSE à cultura da empresa conta
com um check-list para a revisão dos itens de ação do
105
5.22 CBSR
106
GEMI 5.23
SD Planner™
Global Environmental Management Initiative - GEMI
107
5.24 FUTURE 500
108
Capítulo 5
América
FUTURE 500 5.24
Inovação
Produtividade do capital
Gestão de riscos
Melhoria da margem
Promoção do crescimento
Retorno total ao acionista
Geração de empregos
Fortalecimento de competências Eficiência de recursos
Impactos econômicos locais Responsabilidade sobre produtos
Investimentos sociais Gestão do ciclo de vida
Ética nos negócios Crescimento Econômico De produtos a serviços
Segurança
Crescimento Ecoeficiência
socioeconômico
Sustentabilidade
Diversidade
Ar puro, água limpa e solo fértil
Direitos Humanos
Administração Redução nas emissões
Programas para a comunidade Progresso Social
Ambiental Zero resíduos, lançamentos e vazamentos
Comunidades indígenas Socioambiental
Biodiversidade
Relações trabalhistas
Saúde e segurança
Legislação ambiental
Mudanças climáticas globais
Acesso a água potável
Gestão de crises
Justiça ambiental
Desta forma, a ferramenta possibilita a geração de rela- · 20 Business Benefits – apresenta relatório de custos,
tórios com indicadores de risco, documentação do de- riscos, reputação, entre outros tópicos.
sempenho em apresentações customizadas e concisas. · To-Do Lists – listas de ações por departamento, padrões e
objetivos do negócio.
Passo-a-passo 3. Data Repository – Armazena e organiza dados e ar-
A ferramenta pode ser usada em três formatos: quivos em qualquer formato para documentar o de-
sempenho da organização com base em 200 critérios.
• Product Format – As companhias licenciam o produto e Excel, Access e arquivos em Word, bem como fotos,
podem utilizá-lo. ilustrações e websites podem ser facilmente anexados
• Service Format – Profissionais da Fortune 500 fazem para facilitar e melhorar a prestação de contas.
análises e entregam os resultados.
4. Report-Builder – elabora relatório de modo rápido
• Peer Group Format – Várias companhias fazem o
processo conjuntamente por meio do Conference Board, e eficiente, compilando textos e dados para atingir os
em Nova York. padrões do GRI, da Dow Jones e FTSE, bem como dos
requisitos sociais dos investidores.
O processo do GC 360 consiste de quatro componentes:
1. 360 Assessment and Planning Intensive – reúne equi- Resultado
pes dos principais executivos da organização para uma Atualmente, a ferramenta é utilizada por 75 empresas
sessão de planejamento com duração de meio dia. dos setores alimentício, de bebidas, bancário, energia
2. Executive Report Card – oferece um sumário do de- e eletroeletrônico em 60 países.
sempenho da corporação, criando listas de ações:
Referências
· CSR 360 – ranqueamento com base no GRI, Global
Compact, SA 8000, entre outros. www.future500.org
· SRI 360 – estabelece comparações utilizando-se da Dow PDF - www.future500.org/documents/Future500_GC360_
Jones, FTSE4Good, Domini, ICCR. brochure.pdf
109
5.25 CEMEFI
Indicadores de Institucionalidad
y Transparencia
Centro Mexicano para La Filantropía - Cemefi
País Conteúdo
México Os Indicadores de Institucionalidade e Transparên-
cia são construídos a partir de referências objetivas,
O que é não controversas e de fácil verificação, que assinalam
o nível de formalidade e os instrumentos com que
Indicadores para que as organizações da sociedade civil conta a organização para garantir a transparência das
(Oscip), dedicadas à assistência, promoção e desenvol- atividades que realiza em benef ício da comunidade.
vimento social, e que lutam por causas fundamentadas Constituem ainda uma plataforma a partir da qual
nos princípios de solidariedade, filantropia e co-res- se inicia o desenvolvimento de processo de melhoria
ponsabilidade social, possam contar com um guia para contínua em todos os âmbitos que têm a ver com a
alcançar padrões de institucionalidade e transparência. vida da organização.
110
Capítulo 5
América
CEMEFI 5.25
NIVELES
Nível Médio - Corresponde às instituições que alcan- da, estabelecerá seu próprio nível de institucionalida-
çam entre seis e oito indicadores. São consideradas de de (ver quadro). No caso de não cumprir com algum
boa administração, quadro de funcionários trabalhan- indicador, sugere-se explorar as razões ou causas que
do em programas bem definidos, indicadores para al- dificultam obter um bom resultado no indicador e ini-
cançar êxito na gestão das Oscip’s. ciar as ações pertinentes para satisfazê-los.
111
6
Compêndio para a Sustentabilidade: Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental
Instrumentos de Gestão -
Europa
6.1 Introdução
6.2 Áustria - IMS do ECO4WARD
6.3 Bélgica - Albatroz B&SB
6.4 Finlândia - Vastuun Askeleita FB&S
6.5 França - Guide CSR Europe ALLIANCES
6.6 França - Guide de la Performance Global CJD
6.7 Reino Unido - CR Index BITC
6.8 França - Bilan Societal CJDES
6.9 Grã-Bretanha - Sigma Project BRITISH STANDARDS, FORUM FOR THE FUTURE e ACCOUNTABILITY
6.10 Holanda - GR3 GRI
6.11 Reino Unido - Small Business Journey e Better Business Journey SBC
6.12 Reino Unido - Responsible Competitiveness Index ACCOUNTABILITY
6.13 Suécia - THE NATURAL STEP WHH
6.14 Alemanha Itália + Bélgica + Portugal - CSR Toolkit for SME COSORE
112
112
Intro 6.1
Pontos de convergência entre duas agendas:
do Desenvolvimento Sustentável e da Estratégia Empresarial
Critérios adotados por pesquisas, a • Examinar a diferença de percepções, diagnóstico para aferir expectativas so-
exemplo do trabalho da FBDS¹ – Fun- atitudes e padrões de comportamento ciais e ambientais.
dação Brasileira para o Desenvolvimento entre os gerentes responsáveis por sus-
Sustentável, podem ajudar as organiza- tentabilidade e demais formuladores de Embora se observe no Brasil significa-
ções a achar o “caminho das pedras” no políticas nas empresas; tiva mobilização empresarial em torno
dos temas ligados à responsabilidade so-
desafio da sustentabilidade.
• Identificar potenciais diferenças espe- cial empresarial, as companhias podem
Tal pesquisa visou analisar o direciona- cíficas aos setores industriais em valores, não estar tratando de pontos relevantes
mento para a sustentabilidade das prin- restrições, etc; em seu processo estratégico², o que re-
cipais empresas atuantes no Brasil dos duz a possibilidade de que os desafios da
• Examinar as pressões enfrentadas pelas
setores de papel e celulose, alimentos e sustentabilidade sejam adequadamente
empresas para responder a demandas in-
bebidas e energia elétrica (2005), do se- analisados, priorizados e alinhados in-
ternas (mudanças de gestão) ou deman-
tor financeiro e do setor sucroalcooleiro ternamente com os demais objetivos es-
das externas (expectativas de retorno
(2007). tratégicos das empresas. Assim, podem
por parte de acionistas);
ser gerados resultados desfavoráveis ou
Fundamentalmente, as questões avalia- • Examinar se companhias usam siste- perdas de oportunidades, tanto para os
das nas organizações envolvem: mas de alerta ou outras ferramentas de negócios como para a sociedade.
• Motivação: conhecimento do concei-
to, suscetibilidade a pressões externas
(ONGs, clientes, reguladores, mercados Os 31 desafios da sustentabilidade:
de capitais), vetores internos de valor,
Ranking do grau de incorporação dos desafios nas empresas do brasil (em %)
forças e fraquezas e sistema de informa-
Comprometimento com valores e princípios 17 Mudança climática 56.7
ções; 1 86.7
2 Governança corporativa 80.0 18 Oportunidade 56.7
3 Estresse 76.7
• Capacidade de implementação: lide- 19 Apoio político e políticas públicas 53.3
4 Energia 73.3 20 Marketing for sustainability 53.3
rança, estrutura e cultura organizacio- 5
Menos Incorporados
ética e sustentabildade na cadeia produtiva 73.3 21 desigualdade de gênero 50.0
nal, áreas de maior ou menor resistência 6 Qualidade da educação básica 70.0
22 Consumo consciente 46.7
e grau de preponderância de aspectos 7 Corrupção e faltal de ética 66.7 23 descriminação e desigualdade racial 46.7
financeiros em decisões; 8 Impacto econômico local 66.7 24 Precariedade dos sistemas de infra-estrutura 43.3
9 Água
More Incorporados
diversas áreas da organização em rela- 13 Equilíbrio dos ecossistemas e serviços ambientais 60.0
28 Violência e tráfico 23.3
29 Oferta e condições de moradia 20.0
ção à sustentabilidade e identificação de 14 Concorrência desleal 60.0
30 Pandemias 13.3
15 Precarização do trabalho 60.0
eventual foco de resistência; 16 Cidadania 60.0 31 Produtos alimentícios 10.0
113
6.2 ECO4WARD
Act
Origem
Revisão da gestão
O Integrated Management Systems (IMS) foi lançado www.iman.at/checklisten/Checkliste07_Mangement_Review.pdf
na Áustria entre abril de 2001 e outubro de 2002 com
apoio financeiro de organismos do poder público. O Referências
coordenador da iniciativa IMS é a Eco4ward, um gabi- www.iman.at/
nete de peritos em RSE e desenvolvimento sustentável http://62.116.3.110/ims/
baseado em Graz. Figura www.quality.co.uk/
Objetivo
É a Linha do Sistema de Gestão
O IMS integra diferentes sistemas de gestão relati-
vos às áreas de saúde e segurança, gestão ambiental Gestão da Qualidade Gestão Gestão da
e qualidade. Ambiental Segurança
Conteúdo Consultoria
Consultoria Consultoria
CM
- Saúde e segurança: AschG, OHSAS 18001, SCC.
- Gestão ambiental: EMAS, ISO 14001. Benchmark
www.iman.at/checklisten/Checkliste01_Kuzanalyse.pdf Documentação
Ilustrativa
Plan Auditores da
Produtos
EMAS
Política da empresa e Serviços
de Qualidade
www.iman.at/checklisten/Checkliste02_Unternehmenspolitik.pdf
Relação dos Órgãos Relação dos
Análise para Registro da Órgãos para
www.iman.at/checklisten/Checkliste03_Ist-Analyse.pdf ISO9000 Registro da ECO
114
BUSINESS & 6.3
SOCIETY BELGIUM
Albatros
Business & Society Belgium
País Conteúdo
Bélgica Albatros é um instrumento pragmático, um questio-
nário composto por perguntas fechadas sobre os três
O que é pilares do DS. O programa gera um relatório acom-
panhado de informações qualitativas sobre os pontos
Um questionário para auto-avaliação da gestão geral fortes e fracos da empresa nos diferentes domínios de
e da responsabilidade social das empresas. gestão. Este relatório fornece também conselhos espe-
cíficos sobre ações que a empresa pode empreender
Origem para melhorar a sua atuação/prestação de contas.
A ferramenta foi desenvolvida pela Business & So-
ciety, rede belga de empresas que visa sensibilizar o Passo-a-passo
setor privado, incentivar a implantação de iniciativas O software interativo está disponível em CD-ROM
geradoras de emprego, contribuir para a inclusão de para qualquer porte e setor de atividade.
minorias no mercado de trabalho e estimular a troca
de experiências. O usuário deve responder a cada pergunta do ques-
tionário sobre a gestão global da empresa, as políticas
Em 1994, uma série de empresas européias redigiu, social, econômica e a ambiental com “sim”, “não”, “não
sob liderança de Jacques Delors, o Manifesto Euro- é aplicável” ou assinalar as respostas corretas.
peu das Empresas contra a Exclusão Social. Um ano
depois, em resposta ao preocupante cenário social Resultados
europeu (17 milhões de desempregados, 53 milhões
de pessoas vivendo no limiar de pobreza e 5 mi- Isringhausen sprl, de Lokeren, sucursal de Isringhau-
lhões de desabrigados), surgia a European Business sen GmbH & Co KG, é uma das primeiras empre-
Network for Social Cohesion ou Rede Européia de sas a avaliar sua performance Albatros. Esta empresa
Empresas para a Coesão Social (EBNSC), uma rede fabrica bancos para veículos utilitários em Lokeren.
para o compartilhamento de iniciativas e estudos Emprega 98 pessoas.
dessa natureza via internet, com sede na Bélgica.
Referências
Em 1998 empresas belgas lançavam oficialmente a Rede
www.businessandsociety.be
Belga de Empresas para a Coesão Social (BENSC).
www.businessandsociety.be/display.asp?lang=2&nav=289&
Em 2000 a EBNSC organizou a primeira convenção art=915&mode=showarticle&ss=albatros
Européia sobre a responsabilidade social empresarial e
passou a chamar-se CSR Europe. Em 2001 a Rede Bel- Colaboração
ga (BENSC) torna-se Business & Society Belgium. Business & Society Belgium
Ariane Molderez
Em 2006, o CSR Europe conta com 22 organizações
ariane.molderez@businessandsociety.be
de 20 países e representa 1.812 empresas, das quais 45
fazem parte da Business & Society Belgium.
Objetivo
Ao responder a um questionário, empresas de qual-
quer porte ou setor podem avaliar e prestar contas da
sua atuação social. As perguntas abordam a gestão da
empresa, sua política social interna ou externa e suas
práticas econômicas e ambientais.
115
6.4 FINNISH
BUSINESS & SOCIETY
Vastuun Askeleita
Finnish Business & Society
116
ALLIANCES 6.5
País Conteúdo
França Iniciativa voluntária de auto-avaliação e acompanha-
mento com 300 perguntas divididas em quatro capítu-
O que é los, cujas perguntas em correlação com a temática do
Global Compact são assinaladas.
Adaptação francesa de uma ferramenta desenvolvida
por uma instituição de âmbito europeu, destinada a Cap I - Apresentação geral e impacto econômico da empresa
pequenas e médias empresas que desejam avaliar e Cap II - Vocação e valores da empresa
fortalecer sua responsabilidade social corporativa. Cap III - Impacto Social da empresa
Partes interessadas: assalariados
Origem Partes interessadas: clientes
A associação Alliances foi criada por três empresários Partes interessadas: acionistas
(Jean Pedra Guillon, Bruno Libert e Hervé Serieyx) Partes interessadas: fornecedores
em 1994, com o financiamento de empresas do se- Cap IV - Impacto ambiental da empresa
tor privado (membros e parceiros), órgãos coletivos e
Parte interessada: ambiente empresarial
instituições públicas francesas. Seu objetivo é acom-
panhar as empresas de modo que melhorem os seus Parte interessada: ambiente ecológico
desempenhos de Responsabilidade Social e Ambien-
tal, aprofundando seu conhecimento sobre o tema, Passo-a-passo
desenvolvendo suas dimensões sociais, econômicas e
A realização do guia não é em caso algum uma fina-
ambientais, melhorando assim sua competitividade.
lidade. A pertinência reside na qualidade das entre-
O Guide CSR Europe – Alliances foi elaborado a vistas.
partir de um guia de RSE desenvolvido pela CRS Eu- A boa realização do diagnóstico pode fazer-se apenas
rope1, que foi traduzido para o francês e adaptado com base em compromissos recíprocos por parte de
para as PMEs em 2002, pela Alliances. Após testes alianças bem como da empresa que deseja compro-
com nove empresas do Norte da França, foi instaura- meter-se.
do um programa de acompanhamento das PMEs da
região. O programa evoluiu e, em 2004, o conteúdo Todas as entrevistas desenrolam-se entre a Alliances e
relativo à responsabilidade empresarial foi fortemente o líder de empresa.
desenvolvido por instituições parceiras que detinham
Os compromissos da Alliances são:
experiência e know-how no tema.
1. Os resultados são confidenciais e permanecem sendo
Objetivo propriedade da empresa.
2. Alliances realizará uma visita de compromisso.
O guia CSR da Europa não pretende ser um instru-
3. O diagnóstico é gratuito (sob certas condições).
mento estático de avaliação, mas um instrumento de
trabalho e estímulo à ação. Trata-se de instrumento Compromissos da empresa diagnosticada:
de avaliação, de trabalho e estímulo à ação. 1. O diagnóstico é realizado com o líder da empresa (ou
um membro do seu Comitê de direção).
• Ajuda as empresas a fazer sua auto-avaliação do seu 2. O resultado será apresentado ao Comitê de direção.
nível de engajamento referente a RSE.
3. O líder compromete-se a redigir um plano de ação.
• Acompanha as empresas na melhoria da redação de
sua estratégia RS.
Referências
• Acompanha a realização da estratégia RS da empresa
efetivando uma iniciativa dinâmica de progresso www.alliances-asso.org
(formação, avaliação, ação). www.alliances-asso.org/htm/rse/accompagnement2.htm
1
CSR Europe é uma rede de empresas européias socialmente responsáveis, formada por mais de 60 grandes empresas multinacionais. A rede criou uma ferramenta de autodiagnóstico de
RSE/DS para as pequenas e médias empresas que desejam implementar ou aprimorar esse tema em sua gestão denominada SME Key. A ferramenta on-line não está disponível atualmente.
117
6.6 CJD
Objetivo
Passo-a-passo
Este guia pretende ajudar os líderes empresariais
a adotarem uma lógica de desempenho global, Preparar as perguntas fundamentais para um bom
contemplando fatores econômicos, sociais e ambien- diagnóstico, identificar os pontos que podem ser me-
tais. Visa ainda engajar a empresa em relações éticas lhorados, definir um plano de ação adaptado às ne-
com os vários stakeholders — clientes, funcionários, cessidades da empresa, contemplando métodos de
fornecedores, acionistas e sociedade civil —, contri- gestão, instrumentos de avaliação e acompanhamento
buindo para que se forme uma visão de longo prazo diário — estas são as etapas propostas pelo guia.
do negócio e menos centrada na maximização dos
lucros no curto prazo. Resultado
118
BITC 6.7
CR INDEX
Business in the Community - BITC
Ao integrar o índice, as empresas demons- O índice oferece um padrão para testar, medir e rela-
tram sua intenção de empreender esforços tar as atividades de negócios responsáveis. Também
oferece oportunidades para comparar administração
em desenvolver prestação de contas e tornar-
de negócios e desempenho, demonstrando avaliações
se benchmark e o compromisso de melhorar para melhora dos resultados. Ao integrar o índice, as
seu desempenho. empresas demonstram sua intenção de empreender
esforços em desenvolver prestação de contas e tor-
[Objetivo] nar-se benchmark e o compromisso de melhorar seu
desempenho.
Conteúdo
País
A pesquisa traz questões que cobrem os impactos das
Reino Unido
operações, produtos e serviços e interações com prin-
cipais partes interessadas sobre quatro áreas: comuni-
O que é
dade, meio ambiente, mercado e local de trabalho.
Uma ferramenta de benchmark que pesquisa e com-
para o comportamento responsável das empresas, Passo-a-passo
por meio da avaliação da estratégia de responsabi-
Ao integrar a pesquisa e receber os relatórios de ava-
lidade social, da integração desta estratégia com o
liação, os participantes do CR Index entram num pro-
negócio e do desempenho social e ambiental da or-
cesso de análise de lacunas internas e realização de
ganização.
planos de ação para aperfeiçoamento contínuo.
119
6.8 CJDES
Bilan Societal
Centre des Jeunes Dirigeants et Acteurs de
L´Economie Sociale - CJDES
A ferramenta tem por objetivo avaliar a empresa sob As perguntas são tratadas sob 15 critérios de apreciação:
três dimensões: desempenho econômico, eficácia so- 1. atividade
cial e impacto no meio ambiente. A ferramenta tam-
2. cidadania interna
bém responde a cinco objetivos complementares:
3. cidadania local e econômica
• Ser suporte ao diálogo entre as diferentes partes 4. competitividade
interessadas, internas e externas à empresa (animação).
5. convivência
• Ser instrumento de ajuda à decisão e gestão (governança
e estratégia). 6. criatividade e estética
• Prestar contas das suas práticas (transparência). 7. eficácia e eficiência
• Permitir um processo de melhoria contínua (progressos). 8. empregabilidade e desenvolvimento das capacidades
cognitivas (ou competências)
• Valorizar as práticas empresariais (comunicar).
9. ética
O Bilan Societal não é simplesmente um instrumen- 10. respeito ao meio ambiente
to de comunicação externa, mas uma ferramenta de 11. satisfação
informação para auxiliar a tomada de decisões, me-
12. saúde e segurança
lhorando a eficácia e tornando claras as finalidades
da empresa (elementos de trocas da empresa com a 13. solidariedade
sociedade nas categorias não remetidas pelos balan- 14. utilidade social e coletiva
ços financeiros e contábeis legais). Trata-se de atingir 15. viabilidade
120
CJDES 6.8
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
O método utilizado é o princípio da auto-avaliação cru- 3. Fase de informação do questionário de acordo com dois
zada. Trata-se de um método que realiza uma avalia- métodos:
ção qualitativa de uma ação ou um conjunto de ações: • Avaliação externa junto à direção: implicação ou consulta
é pedido aos grupos de atores envolvidos pelo novo aos stakeholders, identificação dos pontos fortes e pontos
domínio de reflexão — cada grupo pode trazer uma fracos.
apreciação diferente — que respondam separadamen- • Avaliação cruzada com implicação dos stakeholders,
te a uma grade de perguntas, cujo número varia em identificação coletiva das divergências.
função do suposto conhecimento que têm do funcio-
4. Análise: diagnóstico com um olhar externo.
namento da empresa. A soma dos olhares, expressos
de forma subjetiva, leva a uma forma de objetividade 5. Análise com o comandatário para permitir a elaboração do
relativa: seja para um consenso sobre a apreciação, seja consenso sobre o diagnóstico entre os stakeholders.
uma identificação de divergências de pontos de vista.
6. Acordo entre as partes sobre a transformação a ser
Aplicado ao Bilan Societal, este método contribui efetuada: prioridades, meios, prazos a respeitarem, quadros
de controle de acompanhamento.
para inventar novos modos de governança. A circula-
ção eqüitativa da informação objetiva permite equili- 7. Publicação da iniciativa e a grade de acompanhamento.
brar as relações entre os stakeholders, desembocando
8. Edição de novo balanço completo ou parcial para avaliar
numa gestão mais responsável da empresa.
a estrutura e os resultados obtidos na condução das ações
Um “analista empresarial”, credenciado pelo CJDES, transformadoras no tempo.
aplica o questionário junto aos diferentes stakehol- A avaliação é conduzida por analistas empresariais
ders, analisa os resultados globais e restitui um diag- que elaboram as modalidades de aplicação do Bilan
nóstico da gestão empresarial. Societal. Após a fase de contato e de informação do
Um software permite recolher e tratar as respostas questionário junto aos diferentes stakeholders, a aná-
aos questionários dos diferentes stakeholders. lise e o regresso para os comandatários variam cerca
de três semanas a dois meses.
Passo-a-passo
Referências
O Balanço Empresarial é desenvolvido de acordo com
www.cjdes.org
as características de cada empresa.
www.cjdes.org/426-Le_Bilan_societal
O método utilizado integra duas vertentes:
• 450 perguntas divididas em grandes temas;
• Análise global da empresa.
121
6.9 SIGMA
Visa construir a capacidade das empresas de alcança- I. Princípios Gerais – Ajudam organizações a com-
rem seus objetivos de negócio e institucionais tratan- preender a sustentabilidade e suas contribuições para
do, de modo mais eficaz, os dilemas, ameaças e opor- com ela. Fornecem um conjunto de referência para
tunidades nos campos econômico, social e ambiental. ajudá-las a desenvolver seus próprios princípios. Ba-
As diretrizes do Projeto SIGMA oferecem soluções seia-se em dois elementos centrais:
flexíveis e viáveis que podem ser implementadas em • Gerenciamento holístico de cinco diferentes tipos
uma ampla gama de setores, tipos de organização e de capital4 (construído, financeiro, humano, social
funções. e natural) que refletem os impactos e a riqueza da
organização como um todo.
Integração e melhoria de desempenho são palavras- • Exercício das práticas responsáveis, transparência e
chaves no Projeto SIGMA. Ele reúne temas sociais, atenção para com parceiros (stakeholders) e respeito a
ambientais e econômicos, ao mesmo tempo em que regras e normatizações relevantes.
incentiva as empresas a integrar essas áreas na ges-
II. Estrutura de Gerenciamento – integra problemas de
tão organizacional. É a síntese de vários modelos e
sustentabilidade em processos centrais e instâncias
instrumentos no campo da responsabilidade social
decisórias da empresa. É um ciclo de quatro fases fle-
empresarial. Ele pode ser usado sozinho ou em con-
xíveis em sua implementação (divididas em subfases)
junto com outras iniciativas e permite às organiza-
– liderança e visão; planejamento; realização; e revisão,
ções definirem seu próprio processo de acordo com
feedback e informação – que permitem que uma organi-
suas necessidades, visando sempre à melhoria do
desempenho. zação se desenvolva, planeje, realize, monitore e preste
¹ Uma das principais organizações de normatização; defende a adoção de melhores práticas de administração, redução de riscos e implementação de normas
internacionais como forma de distribuição de renda.
² Um dos principais órgãos e centros de estudos de sustentabilidade; Instituição fundada em 1996 no Reino Unido, desenvolve ações a fim de acelerar a
transição para um modo de vida sustentável com base em soluções digitais. Trabalha em parceria com mais 150 organizações, governos e universidades para
difundir e compartilhar o conceito e práticas do DS.
³ Um organismo profissional internacional dedicado às práticas responsáveis. Missão: promover a prestação de contas para o DS. Oferece ferramentas e normas
com base em seu AA 1000, promove o desenvolvimento profissional e padrões de certificação e conta com um modelo de governança inovador.
122
SIGMA 6.9
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
a no Capit
al implementar abordagens sustentáveis em suas orga-
um
nizações.
lH
So
Financ
pital
Capita
cial
eir
Ca
I. Diretrizes SIGMA
o
compatíveis voltados ao desenvolvimento sustentado.
ap
ad II. A Estrutura de Gerenciamento
C
ital
Manufatur
Pode ser usada, no todo ou em parte:
• Para integrar sistemas de gerenciamento existentes,
aproveitando abordagens existentes.
4
O Sigma desenvolve a idéia do triple bottom line (TBL), colocando os cinco tipos de capital sob o guarda-chuva da prestação de contas. O modelo dos cinco
capitais permite superar fraquezas do TBL, como a possibilidade de considerar os fatores — social, econômico e ambiental — como se fossem iguais (quando
a integridade ambiental é de fato um pré-requisito social e econômico) e tratados isoladamente (quando, na verdade, estão freqüentemente interligados). As
duas abordagens, TBL enquanto os cinco capitais, são na realidade complementares, sendo que os capitais construído e financeiro se relacionam com a linha
econômica do TBL, enquanto os capitais humano e social representam a linha social e o capital natural está associado com o aspecto ambiental. A abordagem
do TBL tem sido usada em várias diretrizes e ferramentas do projeto.
123
6.9 SIGMA
• Para estabelecer um sistema de gerenciamento auto- matização. Inclui uma explicação dos princípios a se-
suficiente. rem aplicados em um processo de certificação realiza-
• Como orientação para aprofundar e ampliar práticas de do com a norma AA 1000: materialidade, abrangência
gerenciamento existentes, sem a estrutura formal de um e dedicação.
sistema de gerenciamento.
As quatro fases: 2. Ferramenta de Estudo: Oferece um processo simples
a. Liderança e visão - definem a visão de para desenvolver um caso hipotético especificamente
sustentabilidade e garante o apoio da liderança. voltado à realidade de uma dada organização, a fim
b. Planejamento - decide o que precisa ser feito para de tratar a questão da sustentabilidade. Usando uma
melhorar o desempenho. abordagem pragmática que reconhece a linguagem e
c. Realização – melhora o desempenho as prioridades centrais da organização, os usuários
d. Monitoramento, Revisão e Informação – verificam podem criar um case forte, que incorpore exemplos
se o desempenho está melhorando e comunicam os da vida real. Isso revelará o que a sustentabilidade sig-
resultados. nifica para a organização e como um melhor desem-
penho em sustentabilidade pode maximizar oportu-
Cada fase e suas respectivas subfases são descritas em
tabelas detalhadas que contêm: nidades e minimizar riscos potenciais.
• Questões-chaves para enfrentamento e resolução; 3. Ferramenta de Compatibilidade: Proporciona às or-
• Um roteiro de verificação sobre como as atividades ganizações uma compreensão sobre como seus siste-
pretendidas se relacionam como os princípios escolhidos mas e abordagens de gerenciamento relacionam com
pela organização; a Estrutura de Gerenciamento do Projeto SIGMA.
• A lista daqueles que precisam estar envolvidos; Ajuda as organizações a obter os efeitos desejados
• Aquelas que são as atividades-chaves; e resultados vislumbrados na Estrutura de Geren-
• Cronologia de datas, indicando quando devem ser ciamento, sem necessidade de duplicar os esforços.
implementadas; A ferramenta mapeia o Projeto SIGMA em relação
• Uma lista de ferramentas e recursos úteis; a outros sistemas, como o EFQM, o AA 1000, In-
• Efeitos e resultados esperados; vestors in People, EMAS, ISO 14001, ISO 14031,
• Questões-chaves para a implementação, a respeito das OHSAS 18001, ISO 9000, AS 8000, AS/NZS 4581,
quais a organização pode ter de tomar consciência. The Natural Step (TNS), Global Compact (ONU) e
o Charter Mark.
As fases se baseiam em um processo gerencial, e não
incluem níveis esperados de desempenho. Entretanto, 4. Ferramenta de Contabilidade Ambiental: Este instru-
melhorar o desempenho é a principal meta das dire- mento é uma introdução à contabilidade ambiental,
trizes SIGMA, e as organizações devem estabelecer a fim de ajudar as organizações a calcular os custos
metas ambiciosas e alcançáveis que possam ser reali- externos (as externalidades) ligados ao ambiente.
zadas usando a Estrutura de Gerenciamento proposta
5. Ferramenta de Informação GRI: Este guia, baseado nas
pelo Projeto.
diretrizes do Global Reporting Initiative, é destinado
a empresas de todos os tamanhos e ajuda a elaborar
III. A Caixa de Ferramentas
um relatório RSE. Fornece princípios e indicadores de
Consiste em 13 ferramentas de apoio, guias e estudos desempenho econômico, ambiental e social. Tanto os
de casos. Um breve resumo de cada ferramenta e do princípios como os indicadores foram desenvolvidos
que elas podem conseguir para uma organização: ao longo dos últimos cinco anos, com dados e suges-
tões vindos de uma ampla gama de stakeholders em
1. Norma de certificação AA 1000: É uma normalização
todo o mundo.
geralmente aplicável para avaliar, atestar e fortalecer
a credibilidade e qualidade do informe de sustentabi- 6. Ferramenta de Marketing e Sustentabilidade: Sugere
lidade de uma organização e de seus processos, siste- alguns passos iniciais para desenvolver um plano de
mas e competências subjacentes. Fornece orientação marketing e sustentabilidade e estabelece as bases
sobre elementos-chaves do processo de certificação. para a colaboração entre profissionais de marketing
Esta ferramenta oferece um resumo simples da nor- e sustentabilidade. Fornece um conjunto de passos
124
SIGMA 6.9
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
práticos para identificar oportunidades-chaves, por 10. Stakeholder Engagement: Oferece às organiza-
meio do entendimento dos consumidores e do mer- ções duas maneiras de melhorar suas práticas de
cado, avaliando os atributos de sustentabilidade dos engajamento de parceiros (stakeholders). A primei-
produtos e serviços da organização e determinando ra abordagem baseia-se no processo AA 1000, que
que questões de sustentabilidade possuem maior po- incorpora o engajamento de stakeholders como um
tencial de uso em uma campanha de marketing. elemento central no processo de gerenciamento, afe-
rição e comunicação do desempenho. Este processo
7. Questionário de Desempenho: É um check-list que
ajuda a organização a perceber diferentes aspirações
avalia o desempenho da organização em relação à Es-
e necessidades dos stakeholders e equilibrar e geren-
trutura proposta pelo Projeto SIGMA. Consiste em
ciar os elementos interligados de desempenho social,
22 perguntas, cada uma dividida em subcategorias.
ambiental e econômico. A segunda abordagem é um
Deve ser utilizado após a implementação do Projeto
SIGMA. Fornece à organização uma imagem de como conjunto de ferramentas que ajuda as organizações a
estão se saindo em termos de desenvolvimento sus- explicar e avaliar o engajamento de seus stakeholders.
tentável. O questionário também pode ser usado para A primeira ferramenta concentra-se nos motivadores
avaliar desempenho entre diferentes partes de uma do engajamento, e a segunda apresenta um conjunto
organização. de questões-chaves sobre quem, o quê, onde, quando
e como em termos de engajamento, bem como as me-
8. Guia de Risco, Oportunidade e Sustentabilidade: Ofe- lhores técnicas disponíveis.
rece informações básicas e ferramentas simples para
permitir às organizações melhorar sua compreensão 11. Guia de Questões de Sustentabilidade: Lista e fornece
e gerenciamento de riscos e oportunidades ligadas ao breves explicações sobre uma ampla gama de ques-
desenvolvimento sustentável. Por meio de uma expli- tões ligadas à sustentabilidade, a respeito das quais as
cação de riscos sociais, econômicos e ambientais do organizações devem estar conscientes.
ponto de vista dos parceiros (stakeholders), as organi- 12. Guia de Contabilidade para a Sustentabilidade: Ajuda
zações podem desenvolver uma compreensão a res- as organizações a prestar contas sobre seu desempe-
peito de uma gama mais completa de ameaças a seu nho em termos de sustentabilidade organizacional.
sucesso organizacional, incluindo-se a não-percepção Reconhecendo tratar-se de uma área embrionária, na
de oportunidades. Um processo genérico de riscos e
qual há muitas lacunas e inadequações na atual conta-
oportunidades, apoiado por ferramentas e orientação
bilidade financeira, o guia explora o pensamento mais
avaliativa, permite aos usuários melhorar seus proces-
moderno em termos de sustentabilidade e fluxos de
sos já existentes ou desenvolver novos.
recursos, ativos e passivos, no contexto das Práticas
9. Diretrizes e Normas relevantes para o Desenvolvimento Contábeis Geralmente Aceitas (GAAP). Diferentes
Sustentável: Este guia resenha 20 normatizações e di- maneiras de integrar informações são apresentadas,
retrizes relevantes para o desenvolvimento susten- para ajudar as organizações a entender novas opções
tável. Inclui o Global Compact (ONU), EMAS, The de estruturação contábil. Usuários que já estão im-
Natural Step, Social Accountability 8000, Investors plementando mudanças em suas práticas contábeis e
in People, Global Sullivan Principles, The Ethical fontes de dados para coeficientes e valores ambientais
Trading Initiative Base Code, Balanced Scorecard, também são oferecidos.
a European Foundation Quality Model - Excellen-
13. Placar de Sustentabilidade: Desenvolve o conceito
ce Model, o Global Reporting Initiative, o AA 1000,
Combined Code of Corporate Governance, a famí- de um Placar de Equilíbrio nos Negócios. A aborda-
lia ISO de normalizações, o London Benchmarking gem permite à organização identificar motivadores-
Group, as diretrizes da OECD para Empresas Mul- chaves e o modo como estão interligados, e usá-los
tinacionais, os Caux Roundtable Principles for Bu- para desenvolver objetivos e métricas.
siness, as diretrizes de Direitos Humanos para Em-
presas, da Anistia Internacional, os Principles for Referências
Global Corporate Responsibility, Business Impact www.projectsigma.co.uk/
Task Force e a Sustainable Development Strategy do www.projectsigma.co.uk/Guidelines/SigmaGuidelines.pdf
Governo Britânico. www.projectsigma.com/Toolkit/SIGMASustainabilityMarketing.pdf
125
6.10 GRI
G3
Global Reporting Initiative - GRI
126
GRI 6.10
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
dica
Manual para auxiliar as organizações na elabora-
ção dos relatórios de sustentabilidade : The GRI
Sustainability Reporting Cycle: a Handbook for
Small and Not-So-Small Organizations a ser ad-
quirido no site da GRI.
127
6.11 THE SMALL BUSINESS
CONSORTIUM
As duas ferramentas são desenvolvidas para ajudar pe- Better Business Journey foi recentemente lançada pelo
quenas empresas a aumentar seus lucros com práticas consortium e é uma outra maneira de orientar e inspi-
de responsabilidade social. Small Business Journey é um rar os negócios, além de fornecer exemplos de ações
simples que podem ser seguidas por empresas de
guia on-line, e Better Business Journey é um livreto.
qualquer tamanho e setor.
Origem
Objetivo
The Small Business Consortium foi formado em 2002
Pretende-se com a publicação mostrar aos pequenos
com o objetivo de aumentar a lucratividade de pe-
empresários que a responsabilidade social diminui os
quenos e médios negócios do Reino Unido, encora-
impactos negativos da atividade empresarial no meio
jando-os a manter práticas de responsabilidade social ambiente e na sociedade, além de produzir efeitos po-
junto à comunidade e ao meio ambiente. O consórcio sitivos. A jornada destina-se a negócios de qualquer
disponibiliza às empresas uma série de materiais para tamanho ou tipo para ajudá-los a crescer de modo a
pequenos negócios sobre empreendedorismo respon- gerar valor às partes interessadas por meio da adoção
sável. O consórcio está aberto à participação de qual- de práticas de responsabilidade social. Demonstra-se,
quer organização de stakeholders que deseje integrá- por meio de uma realidade de fácil compreensão e
lo e atualmente reúne instituições britânicas como adequada à realidade dessas empresas, como os pe-
Accountability, Arts & Business, British Chambers of quenos negócios podem ter maior valor agregado em
Commerce, Business in the Community, CSR Europe, sua reputação, reconhecimento público, entre outros
Federation of Small Business, The Forum of Private benef ícios da responsabilidade social.
POLÍTICAS
Conteúdo
Definição do
Diversidade
de negócio
Princípios
propósito
Igualdade
Marketing com
positivo no sucesso do negócio no longo prazo. Estas
segurança
um motivo
Sa
Capacitação
MANAGING
práticas são as chamadas + points, porque adicionam
de
Inovação Melhor
e
RISK
remuneração
Mensuração do sucesso valor ao negócio. Cada parte da jornada lida com:
Conhecer a legislação
I. Políticas – Qual a teoria e como ela pode ser colocada
tes
en
i
práticas
Cl
Fornece-
dores
Comunidades
II. Práticas – Aqui poderão ser encontradas informações
Minimização do de medidas práticas como administração do desperdício
desperdício
e melhores processos de pagamento. Há 9 +points a
considerar.
Gestão de
recursos
Público interno
128
THE SMALL BUSINESS 6.11
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
CONSORTIUM
Better Business Journey é um livreto para empreen- Nurture), Avaliação, Comprometimento, Divulgação,
dedores de PMEs que oferece dicas e ações que po- Integração, Organização e Aporte.
dem ser incorporadas por qualquer negócio. • Exemplos de negócios que já iniciaram estas etapas.
• Informações sobre como o negócio pode ser • Indicações para quem precisa de mais ajuda.
beneficiado de modo tangível.
• Foco em quatro áreas-chaves: Pessoas, Princípios,
Compra e Promoção (vendas e marketing). Pessoas
BETTER BUSINESS JOURNEY
• Lista de ações divididas por etapas de implantação.
Apresentam-se as melhores ações para começar
PRINCÍPIOS
e que devem fazer sentido para a organização. Os
tópicos foram preparados a partir do feedback dos
empreendedores.
PROMOção compra
• Um plano de ação simples com informações de (vendas e marketing)
como implementá-lo a partir das fases de Diagnóstico
(A.C.T.I.O.N. Assess, Commit, Tell, Integrate, Organise,
129
6.12 ACCOUNTABILITY
130
ACCOUNTABILITY 6.12
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
131
6.12 ACCOUNTABILITY
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
Uruguai
atenção pelo seu bom desempenho e ficaram à frente Costa Rica
El Salvador
40
de alguns Estados que entraram recentemente para a México
China
União Européia.
30
132
TNS ® 6.13
133
6.13 TNS ®
tos, numa forma complexa, que envolve a análise de II. Condições do sistema – O TNS trabalhou com cien-
ciclo de vida de produtos e serviços (downstream). tistas para desenvolver um conjunto de princípios bá-
sicos, usados para ajudar a guiar as organizações no
A estrutura do Natural Step auxilia indivíduos e organi-
sentido da sustentabilidade.
zações a enfocar questões-chaves ambientais e sociais por
meio de uma perspectiva sistêmica; a reduzir o uso de Na sociedade sustentável, a natureza não é sistemati-
recursos naturais, a desenvolver novas tecnologias e faci- camente submetida a graus cada vez maiores de:
litar a comunicação da empresa. Fornece uma linguagem
comum e princípios para auxiliar na mudança de práticas 1. Concentrações de substâncias extraídas da crosta ter-
existentes e diminuir seu impacto no meio ambiente. restre - Os materiais extraídos devem ser controlados
para que as concentrações de metais, minerais e fu-
Conteúdo maça de combustíveis fósseis não se acumulem, pro-
vocando danos à saúde e aos ecossistemas. É necessá-
A definição de quatro condições sistêmicas essenciais rio permitir que os ciclos naturais se renovem.
para a manutenção da vida na Terra é hoje, junto com
Objetivo – Eliminar nossa contribuição para os au-
uma metodologia ampla sobre como aplicá-las estra-
mentos sistemáticos de concentrações de substâncias
tegicamente, parte de um consenso mundial e estão
na crosta terrestre.
na estrutura de referência do TNS. São três compo-
nentes principais:
2. Concentrações de substâncias produzidas pela socieda-
I. O Funil – O TNS usa uma ferramenta metafórica de - Quando o homem produz substâncias químicas,
para entender melhor o atual drama ambiental e a remédios, plásticos, entre outros, precisa fazê-lo de
nossa reduzida margem de manobra. uma maneira e em quantidades que não interfira no
ciclo natural de decomposição na natureza.
A atual situação das pessoas na Terra pode ser vista como
um funil com cada vez menos espaço de manobra, Essa Objetivo – Eliminar nossa contribuição para os au-
situação é causada pelo fato de que os mecanismos que mentos sistemáticos nas concentrações de substân-
fornecem recursos essenciais à vida — e que permitem cias produzidas pela sociedade.
a continuidade da sociedade no planeta, como ar puro,
água limpa e solo fértil — estão em declínio. Ao mesmo 3. Degradação por meios físicos - Não se deve plantar
tempo, a demanda da sociedade por esses recursos e ser- de maneira que o solo perca seus nutrientes ou que
viços está aumentando. A população da Terra é, atual- espécies sejam extintas, assim como a abertura de es-
mente, superior a 6 bilhões de pessoas, e está crescendo. tradas ou construção de edif ícios não devem inter-
Nossos níveis de consumo também estão em crescimen- ferir significativamente no meio ambiente. É preciso
to. Perceber que todos nós vivemos em um funil instiga preservar os recursos existentes.
as pessoas a serem mais estratégicas ao fazer escolhas e Objetivo – Eliminar nossa contribuição para a degra-
planos de longo prazo. O Natural Step acredita que, por dação f ísica sistemática da natureza, o que fazemos
meio da inovação e transformação ilimitada, podemos com colheitas excessivas, descarte de materiais estra-
catalisar a mudança para a sustentabilidade. nhos ao local e outras formas de modificação.
DECL
ÍNIO Funil de Recursos do TN S
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Os recursos IS À
inovação, VIDA
essenciais à OFERTA SUSTENTÁVEL
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por recursos está podemos alargar DEMANDA SUSTENTÁVEL
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aumentando o gargalo do RSO
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E NTO o passado o futuro
AUM
Fonte: www.naturalstep.ca/framework.html
Fonte: www.thenaturalstep.org
134
TNS ® 6.13
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
4. As pessoas não são submetidas a condições que, sis- Aqui, as pessoas são chamadas a melhorar as manei-
tematicamente, minam sua capacidade de satisfazer suas ras pelas quais se satisfazem, e as empresas são con-
próprias necessidades além das necessidades de pessoas vocadas a atender aos anseios dos clientes usando o
ao seu redor. mínimo possível de recursos.
Objetivo – Contribuir ao máximo para atender às necessi-
dades humanas em nossa sociedade e em todo o mundo
e, acima de todas as substituições e medidas tomadas para
atingir os três primeiros objetivos, usar todos os recursos
3 de maneira eficaz e razoável, com responsabilidade.
Fonte:www.naturalstep.ca/systemconditions.html
2
III. Estratégias de implementação – O TNS criou e
4 testou ferramentas específicas, usadas para integrar
SOC E
1 IEDAD a sustentabilidade no planejamento estratégico
e nos processos decisórios de organizações
CROSTA
ecosfera
complexas. O processo de planejamento ABCD,
TERRESTRE
que será explicado a seguir.
B – Mapeamento básico
atual, do ponto de vista DESSE futuro sustentável. Que
• Qual é a nossa realidade atual?
medidas irão levá-lo do ponto em que você está hoje para
• Estamos atendendo às condições do Sistema? onde você se imagina no futuro.
Fonte: www.naturalstep.ca/implementation.html
• Pense (ou até mesmo mapeie) as atuais entradas e D – Mãos à obra
saídas de material e energia. • Passos para a sustentabilidade – Como você gerencia e
prioriza passos para a sustentabilidade?
C – Crie uma visão clara e convincente
• Comece com a “fruta ao alcance da mão”. Ou seja,
• Imagine como seria o seu futuro sustentável. os passos mais eficazes em termos de custo para a
• Backcasting (Pós-Visão) – Agora, olhe para o momento sustentabilidade que você pode dar imediatamente.
135
6.14 COSORE
136
COSORE 6.14
Capítulo 6
Instrumentos de
Gestão - Europa
• Mensuração e metas.
e Adaptação das Atividades
137