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Gerada em
19/12/2018
15:03:43
DECISÃO OU DESPACHO
Dados do Processo:
Número:
201800736611
Classe:
Agravo de Instrumento
Fase:
DISTRIBUÍDO
Escrivania: Situação: Órgão Julgador:
Escrivania da 1ª Câmara Cível ANDAMENTO 1ª CÂMARA CÍVEL
Grupo: Impedimento/Suspeição: Procedência:
III NÃO 1ª Vara Cível de Estância
Processo Origem: Processo Sigiloso: Distribuido Em:
201750000030 NÃO 19/12/2018
Segredo de Justiça:
NÃO
Tipo do Processo:
Eletrônico
Número Único:
0011305-81.2018.8.25.0000
Partes do Processo:
Tipo Nome Representante da Parte
Agravante SOCIEDADE DE BENEFICENCIA AMPARO DE MARIA Advogado: DANIEL ALVES COSTA - 4416/SE
Advogado: GLEICIENE SOUZA SANTOS SANTANA -
COMPANHIA SUL SERGIPANA DE ELETRICIDADE -
Agravado 7498/SE
SULGIPE
Advogado: LUANA OLIVEIRA DE ANDRADE - 7911/SE
Em 6 de outubro do corrente ano o magistrado do juízo a quo proferiu a seguinte decisão, que
fora confirmada em decisão datada de 12 de dezembro:
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Nas razões recursais, o agravante informa que fora realizado acordo judicial em 25 de janeiro
deste ano para parcelamento de dívida de faturas não adimplidas já judicializadas nos autos
201750000030 e 201650001886, bem como de valores não judicializados.
Argumenta que os repasses não foram realizados por culpa exclusiva do agravado, como
também do BANESE que solicitou por diversas vezes complementação das informações para
cumprimento da decisão.
Defende a presença dos requisitos para a concessão do efeito suspensivo e ativo pleiteados.
Forte nesses argumentos, pede a concessão do efeito suspensivo para obstar o bloqueio em
parcela única dos débitos acumulados e ativo no sentido de autorizar que o BANESE realize os
débitos relativos às parcelas do mês de dezembro/2018 em diante e, ao final, pugna pelo
provimento do recurso.
É o relatório.
Decido.
Nos termos do art. 1019, I, do Novo Código de Processo Civil, será concedido efeito suspensivo
ao agravo de instrumento, quando houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, nos termos do artigo
995, parágrafo único do NCPC. In verbis, aludidos dispositivos:
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“Art. 995.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”
Pois bem.
Identifico que na Ação de Cobrança 201650001886 fora realizado acordo homologado por
sentença que determinou a forma de pagamento dos débitos judicializados vencidos (que inclui
os débitos destes autos), bem como dos débitos futuros.
Em Outubro o exequente peticionou que a agravante não estava cumprindo com o acordo
entabulado e requereu o bloqueio em parcela única dos meses não adimplidos.
Compulsando os autos, percebe-se pela via de ofícios enviados pelo BANESE (fls. 349 e 420)
que os débitos, bem como os posteriores repasses à conta da agravada, não se deram por
ausência de informações necessárias para o ato.
Perceba-se que restou consignado no acordo (fls. 302/306) que os débitos seriam realizados de
forma automática pelo Banese e repassados à conta da SULGIPE a partir de 05 de fevereiro
deste ano.
Nos ofícios já citados, o Banco do Estado cobra ao juízo e ao exequente dados e informações
que seriam indispensáveis para cumprimento da determinação contida no acordo judicial.
Resta claro, assim, que a ausência de desconto mensal das parcelas acordadas não se deram por
culpa ou má fé da recorrente, mas sim, porque o Banese não possuía as informações necessárias
para cumprimento da decisão.
Inexistindo a má fé ou culpa, entendo que o bloqueio em parcela única não deve prosperar, ao
menos neste momento, em juízo de cognição sumária.
A executada trata-se de pessoa jurídica sem fins lucrativa atuando como Hospital no município
de Estância e atendendo toda a região Centro Sul do Estado.
Frise-se que não está se discutindo o inadimplemento dos débitos, pois este encontra-se
configurado. Discute-se aqui a legalidade e razoabilidade do bloqueio de verba de montante que
pode comprometer a saúde financeira e funcionamento do hospital.
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nesse sentido:
Desta forma, entendo a probabilidade do provimento recursal está presente em face da ausência
de má fé e culpa do agravante pela falta de descontos e repasses mensais, que segundo o acordo,
seria de responsabilidade do BANESE, e que somente não foram realizados por ausência de
informações necessárias à instituição financeira.
Sendo assim, em sede de cognição sumária, defiro o pedido de suspensão da decisão fustigada
até o julgamento do presente recurso.
Cumpra-se.
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