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Estado de Mato Grosso


Escola Estadual “São Miguel”
Pontal do Araguaia

Discentes: Fernando Silva Bueno


Série: 2º Ano

Trabalho de Biologia

Novembro de 2009
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INTRODUÇÃO

A palavra “angiosperma” é de origem grega e significa “sementes escondidas”.


Talvez seja justamente essa, a maior característica das angiospermas: o fato de possuírem
óvulo e sementes encerrados em um ovário. As angiospermas representam o grupo maior,
mais complexo e mais diversificado de plantas, com mais de 250.000 espécies, sendo que essa
grande gama de espécies se dá devido ao fato desse grupo de plantas ter realizado muitas
adaptações vegetativas e reprodutivas ao longo do tempo.
As angiospermas são divididas em dois grupos: as monocotiledôneas e as
dicotiledôneas. Basicamente, elas se diferem pelo número de cotilédones, folhas primordiais
dos embriões das plantas com sementes. Enquanto as monocotiledôneas, como os lírios e as
bromélias, possuem apenas um cotilédone, as dicotiledôneas, como leguminosas, margaridas,
etc, possuem dois.
Os órgãos reprodutores das angiospermas se encontram nas flores, providas de um
cálice (as sépalas) e uma corola (as pétalas), com a função de proteger os órgãos reprodutivos
e atrair insetos polinizadores. Os microsporos presentes na flor produzem os grãos de pólen,
que quando chegam a outra flor, principalmente através de animais como insetos, pássaros,
etc, a oosfera é fecundada, o óvulo se transforma em semente e as paredes do ovário da flor
dão origem ao fruto, que proporcionará a propagação da espécie.
Os frutos podem ser carnosos, com o mesocarpo (principal parte da fruta)
desenvolvido, como o abacate, o pêssego e o mamão; secos, com o mesocarpo pouco
desenvolvido, como em legumes e cereais; e pseudofrutos, como o caju e o morango, já que o
que nós comemos não é o fruto, o fruto é a castanha e a semente.
adquire nutrientes e água para sobreviver e consegue assim perpetuar sua espécie.
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ANGIOSPERMAS, PLANTAS QUE PRODUZEM FRUTOS

Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiam no planeta os primeiros seres vivos,


unicelulares, procariontes e heterotróficos. Mais tarde, alguns deles tornaram-se capazes de
produzir clorofila e sintetizar seu próprio alimento; eram os primeiros organismos
autotróficos. Milhões de anos depois, surgiram os primeiros seres unicelulares e eucariontes.
Após este período o clima esquentou (500 milhões de anos atrás) e houve períodos de seca e
várias plantas ficaram expostas ao ambiente terrestre. Há 300 milhões de anos, é o auge das
pteridófitas, quando o clima da Terra era quente e úmido. Cerca de 50 milhões de anos depois
o clima esfriou um pouco e as gimnospermas, que já existiam, passaram a se dispersar e
constituir a vegetação dominante em ambientes terrestres diversos. Até hoje encontramos as
gimnospermas em algumas regiões frias do planeta.
O clima voltou a esquentar há aproximadamente 130 milhões de anos (*), quando
houve grande explosão de angiospermas. Elas contavam com uma grande vantagem: o fruto.
Além de ser o grupo de plantas que predomina sobre a maioria das comunidades da
Terra, ocorrendo em praticamente todos os biótopos, as angiospermas ou Magnoliophyta
também apresentam grande importância econômica: das 3.000 espécies que são utilizadas
pelo homem, 12 são responsáveis por 70% da movimentação comercial dentro do setor
primário, como o milho, soja, trigo, borracha, açúcar e algodão.
A estrutura definitiva das angiospermas, que a caracteriza como grupo monofilético, é
o desenvolvimento de flores com carpelo. O nome, do grego angeion (urna), se refere ao
carpelo. Dentro deste grupo podem ser encontradas flores monóclinas (hermafroditas) ou
díclinas (unissexuadas), bem como plantas monóicas (que produzem flores masculinas e
femininas ou hermafroditas) ou dióicas (que produzem flores masculinas ou femininas).
Outras características comuns a todas as plantas deste grupo são:
• os tubos crivados do floema e suas células anexas se originam de uma só célula;
• as flores andróginas sempre têm os estames externos aos carpelos;
• os estames sempre possuem 2 grupos de sacos polínicos e endotécio;
• os carpelos são tubulosos (megaesporófilo fechado);
• o gametófito feminino possui apenas 8 células ou núcleos.
Isso exclui a possibilidade de ter havido convergência evolutiva para todos estes
caracteres entre um número tão grande de plantas.
A xenogamia (reprodução cruzada) dentro do grupo é assegurada por mecanismos
como:
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• dioicia;
• protandria / protoginia (amadurecimento dos órgãos masculinos e femininos em
épocas diferentes);
• separação espacial de tais órgãos (flores unissexuadas);
• autoincompatibilidade genética.

A predominância das plantas com "semente protegida" tem sido justificada por
algumas características, que, no entanto, são discutíveis:
• proteção dos óvulos pelo carpelo (que não foi suficientemente provada como superior
à proteção dada por uma escama dos cones);
• a existência de um endosperma triplóide resultante da fecundação dupla, aumentando
a velocidade de desenvolvimento do embrião (embora existam dentro do grupo
endospermas diplóides);
• vantagem sobre o desperdício de energia e de tempo típicos da reprodução de gingko e
das cicas, que formam praticamente a semente inteira sem que haja a fecundação, o
que pode sugerir que o desenvolvimento acelerado do óvulo das angiospermas seja
uma vantagem adaptativa derivada do modelo cicadiano. O tempo levado para formar
a semente nesse tipo de gimnospermas é provavelmente uma das razões por que as
gimnospermas são sempre lenhosas, enquanto as angiospermas foram capazes de
desenvolver hábitos herbáceos;
• a fecundação relacionada a agentes de polinização, que supostamente evoluíram na
mesma época e houve adaptação, como os insetos (uma vez que uma planta que
dependa do vento para a polinização precisa formar populações de indivíduos
preferencialmente próximos uns dos outros, o que pode restringir sua distribuição). No
entanto, esta adaptação não é uma economia de energia propriamente dita, pois a
energia que era gasta produzindo grandes quantidades de pólen nas anemófilas é
comparável ao gasto de energia para produção de atrativos para seres polinizadores,
como néctar, odor e cores;
• a evolução de um sistema de condução mais complexo e eficiente, tanto no xilema
quanto no floema. Não há vantagens evidentes na organização do floema, mas o vaso
condutor do xilema é, provavelmente, a maior vantagem adaptativa que as
angiospermas têm sobre as gimnospermas. Não parece, no entanto, que as primeiras
angiospermas tivessem tais vasos, tendo eles aparecido mais tarde, e não só nas
angiospermas, mas também em algumas plantas gneticóides. Esse sistema de
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condução permite que as plantas não sejam tão xeromórficas quanto as gimnospermas,
o que é uma vantagem na maioria dos ambientes.
• Sugeriu-se também que a potencialidade de especiação (formação de novas espécies por
isolamento genético) das angiospermas num período de tempo relativamente curto
também é um fator que se relaciona à predominância deste grupo e sua diversidade,
permitindo que houvesse espécies em praticamente todos os ambientes ecológicos.
As angiospermas apresentam registro fóssil (folhas, pólen, madeira) confirmado desde
o Cretáceo Inferior. Provavelmente se originaram em algum lugar em Gondwana e dali se
espalharam para o Norte, mas não se é capaz de apontar qual grupo ou qual tipo de fóssil se
constitui num elo entre as plantas dos períodos anteriores e as angiospermas.
A evolução inicial deve ter ocorrido longe das bacias sedimentares, em montanhas e
planaltos tropicais, razão pela qual os fósseis das mais primitivas são praticamente
inexistentes. Existem diversas hipóteses que tentam relacionar os grupos de gimnospermas
com a provável ancestral (veja adiante os caracteres considerados primitivos deste grupo, que
deveriam estar presentes no ancestral).

A raiz
Partes da raiz
A raiz é composta de várias partes: a coifa, a zona lisa (ou de crescimento), a zona
polífera (dos pêlos absorventes), a zona suberosa (ou de ramificação) e o colo (ou coleto).
1) Coifa - È uma espécie de capuz que protege a ponta da raiz. Nessa região,
existem células pequenas e relativamente delicadas que se multiplicam intensamente,
promovendo o crescimento vertical da raiz. A coifa envolve e protege essas células contra o
atrito com as partículas do solo e contra o ataque de microrganismos diversos.
2) Região lisa (ou de crescimento) - É a região onde ocorre o alongamento das
células que foram produzidas na ponta protegida pela coifa; o grande alongamento das
células, nessa região, permite o crescimento da raiz. Assim, para que uma raiz cresça
bem, deve haver: multiplicação de células (na ponta) e alongamento celular (na região
lisa).
3) Região polífera (dos pêlos absorventes) - Nessa região existem pêlos
absorventes, que retiram do solo água e sais minerais, que vão formar a seiva bruta. É
também chamada zona de absorção.
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4) Região suberosa (ou de ramificação) - Região na qual a raiz se ramifica,


originando as raízes secundárias, que auxiliam a fixação da planta no solo e
aumentam a superfície da absorção.
5) Colo (ou coleto) - Ponto de encontro da raiz com o caule.
Tipos básicos de raízes
Vimos que as angiospermas podem ser divididas em dois grandes grupos:
monocotiledôneas e dicotiledôneas. Nesses grupos, verificam-se dois tipos básicos de raízes:
fasciculadas e pivotantes.
Raízes fasciculadas
As raízes fasciculadas compõem-se de um conjunto de raízes finas que têm origem
em um único ponto. Não existe nessas raízes uma ramificação mais desenvolvida que outra.
Também chamadas de raízes em cabeleira, as raízes fasciculadas ocorrem nas
monocotiledôneas, como a grama, o milho, a cana, etc.
Raízes pivotantes
Nesse sistema de raízes, existe uma raiz principal, geralmente maior que as demais e
que penetra verticalmente no solo. Da raiz principal partem as raízes laterais, que também se
ramificam. As raízes pivotantes, também chamadas de raízes axiais, ocorrem nas
dicotiledôneas, como o feijão, o café, a laranjeira, o abacateiro, o ipê, etc.
Tipos especiais de raízes
As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas algumas plantas possuem tipos
especiais de raízes com outras funções. Passaremos, então, a estudar os seus principais
exemplos: tuberosas, escoras, tabulares, sugadoras e respiratórias.
Raízes tuberosas
As raízes tuberosas contêm grande reserva de substâncias nutritivas e são muito
utilizadas na nossa alimentação. Como exemplos dessas raízes, podemos citar a mandioca, a
cenoura, a beterraba, o cará, a batata-doce e o nabo.
Raízes-escoras
Essas raízes, também chamadas de raízes-suportes, partem do caule e se fixam no
solo, aumentando a superfície de fixação da planta. Geralmente são encontradas nas plantas
que se desenvolvem nos mangues, ambientes de solos movediços; é o caso da planta chamada
de mangue-vermelho, do gênero Rhizophora.
Raízes tabulares
As raízes tabulares são raízes achatadas como tábuas que encontramos em algumas
árvores de grande porte. Auxiliam a fixação da planta no solo e possuem poros que permitem
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a absorção de gás oxigênio da atmosfera. A sumaúma, da Amazônia, apresenta raízes


tabulares.
Raízes sugadoras
São raízes de plantas parasitas, como a erva-de-passarinho, que penetram no caule
de uma planta hospedeira, sugando-lhe a seiva.
Raízes respiratórias ou pneumatóforas
São raízes de algumas plantas que se desenvolvem em locais alagadiços. Nesses
ambientes, como os mangues, o solo é geralmente muito pobre em gás oxigênio. Essas raízes
partem de outras existentes no solo e crescem verticalmente, emergindo da água; possuem
poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico.
O caule
O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além de conduzir a seiva
bruta e a seiva orgânica, ou elaborada.
A condução das seivas é feita por um sistema de vasos especializados. A seiva bruta
é transportada pelos vasos lenhosos. O conjunto formado por esses vasos é chamado de lenho
ou xilema. Já a seiva orgânica é conduzida pelos vasos liberianos, cujo conjunto é chamado
de líber ou floema. O lenho e o líber existem também no interior de raízes, folhas, flores e
frutos.
Partes do caule
O caule é composto de quatro partes: broto terminal, brotos laterais, nó e entrenó.
1) Broto terminal - Situa-se na ponta do caule. Também chamado gema apical, o
broto terminal é formado por milhares de células muito delicadas que podem se
multiplicar intensamente, promovendo o crescimento do caule em comprimento.
2) Brotos laterais - Situados ao longo do caule, esses brotos também são
formados pelos mesmos tipos de células do broto terminal. Quando essas células se
multiplicam, originam ramos, folhas e flores.
3) Nó - É a região onde surgem os brotos laterais e as folhas.
4) Entrenó - Região entre dois nós.
Tipos de caule
Os caules, geralmente, crescem acima da superfície do solo. Mas existem caules que
crescem embaixo da terra ou dentro da água. Portanto eles podem ser aéreos, subterrâneos ou
aquáticos.
Caules aéreos
Crescem acima da superfície do solo. Podem ser: eretos, rastejantes ou trepadores.
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Caules eretos
Os caules eretos crescem em posição vertical em relação ao solo. Podem apresentar-
se sob quatro formas: tronco, estipe, colmo ou haste.
Tronco - É um caule resistente e ramificado, típico das plantas arbóreas, como a
mangueira, o jacarandá, a seringueira e o eucalipto.
Estipe - Caule que não apresenta ramificações. As folhas situam-se na extremidade
superior. São exemplos de estipe os caules das palmeiras e dos coqueiros.
Colmo - Caule apresenta nós e entrenós bem visíveis. Pode ser oco, como o bambu,
ou cheio, como a cana-de-açúcar.
Haste - É um tipo de caule frágil, comum nas plantas pequenas, como nas hortaliças
salsa, alface, agrião, etc.
Caules rastejantes
Os caules rastejantes desenvolvem-se horizontalmente em relação ao solo, isto é,
estendem-se pelo chão. Exemplos: caules de melancia, abóbora, melão e pepino.
Caules trepadores
Os caules trepadores crescem apoiando-se num suporte qualquer. Exemplos: caules
de parreira, chuchu e maracujazeiro.
Caules subterrâneos
Crescem embaixo do solo. Podem ser de três tipos: rizomas, tubérculos ou bulbos.
Rizomas
Prolongam-se horizontalmente sob o solo, embora produzam ramos aéreos. Exemplo:
gengibre.
Tubérculos
Caules curtos e grossos, ricos em substâncias nutritivas. Exemplo: batatinha.
Bulbos
São geralmente globosos ou em forma de disco. Na parte inferior apresentam raízes e
na superior, em algumas plantas, possuem folhas modificadas. Nos bulbos tunicados, como a
cebola, as folhas sobrepõem-se umas às outras. Nos bulbos escamosos, como os da açucena,
as folhas têm o aspecto de escamas e dispõem-se como as telhas de um telhado.
Caules aquáticos
Crescem dentro da água. Geralmente são pouco desenvolvidos e tenros. Exemplo:
aguapé.
Modificações do caule
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Em algumas plantas, o caule se modifica, desenvolvendo ramificações especiais.


Observe, por exemplo, a parreira. Note que certos raminhos são enrolados em espiral,
possibilitando a fixação da planta em um suporte. Essas ramificações modificadas
denominam-se gavinhas.
Outra modificação que alguns caules apresentam são os espinhos ramos curtos,
resistentes e pontiagudos, que funcionam como órgãos de defesa da planta. Veja, por
exemplo, um tronco de laranjeira. Os espinhos, neste caso, são prolongamentos do caule. As
folhas de certas plantas também podem se transformar em espinhos, como você verá no
próximo capítulo.
Caules comestíveis
Existem caules que reservam substâncias nutritivas. Por isso podem ser utilizados
na alimentação das pessoas e dos animais. São bons exemplos a batatinha (ou batata-inglesa)
e a cana-de-açúcar.
A folha
A folha geralmente tem forma de lâmina e apresenta a cor verde, devido a presença
de clorofila.
Funções da folha
A folha desempenha basicamente duas funções importantíssimas para a vida das
plantas: fotossíntese e transpiração.
Para que seja entendido como a folha realiza essas funções, vamos conhecer os
estômatos.
Os estômatos são estruturas existentes na epiderme das folhas, constituídas de duas
células especiais, as células-guardas. Entre essas duas células, existe uma abertura que
comunica o interior da folha com o ambiente externo. Essa abertura é chamada ostíolo.
Através dos ostíolos, as folhas fazem as trocas gasosas entre a planta e o meio externo.
O controle de abertura e fechamento dos ostíolos é feito pelas células-guardas.
Quando se enchem de água, elas empurram a parede oposta ao ostíolo para as laterais e abrem
o orifício. Quando falta água, elas murcham e fecham o ostíolo.
Fotossíntese
A fotossíntese é uma das funções mais importantes da folha. É por meio dela que a
planta produz o alimento de que necessita para se manter viva. Para a ocorrência da
fotossíntese, uma planta necessita de gás carbônico, de água e de energia luminosa. Então,
acontecem os seguintes eventos.
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· O vegetal absorve o gás carbônico do ar atmosférico através dos


estômatos.
· A água, que a raiz retira do solo, é conduzida até às folhas.
· A clorofila, pigmento verde presente nas folhas, absorve a energia da luz
solar.
· Com o auxílio dessa energia, o gás carbônico e a água são transformados
em glicose e oxigênio.
· A glicose é utilizada como “combustível” pelas células fotossintetizantes
ou é “exportada” para as demais partes da planta através da seiva orgânica.
O oxigênio é liberado para o meio ambiente, contribuindo para a renovação
do ar, e pode também ser utilizado na respiração da própria planta.
Transpiração
Nos dias quentes, principalmente, a maior parte da água absorvida do solo pela
planta e que chega até às células da folha se evapora. Então a água, em forma de vapor, é
eliminada para a atmosfera. Esse processo denomina-se transpiração e é realizado
principalmente pelos estômatos.
O processo de evaporação da água retira calor da folha. A transpiração, então,
“refresca” a folha, contribuindo para manter a temperatura em níveis que permitam a
atividade de suas células. Se a temperatura de uma folha ficar muito alta, suas células podem
morrer e a fotossíntese logicamente cessa.
A saída dos vapores de água, da folha para o meio externo, é “facilitada” quando a
umidade relativa do ar é baixa. Por isso, a transpiração é geralmente mais intensa nos dias
quentes e com baixa umidade do ar.
Para repor a água evaporada e perdida para o meio ambiente na transpiração, as
folhas exercem uma espécie de força de sucção sobre os vasos lenhosos da planta, provocando
a subida da seiva bruta.
As folhas respiram?
A respiração celular é um fenômeno que permite extrair a energia contida em
substâncias orgânicas diversas, como a glicose. Na respiração aeróbica, a “queima” da glicose
ocorre com a participação do gás oxigênio retirado do ambiente. No final do processo
formam-se gás carbônico e água; a energia extraída é utilizada para o desempenho das
diversas atividades das células.
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As plantas são seres aeróbicos. Assim, todas as células vivas de uma planta
respiram, utilizando gás oxigênio. Logo, as células vivas de uma folha respiram, como
respiram também as células vivas da raiz, do caule, etc.
Acontece que, para as células respirarem, a planta precisa absorver oxigênio do
ambiente, ao mesmo tempo que elimina gás carbônico. Essas trocas gasosas entre a planta e o
meio ambiente é que ocorrem principalmente nas folhas, através dos estômatos. Mas uma
raiz, por exemplo, também realiza essas trocas gasosas necessárias para a respiração. É por
isso que um solo fértil precisa conter, entre outras coisas, uma quantidade razoável de ar
atmosférico.
Sudação: a eliminação de água em gotas
A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de gotículas. Essas gotículas
de água, que também contêm alguns sais minerais dissolvidos, saem por aberturas especiais
que se encontram principalmente nos bordos e nas pontas das folhas.
A sudação ocorre quando o solo está bem suprido de água. Ao contrário da
transpiração, é mais intensa à noite, com grande umidade do ar. Através da sudação, uma
planta elimina o excesso de água e de sais minerais absorvidos do solo. Esse fenômeno
representa mais uma função que se pode atribuir às folhas de uma planta.
Partes da folha
A folha é composta de três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.
1) Limbo:
O limbo é a região mais larga da folha. Nele encontram-se os estômatos e as
nervuras, que contêm pequenos vasos por onde correm a seiva bruta e a seiva elaborada.
2) Pecíolo:
É a haste que sustenta a folha prendendo-a ao caule.
3) Bainha:
Dilatação do pecíolo, a bainha serve para prender a folha ao caule.
Classificação das folhas
Uma folha que tenha todas as partes (limbo, pecíolo e bainha) é uma folha completa.
Mas nem todas as folhas são assim. Repare as folhas do fumo e as do milho.
Folha séssil e folha invaginante
Na folha do fumo faltam o pecíolo e a bainha. O limbo prende-se diretamente no
caule. Ela é uma folha séssil.
Na folha do milho falta o pecíolo. A bainha é bem desenvolvida e fica em volta do
caule. Neste caso, a folha é invaginante.
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Folha reticulinérvea e paralelinérvea


Nas folhas de dicotiledôneas em geral (feijão, laranjeira, etc.), as nervuras se
ramificam no limbo, formando uma rede delas; a folha é, então, chamada de reticulinérvea. Já
nas monocotiledôneas (milho, arroz, etc.) é comum as nervuras do limbo se apresentarem
paralelas umas às outras; neste caso, a folha é chamada de paralelinérvea.
Modificações da folha
Algumas plantas apresentam folhas modificadas, isto é, adaptadas para desempenhar
funções específicas.
· Brácteas - São folhas geralmente coloridas e grandes que protegem as
flores. A planta denominada três-marias apresenta brácteas que protegem
suas pequenas flores. No anúncio e no copo-de-leite existe uma grande
bráctea envolvendo o conjunto de flores miúdas.
· Gavinhas - São folhas modificadas formando espirais que auxiliam a
planta a se prender a um suporte. As gavinhas do chuchu e do maracujazeiro são folhas
modificadas.
· Espinhos foliares - Neste caso, toda a folha ou uma parte dela se
transforma em espinhos. Nos cactos, os espinhos são folhas modificadas.
Folhas comestíveis
Muitas folhas são usadas em nossa alimentação diária. Durante as suas refeições,
você deve comer alface, couve, acelga, espinafre ou agrião, por exemplo. Outras folhas, como
as da erva-cidreira, do mate, da camomila, do capim-santo e da hortelã, são utilizadas para
preparar chás. Para isso, elas podem ser cultivadas em casa ou encontradas embaladas em
saquinhos e em caixinhas nos supermercados. Podem ser cozidas inteiras ou trituradas.
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Bibliografia

PLANTAS ANGIOSPERMAS. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/


biologia/angiospermas. htm> . Acesso em 02. Nov. 09
ANGIOSPERMAS. Disponível em: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1
247> . Acesso em 02. Nov. 09
ANGIOSPERMAS. Disponível em: http://www.brasilescola.com/biologia /angiospermas
.htm> . Acesso em 02. Nov. 09

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