You are on page 1of 45

1

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

JHONE CEZÁRIO PENA

REDESENHO DO PROCESSO DE BATISMO DE CRIANÇAS


NA COMUNIDADE ECLESIAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS:
Um estudo de caso

Volta Redonda/RJ
2014
2

JHONE CEZÁRIO PENA

REDESENHO DO PROCESSO DE BATISMO DE CRIANÇAS


NA COMUNIDADE ECLESIAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS:
Um estudo de caso

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Graduação em Administração da
Universidade Federal Fluminense, como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Administração.
Orientador: Prof. Dr. LUCIO PEREIRA DE
ANDRADE

Volta Redonda/RJ
2014
3
4

Dedico este trabalho aos meus familiares e aos meus incentivadores, que sempre
estiveram me apoiando e ajudando na busca dos meus objetivos.
Agradeço a amizade, a paciência e a compreensão.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da minha vida e por permitir realizar este trabalho. Aos
meus pais, minha irmã e minha sobrinha, pelo amor e educação a mim doados, e pelo incansável
sentimento de quererem o meu melhor. Aos meus orientadores, Carlos Vieira, Lúcio e Zilmar, pela
atenção, pela paciência, pelos conhecimentos ensinados e pelo incentivo durante a realização deste.
Ao padre Matias e à Maria Aparecida, que gentilmente permitiram que fosse realizado este trabalho
junto à pastoral do batismo da CEB Nossa Senhora das Graças.
6

RESUMO

Quando os termos processos organizacionais e/ou redesenho de processos são mencionados, logo se
associa a eles a idéia de linhas de produção, serviços de atendimento ao cliente. Em suma: as etapas
de uma determinada atividade da empresa. Será possível analisar e propor melhorias de
determinado segmento de uma organização que não visa ao lucro e sua maior finalidade é algo
intangível? O presente trabalho busca responder a este questionamento. Foi realizado um estudo de
caso, no qual se analisa o processo de batismo de crianças da comunidade eclesial Nossa Senhora
das Graças. Além do questionamento acima, o intuito para a realização deste trabalho foi a
necessidade de armazenar informações muito importantes deste processo. Foram explicitados os
referenciais sobre processos organizacionais, redesenho de processos, fluxogramas, a estrutura e
hierarquia da Igreja Católica de modo geral e o sacramento do batismo realizado na comunidade
anteriormente citada. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, incluindo o levantamento
bibliográfico, a entrevista semi-estruturada e a observação dos documentos utilizados. Conclui-se
com a realização deste trabalho que o atual processo de batismo precisa ser redesenhado, pois a
forma de arquivamento dos dados gera falta de confiabilidade no armazenamento dos mesmos, além
de atraso nas futuras pesquisas.

Palavras-chave: Processos Organizacionais. Redesenho de Processos. Fluxograma. Sacramento do


Batismo. Igreja Católica. Comunidade Eclesial de Base.
7

ABSTRACT

When the terms organizational processes and / or process redesign are mentione, soon joins them
the idea of production lines, customer care services. In short: the steps of a certain activity of the
company. Is it possible to analyze and propose improvements to certain segment of an organization
that not profit and its main purpose is something intangible? The present study attempts to answer
this question. A case study, where we analyze the process of the baptism of children of the ecclesial
community Our Lady of Grace was performed. In addition to the above question, in order for this
work was the need to store important information as this process. The references about
organizational processes, redesigning processes, flowcharts, structure and hierarchy of the Catholic
Church in general and the sacrament of baptism performed in the community were explained
previously mentioned. The methodology used was the case study, including literature survey, semi-
structured interviews and observation of the documents used. The results of this study showed that
the current process of baptism must be redesigned, because the form of data archiving creates a lack
of reliability in storing the same, besides delays in future research .

Keywords: Organizational Processes. Process Redesign. Flowchart. Sacrament of Baptism.


Catholic Church. Base Ecclesial Community.
8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Hierarquia Institucional da Igreja Católica do Brasil .................................................... 24

Quadro 2 – Finalidades e Competências da CNBB .......................................................................... 25

Quadro 3 – Funções dos Sacerdotes da Igreja Católica ................................................................... 26

Figura 1 – Princípios do Redesenho de Processos ........................................................................... 18

Figura 2 – Princípios do Redesenho de Processos ........................................................................... 18

Figura 3 – Descrição dos símbolos de fluxograma .......................................................................... 20

Figura 4 – Exemplo de fluxograma vertical .................................................................................... 21

Figura 5 – Exemplo de fluxograma global ....................................................................................... 22

Figura 6 – Exemplo de fluxograma blocos ....................................................................................... 23

Figura 7 – Ficha de inscrição ............................................................................................................ 33

Figura 8 – Livro de registros de batismos ........................................................................................ 35

Figura 9 – Fluxograma do processo de batismo ............................................................................... 36

Figura 10 – Ficha de inscrição proposta .......................................................................................... 38

Figura 11 – Ficha de inscrição proposta (verso) .............................................................................. 39

Figura 12 – Planilha: Agendamento de datas ................................................................................... 40

Figura 13 – Planilha: Registro de batismos ..................................................................................... 41


9

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

CEB – Comunidade Eclesial de Base

CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12

2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13

2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 13

2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 13

3 METODOLOGIA............................................................................................................... 14

4 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 16

4.1 Processos Organizacionais ................................................................................................ 16

4.2 Redesenho de Processos ................................................................................................... 17

4.3 Fluxograma ....................................................................................................................... 19

4.3.1 Fluxograma Vertical ....................................................................................................... 20

4.3.2 Fluxograma Horizontal ................................................................................................... 21

4.3.2 Fluxogramas de Blocos ................................................................................................... 22

4.4 Organização Religiosa (Igreja Católica)............................................................................. 24

4.4.1 Santa Sé ........................................................................................................................... 24

4.4.2 Cúria Romana .................................................................................................................. 24

4.4.3 Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)....................................................... 25

4.4.4 Diocese e Arquidioceses .................................................................................................. 25

4.4.5 Paróquia ............................................................................................................................ 25

4.4.6 Comunidades Eclesiais de Base (CEB) ............................................................................ 26

4.4.7 Papa e Cardeal .................................................................................................................. 26

4.4.8 Bispos e Arcebispos .......................................................................................................... 27

4.4.9 Padre .................................................................................................................................. 27

4.4.10 Diácono e Leigo ............................................................................................................... 27

4.4.11 Liturgia Sacramental ........................................................................................................ 27

4.5 O Sacramento do Batismo .................................................................................................... 28

4.5.1 A Mistagogia da Celebração .............................................................................................. 28


11

5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 30

5.1 História da Comunidade Eclesial Nossa Senhora das Graças ............................................ 30

5.2 Características do processo de batismo .............................................................................. 31

5.3 Desenho do processo de batismo ........................................................................................ 31

5.3.1 Inscrição das famílias ...................................................................................................... 32

5.3.2 Encontros de preparação . ................................................................................................ 33

5.3.3 Agendamento das datas .................................................................................................... 34

5.3.4 Registro das informações dos batismos ........................................................................... 35

5.4 Análise e Proposições de melhorias ao processo de batismo ............................................. 37

5.4.1 Ficha de inscrição ............................................................................................................ 37

5.4.2 Agendamento das datas ................................................................................................... 39

5.4.3 Registro das informações do batismo .............................................................................. 40

6 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................... 42

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 43

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 44


12

1 INTRODUÇÃO

As organizações buscam sempre o aperfeiçoamento de seus processos, com a finalidade de


terem a máxima satisfação de seus clientes. Em um ambiente altamente competitivo, como é o
mercado atual, esta afirmação é totalmente compreensível.

Entretanto, será que pode-se concluir que as organizações que não visam ao lucro partilham
da mesma opinião? Ou ainda, como atingir a satisfação de pessoas, cujos serviços prestados
resultam em algo intangível?

Todas as atividades desempenhadas pelas organizações são compostas por processos. Saber
executar um processo da melhor forma possível só trará benefícios à organização. Benefícios estes
que podem variar desde a melhoria da qualidade do serviço prestado, na rapidez e agilidade do
atendimento, na confiabilidade do serviço, até a redução de custos para a sua realização.

Um ambiente que se enquadra no questionamento acima é uma comunidade eclesial. Os


processos aí existentes são interessantes objetos de estudos, por possuírem características como não
ter o lucro como seu principal objetivo, conter atividades beneficentes em sua maioria, assim como
as pessoas que desenvolvem as atividades e processo, os fazem de forma gratuita e voluntária.
Diante do que foi relatado e da afinidade com o tema, surgiu o interesse em realizar a análise do
processo de batismo de crianças de uma comunidade eclesial.

O presente trabalho faz uma revisão de literatura, trazendo os conceitos de processos


organizacionais, redesenhos de processos, fluxograma, organização religiosa e o sacramento do
batismo. Após o referencial teórico, a metodologia é definida, sendo o estudo de caso aqui
empregado. A construção do fluxograma permite uma melhor análise do processo e em quais partes
e momentos deve haver o redesenho, sempre com o intuito de melhor utilizar os recursos
disponíveis. Com base nas informações adquiridas, são feitas proposições de melhorias para o
referido processo. Em seguida, as considerações finais e as referências bibliográficas são
apresentadas.
13

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Realizar uma proposta de melhorias no processo de inscrição e realização de batismo de crianças da
comunidade eclesial Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro Jardim Paraíba, no município
de Volta Redonda.

2.2 Objetivos Específicos


Revisar o conteúdo sobre gestão de processos em uma organização e criar relações com o processo
citado anteriormente;
Elaborar fluxograma para o processo atual de batismo na comunidade já mencionada;
Analisar todo o processo de batismo de crianças da comunidade eclesial, suas diretrizes e aspectos
particulares.
14

3 METODOLOGIA

Para uma melhor compreensão do tema deste trabalho, é necessário realizar uma pesquisa
bibliográfica dos assuntos citados anteriormente. Tais assuntos estão no campo da gestão de
processos, bem como nas diretrizes da Igreja Católica, para o referido processo.
Considerando o processo de batismo analisado, a metodologia utilizada é a de estudo de
caso. Justifica-se esta escolha pelo fato de que esta metodologia é indicada para uma melhor análise
dos dados por uma visão qualitativa.
Segundo Stake (1994) apud Alencar (2004, p. 69), “estudo de caso não é em si, uma
escolha metodológica, mas a escolha de um objeto a ser estudado. Este objeto, que por sua vez,
pode ser um único indivíduo desempenhando uma determinada ação ou um grupo de indivíduos
desempenhando diferentes ações”. O objetivo do estudo de caso é apresentar estas ações sobre os
diversos paradigmas. Desta forma, a relação dos indivíduos com suas ações e as ações dos demais
atores fazem com que cada ambiente adquira particularidades.
Vergara (2009, p. 44) afirma que “os tipos de metodologias existentes não são totalmente
excludentes”. Neste trabalho, por exemplo, a principal metodologia utilizada é o estudo de caso,
porém estão presentes também a pesquisa bibliográfica, a investigação documental e a pesquisa de
campo.
A investigação documental consiste na pesquisa de documentos existentes em órgãos
públicos e privados de qualquer natureza, tais como: registros, anais, regulamentos, circulares,
ofícios e outros (Vergara, 2009, p. 43). Neste trabalho, além das diretrizes do batismo definidas pela
diocese, são consultados os livros de batismo, os quais contêm os dados de todas as crianças
batizadas na comunidade até o presente momento.
Uma prática metodológica importante na realização deste trabalho é a pesquisa de campo,
cujo objetivo é, segundo Vergara (2009, p. 43), “examinar empiricamente as ações no dado local
em que ocorrem e com os atores envolvidos”. Utiliza-se entrevistar os indivíduos ou grupos e/ou a
aplicação de questionários aos mesmos. No caso, foram realizadas entrevistadas semi-estruturadas
com os envolvidos no processo de batismo de crianças da Comunidade Eclesial Nossa Senhora das
Graças, localizada no bairro Jardim Paraíba no município de Volta Redonda. Primeiramente, foi
entrevistado o padre responsável pela comunidade, Pe. Matias Ramos, em seguida, os
coordenadores e demais membros da pastoral do batismo desta comunidade. Além dos pais e
padrinhos das crianças que se preparam para receber este sacramento.
15

Com base nas entrevistas, nos documentos apresentados e na análise do processo, é


realizado o desenho do processo atual de batismo e a proposição de melhorias, visto a qualidade do
serviço prestado e a confiabilidade da informação arquivada.
16

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Processos Organizacionais

Segundo Davenport (1994) apud Araujo (2011, p. 25), “processo é uma ordenação
específica de atividades de trabalho no tempo e no espaço, portanto, deve ter começo, fim, insumos
e resultados claramente identificados”. Tal definição é importante para salientar que uma das
principais características de um processo é a sequência de atividades padronizadas. Temos ainda
outra definição de processo, complementar a já citada. Harrignton (1991) apud Gonçalves (2000, p.
2) afirma que “processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um input
(entrada), adiciona valor a ele e fornece um output (saída) a um cliente específico”.
Segundo Gonçalves (2000, p. 2), no processo, as entradas (input) podem ser bens materiais
ou imateriais (conhecimento), bem como os resultados (output). Baseado em Oliveira (2006) apud
Araujo (2011, p. 25), cabe destacar que o objetivo final de todo o processo é o de atender da melhor
forma possível o cliente, seja ele interno ou externo. Com isto, vale ressaltar que é primordial que
exista a clareza na compreensão, tanto dos objetivos como das atividades de um processo por parte
dos indivíduos envolvidos no mesmo. Isto os ajuda a terem consciência de sua importância para a
organização e, consequentemente, um maior comprometimento com o desenvolvimento das
atividades, visando sempre superar as expectativas do cliente.
Os processos de uma organização podem ser classificados de diferentes formas,
considerando alguns pontos:
 Processos de negócio (ou de cliente): aqueles que caracterizam a atuação da organização e
são amparados por outros processos internos, tendo como resultado o produto ou serviço
destinado ao cliente externo.
 Processos gerenciais: focalizados nos gerentes, incluem ações de medição e ajuste do
desempenho da organização.
 Processos organizacionais: centralizados na organização e viabilizam o funcionamento
coordenado dos vários subsistemas da organização em busca de seu desempenho geral,
garantindo o suporte necessário aos processos de negócios. (GONÇALVES, 2000, p.10)

Os processos organizacionais e gerenciais, por estarem ligados às informações e à tomada de


decisão, podem ser horizontais ou verticais. Os processos horizontais são aqueles que têm por base
o fluxo de trabalho, enquanto os verticais baseiam-se nas informações geradas pelo processo
horizontal. Por sua vez, referem-se ao planejamento e orçamento empresarial.
Segundo Martin (1996) apud Gonçalves (2010, p. 12), em relação à capacidade de geração
de valor, os processos podem ser primários ou de suporte. Os processos primários são aqueles cujas
17

atividades geram valor para o cliente. Por sua vez, processos de suporte, são aqueles cujas
atividades dão apoio ao funcionamento dos processos primários.
Este trabalho relatará os processos organizacionais que Daft et al (1995) apud Gonçalves
(2000, p.10) resume como um padrão de interação dos indivíduos da organização, que leva a
modelos razoavelmente definidos de regras e comportamentos, necessários para a estabilização de
indivíduos e grupos.
Abordaremos aqui o processo de inscrição e realização de batismo de crianças na
Comunidade Eclesial Nossa Senhora das Graças, na cidade de Volta Redonda. Tal processo resulta
na realização de um sacramento (algo intangível), e na entrega de uma lembrança do mesmo (algo
tangível). A participação dos indivíduos envolvidos na realização deste processo geralmente se faz
por meio de trabalho voluntário. Para visualizá-lo e realizarmos sua análise, faremos a utilização do
fluxograma.

4.2 Redesenho De Processos

O redesenho de processos é uma metodologia adotada pela organização como uma estratégia
de melhoria de sua finalidade, de seu produto final para o cliente, baseado nas informações de Carr
et al. (1994) apud Vasconcelos (2005, p. 73). Redesenhar um processo não modifica o foco da
organização, que por sua vez, continua a superar as expectativas dos clientes.
Diferenciar reengenharia e redesenho de processos é importante. De um modo simples,
redesenho de processos é aprimorar, melhorar um processo já existente, visando sempre uma maior
eficiência no desenvolvimento do mesmo. Baseado no que dizem Hammer e Champy (1994, p. 35)
apud Oliveira (2010, p. 33), reengenharia é recriar novos processos, abandonando todos os
procedimentos já utilizados anteriormente pela organização.
O fator tecnologia deve ser considerado constantemente pelas organizações como motivador
a redesenhar seus processos, sugerem Moreno e Santos (2012, p. 210). Isto por que uma mudança
tecnológica tem uma enorme influência no sucesso, ou fracasso de um determinado processo. Cabe
ressaltar que outros fatores também levam às organizações a redesenharem seus processos.
As figuras a seguir relatam como é pensado o redesenho de processos. Na figura 1, são
listadas algumas táticas para o redesenho de processos de uma organização, de acordo com
Harrigton (1991). Entretanto, são técnicas flexíveis. Não devem ser vistas como algo imposto.
A figura 2, por sua vez, traz de uma forma mais detalhada as técnicas do redesenho de
processos, seguindo os princípios apresentados por El Sway (2001)
18

Figura 1 – Princípios do Redesenho de Processos


Fonte: Harrigton (1991) apud Moreno; Santos (2012, p. 212).

Figura 2 – Princípios do Redesenho de Processos


Fonte: El Sway (2001) apud Moreno; Santos (2012, p. 212-213).
19

4.3 Fluxograma

Como já mencionado, o objetivo de cada processo na organização é atender ao seu cliente,


superando suas expectativas. Cada processo possui um cliente final específico, seja interno (setores
da própria empresa) ou externo. Como a finalidade de ter maior compreensão de seus processos, as
organizações se utilizam de técnicas de representação gráfica dos mesmos. O fluxograma é a
técnica mais tradicional e mais utilizada pelas organizações para análise dos processos: “fluxograma
é a representação gráfica que apresenta a sequência de um trabalho de forma analítica,
caracterizando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais envolvidos no
processo.” (OLIVEIRA, 2010, p. 264)
O fluxograma possibilita à organização uma melhor visualização dos processos, bem como
os envolvidos, os documentos e possíveis falhas. Resumindo, uma visão mais racional. O
fluxograma tem por finalidade, entre outras:

 Padronizar a representação dos métodos e procedimentos administrativos;


 Maior rapidez na descrição dos métodos administrativos;
 Facilitar a leitura e o entendimento das atividades realizadas;
 Facilitar a localização e a identificação dos aspectos mais importantes nos
sistemas e métodos administrativos;
 Maior flexibilidade;
 Melhor grau de análise. (OLIVEIRA, 2010, p. 264-265)

A figura 3 ilustra os símbolos utilizados na elaboração de um fluxograma.


20

Figura 3 – Descrição dos símbolos do fluxograma


Fonte: Mattos (1980) apud Araújo (2011, p. 36).

Para Oliveira (2010, p. 267-268) o uso de simbologia possibilita uma leitura mais simples e
uma melhor compreensão das rotinas do processo. Outra vantagem do fluxograma é possibilitar a
análise da eficiência do sistema, de modo que as pessoas possam questionar-se sobre uma ou outra
atividade ali descrita.

4.3.1 Fluxograma Vertical

O fluxograma vertical tem este nome, pois sua representação se dá através de colunas
verticais. Nestas colunas são colocados os símbolos convencionais, a descrição da atividade
executada e o responsável (indivíduo ou setor) por executá-la.
Oliveira (2010, p. 269) afirma que, normalmente, este tipo de fluxograma é destinado à
representação de rotinas simples em seu processamento analítico em uma unidade organizacional
específica da organização. Segundo Araújo (2011, p. 40), no fluxograma vertical a identificação do
trajeto é imediata, sabe-se quem realizou a tarefa, facilitando a compreensão do processo por todos.
21

Figura 4 – Exemplo de fluxograma vertical


Fonte: Oliveira (2010, p. 272)

4.3.2 Fluxograma Horizontal

Possui um maior número de símbolos, por isto é um pouco mais complexo do que o
fluxograma vertical. O fluxograma mais conhecido deste modelo é o global ou de colunas
(conforme figura 5) e também o mais utilizado pelas empresas. Por possuir mais símbolos,
consegue demonstrar o fluxo de informações, atividades e documentos. (OLIVEIRA, 2010, p. 275).
22

Figura 5 – Exemplo de fluxograma global ou de colunas


Fonte: Oliveira (2010, p. 298).

4.3.3 Fluxograma de Blocos

Chiavenato (2007, p. 189) define este fluxograma como “uma sequência de blocos
encadeados entre si, tendo cada qual um significado específico. Apresenta duas vantagens: utiliza
uma simbologia mais rica e variada e não se restringe apenas a linhas e colunas pré-estabelecidas no
gráfico”. De uma forma geral, é melhor para os indivíduos, pois todos conseguem identificar as
etapas do processo, como pode ser observado na Figura 6.
23

Figura 6 – Exemplo de fluxograma de blocos


Fonte: Faria (1982) apud Araújo (2011, p. 35).

O presente trabalho irá utilizar o fluxograma apresentando a rotina do processo de inscrição


e realização do sacramento de batismo de crianças na comunidade eclesial e propor melhorias,
visando à otimização do referido processo. O fluxograma a ser utilizado será o fluxograma de
blocos, pois permite uma melhor visualização de todas as etapas do processo por todos os
indivíduos envolvidos.
24

4.4 Organização Religiosa (Igreja Católica)

Segundo Azevedo (2003, p. 58), “a Igreja Católica Apostólica Romana é uma das mais
antigas instituições existentes, e herdeira do Império Romano e da Idade Média”. Teve sua origem
há mais de dois mil anos, tendo como seu precursor o apóstolo Pedro, a pedido de Jesus Cristo.
Assim como todas as instituições, a Igreja Católica possui uma hierarquia e normas bem definida.
De acordo com Fernandes (1983) apud Sanchis (1992, p. 70), “a Igreja Católica forma uma
organização das mais complexas, cujas ramificações percorrem toda a estrutura social”, como
podemos observar no Quadro 1.

Hierarquia Institucional da Igreja Católica no Brasil


Santa Sé
Cúria Romana
CNBB
Arquidioceses
Dioceses
Paróquia
Comunidade Eclesial de Base
Quadro 1 – Hierarquia Institucional da Igreja Católica no Brasil
Fonte: Elaborado pelo autor baseado em http://agnusdei.50webs.com/dircan4.htm/ acessado em 01/12/2013

4.4.1 Santa Sé

Santa Sé ou Sé Apostólica é o termo utilizado para designar o conjunto do Papa e dos


dicastérios da Cúria Romana, que o ajudam no governo de toda a Igreja. Segundo Machado (2013,
p. 4), “é ela quem personifica a Igreja Católica, por isso que é tida como de natureza religiosa.
Trata-se da representação máxima da Igreja Católica Apostólica Romana, dela emanando todas as
decisões sobre a religião cristã católica.”

4.4.2 Cúria Romana

A Cúria Romana localiza-se no estado do Vaticano, estado independente localizado na


cidade de Roma, capital italiana. No documento da Igreja Católica (1965, p. 9) está a finalidade da
criação da Cúria Romana, que consiste em “exercer o poder supremo, pleno e imediato sobre a
Igreja universal, o Romano Pontífice vale-se dos dicastérios da Cúria Romana. Estes, por
conseguinte, em nome e com a autoridade dele, exercem seu ofício para o bem das Igrejas e em
serviço dos Sagrados Pastores”. Em resumo, a Cúria Romana auxilia o Papa a gerir a Igreja no
mundo.
25

4.4.3 Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

No Brasil, a CNBB é a maior instância da Igreja Católica. Em sua homepage, temos a


melhor definição desta estrutura:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é a instituição permanente que


congrega os bispos da Igreja católica no país, na qual, a exemplo dos apóstolos,
conjuntamente e nos limites do direito, eles exercem algumas funções pastorais em favor de
seus fiéis e procuram dinamizar a própria missão evangelizadora, para melhor promover a
vida eclesial. (CNBB, 2013)

São finalidades e competências da CNBB:

Manifesta solicitude para com a Igreja e sua missão universal, por meio de comunhão e
colaboração com a Sé Apostólica e pela atividade missionária, principalmente ad gentes;
 Favorece e articula as relações entre as Igrejas particulares do Brasil e a Santa Sé;
 Relaciona-se com as outras Conferências Episcopais, particularmente as da América, e
com o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).
Quadro 2 – Finalidades e competências da CNBB
Fonte: http://www.cnbb.org.br/cnbb/quem-somos/ e acessado em 17 de novembro de 2013

4.4.4 Dioceses e Arquidioceses

Segundo o Compêndio (2005, p. 62), a diocese também é chamada de “igreja particular”.


Santos (2013) afirma que a diocese “é a circuncisão eclesiástica dirigida por um bispo, cujo qual é
responsável pela Cúria Diocesana.” A Cúria é o órgão que auxilia o bispo a administrar
pastoralmente.
Por sua vez, uma arquidiocese é “a província eclesiástica que abrange todas as dioceses de
uma região”, segundo Santos (2013). O responsável por uma arquidiocese recebe o nome de
arcebispo, ou metropolita.

4.4.5 Paróquia

Segundo Souza (2013, p. 1), uma antiga denominação de paróquia é “um determinado
território, que tem como centro a Igreja paroquial, e as comunidades que fazem parte dela (as
capelas), espalhadas por este território”. Ainda sobre a paróquia, podemos destacar:

Na paróquia, a Igreja manifesta de maneira próxima e perceptível sua vida e sua missão; ela
é uma comunidade organizada de batizados, de bens espirituais, simbólicos e materiais, de
organizações e iniciativas que fazem a Igreja acontecer num determinado espaço e
contexto. (SCHERER, 2011, p. 5)
26

Há ainda outra definição da paróquia segundo O Direito Canônico (cf. cân. 515) apud
Scherer (2011, p. 8) “uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja
particular, e seu cuidado é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo
diocesano”.

4.4.6 Comunidades Eclesiais de Base

As comunidades eclesiais de base (CEB) são definidas por Teixeira (2005, p.20), “como
uma mudança acentuada na maneira pessoal e coletiva de se viver a experiência da própria religião.
Os participantes das comunidades passam a compartilhar uma nova identidade, novo jeito de ser
igreja”. A participação ativa dos leigos nas comunidades de base e em suas pastorais caracteriza a
grande mudança na estrutura das paróquias.

Um item muito importante no catolicismo é a figura do sacerdote. O quadro a seguir


exemplifica como se dá a hierarquia e as principais funções dos sacerdotes na Igreja Católica.

Funções dos sacerdotes da Igreja Católica:


Papa
Cardeal
Arcebispo
Bispo
Padre
Diácono
Quadro 3 – Funções dos sacerdotes da Igreja Católica
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de http:// www.catolicismoromano.com.br/ e acessado em 17/11/2013

4.4.7 Papa e Cardeal

No topo da hierarquia, está a pessoa do sumo pontífice: o Papa. Segundo Azevedo (2003, p.
59): “a doutrina católica o considera o sucessor do apóstolo Pedro, é o principal ponto de referência
da instituição eclesiástica. O papa é, ao mesmo tempo, o bispo de Roma e o primus inter pares do
conjunto do episcopado mundial.”
Prosseguindo, encontra-se a figura do cardeal, cuja definição é “o título que é conferido a
alguns bispos, que funcionam como colaboradores e conselheiros imediatos do Papa, e servem
como enviados, chefes de congregações e tribunais da Cúria Romana.” Cabe destacar, que apesar de
ser menos provável, presbíteros e diáconos também podem ser cardeais. É atribuído aos cardeais, a
escolha de um novo Papa, através do Conclave.
27

4.4.8 Bispos e Arcebispos

De acordo com Azevedo (2003, p. 59) o papel do bispo “é o de realizar três funções
principais: o anúncio oficial da mensagem bíblica, a administração dos sacramentos e a liderança da
comunidade, favorecendo a sua dimensão unitária.” De uma forma geral, é o responsável por uma
diocese. O arcebispo possui funções semelhantes, porém é líder de uma arquidiocese.

4.4.9 Padre

Também chamado de presbítero, o sacerdote é, segundo Neto (2011, p. 1) “uma pessoa que
deve estar a serviço do sacerdócio de Cristo, do qual se torna apenas um instrumento. E estar em
função do povo de Deus, ou seja, em comunhão eclesial”.

4.4.10 Diácono e Leigo

O diaconato ou diaconia, “é o primeiro grau do sacramento da ordem, onde àquele que


recebe este sacramento, se coloca a serviço da comunidade e do povo de Deus”, segundo o Youcat
(2012, p. 145-146).
A figura do leigo, de acordo com o Catecismo (2000, p. 257) “entende-se como todos os
cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens, e que exercem, em seu âmbito a missão de todo o
povo cristãos na Igreja e no mundo”. Complementando:

A Igreja do Concílio Vaticano II pode ser entendida como uma Igreja de leigos e com os
leigos e, em boa medida, para os leigos, sabendo do diálogo que visa estabelecer com todos
os seres humanos, cristãos e não-cristãos, crentes e não crentes. (PASSOS, 2012, p. 2)

4.4.11 Liturgia Sacramental

Segundo o Youcat (2011, p. 105), “os sacramentos são sinais visíveis de uma realidade
invisível”, que segundo a doutrina católica, permite aos fieis vivenciar uma relação com Deus. Os
sacramentos da Igreja são sete: batismo, confirmação, eucaristia, penitência, unção dos enfermos,
ordem e matrimônio, de acordo com o Compêndio (2005, p. 87).
De acordo com o Catecismo (2000, p. 302), o termo liturgia significa originalmente,
“serviço da parte do povo e em favor do povo”. Trazendo para a tradição cristã, é a celebração do
culto a Deus de uma comunidade. Todos os sacramentos possuem uma liturgia, um rito próprio
onde são recebidos pelos cristãos.
28

4.5 O Sacramento do Batismo

De acordo com o Catecismo (2000, p. 340), “o sacramento do batismo é um dos


sacramentos de iniciação cristã. A origem do nome batismo vem do grego baptízen, que significa
mergulhar, imergir”. Segundo o Youcat (2011, p. 116), o batismo é o sacramento fundamental e a
condição prévia para todos os outros sacramentos”.
O rito essencial deste sacramento “consiste em imergir na água o candidato ou em derramar
água sobre sua cabeça, enquanto é invocado a Trindade Santa”, segundo o Compêndio (2005, p.
90). A água significa renovação, vida nova.
“O termo iniciação procede do verbo latino inire, que significa „entrar dentro‟”, de acordo
com CNBB (2001, p. 34). A partir deste sacramento, segundo a doutrina católica, é que a pessoa
passa a fazer parte da comunidade cristã. Assim sendo, este é o motivo pelo qual o sacramento do
batismo é considerado um sacramento de iniciação cristã, e também é um pré-requisito para a
realização dos demais sacramentos.
Conforme CNBB (2001, p. 5) “o batismo é uma ação singular realizada em comunidade. Ela
requer expressão adequada, significativa, orante e simbólica, a fim de que os diferentes aspectos da
vida e do mistério da fé, os quais a comunidade deseja celebrar, sejam vivenciados”.

4.5.1 A Mistagogia da Celebração

O sacramento do batismo possui o seu rito e suas simbologias, bem como os demais
sacramentos e celebrações do catolicismo.

O sentido e a graça do sacramento do batismo aparecem claramente nos ritos da sua


celebração. Seguindo, com participação atenta, os gestos e as palavras desta celebração, os
fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento significa e realiza em cada novo
batizado. (CATECISMO, 2000, p. 345)

De acordo com o Youcat (2011, p. 116), “a forma clássica da celebração batismal é a tripla
submersão do batizando na água. Muitas vezes, porém, a água é derramada três vezes sobre a
cabeça do batizando”. Conforme o Catecismo (2000, p. 346), “a veste branca simboliza que o
batizado se revestiu de Cristo: ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que
Cristo iluminou o neófito. Em Cristo, os batizados são a luz do mundo”.
É importante destacar que, a maioria dos que são batizados são crianças. Porém, há também
o batismo de adultos. Este se dá através do processo do catecumenato ou formação de catecúmenos
29

(CATECISMO, 2000, p. 347), que é o processo de preparação do adulto para receber o referido
sacramento.
A diferença do processo de preparação entre o batismo de crianças e o batismo de adultos é
que estes já são conscientes de seus atos e de sua fé. As crianças ainda não possuem esta
consciência, tendo a missão de educar na fé, os seus pais e padrinhos.
Como pode ser observado, a Igreja Católica é uma organização milenar estruturada, repleta
dos mais diversos processos. Todos estes processos, independente do seu grau de complexidade ou
outras características, têm por objetivo fazer com que a Igreja promova a sua ação evangelizadora
entre as pessoas.
Mediante o que foi apresentado, podemos destacar que redesenhar os processos de uma
organização é fazer que estes se tornem melhores na forma em que são desenvolvidos, e
consequentemente, superar as expectativas dos clientes. Com isso, o presente trabalho irá propor o
redesenho do processo de inscrição e realização do batismo da comunidade eclesial Nossa Senhora
das Graças.
30

5 ESTUDO DE CASO

Será apresentado um breve histórico sobre a comunidade eclesial, bem como o atual
processo de batismo e suas etapas, a análise e proposição de melhorias.

5.1 Histórico da Comunidade Eclesial Nossa Senhora das Graças

A comunidade eclesial Nossa Senhora das Graças localiza-se na Avenida Antônio Leal de
Souza Neto nº 10 – Jardim Paraíba – Volta Redonda/RJ. Como toda a comunidade eclesial de base,
ela está inserida em uma estrutura organizada. A comunidade pertence à Diocese de Barra do Piraí
– Volta Redonda, na Região Pastoral de Volta Redonda. De um modo generalizado, quase todas as
comunidades eclesiais têm suas origens da mesma forma: um grupo de pessoas que se reúnem com
o objetivo de realizar as celebrações litúrgicas. No ano de 1941, este grupo de pessoas se reunia no
salão do acampamento central, onde eram realizadas as missas dominicais.
No ano de 1958, já com a cidade Volta Redonda emancipada, o bispo diocesano Dom
Agnelo Rossi, nomeou o primeiro padre para acompanhar a comunidade, que estava em nítido
crescimento. O nome do padre era Henrique Hott. Neste período, a comunidade possuía no nome de
Capela de Nossa Senhora das Graças. No ano seguinte, assume a capela, o pe. Moacir e cria o
primeiro conselho. O conselho de uma comunidade é formado por pessoas das diversas pastorais
que nela existem, bem como com os seus coordenadores. As reuniões do conselho têm por objetivo
avaliar e estruturar as atividades desenvolvidas pela comunidade eclesial.
Não há registros de uma data precisa da fundação da comunidade no terreno onde
atualmente está localizada. Entretanto, acredita-se que foi durante o ano de 1959. Em 1961, a então
capela, passa a receber o nome de igreja matriz. Já em 1965, o atual bispo da diocese, Dom Altivo
Pacheco Ribeiro, considerando o grande tamanho da diocese e a importância da cidade de Volta
Redonda, recebe autorização através de um Concílio Consistório, para a extensão da Sé para a
cidade de Volta Redonda. Este fato significa que, a partir desta data, a diocese passa a ter duas
sedes administrativas: a cidade de Barra do Piraí e a cidade de Volta Redonda, e consequentemente
seu nome alterado para Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda. Com isso, Dom Altivo
reconfirma a Catedral de Santana, em Barra do Piraí, como catedral diocesana e atribui a matriz, o
título de Co-Catedral Nossa Senhora das Graças.
Por sua localização de fácil acesso e na região central de Volta Redonda, a comunidade
possui uma característica peculiar: os participantes das missas e das pastorais não são somente os
31

moradores dos bairros vizinhos, mas moradores de vários bairros de cidade, e às vezes de outras
cidades. Desde o ano de 2008, o padre responsável pela comunidade é o padre Matias Ramos
Moreira da Costa.

5.2 Características do processo de batismo

A equipe responsável por todo o processo de batismo é a pastoral do batismo. Antes de citar
as características do referido processo, cabe reafirmar que neste trabalho o processo de batismo
estudado é o batismo de crianças. Existe também o batismo de adultos, entretanto difere-se em
muitos pontos do primeiro, além de ser responsabilidade de outra equipe pastoral.
Atualmente a pastoral do batismo da comunidade eclesial Nossa Senhora das Graças, é
formada por dez pessoas. É um quantitativo que atende às necessidades da pastoral, mas almeja-se o
aumento deste número. Os agentes da pastoral são responsáveis pela divulgação e esclarecimento
do processo de batismo nas missas e demais encontros realizados na comunidade, pela inscrição da
família que deseja batizar o filho, pela realização dos encontros que compõem o curso de
preparação de pais e padrinhos, pelo rito, propriamente dito, do batismo e pela motivação à família
em permanecerem de forma ativa na vida da comunidade. Podem ser realizados até 05 batismos
por mês na comunidade. Durante todo o ano de 2013, foram realizados 27 batismos. Por razões
litúrgicas, é proibida a realização de batismos durante o período da quaresma, que inicia-se na
quarta-feira de cinzas e tem seu fim no sexta feira da paixão.
O rito do batismo é divido em duas partes: a apresentação e o batismo propriamente dito. No
primeiro domingo de cada mês, realiza-se a apresentação, que consiste em um determinado
momento da celebração eucarística, os pais e os padrinhos apresentam à criança à toda comunidade
reunida, para que, por sua vez, esta conheça o seu mais novo membro. Na apresentação também há
a unção da criança com o óleo. Na segunda parte do rito, que acontece todo o terceiro domingo de
cada mês, o celebrante, junto à pia batismal molha a cabeça da criança com a água benta, símbolo
da vida nova com Cristo. Neste momento, a criança já está batizada, e, portanto inserida na vida
cristã. O rito litúrgico do batismo encerra-se com o ato de devoção à Virgem Maria. É importante
destacar, que nos dois momentos do rito batismal, é indispensável a presença dos pais e padrinhos.

5.3 Desenho do processo de batismo

De acordo com Araújo (2011, p.32) desenhar os processos de uma organização, utilizando
os fluxogramas é importante “para uma melhor compreensão da atual gestão de processos e
também, como um suporte para uma adequada utilização”.
32

O processo a ser desenhado e analisado neste trabalho será o processo de batismo de


crianças realizado na comunidade eclesial Nossa Senhora das Graças. Cabe destacar que o referido
processo possui atividades de caráter administrativo, assim como atividades de caráter litúrgico e
religioso. Estas, por sua vez, não serão objetivo de análise.
Considerando as atividades de caráter administrativo, podemos dividir o processo de
batismo em três etapas: inscrição das famílias, os encontros de preparação, agendamento das datas e
o registro dos batismos.

5.3.1 Inscrição das famílias

O processo de inscrição das famílias, as quais desejam que os filhos recebam o sacramento
do batismo acontece em um único dia previamente divulgado pelos participantes da pastoral do
batismo, a secretária da comunidade e as demais lideranças da mesma. Tal comunicação é feita
através de avisos aos términos das celebrações eucarísticas da comunidade e por meio da
comunicação informal.
É agendado um único dia para a realização desta inscrição. As datas não são datas fixas, são
estabelecidas anualmente. Geralmente, são realizados quatro momentos de inscrição de famílias
durante o ano. Todas as pessoas responsáveis pela pastoral do batismo comparecem à comunidade
neste dia, a fim de inscrevem todas as famílias interessadas na realização deste sacramento. Existe
uma ficha de inscrição, conforme figura 7, do presente trabalho, a qual é preenchida por um dos
responsáveis da pastoral contendo dados e informações da criança, dos pais e dos padrinhos.
Faz-se a inscrição somente das famílias que residem nos bairros desta comunidade eclesial.
As famílias que residem em outros bairros ou outras cidades e desejam que seus filhos sejam
batizados na referida comunidade, devem realizar a inscrição e os encontros de preparação na
comunidade em que residem.
33

Figura 7 – Ficha de inscrição


Fonte: Pastoral do Batismo da CEB Nossa Senhora das Graças.

5.3.2 Encontros de Preparação

Devidamente realizada a inscrição da criança, a segunda etapa do processo de batismo


consiste na realização de três encontros de preparação. Estes encontros têm por objetivo o estudo e
34

a conscientização, por parte de todos os envolvidos, da importância deste sacramento, bem como do
incentivo à vida cristã. Existe um material de apoio para a elaboração de cada encontro, onde os
mesmos já trazem o tema definido, por exemplo.
Os locais para a realização destes três encontros são pré-definidos, podendo sofrer alterações
em alguns casos. O primeiro encontro realiza-se na casa da família, pois objetiva-se além do
conhecimento da realidade daquela família específica, deseja-se criar uma aproximação maior da
família com a comunidade eclesial. Neste momento, as dez pessoas participantes da pastoral do
batismo se dividem em duplas. Cada dupla fica responsável por coordenar e ministrar este encontro
na residência da família.
O segundo e o terceiro encontro são realizados na própria comunidade eclesial, com todas as
famílias e todos os participantes da pastoral do batismo. A preparação destes últimos encontros fica
sob a responsabilidade de toda a equipe da pastoral do batismo.
Em determinado momento em cada um dos três encontros, pede-se que os presentes assinem
uma lista de presença. Tal documento é importante para verificar a frequência dos pais e padrinhos,
pois é fundamental que em cada encontro, estejam presentes os mesmos. Existe um livro de
presença, onde são registradas as assinaturas dos pais e padrinhos ao final dos encontros.

5.3.3 Agendamento das datas

Ao término do terceiro encontro, a equipe da pastoral do batismo encaminha para a


secretaria da comunidade as fichas de inscrição das crianças, cujas famílias realizaram os encontros
de preparação e já estão aptas a receber o sacramento do batismo. Cabe relembrar que, nesta
comunidade eclesial, o sacramento do batismo é dividido em duas partes: sendo a primeira parte
realizada no primeiro domingo do mês e a segunda parte realizada no terceiro domingo do mês.
Conforme definido pelo padre responsável, pode-se realizar somente cinco batismos por mês.
Após um contato da secretária, as famílias procuram a secretaria da comunidade a fim de
agendar as datas do batismo. Neste momento, que as famílias residentes em outras comunidades
eclesiais e que desejam batizar seus filhos nesta comunidade, devem comparecer à secretaria e levar
um documento comprobatório da inscrição e que foram realizados os encontros de preparação
(documento de transferência). Desta forma, a equipe agenda as datas do batismo das crianças destas
famílias. O agendamento das datas na secretaria não ocorre em dias pré-estabelecidos ou em um dia
único para todas as famílias.
Um controle simples, porém importante da equipe de batismo, é verificar o estoque de velas
e lembranças de batismo para os terceiros domingos do mês, onde estes itens serão utilizados.
35

5.3.4 Registro das informações dos batismos

Após a realização do sacramento do batismo, é feito o registro e arquivamento das


informações referentes a todo o processo de batismo.
A ficha de inscrição é arquivada em pastas. São importantes as informações ali contidas: os
quais dados pessoais da criança, endereço e números de telefones dos pais e padrinhos, para
eventuais contatos. No processo atual, a ficha de inscrição fica arquivada por um tempo máximo de
02 (dois) anos. Após este período, todas as fichas são inutilizadas, tanto das crianças batizadas
como daquelas que não concluíram o processo de batismo.
O livro de presença contendo as assinaturas dos pais e padrinhos também é arquivado. As
informações deste livro são importantes pelo fato das mesmas, servirem como comprovação da
presença e participação dos pais e padrinhos nos encontros de preparação.
Por último, entretanto o mais importante é o preenchimento do livro de registro de batismos
da comunidade. Neste livro, estão todos os registros de todas as crianças batizadas nesta, conforme
consta na figura 8, do presente trabalho. A comunidade possui dois livros iguais, os quais são
preenchidos simultaneamente. O livro possui uma capacidade máxima para preenchimento de
registros. Quando este atinge esta capacidade, ele se encerra. Um livro é enviado à Cúria Diocesana
e o outro permanece arquivado na própria comunidade. Tal prática é feita para caso, aconteça algum
incidente em um livro, há uma cópia do mesmo, contendo as mesmas informações.
As informações do livro de registros são de extrema importância, uma vez que, para a
criança futuramente, possa receber outros sacramentos, como a eucaristia, o crisma e o matrimônio,
é necessário comprovar tais informações na comunidade.

Figura 8 – Parte do livro de registro de batismos


Fonte: Pastoral do Batismo da CEB Nossa Senhora das Graças

Na figura 9, temos o fluxograma do processo de batismo. Nele estão apresentadas todas as


etapas deste processo, bem como os indivíduos que participam do mesmo.
36

Figura 9 – Fluxograma do processo de batismo

Fonte: Pastoral do Batismo da CEB Nossa Senhora das Graças


Elaborado por: Jhone Cezário Pena
Data: 09/05/2014
37

5.4 Análise e Proposições de melhorias ao processo de batismo

Após a análise de todas as etapas do processo de batismo, bem como a integração com os
seus participantes, os instrumentos e métodos de realização, é possível propor algumas melhorias
com a finalidade de otimizar a satisfação dos envolvidos neste processo, de maneira especial, as
famílias das crianças.
Observou-se que todas as informações são tratadas e arquivadas de forma manual. Esta
característica gera uma demora em consultas futuras a estas informações. Desta forma, a principal
proposta de melhoria é a de informatização do atual processo, de modo que suas informações
estejam disponíveis de forma clara e rápida. Cabe destacar que algumas informações e etapas do
processo devem permanecer de forma manual, por determinação das autoridades eclesiais.
Entretanto, não há impedimento que estas informações e etapas sejam informatizadas
simultaneamente. A seguir, será explicitado as proposições de melhorias de algumas etapas do
processo atual.

5.4.1 Ficha de Inscrição

A ficha de inscrição é o primeiro registro da criança e de sua família na comunidade. Nela


estão contidos os dados pessoais da criança, bem como de seus pais e padrinhos. A ficha de
inscrição é um formulário que permanece a ser preenchido manualmente. Isso deve-se ao fato de
que o responsável pela inscrição, que pode ser um dois pais, precisa assiná-la, de forma a
demonstrar que está ciente das etapas do processo de batismo. Entretanto, verificou-se que a atual
ficha de inscrição possui algumas tabelas despadronizadas, bem como caracteres inadequados.
Uma nova ficha de inscrição foi formulada, de forma padronizada. Foram retiradas algumas
informações da ficha atual e acrescentados outros dados, de modo que não houve comprometimento
das informações necessárias para o processo.
No verso da ficha de inscrição proposta, além da declaração de que o responsável está ciente
dos encontros de preparação, estão as listas de presença dos três referidos encontros. Com isso,
integrou-se duas etapas em um único documento. Atualmente, a lista de presença dos encontros são
em um caderno designado a esta finalidade. Entretanto, para futuras consultas da participação dos
pais e padrinhos nos mesmos, há a seguinte situação: no caderno, para determinado dia, ficam as
assinaturas de todos os pais e padrinhos que realizaram o encontro naquela data, tornando-se difícil
fazer a correlação da criança com os pais e padrinhos. Nas listas de presença propostas somente irão
assinar os pais e padrinhos daquela criança específica. A praticidade em concentrar as informações
38

em um único documento gera ao processo um menor risco de perda de informações assim como
menos papéis.
A figura 10 consiste na frente da ficha de inscrição proposta, onde são requisitados os dados
da criança e dos pais e padrinhos, de uma forma mais dividida. Na figura 11 está o verso desta
ficha, onde estão as informações a respeito da presença nos encontros.

Figura 10 – Ficha de inscrição proposta


Fonte: Elaborada pelo autor (2014).
39

Figura 11 – Verso da ficha de inscrição proposta


Fonte: Elaborada pelo autor (2014).

5.4.2 Agendamento das datas

Após os pais e padrinhos realizarem os três encontros de preparação, a pastoral do batismo


encaminha suas fichas de inscrição para a secretaria. A secretária entra em contato com a família,
para que juntos, possam agendar as datas. Atualmente existe um controle informal, para que o
40

número de crianças a serem batizadas nos domingos definidos não ultrapasse cinco. Visto, foi
proposto à secretaria a implementação de uma planilha eletrônica, para o agendamento das datas
durante todo o ano. Com isso, aumenta-se a confiabilidade ao agendar o batismo de uma criança
para determinada data, além de permitir aos responsáveis pelo processo, um maior planejamento.
Uma vez que, conseguirão visualizar todas as datas disponíveis no ano e confrontar com o número
de famílias a serem agendadas.

Figura 12 – Planilha: Agendamento de datas


Fonte: Elaborada pelo autor (2014).

A figura 12 trata da planilha do agendamento de datas proposta pelo presente trabalho, para
o cadastramento das crianças que receberão o sacramento no batismo durante o ano. A planilha é
dividida em todos os meses do ano. De forma que é possível, identificar as datas destinadas à
realização do batismo (primeiro e terceiro domingo de cada mês), bem como a numeração do
número um ao número cinco (número máximo de batismos por domingo). Abaixo da data, uma
observação é escrita para melhor orientar a quem observar a planilha, trata-se de especificar se
aquela data será a apresentação (primeira parte do rito) ou o batismo propriamente dito (segunda
parte do rito). A planilha terminará de ser preenchida com as informações necessárias como: nome
da criança, do pai e dos padrinhos.

5.4.3 Registro das informações do batismo

Concluído o rito do batismo, cabe a equipe realizar o arquivamento da ficha de inscrição da


criança, bem como fazer o registro do batismo no livro de registros. No processo atual, este livro é a
única fonte de busca e pesquisa existente na comunidade. Caso uma pessoa, que ali tenha sido
batizada, solicitar uma declaração que comprove tal fato, é necessário procurar no livro de registro.
41

Este tipo de procedimento, além de arcaico, gera falhas e atrasos no processo, uma vez que, a busca
é lenta e as informações podem estar incompletas.
Foi proposta uma planilha eletrônica. Desta forma, simultaneamente ao realizar o registro do
batismo no livro, o responsável também registra tais informações nesta planilha. Com isso, além de
obter uma agilidade na busca de informações, ganha-se mais uma cópia de segurança, garantindo a
confiabilidade e integralização dos dados.

Figura 13 – Planilha: Registro de Batismos


Fonte: Elaborada pelo autor (2014).

A planilha se apresenta de forma simples. Nela constarão as informações relevantes que


também constam no livro de registro. Cada aba da planilha foi renomeada, de forma que
correspondem às letras do alfabeto. Ao concluir um batismo, o responsável irá incluir o registro na
planilha com os dados solicitados. Nas colunas finais da planilha constam o número de registro do
batismo, o número e a página do livro onde se encontra aquele registro. Deste modo, há uma ligação
entre a informação digital e a manual, caso seja preciso consultar o livro de registro posteriormente.
42

6 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Para a realização deste trabalho, não foram encontradas dificuldades relacionadas aos dados,
visto que as informações necessárias e solicitadas foram fornecidas sem nenhum tipo de bloqueio.
Existe um projeto futuro de aquisição de um sistema gerencial e de um site pela comunidade
eclesial. Foi proposto realizar a total integração dos dados armazenados com o sistema a ser
adquirido. Em relação ao site, foi proposto divulgar a agenda mensal de batismos e as datas
definidas para a realização de novas inscrições.
Observou-se que os demais processos da Igreja Católica, também não são desenhados.
Como proposições de novos trabalhos, pode-se desenhar tais processos, propor melhorias e
descrever como eles se relacionam.
43

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho abordou o processo de batismo de crianças da comunidade eclesial


Nossa Senhora das Graças. Considerando o contexto desta organização, o estudo e a análise deste
ambiente foram importantes. O processo já mencionado difere de tantos outros processos das
empresas e organizações, por vários motivos. Parte-se do princípio de que este é um processo de
prestação de serviços. Entretanto, o serviço resultante deste processo não é um bem material, mas a
realização de um sacramento, algo intangível. Não existe, por ambas as partes, nenhum tipo de
remuneração a ser paga. Os envolvidos neste processo se colocaram neste papel por iniciativa
própria.
Como todos os processos de serviços, este também objetiva oferecer um excelente serviço
ao cliente e superar as expectativas dos mesmos. Baseado nesta informação, foi elaborado um
fluxograma do atual processo, para atingir tal finalidade. O processo de batismo, assim como os
demais processos existentes na Igreja Católica, possuem em sua maior parte, os ritos religiosos.
Estes, por sua vez, ficaram fora do campo de estudo deste trabalho. Entretanto, todo processo
religioso possui também atividades que compõem uma parte de caráter administrativo.
A Igreja Católica é uma organização existente há muitos anos, sendo assim, alguns de seus
processos são muito antigos. Na revisão de literatura deste trabalho, foi ressaltada a diferença entre
os termos reengenharia e redesenho de processos. Este trabalho propôs o redesenho do atual
processo de batismo de crianças. Isto implica em melhorias, ajustes na forma como o processo é
desenvolvido. Redesenhar um processo não significa ter que construir novas etapas neste, e sim,
criar maneiras para que estas etapas se tornem mais eficientes.
O principal motivo para redesenhar um processo é a tecnologia. Partindo desta afirmação, as
melhorias propostas para o mencionado processo foi a informatização das informações recebidas
durante a realização deste. Tal melhoria gera um processo mais organizado, além de maior rapidez
na busca e consulta de informações dos registros anteriores. Cabe destacar que a comunidade conta
com computadores adequados para a já mencionada informatização proposta.
44

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGNUS DEI. Hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana. Disponível em:


<http://agnusdei.50webs.com/dircan4.htm>. Acesso em 01 dez. 2013.

ALENCAR, Edgard. Metodologia científica e elaboração de monografia. Lavras: UFLA / FAEPE,


2004. p. 69

ARAÚJO, Luis César G. de. Organização, sistemas e métodos e as tecnologias de gestão


organizacional. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

AZEVEDO, Dermi. Desafios estratégicos da Igreja Católica. Lua Nova: Revista de Cultura e
Política. São Paulo, n. 60, p. 57-79, 2003.

CATECISMO da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2000. p. 937.

CATOLICISMO ROMANO: Hierarquia da Igreja Católica. Disponível em:


<http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/1102/43/>. Acesso em 01 dez. 2013.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Ed. 4. Rio de Janeiro:


Elsevier. 2007.

COMPÊNDIO da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2005. p. 207.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. O batismo de crianças: subsídios


litúrgico-pastorais (Estudos da CNBB; 81). São Paulo: Paulus, 2001.

_________. Disponível em <http://cnbb.org.br/cnbb/quem-somos>. Acesso em 17 nov. 2013.

GONÇALVES, José. As empresas são grandes coleções de processos. Revista de Administração de


Empresas. São Paulo, v. 40, n. 1, p 6-19, jan./mar. 2000.

IGREJA CATÓLICA, Decreto Christus Dominus sobre o múnus pastoral dos bispos na igreja.
Roma, 1965. Disponível em:
<http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vatii_decree_1965102
8_christus-dominus_po.html>. Acesso em 17 nov. 2013

MACHADO, Diego Pereira. Sujeitos do Direito Internacional: Santa Sé e Vaticano. Jus Navigandi,
Teresina, ano 18, n.3601, 11 maio 2013. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/24424>. Acesso
em: 17 nov. 2013.
45

MORENO, Valter; SANTOS, Lúcia Helena A. dos. Gestão do conhecimento e redesenho de


processos de negócio: proposta de uma metodologia integrada. Perspectivas em Ciência da
Informação, v.17, n.1, p.203-230, jan./mar. 2012.

NETO, Antônio Cavalcante da Costa. O ministério cristão do sacerdote católico no âmbito do


trabalho religioso. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n.2860, 1 maio 2011. Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/18998>. Acesso em: 17 nov. 2013.

OLIVEIRA, Djalma de P. Rebouças de. Sistemas, organização & métodos : uma abordagem
gerencial. 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PASSOS, João Décio. O leigo no Vaticano II: sujeito cristão na sociedade e na igreja. REB. Revista
Eclesiástica Brasileira, v. 73/291, p. 559-574, 2013.

SANCHIS, Pierre. Catolicismo: Modernidade e tradição. São Paulo: Loyola, 1992.

SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 7. ed. Rio de


Janeiro: Lamparina, 2007.

SANTOS, Juberto. O que são foranias, vicariatos, dioceses? Disponível em:


<http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/juberto/30.htm> Acesso em: 17 nov. 2013.

SCHERER, Cardeal Dom Pedro Odilo. Paróquia, torna-te o que tu és. Carta Pastoral à Arquidiocese
de São Paulo. São Paulo, 2011.

SOUZA, Dom João Bosco Barbosa. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil / Comunidade de
Comunidades: Uma nova Paróquia. Brasília, Edições CNBB. 2013.

TEIXEIRA, Faustino. Fases do catolicismo brasileiro contemporâneo. Revista USP. São Paulo,
n.67, p. 14-23, set./nov. 2005.

VASCONCELOS, Delcilandia Lopes. O redesenho de processos na secretaria de fazenda no


estado do Ceará. Fortaleza, 2005. 171 f. Dissertação (Mestrado em administração) – Universidade
Estadual do Ceará, Fortaleza, 2005.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 10. ed. São
Paulo: Atlas, p. 42-45, 2009.

YOUCAT, Ed. Especial. Lisboa: Paulus, 2012. p. 301.

You might also like