Professional Documents
Culture Documents
Operacional Padrão
POP/Unidade de Reabilitação/12/2015
Reabilitação/1
Avaliação da disfagia em clientes
adultos e idosos
Versão 1.0
Procedimento Operacional
Padrão
POP/Unidade de Reabilitação/12/2015
Avaliação da disfagia em clientes adultos e idosos
Versão 1.0
® 2015, Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.Ebserh.gov.br
EXPEDIENTE
Autor/responsável por
Data Versão Descrição Gestor do POP
alterações
OBJETIVO ......................................................................................................................................6
GLOSSÁRIO...................................................................................................................................6
APLICAÇÃO ..................................................................................................................................7
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................7
ANEXOS .……………………………………………………………………………………….14
DOCUMENTOS RELACIONADOS
Pedido de Interconsulta
Protocolo de avaliação da deglutição
APLICAÇÃO
I. INTRODUÇÃO
Indicação
o
N de critérios para para avaliação
Critérios Sinais de risco para disfagia
caracterizar risco fonoaudiológica
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. I Consenso Brasileiro de Nutrição e Disfagia em Idosos Hospitalizados.
Barueri, SP : Minha Editora, 2011.
Procedimento de avaliação
Fraga, LM; Calvitti SV; Lima MC; Leitão MC. Nutrição na Maturidade: Aspectos da Disfagia.
Nestlé Nutrition. 2010.
Kenneth; Altman; Gou-Pei Yu; Steven; Schaefer .Consequence of Dysphagia in the Hospitalized
Patient Impact on Prognosis and Hospital Resources. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. V.
136, n. 8, p. 784-789, 2011.
Leder, SB; Cohn, SM; Moller, BA. Fiberoptic Endoscopic Documentation of the High Incidence
of Aspiration Following Extubation in Critically Ill Trauma Patients. Dysphagia. V.13, 1998.
[Digite aqui]
POP/Unidade de Reabilitação/12/2015 Avaliação da Deglutição – Adulto e Idoso
Página 15 de 28
Versão 1.0
HOSPITAL DE CLÍNICAS
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO SERVIÇO DE
FONOAUDIOLOGIA
CONCLUSÃO
( ) deglutição normal/funcional disfagia: ( ) leve ( ) moderada ( ) severa
CONDUTA
( ) Dieta enteral
( ) Dieta via oral Consitência alimento: ( ) Geral ( ) Branda ( ) Pastosa ( ) Líquido-pastosa ( ) Líquida
Consistência líquidos: ( ) livres ( ) espessados: néctar mel pudim
Modo de oferta: ( ) colher ( ) copo ( ) canudo ( ) seringa ( ) pedaços ( ) indiferente
( ) assistida
assistid ( ) independente
Observações:
_______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
Fonoaudiólogo
[Digite aqui]
POP/Unidade de Reabilitação/12/2015 Avaliação da Deglutição – Adulto e Idoso
Página 16 de 28
Versão 1.0
ANEXO II – GUIA INSTRUCIONAL DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA
DEGLUTIÇÃO
Dados do paciente
Leito: Número do leito, descrito por três números e uma letra (ex. 104-B) em que o paciente está
internado no momento da avaliação;
Idade: em anos
Setor: setor do hospital em que o paciente está internado no momento da avaliação. São
consideradas as seguintes siglas:
- PSA: pronto socorro adulto
- UTI – A / UTI – C: Unidade de Terapia Intensiva Adulto/Coronariana
- UDIP: Unidade de Doenças Infecto-Parasitárias
- CM: Clínica Médica
- CC: Clínica Cirúrgica
- GO: Ginecologia-Obstetrícia (Hospital da Mulher)
Data da internação: data em que o paciente deu entrada no HC-UFTM, no primeiro setor de
internação (em geral, no PSA);
IOT: Intubação Orotraqueal – registrar se o paciente passou por intubação orotraqueal nesta
internação, o número de dias de uso do tubo orotraqueal e a data da extubação [ex.”IOT: 7 dias
(até 22/05)”]
Dados Vitais
FC: frequência cardíaca (em batimentos por minuto - bpm), parâmetro de normalidade adulto:
60-100 bpm em repouso.
satO2: saturação periférica de oxigênio (em percentual): mensurada por oxímetro de pulso,
parâmetro de normalidade adulto: >90%.
FR: frequência respiratória (em incursões por minuto – ipm), parâmetro de normalidade adulto:
12-20 ipm.
Respiração
O2: oxigênio – volume (em litros) do oxigênio que vem sendo ofertado como suporte ao
paciente via máscara ou catéter, facial ou de traqueostomia, no momento da avaliação.
Posicionamento
Cabeça: controle cervical. Observar se o paciente é capaz de manter a cabeça reta e movimentá-
la voluntariamente. Anotar: “nl” – se normal ou “↓” – se houver controle reduzido.
Atenção
Normal: paciente capaz de manter-se contactuante durante toda a avaliação, percebe a presença
do avaliador e não se dispersa com estímulos competitivos.
Não responsivo: paciente comatoso ou em coma vigil, não realiza contato ocular, ou não reage
ao chamado verbal ou ao toque.
Desatento: o paciente tem tempo de atenção reduzido (inferior a cinco minutos) ou se distraí
facilmente com outros estímulos durante a avaliação.
Não colaborativo: o paciente realiza contato ocular e percebe a presença do avaliador, mas se
recusa a realizar as atividades propostas ou a realizar a avaliação funcional, sem que seu
comportamento possa ser atribuído a alterações de linguagem.
Orientação
Orientado: o paciente é capaz de referir informações sobre si (“quantos anos você tem?”), sobre
o tempo (“em que mês estamos?”) e espaço (“onde estamos agora?”).
Confuso: o paciente é incapaz de responder corretamente ao menos uma das questões elencadas
acima
Comunicação
GTT/JNT: gastrostomia/jejunostomia
Fluxo: velocidade de oferta da dieta por via alternativa de alimentação, seja SOE/SOG,
SNO/SNE ou GTT/JNT, conforme definido na prescrição médica (em ml/h).
VO consistência: alimentação via oral na consistência especificada, podendo ser: líquida restrita,
líquida, líquido-pastosa, pastosa, branda ou geral.
OBS: Caso o paciente esteja recebendo alimentação mista, marcar mais de uma opção.
Apetite
Preservado: o paciente relata fome ou vontade de se alimentar. Se liberada dieta via oral avalia-
se com observação à aceitação do paciente.
Reduzido: ausência de vontade de se alimentar ou aceitação da dieta via oral inferior a 50%.
Musculatura facial
Normal: face no repouso sem sinais de alteração do tônus muscular e mobilidade preservada.
Paralisia/ Paresia Facial: observado desvio de rima labial no repouso ou ausência/redução dos
movimentos dos músculos faciais, conforme o lado especificado. Assinalar: “D” – direita ou “E”
– esquerda.
Dentição
Tipo de dentição:
Caracterização da dentição:
Total superior / Total Inferior / Parcial superior / Parcial inferior: assinalar conforme
correspondente, sendo uma opção para arcada superior e outra para inferior. É considerada
dentição total a presença de 28-32 dentes (14-16 em cada arcada), e parcial a presença de dentes
inferior ao número total.
Higiene negligenciada: dentes e cavidade oral com resíduo de alimentos, placa bacteriana
ou outros sinais de higienização precária da cavidade oral, podendo estar associado a
halitose.
Língua
- Força: contrarresistência à espátula no movimento de protrusão;
- Mobilidade: movimentos de retração-protrusão, lateralização e abaixamento-elevação;
- Coordenação: capacidade de realizar movimentos alternados em sequência (como
lateralização direita-esquerda). Mínimo 05 vezes em 05 segundos.
Lábios
- Força: contrarresistência à espátula no movimento de protrusão, ou movimento
contrário com as mãos ao redor dos lábios durante a protrusão.
Mandíbula
- Mobilidade: abertura-fechamento e lateralização da mandíbula.
- Sensibilidade: tátil – toque com a espátula ou o dedo, com o paciente de olhos fechados.
Palato mole
- Posição: avaliada no repouso e descrita em relação à linha média como normal, quando
centralizada, ou com desvio à direita ou à esquerda – anotar “D” ou “E”;
- Mobilidade: elevação à emissão de fonema oral (/a/ ou equivalente), ou ao toque.
Laringe:
- Mobilidade: elevação laríngea durante a emissão de fonema agudo ou hiperagudo;
- Ausculta: ausculta cervical prévia à deglutição. Alterada quando houver sons sugestivos
de secreção na região cervical.
Reflexos
Arcaicos
Trancamento/Mordida: eliciado ao toque nos lábios ou gengiva do paciente, que
pressiona os dentes em resposta;
Sucção: eliciado ao toque nos lábios ou parte anterior da língua do paciente, que suga em
resposta.
Qualidade vocal
Tosse/Pigarro voluntário
Avaliado após comando verbal, demonstração pela avaliadora ou estímulo tátil por manobra de
fúrcula (para tosse) ou manipulação laríngea (para pigarro). Pode ser classificado como:
Deglutição de saliva
Frequência reduzida: quando frequência de deglutições espontâneas for menor que cinco
minutos entre deglutições, acompanhada de estase em cavidade oral.
Ineficaz: quando observada estase de saliva em cavidade oral, apesar de deglutições com
frequência normal ou aumentada.
Sob demanda apenas: quando o paciente deglute apenas sob comando verbal do avaliador, não
sendo observadas deglutições espontâneas;
Análise da deglutição de saliva com uso de corante azul em pacientes traqueostomizados. Deve-
se corar a cavidade oral do paciente com quatro gotas do corante a cada quatro horas (ao menos
duas vezes no plantão) e realizar a aspiração traqueal ao longo do dia – ou orientar equipe de
enfermagem e fisioterapia para que o faça – observando se há saída se corante azulado pela
cânula de traqueostomia. Anotar:
(+): Positivo. Quando observada saída de secreção azulada durante a aspiração traqueal –
indicativo de aspiração de saliva.
(-): Negativo. Quando não houver saída de corante pela cânula de traqueostomia em nenhuma
aspiração traqueal ao longo do dia – sugestivo de deglutição funcional de saliva.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Para a avaliação funcional são testados alimentos nas consistências disponibilizadas pelo HC, ou
com adequações julgadas pertinentes pelo profissional. Ficam aqui definidas as consistências,
conforme a nomenclatura utilizada pelo Serviço de Nutrição e Dietética da Instituição:
Líquido-Pastoso: líquido grosso (consistência “mel” ou “pudim”), como: mingau, sopas grossas,
iogurte ou purê.
Pastoso: sólidos macios, com necessidade de pouca mastigação, como: frutas macias (banana,
mamão), pão de leite ou legumes cozidos.
Sólido (Branda ou Geral): alimentos que exigem mastigação, como: carne em pedaços ou frutas
duras.
Cada consistência deverá ser avaliada em três volumes, quando possível (3ml, 5ml e livre). Para
alimentos pastosos e sólidos serão testados três pedaços de cada.
Deverão ser anotados os alimentos utilizados em cada consistência, bem como a quantidade total
ofertada, logo abaixo do nome da consistência no quadro.
Captação oral ineficiente: o paciente é incapaz de retirar de forma eficaz o volume de alimento
da colher ou copo, ou de partir o alimento sólido.
Escape extraoral: após a captação oral há escorrimento do alimento pelos lábios antes ou
durante a deglutição;
Trânsito oral lentificado: tempo entre a captação do bolo e o disparo do reflexo de deglutição
aumentado. Considera-se lentificado quando ≥4 segundos para líquidos e líquidos espessados; e
≥ 17 segundos para pastosos e sólidos.
Resíduo oral: restos de alimento na cavidade oral superior a 25% do volume ofertado;
Elevação laríngea reduzida: avaliada com a colocação dos dedos do examinador sobre a
cartilagem tireoidea. Considera-se reduzida quando a elevação durante a deglutição é inferior a
dois dedos do avaliador (aprox. 2cm);
Ausculta cervical alterada: quando há modificação da ausculta cervical antes e após a deglutição
sugestiva de secreção ou alimento acumulado na região;
Alteração da qualidade vocal: presença de voz molhada ou soprosa após a deglutição, em padrão
diferente o observado anteriormente;
Deglutições múltiplas: o paciente realiza três ou mais deglutições para esvaziamento da cavidade
oral.
CONCLUSÃO
Leve: quando houver estase oral pequena após a deglutição, alteração da mastigação ou
escape extraoral e ausência de deglutições múltiplas, tosse ou sinais de penetração/aspiração
laríngea;
Moderada: quando houver estase salivar moderada, estase oral de alimento pós-
deglutição, deglutições múltiplas, pigarro após a deglutição e tosse ou alteração da ausculta
cervical para alimentos “líquidos-finos”, sem alteração para demais consistências e sem sinais de
desconforto respiratório associado;
Severa: quando houver estase salivar em grande quantidade, propulsão do alimento débil
ou ausente, sinais de aspiração traqueal e desconforto respiratório para mais de uma consistência
avaliada.
CONDUTA
Dieta Via Oral: possibilidade de oferta via oral segura, com as adequações especificadas nos
campos seguintes.
Utensílio: utensílio seguro para a oferta da dieta ao paciente, que deverá ser
fornecido pela equipe de enfermagem, pelo Serviço de Nutrição e Dietética ou profissional
presente no momento da alimentação.
Obs: caso o “modo de oferta” (utensílios) utilizado para oferta de sólidos se diferenciar da oferta
de líquidos, indicar no campo “observações”.
Nível de auxílio:
Obs: caso recomende-se dieta mista (enteral e via oral), marcar os dois campos.
Observações
Campo para anotar informações adicionais quanto à conduta, tais como exames complementares
necessários, impossibilidade de finalizar a avaliação ou condutas terapêuticas necessárias.
FONOAUDIÓLOGO