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CURSO ON-LINE – Auditoria no Setor Público – Exercícios - MPU

PROFESSOR: MARCUS SILVA

Prezados (as) Concurseiros (as),

Olá, caros colegas concurseiros!


Como está a força nos estudos? Vamos lá! Não desanimem!
Estudem com confiança, com afinco e dedicação que o sucesso
virá!
Nesta aula de hoje, resolveremos mais de 40 questões, no
estilo CESPE. Vamos começar?
Então, mãos à obra, pessoal!

AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS - TCE PE – 2004 – CESPE -


Com base nas normas constitucionais e no controle externo
brasileiro, julgue os itens a seguir:

1 - De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar


que o julgamento das contas pelo Poder Judiciário é a última
fase do ciclo orçamentário, qual seja: elaboração de proposta
orçamentária pelo Poder Executivo; discussão e aprovação da
referida proposta pelo Poder Legislativo; execução do
orçamento; controle da execução do orçamento e parecer
final, prévio ao julgamento das contas, pelo tribunal de
contas; e julgamento das contas pelo Poder Judiciário.

2 - O Poder Legislativo, além do exercício da atividade


legislativa, exerce o controle financeiro sobre si e sobre os
outros poderes, na medida em que fixa receita e estima a
despesa, por meio do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e do orçamento anual, assim também quando
impõe limites financeiros.

3 - O prazo para o presidente da República prestar contas ao


Congresso Nacional, anualmente, é de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa. Essa é uma competência
privativa do presidente da República, cuja omissão pode
acarretar crime de responsabilidade e a obrigação da Câmara
dos Deputados de instaurar a tomada de contas.

4 - Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode afastar


a aplicação de uma lei federal por inconstitucionalidade. Aos

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tribunais de contas dos estados e dos municípios é vedada


essa prerrogativa.

AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS - TCE PE – 2004 – CESPE - De


acordo com as regras constitucionais aplicáveis ao controle
externo no âmbito federal, julgue os itens seguintes.

5 - Compete ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente


pelo presidente da República e daí emitir um relatório
conclusivo, que deverá ser elaborado em sessenta dias a
contar do recebimento das contas.

6 - Se determinada pessoa, ainda que não seja servidora


pública, encontra-se na administração de bens da União,
compete ao TCU julgar atos por ela praticados de que resulte
prejuízo ao erário público.

7 - O TCU, como órgão auxiliar do Congresso Nacional, acerca


do exercício do controle externo, possui poder próprio de
julgamento das contas públicas.

ACE – TCU – 2006 – ESAF – ADAPTADA – Sobre o controle


externo, julgue os itens seguintes:

8 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que o


Tribunal de Contas da União – TCU – é órgão vinculado ao
Senado da República.

9 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete
conselheiros.

10 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


as decisões do TCU não se submetem a controle judicial.

11 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e
vantagens dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

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12 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


a titularidade do Controle Externo, no Brasil, pertence ao
Tribunal de Contas da União.

ACE – TCU – 2006 – ESAF – ADAPTADA - Sobre o Controle


Externo no Brasil, julgue os itens seguintes.

13 - Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.

14 - Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas


relativas a município, mesmo que este esteja dentro do
território de sua Unidade da Federação.

15 - Um determinado município, caso não possua Tribunal de


Contas próprio, não poderá criá-lo.

16 - O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas


da União é aposentado compulsoriamente aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade.

17 - Empresas de Economia Mista não se sujeitam à


fiscalização do TCU.

18 - ACE – TCU - 2002 – ESAF - O controle externo no Brasil,


quanto à fiscalização contábil, financeira e orçamentária da
Administração Pública Federal, atualmente, comporta
atividades diversificadas, compreendidas na competência:

a) exclusiva do Congresso Nacional.

b) exclusiva do Tribunal de Contas da União.

c) conjugadas e conjuntas do Congresso Nacional e do


Tribunal de Contas da União.

d) privativas umas do Congresso Nacional e outras do


Tribunal de Contas da União.

e) privativas umas do Congresso Nacional, outras do


Tribunal de Contas da União e algumas delas com a
participação conjugada de ambos esses órgãos.

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19 – ACE – TCU – 2002 – ESAF - As decisões do Tribunal de


Contas da União, de que resultem imputação de débito,
conforme expressa previsão constitucional:

a) terão eficácia de título executivo.

b) terão eficácia executiva de título judicial.

c) são exeqüíveis após inscrição como dívida ativa.

d) são exeqüíveis pelo próprio Tribunal.

e)são exeqüíveis na Procuradoria do Ministério Público


junto ao Tribunal.

20 – ACE – TCU – 2000 – ESAF - Entre as funções do Tribunal


de Contas da União, no exercício do controle externo, incluem-
se:

a) o registro prévio das despesas públicas.

b) fiscalizar a aplicação pelos Estados dos recursos que a


União lhes repassa mediante convênios.

c) O julgamento das contas anuais do Presidente da


República.

d) o registro prévio dos contratos administrativos.

e) decretar a anulação de atos e contratos dos órgãos


jurisdicionados considerados ilegais

21 - ACE - TCU – 2002 – ESAF - O julgamento de regularidade


das contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos federais constitui uma
função de controle externo, cujo exercício a Constituição
confere:

a) ao Tribunal de Contas da União - TCU, em conjunto com o


Congresso Nacional - CN.

b) ao TCU, em conjunto com a Câmara dos Deputados.

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c) ao TCU em conjunto com o Senado Federal.

d) ao TCU, privativamente.

e) ao TCU, com recurso para o CN.

22 - A Constituição Federal de 1988 prevê, em diversas


passagens, que o controle externo da Administração Pública é
de competência, precípua, do Poder Legislativo. É sabido que
essa atribuição se cinge apenas àquele Poder.

23 - A Constituição Federal concedeu ao Tribunal de Contas da


União competência para, diretamente, anular os atos
administrativos revestidos de ilegalidade, quando
determinação feita pelo Tribunal para sanar a ilegalidade não
vier a ser obedecida.

24 - Se o ato considerado ilegal referir-se à nomeação para


cargo em provimento em comissão, o Tribunal poderá assinar
prazo para a correção da ilegalidade, mesmo que para isso
tenha que determinar a exoneração do servidor.

25 - A intervenção em Estado pela União pode ser proposta ao


Presidente da República pelo TCU, quando deixar o
governador de prestar contas de verbas recebidas do ente
federal.

26 - Em relação aos processos de julgamento de contas


realizados pelo TCU, em decorrência do princípio federativo, o
TCU somente poderá julgar contas de agentes, órgãos e
entidades de natureza federal.

27 - O TCU pode declarar a constitucionalidade de uma lei,


bem como negar sua aplicação.

28 - O prazo para o Presidente da República prestar contas ao


Congresso Nacional, anualmente, é de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa. Essa é uma competência
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privativa do Presidente da República, cuja omissão pode


acarretar crime de responsabilidade e a obrigação da Câmara
dos Deputados de instaurar a tomada de contas.

29 - Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode


afastar a aplicação de uma lei federal por
inconstitucionalidade. Aos tribunais de contas dos estados e
dos Municípios é vedada essa prerrogativa.

30 - Considere a seguinte situação hipotética: Um servidor


público federal, responsável pelo suprimento de fundos do
setor onde trabalha, utilizou parte do dinheiro que
administrava em benefício próprio. Nessa situação, cabe ao
Tribunal de Contas da União (TCU) apreciar e julgar as contas
do referido administrador, sem que possa ser a matéria
apreciada pelo Poder Judiciário.

31 - O TCU, como órgão auxiliar do Congresso Nacional, acerca


do exercício do controle externo, possui poder próprio de
julgamento de contas públicas.

32 - De acordo com a Súmula Vinculante nº 3, nos processos


perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder
resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade
dos atos de concessão de aposentadoria, reforma e pensão.

33 - Quanto ao momento, o controle pode ser divido em


prévio, concomitante e posterior. Apesar de ser pouco
utilizado em sede de controle externo, o controle prévio é
bastante utilizado em sede de controle interno.

34 - Por ser um órgão típico de controle, a gestão


administrativa do Tribunal de Contas da União não está sujeita
ao controle interno.

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35 - Com a recente mudança introduzida nos quadros do


Tribunal de Contas da União, atualmente a Corte é composta
por 9 ministros e 4 auditores.

36 - Em decisão que ganhou grande repercussão nacional, o


STF decidiu que os sindicatos, a despeito de receberem verbas
consideradas públicas, não estão sujeitos ao controle do
Tribunal de Contas da União.

37 - A apreciação da legalidade da admissão de servidor para


provimento de cargo em comissão não consta no rol de
competências do Tribunal de Contas da União.

38 - A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe novas


competências para os tribunais de contas, dentre estas
podemos citar a obrigatoriedade de alertar os Poderes quando
constatarem que a despesa de pessoal ultrapassou o limite de
90% do preconizado na referida norma.

39 - A Lei de Responsabilidade Fiscal faculta ao Tribunal de


Contas da União aplicar aos gestores, em caso de não-
cumprimento de alguns dispositivos daquela norma, multa de
30% da remuneração anual recebida.

40 - Apesar de o sistema de Controle Externo brasileiro adotar


o modelo de Tribunal de Contas, ocorre ampla predominância
na America Latina do modelo de Controladoria.

41 - A Constituição Federal, ao dividir competência entre os


entes da federação possibilitou, também, que os gastos
públicos de cada ente fossem fiscalizados pelo respectivo
Tribunal de Contas. Assim, compete ao Tribunal de Contas do
Distrito Federal e dos Territórios fiscalizar os dispêndios que
são por estes realizados.

42 - Por vedação constitucional, nenhum município pode criar


tribunais ou conselhos de contas municipais. Esta vedação,
contudo, não abrange a criação de tribunal de contas dos
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municípios de determinado estado, uma vez que esta corte


estaria ligada a estrutura do estado e não de um município.

43 - A natureza jurídica das decisões do TCU é


indubitavelmente administrativa. Por essa razão, as decisões
da Corte de Contas podem ser modificadas no âmbito do Poder
Judiciário toda vez que o juiz considerar que houve excesso de
rigor na apenação ofertada pelo Tribunal.

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QUESTÕES COMENTADAS

AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS - TCE PE – 2004 – CESPE -


Com base nas normas constitucionais e no controle externo
brasileiro, julgue os itens a seguir:

1 - De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar


que o julgamento das contas pelo Poder Judiciário é a última
fase do ciclo orçamentário, qual seja: elaboração de proposta
orçamentária pelo Poder Executivo; discussão e aprovação da
referida proposta pelo Poder Legislativo; execução do
orçamento; controle da execução do orçamento e parecer
final, prévio ao julgamento das contas, pelo tribunal de
contas; e julgamento das contas pelo Poder Judiciário.

2 - O Poder Legislativo, além do exercício da atividade


legislativa, exerce o controle financeiro sobre si e sobre os
outros poderes, na medida em que fixa receita e estima a
despesa, por meio do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e do orçamento anual, assim também quando
impõe limites financeiros.

3 - O prazo para o presidente da República prestar contas ao


Congresso Nacional, anualmente, é de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa. Essa é uma competência
privativa do presidente da República, cuja omissão pode
acarretar crime de responsabilidade e a obrigação da Câmara
dos Deputados de instaurar a tomada de contas.

4 - Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode afastar


a aplicação de uma lei federal por inconstitucionalidade. Aos
tribunais de contas dos estados e dos municípios é vedada
essa prerrogativa.

1 - O erro do item está em afirmar que é o Poder Judiciário quem


julga as contas dos administradores, depois de parecer do Tribunal de
Contas competente. Na verdade, quem julga as contas dos
administradores é o próprio Tribunal de Contas competente para tal.
No caso de contas do chefe do Poder Executivo, o TC competente
emite um parecer prévio, meramente opinativo, que será
encaminhado ao competente Poder Legislativo, que é quem julgará
tais contas. Não é competente o Poder Judiciário, nem para julgar as

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contas dos administradores públicos, nem para julgar as contas do


chefe do Poder Executivo.

2 – O item peca ao afirmar que a receita é fixada, quando, na


verdade, ela é estimada, na Lei Orçamentária Anual, e não no Plano
Plurianual, ou na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Mas este é um
assunto específico de Administração Financeira e Orçamentária.
Estimar a despesa, eu não consideraria um desses erros. A despesa
também pode ser considerada como sendo estimada, pois há várias
situações em que a mesma poderá sofrer alterações, como acontece,
por exemplo, com os chamados créditos adicionais (suplementares,
especiais e extraordinários). Quanto ao fato dessas funções (estimar
receitas e fixar despesas) serem do Poder Executivo, também pode
ser considerado um erro da questão.

3 – O item está correto. A CF determina justamente isso:

“Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República,


quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta
dias após a abertura da sessão legislativa;”

Quanto à questão do crime de responsabilidade, observe o que diz a


Lei nº 1.079/1950:

“CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO

Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade


na administração:

...

2 - não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta


dias após a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao
exercício anterior;”

Portanto, a opção está correta. Repare que quem toma as contas


do Presidente da República não é o Congresso Nacional, mas
sim a Câmara dos Deputados. É que lá estão os representantes do
povo, cabendo a eles tomar as contas do Presidente, caso não sejam
devidamente apresentadas. O Congresso Nacional é competente para
julgar tais contas, se apresentadas. Atenção!
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4 – O item está errado ao afirmar que tal prerrogativa não é


extensível aos demais TCs. A súmula do STF trata “Tribunal de
Contas” de uma forma ampla, abrangendo não somente o TCU, mas
os demais TCs também.

AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS - TCE PE – 2004 – CESPE - De


acordo com as regras constitucionais aplicáveis ao controle
externo no âmbito federal, julgue os itens seguintes.

5 - Compete ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente


pelo presidente da República e daí emitir um relatório
conclusivo, que deverá ser elaborado em sessenta dias a
contar do recebimento das contas.

6 - Se determinada pessoa, ainda que não seja servidora


pública, encontra-se na administração de bens da União,
compete ao TCU julgar atos por ela praticados de que resulte
prejuízo ao erário público.

7 - O TCU, como órgão auxiliar do Congresso Nacional, acerca


do exercício do controle externo, possui poder próprio de
julgamento das contas públicas.

5 – O item está errado, pois o parecer que o TCU emite sobre as


contas prestadas anualmente pelo Presidente da República é prévio,
meramente opinativo e não conclusivo, como afirma a opção. O
julgamento das contas do Presidente da República é
predominantemente de natureza política, feito pelo Congresso
Nacional, após parecer da Comissão Mista de Deputados e Senadores.

6 – O item está correto, pois o § único do art. 70, da CF, determina


que “prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda,
ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.”
Uma pessoa, ainda que não servidora pública, mas que administre
bens públicos, realizando atos que causem prejuízo ao erário, está
sujeita ao julgamento pelo TCU, no atinente aos atos
relacionados à gestão dos recursos públicos. Contudo, não
estará sujeita ao julgamento do Tribunal pela prática de outros atos
que não tenham relação com tais bens públicos por ela
administrados.

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7 – O item está correto, pois o art. 71, II, da CF, assim determina:

“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis


por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;”

Observe bem que, entre vírgulas, está "...,acerca do exercício do


controle externo,..." Neste caso, o comando da questão está
EXPLICANDO melhor a parte anterior "...como órgão auxiliar do
Congresso Nacional...". Desta forma, entenda que o foco da questão
não foi afirmar que o TCU é órgão auxiliar do Congresso Nacional,
mas sim que, acerca do exercício do controle externo, o TCU auxilia
o Congresso Nacional. É preciso estar atento aos aspectos do
português, pois isso pode ajudar não somente na prova discursiva,
mas também em questões como esta. O item não estaria incorreto
por este motivo, então.

ACE – TCU – 2006 – ESAF – ADAPTADA – Sobre o controle


externo, julgue os itens seguintes:

8 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que o


Tribunal de Contas da União – TCU – é órgão vinculado ao
Senado da República.

O erro está em afirmar que o TCU é órgão vinculado ao Senado


Federal. Na verdade, o TCU não é um órgão do Poder Legislativo.
O TCU é órgão administrativo, independente (tem fundamento
constitucional) e autônomo (não é subordinado nem supervisionado)
da estrutura do Poder Legislativo.

9 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete
conselheiros.

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O item está de acordo com o art. 75, § único: “Parágrafo único. As


Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.”

Contudo, poderia surgir uma dúvida: poderia o item ser considerado


errado pelo fato de afirmar que os TC estaduais serão compostos por
7 conselheiros, já que há a possibilidade de haver 3 conselheiros em
estados recém-criados? Esta é uma interpretação válida e poderia
haver questionamento neste sentido. Contudo, há dois pontos a
serem considerados:

1) Esta questão foi uma adaptação de questão do TCU em concurso


promovido pela ESAF. Portanto, havia um contexto, que envolvia as
outras 4 opções, a ser analisado; e

2) A questão corresponde à literalidade do dispositivo


constitucional. Este é um cuidado muito grande a ser tomado pelo
candidato. Quando há correspondência da questão com a literalidade
de lei, decreto ou constituição, torna-se difícil fazer a banca alterar o
gabarito.

10 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


as decisões do TCU não se submetem a controle judicial.

O erro está em afirmar que as decisões do TCU não se submetem a


controle judicial. Na verdade, o que ocorre é que as decisões do TCU
não são passíveis de controle judicial quanto à questão do mérito.
Contudo, em relação ao aspecto da legalidade tais decisões são
passíveis de controle judicial. Portanto, não é correto afirmar que as
decisões do Tribunal não se submetem a controle judicial, pois, a
legalidade das decisões pode ser apreciada pelo Poder judiciário. Esse
é o erro.

11 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e
vantagens dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

O item está errado pela menção aos Ministros do Supremo Tribunal


Federal. Como consta do art. 73, § 3º, da CF, os Ministros do TCU
terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,
vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de
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Justiça. Lembre-se que Ministro do TCU tem “GPIVV”, enquanto o


Auditor tem “GI”!

12 - Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar que


a titularidade do Controle Externo, no Brasil, pertence ao
Tribunal de Contas da União.

O erro do item está em afirmar que a titularidade do Controle Externo


pertence ao TCU. Como determina o caput do art. 71, da CF, o
Controle Externo está a cargo do Congresso Nacional, auxiliado pelo
Tribunal de Contas da União.

ACE – TCU – 2006 – ESAF – ADAPTADA - Sobre o Controle


Externo no Brasil, julgue os itens seguintes.

13 - Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.

O erro do item está no “devem ser”. Ministro do TCU não precisa ser
brasileiro nato, como no caso de Presidente da República. A CF só
exige que eles sejam nomeados dentre brasileiros. Portanto, é
possível haver Ministro do TCU que seja brasileiro naturalizado.

14 - Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas


relativas a município, mesmo que este esteja dentro do
território de sua Unidade da Federação.

O item não considerou a situação de um Município que não possua


Tribunal de Contas Municipal (Rio de Janeiro e São Paulo possuem),
nem Tribunal de Contas dos Municípios do Estado no qual está
localizado tal município. (como possuem os estados da Bahia, Ceará,
Goiás e Pará). Nessa situação, que é o caso, por exemplo, de
qualquer município do estado do Paraná, as contas administrativas
desse município serão julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado do
Paraná.

15 - Um determinado município, caso não possua Tribunal de


Contas próprio, não poderá criá-lo.

O item está correto, pois, segundo o § 4º, do art. 31, da CF, é


vedada a criação de outros Tribunais de Contas de Município (existem
somente 2: TCMRJ e TCMSP). Contudo, esta vedação constitucional
não se refere aos Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M).
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16 - O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas


da União é aposentado compulsoriamente aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade.

O item está errado pelo fato de os Auditores do TCU, em número de 4


atualmente, seguirem, assim como os Ministros do TCU, as normas
constantes do art. 40, quanto à aposentadoria e pensão. Portanto, a
aposentadoria compulsória de dá aos 70 anos de idade.

17 - Empresas de Economia Mista não se sujeitam à


fiscalização do TCU.

O item não está de acordo com o inciso II, do art. 71, da CF. Estão
sob o alcance do julgamento do TCU tanto as contas dos órgãos da
administração direta, quanto as das entidades da administração
indireta. Portanto, são julgadas também as contas das Empresas
Públicas, Fundações Públicas, Autarquias e Sociedades de Economia
Mista (SEM).

18 - ACE – TCU - 2002 – ESAF - O controle externo no Brasil,


quanto à fiscalização contábil, financeira e orçamentária da
Administração Pública Federal, atualmente, comporta
atividades diversificadas, compreendidas na competência:

a) exclusiva do Congresso Nacional.

b) exclusiva do Tribunal de Contas da União.

c) conjugadas e conjuntas do Congresso Nacional e do


Tribunal de Contas da União.

d) privativas umas do Congresso Nacional e outras do


Tribunal de Contas da União.

e) privativas umas do Congresso Nacional, outras do


Tribunal de Contas da União e algumas delas com a
participação conjugada de ambos esses órgãos.

Vamos responder esta questão lembrando alguns artigos da CF.

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Exemplo de competência exclusiva relativa a controle externo do


Congresso nacional:

“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do


poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;”

Agora, um exemplo de competência de controle externo exclusiva do


TCU:

“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

...

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis


por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;”

E, para finalizar, um exemplo de competência conjunta do Congresso


Nacional e do TCU:

“Art. 71, §§ 1º e 2º:

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado


diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de


noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo
anterior, o Tribunal decidirá a respeito.”

Portanto, o gabarito é a opção “E”.

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19 – ACE – TCU – 2002 – ESAF - As decisões do Tribunal de


Contas da União, de que resultem imputação de débito,
conforme expressa previsão constitucional:

a) terão eficácia de título executivo.

b) terão eficácia executiva de título judicial.

c) são exeqüíveis após inscrição como dívida ativa.

d) são exeqüíveis pelo próprio Tribunal.

e)são exeqüíveis na Procuradoria do Ministério Público


junto ao Tribunal.

Vamos relembrar o disposto no art. 71, § 3º, da CF:

“§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou


multa terão eficácia de título executivo.”

A literalidade do texto constitucional foi exigida do candidato nesta


questão, como podemos ver. A regra é que o Poder Judiciário emita
um título executivo, através de uma sentença judicial. Título
executivo nada mais é que um documento que autoriza a cobrança de
uma determinada dívida. Nele estão descritos o devedor e o credor
de tal dívida. Contudo, a própria CF determina que as decisões do
TCU de que resultem imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo. Reparem que não serão todas as decisões do
Tribunal que terão tal força, permitindo a execução/cobrança da
dívida sem que se recorra ao Poder Judiciário. Apenas as decisões
que imputem débito ou multa terão a força de título executivo.
Portanto, esse é o primeiro ponto a ser observado. O segundo ponto
é que tal título é considerado título executivo extrajudicial, apesar de
não estar explícito na CF. Como disse, o normal, a regra é que o
título executivo seja emitido pelo Poder Judiciário, sendo, portanto,
um título judicial. Nada mais lógico afirmar que um título executivo
que não seja emitido por tal Poder seja dito extrajudicial. É esse o
caso da questão, muito embora ela nem aborde este detalhe. Mas, é
preciso ficar atento.

Quanto à questão da cobrança desse título, a mesma é feita não pelo


TCU, mas sim pela Advocacia- Geral da União (AGU), através do
Ministério Público junto ao TCU. Outro ponto é que esse Ministério
Público que atua junto ao TCU, assim como também junto aos demais
TCs nas outras esferas de governo, não se confunde com o Ministério
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Público da União, nem mesmo com os demais Ministérios Públicos dos


estados. Podemos, então, assim esquematizar:

- Quem cobra a dívida?

# Se for uma dívida de um gestor federal ou de uma autarquia


federal, como o INSS, por exemplo > AGU, na justiça federal.

# Se for um gestor de uma Empresa Pública Federal, como a Caixa


Econômica Federal, por exemplo > O dirigente e a Procuradoria da
Empresa Pública Federal, em regra, na justiça federal.

# Se for um gestor de uma Sociedade de Economia Mista, por


exemplo, do Banco do Brasil > O dirigente e a Procuradoria da
Sociedade de Economia Mista, na justiça estadual.

Não esqueça que tal dívida é cobrada por intermediação do Ministério


Público que atua junto ao TCU, assim como também, junto aos
demais TCs.

Dessa forma, a opção “A” está correta.

O erro da opção “B” está na palavra “judicial”.

O erro da opção “C” está em afirmar que somente serão exeqüíveis


após a inscrição na dívida ativa. Não há necessidade para isso. A
cobrança poderá ser feita independentemente de tal inscrição.

O erro da opção “D” está em afirmar que serão exeqüíveis pelo


próprio Tribunal, quando, na verdade, serão exeqüíveis pela AGU (no
caso federal) e os demais atores vistos acima, no esquema, sempre
por intermédio dos Ministérios Públicos atuantes junto aos TCs.

O erro da opção “E” está em “na Procuradoria”, quando o correto


seria “através do Ministério Público junto ao Tribunal”.
GABARITO: A.

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20 – ACE – TCU – 2000 – ESAF - Entre as funções do Tribunal


de Contas da União, no exercício do controle externo, incluem-
se:

a) o registro prévio das despesas públicas.

b) fiscalizar a aplicação pelos Estados dos recursos que a


União lhes repassa mediante convênios.

c) O julgamento das contas anuais do Presidente da


República.

d) o registro prévio dos contratos administrativos.

e) decretar a anulação de atos e contratos dos órgãos


jurisdicionados considerados ilegais

A opção “A” está errada por afirmar que é função do TCU registrar
previamente as despesas públicas. Isso não é competência do TCU.
As despesas são fixadas na Lei Orçamentária Anual – LOA, após o
devido processo orçamentário, que possui prazos, inclusive, fixados
CF.

A opção “B” está correta, pois está de acordo com o inciso VI, do art.
71, da CF:

“VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela


União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;”

Percebam que tais recursos, apesar de serem repassados pela União,


continuam sendo recursos federais, sendo, portanto, cabível a
fiscalização da aplicação dos mesmos pelo TCU.

A opção “C” está errada, pois a competência do TCU é apenas para a


emissão de um parecer prévio sobre tais contas. Quem julga as
contas do Presidente da República é o Congresso Nacional, após
parecer emitido pela Comissão Mista. O TCU julga as contas dos
administradores públicos, mas não as do Presidente da República.

A opção “D” está errada, pois não há previsão na CF de 88 para que


os contratos administrativos sejam registrados previamente pelo
TCU. Isto seria praticamente inviável na administração pública. No
julgamento das contas dos administradores públicos, por exemplo,
ocorre a verificação de tais contratos.
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A opção “E” está errada, pois o TCU não possui tal competência. O
que ocorre, em relação aos atos é a concessão de prazo para o
órgão/entidade corrigir tal ato considerado ilegal. Se a irregularidade
não for sanada, o TCU sustará a eficácia (repare que o TCU não anula
o ato), comunicando esta decisão às Casas do Congresso Nacional.
Quando se trata de contrato, a sustação é feita pelo próprio
Congresso Nacional. Relembre os dispositivos constitucionais
aplicáveis ao assunto:

Art. 71, CF:

“IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as


providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;

...

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado


diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao
Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de


noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo
anterior, o Tribunal decidirá a respeito.”

21 - ACE - TCU – 2002 – ESAF - O julgamento de regularidade


das contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos federais constitui uma
função de controle externo, cujo exercício a Constituição
confere:

a) ao Tribunal de Contas da União - TCU, em conjunto com o


Congresso Nacional - CN.

b) ao TCU, em conjunto com a Câmara dos Deputados.

c) ao TCU em conjunto com o Senado Federal.

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d) ao TCU, privativamente.

e) ao TCU, com recurso para o CN.

Esta questão é mais uma questão literal das competências


constitucionais atribuídas ao TCU. Observe que a leitura e
entendimento dos artigos da CF que tratam do Controle Externo é
fundamental para o êxito na prova. Vamos ao artigo:

“Art. 71, CF:


II - julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público;”
Esta é uma competência constitucional de controle externo privativa
do TCU. Cabe ressaltar que essas contas não se confundem com as
contas do Presidente da República, que são julgadas pelo próprio
Congresso Nacional.

22 - A Constituição Federal de 1988 prevê, em diversas


passagens, que o controle externo da Administração Pública é
de competência, precípua, do Poder Legislativo. É sabido que
essa atribuição se cinge apenas àquele Poder.

GABARITO: E.

A Constituição Federal prevê que o controle externo será exercido


pelo Poder Legislativo. Como exemplo, podem-se citar os artigos 31,
caput, e 71, caput, da Carta Política. Essa previsão de realizar o
Controle Externo, contudo, não se restringe ao Poder Legislativo. Por
exemplo, o Poder Judiciário tem a possibilidade de anular atos
administrativos do Poder Executivo que estejam contrários à lei.

23 - A Constituição Federal concedeu ao Tribunal de Contas da


União competência para, diretamente, anular os atos
administrativos revestidos de ilegalidade, quando
determinação feita pelo Tribunal para sanar a ilegalidade não
vier a ser obedecida.

GABARITO: E.

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De acordo com o inciso X do artigo 71 da Constituição Federal, o TCU


pode SUSTAR e não ANULAR os atos administrativos.

24 - Se o ato considerado ilegal referir-se à nomeação para


cargo em provimento em comissão, o Tribunal poderá assinar
prazo para a correção da ilegalidade, mesmo que para isso
tenha que determinar a exoneração do servidor.

GABARITO: C.

De acordo com o art. 71, inciso IX, da CF, é competência do TCU:

“IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as


providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade;”

25 - A intervenção em Estado pela União pode ser proposta ao


Presidente da República pelo TCU, quando deixar o
governador de prestar contas de verbas recebidas do ente
federal.

GABARITO: E.

A União poderá intervir nos Estados ou no Distrito Federal para


assegurar a observância do princípio constitucional de prestação de
contas da Administração Pública, direta ou indireta (art. 34, VII, d,
CF/1988). Porém, a decretação da intervenção dependerá de
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação
proposta pelo Procurador-Geral da República (art. 36, III, CF/1988).

26 - Em relação aos processos de julgamento de contas


realizados pelo TCU, em decorrência do princípio federativo, o
TCU somente poderá julgar contas de agentes, órgãos e
entidades de natureza federal.

GABARITO: E.

O critério decisivo para definir a competência para fiscalizar


(jurisdição) será a origem dos recursos a serem fiscalizados. Assim, o
TCU fiscaliza a aplicação de recursos federais pelo Governo Federal e
os repassados voluntariamente (convênios, acordos, ajustes) para
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outro ente federativo ou outras pessoas, físicas ou jurídicas (art. 71,


inciso VI, CF/1988).

27 - O TCU pode declarar a constitucionalidade de uma lei,


bem como negar sua aplicação.

GABARITO: E.

No nosso sistema jurídico, após a Emenda Constitucional n. 3/1993,


podemos ter a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratório de constitucionalidade. Esta última, segundo o Poder
Constituinte Derivado, é de competência exclusiva do Supremo
Tribunal Federal, não cabendo a mais nenhum órgão de qualquer
dos Poderes declará-la.
De forma diferente, temos a possibilidade da apreciação da
inconstitucionalidade das normas. Por meio de controle difuso, pode
ser feito pelos demais órgãos do Poder Judiciário, e, de certa forma,
pelos Tribunais de Contas.

28 - O prazo para o Presidente da República prestar contas ao


Congresso Nacional, anualmente, é de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa. Essa é uma competência
privativa do Presidente da República, cuja omissão pode
acarretar crime de responsabilidade e a obrigação da Câmara
dos Deputados de instaurar a tomada de contas.

GABARITO: C.

De acordo com o art. 84, inciso XXIV, da CF/1988, compete


privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao
Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.
Lembramos que trata-se de contas de governo.

O art. 51, inciso II, também da CF, dispõe que compete


privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de
contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional no prazo acima citado (sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa).

Por último, o art. 9º da Lei n. 1.079/1950 determina que é crime de


responsabilidade do Presidente da República não prestar ao

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Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da


sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior.

29 - Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode


afastar a aplicação de uma lei federal por
inconstitucionalidade. Aos tribunais de contas dos estados e
dos Municípios é vedada essa prerrogativa.

GABARITO: E.

A súmula n. 347 do Supremo Tribunal Federal (STF) dispõe, de


forma genérica, que o Tribunal de Contas, no exercício de suas
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do
Poder Público.
Assim, os Tribunais de Contas Estaduais e Municipais ou do Município
podem afastar a aplicação de Lei que considerem inconstitucional.

30 - Considere a seguinte situação hipotética: Um servidor


público federal, responsável pelo suprimento de fundos do
setor onde trabalha, utilizou parte do dinheiro que
administrava em benefício próprio. Nessa situação, cabe ao
Tribunal de Contas da União (TCU) apreciar e julgar as contas
do referido administrador, sem que possa ser a matéria
apreciada pelo Poder Judiciário.

GABARITO: E.

O item está errado quando afirma que a matéria não poderá ser
apreciada pelo Poder Judiciário. Os aspectos relacionados à legalidade
do ato (julgamento das contas) podem ser apreciados pelo Judiciário,
que, possui competência para anular o julgamento por vício
insanável. Nada obstante, vale lembrar que o Judiciário não pode
mudar o mérito do julgamento efetuado pelo TCU, mas apenas
determinar a nulidade deste.

31 - O TCU, como órgão auxiliar do Congresso Nacional, acerca


do exercício do controle externo, possui poder próprio de
julgamento de contas públicas.

GABARITO: C.

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O art. 71, inciso II apresenta competência própria do TCU acerca do


julgamento de contas públicas:

“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:
(...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
público;”

32 - De acordo com a Súmula Vinculante nº 3, nos processos


perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder
resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade
dos atos de concessão de aposentadoria, reforma e pensão.

GABARITO: E.

Este é realmente o enunciado da Súmula Vinculante nº 3. Ocorre que


a exceção apontada somente se dá nas concessões iniciais de
aposentadoria reforma e pensão.

33 - Quanto ao momento, o controle pode ser divido em


prévio, concomitante e posterior. Apesar de ser pouco
utilizado em sede de controle externo, o controle prévio é
bastante utilizado em sede de controle interno.

GABARITO: C.

O controle interno se caracteriza por estar mais próximo do gestor do


que o controle externo. Desse modo, tem a possibilidade de controlar
o ato antes mesmo de ele ser posto em prática.

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34 - Por ser um órgão típico de controle, a gestão


administrativa do Tribunal de Contas da União não está sujeita
ao controle interno.

GABARITO: E.

Assim como todos os órgãos da administração pública, o Tribunal de


Contas da União está sujeito tanto ao controle interno como ao
controle externo. Repare que o item fala em “gestão administrativa”.

35 - Com a recente mudança introduzida nos quadros do


Tribunal de Contas da União, atualmente a Corte é composta
por 9 ministros e 4 auditores.

GABARITO: E.

Realmente o número de auditores do Tribunal de Contas da União


passou, recentemente, de três para quatro. Ocorre que, segundo o
disposto no art. 71, caput, da CF, o Tribunal é composto por,
somente, NOVE MINISTROS.

36 - Em decisão que ganhou grande repercussão nacional, o


STF decidiu que os sindicatos, a despeito de receberem verbas
consideradas públicas, não estão sujeitos ao controle do
Tribunal de Contas da União.

GABARITO: E.

O Tribunal de Contas da União realmente encontra-se impedido de


fiscalizar as centrais sindicais, mas o motivo não se deveu a uma
decisão do STF, mas sim ao veto do Presidente da República ao art.
6º da Lei no 11.648, de 31/3/2008, cujas razões são as seguintes:

“O art. 6º viola o inciso I do art. 8º da Constituição da República,


porque estabelece a obrigatoriedade dos sindicatos, das federações,
das confederações e das centrais sindicais prestarem contas ao
Tribunal de Contas da União sobre a aplicação dos recursos
provenientes da contribuição sindical. Isto porque a Constituição veda
ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical, em face o princípio da autonomia sindical, o qual sustenta a
garantia de autogestão às organizações associativas e sindicais.”

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37 - A apreciação da legalidade da admissão de servidor para


provimento de cargo em comissão não consta no rol de
competências do Tribunal de Contas da União.

GABARITO: E.

A exceção prevista no art. 71, inciso III, da CF refere-se à apreciação


da legalidade da admissão de servidor para provimento de cargo em
comissão PARA FINS DE REGISTRO. Ou seja, nesses casos, não
ocorre a apreciação do ato a fim de registrá-lo. Contudo, como a
referida admissão nada mais é do que um ato administrativo,
conforme o previsto no art. 71, inciso IX, da CF, o Tribunal pode
apreciar a legalidade deste ato. É importante registrar que este
controle exercido pela Corte se faz por meio de auditorias/inspeções
ou na apreciação das contas ordinárias do gestor.

38 - A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe novas


competências para os tribunais de contas, dentre estas
podemos citar a obrigatoriedade de alertar os Poderes quando
constatarem que a despesa de pessoal ultrapassou o limite de
90% do preconizado na referida norma.

GABARITO: C.

O item está de acordo com o texto do art. 59, § 1º, inciso II, da LRF.

“Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos


Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder
e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas
desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:...
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos
referidos no art. 20 quando constatarem:
...
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90%
(noventa por cento) do limite;”

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39 - A Lei de Responsabilidade Fiscal faculta ao Tribunal de


Contas da União aplicar aos gestores, em caso de não-
cumprimento de alguns dispositivos daquela norma, multa de
30% da remuneração anual recebida.

GABARITO: E.

Apesar de o Tribunal poder aplicar multa de 30% da remuneração


anual recebida, esta faculdade é concedida pela Lei n. 10.028/2000 e
não pela LRF.

40 - Apesar de o sistema de Controle Externo brasileiro adotar


o modelo de Tribunal de Contas, ocorre ampla predominância
na America Latina do modelo de Controladoria.

GABARITO: C.

Além de Brasil e Uruguai poucos são os países da América Latina que


adotam o sistema de Tribunal de Contas. A esmagadora maioria dos
países latinoamericanos adota o sistema de Controladoria. Dentre
estes estão Argentina, Paraguai, Chile, Costa Rica, México, Bolívia,
Colômbia e Peru.

41 - A Constituição Federal, ao dividir competência entre os


entes da federação possibilitou, também, que os gastos
públicos de cada ente fossem fiscalizados pelo respectivo
Tribunal de Contas. Assim, compete ao Tribunal de Contas do
Distrito Federal e dos Territórios fiscalizar os dispêndios que
são por estes realizados.

GABARITO: E.

Os territórios, que atualmente não existem, são considerados


autarquias territoriais da União, uma vez que a sua Administração
compete à União. Assim, a responsabilidade pela fiscalização dos
gastos no Território compete ao Tribunal de Contas da União. Vale
ressaltar que o correto é Tribunal de Contas do Distrito Federal e não
Tribunal de Contas do Distrito Federal e dos Territórios.

42 - Por vedação constitucional, nenhum município pode criar


tribunais ou conselhos de contas municipais. Esta vedação,
contudo, não abrange a criação de tribunal de contas dos
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municípios de determinado estado, uma vez que esta corte


estaria ligada a estrutura do estado e não de um município.

GABARITO: C.

O art. 31, § 4º, da Constituição Federal veda expressamente a


criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
Ocorre, contudo, como já decidiu o STF (ADIN 687, cujo relator foi o
ministro Celso de Mello), que esta vedação não abrange a criação de
uma corte de contas venha a controlar todos os municípios de um
determinado estado. Assim, os estados são livres para criarem os
chamados tribunais de contas dos municípios, a exemplo do que
fizeram os estados da Bahia, Ceará, Goiás e Pará (“BACEGOPA”).

43 - A natureza jurídica das decisões do TCU é


indubitavelmente administrativa. Por essa razão, as decisões
da Corte de Contas podem ser modificadas no âmbito do Poder
Judiciário toda vez que o juiz considerar que houve excesso de
rigor na apenação ofertada pelo Tribunal.

GABARITO: E.

De fato, a natureza jurídica das decisões do TCU é administrativa.


Ocorre, contudo, que as decisões não podem ser modificadas no
âmbito do Poder Judiciário e sim serem anuladas. Isto ocorre, por
exemplo, quando aquele Poder considera que a decisão da Corte está
em desacordo com a legalidade.

Prezados alunos,

Hoje, ficaremos por aqui. Até o nosso próximo encontro!

Um forte abraço a todos!

Marcus Silva.

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GABARITO.

QUESTÕES GABARITO QUESTÕES GABARITO

1 E 26 E

2 E 27 E

3 C 28 C

4 E 29 E

5 E 30 E

6 C 31 C

7 C 32 E

8 E 33 C

9 C 34 E

10 E 35 E

11 E 36 E

12 E 37 E

13 E 38 C

14 E 39 E

15 C 40 C

16 E 41 E

17 E 42 C

18 E 43 E

19 A XXX XXX

20 B XXX XXX

21 D XXX XXX

22 E XXX XXX

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23 E XXX XXX

24 C XXX XXX

25 E XXX XXX

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Bibliografia consultada:

- “Aulas de Direito Constitucional”; Vicente Paulo – Ed.


Impetus;

- “Controle Externo TCU”; Samy Wurman – Ed. Vestcon;

- “Gestão de Finanças Públicas”; Claudiano M.


Albuquerque, Márcio Bastos Medeiros e Paulo Henrique
Feijó – Coleção Gestão Pública;

- “Controle Externo da Gestão Pública”; Francisco


Eduardo Carrilho Chaves – Ed. Impetus;

- “Auditoria e Controle Interno na Administração


Pública”; Domingos Poubel de Castro – Ed. Atlas;

- “Direito Financeiro e Controle Externo”; Valdecir


Pascoal – Ed. Impetus;

- “Contabilidade Governamental”; Lino Martins – Ed.


Atlas;

- “Direito Administrativo”; Luciano H. Oliveira – Editora


Ferreira;

- Constituição da República Federativa do Brasil;

- Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União – Lei nº


8.443/1992;

- Regimento Interno do Tribunal de Contas da União; e

- Instrução Normativa SFC nº 01/2001;

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