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A felicidade daqueles que temem a Deus

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Por Francisco Macena da Costa 27 de dezembro de 2018

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Os seres humanos, de alguma forma, se projetam em busca da felicidade. Alguns buscam
gostas de felicidade no oceano do sofrimento enquanto outros se entregam ao prazer
dionisíaco. Ambos, tanto os que querem diminuir o desejo quanto os que querem liberá-lo,
distorcem o impulso da alegria. Temos sede do eterno, por isso queremos mais do melhor.

O Salmo 128 é uma miniatura das Escrituras. Pode-se dizer que o Salmo 127 é uma
miniatura do Eclesiastes e o Salmo 128 resume temas frequentes em Provérbios. No
Salmo 128 os peregrinos cantam a felicidade dos tementes a Deus. Nesse sentido, o temor
do Senhor não apenas é o princípio do saber, mas da felicidade.

João Calvino tinha boas razões para acreditar que o tema deste salmo é o temor do
Senhor. Dito isto, vejamos a relação que existe entre o temor do Senhor e a felicidade
autentica cantada pelos peregrinos.

A felicidade no lar
A maioria dos estudiosos divide o Salmo 128 em suas partes. A primeira parte relaciona o
temor do Senhor e a família (1-4). Note os seguintes pontos:

O homem que teme o Senhor é feliz : como numa espécie de eco do Salmo 1, o temor
do Senhor não é apenas o motor da sabedoria, mas a fonte da alegria. Na comunhão
com Deus e na submissão aos seus preceitos o peregrino encontra razão para o
deleite.
O homem que teme o Senhor persevera na lei : o temor do Senhor não é uma ideia
abstrata, antes consiste em receber e obedecer aos preceitos divinos. Os peregrinos
podiam andar pelo caminho sabendo que direção tomar e como deveriam andar. A
revelação do Senhor era a bússola da vida deles.
O fruto do trabalho: quando lemos Gênesis tomamos conhecimento dos efeitos do
pecado sobre o trabalho. Quando lemos o Salmo 128 vemos a graça de Deus
revertendo os danos do pecado. O homem piedoso, que se deleita em Deus e na sua
vontade, receberá o fruto do trabalho como quem recebe um sorriso da providência
de Deus.
A esposa: O homem não foi feito para viver sozinho. Deus criou o homem e a mulher
para constituir uma santa aliança no casamento. O homem que teme o Senhor deve
viver ao lado da mulher virtuosa – a parreira frutífera não apenas de filhos, mas de
virtudes do alto. Eis a ordem do alto: homem temente e mulher virtuosa em santa
união diante de Deus.
O lar abençoado: no lar da aliança os filhos são como rebento da oliveira ao redor da
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mesa. Podemos ver aqui a promessa de provisão diária para a santa semente que o
Senhor nos dá. Debaixo do temor do Senhor todas as áreas da vida se conectam e
funcionam em santa consonância.

A felicidade dos peregrinos


No primeiro momento os peregrinos cantavam sobre os efeitos do temor do Senhor na
família, mas logo em seguida, eles exaltavam os frutos da bondade de Deus sobre a
cidade. Homens, mulheres, crianças e, no instante seguinte, a cidade. Em forma de oração
os peregrinos cantavam os seguintes pontos:

A benção para Sião : os peregrinos oravam pela cidade. No lugar onde estavam os
tronos de justiça também estavam as orações para que o Senhor abençoasse cada
peregrino. A oração é um poderoso gesto político.
A prosperidade: creio que não era apenas o conforto material, mas a riqueza de Sião,
as saber, homens e mulheres tementes ao Senhor criando filhos na santa instrução
de Deus. Essa é a grande prosperidade de Sião – corações consagrados e gerações
instruídas no temor de Deus. Espiritualidade, trabalho e família, tudo conectado
fomentando a riqueza da cidade.
Vida longa: eles estão se referindo à longevidade quando falam da bênção de ver os
netos. A cidade crescerá em qualidade de vida debaixo do temor de Deus. A
longevidade será uma testemunha da benção do alto no decorrer das gerações.
Cabelos grisalhos ao lado de crianças correndo de um lado para o outro! Que cena
maravilhosa!
A paz: Shalom é um termo amplo e, desta vez, aparece ao lado da família e do
trabalho. É debaixo do temor do Senhor sobre as famílias que Deus faz acompanhar
o Shalom sobre a cidade. Paz tem a ver com famílias em paz, trabalho digno e
confiança última no Senhor.

O Salmo 128 como teologia pública


Os latino-americanos gostam do termo “teologia pública”. Via de regra, o termo quer
indicar o impacto e a relevância da fé bíblica na esfera pública. O Salmo 128 mostra que a
relevância na esfera pública tem a ver com o deleite em Deus. Através do temor do Senhor,
a família e a cidade crescem. O temor do Senhor se torna um gesto de grande utilidade
política. Religião, trabalho e família debaixo do temor de Deus; em seguida, vem o Shalom.

A grande questão é: temos levado em conta o Salmo 128 em nossa teologia pública? Que
o Senhor nos ajude a redescobri-lo! Que o nosso maior deleite esteja no Senhor!

Por: Francisco Macena. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com.


Todos os direitos reservados. Original: Lições imprescindíveis para as famílias cristãs.

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