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Nos anos 50, um etologista americano chamado John Calhoun criou uma sério de experimentos Pesquisar
para testar os efeitos da superpopulação no comportamento de animais sociais. Os animais que
Calhoun escolheu para estes experimentos foram camundongos (e mais tarde, ratos). Ele
escolheu roedores pois estes se reproduzem rapidamente, assim permitindo a ele observar o
desenvolvimento de várias gerações de ratos em um espaço de tempo relativamente curto. Postagens mais lidas da
semana
Calhoun e seus pesquisadores descobriram que em um ambiente de espaço limitado e recursos
Aleksandr Dugin - A
ilimitados, a população de camundongos explode; Chega a um auge e depois cai até a extinção. Anatomia do Populismo e o
Esses testes foi replicado várias vezes e se descobriu que os resultados são sempre os mesmos. A Desafio da Matrix
razão para esse fenômeno foi atribuída à degeneração social que piorou a cada geração. A
degeneração levou a distúrbios no ambiente, que em sua vez levaram à fertilidade abaixo da taxa Julius Evola - A Mulher
como Mãe e a Mulher como
de reposição. Se concluiu que a Natureza tem um limite para qual os animais sociais podem
Amante
interagir.
Santiago Galindo Herrero -
Os experimentos de John Calhoun ganharam reconhecimento internacional e seu conselho foi A Transformação de Donoso
procurado por agências governamentais como a NASA. Eles apresentaram um insight ameaçador, Cortés
porém útil do que pode ser nosso próprio futuro, pois não importa quantas vezes Calhoun repetiu
Textos introdutórios sobre a
o experimento, os resultados levaram para a mesma conclusão inevitável: extinção. Quarta Teoria Política
O segundo estágio foi chamado de “período da exploração”. Durante esse estágio a população de Casapound
camundongos explodiu. Calhoun observou que alguns compartimentos se tornaram mais
Center for Syncretic Studies
populosos que outros, e portanto algumas unidades usavam mais recursos. Também se notou que Fort Russ
algumas delas começaram a ficar lotadas.
GLADIUS
A terceira fase foi chamada de “Fase do Equilíbrio”. Durante essa fase, a população de
GRA News
camundongos atingiu o auge de 2200 indivíduos, apesar de haver espaço para 3000. Durante a
terceira fase Calhoun observou o colapso da civilização de ratos. Ele notou que as novas gerações Metapedia
foram inibidas, já que a maior parte do espaço já havia sido socialmente definido.
Nova Resistência
Open Revolt
Reverentia Lusa
SAPIENTES
Aleksandr Dugin (95)
Arte (47)
“Muitas [camondongos fêmea] foram incapazes de suportarem toda a gravidez, ou de José Antonio Primo de
Rivera (10)
sobreviverem ao parto se fossem capazes. Um número ainda maior, após conseguir dar à luz com
sucesso, estiveram aquém de suas funções maternais. Entre os machos as perturbações Oswald Spengler (10)
comportamentais variavam de afastamento sexual para canibalismo e de superatividade frenética
para um afastamento patológico do qual os indivíduos apenas sairiam para comer, beber e se Tomislav Sunic (10)
mover quando os membros da comunidade estivessem dormindo. A organização social dos
Leonid Savin (9)
animais demonstrou igual ruptura...”
Aleksandr Solzhenitsyn (8)
As condições dos ilhéus eram similar às dos roedores de Calhoun. Numa ilha isolada, com um Marcelo Gullo (3)
ambiente verdejante, um grupo de colonos humanos chegaram em barcos na Ilha de Páscoa. Os
colonizadores podiam prosperar com recursos quase infinitos sem predadores naturais ou fatores Raphael Machado (3)
externos de dificuldade.
Adriano Benayon (2)
Com o tempo, a ilha se tornou superpopulada. Quintos explica o que houve aos ilhéus: Antonio Sardinha (2)
“Os ilhéus então começaram a competir entre si cada vez mais por um volume sempre declinante Collin Cleary (2)
de recursos naturais; Vinganças se multiplicaram, guerras intertribos se multiplicavam e uma
Filippo Tommaso Marinetti
mortalha de hostilidade e medo caiu sobre a ilha. Como as árvores haviam sumido, os ilhéus se
(2)
tornaram incapazes de construir barcos e fugir para outras ilhas. Eles ficaram presos no próprio
inferno, condenados a lutar uns contra os outros pelas últimas migalhas que a terra estéril Miguel Serrano (2)
poderia oferecer. Finalmente, eles começaram a passar fome, e se alimentar—literalmente—uns
dos outros. Já que as carnes selvagens se tornaram indisponíveis, e a escapada da ilha se tornou Sebastian J. Lorenz (2)
impossível, as consequências naturais se seguiram. Canibalismo assolou a ilha, animando seu
Theodore Kaczynski (2)
folclore e infectando seus sítios arqueológicos. Talvez os ilhéus compensassem seu sofrimento
focando mais e mais no ritual vazio de construir e levantar estátuas, já que seus meios de
amparo haviam derretido.”
COMPENDIVM
Isso é comparável ao “ralo comportamental” observado na utopia de ratos. Também nos lembra
como comportamentos detestáveis observados nos experimentos de Calhoun se parecem com ► 2018 (15)
diversas histórias chocantes dos tempos recentes. É possível que foi a decadência social em vez
► 2017 (78)
de uma falta de alimentos que levou o povo da Ilha de Páscoa até sua quase-extinção?
► 2016 (82)
Há limites naturais dos graus de interação social com que podemos lidar numa base diária, assim ▼ 2015 (87)
como com os ratos. Entre humanos, isso é referido como o “Número de Dunbar”, e foi observado
► Dezembro (8)
ser verdade em sites de mídia social. Enquanto pode se argumentar que isso não aconteceria com
humanos, já que temos enormes porções de terra não populada, deve ser notado que na ► Novembro (11)
população de pico apenas metade do espaço da colônia estava sendo usado. Os camundongos
► Outubro (11)
tinham uma tendência de congregar e superpopular certos setores de espaço, algo comparável às
cidades modernas. ► Setembro (2)
► Agosto (10)
CASOS MODERNOS DE RALOS COMPORTAMENTAIS EM HUMANOS
► Julho (9)
É difícil comparar a utopia de ratos com o mundo humano porque, por motivos óbvios, não há ► Junho (5)
versão humana do experimento. Experiências são feitas sob condições controladas para mitigar
► Maio (12)
fontes de erro. Porém nós podemos comparar tendências adversas modernas na sociedade com o
ralo comportamental observado no experimento da utopia de roedores. Abaixo, alguns exemplos ▼ Abril (5)
de ralos comportamentais em humanos comparados com aqueles da utopia de ratos. Daniel James
Spaulding -
Condensação da População Individualis
mo vs.
Caso estudado: Alemanha (também aplicável a: Espanha, Japão) Person...
Mark Rok - A
O primeiro sinal de problema nas gaiolas era a aglomeração observada em algumas das unidades. Utopia dos
Ratos
Na Alemanha, os relatórios da Spiegel de um problema crescente de condensação populacional Aleksandr
em suas cidades grandes e de vilarejos fantasma em áreas rurais. Aluguéis estão sempre em alta Dugin - Por
em Munique e Hamburgo enquanto em outras cidades apartamentos ficam abandonados. que o
Fascismo
era(é)
Enquanto esse exemplo não é uma representação perfeita da utopia de ratos, nós podemos fazer incorr...
algumas comparações. A gaiola de ratos era compartimentada. Similarmente, a Alemanha é
dividida em diversas regiões, todas com amplos recursos. Na Alemanha, algumas regiões estão se Nina
Kouprianova
- Para Além
tornando mais populosas, isso é causado pela demanda de mão-de-obra em algumas regiões e a da Esquerda
falta da mesma em outras. e da Dire...
Mark Hackard
Previsão: Eu prevejo que conforme as cidades cresçam, alguns dos comportamentos observados - Philby e a
por Calhoun se tornarão aparentes. Esses incluirão inquietação social e taxas de fertilidade mais Traição do
baixas. Ocidente
► Março (2)
A condensação de população foi uma causa principal da inquietação na utopia de ratos. O tempo
nos dirá se será o caso na Alemanha. ► Fevereiro (3)
► Janeiro (9)
Despovoamento (insucesso em atingir a fertilidade de reposição)
► 2014 (85)
Fenômeno mundial.
► 2013 (106)
Caso estudado: República da Coreia (Coreia do Sul), Japão. ► 2012 (228)
► 2011 (533)
A maior correlação entre o experimento da utopia de ratos e os nossos tempos é o
despovoamento. ► 2010 (197)
O despovoamento levou à extinção dos camundongos. É fascinante, porém terrível pensar que
sem as dificuldades da vida, uma espécie não consegue sobreviver. Se pensarmos sobre isso de
uma perspectiva humana, nós vemos que a nossa luta por sobrevivência nos une como uma LEGIONARII
espécie. Sem obstáculos nossa vida se torna sem sentido e superficial.
Seguidores (258) Próxima
Se vermos a taxa de fertilidade da Coreia do Sul por mulher, que é de 1.24, podemos prever que
essa nação de 50 milhões de habitantes atingirá o pico por volta de 2017. De lá a população é
esperada para se reduzir a 42 milhões por volta de 2050.
A origem desse declínio é a falta de empregos e portanto a ausência da renda necessária para
criar crianças. Como em muitas outras nações, a escadaria do emprego está travada, já que as
pessoas se aposentam mais tarde. A Coreia do Sul, assim como o Japão, tinha um mercado de
trabalho em expansão que garantia empregos vitalícios. Infelizmente, não é mais o caso. O
trabalho das cidades atraiu muitos para fora do interior e criou uma concentração populacional em
cidades como Seul.
Fenômeno mundial.
A agressão é um aspecto óbvio em tanto a utopia de ratos quanto o caso da Ilha de Páscoa. É
também facilmente comparável com a nossa sociedade contemporânea. Enquanto a violência
sempre existiu entre nossa espécie, isso sempre foi atribuído a uma variedade de fatores como a
pobreza ou guerras entre as tribos (agressão causada pela falta de recursos) e não como um
resultado da condensação populacional (agressão apesar de recursos abundantes).
Os primeiros sinais de trabalho na utopia de ratos eram os camundongos machos lutando por
aceitação. Isso aparentemente levou à uma espiral de outros problemas sociais.
“...haviam três vezes mais camundongos jovens aspirando a entrar em grupos sociais do que
haviam vagas em grupos socialmente estabelecidos...”
A agressão é a causa do colapso social. Qual foi a causa da agressão? Como observado, a falta de
espaço, tanto fisicamente quanto socialmente, o que causa uma série de eventos que levaram ao
resultado de extinção.
Entre os camundongos macho, o espaço limitado e a explosão populacional fez com que os
machos lutassem mais para serem aceitados. Já que nem todos os camundongos podem ser
machos alfa, os perdedores se tornavam reclusos. Com machos em excesso lutando por
dominação, machos mais velhos desistiam, deixando as fêmeas para cuidar da família. Estas, por
sua vez, se tornariam cada vez mais agressivas, e algumas até atacaram as próprias crias.
Calhoun notou que conforme o tempo progredia “...as mães ficavam aquém de expectativas
maternais”. Em anos recentes houve um aumento crescente de casos de negligência e abuso
infantil por mães humanas que conseguiram chegar às manchetes nacionais. Não é difícil
especular que há muito mais que não ouvimos falar. Na Austrália, a polícia liberou estatísticas que
atribuem metade dos infanticídios às suas mães.
Já que esses são os casos mais notórios que a mídia publica, os menos extremos passam
desapercebidos, sub-informado ou nem informado na mídia (nas últimas décadas houve uma
série de matérias na mídia, que quando examinadas como um todo nos contam que as mulheres
estão começando a perder seus instintos naturais de criação). Nós sabemos que as mulheres em
nações desenvolvidas suprimem seus instintos maternais, ou intrinsecamente ou
extrinsecamente. Também está se tornando mais comum para as mulheres buscar uma vida
movida a sexo, algo também observado na utopia de ratos.
“...prematuramente rejeitados, primeiro por seus pais, então por suas mães, e finalmente por
grupos estabelecidos na sociedade, os jovens cresceram sem saber como se comportar,
pessoalmente ou socialmente, como camundongos...” – Tragedy in Mouse Utopia, Dir.J.R.
Valentine.
Papéis de gênero são vitais em uma espécie social, seu colapso leva à fertilidade abaixo da
reposição, despovoamento, e finalmente, extinção.
Isolamento
“Indivíduos apenas emergiriam para comer e dormir quando o resto estivesse dormindo.” Quando
li isso, a primeira coisa que veio à minha mente foram os Hikkikomori. É um termo utilizado para
se referir a um adolescente recluso que é introvertido demais para ser funcional na sociedade.
Esses jovens são tão socialmente ineptos que eles se trancam em ambientes fechados e só se
aventuram fora de casa {a noite para estocar mantimentos. Este é um fenômeno que ocorreu por
20 anos mas apenas recentemente está vindo à luz no Japão.
Porém essa tendência não é exclusiva ao Japão. O Japão é, porém, uma aproximação à utopia de
ratos assim como a Ilha de Páscoa. Sob stress, esses rapazes (e homens) foram debilitados por
uma sociedade estressada e disfuncional. A reclusão é uma causa do despovoamento e um efeito
de uma sociedade supra-estressada que em sua vez é causada pelo ralo comportamental.
Os Bonitões
Tem outro mal social no Japão que é comparável aos camundongos de Calhoun. Esses são os
comedores de grama (Soshoku kei Danshi) do Japão. O termo, “comedor de grama”, se refere aos
homens que não possuem interesse em se relacionar com o sexo oposto. A mídia e os MRA’s
confundiram esses caras com qualquer pré-concepções que eles tiveram. Por exemplo, o
documentário da BBC “No Sex please, we are Japanese”, explora o fenômeno com parcialidade e
jornalismo de má-qualidade. Para assegurar que não cairemos nos mesmos preconceitos,
permita-me reiterar que comedores de grama são homens que não têm interesse em
relacionamentos com o sexo oposto. Eles não são homossexuais, assexuais, otaku ou
Hikkikomori.
A diferença entre comedores de grama e Hikikomori é que os Soshoku kei Danshi estão desistindo
de relacionamentos e os hikkikomori estão desistindo de toda a sociedade. Comedores de grama
não são assexuais, eles preferem a vasta gama de pornografia disponível a eles. Muitos
comedores de grama, apesar de nem todos, são metrossexuais. Esses são caras que gastam
muito tempo e dinheiro em cuidados pessoais. Mais uma vez, isso não é aplicável a todos os
comedores de grama.
Na República da Coreia, 10% dos homens usam maquiagem. Em outras nações desenvolvidas, os
“bonitões” são as celebridades insípidas e superficiais e a juventude obcecada com o embelezar. É
possível que os comedores de grama podem se tornar uma causa de despovoamento que é
causada pelo ralo comportamental.
Conclusão
O experimento da utopia de ratos nos apresenta uma visão decidida de nosso presente e nosso
futuro. Conforme o tempo progride nós veremos mais evidências que estamos caminhando para
um declínio na população cuja causa principal é a decadência social.
Através da História nós desenvolvemos uma visão antropocêntrica do mundo. Isso é tolice.
Humanos são animais--animais altamente desenvolvidos--porém animais mesmo assim.
Independente do que pensamos de nós mesmos, ou do quanto tentarmos nos dissociar do resto
do reino animal, as regras da natureza que se aplicam aos camundongos se aplicam a nós. Não
aprender ou aceitar os resultados desses experimentos pode apenas ser prejudicial para nós
como uma espécie.
Animais sociais parecem ser regulados por fatores comportamentais intrínsecos. A questão é se
há um kill switch natural para uma espécie que não possui predadores. Calhoun concluiu que o
stress da interação social causou os distúrbios no comportamento de seus experimentos. Se nós
realmente nos destacamos do resto do reino animal, nós devemos ser capazes de evitar as
mesmas armadilhas. O que é certo é que a menos que humanos coletivamente façam um exame
de consciência, nós cairemos na ratoeira.
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