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HIBRIDAÇÃO NO

MELHORAMENTO GENÉTICO
DE PLANTAS
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS

• Toda planta alógama é um híbrido

• População alógama – mistura de muitos híbridos


(bons e ruins)

• Principal aplicação da hibridação em alógama


• Cultivares híbridas
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS

Cultivares Híbridas – possuem a característica de


tirarem proveito de

Heterose - superioridade de híbridos


individuais comparados com seus progenitores

Homeostase – maior capacidade de se adaptar


ao ambiente
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Heterose

A performance do híbrido em relação a seus


progenitores pode ser expressa de duas formas:

Heterose em relação ao Prog. Médio

HPM = F1 – PM x 100
PM

Heterose em relação ao Prog. Superior


HPS = F1 – PS x 100
PS
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS

Hipóteses Explicativas de Heterose

Hipótese de Dominância – heterose é causada


por dominância completa ou parcial em um grande
número de locos no mesmo indivíduo;

AAbbCCdd x aaBBccDD

AaBbCcDd
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS

Hipóteses Explicativas de Heterose

Hipótese de Sobre-dominância – heterozigoto é


superior a ambos progenitores homozigotos, esta
hipótese também é conhecida como interação alélica,
estímulo fisiológico ou heterozigosidade.

Aa > AA
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS

Hipóteses Explicativas de Heterose

Epistasia – interação entre alelos de mais de um loco


que pode resultar em performance superior àquela de
locos independentes

* epistasia tem demonstrado ser muito menos


importante que a dominância
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Homeostase

Causas:

maior quantidade de genes dominantes

 maior número de gens → diversos locos com


diferentes alelos.
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS

Cultivares Híbridas

DESVANTAGENS

Maior custo de sementes

Necessidade de comprar sementes todo o ano

Erosão genética
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Tipos de Híbridos
1. “TOP CROSS”

Linhagem X Cultivar (população)


testador

Sem valor comercial

Usado para avaliação de linhagens


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Tipos de Híbridos
2. HÍBRIDO SIMPLES

Linhagem A X Linhagem B

Em geral é o tipo mais produtivo – exploração máxima da


heterose

Grande uniformidade (plantas e espigas)

Custo de semente elevado


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Tipos de Híbridos
3. HÍBRIDO SIMPLES MODIFICADO
Linhagens
Originadas da
Mesma progênie

Linh. A x Linh. A’ Linh. B x Linh. B’

Linhagens
Originadas da
Mesma progênie AA’ X BB’
(Híbrido simples) (Híbrido simples)

(AA’)(BB’)
(Híbrido duplo)

Custo de Semente mais baixo


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Tipos de Híbridos
4. HÍBRIDO TRIPLO
Híbrido Triplo
Modificado

Linh. A x Linh. B Linh. C x Linh. C’

AB X Linh. C
(Híbrido simples)
Deve produzir
(AB)C Pólen suficiente
(Híbrido Triplo)

Bastante uniforme
Requer dois anos para ser produzido → a partir de
linhagens
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Tipos de Híbridos
5. HÍBRIDO DUPLO
Linhagens
Originadas da
Mesma população

Linh. A x Linh. B Linh. C x Linh. D

Linhagens
Originadas da
Mesma população AB X CD
(Híbrido simples) (Híbrido simples)

(AB)(CD)
(Híbrido duplo)
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Tipos de Híbridos
5. HÍBRIDO DUPLO

(AB)(CD)
(Híbrido duplo)

É o híbrido mais utilizado em milho


Requer dois anos para ser produzido → a partir de
linhagens
1º ano: produção dos híbridos simples:
AxB e CxD

2º ano: produção do híbrido duplo:


AB X CD
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Tipos de Híbridos
6. HÍBRIDO MÚLTIPLO

São usadas seis, oito ou mais linhagens;

Sem muita expressão comercial;

Vantagem – alta variabilidade;

Gerações avançadas → fonte de novas linhagens.


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Tipos de Híbridos
7. HÍBRIDO INTERVARIETAL (INTERPOPULACIONAL)

Primeiro tipo de híbrido usado no início do século XX;

Quanto mais diferentes os pais (populações),


melhores as F1s;

Vantagem – alta variabilidade;

Gerações avançadas → fonte de novas linhagens.


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento de Cultivares Híbridas

CULTIVARES HÍBRIDAS

representam a progênie F1 do cruzamento que pode


envolver linhagens endogâmicas, clones, ou
populações. Sendo o mais comum é do cruzamento
entre linhagens endogâmicas.
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento de Cultivares Híbridas
Passos na produção de Cultivares Híbridas:

a. Formação de uma População Segregante:

b. Desenvolvimento e obtenção de Linhagens: através de auto-


fecudações sucessivas com o uso de diversos métodos
ou Melhoramento de Linhagens

c. Avaliação da linhagem “per se”

d. Avaliação da Capacidade Geral de Combinação e Capacidade


Específica de Combinação das linhagens selecionadas

e. Predição do Comportamento de Híbridos Duplos e Triplos

f. Manutenção e Multiplicação de Linhagens


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Formação de uma População Segregante

- Populações Naturais ou Cultivares de Polinização


Aberta;

- Cruzamentos entre linhagens endogâmicas;

- Populações derivadas por Seleção Recorrente.


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens

Sucesso depende do material inicial utilizado


(populações segregantes melhoradas)

- sempre serão trabalhadas duas (ou +) populações


paralelamente;

- alta variação genética;

- alta frequência de alelos favoráveis.


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
1. MÉTODO PADRÃO

Procedimento similar ao método genealógico usado


em autógamas

1º Passo – escolhas das populações básicas;


→ variabilidade

→ bons atributos (alelos favoráveis):


- produtividade;
- características agronômicas.
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Seleção de Plantas


pelo Fenótipo pelo Fenótipo
x x x x x x x x x x Plantas x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x Selecionadas são x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x Autofecundadas x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Seleção entre e
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X dentro de Família S1 X X X X X X X X X X X X X X
Ger. X X X X X X X X X X X X X X X e autofecundações X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
S1 X X X X X X X X X X X X X X X para produzir X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X Geração S2 X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X Ger.
X X X X X X X X X X X X X X X X X S2
X X X X X X X X X X X X X X X X X
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
1. MÉTODO PADRÃO
- Ciclos de Seleção entre e dentro de famílias com
autofecundação das plantas selecionadas se repetem até as
gerações S6 ou S7;
- Controle da genealogia a cada geração;
- A partir da segunda geração de auto-fecundação(S2)
é comum a ocorrência de perda de vigor em função da
depressão endogâmica;
para diminuir este problema é recomendável que ao invés de
autofecundações sejam realizados cruzamentos entre plantas da
mesma família
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
1. MÉTODO PADRÃO
- Ciclos de Seleção entre e dentro de famílias com
autofecundação das plantas selecionadas se repetem até as
gerações S6 ou S7;
Sendo a proporção máxima de herozigose em uma população
em equilíbrio
2pq = 0,5
Em seis gerações:
Heteroz. em S6 = 0,5 x (1/2)6 = 0,78%

Mais de 99% de homozigose


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
1. MÉTODO PADRÃO
- Controle da genealogia a cada geração;
- A partir da segunda geração de auto-fecundação(S2)
é comum a ocorrência de perda de vigor em função da
depressão endogâmica;
para diminuir este problema é recomendável que ao invés de
autofecundações sejam realizados cruzamentos entre plantas da
mesma família

- Linhagens serão avaliadas para CGC e CEC apenas


no final do processo;
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
2. MÉTODO DA COVA ÚNICA

Procedimento similar ao método SSD usado em


autógamas

1º Passo – escolhas das populações básicas;


→ variabilidade

→ bons atributos (alelos favoráveis):


- produtividade;
- características agronômicas.
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Seleção de Plantas


pelo Fenótipo pelo Fenótipo
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x Plantas x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x da população são x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x Autofecundadas x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

De cada planta 3 a 4 Uma planta em cada


De cada planta 3 a 4
Ger. sementes serão cova será sementes serão
S1 plantadas em uma autofecundada para plantadas em uma
única cova originar a próxima única cova
geração

Após S2 devido a depressão endogâmica poderá ser necessário realizar


cruzamento entre plantas na mesma cova ao invés de autofecundar
uma delas
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
2. MÉTODO DA COVA ÚNICA

- da mesma forma que o SSD este método tem por


fundamento a representatividade genética da população
original, sendo as avaliações realizadas apenas em S6 ou S7;

- diminui a necessidade de espaço;

- Linhagens serão avaliadas para CGC e CEC apenas


no final do processo;
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
3. MÉTODO DOS HÍBRIDOS CRÍPTICOS

- Método trabalhoso;

- Linhagens testadas para Capacidade de Combinação


ao mesmo tempo que são autofecundadas;

- Linhagens para produção de híbridos precisam ter


alta Capacidade de Combinação;

- Método adequado para populações prolíficas (plantas


produzindo 2 ou mais espigas)
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Seleção de Plantas


com duas espigas com duas espigas
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
PLANTA SELECIONADA NA POPULAÇÃO BÁSICA

Autofecundada Progênies S1 das


plantas selecionadas
Darão continuidade

Polinizada com Progênies de meios


Um testador Irmãos - ensaio de avaliação
Linhagem Para Capacidade de combinação
ou população

Plantas selecionadas na avaliação para capacidade de combinação


terão suas progênies S1 mantidas, ou seja darão origem a geração S2
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Apenas espigas Seleção de Plantas


pelo Fenótipo autofecundadas das pelo Fenótipo
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
plantas
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x selecionadas quanto a x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x sua Capacidade de x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x Combinação são x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
plantadas na
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
população S1

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Seleção entre e dentro
Ger. X X X X X X X X X X X X X X X
de Família S1 de
X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
S1 X X X X X X X X X X X X X X X Plantas com duas X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X
espigas X X X X X X X X X X X X X X
PLANTA SELECIONADA NA POPULAÇÃO S1

Autofecundada Progênies S2 das


plantas selecionadas
darão continuidade

Polinizada com Progênies de meios


Um testador Irmãos - ensaio de avaliação
Linhagem Para Capacidade de combinação
ou população

Plantas selecionadas na avaliação para capacidade de combinação


terão suas progênies S2 mantidas, ou seja darão origem a geração S3
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Seleção de Plantas


pelo Fenótipo pelo Fenótipo
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Apenas espigas
autofecundadas das
X X X X X X X X X X X X X X X plantas X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X selecionadas quanto a X X X X X X X X X X X X X X
Ger. X X X X X X X X X X X X X X X
sua Cap. Comb. são X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
S1 X X X X X X X X X X X X X X X plantadas na X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X população S2 X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X Seleção entre e Processo repetido nas
X X X X X X X X X X X X X X X X X dentro de Família S2 duas populações até
X X
Ger.
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X de Plantas com duas atingir a geração S6
X X X X X X X X X X X X X X X X X espigas
S
X 2X X X X X X X X X X X X X X X X
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
3. MÉTODO DOS HÍBRIDOS CRÍPTICOS

* com o avanço da endogamia prolificidade diminui


(mas semelhança entre plantas da mesma família aumenta)

A partir da segunda geração (S2)


→ variância dentro da linha diminui
→ seleciona-se a linha
→ uma planta é autofecundada e
→ outra é cruzada com o testador
→ seguir desta forma até S6
→ pode-se deixar algumas gerações sem avaliar
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
3. MÉTODO DOS HÍBRIDOS CRÍPTICOS

•Método trabalhoso e dispendioso

•Garante linhagens com alta Capacidade de Combinação

•Pode se aplicado em duas populações de forma recíproca:


•População 1 tem como testador a população 2 e
•População 2 tem como testador a população 1

* Quando o testador é uma linhagem chama-se


MÉTODO DA SELEÇÃO ZIGÓTICA
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens
4. MÉTODO DA SELEÇÃO GAMÉTICA

•Baseado no Método dos Híbridos Crípticos

•Usado para selecionar uma linhagem para um híbrido duplo


já existente

(A x B) x (C x D)
linhagem a ser substituída
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Seleção de Plantas


com duas espigas com duas espigas
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
(A x B) x (C x D)

PLANTA SELECIONADA NA POPULAÇÃO BÁSICA

Autofecundada Progênies S1 das


plantas selecionadas
darão continuidade

Polinizada com Progênies de meios


testador Irmãos - ensaio de avaliação
Linhagem B Para Capacidade de combinação

Um “Híbrido Duplo”
correspondente a cada
Híbridos são cruzados com híbrido C x D
progênie autofecundada

“Híbridos” são testados em ensaio em que o híbrido


(AB)x(CD) é testemunha

Plantas selecionadas nesta avaliação para capacidade de combinação


terão suas progênies S1 mantidas, ou seja darão origem a geração S2
População População
Básica 1 Básica 2

Seleção de Plantas Apenas espigas Seleção de Plantas


pelo Fenótipo autofecundadas das pelo Fenótipo
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
plantas
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x selecionadas quanto a x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x sua Capacidade de x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x Combinação com o x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x
híbrido C x D são x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
plantadas na
população S1
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Seleção entre e dentro
Ger. X X X X X X X X X X X X X X X
de Família S1 de
X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
S1 X X X X X X X X X X X X X X X Plantas com duas X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X
espigas X X X X X X X X X X X X X X

Processo repetido até S6


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens

5. MONOPLÓIDES

Monoplóides – indivíduos com apenas um conjunto


cromossômico

* Ocorrem naturalmente em milho


- frequência muito baixa
- depende do genótipo
- baixo desenvolvimento inicial
- não chegam a idade adulta
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens

5. MONOPLÓIDES
Observação de um nº muito grande de plantas
Seleção das plantas mais raquíticas

Confirmação com contagem de cromossomos

Duplicação dos cromossomos – colchicina

PLANTAS HOMOZIGOTAS
(Linhagens isogênicas)
100% homozigotas
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Desenvolvimento e Obtenção de Linhagens

6. USO DE CULTURA DE TECIDOS


Cultura de células haplóides: Pólen
Óvulo
Anteras
Objetivo → Linhagens Isogênicas
Problema - dificuldade de sobreviver (depressão endogâmica)
Vantagem – rapidez com que se atinge a homozigose

Só é válido se forem obtidas linhagens em


número suficiente para serem testadas
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens

1. MÉTODO DOS RETROCRUZAMENTOS


Processo semelhante ao usado em autógamas

•Transferência de genes específicos (carácter qualitativo) ou


citoplasma machoestéril para as linhagens;

•Progenitor Recorrente é a Linhagem a ser Melhorada.

Eficiente para um ou mais caracteres


monogênicos
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens
1. MÉTODO DOS RETROCRUZAMENTOS
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens

1. MÉTODO DOS RETROCRUZAMENTOS


Linh. A Linh. S
Citoplasma
fértil
X Citoplasma
machoestéril

Linh. A X Hibr. AS 50% A


Citoplasma Citoplasma
50% F
fértil machoestéril

Hibr. AAS 75% A


Citoplasma
50% F
machoestéril
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens

1. MÉTODO DOS RETROCRUZAMENTOS


75% A
Linh. A Hibr. AAS 50% F
Citoplasma X Citoplasma
fértil machoestéril

Linh. A
Repetir até:
Citoplasma
machoestéril
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens

2. MELHORAMENTO CONVERGENTE

Retrocruzamentos em paralelo

Finalidade: produzir duas linhagens com


características semelhantes para uso em híbridos
modificados
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens

2. MELHORAMENTO CONVERGENTE

LA x LB

LA x HAB x LB
LA x RC1A RC1B x LB
LA x RC2A RC2B x LB
RCNA RCNB
autofecundações autofecundações
LA’ LB’
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Melhoramento de Linhagens

3. MÉTODO DA SELEÇÃO GAMÉTICA

Já descrito como método de desenvolvimento de


linhagens
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Como avaliar uma linhagem?

Produto comercial é o Híbrido

A forma ideal de avaliação de linhagens é a


partir dos híbridos que ela produz

Capacidade de Combinação
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Número de Híbridos Possíveis


Nº Linhagens Híbridos Híbridos Híbridos Top Cross
Simples Simples Duplos
5 10 30 15 5

10 45 360 630 10

100 4.950 485.100 11.763.623 100

. . . . .
. . . . .
n [n(n-1)] (n)(n-1)(n-2) (n)(n-1)(n-2)(n-3) n
2 2 2
Top Cross
avaliação de linhagens para CGC
linhagens
testador

* Linhagens são despendoadas


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Processo Utilizado

Linhagens
(obtidas por desenvolvimento ou melhoramento)

“Top Cross” (ou test cross)
Avalia CGC das linhagens

Seleção das linhagens com melhor CGC
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Processo Utilizado

linhagens com melhor CGC



Cruzamentos Dialélicos
ou
Fatoriais Genéticos
(estimam CGC e CEC)

Híbridos formados a partir do comportamento
dos Híbridos Simples
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Cruzamento Dialélico

Cruzamentos de um grupo de linhagens (ou outros


materiais) em todas as combinações possíveis.
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Cruzamento Dialélico
A B C D E F G
A X
AB AC AD AE AF AG
B X
BC BD BE BF BG
C X
CD CE CF CG
D X
DE DF DG
E X
EF EG
F X
FG
G X
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Fatorial Genético

Cruzamentos entre dois grupos de materiais,


Sem cruzamentos dentro dos grupos

Aplicação – avaliação de linhagens de populações diferentes


para produção de híbridos simples e híbridos duplos
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Avaliação de Linhagens

Fatorial Genético
A B C D E F G
T TA TB TC TD TE TF TG
U UA UB UC UD UE UF UG
V VA VB VC VD VE VF VG
W WA WB WC WD WE WF WG
X XA XB XC XD XE XF XG
Y YA YB YC YD YE YF YG
Z ZA ZB ZC ZD ZE ZF ZG
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos

Como avaliar um Híbrido Duplo a partir de


Híbridos Simples?
JENKINS (1934) – observou que a melhor forma de
avaliar um Híbrido Duplo é a partir dos 4 Híbridos
Simples não parentais entre as linhagens que os
constituem:

HD(AB)(CD) = [(AxC)+(AxD)+(BxC)+(BxD)]
4
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos

Como avaliar um Híbrido Triplo a partir de


Híbridos Simples?

A melhor forma de avaliar um Híbrido Triplo é a


partir dos 2 Híbridos Simples não parentais entre as
linhagens que os constituem:

HT(AxB)C = [(AxC)+(BxC)]
2
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos
Sendo Híbridos simples obtidos a partir de
Cruzamentos Dialélicos:

A B C D E F
A 6.500 7.000 6.000 8.000 7.800

B 6.000 6.500 7.000 6.800

C 7.000 9.000 8.000

D 7.000 6.000

E 7.000

F
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos
Sendo Híbridos simples obtidos a partir de
Cruzamentos Dialélicos:
Híbrido Duplo
HD(AB)(CD) = [(AxC)+(AxD)+(BxC)+(BxD)]
4

HD(AB)(CD) = [(7.000)+(6.000)+(6.000)+(6.500)]
4

HD(AB)(CD) = 6.375
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos
Sendo Híbridos simples obtidos a partir de
Cruzamentos Dialélicos:
Híbrido Triplo

HT(AxB)C = [(AxC)+(BxC)]
2
HT(AxB)C = [(7.000)+(6.000)]
2

HT(AxB)C = 6.500
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos
Sendo Híbridos simples obtidos a partir de
Fatoriais Genéticos:

A B C D

T 5.000 6.000 6.500 7.600

U 8.000 7.000 7.800 6.500

V 6.000 9.000 7.000 7.600


HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos
Sendo Híbridos simples obtidos a partir de
Fatorial Genético:
Híbrido Duplo
HD(AB)(TV) = [(AxT)+(AxV)+(BxT)+(BxV)]
4
HD(AC)(TV) = [(5.000)+(6.000)+(6.000)+(9.000)]
4

HD(AB)(TV) = 6.750
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Previsão do Comportamento de Híbridos
Sendo Híbridos simples obtidos a partir de
Cruzamentos Dialélicos:
Híbrido Triplo

HT(AxB)T = [(AxT)+(BxT)]
2
HT(AxB)T = [(5.000)+(8.000)]
2

HT(AxB)T = 6.500
HIBRIDAÇÃO EM PLANTAS ALÓGAMAS
Manutenção e Multiplicação de Linhagens
Diversos cuidados devem ser tomados para evitar
contaminação das linhagens com pólen indesejável, devem
ser tomadas para que fiquem geneticamente inalteradas:

→plantio em áreas isoladas, de outros genótipos e entre si:


isolamento espacial – áreas isoladas
± 500 m – dependendo da circulação do vento
- uso de quebra ventos.

isolamento temporal – plantio defasado a fim de


evitar a coincidência de florescimento.

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