You are on page 1of 7

ESPREITAR OS CONTEÚDOS > 5º ANO > HISTÓRIA GEOGRAFIA DE PORTUGAL ­ 5º ANO     

1.2) CARACTERÍSTICAS NATURAIS DA PENÍNSULA IBÉRICA


O RELEVO
Mapas Hipsométricos – Um mapa Hipsométrico é uma representação de um país (ou zona de um país), de um continente ou do mundo em relevo. Esse relevo é apresentado numa
escala gradual de cores (verde para altitudes mais baixas, castanho para as altitudes mais altas). Também aparece uma escala de cores entre o branco e o azul. Essa é a escala que
descreve as águas que cercam o território. O mapa hipsométrico permite­nos observar as diferentes altitudes do seu relevo. Cada escala tem a sua própria altitude. O verde representa
altitudes a partir de 0 metros até 500 metros. A partir de 1500 metros a cor já é castanha.

A Península Ibérica está na sua maior parte a mais de 500 metros de altitude, como se verifica com a Cordilheira Central, a Cordilheira Cantábrica, a Cordilheira Ibérica e a Cordilheira
Bética. Os Pirenéus são um conjunto de montanhas que limitam a Península Ibérica.

O Relevo em Portugal
Existem diferentes formas de relevo:

Planícies – grandes superfícies de terreno de forma plana e com altitude inferior a 200 metros.
Planaltos – Extensão de terreno de forma aplanada que varia entre 200 e 1000 metros.
Montanhas – Elevações superiores a 1000 metros.
Vales – superfícies planas entre montanhas.

Principais contrastes de Relevo em Portugal ­ A Norte do Rio Tejo dominam as áreas montanhosas e os planaltos. A Serra da Estrela é o ponto mais alto, com 1993 metros de altitude.
No Sul predominam as planícies, tais como a Lezíria Ribatejana e Alentejo,  e as pequenas elevações como a serra de Monchique e Arrábida.

  

Mapa Isométrico de Portugal

AS COSTAS PORTUGUESAS
A linha de costa portuguesa varia de acordo com o tipo materiais rochosos que a constituem. A costas de Portugal são essencialmente de dois tipos:

 
 
 

                                              Costas Portuguesa

 A linha de costa portuguesa varia de acordo com o tipo materiais rochosos que a constituem. A costas de Portugal são essencialmente de dois tipos:

Costa de Arriba (Alta e Escarpada) ­ Relevo alto, com formações rochosas mais resistentes à erosão marinha ( Espinho, Estremadura Meridional, Sudoeste Alentejano e Barlavento
Algarvio).
Costa de Praia (Baixa e Arenosa) ­ Relevo baixo, onde as formações rochosas são menos resistentes.

Altitude Negativa e Altitude Positiva.


A Altitude é medida em linha vertical, a partir do nível médio do mar e a distância (em metros) de um determinado ponto, como se vê na ilustração em baixo.

  

A Altitude positiva é aquela que se encontra acima do nível das águas do mar (a). Já a Altitude Negativa é aquela que se encontra abaixo dele (b).
A cada 150 metros, a temperatura diminui 1 Grau Célsius. É por isso que os lugares mais altos da Terra são os mais frios.

OS PRINCIPAIS RIOS
A maioria dos principais rios portugueses têm a sua origem em Espanha (Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana). Nascem neste país e desaguam no Oceano Atlântico. Os rios que
nascem no nosso país são o Mondego, Zêzere, Sado, Vouga, Cávado e Ave. Alguns rios não desaguam no Oceano Atlãntico. É o caso do Zêzere que desagua no Tejo e o Tâmega que
termina no Douro.
A maioria dos rios não servem para a navegação, com exceção do Tejo, alguma parte do Guadiana e do Douro.

A maior parte dos grandes rios da Península Ibérica (Douro, Tejo, Guadiana e Guadalquivir) desaguam no oceano Atlântico, isso acontece porque nascem nas montanhas que se situam
inclinadas para Oeste.

Rede Hidrográfica – Chama­se rede hidrográfica ao conjunto dos rios afluentes e subafluentes que desaguam num rio principal.

  

Rede Hidrográfica: 1)Rio principal (onde os outros vão afluir); 2)Rio afluente     (nasce num local diferente do rio principal mas vai afluir nele); 3)Rio subafluente ( nasce num lugar
diferente do rio 1 e 2 mas desagua no 2  e, por fim, vai afluir no rio principal).

Bacia Hidrográfica ­  Também chamada Bacia de Drenagem é a área que rodeia a Rede Hidrográfica. A linha que vemos na imagem em baixo representa as zonas de maior altitude.
Dentro delas a água da chuva é acumulada e acrescentada à Rede Hidrográfica.
 

Uma bacia hidrográfica funciona como uma grande cova. A linha que contorna a rede hidrográfica (na imagem acima) chamada Divisor de Águas ou Interflúvio. A água da chuva cai na
bacia e fica dentro desta «cova». Assim, a água dos rios é aumentada pelas águas da chuva.

  

                                    Bacias Hidrográficas

Nesta imagem vemos duas bacias hidrográficas, separadas pelo Interflúvio. Cada uma tem a sua rede hidrográfica, com o seu rio principal, afluente e subafluente. Quando chove a
água escoa. A maior parte fica dentro da terra (Escoamento subterrâneo). Outra parte fica na superfície (Escoamento superficial) e vai juntar­se à água dos rios (Confluência). O rio,
agora maior, desce pelo vale e desagua no Oceano.

O Caudal é a quantidade e volume de água que atravessa por segundo uma secção do rio. É medida em metros cúbicos por segundo (m3/s).

Norte de Portugal – Dominado por zonas montanhosas. Grande pluviosidade. Os caudais são mais grossos e mais abundantes e profundos. O escoamento subterrâneo cria grandes
quantidades de água debaixo de terra (lençóis de água).

Centro e sul de Portugal – Quase todo o Centro é dominado pela bacia do Tejo (a castanho) que é caracterizada por grandes altitudes. A sul do Tejo a paisagem é cada vez mais
dominada por vales e planícies. A temperatura também aumenta e a pluviosidade diminui. Os caudais dos rios são mais finos e mais baixos. Muitas vezes a água não consegue escoar
para debaixo de terra e, por essa razão, quase não existem lençóis de água.

                 Bacias hidrográficas da Península Ibérica

A maior parte das principais bacias hidrográficas portuguesas estão ligadas à Espanha.

O CLIMA
Clima e Tempo – Muitas pessoas confundem «Clima» com «Tempo». Não são a mesma coisa.
O Tempo está ligado ao estudo das condições atmosféricas de um local num curto espaço de tempo.
O Clima está ligado ao estudo das variações do tempo de um local durante um período de duração mais longa, geralmente de 30 em 30 anos. É o resultado de anos contínuos de
análises aos fenómenos atmosféricos que depois são comparados e medidos.
No estudo do Tempo e do Clima são estudados os seguintes fenómenos meteorológicos:
Temperatura – Medida em graus Celcius ou Kelvin ou, em certos lugares, Farenheit. O termómetro é o utensílio de medição utilizado.

Termómetro

Precipitação – Mede a quantidade e volume da chuva, (pluviosidade) em «mm». O instrumento de medição é o Pluviómetro.
  

  

         Pluviómetro

Vento – Estudo das massas de ar na atmosfera, cuja pressão é medida através da «Escala de Beaufort» em metros e kilómetros. Para se medir os ventos utiliza­se um Anemómetro 

      Anemómetro

Humidade – Quantidade de vapor de água na atmosfera, que é medida em «Milibares» através de um Higrómetro ou Psicrómetro.

  

               Hifrómetro

Pressão – Estudo da dinâmica das moléculas de ar sobre a superfície. Quando maior for a força do ar num ponto da superfície, maior a pressão. Tem várias medidas, sendo as mais
usadas a polegada (mmHg) e a atmosfera (atm).  O instrumento  utilizado é o Barómetro.

Barómetro

Existem diferentes zonas climáticas da Terra e, portanto, diferenças entre as estações do ano.
A zona próxima do Equador é a zona mais quente da Terra.
Junto aos polos são as zonas climáticas mais frias. 
Entre o Equador e os polos existem as zonas de clima temperado, onde está situada a península Ibérica   

AS REGIÕES CLIMÁTICAS
Na Península Ibérica existem regiões com características climáticas diferentes:

Clima Temperado Marítimo – Norte e Noroeste da Península; a precipitação anual é abundante; os verões são frescos e os invernos são amenos.
Clima Temperado Continental – Abrange a região do Interior; a precipitação anual é fraca; os verões são muito quentes e secos e os Invernos muito frios.
Clima Temperado Mediterrânico – Encontra­se na região sul; a precipitação anual é fraca; as temperaturas no Inverno são suaves e elevadas no Verão.
O clima de Portugal continental é Mediterrânico. Os climas mediterrânicos mudam gradualmente ao longo do ano, com 4 estações bem definidas, de 3 em 3 meses.

Primavera e verão – Estações ensolaradas, com temperaturas altas em julho e agosto. Na maior parte da região Sul as temperaturas podem subir até aos 42 graus. No Norte do país os
Verãos são amenos chegando apenas aos 25 graus.
Outono e inverno – Estações ventosas, com muita chuva. São mais frios a norte (com neve e temperaturas negativas, na ordem dos 10 graus negativos). O Sul português nunca
temperaturas muito baixas. Em situações especiais descem para 2 graus e muito raramente descem para 0.
 

  

 
 

Precipitação – Tal como a luz e a temperatura a precipitação (Chuva) é diferente ao longo do nosso país. A média anual é de 3000 mm nas montanhas do norte e menos de 600 mm em
zonas do sul.

  

  

Neve – Cai essencialmente no norte em quatro distritos: Vila Real, Viseu, Bragança e Guarda. Estas zonas presentam temperaturas de 25 graus negativos nos meses mais frios, sendo
a Serra da Estrela, Gerês e Montesinho as localidades mais frias do país durante o inverno. Aqui os nevões podem durar meses, de outubro a maio.
Luminosidade ­ Portugal tem uma média de 2500–3200 horas de sol por ano ( 4 a 6 horas no inverno e 10 a 12 horas no verão).

A VEGETAÇÃO NATURAL
A vegetação na Península Ibérica é muito variada, mas é diferente de região para região:
No Noroeste temos com maior frequência o pinheiro, no oeste litoral, o carvalho, no este interior, a oliveira e no sul interior, o sobreiro.

A Península Ibérica está dividida em três regiões:

Atlântica (Norte e parte do Centro) – Temperaturas mais frias, humidade intensa, muita precipitação, Verãos amenos e Invernos muito frios. Clima Marítimo.
Interior(Essencialmente no Centro) – Invernos muito frios e Verãos muito quentes, pouca precipitação. Clima Continental
Mediterrânica (Sul) – Verãos quentes, Invernos suaves, pouca precipitação. Clima Temperado.

As duas primeiras regiões fazem parte da chamada Ibéria Húmida ( Portugal, Galiza, Astúrias, Cantábria, País Basco e Pireneus. Espécies de folha caduca (a folha cai no outono e
inverno).
A última região é, também, conhecida como Ibéria Seca ( resto da Península e as Ilhas Baleares, que pertencem à Espanha). Espécies de folha perene (a folha não cai durante todo o
ano) e espécies arbustivas (arbustos, ervas aromáticas).
 

  

Ilha – Porção de terra roadeada de água por todos os lados.
Arquipélago – Conjunto de ilhas ou ilhéus reunidas numa única zona aquática.

  

  

                                      Açores e Madeira

ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES


Situados a Atlântico Nordeste, os Açores são um arquipélago com 9 ilhas de origem vulcânica: Corvo, Flores, Faial, Graciosa, Pico, São Jorge, Terceira, Santa Maria e S. Miguel. Estas
ilhas estão organizadas em três grupos:

Ocidental (Flores e Corvo)
Central ( Faial, Graciosa, Pico, São Jorge, Terceira)
Oriental (Santa Maria, São Miguel)

Clima, Vegetação, Fauna e Relevo dos Açores


Para além das árvores as ilhas também têm muitas espécies arbustivas com muitos fetos à mistura, também eles endémicos.

Clima ­ Temperado e húmido (humidade média de 75%). As temperaturas que vão desde os 13°C no inverno e 24°C no verão, porque a Corrente do Golfo está muito próxima. Graças a
esta corrente as águas têm temperatura média entre os 17°C e os 23°C.
Vegetação e Fauna ­ As ilhas açorianas são ecossistemas fechados por causa do seu isolamento. A maior parte da vegetação das ilhas açorianas é endémica, ou seja, exclusiva do
lugar.  O mesmo se passa com a fauna. Há espécies de insetos, aracnídeos, crustáceos e aves que só existem nas ilhas e em mais nenhum lado. Há uma espécie de morcego
«açoriano» que só existe no arquipélago.

  

Azorina Vidalii, um dos "fósseis vivos" dos Açores

ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA
Situado no Oceano Atlântico, o Arquipélago da Madeira fica a sudoeste de Lisboa (a 1000 km) e a 500 km da costa africana, perto do Estreito de Gibraltar. O arquipélago já faz parte da
plataforma de África. No entanto, o arquipélago é considerado «europeu» porque é uma região portuguesa tal como os Açores.

  

              Arquipélago da Madeira

Ilha da Madeira.
Ilha de Porto Santo
Ilhas Desertas ­ três ilhas desabitadas (Deserta, Grande, Bugio) e um ilhéu deserto ( Chão).
Ilhas Selvagens ­ três ilhas e 16 ilhéus desabitados.

Tal como os Açores, as ilhas da Madeira são de origem vulcânica.
Apenas duas ilhas são habitadas (Madeira e Porto Santo). As restantes ilhas são reservas naturais.

Relevo
Ilha da Madeira ­ Relevo acidentado, com picos muito altos ( o mais alto é Pico Ruivo ­1862 m).  A ocidente encontramos uma região planáltica. Devido ao seu relevo muito acidentado, a
ilha da Madeira tem climas isolados (micro­climas) que existem dentro de zonas quase fechadas pelas montanhas.
Ilha de Porto Santo ­ Plana, vegetação rasteira (quase ao nível do Solo), com solo arenoso.

Costas
Ilha da Madeira ­ Costas estreitas de arribas altas com grandes metros.
Porto Santo. As costas são arenosas e é por isso que a ilha de Porto Santo é famosa pelas suas praias.
Ilhas Desertas e Selvagens ­ Costas escarpadas.

Clima
Ilha da Madeira e Porto Santo ­ Ameno, varições térmicas idênticas às dos Açores.
Ilhas Desertas e Selvagens – Quente e seco durante o dia, frio e seco durante a noite.  Ventos fortes, com fortes rajadas.

Vegetação e Fauna
Uma grande parte do Arquipélago é protegido e não pode ser tocado. As ilhas desertas têm vegetação endémica: a foca mais rara do mundo (Lobo­Marinho), por exemplo e espécies de
plantas muito raras que já só crescem no arquipélago.

  

                                          Laurissilvas

Exemplo disso é a Laurissilva, considerado um «fóssil vivo». É a última sobrevivente de uma espécie de planta que existiu em abundância nas florestas húmidas da Europa, há milhões
de anos.

Caracóis de Porto Santo. Só crescem aqui

2015 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS HTTP://WWW.JAPASSEI.PT/PT

You might also like