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Introdução 02

História 03

Características 04

Cerâmica
Tradicional 05
Artística 07
Industrial 09
Revestimento 11
Branca 12
Derivados 14

Conclusão 15

Bibliografia 16
A cerâmica é um dos materiais de mais antigo conhecimento arqueológico, existindo achados
arqueológicos desde o Neolítico. Ao longo dos séculos a sua utilização é ampliada largamente,
deixando de ser meramente direccionada unicamente para a funcionalidade, abrangendo outros
campos como a decoração ou estética.

A classificação tradicional da cerâmica baseia‐se na estrutura atómica e química dos materiais,


nascendo de uma combinação de elementos metálicos e não metálicos, como óxidos, nitretos e
carbonetos. Estes têm propriedades eléctricas como isolantes de alta‐voltagem e calor, sendo
também resistentes a altas temperaturas e ambientes severos. A cerâmica apesar de ser um
material duro, é extremamente frágil, em diversas ocasiões, como o transporte ou montagem de
determinadas peças mais frágeis.

Cerâmica abrange todos os objectos elaborados a partir de argila cozida. A partir da combustão
do barro ocorre a transformação em cerâmica. A palavra surge a partir do grego "kéramos”,
"terra queimada" ou “argila queimada”, sendo a forma de concepção da cerâmica.
A cerâmica persistiu até aos nossos dias vinda de tempos muito antigos, sendo actualmente
utilizada em diversas peças que constituem o nosso quotidiano.

Desde os primórdios, que a maioria das culturas existentes no planeta utilizavam diversos
materiais, acabando por desenvolver e aprimorar a utilização dos mesmos, transformando‐os
não só destinados à necessidade mas também à fruição.

Os relatos arqueológicos mais antigos são provenientes do Japão (na área ocupada pela cultura
Jomon), da Europa e da Ásia, algures durante o período Neolítico (entre 26 000 A.C. até 5 000
A.C.). Encontram‐se igualmente vestígios arqueológicos de cerâmica na China e no Egipto (vários
vasos cerâmicos destinados ao vinho e óleos foram encontrados em sarcófagos do antigo Egipto).
Por este facto, arqueólogos consideram a cerâmica uma das mais antigas indústrias de matérias.

A cerâmica passou a substituir a pedra talhada, a madeira e as vasilhas, sendo conhecidos


diversos achados pré‐históricos, como vasos de barro sem asa, de cor ed argila natural ou
escurecidos com óxido de ferro.
A cerâmica é reconhecida pelas suas características elementares, que surgem em alternativa a
outros materiais, visto as vantagens de utilização do material serem por vezes muito mais
eficientes globalmente do que a utilização de materiais idênticos.

Vantagens:
• Isolador de calor, impedindo o calor de se propagar em ambientes internos e conservando
uma temperatura estável;
• Resistente:
• Colocação fácil: dispensa encaixes ou acabamentos;
• Sistema de baixo custo para lajes finas que cubram pequenos vãos;
• Durabilidade: por serem retiradas todas as impurezas aquando da sua combustão é obtida
uma maior durabilidade;
• Dimensões: padronizadas e uniformes;
• Leveza;
• Isolamento térmico e acústico;
• Impermeabilização: matéria‐prima queimada aproximadamente a 1000 o C;
• Decréscimo da espessura de revestimento;

Desvantagens:
• Fragilidade: em tijolos e lajes, visto que as lajotas podem quebrar facilmente ao serem
transportadas;
• Preço: custa, em média, mais de 30 % de que os restantes materiais pré‐fabricados;
.

.
A cerâmica tradicional é obtida directamente a partir de argila, que posteriormente é moldada
por um artesão, numa roda, cozida em fornos rudimentares, de forma a conceber a forma
pretendida. Esta forma de cerâmica tradicional está cada vez mais em desuso e os objectos
concebidos a longo prazo vão perdendo público, existindo ainda algumas linhas de cerâmica
tradicional portuguesa, como a cerâmica tradicional do Alentejo ou a típica louça das Caldas da
Rainha.
Há muito que a cerâmica deixou de ser considerada apenas de valor funcional, passando a
vigorar na sua linha objectos de valor estético, com ou sem função associada.

Com a introdução da porcelana, a cerâmica alcançou níveis elevados de sofisticação e deu


entrada no mercado com um posicionamento que não era apenas direccionado ao utilitário,
abrangendo outras áreas como a fruição ou a decoração.

Torna‐se num material em que as possibilidades de concepção são infinitas, sendo que diversos
objectos funcionais podem apresentar diversas formas visando o melhoramento da apresentação
estética do objecto.
A indústria da cerâmica é responsável pela fabricação de diversos componentes destinados à
construção civil, tal como tijolos, lajes ou telhas. Este sector denomina‐se de tecnológico, visto
que é também responsável pela fabricação de diversos componentes de alta resistência ao calor
e à compressão.

A integração da cerâmica dentro do Design Industrial ampliou a concepção e distribuição de


determinados produtos que se tornaram parte do nosso quotidiano. Os produtos concebidos
industrialmente a partir de cerâmica já não se limitam a ter uma preocupação meramente
funcional, mas também uma preocupação estética, tornando‐os mais atractivos e competitivos
em relação a outros materiais.
A cerâmica de revestimento é uma mistura de cerâmica e de outras matérias‐primas
inorgânicas, que ao serem queimadas a larga escala podem ser utilizadas em construções devido
às suas características. A nível de arquitectura tanto podemos observar a utilização da cerâmica a
nível prático ou meramente decorativo.

Azulejo:

•Torna as residências mais;


•Reduz custos de conservação e manutenção, já que é refractário à acção do Sol, impedindo a
infiltração de humidade;
•Sendo uma das faces vidradas, característica conseguida através da cozedura, torna‐se
impermeável (frequentemente utilizados em cozinhas, casas de banho e áreas hidráulicas).

Ladrilho:

• Revestimento de piso e/ou paredes;


• Protecção contra infiltrações externas;
• Maior conforto térmico no interior das edificações;
• Resistência às intempéries e à maresia;
• Protecção mecânica de grande durabilidade,
• Longa vida útil;
• Fácil limpeza e manutenção.
A cerâmica branca é obtida a partir de argilas quase isentas óxido de ferro, apresentando cor
branca, rosa ou creme quando queimada a temperaturas entre os 950 e 1250 o C.
Posteriormente é revestida por uma camada vítrea transparente e um pigmento.

• Louça sanitária;
• Louça de mesa;
• Isoladores eléctricos para linhas de transmissão e de distribuição;
• Utensílios doméstico e adorno;
• Cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, eléctrico, térmico e mecânico.

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Para além de aplicações directas, a cerâmica pode ainda ser associada a outras concepções, 
aliando as suas características específicas a outros materiais.  

Fritas e Corantes: 
• Diversos segmentos cerâmicos requerem determinados acabamentos;

Frita:
•Vidro moído, fabricado a partir da fusão da mistura de diferentes matérias‐primas;
•Aplicado na superfície do corpo cerâmico  e após a combustão adquire aspecto vítreo;
•Aprimora a estética;
• Torna a peça impermeável;
•Aumenta a resistência mecânica;

Corantes 
•Óxidos puros ou pigmentos inorgânicos sintéticos obtidos a partir da mistura de óxidos ou de 
seus compostos;
•Adicionados aos esmaltes (vidrados) ou aos corpos cerâmicos para conferir‐lhes colorações das 
mais diversas tonalidades e efeitos especiais.;

Vidro, Cimento e Cal 
•Segmentos cerâmicos e que, pela suas constituição são considerados à parte da cerâmica;
A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem, existindo há cerca de
quinze mil anos. As propriedades da cerâmica permitem a utilização de cerâmica em diversos
campos, dos quais usufruímos diariamente sem qualquer percepção do contributo eficiente que
tem no nosso quotidiano. À cerâmica devemos grande parte da construção urbana, interior e
exterior, recipientes para armazenamento de alimentos ou meros objectos de adorno ou
decoração.

Em suma, a utilização da cerâmica consta no nosso quotidiano, fazendo parte das nossas vidas,
sem que por vezes seja perceptada. Desde a antiguidade permanece como um material nobre,
preconizando antigas culturas e diferentes formas de vivenciar as épocas, aguarda‐se um futuro
promissor aliado a novas tecnologias devido à
sua versatilidade perante  os restantes materiais.

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