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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DIAS, Raquel. Proposta de Modelo para avaliação de ambiente de inovação e impactos
econômicos na firma. 2016. 242f. Tese de doutorado em Engenharia Aeronáutica e
Mecânica, Área de Produção – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Raquel Dias
TÍTULO DO TRABALHO: Proposta de Modelo para a Avaliação de Ambiente de Inovaçãoe Impactos
Econômicos na Firma.
TIPO DO TRABALHO/ANO: Tese / 2016
__________________________________
Raquel Dias
Av São João, 485, apto 52, bairro Jardim Esplanada.
CEP: 12242-840, São José dos Campos - SP
iii
NA FIRMA
Raquel Dias
ITA
iv
Agradecimentos
A Deus, por me agraciar com mais esta conquista na longa jornada, em busca da luz
do conhecimento.
Foram várias as pessoas que, direta, ou, indiretamente, tornaram possível a realização
deste trabalho. A todos, em geral, quero expressar os meus sinceros agradecimentos.
Quero, de forma particular, registrar aqui, o meu reconhecimento:
À minha família, em especial, ao meu marido Fernando, pelo companheirismo que
me foi dedicado, ao longo deste trabalho.
Aos meus orientadores, Prof. Dr. Arnoldo Souza Cabral, e Prof. Dr. Takashi
Yoneyama, pela orientação, ensinamentos e contribuições necessárias para a realização desta
pesquisa.
Ao Prof. Dr. Rodrigo Scarpel , pela orientação sobre procedimentos e normas, e pela
atenção que sempre me dedicou.
Ao Prof José Henrique Damiani, por ter me recebido no ITA, após longos anos de
ausência, permitindo meu retorno aos estudos.
Ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica pela oportunidade que me foi dada de cá
estar, novamente, a usufruir do magnífico cabedal de conhecimentos de seus cientistas,
principalmente, dos professores doutores do Departamento de Engenharia Aeronáutica e
Mecânica Produção, onde me refugiei nos últimos anos.
Aos funcionários do Departamento de Engenharia Aeronáutica e Mecânica -
Produção, da Biblioteca Central do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, da secretaria de
matéria isolada e da Pós graduação, pela atenção e o apoio de sempre.
Aos doutores membros da banca examinadora, por terem aceitado o convite para
proceder a avaliação desta pesquisa, e pelas contribuições para o seu aperfeiçoamento.
E por fim, aos colegas, alunos, e amigos, com os quais convivi nesses últimos tempos,
em especial, a Claudete Marques, um anjo de luz que tive a sorte de cruzar o meu caminho.
Que Deus ilumine todos nós, e nos faça pessoas melhores, à cada dia de nossa
existência.
vi
Resumo
Abstract
The relationship of innovation with economic growth is virtually intuitive. However, when
dealing with the firm’s analysis, a detailed exam with empirical studies is necessary, in such a
way to clarify this relationship between innovation and growth in its essence, identifying its
wideness and determinant factors. The main objective of this research is to present a
mathematical model to calculate and assess indexes of innovation in enterprises. Innovation
was considered as a direct result of entrepreneurship and dynamic, systemic and complex
process, involving the firm’s internal and external agents. In this research, innovation was
approached as a process which is non-linear, evolutionary, complex and interactive, in ways
to allow the development of a methodology for determination of aplicable factors in the
innovation process, all responsible for the variation of the firm’s economic performance.
Identifying the specific determinant factors in each phase of the innovation process resulted in
the observation of the structure and techniques used in the firm’s environment, allowing the
computation of a Global Innovation Performance Index, which can be used as a reference in
comparing enterprises. The assumed factors are classified considering characteristics related
to the development of products, processes and services, and impacts that lead to results both
in productivity and in financial return. The criteria measures are obtained in a process of
evaluation that has objective procedures, which allow the quantification of the action of
factors over results. The criteria, after evaluation, are submitted to a method of aggregation
that unifies measures and indicates the degree of incorporation of the factors to the final
result. The proposed procedure can merge the normalized measures, with the objective of
unification of distinct measures and to make the factors quantification possible. It is
necessary that the user estimates the expected results for the criteria, and innovation factors
and subfactors. Thus it is possible to verify the difference between the observed and expected
normalized values, and to distinguish the degrees of innovation between good and bad,
allowing the firm to adopt objective and precise actions to reach its goals. Performance
indexes were also obtained, related to the various domains responsible for the index’s
composition, showing the degree of influence of each variable in the global index
computation. This research may support the enterprise in defining the politics for resources
allocation , in order to manage its innovation level and financial results. The automation of
the model is suggested through knowledge based systems , because they are modular and
x
allow expansion of the knowledge basis through time, as well as the possible customization in
local characteristics. Thus, adaptation or improvement in this work may be conducted with
inclusion of other atributes or functionalities that may be necessary in product development.
This work addressed a spread theme in literature, creating a high value aggregated tool, viable
for practical uses. The proposed model incorporates both a definition model and an innovation
assessment, and contributes to fill a gap that was not totally occupied by previous approaches.
Although the evaluation framework may be directed towards enterprises, it may also be
applied in public institutions, for it is a customizable tool.
Keywords: Innovations Index, Expert Systems, innovation environment assessment,
Economics Impacts of Innovation.
.
xi
Lista de Figuras
FIGURA 01 ‐ AGENTES DE UM SISTEMA DE INOVAÇÃO ‐ FONTE: KUHLMANN (2007). .............................................................. 38
FIGURA 02 ‐ CHAIN LINK DE INOVAÇÃO ADAPTADO PELO AUTOR DO MODELO DE KLINE; ROSENBERG, 1986. .......................... 53
FIGURA 03 ‐ MODELO INTERATIVO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO DE ROTHWELL, 1985‐. ADAPTADO PELO AUTOR. ..................... 56
FIGURA 04 ‐ MODELO FÁBRICA CRIATIVA. (GALANAKIS, 2006). ....................................................................................... 58
FIGURA 05 ‐ FUNIL DA INOVAÇÃO SOB A VISÃO DE INOVAÇÃO ABERTA. (CHESBROUGH, 2003). ............................................. 60
FIGURA 06 ‐ PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS DE TETHER; MILES, 2005‐ ADAPTADA PELO AUTOR. ......................................... 63
FIGURA 07 ‐ PROCESSO INTERATIVO DE INOVAÇÃO AO LONGO DO “CICLO DO PRODUTO INVERTIDO” (BARRAS, 1990). .............. 73
FIGURA 08 ‐ MODELO DE QUATRO DIMENSÕES DA INOVAÇÃO NOS SERVIÇOS ‐ (“4D”) BASEADO EM BILDERBEEK; DEN HERTOG;
MILES, 1998. ................................................................................................................................................. 75
FIGURA 09 ‐ IBI – ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO (FURTADO ET AL., 2007) ........................................................................ 109
FIGURA 10 ‐ CLASSIFICAÇÃO DA FIRMA QUANTO À ESTRUTURA DE INOVAÇÃO E RESULTADOS. .................................................. 140
FIGURA 11 ‐ EXEMPLO DE RESULTADO DA APLICAÇÃO DO MODELO EM ALGUMAS EMPRESAS ................................................... 142
FIGURA 12 ‐ FUNIL DE INOVAÇÃO (CLARK; WHEELWRIGHT, 1993). ............................................................................ 148
FIGURA 13‐ FUNIL DA INOVAÇÃO SOB A VISÃO DA INOVAÇÃO ABERTA E FECHADA. ADAPTADA PELO AUTOR COM BASE EM CLARK E
WHEELWRIGHT, 1993; E CHESBROUGH, 2003. ................................................................................................... 148
FIGURA 15 ‐ ETAPAS DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS (ROZENFELD, ET AL., 2006) ................................. 152
FIGURA 15 ‐ FLUXOS DE INFORMAÇÕES ‐ ELABORADA PELO AUTOR. .................................................................................. 158
FIGURA 16 ‐ ESTRUTURA DO MODELO DE AVALIAÇÃO PROPOSTO ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ................................................ 159
FIGURA 17 ‐ PROCESSO DE AGREGAÇÃO DAS MÉTRICAS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. .............................................................. 160
FIGURA 18 ‐ FUNÇÃO UTILIZADA – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA. ‐ ELABORADA PELO AUTOR...................................................... 162
FIGURA 19 ‐ PRINCIPAIS FATORES E SUBFATORES A SEREM AVALIADOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................... 166
COLETA DE INFORMAÇÕES. ......................................................................................................................................... 166
FIGURA 20 ‐ SUBFATOR INVESTIMENTOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ................................................................................. 168
FIGURA 21 ‐ SUBFATOR GERAÇÃO DO CONHECIMENTO ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ............................................................... 169
FIGURA 22 ‐ SUBFATOR RECURSOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ......................................................................................... 171
FIGURA 23 ‐ SUBFATOR TECNOLOGIA ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ..................................................................................... 171
FIGURA 24 ‐ SUBFATOR: POLITICAS, ESTRATÉGIAS E SUSTENTABILIDADE‐ ELABORADA PELO AUTOR........................................... 174
FIGURA 25 ‐ SUBFATORES EXTERNALIDADES E OBSTÁCULOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................................ 175
FIGURA 26 ‐ IMPACTOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ....................................................................................................... 177
FIGURA 27 ‐ ESQUEMA DA BASE DE CONHECIMENTO PARA A AVALIAÇÃO‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................ 181
FIGURA 28 ‐ ESQUEMA DA BASE DE CONHECIMENTO PARA BENCHMARKING ‐ ELABORADA PELO AUTOR. .................................. 183
FIGURA 29 ‐ EXEMPLO DE ÁRVORE DE DECISÃO ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ......................................................................... 184
FIGURA 30 ‐ SEQUÊNCIA DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DO MODELO DE AGREGAÇÃO DAS MEDIDAS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ....... 185
xii
FIGURA 31 ‐ MODELO: DIAGRAMA DE FLUXO DE DADOS ‐ NÍVEL 1 ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ............................................... 185
FIGURA 32 ‐ ESQUEMA GERAL DO MODELO ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ............................................................................ 187
FIGURA 33 ‐ ÁRVORE DE DECISÃO: ESQUEMA GERAL DA CARACTERIZAÇÃO DA FIRMA‐ ELABORADA PELO AUTOR. ....................... 188
FIGURA 34 ‐ DETALHAMENTO: ÁRVORE DE DECISÃO NATUREZA DO CAPITAL PREDOMINANTE ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ............ 189
FIGURA 34A ‐ DETALHAMENTO: ÁRVORE DE DECISÃO TIPO DA FIRMA ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................... 189
FIGURA 34B ‐ DETALHAMENTO: ÁRVORE DE DECISÃO SETOR DE ATUAÇÃO‐ ELABORADA PELO AUTOR. ..................................... 190
FIGURA 34C ‐ DETALHAMENTO: ÁRVORE DE DECISÃO PORTE DA FIRMA ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ......................................... 190
FIGURA 34D ‐ DETALHAMENTO: ÁRVORE DE DECISÃO TIPO DE INOVAÇÃO QUE PRATICA‐ ELABORADA PELO AUTOR. .................... 191
FIGURA 35 ‐ DESEMPENHO GLOBAL DA FIRMA ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................................................... 192
FIGURA 36 ‐ ÁRVORE DE DECISÃO PARA ELABORAÇÃO DO ÍNDICE RELACIONADO COM O FATOR INVESTIMENTO ‐ ELABORADA PELO
AUTOR. ......................................................................................................................................................... 193
FIGURA 37 ‐ ÁRVORE DE DECISÃO PARA ELABORAÇÃO DO ÍNDICE RELACIONADO COM O SUBFATOR GERAÇÃO DE CONHECIMENTO ‐
ELABORADA PELO AUTOR. ................................................................................................................................. 194
FIGURA 38 ‐ ÁRVORE DE DECISÃO RECURSOS HUMANOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ............................................................ 195
FIGURA 39 ‐ ÁRVORE DE DECISÃO TECNOLOGIA ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................................................ 196
FIGURA 40 ‐ ÁRVORE DE POLÍTICAS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ....................................................................................... 197
FIGURA 41 ‐ ESTRATÉGIAS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. .................................................................................................... 198
FIGURA 42 ‐ ÁRVORE DE SUSTENTABILIDADE ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................................................... 199
FIGURA 42A ‐ ÁRVORE DE SUSTENTABILIDADE.: RETORNO FINANCEIRO ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ........................................ 200
FIGURA 43 ‐ EXTERNALIDADES POSITIVAS: INCENTIVOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. .............................................................. 201
FIGURA 43A ‐ EXTERNALIDADES NEGATIVAS: OBSTÁCULOS ‐ ELABORADA PELO AUTOR. ......................................................... 202
FIGURA 44 ‐ DESEMPENHO GLOBAL DA FIRMA ‐ ELABORADA PELO AUTOR. .......................................................................... 203
FIGURA 45 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO CONSOLIDADO DA AVALIAÇÃO DE UMA EMPRESA. ........................................... 213
FIGURA 46 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO CRIAÇÃO. ............................................................................................... 215
FIGURA 47 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO AVALIAÇÃO ............................................................................................. 217
FIGURA 48 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO PRODUÇÃO ............................................................................................. 218
FIGURA 49 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO DIFUSÃO .............................................................................................. 219
FIGURA 50 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO IMPACTOS .............................................................................................. 220
FIGURA 51 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO OBSTÁCULOS ....................................................................................... 220
FIGURA 52 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO EXTERNALIDADES POSITIVAS .............................................................. 221
FIGURA 53 ‐ GRÁFICO DERIVADO DO RELATÓRIO CONSOLIDADO DO CONJUNTO SIMULADO DE FIRMAS AVALIADAS ‐ ELABORADO PELO
AUTOR. ......................................................................................................................................................... 221
xiii
Lista de Quadros
QUADRO 01 ‐ TIPOS DE MÁQUINAS E SUAS PRODUTIVIDADES. ............................................................................................. 33
QUADRO 03 ‐ PRINCÍPIOS DA INOVAÇÃO FECHADA VS PRINCÍPIOS DA INOVAÇÃO ABERTA, ADAPTAÇÃO DO AUTOR, A PARTIR DO
MODELO DE CHESBROUGH, 2003. ....................................................................................................................... 61
QUADRO 04 ‐ FRAME SUGERIDO PARA MEDIR INOVAÇÕES EM SERVIÇOS, ADAPTADO PELO AUTOR, A PARTIR DO MODELO 4D,
APRESENTADO POR MARQUES E MONTEIRO‐BARATA, 2006. ................................................................................... 76
QUADRO 05 ‐ EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS MODELOS DE INOVAÇÃO E SEUS AUTORES ............................................................... 79
QUADRO 06 ‐ FASES DA TABELA PROCESSO DE INOVAÇÃO, FATORES E VARIÁVEIS. ................................................................... 89
QUADRO 07 ‐ EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. .............................................................. 97
QUADRO 08 ‐ AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS INDICADORES DE INTENSIDADE .............................................................. 98
QUADRO 09 ‐ AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS INDICADORES DE PROCESSO. ................................................................. 99
QUADRO 10 ‐ AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS INDICADORES DE RESULTADO. ............................................................. 101
QUADRO 11 ‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: RECURSOS HUMANOS ................................ 112
QUADRO 12 ‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: DEMANDA .............................................. 112
QUADRO 13 ‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: CONHECIMENTO TÉCNICO ........................... 112
QUADRO 14 ‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: MUDANÇAS NÃO TECNOLÓGICAS .................. 113
QUADRO 15 ‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: FONTES DE CONHECIMENTO/DIFUSÃO ........... 113
QUADRO 16 ‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: MARKETING ............................................. 113
QUADRO 17‐ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA MEDIR A INOVAÇÃO EM SERVIÇOS: PROPRIEDADE INTELECTUAL ......................... 113
QUADRO 18 ‐ EXEMPLO DE QUESTIONÁRIO. .................................................................................................................. 138
QUADRO 19 ‐ RESULTADO DE INFORMAÇÕES DE 2 EMPRESAS REAIS E 5 FICTÍCIAS. ................................................................ 142
QUADRO 20 ‐ ASPECTOS E DEFINIÇÕES RELACIONADAS À ANÁLISE DE RISCOS. ELABORADO PELO AUTOR. ................................... 150
QUADRO 21‐ RELATÓRIO CONSOLIDADO....................................................................................................................... 211
QUADRO 22 ‐ RELATÓRIO CRIAÇÃO.............................................................................................................................. 214
QUADRO 23 ‐ RELATÓRIO AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 216
QUADRO 24 ‐ RELATÓRIO PRODUÇÃO ......................................................................................................................... 217
QUADRO 25 ‐ RELATÓRIO DIFUSÃO ............................................................................................................................ 218
QUADRO 26 ‐ RELATÓRIO IMPACTOS .......................................................................................................................... 219
QUADRO 27 ‐ RELATÓRIO OBSTÁCULO ......................................................................................................................... 220
QUADRO 28 ‐ RELATÓRIO EXTERNALIDADES POSITIVAS ................................................................................................... 221
xv
Lista de Tabelas
TABELA 01 ‐ SISTEMA REGIONAL DE INOVAÇÃO – CONDIÇÕES PARA A EFICIÊNCIA E INEFICIÊNCIA .............................................. 44
TABELA 02 ‐ MEDIDAS PARA AVALIAR O IMPACTO NA EMPRESA. ........................................................................................ 124
TABELA 03 ‐ GERAÇÃO DE CONHECIMENTO .................................................................................................................. 126
TABELA 04 ‐ INDICADORES DO EFEITO DAS POLITICAS NA EMPRESA .................................................................................... 128
TABELA 05 ‐ INDICADORES DE NÍVEL DE INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO ................................................................................ 128
TABELA 06 ‐ VALORES, EM GERAL, PERCEBIDOS PELAS PARTES INTERESSADAS. ...................................................................... 144
xvii
Sumário
1 Introdução.
medição do valor da inovação têm dificultado o efetivo uso de informações sobre inovação
para o planejamento, e atuação das empresas, através de um monitoramento concreto.
O atual cenário, globalizado, está orientado por um novo tipo de competição, baseado
no desenvolvimento de competências específicas para a aquisição de conhecimento, e para a
geração de inovação.
O acirramento crescente da competição entre as firmas é atribuído, dentre outras
causas, à inovação de produtos, de serviços e de processos, à globalização e às tecnologias de
comunicação que ampliaram, substancialmente, o poder do consumidor, através da facilidade
de buscas por melhores preços, e qualidade para atender o exigente padrão que calibra as
escolhas do consumidor.
É importante ressaltar o papel das políticas de inovação direcionadas para a firma,
fortalecendo as redes de empresas, e a oferta de serviços. Neste cenário as pequenas e médias
empresas com suas capacidades para participar, adquirem relevante papel na transformação
dos sistemas de produção/gestão.
É intuitivo crer que exista uma relação entre a inovação e o desempenho econômico-
financeiro, tanto em termos micro, quanto em termos macroeconômico.
A abordagem sobre o impacto da inovação no resultado econômico das firmas tem
sido tratada, de forma parcial, devido à complexidade da tarefa de se medir o seu valor. A
maioria dos estudos disponibilizados na literatura, comungam com a percepção da
necessidade de se considerar a intensidade e a natureza do impacto da inovação no
desempenho das firmas. Para isso é necessário o conhecimento detalhado do processo de
inovação no ambiente da firma, e a identificação dos fatores determinantes que causam efeitos
sobre os resultados destas.
A inovação pode ser vista como tendo três componentes relacionados entre si, porém
distintos:
Meios, ou recursos, tais como pessoas, materiais e dinheiro.
1.1 Escopo
1.2 A problemática
A inovação tem sido a principal preocupação das empresas por ser condição essencial
para a sobrevivência. Após leituras intensivas sobre economia da inovação, percebeu-se a
necessidade de aprofundamento em investigações sobre o poder transformador da inovação
na firma, e foi detectada a carência de ferramentas facilitadoras para o processo de gestão, de
tão importante aspecto, na organização.
Investigar a relação entre a inovação e o desempenho econômico financeiro na firma
tem sido um grande desafio, face à infinidade de fatores, e a complexidade do processo de
medição de seus efeitos de forma específica, e global na firma.
Os indicadores de inovação adotados, atualmente, decorrem das instruções do Manual
de Oslo que, apesar de ser uma excelente referência, reflete a experiência e as características
dos produtores dos países desenvolvidos, que se diferem do perfil dos países em
desenvolvimento, principalmente, em relação à cultura, nível de qualificação da mão de
obra, possibilidades econômicas e financeiras, e estrutura da indústria. Fora isto, existe a
heterogeneidade interna dos países com grande extensão territorial, como o Brasil, carecendo
de análise específica.
Holbrook e Hughes consideram que os países subdesenvolvidos devem analisar até
que ponto os indicadores baseados no manual de Oslo são adequados para refletir suas
realidades, ou se há necessidade desenvolvimento de indicadores próprios, que venham
complementar os que já existam.
Alguns estudos já se propuseram a investigar a relação inovação e desempenho
econômico-financeiro das firmas, porém as conclusões conduziram a fatores determinantes,
diversos, tanto nas fases do processo de inovação, quanto nos impactos provocados sobre os
24
1.3 Motivação
1.3.1 Objetivos.
Não se pode negar que há consenso na literatura que a inovação desempenha um papel
relevante para a obtenção de melhores resultados da firma, e em muitas situações
responsáveis pela sua sobrevivência. Porém, há que se criar instrumento que facilite o
processo de investigação, e que permita identificar com que intensidade, e em que direção, a
inovação é importante para o desempenho das firmas.
Sendo assim o objetivo geral deste estudo consiste em:
25
Obter instrumento que permita criar indicadores para comparação entre empresas
de porte diferentes de forma a revelar em que medida tais empresas se diferem
em sua estrutura e comportamento inovador.
1.5 Justificativa.
A mensuração da inovação e dos seus efeitos sobre o desempenho das empresas é uma
necessidade evidente para a firma. Como realizar uma análise detalhada da estrutura do
ambiente de inovação, e qual o impacto desta no resultado é a principal necessidade da firma,
que, por ser uma tarefa complexa, nos motiva a contribuir para a solução.
O principal dificultador consiste na eleição de padrões conceituais que, realmente,
espelhem as atividades inovadoras, e suas contribuições para a obtenção de vantagens
competitiva.
Não há dúvidas de que seja de grande importância para a firma conhecer seus
indicadores de inovação, e poder administrar seus recursos de forma a melhorar seu
desempenho.
Existem diversos indicadores, considerados na literatura como tradicionais, suportados
por dados públicos, tais como patentes, as publicações científicas, o emprego de cientistas e
engenheiros, a prática de P&D que se esforçam para identificar o comportamento inovativo
das empresas, preservando suas identidades. (ARUNDEL et al., 1998). No entanto não
foram encontradas séries temporais significativas que permitam delinear a evolução da
totalidade das atividades inovativas. Arundel menciona que no Brasil, apenas a partir dos anos
70s, e, somente, sobre a quantidade limitada de atividades inovadoras, é possível obter dados
para a composição de indicadores, (ARUNDEL et al., 1998).
Busca-se, com este estudo, descrever os modelos principais de indicadores de
inovação, com flexibilidade suficiente para contornar as dificuldades encontradas até então,
bem como suprir algumas lacunas detectadas que comprometem a abrangência dos atuais
indicadores.
27
1.6 Contribuição.
Acredita-se que este estudo tenha contribuído para a redução das lacunas observadas
nos diversos trabalhos de mensuração tradicional, uma vez que disponibiliza uma ferramenta
que permite realizar comparações internas, e externas, em termos de índice de inovação,
permitindo orientar os administradores, na alocação dos recursos, bem como na definição de
suas estratégias.
O modelo proposto será, de grande valia para subsidiar a definição de política de
alocação de recursos da empresa de forma a gerir adequadamente o seu ambiente de inovação.
O diferencial abordado por esta pesquisa, basicamente, consiste, na metodologia de
agregação de medidas de naturezas diferentes, para identificar a estrutura do ambiente de
inovação da firma, e a proposta de transposição de tal estrutura participação de cada
componente no índice de inovação, para obter a estimativa da decomposição do índice de
rentabilidade da empresa, permitindo identificar os pontos em que se poderão empreender
ações com objetivo de melhorar a rentabilidade da firma.
Outro ponto abordado, e que, por si, é um diferencial, é a possibilidade de aplicação
do modelo nas diversas áreas da empresa. Com isto será possível realizar um benchmarking
28
interno, para identificar quais áreas estão com melhores desempenhos, tanto em inovação
quanto em técnicas implantadas para gestão, em geral. Esta informação poderá ser útil para a
definição do planejamento estratégico e de uma política de recompensa e incentivo.
E por fim, a realização de uma aplicação prática em três firmas, complementadas por
dados simulados para firmas fictícias, permitiu compor uma base de informações para avaliar
o desempenho do modelo, inclusive sob o aspecto de benchmarking. Foram definidos os
formulários e roteiros de entrevistas para a obtenção dos dados e da escolha do método
adequado para a coleta dos dados das firmas. Os dados para as simulações foram extraídos de
diversos estudos de casos, disponibilizados na literatura.
Optou-se pela coleta dos dados através de questionários e/ou entrevistas, para
obtenção de uma visão do ambiente das empresas, possibilitando a identificação do seu
potencial inovador.
A última fase do estudo focalizou a sugestão para automação do modelo. A técnica
sugerida para automação do modelo proposto é a utilizada para automação de processamento
de conhecimento, a partir de inteligência artificial, técnica denominada por sistemas
especialistas baseado em regras de produção. Sugere-se, ainda, o uso da linguagem CLIPS
para a implementação da base de conhecimento. Para subsidiar o processo de implementação
física do modelo, foram elaboradas árvores de decisão e esquemas de raciocínio que servirão
de suporte para a elaboração da base de conhecimento, do sistema proposto.
30
2 Fundamentação teórica
vapor passou a ser utilizada em teares, e para aquecer máquinas em moinhos de farinha,
fiações e fabricação de papel. Antes das máquinas a vapor as indústrias usavam a força
hidráulica motriz, ou, então, os animais para realizar o trabalho. O processo era custoso e sem
garantia de regularidade e de continuidade. A máquina a vapor trouxe a estabilidade na
produção de energia e a independência física das indústrias, que já poderiam se espalhar,
fisicamente, pela região, onde os mercados eram mais propícios, promovendo a disseminação
da indústria, local e internacionalmente, e o crescimento econômico.
Este cenário propiciou a queda dos preços, em face do aumento da produção e ganho
de escala, bem como da maior agilidade no transporte de mercadorias e pessoas, reduzindo
tempo e custo, e melhorando as condições de vida da população.
Um exemplo da redução de custos, provocada pelo uso de teares mecânicos, foi
demonstrado por Perez (1983), e citado por Freeman e Soete (2008):
“Os preços dos fios do algodão n. 100 caíram de 38 shilling, em 1786, para 6 shillings e 9 pence em
1807, em uma época de inflação ocasionada pelas guerras napoleônicas.” (FREEMAN, 2008).
Jenkins em 1994 demonstrou a significativa elevação da produtividade do trabalho de
processamento do algodão pelos trabalhadores, conforme pode ser visto no Quadro 01.
(JENKINS Apud FREEMAN, 2008).
Quadro 01 - Tipos de máquinas e suas produtividades.
Tipos de máquinas Horas trabalhadas
Por 100 libras de
algodão
Rocas manuais indianas (século XVIII) 50.000
Máquinas de fiar de Crompton (1780) 2.000
Máquinas de fiar com fusos (em torno de 1790) 1.000
Máquinas de fiar movidas por energia (em torno 300
de 1795)
Máquinas de fiar automáticas de Robert (em torno 135
de 1825)
Máquinas de fiar mais eficientes da atualidade 40
Fonte: FREEMAN, 2008
A presença das locomotivas e trens a vapor tornou o sistema de escoamento ágil, tanto
no transporte de passageiros, quanto no de cargas. Houve crescimento da demanda por novas
máquinas, aproveitando os trilhos existentes nas minas de carvão, e promovendo ganhos,
substanciais, em produtividade e agilidade.
Em 1804 Richard Trevithick (1771-1833) inventou o "cavalo mecânico", a partir da
máquina a vapor de Watt. Apesar de apresentar a vantagem de ser mais robusto, por ser feito
de ferro fundido, seu peso danificava os trilhos.
34
influenciam o desenvolvimento, a difusão e o uso da inovação bem como a relação entre eles.
Acrescentou que ele deve ser estudado de forma nacional, regional e setorial. (EDQUIST,
2001)
torna difícil o processo de criação de patentes. Viotti, (2001), ressalta a importância dos
fatores, tais como cultura, liberalismo, afirmando que a globalização não contribuiu para a
redução da desigualdade de condições entre países periféricos e centrais, pois não trouxeram
(VIOTTI, 2001)
38
tipologia cujos sistemas não se completaram: de países que construíram sistemas de ciência e
infraestrutura mínima de ciência e tecnologia que, aliada à falta de articulação com o setor
39
2004).
pesquisa no Rio de Janeiro e em Salvador e a última durante o período militar, com a criação
agrícola, a partir dos anos 50, o governo passou a enfatizar a industrialização, entretanto, sem
MAGACHO, 2004).
A partir dos anos 2000, entretanto, importantes avanços foram realizados com a
Inovação (Lei nº 10.973/2004) que incentiva a inovação nas empresas, a Lei do Bem (Lei nº
11.196/2005) que trata de incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa e
inovação e a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas - MPE (Lei Complementar nº
123/2006) que dispões sobre o enquadramento e aspectos tributários das MPE. (ABDI, 2006)
40
PITCE, em 2004 e, de forma ainda mais destacada, no Plano de Ação: Ciência, Tecnologia e
apoio à inovação foi declarado como sua prioridade estratégica. Para a realização desse apoio,
de agregação. Isso se deve, segundo os autores, ao fato das diversas regiões que constituem
Em seu trabalho, Diniz (2001) cita vários autores que enfatizam essa ideia. Para
Storper, o ambiente social e cultural tem papel crucial no desenvolvimento regional ou local
por meio das interações entre as instituições. Putnam enfatiza a importância da sociedade civil
institucional para apontar a importância das relações entre as instituições culturais, sociais e
políticas e a economia local ou regional. Hodgson enfatiza o peso da herança histórica como
41
Essa visão teve no início dos anos 1990 e culminou no conceito de sistema regional de
atividades industriais e inovativas localizadas. De acordo com Cooke, (2006), esse enfoque
privados mediadas por desenhos institucionais que conduzem a geração, uso e disseminação
de conhecimento”.
implantação de políticas de inovação. Vieira (2010) aponta para o desempenho inovativo que
deles emerge e pode contribuir para melhorar a economia competitiva global de específicas
Quadros e Vieira (2008) também enfatizam que o SRI possui elementos importantes
que justificam a sua implantação, tais como: a inovação para a promoção do desenvolvimento,
diversos atores e a sociedade civil, com vistas à introdução de inovações. Para eles, algumas
características dos Sistemas Nacionais de Inovação podem ser transferidas para a vertente
MARCANTONIO, 2012). Vieira (2010) ressalta também aspectos intrínsecos inerentes aos
Para Cooke et al. (1998), um SRI é um sistema onde empresas e organizações são
evolução do sistema produtivo local, apoiado por uma infraestrutura que suporta o surgimento
Para Cooke (2001), quando se trata de sistema regional de inovação, na parte que
sendo estas sustentadas por políticas regionais e pelas instituições. (COOKE, 2001).
regional.
públicas, etc. As políticas públicas de apoio à inovação são fundamentais para o bom
Cassiolato, (2010). E a cooperação destes agentes é o que forma a base da Hélice Tripla,
44
modelo de Sistema Regional de Inovação que visa ultrapassar limites definidos pela visão
Foi elaborada por Cooke (2001), uma tabela que explicita as condições de uma
“o desequilíbrio provocado pelo inovador é a norma de uma economia saudável, e realidade central
da teoria e da prática econômica.” (DRUCKER, 1986).
Segundo Porter, a inovação pode ser definida como uma nova forma de fazer as
coisas, desde que seja comercializada. As firmas obtêm vantagens competitivas através da
inovação, no seu sentido mais amplo, incluindo as novas tecnologias, e as formas de fazer as
coisas. (PORTER, 1991).
46
para a firma, ou seja, a criação de novos produtos não é o suficiente para inovar.
(SAWHNEY; WOLCOTT; ARRONIZ, 2006).
Para TIDD et al., Bessant e Pavitt, a inovação surge devido a habilidade de estabelecer
relações, identificar e aproveitar oportunidades. As redes suportam o compartilhamento do
conhecimento, e dos objetivos, da matéria prima para o processo criativo, estabelecendo
ambiente favorável ao surgimento de inovações. (TIDD, 2008)
De acordo com Mendonça, a inovação tecnológica pode ser definida, como o uso do
conhecimento sobre novas formas de fazer e comercializar bens e serviços. (MENDONÇA,
2008).
O Manual de Oslo, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), referência internacional de diretrizes para coleta e uso de dados sobre atividades
inovadoras da indústria, define inovação como sendo:
Inovação incremental.
Paradigma: mudança nos modelos mentais que orientam o que a empresa faz.
2.3.3 Market–pull.
O modelo interativo, ou modelo Chain link, proposto por Kline, surgiu como
alternativa ao modelo linear, demonstrando que o fluxo do processo da inovação tecnológica
não era linear, mas que poderia ser explicado por uma cadeia de ligação. Conceitua inovação
considerando a interação entre mercado, base de conhecimento, e as capacidades da firma.
Cada função envolve uma série de subprocessos para a produção do resultado. Consiste na
interação contínua entre as fases, contrapondo-se ao modelo linear, demonstrando que cada
função está ligada, interage, e recebe realimentação. Descreve a interação das atividades de
inovação, pesquisa, conhecimento e mercado. A resolução de problemas em todas as fases
do processo é atribuída à pesquisa. Caracteriza-se pela interdependência entre as funções
básicas e as demais funções. Para Kline e Rosenberg, trata-se de modelo de alto nível, e não
estaria livre de omissões relacionadas com a inovação. (KLINE; ROSENBERG, 1986). A
Figura 02, apresentada, a seguir, mostra o modelo chain link.
Figura 02 - Chain link de Inovação adaptado pelo autor do modelo de KLINE; ROSENBERG,
1986.
54
tem como característica a redução do ciclo de vida dos produtos, baseando-se no princípio de
integração e desenvolvimento paralelo, adotado pela indústria automobilística do Japão,
propiciando maior competitividade. O modelo interativo evidencia o movimento que ocorre
entre os ambientes interno e externo da empresa, sugerindo que não há inovação isolada, mas
resultante da multiplicidade de interações entre os atores internos e externos das instituições.
Caracteriza-se como um modelo não linear, já que, não se apresenta como movimento
contínuo, subdividindo-se em estágios desagregados, porém interdependentes, conforme
descrito por Rothwell. (ROTHWELL, ZEGVELD, 1985)
O modelo interativo evoluiu para o modelo sistêmico, ressaltando a interconectividade
e os arranjos produtivos, e redes organizacionais.
Lundvall ressalta o poder das redes e das parcerias, afirmando que a inovação pode
ocorrer como resultado do aprendizado de vários agentes com conhecimentos diversos e
interesses comuns, que se complementam para criarem algo novo (LUNDVALL, 1992).
As redes de inovação entre empresas, e outras organizações e instituições caracterizam
o modelo como colaborativo, e se fundamentam no compartilhamento do conhecimento. Tais
interações promovem uma aprendizagem sistêmica. (GRANT, 1996).
A capacidade de criar, utilizar e disseminar novos conhecimentos extrapola a esfera da
empresa e passa a ocorrer, através da contínua interação entre diversas instituições (TIDD,
BESSANT; PAVITT, 2005).
Inúmeros são os motivos que levam as firmas a manterem relacionamentos
colaborativos para inovar, dentre as quais, em geral, são citados a busca por menor tempo de
desenvolvimento e a redução de custos e de riscos tecnológicos, e de mercado. (TIDD et al.,
2008).
Rothwell (1994) considerou que com a adoção de redes as inovações na firma
tendiam a passar de um processo endógeno à organização, e linear ao investimento em P&D,
para um processo exógeno à organização. (ROTHWELL, 1994)
Além disso, segundo Pyka e Kuppers, a colaboração traz no seu bojo um mecanismo
para a difusão, através das interações em redes, fazendo surgir nova forma de produção do
conhecimento, podendo assumir, em geral, três implicações chaves (PYKA; KÜPPERS,
2002).
62
O setor de serviços há muito deixou de ser visto como setor residual da economia, e,
devido ao uso intensivo das tecnologias de comunicação, tem se tornado cada vez mais
expressivo nas contas nacionais, tanto em termos de produção, quanto de criação de
empregos.
Em geral, os estudos têm focalizado a avaliação da tecnologia nos processos de
produção, onde as transformações dos insumos são quantificáveis, mais facilmente.
Com a participação do setor terciário, cada vez mais expressiva na economia, o setor
de serviços passou a merecer igual atenção, com tentativas de análise sobre sua influência nas
mudanças tecnológicas dos últimos tempos.
Para Tether e Miles, as generalizações sobre os serviços são difíceis, dada a
heterogeneidade do setor, que não tem um padrão de uso de tecnologia, podendo ser elevado
em algumas situações, e extremamente baixo, em outras. Por isso ressalta a necessidade de se
ter cuidado com as generalizações das conclusões oriundas das análises do processo de
inovação dessa natureza, alegando que os contrastes no setor de serviços são tão expressivos,
quanto a diferenciação no setor de manufatura. (TETHER; MILES, 2005).
É preciso examinar as especificidades do serviço, visto que o uso de insumos
intangíveis como conhecimento tácito, e o dinamismo do processo em face da intensa
interatividade entre os prestadores de serviço e os clientes, torna a inovação em serviços, um
pouco diferente das de produtos.
Miles aponta aspectos que deverão ser levados em conta pra qualquer análise sobre a
maioria dos produtos de serviços: intangibilidade, o modo interativo produção com a presença
63
Produção
Bens e
Recursos Serviços Abastecimento de recursos necessários para a produção
Tangíveis Produção com
Intangíveis parceria Processos de produção, e de gestão da produção.
Atividade de
produção In Fluxo de informações dos clientes e fornecedores.
house
Atendimento de requisições de recursos.
Consumidor
Consumidor
Fornecedor
Fornecedor
Figura 06 - Produção de bens e serviços de TETHER; MILES, 2005- adaptada pelo autor.
“isto pode ser visto como um esforço para assimilar ou integrar serviços no amplo campo das
pesquisas de inovação.” (SALTER; TETHER, 2006).
Miozzo e Soete propuseram uma adaptação da taxonomia de Pavitt focalizando os
serviços. (MIOZZO; SOETE, 2001)
As investigações só tomaram corpo, a partir da década de 80, devido à expressividade
do setor de serviços na economia (MIOZZO; SOETE, 2001).
O termo subordinação explica o fato de considerarem, o setor de serviços, como não
inovador, visto que, era uma visão com grande dependência ao uso de equipamentos novos,
ficando restrita e subordinada à adoção de tecnologias, que eram inovadoras na indústria.
Apenas os bancos fugiam a essa visão, por inovarem de forma semelhante às empresas de
manufatura, utilizando criações oriundas de P&D. Alguns trabalhos foram realizados
considerando a difusão da produção de inovações em serviços, como o ciclo reverso do
produto apresentado por Richard Barras. (BARRAS, 1986B, 1990; GALLOUJ, 1996).
65
Operação: os principais objetivos desta fase são garantir que os serviços novos ou
alterados atendam aos requisitos predefinidos com o cliente, e permitam gerir o
impacto da mudança, os recursos necessários, e a pontualidade. A operação de
serviço é responsável por fornecer e gerenciar os serviços em produção, lidar
com requisições, incidentes, problemas, eventos e acessos, bem como gerenciar a
tecnologia utilizada em produção, e apoiar a melhoria. Nesta etapa deve-se
proceder, também, a gestão de suporte para os serviços que entraram em
produção. É neste estágio que o valor é, efetivamente, agregado ao serviço,
através da execução do service-desk, e do encontro entre os stakeholders. É neste
ponto que o cliente explicita sua percepção quanto à qualidade do serviço, e,
portanto a comunicação deve ser em melhor nível possível, para evitar
desentendimento, ou equívocos.
O ciclo de vida do serviço, aqui apresentado, oferece uma visão dos serviços de
qualquer natureza como ferramenta estratégica para a geração de valor para o negócio.
69
“In this respect, they are following the precedent set by Schumpeter, whose definition of innovation
was particularly broad and open” (GALOUJ; WEINSTEIN, 1997).
Quanto a este aspecto, na opinião de Sundbo, as inovações nos serviços não assumem
uma trajetória tecnológica, conforme apregoada por Dosi, em “trajetórias profissionais de
serviço”, onde aborda ideias sobre gestão, negócio, etc., relegando a tecnologia à condição de
ferramenta. (SUNDBO; GALLOUJ, 1997; DOSI et al. 1995)
Barras foi o primeiro a propor uma reflexão sob o ponto de vista econômico em busca
do desenvolvimento de uma teoria de inovação nos serviços.
O modelo desenvolvido por ele foi aplicado ao setor bancário, e identificou as fases de
informatização/eficiência, qualidade/eficácia, e uma fase decorrente dos passos anteriores,
que denominou de desenvolvimento de novos serviços, associado ao desenvolvimento
tecnológico, e à desregulamentação, e, por fim, o atendimento bancário, através da rede, e
autoatendimento. (STEINER; TEIXEIRA, 1990).
Bilderbeek propôs um modelo interativo, multidimensional, direcionado para
cadeias de agregação de valor, e identificou características, estabelecendo um frame básico
para a criação de métricas para inovações desta natureza, principalmente, quando se tratar de
serviço multidisciplinar, que necessita de diversas ferramentas e inovação, opara sua
execução. (BILDERBEEK; DEN HERTOG; MILES, 1998). Algumas recomendações
foram destacadas para serem consideradas no processo de investigação sobre inovação em
serviços:
Atentar para as características habitualmente usadas para avaliação de produtos,
tal como análise através de patentes. (GALLOUJ; WEUNSTEIN, 1997).
70
O uso das métricas disponíveis para a relação entre a inovação dos serviços e
desempenho.
A seguir, serão apresentados os principais modelos, que têm sido base para estudos
relativos à gestão de inovação em serviços.
a) O Modelo de inovação em serviços ciclo do produto, invertido.
O modelo proposto por Barras tem sido considerado pela literatura como a reflexão
pioneira na busca por uma teoria, que suporte o fenômeno desse tipo de a inovação. Segundo
Gallouj, Barras analisa, de forma dinâmica, o impacto da introdução de novas tecnologias em
serviços, focalizando a produtividade, a intensidade de uso, e as modificações em produtos,
conforme os aspectos descritos, a seguir.
O modelo do “ciclo do produto invertido” trata da formalização de uma teoria da
inovação em serviços, através da visão setorial, considerando médios e longos prazos, e, tem
como fundamento o fenômeno da difusão das tecnologias da informação. (BARRAS, 1986A).
Barras analisou as tecnologias da informação, classificando-as como bens de capital,
setor, em que, uma vez introduzida a nova tecnologia, os desenvolvimentos posteriores podem
ser representados pela teoria do ciclo do produto.
Nesta teoria foram detectadas três fases de desenvolvimento: fase da introdução (take-
off) período de criação do novo produto, fase do crescimento período de crescimento quando
71
Padrão 4: Inovação através dos serviços. Trata-se da inovação que ocorre nos
clientes, resultante de inputs fornecidos pelas empresas de serviços (por exemplo,
através do fornecimento de um inovador pacote de software feito sob medida.).
O Quadro 04, apresentado, a seguir, mostra um exemplo de frame sugerido com base
no modelo 4D.
Quadro 04 - Frame sugerido para medir inovações em serviços, adaptado pelo autor, a partir
do modelo 4D, apresentado por Marques e Monteiro-Barata, 2006.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Produtividade percapita X
% de empregados de vendas X
% de empregados treinados X
OPÇOES TECNOLOGICAS
% de orçamento para aperfeiçoamentos de rotinas X
% de softwares personalizados X
Custo por transação X
Fonte: (MARQUES; MONTEIRO-BARATA, 2006)
A inovação pode ser caracterizada como radical, incremental, sendo que as firmas
tanto podem criar algo novo, através de pesquisas e experimentação, quanto podem adotar
algo criado por terceiros, desde que seja novidade para a firma, e/ou para o mercado, a ser
considerado.
As firmas que optam por adotar uma inovação empreendem atividades que, em geral,
não têm relação com P&D, mas contribuem, sobremaneira, para o processo de inovação.
De acordo com o Manual de Oslo as inovações por adoção consistem em:
Maioria inicial que interage com seus pares, e segue a deliberação de adotar a
inovação.
3 A gestão da inovação.
adaptar conhecimentos, os processos inovadores não lograrão sucessos. Desta forma pode-se
inferir que P&D é necessário, porém, isoladamente, é insuficiente para gerar inovação.
Uma abordagem abrangente deve incluir P&D, elementos e suas relações de
influências sobre os processos de mudanças tecnológicas, tais como as capacidades e as
qualidades da produção, o gerenciamento e a articulação com outras instituições, além de
outras capacidades e competências, próprias da empresa, tais como os recursos qualificados
para produção, manutenção e controle de qualidade, distribuição, marketing, pós-venda,
relacionamentos com fornecedores e clientes, de forma a obter uma visão macro, e completa,
de todo o ambiente inovador.
Para apoiar suas decisões de alterar produtos e métodos, e gerar inovação, as empresas
tomam por base dados relevantes, tais como o tipo de inovação que se deseja criar, a estrutura
de recursos disponíveis, o estoque de conhecimento, e as competências existentes no
ambiente.
Desta forma o diagnóstico do ambiente inovador é importante para o planejamento de
inovações, e, neste sentido, os indicadores tornam-se instrumentos necessários, ao serem
considerados como os parâmetros, que medirão a diferença entre a situação que se espera
atingir, e a situação existente, ou seja, permitirão verificar se o que está sendo feito, está, ou
não dentro da meta, e velocidade desejada.
Assim, compreender a relação entre inovação e o desempenho nas firmas é muito
importante para a tomada de decisão no andamento do processo de inovação. O estímulo à
inovação propiciará ambiente favorável à obtenção de melhor desempenho e crescimento
econômico. (SIRILLI, 2000).
Veugelers fornece uma análise perspicaz do que julga ser os indicadores apropriados
para avaliar, e melhorar a capacidade de inovação, no contexto de crescimento das firmas. Em
seus trabalhos utiliza o conceito de National Innovative Capacity (NIC), definido como a
capacidade de uma nação, não só para produzir novas ideias, mas, também, para comercializar
um fluxo de tecnologias inovadoras, em longo prazo. Atenta para o fato de que para obter
uma visão realista, não se deve utilizar indicadores de forma isolada no processo de avaliação
do desempenho, e potencial de inovação, mas preferir a abordagem sistêmica para representar
as relações entre o conhecimento, os indicadores de inovação, e o desenvolvimento.
O fluxo de conhecimento propicia o aprimoramento das competências essenciais da
firma e é fonte primária pra a criação. Portanto a inovação resulta do tratamento equilibrado
dos processos de criação, de difusão, e de incorporação do conhecimento que se transforma
85
entre a evolução das despesas com P&D, e o desempenho das empresas. (CHANEY,
DEVINNEY; WINER, 1991)
Para Peteraf a forma como a inovação afeta a posição competitiva de uma empresa é
variável de acordo com o grau de profundidade da inovação, e que, portanto, o desempenho
das empresas depende do modelo de gestão implementado por cada empresa, para gerir seus
recursos, e sua capacidade para inovar (PETERAF, 1993).
Marques e Barata asseguram que o desempenho das empresas inovadoras,
independente do tipo de atividades inovadoras implementadas, e, em geral, devem apresentar
um melhor resultado, quando comparadas com as que não inovam (MARQUES;
MONTEIRO-BARATA, 2006).
Dreschsler e Natter consideram que o desempenho da firma está atrelado ao grau de
interesse da empresa com relação à inovação, e, também, do grau de abertura de seu processo
de inovação, afirmando que quanto maior este grau, melhor será o seu desempenho, e
afirmam que as empresas, em geral, que praticam as estratégias de inovação aberta obtêm
maior retorno dos seus investimentos (DRECHSLER; NATTER, 2012).
Percebe-se, pela literatura consultada, que os conceitos são convergentes. A
comparação da expectativa da firma e a realidade efetiva em relação ao seu desempenho
consiste no senso geral sobre a avaliação de desempenho das firmas, no que diz respeito à
prática de inovações.
atividade tecnológica, antes de sua agregação aos produtos, e sua comercialização. (PAVITT ;
STEINMULLER, 2002).
Autores relatam que muitos dos estudos sobre a relação da inovação e o desempenho
das firmas, em geral, apenas consideram as entradas do processo de inovação, sem levar em
conta as atividades de processamento, e os resultados. (HINLOOPEN, 2003; KLOMP; VAN
LEEUWEN, 2001). A maioria dos estudos, mencionados na literatura, baseou-se na
avaliação do investimento total em inovação, investimento em P&D, ou quantidade de
empregados e tempo dedicado a inovação. As conclusões obtidas relatam que o esforço de
inovação é afetado por fatores como o porte da empresa, intensidade das exportações, vendas,
dentre outros. O Quadro 06, a seguir, mostra, segundo a visão de autores de estudos que
culminaram em tais conclusões, as fases, mínimas, do processo de inovação, com a indicação
dos fatores, das variáveis de influência, e de seus respectivos autores.
89
(KLOMP; VAN LEEUWEN, 2001; MARQUES, 2004). Em geral, observa-se o uso desta
variável, sendo tratada como a participação percentual sobre o volume de negócio total, para
quantificar a intensidade de P&D de uma firma. Acredita-se que tal procedimento esteja
relacionado com a facilidade de coleta e avaliação da informação, e, também, por ser tal
variável amplamente utilizada, o que reduz possíveis distorções quando se pretende comparar
resultados entre os diferentes estudos.
Nos estudos antecedentes as variáveis do processo de produção de inovação
(throughput) são utilizadas para explicar a transformação de insumos em resultados de
inovação.
Segundo alguns autores, a variável mais frequente nos estudos empíricos relacionada
com os resultados da inovação é o percentual sobre as vendas de produtos novos. (SIRILLI,
2000; HINLOOPEN, 2003; KLOMP; VAN LEEUWEN, 2001; MARQUES et al., 2011)
A cooperação entre as instituições assume destaque, nos estudos recentes quando se
focaliza a interação entre as várias fases do processo de inovação em busca de novos produtos
(CHESBROUGH; VANHAVERBEKE; WEST, 2006).
Marques aponta que estudos empíricos realizados com empresas portuguesas
indicaram que nem sempre os subsídios recebidos pelas firmas para desenvolverem as
atividades de inovação constituem fator positivo na introdução de novos produtos e na
variação das vendas,para o desempenho empresarial. Tal achado indica que, possivelmente, o
objetivo principal das empresas pesquisadas é a obtenção de financiamento de suas atividades
inovativas e não o empenho na criação de novos produtos, a serem lançados no mercado, para
melhorar o volume de vendas.
Marques, relata, ainda, que os resultados revelados, em tais estudos, implicam em três
conclusões teóricas sobre o modelo de inovação aberta.
Inicialmente, ressalta a inegável, e recíproca, influência positiva entre as empresas
cooperantes, e que tal influência reflete sobre o desempenho empresarial. Em segundo lugar,
conclui-se que não há necessidade de analisar os setores, individualmente, pois se observou
similaridade de resultados na avaliação setorial, no tocante à cooperação para as atividades de
inovação. E, em terceiro lugar, observou-se a presença de regularidade estatística nos casos
estudados, com relação à influência negativa sobre o desempenho das firmas, no tocante aos
subsídios recebidos pelas empresas, para desenvolverem as suas atividades de inovação.
Diante do exposto, é possível considerar, relativa progressão nos estudos sobre a
influência do modelo de inovação aberta sobre o desempenho das firmas, apesar do assunto
91
ainda estar, muito recentemente, sendo tratado, carecendo portanto, de maiores quantidades de
estudos para confirmar e generalizar as tendências, mencionadas.
Inovação de processo.
Atividades Inovativas.
Fontes de financiamento.
Atividades de P&D.
Fontes de Informação.
Apoio do governo.
aberta, valorizando os talentos existentes, como importantes recursos necessários para inovar.
(CHESBROUGH; BRUNSWICKER, 2013)
Segundo Rossi, Souza e Ferreira (2011), os parceiros com os quais as empresas mais
se relacionam ao longo de seu processo de inovação são os fornecedores, os empregados, as
instituições de pesquisa e as empresas de mesmo segmento.(ROSSI; SOUZA; FERREIRA,
2011)
Hurmelinna, Kyläheiko e Jauhiainen (2007) ressaltaram o papel central da economia
baseada no conhecimento para a obtenção de lucros com inovações, alegando que não se trata
de tarefa trivial para a gestão, considerando que o conhecimento tácito, ou não, aliado aos
dispositivos legais que regulamentam sua exploração, tanto pode ser visto positivamente no
que diz respeito à proteção do patrimônio intelectual, quanto negativamente, na medida em
que pode significar entraves para a transferência e disseminação do conhecimento na empresa
e na rede de colaboração em que se insere. (HURMELINNA; KYLÄHEIKO; JAUHIAINEN,
2007)
Segundo Chesbrough e Brunswicker (2013), ao longo do processo de inovação aberta,
os atores envolvidos, inicialmente, agiam por tentativa e erro. Atualmente, apesar da
existência de informalidades, tais como cultura, valores e relações interpessoais, há quem
defenda a necessidade de se formalizar os fluxos de conhecimentos, estrategicamente, com
padronização e uso de métricas capazes de representar os impactos de tal modelo.
(CHESBROUGH; BRUNSWICKER, 2013).
como uma base dos esforços para inovação tecnológica. Tais pesquisas sustentavam-se no
modelo linear, com cadeia sequencial de atividades baseada na pesquisa básica, a pesquisa
aplicada, o desenvolvimento experimental, a produção, o mercado e o marketing, que
obedeciam as fases: invenção-inovação-difusão (BERNARDES, 2003).
A OCDE – Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico, editou o
Manual Frascati iniciando uma família de manuais metodológicos com o objetivo de
quantificar as atividades de inovação tecnológica, propondo a sistematização da construção de
séries estatísticas, internacionalmente, comparáveis. O manual frascati propôs o uso de
indicadores, para a elaboração de séries temporais, relativas às atividades inovativas, para fins
de benchmarking internacional.
As primeiras pesquisas de campo realizadas, na década de 60, para a composição de
indicadores de Ciência e Tecnologia, baseavam-se na orientação do Manual Frascati,
buscando compor indicadores de intensidade de Pesquisa e Desenvolvimento, (número de
pessoas alocadas e gastos). Os indicadores de balanço de pagamentos tecnológico como
indicadores de resultado, tais como os de produções científicas (bibliometrias) e tecnológicas
(patentes) surgiram nas décadas de 70 e 80. Os indicadores bibliométricos quantificam
informações sobre os artigos publicados nas revistas indexadas pelo Institute for Scientific
Information – ISI, com sede nos EUA.
Cabe ressaltar que, atualmente, as patentes são mantidas como importante medida que
auxiliam a avaliação da capacidade de inovação, e de produção tecnológica nos países
centrais, (América do Norte, Europa e Ásia).
Com o objetivo de quantificar a participação das atividades baseadas em
conhecimento na geração de riqueza nos países industrializados, desenvolveu-se neste
período, a primeira proposta da OCDE para a classificação de produtos industriais, conforme
agrupamento setorial, em que se privilegiava a intensidade tecnológica.
No final da década de 80, e mais, na década de 90, iniciou-se uma etapa das pesquisas
incorporação e ampliação de conceitos, evitando restringí-los às atividades de Pesquisa e
Desenvolvimento.
Lundvall, 1992, surgiu com nova agenda de pesquisas dando início à interpretação da
inovação como um fenômeno originado a partir dos processos de aprendizagem, e dependente
de outros aspectos, tais como difusão de novos equipamentos, recursos humanos, uso de
novas tecnologias de informação e comunicação, adoção e adaptação de novos processos e
formas de interação entre as empresas, usuários e instituições de Ciência, Tecnologia e
Inovação.
94
visão tradicional de aprendizagem, a qual omite atividades de rotina que podem ser tão
importantes quanto os gastos P&D.
E importante mencionar que os resultados de um sistema de inovação devem
incorporar as representações além do desempenho tecnológico, ou seja, o crescimento
econômico. Indicadores de crescimento econômico podem ser relevantes para comparar sistemas
e corresponder aos impactos de outros fatores que não, somente, da inovação. É possível
considerar que um crescimento apenas de quantidade produzida não seja, necessariamente, uma
resposta às mudanças qualitativas originárias de um esforço, reforçando a tese de que dados
isolados não são suficientes para representar os sistemas de inovação específicos. Os indicadores
têm acompanhado a evolução dos conceitos, ao longo do tempo, e demonstrado características
que permitem classificá-los em quatro gerações, conforme descritas, a seguir.
Primeira geração de Indicadores fundamentou-se na concepção linear da inovação
baseada em entradas de insumos, e vigorou nos anos 60s. A segunda geração já demonstrou
uma evolução, ao agregar, ao modelo anterior, a contabilidade das saídas intermediárias do
processo de inovação.
A terceira geração foi marcada pela integração dos dados públicos em busca de
benchmarkings, com foco na identificação do potencial de um país, ou região, para inovar.
Essas três primeiras gerações de indicadores são tradicionais e voltados pra indústria,
adequando-se ao modelo econômico clássico, que tem por base, a função de produção Y =
f(X) onde Y corresponde ao resultado da inovação, e é uma variável dependente de X que
corresponde aos insumos submetidos a um processo de transformação.
Mais recentemente, observa-se o destaque do setor de serviços, representando cada
vez um elemento crítico no processo de integração econômica setorial, pela geração de
emprego e renda. Dessa forma, iniciaram-se esforços para a produção de estatísticas obtidas a
partir de surveys de inovação, elaborados sob a abordagem de quantificação do objeto
econômico, através da quantificação, e da análise dos resultados da inovação. (ARCHIBUGI;
SIRILLI, 2000).
Neste contexto, surge a quarta geração, abrangendo os conceitos contemporâneos de
inovação e seus atores. Esta geração focaliza, além de variáveis quantitativas, ativos
intangíveis, que são imprescindíveis para o processo criativo, como o conhecimento, a
capacidade empresarial, que abrangem o conceito multicamadas, cuja análise exige
indicadores adicionais.
As redes de intercâmbios estabelecidas entre as organizações têm demonstrado ser um
aspecto marcante, uma vez que o processo de inovação, cada vez mais, tem se mostrado,
97
b) Indicadores de Processo.
O processo de inovação refere-se ao processo de transformação em direção à inovação.
Os indicadores de processo são usados para explicar a eficiência da transformação das ideias
em resultados inovativos. Tal eficiência pode ser avaliada sob o aspecto de custos de
implementação do processo inovativo, e, também, sobre quão bem sucedido será este
processo de inovação, e os esforços inovativos.
Ao se considerar o aspecto de custos, é possível perceber que existe uma relação entre
as entradas e saídas do processo de inovação. A eficiência da transformação da entrada para
a saída pode ser reforçada pela terceirização de partes das atividades de inovação, por
exemplo, a transferência de alguns estudos para centros de pesquisas. A visão desta
intensidade da inovação pode ser usada para maximizar os investimentos externos em P&D
(KLOMP; VAN LEEWEN, 1999). O ponto fraco deste indicador é a dificuldade de decompô-
lo não permitindo a avaliação e compreensão das trajetórias da inovação, entre fases. A
avaliação sob o aspecto de quão bem sucedido foi o processo permite detalhar a criação do
processo de inovação e como consequência, avaliar as orientações internas, e externas, bem
como focar nos relacionamentos entre as firmas. De acordo com a literatura, os indicadores
de processo, podem ser agregados em cinco grupos: obstáculos à inovação, estratégia da
inovação, fontes cruciais de informação para a inovação, e a cooperação interna e externa em
inovação. Isso vai influenciar a eficiência do processo de inovação. Klomp, et al.,(2001),
chamaram a atenção para a etapa do processo de difusão do conhecimento. A eficiência do
processo de inovação pode ser influenciada por vários aspectos como a cooperação com
outras empresas ou universidades, a visão da empresa, o conhecimento sobre os clientes, e as
mudanças organizacionais a serem realizadas. O Quadro 09, a seguir, mostra as vantagens,
desvantagens, e críticas sobre os indicadores de processo.
c) Indicadores de Resultado.
O resultado de um processo de inovação pode assumir diferentes formas. A mais
visível é a obtenção de um novo produto, ou de um produto modificado.
Por outro lado, as inovações de processo são importantes, na medida em que buscam
melhorar a rotina de transformação, tornando-a mais eficiente, podendo resultar em um efeito
direto sobre a rentabilidade da empresa, e não, necessariamente, na obtenção de um novo
produto.
A maioria dos estudos sobre indicadores de resultado está relacionada com as
inovações do produto, deixando as inovações de processo e de serviços com menor foco.
Em geral, em pesquisa empírica, indicadores de produção estão atrelados aos novos
produtos, e processos, e às modificações resultantes. No caso de produção de serviços, a
inovação não pode ser separada da inovação do processo desse serviço (DE JONG et al.,
2003).
Entre os principais indicadores de resultado estão: vendas em função da inovação (em
percentagem de vendas totais), número de patentes e lançamento de novos produtos.
O indicador de vendas pode ser considerado um indicador recente. A principal
vantagem deste indicador é a ligação direta, entre o esforço de inovação, e o sucesso
comercial. Ele se concentra, explicitamente, sobre o valor agregado da inovação para um
objetivo comum das empresas, que é o crescimento.
A participação de novos produtos no volume de negócios para a firma já se afigura, na
literatura, como uma métrica, frequentemente, utilizada. Como consequência, o indicador de
vendas é largamente utilizado. (MAIRESSE; MOHNEN, 2001; KLOMP; VAN LEEWEN,
1999). Este indicador pode ser facilmente adaptado aos setores de serviços.
As principais críticas abordam a necessidade de um método de pesquisa, o que pode
resultar em pouca informação, fazendo com que a comparação entre setores seja um
problema, visto que os ciclos de vida dos produtos são diferentes, em cada setor.
Outro indicador considerável trata das patentes que são, frequentemente, utilizadas
como um indicador intermediário de resultado da inovação (KLEINKNECHT, 1996, 2000).
As vantagens deste indicador estão na quantidade razoável de informações publicamente
disponíveis.
A importância relativa das patentes é clara, porém, como qualquer indicador, não deve
ser usado isoladamente, até por apresentar vulnerabilidades, tais como, a prática do uso
estratégico de patentes, que se destina a desviar um concorrente. De outro lado, é
comprovado, que muitas inovações não podem, ou, simplesmente, não são patenteadas, até
101
pela consideração dos elevados custos de imitação, e também pela opção do inovador em
manter o segredo industrial. .
Avaliando as diferentes medidas de resultados da inovação fica claro que o indicador
de vendas de novos produtos, ou serviços é um indicador importante. Ele está presente nas
pesquisas de Mairesse e Mohnen (2002), Klomp e Van Leeuwen (1999).
E por fim, é importante, notar, que uma inovação só é bem sucedida se for aprovada
pelo mercado, e resultar em vendas promovendo retorno econômico para a empresa. Outro
fator adicional é o uso orientado da inteligência de mercado, e da análise sistemática de
satisfação do cliente, que podem ser relevantes para explicar este processo.
Kleinknecht conclui que o indicador de vendas é robusto e serve como indicador de
inovação, quando abordado sob o aspecto de lançamentos de novos produtos, em conjunto
com os fatores que influenciam a produção inovadora. (KLEINKNECHT, 2000)
O Quadro 10, apresenta a avaliação das características dos indicadores de resultado
segundo a opinião de Canova.
Apesar dos dados sobre recursos dedicados a P&D serem importantes para os estudos,
as diretrizes do manual Frascati carregam limitações para seu uso, já que o insumo P&D,
embora mantenha vínculo com as mudanças técnicas, não as mede, uma vez que existem
outros fatores, como o aprendizado na prática e outros esforços que contribuem para que
ocorram as mudanças decorrentes das inovações. De outro lado o uso de patentes, como
indicativos de invenções para podem mostrar indícios sobre a direção de mudanças, e o
próprio manual aponta algumas fragilidades, e deficiências na utilização, elencando algumas
limitações, tais como:
Muitas inovações não correspondem a invenções patenteadas.
Distribuição do gasto com P&D entre P&D orientada pelo produto e P&D
orientada pelo processo.
Utilização de patentes.
Apesar de o Manual de Oslo reconhecer que as patentes, isoladamente, não devem ser
usadas como indicadores de inovação, ele as define como essenciais para um
entendimento mais aprofundado sobre o processo, e sugere que seja solicitado às
empresas, que avaliem a eficácia dos vários métodos para manter, e aumentar a
competitividade das inovações, que podem ser:
Obtenção de patente.
Registro de desenho.
Sigilo.
Aquisição/difusão.
Na abordagem pelo objeto podem ser distinguidos três tipos de dados: informações
descritivas, quantitativas, e qualitativas.
1) Informações descritivas:
Inovação do produto.
Inovações de processos.
2) Informações quantitativas.
Impacto da inovação.
3) Informações qualitativas.
Benefícios da inovação.
Difusão da inovação.
O setor de utilização.
Resultados.
Impactos econômicos – O peso econômico das patentes pode ser diferente, o que
prejudica a análise. Algumas patentes têm grande reflexo sobre a economia,
outras produzem pequeno impacto.
A estrutura do IBI, apresentada pela Figura 09, é composta por três índices
fundamentais: o Índice Agregado de Esforço; o Índice Agregado de Resultado; e um
índice (épsilon) de balanceamento entre as duas dimensões anteriores. O Índice
Agregado de Esforço (IAE) é subdividido em: Indicador de Atividades Inovativas
(IAI), que representam os valores despendidos em atividades para inovar; e Indicador
de Recursos Humanos (IRH), que mede a qualificação de recursos humanos
empregados em atividades de P&D. O Índice Agregado de Resultado (IAR), também,
se subdivide em dois: Indicador de Receitas de Vendas (IRV), que mede a receita
ponderada pelo índice de inventividade; e o Indicador de Patentes (IPT), que mede a
propensão das empresas a gerar patentes. Abaixo desse segundo nível, ainda, há um
terceiro nível com os indicadores, através dos quais o índice é calculado, num total de
quinze indicadores básicos. A ideia do indicador é medir o esforço da firma em
inovar, e os resultados provenientes desses esforços, e a relação entre essas duas
dimensões, através de .
109
IBI
Índice Brasil de
Inovação
IAE IAR ɛ
Indicador Agregado Indicador Agregado Variável de ajuste de
de Esforços de Resultados equilíbrio entre
IAE e IAR
Indicadores Básicos
PI = Dispêndios com p&D interna/receita liquida de vendas.
PI = Dispêndios com p&D Externa/receita liquida de vendas.
OC= Dispêndios com Outros conhecimentos externos/receita liquida de vendas.
SW= Dispêndios com p&D interna/receita liquida de vendas.
ME= Dispêndios com Maquinas e Equipamentos/receita liquida de vendas.
TR= Dispêndios com Treinamento/receita liquida de vendas.
LP= Dispêndios com lançamento de produto/receita liquida de vendas.
PR= Dispêndios com Projeto industrial/receita liquida de vendas.
GR= Total de Graduados ocupados/ total de pessoal ocupado.
MT= Total de Mestres ocupados/ total de pessoal ocupado.
DR= Total de Doutores ocupados/ total de pessoal ocupado.
RE= Receita total de vendas com produtos novos para empresa/receita liquida de vendas.
RN= Receita total de vendas com produtos novos no mercado Nacional/receita liquida de vendas.
RM= Receita total de vendas com produtos novos no mercado mundial/receita liquida de vendas.
PD = Total de patentes ou programas de computador concedido no período 2001-03/Total de
pessoal ocupado Dispêndios com p&D interna/receita liquida de vendas em 2003.
PC = Total de patentes ou programas de computador concedido no período 1994-2003/Total de
pessoal ocupado Dispêndios com p&D interna/receita liquida de vendas em 2003.
Grupos setoriais.
Grupo 1:
Máquinas e equipamentos.
Máquinas, aparelhos, e materiais elétricos.
Refino de petróleo e álcool.
Produtos químicos.
Produtos do fumo.
Grupo 3:
Miles relata que grandes esforços têm sido feitos para melhorar os dados sobre
inovação em serviços, procurando garantir o maior detalhamento e abrangência possível.
Miles observou-se que a maioria dos instrumentos de coleta de dados não contemplam
as atividades de inovação em serviços, embutindo tais atividades no ciclo de vida do processo
produtivo. São necessários novos frames para capturar as peculiaridades das inovações em
serviços, que extrapolem as médias de entrada e saída, abrangendo medidas intermediárias,
relacionadas com a gestão, e o processo de tomada de decisão na definição das políticas de
inovação. Tais medidas associadas às medidas de desempenho poderão espelhar o ciclo de
inovação em serviços e subsidiar a busca pelos fatores facilitadores, ou inibidores do
processo. Tais variáveis afetam o processo de inovação, no momento da transformação dos
recursos durante a produção dos serviços. (MILES, 2008)
Os estudos sobre inovação dependem de grande variedade de fontes de dados os quais
podem ser classificados em sete grupos (SMITH 2005):
P&D.
Quadro 11 - fatores que contribuem para medir a inovação em serviços: Recursos Humanos
RECURSOS HUMANOS Entrada Processo Saída Desempenho
Empregados com ensino superior
Parcerias com firmas de treinamento
A falta de pessoal qualificado
Quadro 14 - fatores que contribuem para medir a inovação em serviços: Mudanças não
tecnológicas
MUDANÇAS NÃO TECNOLÓGICAS Entrada Processo Saída Desempenho
Estratégia da empresa
Gestão
Marketing
Organização
"outras" despesas de Inovação (% s/ volume de
negócios)
Quadro 17- fatores que contribuem para medir a inovação em serviços: Propriedade
intelectual
PROPRIEDADE INTELECTUAL Entrada Processo Saída Desempenho
Participação das empresas utilizam as patentes
Participação das empresas usam marcas
Ações de empresas que utilizam projeto
Fonte: (KANERVA; HOLLANDERS; ARUNDEL, 2006).
Diversos estudos descrevem achados que determinam uma relação estreita entre a
inovação e o desempenho econômico financeiro da firma.
115
Para Shumpeter:
“a criação de produtos de destruição criadora; quer dizer, a inovação gera monopólio, o monopólio
cria lucros e os lucros atraem imitadores até ao regresso a uma normalidade, seguindo-se outras
inovações e uma repetição do ciclo” (MULLER, 1990; NELSON, 1986).
Freeman ressaltou que existem exceções para tal generalização, tanto por setor, quanto
por país, e classificou as pequenas firmas, em três categorias:
122
Para explicar a fraca relação entre intensidade de pesquisas e o tamanho das firmas
apregoadas por outros autores, Freeman utilizou evidências indiretas, tais como a expansão
dos parques tecnológicos, e as empresas incubadas. (FREEMAN, 2009)
Nem sempre o papel das firmas pequenas no início da evolução de um setor prevalece
idêntico em estágios posteriores, muitas vezes, tanto o quadro evolutivo, quanto a tecnologia
demonstram dinâmicas diferentes nos estágios posteriores, condenando, desta forma as
generalizações. Não se pode negar que as pressões competitivas podem fomentar as
inovações, mas elas podem ser tão fortes, em oligopólios internacionais altamente
concentrados, quanto em uma indústria formada por pequenas firmas.
Corroborando com o exposto infere-se que a decisão de inovar é influenciada por
diversos fatores, dentre outros, o porte da empresa, a intensidade de exportações, o registro de
patentes, a participação de engenharia não P&D, e o grau empreendedorismo dos
administradores.
A decisão de inovar é um momento importante para as empresas e afeta a alocação dos
seus recursos em face das necessidades do processo de inovação.
Na maioria dos estudos, as variáveis associadas ao resultado do processo de inovação
estão relacionadas com vendas dos produtos novos.
Klomp , (1999), ressaltou que a influência dos subsídios, do nível dos investimentos
em P&D, dos sistemas colaborativos, das barreiras que impedem entrantes no ramo, dos
fluxos de caixas, das vendas, da maturidade da firma e das oportunidades tecnológicas são
variáveis que explicam a propensão a inovar. (KLOMP; VAN LEEUWEN, 1999)
Em síntese, os estudos divulgados na literatura sugerem a confirmação de que:
a percentagem de vendas de novos produtos foi a variável mais utilizada para
avaliar o resultado do processo de inovação.
“Uma parte importante deste entendimento refere-se aos aspectos econômicos do processo, tais
como custos, retorno dos investimentos, estrutura de mercado, taxas de crescimento e distribuição dos
possíveis benefícios. Ainda se sabe muito pouco sobre estes aspectos econômicos da inovação, mas,
paulatinamente, estamos começando a construir um corpo de observações e generalizações
sistemáticas, juntamente com as hipóteses explanatórias sustentadas por dados empíricos”.
(FREEMAN, 2008)
124
Considerou-se que o impacto global da inovação sobre a firma possa ser medido, em
termos de produtividade, de crescimento, e de bem-estar. É possível que as inovações
ofertadas ao mercado reflitam o volume de investimentos realizado em termos de P&D, de
conhecimento novo gerado pela pesquisa, bem como da eficiência administrativa na alocação
dos insumos. Estes aspectos poderão ser observados, pelo monitoramento dos resultados da
firma e da estrutura de seu ambiente, com base em informações, tais como:
Resultado econômico da firma.
b. Recursos humanos
1) Percentual de pessoal formado na empresa nos diversos níveis em relação ao total da
empresa.
2) Tempo de experiência dos colaboradores por nível de escolaridade.
3) Diversidade de pessoas treinadas nos vários níveis.
4) Adoção de processos de recrutamento e retenção.
5) Adoção de processos de recompensas e premiações vinculados às inovações bem sucedidas.
6) Quantidade de Profissionais em cada nível de escolaridade, em pesquisa e desenvolvimento.
7) Quantidade de Profissionais de outras instituições.
8) Quantidade de Estagiários de pesquisa e desenvolvimento.
9) Quantidade de Colaboradores externos (fornecedores, clientes, Agencias governamentais,
consultores, Universidades).
10) Existência de critérios para seleção e recrutamento voltados para as competências da
empresa.
11) Quantidade de pessoas treinadas em atividades de atendimento ao cliente.
12) Produtividade em relação ao período anterior.
13) Quantidade de Prêmios no Período.
c. Tecnologia
1) Intensidade no uso de tecnologia
2) Desenvolvimentos de tecnologias próprias
3) Prospecção tecnológica
4) Monitoramento de cadeia, preços e volumes em mercados.
A verificação do efeito das políticas que fomentam a inovação, pode ser obtida por
indicadores que mostrem a influência dos fatores no desenvolvimento de inovação na
empresa, resultante da análise de seus ambientes interno, e externo. .
A Tabela 04, a seguir, mostra alguns dos indicadores que podem ser considerados
para esse fim.
128
Alguns dos indicadores, que podem ser utilizados para a avaliação do cenário de
investimentos, e de financiamentos para a ciência e inovação, são mostrados através da
Tabela 05, a seguir:
Tabela 05 - indicadores de nível de Investimento em inovação
Indicadores: Investimentos
a. Despesas de P & D (inclui aquisição de software, equipamentos, formação,
concepção e marketing).
1) Percentual utilizado, em relação ao total de financiamento público no período.
2) Percentual utilizado, em relação ao total de investimentos com recursos próprios
no período.
3) Percentual em relação ao total de gastos em pesquisa no período.
4) Percentual em relação ao total de gastos com desenvolvimento de produtos,
processo e serviços no período.
Diversas são as estratégias que as firmas podem adotar, quando o assunto é inovação,
dependendo do tipo de inovação que se pretende promover.
As inovações por adoção não exigem que as firmas desenvolvam atividades,
específicas, de P&D. O processo de adoção envolve diversas outras atividades, em geral, sem
129
relação direta com P&D, tais como, a identificação de novos conceitos e tecnologias de
produção, o estabelecimento de projetos pilotos seguidos de estruturas para produção em
escala, e a obtenção de informações técnicas, pagar royalties.
Este cenário não reduz a importância de tais firmas na geração de inovação, e no
desempenho corporativo. (OCDE, 1997). Tais firmas adquirem know-how, e competências
através de vários tipos de consultorias de engenharia e projeto, bem como, através de
competências humanas, importantes para a produção, desenvolvidas, e fortalecidas
internamente, ou adquiridas através de contratação, e da criação, ou detecção e
aproveitamento de nova oportunidade.
Um mercado em que as estratégias de crescimento são dominantes produz ambiente
favorável para a geração de inovação incremental (ETTLIE; BRIDGES; O'KEEFE, 1984).
As inovações incrementais são praticadas, em geral, em curto prazo, e exigem
processos estruturados, direcionados para melhoria de produtos, processos, serviços, e
tecnologias. Em geral, são firmas estáveis que primam pela previsibilidade, e controle
(TUSHMAN; SMITH, 2002; PULLEN et al., 2009).
Inovações incrementais tornam a firma mais competitiva, estendendo a vida útil de
seus produtos e serviços, ao refinarem, e aprimorarem produtos e técnicas existentes
(DAMANPOUR; WISCHNEVSKY, 2006).
Quanto aos processos que geram as inovações radicais, estes se caracterizam pelo grau
de originalidade que carregam, por serem resultados da autonomia e liberdade concedida ao
criador. A autonomia é básica para que o processo criativo flua, entendendo esta, como a
liberdade de uso dos recursos, e a definição dos objetivos do que se pretende fazer. Ahmed
caracteriza a autonomia sob dois aspectos:
Estratégica: a liberdade para definir própria agenda.
É importante notar que a inovação é somente um dos fatores que pode influenciar o
desempenho de uma firma. A firma, em geral, não se mantem lucrativamente estável o tempo
todo. Isto porque está sujeita às externalidades, e, também, aos eventos no seu ambiente
interno.
Existem limitações conceituais e operacionais dos indicadores de retorno, que devem
ser motivo de análise, para não produzirem distorções que prejudiquem os resultados.
Em geral, as métricas contábeis são categorizadas em grupos, rotulados por
lucratividade, liquidez, e alavancagem. (BARNEY; HESLEY, 2007)
O que nos interessa no momento, é a medida da lucratividade, ou retorno que relacione
o lucro obtido, e os recursos aplicados em inovação.
As métricas para avaliar o desempenho da firma, em geral, são fundamentadas em
medidas contábeis financeiras, que no caso de avaliação de inovação, podem ser:
ROII - (Return on Innovation Investment) Retorno sobre os Investimentos em
Inovação, é obtido através da equação apresentada, a seguir.
ROII: Lucro
Investimento
Trata-se de índice muito interessante para empresas inovadoras, uma vez que
abrange a importância do capital intelectual da firma, no processo de inovação.
Pode ser obtido através da equação apresentada, a seguir:
ROSI: Lucro
Receitas
ROCEI: NOPLAT
Capital Investido.
Onde:
NOPLAT = Net Operating Profits Less Adjusted Taxes
ROE – (Return On Equity) Retorno sobre patrimônio líquido, que pode ser obtido
através da seguinte equação:
Outras medidas, além das descritas acima, são sugeridas por Barney & Hesterly, que
defendem o uso do VPL - valor presente líquido por considerarem expectativas de caixa,
permitindo previsões, e pelo fato de que se baseiam em fluxos de caixa, não estariam
vulneráveis às manipulações gerenciais (BARNEY; HESTERLY, 2007; ECCLES, 1992).
Dearden ressalta que o uso de medidas de valor presente impõe dificuldades, que
podem provocar distorções nos resultados, tais como a decisão sobre o horizonte temporal a
considerar, a imprecisão das estimativas futuras devido à estimação da taxa de desconto
(DEARDEN, 1969).
Por serem similares às medidas habituais de retorno contábil não incorporam os efeitos
futuros dos ativos intangíveis, tais como motivação dos empregados, fidelidade dos clientes,
liderança, cultura e reputação da empresa, com exceção no caso em que tais recursos sejam
considerados na estimativa de desempenho futuro. (BARNEY; HESTERLY, 2007).
É importante considerar alguns dos principais relatórios da análise, e realizar uma
avaliação crítica dos resultados.
VPL – Valor Presente Líquido.
Fiegenbaum ressalta que a firma terá que se adaptar e realizar mudanças para manter,
ou aumentar a rentabilidade de seus ativos, e se tornar competitiva no mercado.
(FIEGENBAUM; THOMAS, 2004).
O risco permeia qualquer mudança organizacional, tanto pela incerteza quanto à
produção frutífera, quanto pela estabilidade em relação à gestão interna que, em geral,
enfrenta resistências. Desta forma somente firmas empreendedoras com vocação à mudança
estarão aptas a realizar mudanças estratégicas significativas. (PRAHALAD; DOZ, 1987;
FIEGENBAUN; THOMAS, 2004).
134
54 GERAÇÃO DE CONHECIMENTO: RECURSOS HUMANOS 73,6298234811 0,3695664707 49,9222167923 0,3613758349 0,0081906358 0,1982758621 0,8017241379
29 - Estrutura 256,7379310345 0,3040047621 270,8068965517 0,3009589212 0,0030458409 0,1379310345 0,8620689655
1 Qual o total de empregados da empresa, no período? 1.980,0000000000 0,0219793789 2.135,0000000000 0,0211837208 0,0007956581 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual o total de empregados da empresa, no período anterior? 1.605,0000000000 0,0243531492 1.562,0000000000 0,0246778640 -0,0003247148 1,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de mestres, no período? 150,0000000000 0,0754862330 130,0000000000 0,0806337539 -0,0051475209 1,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de mestres, no período anterior? 100,0000000000 0,0909090909 100,0000000000 0,0909090909 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de doutores, no período? 50,0000000000 0,1238993431 55,0000000000 0,1188184905 0,0050808526 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de doutores, no período anterior? 25,0000000000 0,1666666667 22,0000000000 0,1757340838 -0,0090674171 1,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de graduados no período? 1.500,0000000000 0,0251700023 1.610,0000000000 0,0243162245 0,0008537778 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de graduados, no período anterior? 1.200,0000000000 0,0280575614 1.100,0000000000 0,0292686514 -0,0012110900 1,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de consultores externos, no período? 80,0000000000 0,1005604039 100,0000000000 0,0909090909 0,0096513130 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de consultores externos, no período anterior? 50,0000000000 0,1238993431 50,0000000000 0,1238993431 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de Profissionais de outras instituições no período? 30,0000000000 0,1543870888 30,0000000000 0,1543870888 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de Profissionais de outras instituições, no período anterior? 18,0000000000 0,1907435698 22,0000000000 0,1757340838 0,0150094860 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de Estagiários de pesquisa e desenvolvimento no período? 280,0000000000 0,0563913998 340,0000000000 0,0514427402 0,0049486596 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de Estagiários de pesquisa e desenvolvimento, no período anterior? 180,0000000000 0,0693654071 200,0000000000 0,0660408825 0,0033245245 0,0000000000 1,0000000000
Qual a quantidade de Colaboradores externos (fornecedores, clientes, .Agencias
50,0000000000 0,1238993431 250,0000000000 0,0594834872 0,0644158559 0,0000000000 1,0000000000
1 governamentais, consultores, Universidades), no período?
Qual a quantidade de Colaboradores externos (fornecedores, clientes, .Agencias
1 governamentais, consultores, Universidades), no período anterior? 50,0000000000 0,1238993431 50,0000000000 0,1238993431 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Exis te rede form al de colaboração? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de acordos de cooperação, no período? 50,0000000000 0,1238993431 50,0000000000 0,1238993431 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de acordos de cooperação, no período anterior? 32,0000000000 0,1502211048 32,0000000000 0,1502211048 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Exis te com partilham ento de recurs os tecnológicos ? (S/N) 0,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Exis te aliança com outras ins tituições de pes quis as ? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Existe plano de carreira? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Existe programa de recompensas? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Existe programa de participação nos lucros? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
Qual a taxa de rotatividade? (%) (n0. de empregados que saem/ total de empregados da
1 empresa), no período? 0,3000000000 0,3000000000 0,3000000000 0,3000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
Qual a taxa de rotatividade? (%) (n0. de empregados que saem/ total de empregados da
1 empresa), no período anterior? 0,1000000000 0,1000000000 0,1000000000 0,1000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Existe pessoal dedicado exclusivamente à P&D? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual o tempo médio de maturidade da equipe, no período? 5,0000000000 0,3090169944 5,0000000000 0,3090169944 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual o tempo médio de maturidade da equipe, no período anterior? 4,0000000000 0,3333333333 4,0000000000 0,3333333333 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
8 - Capacitação 44,5000000000 0,5761392439 63,9550561798 0,5485585901 0,0275806538 0,0000000000 1,0000000000
1 Exis te Sis tem a de com unicação eficiente para troca de inform ações entre os em pregados ? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 O aces s o a bas es científicas é facilitado? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Exis te algum proces s o definido para trans ferência de tecnologia? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual foi o núm ero de s es s ões de troca de conhecim ento realizadas , no período? 180,0000000000 0,0693654071 180,0000000000 0,0693654071 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual foi o núm ero de s es s ões de troca de conhecim ento realizadas , no período anterior? 150,0000000000 0,0754862330 150,0000000000 0,0754862330 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual foi o núm ero de eventos e feiras as s is tidos , no período? 12,0000000000 0,2240092377 2.500,0000000000 0,0196078431 0,2044013946 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual foi o núm ero de eventos e feiras as s is tidos , no período anterior? 10,0000000000 0,2402530734 12,0000000000 0,2240092377 0,0162438356 0,0000000000 1,0000000000
1 São m antidos fluxos de inform ações técnicas ? ( S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
3 - Treinamento 177,0000000000 0,3719582956 2,6045197740 0,3748122318 ‐0,0028539361 0,6666666667 0,3333333333
1 Exis te Program a de des envolvim ento de pes s oal? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de horas de treinam ento percapta , no período? 280,0000000000 0,0563913998 260,0000000000 0,0583958127 ‐0,0020044130 1,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de horas de treinam ento percapta, no período anterior? 250,0000000000 0,0594834872 200,0000000000 0,0660408825 ‐0,0065573954 1,0000000000 0,0000000000
2 - Recrutamento e Seleção 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1 Existe Processo de recrutamento e seleção (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
Exis tem critérios para s eleção e recrutam ento voltados para as com petências da em pres a? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 0,0000000000 1,0000000000
1
12 - Resultados 36,1708333333 0,3348629931 11,0890450409 0,3053011013 0,0295618918 0,5833333333 0,4166666667
1 Qual a Produtividade da mão de obra no período ? (%) 0,0500000000 0,0500000000 0,1000000000 0,1000000000 -0,05000000001,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias geradas no período? 200,0000000000 0,0660408825 180,0000000000 0,0693654071 -0,00332452451,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias geradas no período anterior? 150,0000000000 0,0754862330 150,0000000000 0,0754862330 0,00000000000,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias implementadas no período? 20,0000000000 0,1827439976 18,0000000000 0,1907435698 -0,00799957221,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias implementadas no período anterior? 18,0000000000 0,1907435698 12,0000000000 0,2240092377 -0,03326566791,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias implementadas com sucesso no período? 20,0000000000 0,1827439976 18,0000000000 0,1907435698 -0,00799957221,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias implementadas com sucesso no período anterior? 15,0000000000 0,2052130962 12,0000000000 0,2240092377 -0,01879614161,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias implementadas sem sucesso no período? 0,0000000000 1,0000000000 0,0000000000 1,0000000000 0,00000000000,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade de ideias implementadas sem sucesso no período anterior? 3,0000000000 0,3660254038 2,0000000000 0,4142135624 -0,04818815861,0000000000 0,0000000000
1 Qual a quantidade deSpin-offs criados no período? 4,0000000000 0,3333333333 5,0000000000 0,3090169944 0,02431633900,0000000000 1,0000000000
1 Qual a quantidade deSpin-offs criados no período anterior? 3,0000000000 0,3660254038 3,0000000000 0,3660254038 0,00000000000,0000000000 1,0000000000
1 Há cumprimento de Metas de produtividade? (S/N) 1,0000000000 1,0000000000 1,0000000000 0,5000000000 0,50000000000,0000000000 1,0000000000
140
Líderes de mercado: São empresas que detém a liderança no mercado em que atuam,
apresentando altos índices estruturais e técnicas implantadas, e resultados consistentes com
ambiente.
Prósperas:São empresas que se situam próximas das líderes de mercado, mas embora
tenham uma boa estrutura ambiental e técnicas implantadas, seus resultados são inferiores às
líderes de mercado. No limite ficam as empresas que apresentam boa estrutura mas, mas
demonstram alguma ineficiência em gestão, pelo fato de não conseguir resultados condizentes
com a estrutura e técnicas implantadas.
Essas empresas se destacam pela estrutura ambiental e bom nível de técnicas
implantadas, porém seus resultados são inferiores aos esperados. Essa situação pode ocorrer
quando as melhorias organizacionais realizadas precisam de um tempo mais longo para
maturação, ou quando o esforço de estruturação é alto, criando sistemas burocráticos ou,
141
ainda, pode ser uma característica natural de setores com elevados requisitos de controle de
processos, tal como o setor médico.
Aventureiras: são empresas que se aventuram no mercado para aproveitar
oportunidades detectadas. Focam em resultados e não possuem a estrutura necessária para
suportar suas ações. Entretanto, essa é uma situação que deve ser, urgentemente, revertida,
pois, apesar do potencial dessas empresas ser alto, empresas aventureiras não costumam
sobreviver no mercado.
Em processo de maturação:são empresas, que já dispõem de boa estrutura e estão
desenvolvendo seus produtos e serviços, preparando-se para entrar no mercado. Encontram-se
aqui as empresas incubadoras de negócios.
Incipientes: a exemplo das empresas em maturação, estas empresas estão
desenvolvendo seus produtos e serviços, e estruturas, e se preparando para entrar no mercado,
mas seus negócios ainda não estão consolidados.
Resumindo, o modelo proposto de avaliação de firmas tem suas bases nos seguintes
conceitos:
avaliação focada nos processos organizacionais.
A discussão sobre o que consiste a geração de valor em uma atividade comercial tem
transcendido as fronteiras econômicas, pois a percepção de valor depende das necessidades
dos envolvidos. Para a determinação do critério de avaliação do potencial de geração de valor
foram consideradas as seguintes perspectivas:
Financeira e econômica
Mercado e imagem
A inovação pode ser vista como uma perturbação que promove uma desestruturação
no mercado, propiciando uma reengenharia de produtos, de processos, e de serviços, ao
disponibilizar ao mercado novidades, sob vários aspectos (BESANKO, 2012). Diversas
melhorias ocorrem, ou para atender a uma demanda de mercado, ou para resolver um
problema específico, interno ou externo à firma. (PADOVANI et al, 2008).
Em busca de melhores condições de gerenciamento do processo inovativo, Clarck e
Wheelwright criaram a ferramenta denominada por funil de Inovação, que mostra, além das
etapas de desenvolvimento do produto, com algum detalhamento, as verificações e avaliações
do projeto. Ao longo de tais etapas, ocorrem a avaliação e seleção dos projetos com maiores
potenciais para aceitação pelo mercado, e para alcançar os objetivos estratégicos da empresa,
e a eficácia empresarial (CLARK; WHEELWRIGHT,1993). O processo de avaliação das
invenções tem início com a avaliação do conceito, gerado no processo criativo, para o
desenvolvimento de produtos, processos e/ou serviço, novos.
O Funil de Inovação é uma ferramenta que prevê reavaliação das opções, do fluxo das
decisões fundamentais, e da qualidade da decisão. (CLARK; WHEELWRIGHT ,1993)
Além das avaliações previstas no funil, outros critérios e filtros, embasados na revisão
das gerências departamentais, e da cúpula, definem se o projeto deve, ou não, ser continuado.
As etapas do Funil de Inovação são apresentadas na Figura 12, a seguir.
148
Figura 13- Funil da inovação sob a visão da inovação aberta e fechada. Adaptada pelo autor
com base em Clark e Wheelwright, 1993; e Chesbrough, 2003.
A figura do funil, apresentada acima, mostra a fase de avaliação das invenções como um
processo a ser executado internamente na firma. Isto foi sugerido, para preservar o sigilo de
informações estratégicas da firma, uma vez que há que se avaliar os recursos disponíveis e a
149
estratégia a ser adotada, para o que exige o uso de informações sigilosas da empresa. Desta
forma apenas em situações em que ocorre P&D colaborativo é recomendável a participação
externa nesse processo, e ,ainda assim, recomenda-se restringir o acesso, apenas, às
informações relacionadas com o projeto a ser tratado, ou seja, aquelas relacionadas,
diretamente, com o protótipo do projeto, sua implementação, e produção, já que no modelo
de inovação aberta, os custos e royalties são compartilhados.
É nesta fase que são realizadas as avaliações de viabilidade técnica e econômica dos
projetos. Cabe, portanto,n especial atenção às técnicas implantadas e praticadas pela firma, no
tocante ao gerenciamento, identificação, análise qualitativa, quantitativa, planejamento de
respostas, controle e monitoramento dos riscos. Estas atividades são de vital importância, pois
seus resultados serão utilizados para a decisão de se desenvolver, ou não, os projetos
propostos.
Devido a grande importância da questão, em pauta, foi elaborado um quadro explicativo sobre
os aspectos e atores que recomenda-se que sejam considerados nessas análises, conforme
apresentado no Quadro 20, a seguir.
150
É importante esclarecer, que esta etapa de avaliação abrange atividades que resultam
na identificação do tipo de inovação a ser implementada, da viabilidade do projeto, incluindo
ai a viabilidade econômica e de aceitação no mercado, e do grau de imitabilidade, analisando
custo, matéria prima necessária, e tecnologias disponíveis, bem como do volume de
investimento necessário para tornar realidade, a novidade a ser lançada no mercado.
Finalizada esta fase, prossegue-se para as atividades de produção.
“...por meio de coleta e análise de dados, busca garantir que o programa de produção emitido
seja executado a contento...”(TUBINO, 2000).
É importante que os problemas sejam identificados, e resolvidos o mais rápido
possível, de forma a responderem pela coleta de dados (índices de defeitos, horas
/máquinas e horas/homens consumidas, consumo de materiais, índice de quebra de
máquinas, produtividade de mão de obra, etc...) do sistema produtivo.
É importante ressaltar que a coleta e o registro dos dados sobre o emprego de
máquinas, homens e materiais, devem ser realizados de maneira que as informações possam
ser disponibilizadas, tão logo o programa de produção seja liberado, permitindo a
identificação de desvios entre o programado, e o executado, de forma ágil, porém sem
negligenciar as questões relacionadas com a integridade dos dados, e com a necessidade
da informação.
De posse dos dados pode-se compará-los com o programa de produção emitido,
identificando-se possíveis desvios que demandem ações corretivas. (TUBINO, 2000).
A estratégia empresarial deve-se concentrar em desenvolver seus recursos para
estabelecer as condições necessárias para a consecução dos seus objetivos institucionais.
154
“... Se um fabricante microcomputadores decidiu para ser o primeiro no mercado com novos
produtos inovadores, sua função produção precisa ser capaz de enfrentar as mudanças de
inovação contínua exigidas...” (SLACK; HARRISON; JOHNSTON, 1997).
As atividades de produção devem se ater ao desenvolvimento, ou aquisição de
processos que sejam flexíveis o suficiente para fabricar novos produtos, ou serviços,
organizando e treinando funcionários para que absorvam as mudanças nos produtos,
transpondo-as para os processos produtivos. Deve-se manter relacionamento estreito com os
fornecedores e clientes para a busca rápida de meios de fornecimento de novos
componentes,e para a percepção do nível de exigência dos consumidores, conforme
recomendam Slack e Harrison.
“... quanto melhor a produção fizer essas coisas, mais apoio estará dando para a estratégia competitiva
da empresa...” (SLACK et al., 1997).
Não foi uma das preocupações no presente estudo, no momento, criar suporte empírico
para estudos de generalizações de perfis estruturais de empresas que possam ser utilizados
para análise de sensibilidade e para estudos do comportamento de cada variável, em longo
prazo, de maneira a revelar uma medida de sinergia entre os vários fatores facilitadores e os
obstáculos ao longo do processo inovativo. A intenção foi estabelecer um modelo para avaliar
o ambiente e criar uma relação do ambiente com os resultados da firma.
O modelo, ora proposto, oferece uma ferramenta que poderá ser utilizada para estudos
empíricos de benchmarking, e possibilitará a avaliação do fenômeno sinérgico ao se
considerar o conjunto de fatores, e o compartilhamento do desempenho sobre cada um.
Serão apresentados, a seguir, considerações gerais sobre os indicadores de inovação e
desempenho, bem como, a estrutura arquitetônica proposta, para a avaliação do ambiente
inovativo da firma, considerando os aspectos, de forma consolidada, apresentados na
literatura consultada.
Além das atividades descritas são avaliados o desempenho finaneiro da firma., bem
como os efeitos das Externalidades positivas e Negativas, representadas pelos.
Legenda da Figura 16
159
O objetivo é propor um modelo lógico para um sistema que seja capaz de criar
indicadores de inovação e estimar o impacto de tais índices sobre a rentabilidade da firma, obtida
com a comercialização de novos produtos ou serviços. É necessário para tal, estabelecer medidas
para os fatores que promovem a inovação empresarial.
Os fatores devem ser classificados, levando-se em conta as características relacionadas às
atividades que compõem todo o ciclo de desenvolvimento de inovações, tais como o
desenvolvimento de produtos, definições de processos, tipo de inovação, e impactos que
proporcionam, dentre outras.
As medidas dos critérios são obtidas por um processo de avaliação que forneça
procedimentos, que possibilitem quantificar a atuação dos fatores nos resultados.
Após os critérios terem sido medidos, deverá ser aplicado um método de agregação, que
fornecerá as medidas unificadas, que indicarão a contribuição dos fatores, no resultado final. A
Figura 17 mostra o esquema de funcionamento do modelo proposto para a agregação das
métricas.
INFORMAÇÕES
SOBRE O
AMBIENTE
Fatores MEDIDAS
UNIFICADAS
FATORES
AGREGAÇÃO
CRITÉRIOS
NORMALIZAÇÃO
AVALIAÇÃO MEDIDAS
RESULTANTES
Para realizar a agregação das métricas é preciso que as medidas sejam normalizadas, para
que os critérios com valores elevados não distorçam os efeitos dos critérios com valores baixos.
Estão previstos três tipos de medidas:
A normalização, exigirá a aplicação de uma função que deverá mapear qualquer valor de
n Є [0,N ] para o intervalo de 0 a 1.
Além disso, para n=0 a função deverá indicar a presença total do critério (f(n)=1) e,
ainda, incrementos em n deverá provocar o decréscimo na quantificação do critério até o limite
inferior de f(n)=0.
Desta forma qualquer função que atenda tais condições, mencionadas acima, poderá ser
utilizada. No entanto recomenda-se, como default, o uso de uma função que permita variações,
mais regulares possíveis, quando aplicada. É importante ressaltar que a função de normalização
deve permitir, que a cada aumento de “n“ haja uma redução na quantificação do critério até zero.
Esta característica deve ser cuidadosamente observada, pois no momento da agregação deve-se
considerar a natureza dos fatores que estão sob tais medidas, isto porque, quando considerarmos,
por exemplo, um ambiente que possui valores altos investimento, ou com grande quantidade de
162
empregados ignifica que o ambiente é custoso o que torna o produto final mais caro, e isto
impacta negativamente a taxa de retorno dos investimentos. Por outro lado ao considerarmos um
ambiente com elevada quantidade de projetos, tal impacto já poderá ser visto como positivo, pois
aumenta as chances de lançamentos de novos produtos no mercado. Portanto, quanto menor o
resultado da normalização maior deverá ser considerado o efeito, a ser considerado, no cômputo
global do indicador. Desta forma, nos casos em que a normalização leva aos valores próximos de
zero, em sendo variável com efeito positivo sobre os resultados, deverá ser considerado no
cálculo do índice, o complemento de tal valor. Isto é, um valor alto ao ser normalizado dará um
resultado normalizado próximo de zero, porém seu complemento será próximo de 1. O mesmo
não deverá ocorrer com variáveis que produzam efeitos negativos, como obstáculos por exemplo.
Neste caso o valor utilizado deverá ser o valor calculado e mapeado, não devendo ser
considerado o seu complemento, para o cômputo global dos índices.
Desta forma qualquer função que atenda às exigências, descritas acima, caberá a sua
representação, como mostrada pela da Figura 18.
É importante esclarecer que é necessário que o usuário estime os valores esperados para
os critérios, subfatores e fatores de inovação, para que se possa encontrar a diferença entre os
valores normalizados da medida esperada, e os valores normalizados da medida obtida para o
critério.
A separação do grau de inovação, indicando estar acima, ou abaixo da expectativa é
importante para que o gerente possa empreender ações adequadas, identificando, pontualmente,
as vulnerabilidades e os pontos fortes da estrutura do ambiente de inovação existente.
Desta forma pode-se fazer di ser a diferença entre os valores normalizados da medida
esperada, e os valores normalizados da medida obtida para o critério, obtendo-se:
di = cie -cio
Onde: di = desvios das expectativas de inovação.
cie = valor esperado da avaliação.
cio = valor obtido na avaliação.
É importante notar, que di poderá assumir valores positivos e negativos, desde que a
medida obtida seja inferior, ou superior, respectivamente, ao valor esperado.
Assim, para evitar distorções, tendo em vista compensação de valores devido à falta de
inovação esperada de certos fatores, e o excesso de outros, faz-se:
Bi= 1 se di >0 e Bi =0 se di <=0
Onde:
Bi = falta de inovação (badness), ou que representará o desvio médio positivo entre a
avaliação esperada, e a avaliação obtida o qual indicará a ausência de inovação esperada.
Gi = grau de inovação (goodness) ou que representará o desvio médio negativo entre a
avaliação esperada e a avaliação obtida o qual indicará a existência de inovação igual ou superior
à esperada.
Sendo que Bi + Gi = 1 Gi=1-Bi
A proposta considera que o usuário deva fornecer valores para suas expectativas para cada
fator, ou metas definidas para serem alcançadas por cada fator. Isto porque, ao identificar o gap
existente entre o planejado e o executado o usuário poderá identificar fatores críticos no seu
ambiente, podendo, como já foi mencionado, exercer ações pontuais para corrigir tais
discrepâncias.
Desta forma a diferença “di” obtida entre os valores normalizados das expectativas e das
medidas reais, será: di = cie -cio
Os valores de di corresponderão às diferenças verificadas entre o que foi planejado, e o
que foi executado, durante o período considerado na análise, podendo ser obtidos valores
positivos, caso as expectativas superem o realizado efetivamente, ou negativa caso o esperado
fiquem abaixo das expectativas, ou ainda ser iguais a zero, caso o planejado seja cumprido
plenamente. Desta forma, é importante ressaltar que a função de agregação deverá evitar a
compensação das diferenças observadas em relação aos diversos critérios que serão agregados,
para compor o fator. É possível resolver este problema, tornando:
Bi = 0 se di <= 0 e Bi = 1 se di > 0, permitindo, desta forma, que sejam excluídas, apenas,
as quantidades relativas à não inovação, ou badness Innovation.
A agregação, dos valores Bi em f´, então, ocorrerá da seguinte forma:
n
f’ c1, c2, ...cn ∑ di /n
i 1
Gi= 1 – Bi
A separação do grau de inovação em bom, ou ruim, é importante para que o gerente possa
empreender ações adequadas, identificando, pontualmente, os fatores que estão abaixo do grau de
inovação esperado, e vice e versa.
Uma vez calculados os índices de cada subfator, estes serão agregados formando índices
locais por fase do processo até alcançar um índice global para a firma.
É importante notar que o índice global corresponderá à média dos índices de cada fator,
que por sua vez, corresponderá à média de seus subfatores. Desta maneira é possível calcular a
participação percentual de cada fator, ou subfator no índice global, permitindo visualizar a
composição estrutural do índice global. Tal fato é importante, pois tal estrutura deverá ser
transposta sobre os índices de rentabilidade globais obtidos para a firma, com a comercialização
de novos produtos, para estimar o impacto de cada fator, ou subfator sobre o índice de retorno
dos investimentos realizados.
Além disso, os indicadores não podem possuir ambiguidade, e devem ser de fácil compreensão,
de forma a facilitar o processo de treinamento do usuário, na interpretação dos resultados, para
que se possa utilizar a ferramenta, em todo o seu potencial. A Figura 19, apresenta a arquitetura
do modelo proposto, com os fatores e subfatores principais considerados no questionário de
coleta de informações.
4.4.4.1 Investimentos
4.4.4.2 Criação
CONHECIMENTO
COMO PODE SER AVALIADO
POLÍTICAS
ESTRATÉGIAS
SUSTENTABILIDADE
A Figura 22 mostra como pode ser avaliado o subfator Recursos Humanos no que se
refere à criação..
RECURSOS HUMANOS
SUBFATOR RECURSOS HUMANOS
COMO PODE SER AVALIADO
Contingente
CRIAÇÃO 1.Total de empregados da empresa
2.% de pessoal formado na empresa nos diversos
GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
níveis em relação ao total da empresa.
3.Quantidade de Profissionais em cada nível de
escolaridade, em pesquisa e desenvolvimento.
RECURSOS HUMANOS
4.Quantidade de Profissionais de outras instituições
Contingente de empregados da 5.Quantidade de Estagiários de pesquisa e
empresa. desenvolvimento
Escolaridade dos empregados 6.Quantidade de Colaboradores externos
Colaboração com outras (fornecedores, clientes, agências governamentais,
instituições (pesquisadores, consultores, Universidades).
fornecedores, clientes, 7.Quantidade de mestres
agencias, consultores, 8.Quantidade de doutores
universidades). 9.Quantidade de graduados
Maturidade da equipe 10.Quantidade de pessoal de outras instituições
Sistemas de Recompensas 11.Nível de satisfação dos colaboradores
Processo de Recrutamento
Seleção Maturidade
Processo de retenção. 1.Tempo de experiência dos colaboradores por nível
Programa de treinamento. de escolaridade
Rede de relacionamento com 2.Tempo médio de maturidade da equipe
outras instituições 3.Tempo médio de rotatividade de pessoal
4.Tempo médio de permanência na empresa
TECNOLOGIA
Recompensas
1.Adoção de processos de recompensas e
POLÍTICAS premiações vinculados às inovações bem sucedidas
ESTRATÉGIAS 2.Se há programas de recompensas
SUSTENTABILIDADE
Recrutamento e seleção
1.Existência de critérios para seleção e recrutamento
voltados para as competências da empresa.
2.Se há processo de recrutamento e seleção definido
3.Se pratica a alocação por competência.
Treinamento
1.Se há programas de treinamentos definidos
2.Quantidade de pessoas treinadas em atividades de
171
atendimento ao cliente
3.Quantidade de horas empreendidas em
treinamentos
4.Diversidade de pessoas treinadas nos vários níveis
Retenção.
1.Adoção de processos de recrutamento e retenção
2.Se há participação nos lucros
3.Se a alocação ocorre por competências
4.Se pratica avaliação de desempenho.
5.Quantidade de Prêmios no Período
6.Se há plano de carreira
7.Produtividade em relação ao período anterior
Rede de relacionamentos
1.Se existe rede de colaboração
2.Quantidade de acordos de cooperação
Figura 22 - subfator Recursos - Elaborada pelo autor.
A Figura 23 mostra como pode ser avaliado o fator Tecnologia, no que se refere às
atividades de criação.
4.4.4.3 Políticas
A Figura 24, apresentada a seguir, , mostra como podem ser avaliados os subfatores,
politicas, estratégias, sustentabilidade, no que se refere ao processo de criação, abrindo os
subfatores apresentando os critérios que podem ser utilizados para avaliar cada subfator.
É importante mostrar os índices de retorno financeiro neste momento, de forma a se ter
noção dos possíveis retornos a serem obtidos através do processo que inicia o desenvolvimento
de uma inovação, que é a criação. Sem criação não há inovação.
173
COMO É AVALIADO
FATOR E SUBFATOR
POLITICAS
1.Se existem alianças com instituições de pesquisa
2.Variação na quantidade de acordos de cooperação
POLÍTICAS
3.Se existem fluxos predeterminados de informações entre
Alianças empresas
Fluxos de informações 4.Se existem fluxos de informações internas
Subvenções 5.Se existem produtos licenciados para outras empresas
Licenças 6.Variação de quantidade de licenças para outras empresas.
Produtividade 7.Quantidade de Subvenções
Custos 8.Variação da quantidade media de produtos lançados
Lançamentos 9.Se existe definição de metas para lançamentos.
10.Variação da quantidade media de spin offs criados
ESTRATÉGIAS 11.Se existem processos para pre lançamentos.
Definição de agenda 12.Se existem metas para redução de custos.
Resolução de problemas 13.Se existe Sistema de gestão de uso de tecnologias
Marca 14.Se são definidas estratégias de atuação no Mercado
Gestão
Monitoramento ESTRATÉGIAS
Interface com os clientes 1.Se há estratégia para inovação.
Pesquisa de opinião 2.Se há liberdade para definir agendas.
Incentivo e estimulo à 3.Se há Liberdade para resolver problemas
inovação 4.Se existe processo de publicidade pré-definido
Priorização de temas para 5.Se é feito monitoramento dos principais fatores externos
inovação que poderiam afetar a empresa
Mercado 6.Se há processo definido para relacionamento com os
clientes
SUSTENTABILIDADE 7.Se são feitas pesquisas de opinião e satisfação dos clientes
8.Se são feitas pesquisas e sugestões dos clientes para novos
Crescimento da quota de produtos
9.Se são feitas pesquisa de opinião interna.
EXTERNALIDADE EXTERNALIDADE 10.Se existe cultura organizacional orientada para inovação
POSITIVA: NEGATIVA: 11.Quantidade de inovações em temas priorizados.
INCENTIVOS OBSTÁCULOS
Gestão
1 Se os processos são integrados
2.Se pratica gestão de tecnologia e inovação
Mercado
1.Qual o Mercado potencial?
2.Quantidade de rivais?
3.preços baseados no custo?
4. Preços baseados no valor percebido pelo cliente?
5.preços baseados na concorrência?
SUSTENTABILIDADE
1.Total de produtos comercializados pela empresa
174
4.4.4.4 Externalidades
A Figura 25, a seguir, mostra como pode ser avaliada a presença das externalidades
positivas e negativas, sobre o processo de criação.
INCENTIVOS.
ATIVIDADES DE INOVAÇÕES 1.Se há compartilhamento de infraestrutura
2.Se os preços de insumos, equipamentos e mão
de obra praticados no mercado estão coerentes
com os da empresa
EXTERNALIDADES EXTERNALIDADES 3.Se a especialização de uma região favorece o
POSITIVAS: NEGATIVAS E desenvolvimento de competências para a
INCENTIVOS OBSTACULOS
inovação.
4.Se a diversidade do ambiente da região
estimula a criatividade.
compartilhamento de infra-estrutura tecnológica
comum de tecnologia.
5.Se há incentivo legal para produção na região
6.Se há restrição legal para produção na região.
OBSTÁCULOS
1.Se há falta de informação sobre tecnologias.
2.Se há falta de pessoal qualificado
3.Se há escassez de serviços técnicos.
Produção de conhecimento
Cooperação empresa X universidade
/Institutos de Pesquisa.
1.Se há dificuldade para se adequar aos padrões.
2.Se há poucas possibilidades de cooperação
3.Se há rigidez organizacional
4.Se há fraca resposta dos consumidores
5.Se há falta de informação sobre o mercado.
Econômico
1.Há escassez de fontes de financiamento.
2.Há elevados custos para inovação.
3. Altos riscos econômicos.
Figura 25 - subfatores Externalidades e Obstáculos - Elaborada pelo autor.
176
A Figura 26, a seguir, mostra como pode ser avaliados os impactos causados pelo
lançamento de inovações no mercado.
4.4.4.5 Impactos
SUBFATOR IMPACTOS
COMO SÃO AVALIADOS
INOVAÇÕES
Portifólio.
1.Quantidade de produtos ou serviços desenvolvido de forma
colaborativa.
IMPACTOS 2.Quantidade de produtos ou serviços desenvolvidos internamente
Produtos novos
Spin offs 3.Valor total do portifólio de inovação.
Patentes 4.Valorização anual do portifólio de inovação.
Sucesso 5.Número de ideias geradas por fornecedores.
Insucesso
Novos clientes 6.Número de ideias geradas por clientes.
Custos 7.Número de ideias geradas internamente.
Produção Vendas.
Retorno
Mercado 1.Crescimento de vendas por cliente em outros serviços
Gestão 2.Percentual das vendas de produtos lançados nos últimos 2 anos
Cliente 3.Percentual das vendas originadas de idéias de terceiros
Colaboradores
Spin offs.
1.Número de spin-offs realizadas;
2.Variação da Quantidade de spin offs identificados
Patentes.
1.Número de patentes registradas
2.Número de patentes solicitadas.
3.Variação da Quantidade de Patentes/ ou de solicitação de
Sucesso.
1.Taxas de sucesso em relação ao período anterior
2.Taxas de insucesso em relação ao período anterior
3.% de projetos executados com sucesso
Clientes.
1.Variação da Quantidade de novos clientes em relação ao período
anterior
2.Taxa de satisfação do cliente em relação ao período anterior
3.Taxa de satisfação dos colaboradores em relação ao período
anterior
4.Tempo de adoção pelos clientes.
5.Nível de satisfação dos clientes
Custos.
1.Redução de custos alcançada na organização devido aos esforços
de inovação.
Produção.
177
É o elemento da arquitetura do sistema que permite aos usuários interagir com o sistema,
submetendo o problema, e, respondendo perguntas, ou dando informações adicionais, para a
resolução do problema.
A proposta é a de construção de uma interface gráfica, intuitiva de forma a exigir o
mínimo de treinamento, para seu uso. Este mecanismo permitirá interação com o sistema, de
forma amigável.
A base de conhecimento poderá conter, além das regras, informações para a configuração
do sistema, considerando as características locais, informadas pelo avaliador.
Nesse momento o sistema deverá estabelecer o contexto da base de conhecimento que
será utilizado, realizando podas nas árvores de busca, em função das características informadas.
Isto porque o avaliador poderá optar por avaliar apenas uma área da empresa, e, também,
determinados fatores.
Deve existir um conjunto de atributos default caso o avaliador não deseje especificar
quais os fatores deseja que seja acionado para avaliar sua empresa. Desta forma a avaliação ficará
adequada às características locais. E pela configuração default, as avaliações poderão ser
utilizadas, no futuro, para realização de benchmarking, com outras empresas. (LIAO, 2004)
180
Base conhecimento.
A Figura 28 mostra como a base de conhecimento poderá ser organizada para suprir o
motor de inferência, para que possam ser executadas as funções que resultam em Benchmarking,
conforme elencadas, a seguir.
Comparar o desempenho da firma considerando tipo de inovação praticada.
Regional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
Nacional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
Dentro de cada tipo de inovação praticada comparar o desempenho da firma com
todas as empresas.
Regional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
Nacional.
Distância do melhor índice.
Distancia do pior índice.
Regional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
Nacional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
Comparar o desempenho da firma com todas as empresas.
Regional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
Nacional.
Distância do melhor índice.
Distância do pior índice.
183
Firma
Desempenho - Comparação
Regional Nacional
Mecanismo de aprendizagem.
O sistema pode ser usado como referência para aferir o grau de inovação das firmas, já
que propõe metodologia que incorpora modelo de definição, e de avaliação da inovação.
O relatório final deverá apresentar a avaliação dos fatores, e o resultado da agregação
destes, de forma a permitir uma análise detalhada dos resultados setorialmente.
Figura 33 - Árvore de decisão: Esquema geral da Caracterização da firma- Elaborada pelo autor.
189
Figura 34A - Detalhamento: Árvore de decisão Tipo da firma - Elaborada pelo autor.
190
Figura 34B - Detalhamento: Árvore de decisão Setor de atuação- Elaborada pelo autor.
Figura 34C - Detalhamento: Árvore de decisão Porte da firma - Elaborada pelo autor.
191
Figura 34D - Detalhamento: Árvore de decisão Tipo de inovação que pratica- Elaborada pelo
autor.
As árvores apresentadas, a seguir, mostram exemplos que podem ser utilizados para
representar o processo de elaboração dos índices de alguns fatores e subfatores. A árvore de
decisão 36 mostra a elaboração do índice relacionado com investimentos.
193
Figura 36 - Árvore de decisão para elaboração do índice relacionado com o fator investimento -
Elaborada pelo autor.
Figura 37 - Árvore de decisão para elaboração do índice relacionado com o subfator Geração de
Conhecimento - Elaborada pelo autor.
195
Árvore de Políticas.
5.1.3 Ferramentas.
)
(deffacts initial‐facts "some initial facts"
(mensagem(r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? "))
(mensagem(r2 "A empresa é multinacional? (sim/nao)? "))
(mensagem(r3 "Entre com o numero de empregados da empresa: "))
(mensagem(r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: "))
(mensagem(r5 "Entre com o numero de empregados da empresa publica: "))
)
;;****************
;;* DEFFUNCTIONS *
;;****************
(deffunction ask_question (?question $?allowed‐values)
(printout t ?question)
(bind ?answer (read))
(if (lexemep ?answer)
then (bind ?answer (lowcase ?answer)))
(while (not (member ?answer ?allowed‐values)) do
(printout t ?question)
(bind ?answer (read))
(if (lexemep ?answer)
then (bind ?answer (lowcase ?answer))))
?answer)
(deffunction sim_ou_nao_p (?question)
(bind ?response (ask_question ?question sim nao s n))
(if (or (eq ?response sim) (eq ?response s))
then sim
else nao))
(deffunction read_num (?num)
(bind ?num (read))
)
(deffunction calc_tax (?num)
(bind ?num(* ?num 4))
)
;;;**************************
;;;* REGRAS PARA AS QUESTÕES*
;;;**************************
;;;* EMPRESA PUBLICA | PRIVADA*
(defrule determina_empresa_publica
(not (empresa_publica ?))
(not (resultado ?))
(mensagem (r1 ?MSG))
=>
(assert (empresa_publica (sim_ou_nao_p ?MSG))
)
)
206
;; *TAMANHO EMPRESA PUBLICA*
(defrule determina‐tamanho‐publica ""
(empresa_publica sim)
(not (resultado ?))
(not (tamanho_empresa ?))
(mensagem (r5 ?MSG))
=>
(printout t ?MSG)
(bind ?numero_empregados (read‐number))
(if (> ?numero_empregados 100)
then
(assert (tamanho_empresa grande))
else
(assert (tamanho_empresa média))
)
(assert (resultado "empresa pública"))
)
;;;* NAO É PÚBLICA*
(defrule determina_multinacional
(empresa_publica nao)
(not (resultado ?))
(mensagem (r2 ?MSG))
=>
(assert (empresa_privada sim))
(assert (empresa_multinacional (sim_ou_nao_p ?MSG))
)
)
;;; *TAMANHO EMPRESA privada*
(defrule determina‐tamanho‐empresa‐privada ""
(empresa_multinacional nao)
(not (resultado ?))
(not (tamanho_empresa ?))
(mensagem (r3 ?MSG))
=>
(printout t ?MSG)
(bind ?numero_empregados (read‐number))
(if (< ?numero_empregados 50)
then
(assert (tamanho_empresa pequena))
else
(if (> ?numero_empregados 100)
then
(assert (tamanho_empresa grande))
else
(assert (tamanho_empresa média)))
)
(assert (resultado "empresa privada"))
)
;;;* TAMANHO EMPRESA MULTINACIONAL*
207
(defrule determina‐tamanho‐multinacional ""
(empresa_multinacional sim)
(not (resultado ?))
(not (tamanho_empresa ?))
(mensagem (r4 ?MSG))
=>
(printout t ?MSG)
(bind ?numero_empregados (read‐number))
(if (> ?numero_empregados 100)
then
(assert (tamanho_empresa grande))
else
(assert (tamanho_empresa média))
)
(assert (resultado "empresa multinacional"))
)
;;;************************
;;;* REGRAS DE RESULTADOS *
;;;************************
(defrule empresa_publica‐resultado ""
(empresa_publica sim)
(not (resultado ?))
=>
(assert (resultado "A empresa é publica."))
)
(defrule empresa_multinacional‐resultado ""
(empresa_multinacional sim)
(not (resultado ?))
=>
(assert (resultado "A empresa é multinacional."))
)
(defrule nenhuma‐conclusao ""
(declare (salience ‐10))
(not (resultado ?))
=>
(assert (resultado "Conclusão não encontrada."))
)
;;;********************************
;;;* REGRAS DE INICIO E CONCLUSÃO para avaliação do tipo e porte da
;;; empresa *
;;;********************************
(defrule system‐banner ""
(declare (salience 10))
=>
(printout t crlf crlf)
(printout t "*************************************************"crlf crlf)
208
(printout t "Sistema especialista para avaliação de inovação" crlf)
(printout t "*************************************************"crlf crlf)
(printout t crlf crlf )
)
(defrule imprime‐resultado ""
(declare (salience 10))
(tamanho_empresa ?item)
(resultado ?res)
=>
(printout t crlf crlf)
(printout t "Conclusão:")
(format t " %s%n%n%n" ?res)
(printout t crlf crlf)
(printout t "A empresa é: ")
(format t " %s%n%n%n" ?item)
(printout t crlf crlf)
)
;;;* Execução*
CLIPS (6.30 3/17/15)
CLIPS> (load "C:/tools/CLIPS/inov2.clp")
Defining deftemplate: mensagem
Defining deffacts: initial‐facts
Defining deffunction: ask_question
Defining deffunction: sim_ou_nao_p
Defining deffunction: read_num
Defining deffunction: calc_tax
Defining defrule: determina_empresa_publica +j+j+j+j
Defining defrule: determina‐tamanho‐publica +j+j+j+j+j
Defining defrule: determina_multinacional +j+j+j+j
Defining defrule: determina‐tamanho‐empresa‐privada +j+j+j+j+j
Defining defrule: determina‐tamanho‐multinacional +j+j+j+j+j
Defining defrule: empresa_publica‐resultado =j=j+j
Defining defrule: empresa_multinacional‐resultado =j=j+j
Defining defrule: nenhuma‐conclusao +j+j
Defining defrule: system‐banner +j+j
Defining defrule: imprime‐resultado +j+j+j
TRUE
CLIPS> (reset)
<== f‐0 (initial‐fact)
==> f‐0 (initial‐fact)
==> f‐1 (mensagem (r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? ") (r2 "A empresa é
multinacional? (sim/nao)? ") (r3 "Entre com o numero de empregados da empresa:
") (r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: ") (r5 "Entre com o
numero de empregados da empresa publica: "))
==> f‐2 (mensagem (r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? ") (r2 "A empresa é
multinacional? (sim/nao)? ") (r3 "Entre com o numero de empregados da empresa:
") (r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: ") (r5 "Entre com o
numero de empregados da empresa publica: "))
CLIPS> (run)
209
FIRE 1 system‐banner: *
**************************************************************************
;;;Sistema especialista para avaliação de Ambiente de Inovação da Empresa*
**************************************************************************
FIRE 2 determina_empresa_publica: *,*,f‐2
A empresa é publica? (sim/nao)? n
==> f‐3 (empresa_publica nao)
FIRE 3 determina_multinacional: f‐3,*,f‐2
==> f‐4 (empresa_privada sim)
A empresa é multinacional? (sim/nao)? n
==> f‐5 (empresa_multinacional nao)
FIRE 4 determina‐tamanho‐empresa‐privada: f‐5,*,*,f‐2
Entre com o numero de empregados da empresa: 300
==> f‐6 (tamanho_empresa grande)
==> f‐7 (resultado "empresa privada")
FIRE 5 imprime‐resultado: f‐6,f‐7
Conclusão: empresa privada
A empresa é: grande
<== f‐0 (initial‐fact)
<== f‐1 (mensagem (r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? ") (r2 "A empresa é
multinacional? (sim/nao)? ") (r3 "Entre com o numero de empregados da empresa:
") (r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: ") (r5 "Entre com o
numero de empregados da empresa publica: "))
<== f‐2 (mensagem (r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? ") (r2 "A empresa é
multinacional? (sim/nao)? ") (r3 "Entre com o numero de empregados da empresa:
") (r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: ") (r5 "Entre com o
numero de empregados da da empresa publica: "))
<== f‐3 (empresa_publica? nao)
<== f‐5 (empresa_multinacional? nao)
<== f‐7 (resultado "empresa privada")
==> f‐0 (initial‐fact)
==> f‐1 (mensagem (r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? ") (r2 "A empresa é
multinacional? (sim/nao)? ") (r3 "Entre com o numero de empregados da empresa:
") (r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: ") (r5 "Entre com o
numero de empregados da empresa publica: "))
==> f‐2 (mensagem (r1 "A empresa é publica? (sim/nao)? ") (r2 "A empresa é
multinacional? (sim/nao)? ") (r3 "Entre com o numero de empregados da empresa:
") (r4 "Entre com o numero de empregados da multinacional: ") (r5 "Entre com o
numero de empregados da da empresa publica: "))
CLIPS> (run)
FIRE 1 system‐banner: *
210
************************************************************************
;;;*Sistema especialista para avaliação de Ambiente de novação da Firma*
************************************************************************
FIRE 2 determina_empresa_publica: *,*,f‐2
A empresa é publica? (sim/nao)? s
==> f‐3 (empresa_publica sim)
FIRE 3 determina‐tamanho‐publica: f‐3,*,*,f‐2
Entre com o numero de empregados da da empresa publica: 300
==> f‐4 (tamanho_empresa grande)
==> f‐5 (resultado "empresa pública")
FIRE 4 imprime‐resultado: f‐4,f‐5
Conclusão: empresa pública
A empresa é: grande
CLIPS>
5.2 Relatórios.
O sistema pode ser usado como referência para aferir a estrutura de inovação das firmas,
já que propõe metodologia que incorpora modelo de definição, e de avaliação da inovação. As
opçoes de relatórios a serem obtidos, são muitas, podendo ser formatado o relatorio considerando
apenas as informações que sejam relevantes para o usuário. Os relatórios poderão mostrar os
fatores e o resultado da agregação destes, permitindo uma análise setorial detalhada. Os Quadros
e os gráficos apresentados, a seguir, mostram exemplo de simulação de um dos relatórios que
poderá ser gerado pelo modelo, e gráficos comparativos elaborados a partir dos dados levantados
e simulados.
211
217
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0000000000
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1 Bi: Bad Innovation
0,0
Difusão‐ GESTÃO de DE…
Difusão ‐ SUPORTE POS…
Entendimento do…
Difusão ‐ PLANO…
Difusão ‐ PLANO…
Difusão ‐…
Coleta de informações do…
Gi: Good Innovation
Difusão ‐ DISTRIBUIÇÃO
V ‐ DIFUSÃO
Difusão ‐ Rede
Difusão ‐ GESTÃO
Difusão ‐ controle
Difusão ‐ MARKETING
Difusão ‐ VENDAS
Difusão ‐ INVESTIMENTOS
6 Conclusões
políticas de alocação de recursos da empresa de forma a elevar seu nível de inovação, e seus
resultados econômicos.
Como contribuições do trabalho é possível considerar que houve redução das lacunas
observadas nos diversos trabalhos de mensuração tradicional, ao se disponibilizar uma ferramenta
passível de configuração para as características locais de aplicação, suprindo as necessidades da
firma, fornecendo uma ferramenta que permita realizar comparações internas e externas, em
termos de grau de inovação, de forma a orientar os administradores na alocação dos recursos e na
definição de suas estratégias, sendo de grande valia para subsidiar a definição de política de
alocação de recursos da empresa de forma a elevar seu nível de inovação, e obter vantagens
competitivas.
A contribuição adicional consistiu na viabilização de realização de benchmarkings
internos e externos, em termos de índice de inovação, permitindo orientar os administradores na
alocação dos recursos e na definição de estratégias, de forma pontual.
Isolamento dos efeitos da inovação por adoção: Outro problema encontrado foi a
dificuldade em isolar inovação, que resulta da adoção de tecnologias, oriundas de
fora da firma, mas que colaboram com o processo de criação da firma.
226
Falta de dados: A possível ausência de dados sobre firmas com fraca ou nenhuma
atividade de inovação, pois, em geral, estas, dificilmente, assumirão que não inovam.
Referências.
AVANITIS, S.; HOLLERSTEIN, H., The impact of spillovers and knowledge heterogeneity
on firm performance: evidence from Swiss manufacturing, in: Kleinknecht; Mohnen (eds.),
2002.
___________. New Technology and the New Services. Towards an Innovation Strategy for
Europe, Futures, 18(6), 1986B.
___________. Interactive Innovation in Financial and Business Services: The Vanguard of the
Service Revolution, Research Policy, 19, 1990.
BIRKINSHAW, J.; SHEEHAN, T. Managing the knowledge life cycle’, MIT Sloan
Management Review, vol. 44, no 1, pp. 75-83. 2002
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7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES):
Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA
8.
PALAVRAS-CHAVE SUGERIDAS PELO AUTOR:
Indicadores de Inovação. Sistemas especialistas. Avaliação do ambiente de inovação. Impactos econômicos da inovação.
9.PALAVRAS-CHAVE RESULTANTES DE INDEXAÇÃO:
Indicadores; Inovações tecnológicas; Sistemas especialistas; Crescimento econômico; Empreendedorismo; Administração.
10.
APRESENTAÇÃO:
ITA, São José dos Campos. Curso de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e Aeronáutica
Área de Produção. Orientador: Arnoldo Souza Cabral; coorientador: Takashi Yoneyama. Defesa em 02/12/2016.
Publicada em 2016.
11.
RESUMO:
A relação da inovação com o crescimento econômico é, praticamente, intuitiva, porém quando tratamos de análise da
firma há que se fazer um exame detalhado com estudos empíricos, de maneira a esclarecer essa relação em sua essência,
identificando a amplitude de tal influência e os seus fatores determinantes. O objetivo principal desta pesquisa consistiu na
apresentação de um modelo para cálculo de indicadores para avaliação do ambiente de inovação de empresas.
Considerou-se a inovação como resultado do ‘empreendedorismo’ e do processo sistêmico, dinâmico e complexo,
envolvendo diversos agentes internos e externos à firma. Nesta pesquisa a inovação é tratada como um processo não
linear, evolucionário, complexo e interativo, de forma a permitir o desenvolvimento de uma metodologia para a
determinação dos fatores aplicáveis ao processo de inovação, responsáveis pela variação do desempenho econômico
financeiro da firma. A identificação dos fatores determinantes de cada fase do processo de inovação propiciou a
observação da estrutura e das técnicas implantadas no ambiente da firma, possibilitando o cálculo de um índice global de
desempenho inovativo, servindo como referência para comparação das empresas. Os fatores considerados são
classificados levando-se em conta as características relacionadas com o desenvolvimento de produtos, processos e
serviços e impactos que proporcionam nos resultados tanto de produtividade quanto de retorno financeiro. As medidas dos
critérios são obtidas por um processo de avaliação que fornece procedimentos objetivos permitindo quantificar a atuação
dos fatores sobre os resultados. Os critérios, depois de quantificados, são submetidos a um método de agregação que
unifica as medidas, e indicam o grau de incorporação dos fatores no resultado final. Trata-se de procedimento proposto
para agregar as medidas normalizadas, com o objetivo de unificar medidas distintas e possibilitar a quantificação dos
fatores. É necessário que o usuário estime os valores esperados para os critérios, subfatores e fatores de inovação. Assim
foi possível verificar a diferença entre os valores normalizados da medida esperada e os da medida observada, e realizar a
separação do grau de inovação em bom ou ruim, permitindo que a firma empreenda ações adequadas de forma pontual no
ambiente para alcanças suas metas. São obtidos, além dos índices de inovação, indicadores de desempenho relativos às
diversas áreas responsáveis pela composição do índice, revelando o grau de influência de cada variável no cômputo global
do índice. Esta pesquisa poderá subsidiar a empresa no processo de definição de políticas de alocação de recursos de
forma a administrar o seu nível de inovação, e seus resultados econômicos. Foi sugerida a automação do modelo através
de sistemas baseados em conhecimento por serem, modulares e permitirem a expansão da base de conhecimento, ao longo
do tempo, bem como a sua customização em função das características locais. Assim melhorias ou adaptações neste
trabalho poderão ser realizadas com a inclusão de outros atributos ou funcionalidades relacionadas com o
desenvolvimento de produtos que se fizerem necessárias. Este trabalho abordou tema, disperso na literatura,
disponibilizando uma ferramenta de alto valor agregado, viável para aplicação prática. Modelo proposto incorpora, tanto
um modelo de definição, quanto de avaliação da inovação, e preenche uma lacuna, não plenamente, ocupada pelas
abordagens, até então conhecidas. Embora a estrutura de avaliação apresentada esteja voltada para empresas, pode ser
aplicável em instituições públicas, visto ser a ferramenta customizável.
12.
GRAU DE SIGILO:
(X ) OSTENSIVO ( ) RESERVADO ( ) SECRETO