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TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Prof.(a) ______________________________
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(assinatura)
No século XVI, na Inglaterra, houve a tentativa de criar uma lei para favorecer
os “vagabundos e miseráveis” a chamada Poor Law ou Lei dos Pobres, aprovada no
final do reinado da Rainha Elizabeth, porém sem sucesso. O princípio da caridade e
custódia foi definido pelo empresário A. Carnigie em 1899. Segundo Cândido
Ferreira, Gildeon Carvalho e José Francisco, (2010, p.63), “Caridade” nada mais é
do que os mais afortunados ajudando os menos desafortunados e “custódia”
estabelece que o capital permaneça sob zelo dos mais ricos e influentes. Contudo
começaram a brotar dúvidas com a responsabilidade social vigente, em paralelo
novas definições formaram-se:
3. TERCEIRO SETOR
Segundo Helena (2007, p.75), o surgimento de estudos relacionados ao
terceiro setor surgiu a partir dos anos 60, em que a variedade de organizações
participantes do terceiro setor, e a crescente privatização e comercialização de
serviços sociais forçaram os pesquisadores a desenvolver estudos e fundamentos
em relação ao terceiro setor. Baseando-se nas teorias: teoria da incapacidade do
governo e do mercado, teoria do suprimento de bens, teoria da falha de confiança,
teoria das contradições do estado de bem-estar social.
Dando continuidade ao que foi citado por Weisbrod (citado por Helena, 1998,
p. 76), o terceiro setor cresce de maneira proporcional ao encolhimento do governo.
Na provisão dos bens coletivos que lhes são exclusivamente pertinentes e de modo
proporcional à diversidade da população que se apresenta, capacitando-o
financeiramente para atender a uma demanda que o mercado não supre.
Salamon e Ahheier (citado por Helena, 1998) apresentam quatro regimes para
o desenvolvimento do terceiro setor: liberal, social-democrata, corporativa e
estadista respectivamente:
No Brasil, mais de 250 mil organizações estão voltadas para o terceiro setor,
empregando aproximadamente 2 milhões de pessoas, segundo dados da Rede de
Informações do Terceiro Setor (Rits). O maior problema é a falta de liderança e de
planejamento, por isso que muitas delas não conseguem se manter no mercado,
segundo as observações de Kotler (citado por Drucker, 2001, p. 48).
Já nos Estados Unidos, até a década de 70, havia uma cooperação entre o
governo e o terceiro setor, no entanto, esta foi extinta devido às dificuldades
orçamentárias. Essa redução instituiu um movimento de caráter competitivo entre as
organizações sociais, que desenvolveram esforços para recuperar sua capacidade
de investimento, através de doadores voluntários, ou até mesmo recorrendo ao
auxilio federal. Descrevendo assim, um terceiro setor que encontrou uma
regulamentação fiscal e organiza-se como setor independente, executando o
programa de voluntariado, valendo-se da importância desse tributo na sociedade
norte americana.
No caso latino americano, Fernandes (citado por Eloisa Helena, 1994, p.109)
traz outra visão sobre terceiro setor, considera pertinente outras formas tradicionais
de ajuda mútua, como personagens locais que prestam serviços de apoio, incluindo
curandeiros e conselheiros espirituais, especialistas em dramas humanos, relações
familiares, o sentimento judaico cristão de caridade e a instituição de esmola.
Ainda afirma que as organizações do terceiro setor não foram criadas com o
intuito de substituir o papel do Estado, e sim, suprir as demandas que este não
cumpre. Portanto, somente ao Estado está assegurado o papel de ser o sustentador
do contrato social democrático. Sendo assim, o terceiro setor promove aspectos
relativos à qualidade de vida e perspectivas socioculturais, fiscaliza entidades
publicas e privadas e provê serviços gestando formas novas de organização,
estabelecendo um rearranjo de funções nos setores estatal e mercantil. No entanto,
é no âmbito da comunidade que se opera as alterações, referente à forma de
participação dos cidadãos nas organizações do terceiro setor.
O Instituto Ethos, entidade sem fins lucrativos que reúne empresas de grande,
médio e pequeno porte de todos os setores e lugares do Brasil, foi criado com o
objetivo de orientar as empresas e a sociedade para atingirem o desenvolvimento
social, econômico e ambiental sustentável a partir de um comportamento
socialmente responsável com clientes, fornecedores, empregados e comunidade, e
desde então, segundo Santos (2007), tem engajado muitas empresas.
4. ABCC AT
4.1. História
Segundo o site da própria ABCC AT os cuidados com o paciente que enfrenta
o câncer vão muito além dos tratamentos médicos existentes atualmente
(radioterapia, quimioterapia, cirurgia, etc.). Quem possui a doença, precisa manter
uma boa alimentação, ter recursos financeiros para comprar medicamentos
complementares ao seu tratamento e, talvez, o principal: necessita de assistência
psicológica e apoio para lutar contra a doença.
Com base nessas necessidades observadas durante mais de 30 anos de
trabalho na área de Oncologia, o médico radioterapeuta e cancerologista, Flávio
Isaías Rodrigues, teve a ideia de fundar uma entidade capaz de oferecer um
atendimento completo, além de todo o apoio necessário aos portadores de câncer
atendidos pelo Centro Oncológico de Mogi das Cruzes, em especial os pacientes
mais carentes que dependem do SUS.
4.2. Missão
Assim como qualquer instituição sem fins lucrativos, a ONG sofre com a falta
de verbas para seu funcionamento. A ABCCAT não recebe a cota da prefeitura,
portanto dependem da contribuição de terceiros, como empresas e a população.
Para conseguir tais doações, a entidade conta com o serviço de um Call Center e o
auxilio de um Moto Boy que procuram por pessoas dispostas a ajudar.
5. MARY KAY
5.1. Fundação
Segundo o próprio site da empresa, Mary Kay Ash realmente existiu, e para
que seus sonhos se tornassem realidade foram necessários cinco produtos e uma
pequena loja em Dallas, Texas. O sonho de Mary inspirou e inspira muitas mulheres.
Hoje, com mais de 2,4 milhões de Consultoras de Beleza Independente, a
Mary Kay oferece mais de 200 produtos de alta qualidade em mais de 35 países ao
redor do mundo. Com o passar dos anos, uma constante permaneceu: inovação.
Por 50 anos, a Mary Kay tem liderado o caminho dando às mulheres o que elas
desejam: avançados cuidados com a pele que entregam resultados; maquiagens
modernas que seguem as tendências e fórmulas avançadas; e fragrâncias
refrescantes e inesquecíveis. Acreditando no poder e importância da
responsabilidade social, a Mary Kay tem liderado o caminho mostrando que a beleza
pode enriquecer a vida das mulheres.
Após uma carreira de 25 anos de sucesso, Mary se aposentou e decidiu lutar
pelos direitos das mulheres nos negócios que eram totalmente dominados pelos
homens. Fez duas listas: em uma colocou tudo que havia de bom nas empresas
para as quais tinha trabalhado e outra com o que poderia ser melhorado na
empresa. Sem querer acabou criando um plano de marketing para uma grande
empresa.
Em 13 de setembro de 1963 deu início a sua empresa dos sonhos, somente
com $ 5.000 dólares e com a ajuda de seu filho de 20 anos chamado Richard
Rogers.
A Mary Kay Inc. é uma das 20 empresas destacadas no livro intitulado Forbes
Greatest Business Stories of All Time (Maiores Histórias de Negócios de Todos os
Tempos da Forbes), e Mary Kay Ash é a única mulher retratada no livro.
Depois disso, a empresa continuou a crescer cada vez mais e não parou,
fazendo sucesso até os dias de hoje com as mulheres do mundo todo.
Na
busca pela
melhoria de
problemas
enfrentados
pela ONG,
realizou-se
a pergunta
de quais as
principais dificuldades encontradas e notou-se que 100% dos homens e 58% das
mulheres acham que a verba, 16% das mulheres acham que é a falta de pessoas
para atender e ainda 28% das pacientes acreditam que os problemas sejam outros,
como a falta de voluntários frequentes por exemplo.
Com os resultados presentes, foi possível verificar que 40% dos entrevistados
acreditam que somente a comunidade em geral se beneficia com as ações das
empresas, ficando evidente que as praticas das empresas estão sendo refletidas na
comunidade e percebidas por esse. Para a opção “somente ONG’s” apenas 3% dos
entrevistados, somente meio ambiente 5%, ONG e comunidade em Geral 6%,
Comunidade em geral e meio ambiente 17%, ONG e meio ambiente 4%, para todas
as alternativas 25%.
Kelley (1995, p. 39) pontua que são difíceis as empresas que realmente
“agem com o coração” ao oferecer auxílio a alguma causa nobre, mas sim utilizam
dessas ações para beneficiar a si próprias, melhorando a imagem da empresa.
Segundo Kelley (1995, p.39) As organizações que praticam doações recebem
uma diminuição no imposto de renda, contudo a empresa não é “ressarcida”
completamente, apenas uma parte do imposto é abatida, logo ela não ganha
dinheiro pela contribuição, ao contrário, ela perde.
Sendo assim, o motivo mais comum que leva uma empresa a contribuir é o
desejo de publicidade. Como por exemplo, a Apple Computer, que nos Estados
Unidos doou milhares de computadores a escolas primárias. Sua tática é acostumar
as pessoas desde a infância a utilizar o sistema Apple.
Segundo Neto e Froes (1999, p.157) É cada vez maior o número de
empresas que optam pelo auxílio de entidades. Buscando o retorno de imagem e
vendas, utilizam o marketing social como uma modalidade de promoção da marca,
do produto e de vendas. Valorizam as ações do seu projeto como instrumento de
fidelização, captação de novos clientes, aproximação com o mercado, melhoria do
relacionamento com os fornecedores, distribuidores, representantes e abertura de
novos canais de vendas e distribuição. Visam à maximização do retorno publicitário
e a potencialização da marca, avaliam os resultados de cada programa e projeto,
pois administram o instituto e a fundação como centro de custo e resultados. Em
resumo, a empresa busca alavancar o seu negócio, fazendo uso das
potencialidades do marketing social.
O evento que seria realizado pela Mary Kay, teve alta contribuição para a
divulgação da ONG, que era desconhecida por muitos, além de proporcionar alegria
e satisfação para com os pacientes, que estavam visivelmente envolvidos com a
realização deste.
A verba arrecadada seria destinada a atividades e compras de suprimentos
necessários aos pacientes da ONG.
Para a empresa, serviria para a divulgação da marca, que consequentemente
levaria ao aumento de vendas, e melhora de sua imagem no mercado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABCCAT, disponível em: www.oncomogi.com.br
ABONG, disponível em: www.abong.org.br