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PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
São Luís
2014
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São Luís
2014
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BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
A Deus todo poderoso que está sempre presente em todos os momentos de minha
vida me dando forças e inspiração para conquista de novos desafios.
Ao meu professor, orientador e mestre Moacir Antonio pelo exemplo de
competência e alto nível de exigência para determinar novas trilhas neste estudo.
Aos meus familiares pelo incentivo em todos os momentos de minha vida.
À Unidade de Ensino Superior Dom Bosco por oportunizar e garantir aos seus
educandos este novo desafio.
Aos professores da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco, especialmente nossa
Coordenadora Profª. Ms. Evangelina Maria Martins Noronha, que com determinação e
compromisso ajudaram a consolidar este trabalho.
Aos diretores e organizadores do Curso pelo apoio e incentivo na logística ao
curso, especialmente, a Selma Sampaio, pela compreensão no direcionamento do trabalho
administrativo.
Às amigas e colegas de ensino pelas trocas de experiências, pelos estudos, debates
e momentos vividos.
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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 8
4 ASPECTOS METODOLÓGICO............................................................................. 32
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................. 34
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 42
APÊNDICES.............................................................................................................. 45
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1 INTRODUÇÃO
Contudo estamos vivendo um novo tempo, com caminhos para renovação onde a
consciência da importância da diversidade supera os estereótipos e evidencia o valor da
inclusão desses educandos na sociedade, dando-nos uma perspectiva esperançosa de vivenciar
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Sob essa ótica entendemos que o processo de inclusão de pessoas com deficiência
é bem mais abrangente do que apenas uma presença física. É muito mais que acessibilidade
arquitetônica. É muito mais que matrícula de alunos com deficiência em salas de aula do
ensino regular. É mais envolvente que movimentos pela inclusão. É uma ação responsável que
deve envolver toda uma rede de apoio com vistas a atender a toda clientela acometida pela
deficiência seja ela com muita ou pouca gravidade.
Uma inclusão responsável requer um controle de qualidade a partir de avaliações
eficazes das ações desse processo tanto nas instituições de ensino regulares quanto nas
especiais, uma vez que ambas sentem-se inseguras e com um quadro carente de análise das
concepções que norteiam desde os primórdios suas práticas. Comumente, professores nesse
contexto de ensino revelam suas dúvidas e anseios quanto ao exercício pedagógico mais
adequado para o atendimento de determinados grupos de educandos.
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significativo.
Outras ideias foram propagadas em muitos países desenvolvidos, porém a
Educação Inclusiva é hoje uma meta prioritária na educação da maioria dos países. Essa
mudança trouxe à tona uma tomada de decisões sobre os deficientes intelectuais, os quais não
participavam da vida social em sua totalidade por serem denominados desiguais.
A concepção da Educação Inclusiva constitui, portanto, um novo enfoque para a
Educação, trazendo contribuições para reflexão sobre a transformação conceitual à prática do
sistema educacional.
Sanches (2003) defende que a Educação Inclusiva é a prevalência de um sistema
educacional para todos.
Neste sentido, já é sabido que existem várias formas de ensino e aprendizagem e,
portanto todos deverão ter direito a uma educação que respeite suas diferentes formas de
aprender. Ter as diferenças respeitadas é fazer parte de um grupo e identificar-se com ele e
não ter que se submeter a uma cultura como única forma de aprender.
A mudança de nomenclatura estabelece a liberdade e igualdade em todos os
sentidos da vida, em suas tomadas de decisões, dignidades e direitos estabelecidos pela
sociedade como descrito por Scotto (2002).
Abordar a questão da inclusão para além da simples integração dos alunos com
necessidades educativas especiais é o mais recente desafio que nos está sendo
demandado. De fato, se desejamos construir um mundo onde a segregação seja
superada na relação entre povos e nações; se queremos transformar a sociedade de
modo que a solidariedade, a cooperação o respeito às diferenças, conduzam a uma
convivência de compreensão, tolerância e acolhimento; devemos também e,
sobretudo, na escola começar a cultivar a valorização da escola e a valorização da
diversidade humana em todas as suas formas. Nesse sentido, práticas educativas
que tenham como norte a Educação para todos, sem distinção de gênero, etnia,
classe social, religião, cultura entre outras, inclusive acolhendo e valorizando as
pessoas com necessidade educativas especiais, estaremos então garantindo uma
atitude inclusiva que favorecerá o surgimento das sociedades mais justa e
igualitária almejada por todos.
crianças, pois essas representam a diversidade humana. Não há espaço para o manifesto da
falácia excludente e preconceituosa; todas as pessoas pertencem a nossa sociedade. Somos um
só povo a educar-se.
Conclui-se, então, que a Educação Inclusiva é uma proposta de sociedade que
caminha em sua totalidade, modificando-se positivamente e atendendo a sua diversidade.
Interações sociais contribuem para a construção do saber. E, por esta razão, são
consideradas educativas, referem-se, pois a situações específicas aquelas que
exigem coordenação de conhecimentos, articulação da ação, superação das
contradições, etc. Para tanto, é preciso que certezas sejam questionadas os
conhecimento expandidos, negociações entabuladas, decisões tomadas. Tal
intenção, no entanto, ocorrerá na medida em que houver conexões entre seus
objetivos (conhecimentos a serem construídos) e o universo vivido pelos
participantes entendido enquanto atores que possuem interesses, motivos e formas
próprias de organizar sua ação. Para que os parceiros de uma dada interação abram
mão da individualidade que os move, é fundamental que a importância da atividade
conjunta esteja clara para todos os participantes.
estadual reconhecem que sem educação não há desenvolvimento. Ha razão para mantermos a
esperança que de fato existirão condições adequadas de uma educação reflexiva com
possibilidades de mudanças efetivas, coerentes com o propósito de tornar possível o direito de
todos à Educação.
[...] O conjunto dos pressupostos de partida, de metas que se desejam alcançar e dos
passos que se dão para alcançá-las; é o conjunto, dos conhecimentos, habilidades
,atitudes, etc., que são considerados importantes para serem trabalhados na escola,
ano após ano. E supostamente, é a razão de cada uma dessas opções.
O processo avaliativo inclusivo deverá ser coerente à filosofia divulgada por esta
modalidade para que se assuma uma característica diferenciada de uma avaliação
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classificatória, que avalie e levante dados para uma melhor compreensão do processo ensino-
aprendizagem e objetive o sucesso da ação pedagógica em função das teorias aceitas no
processo educacional da educação inclusiva.
Seguindo a hipótese de que o desenvolvimento do ensino - aprendizagem é um
processo complexo, a avaliação, por ser parte imprescindível do trabalho educacional, ainda é
uma lacuna a ser preenchida neste contexto, assim detalhar algumas ideias que constituem a
elaboração da proposta de avaliação para escolas regulares é necessário para definir critérios e
padrões que expressem a aprendizagem realizada, como afirma Luckesi (2003, p.93):
Holfmann (2005, p.39) destaca que a avaliação significa muito mais que correções
de provas, mas promove uma elucidação mais vasta das condições vivenciadas na
aprendizagem e um entendimento da função de todos os participantes envolvidos no processo,
e não somente os alunos. Defende ainda a necessidade de mais que respeitar as diferenças, o
valor a diversidade de conhecimento como condição maior.
São muitas as restrições por parte dos pais, alunos e, algumas vezes, professores
das escolas regulares no que se refere à admissão dos educandos com necessidades especiais.
Tais restrições originam-se, sobretudo de um profundo desconhecimento aos que não estão
envolvidos com a problema, acerca dos padrões de comportamento das pessoas com
deficiências, conduzindo habitualmente a temores manifestos sem qualquer embasamento.
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4 ASPECTOS METODOLÓGICOS
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Unidade de Educação Básica foi fundada no ano de 1972, recebeu esse nome em
homenagem a uma professora que muito contribuiu com a comunidade na organização
jurídica e funcional da instituição, a professora e inspetora do MEC Haydêe Chaves.
Encontra-se localizada na Praça Nossa Senhora da Conceição s/n, no bairro da Vila Esperança
na cidade de São Luís, Estado do Maranhão. O seu quadro de pessoal é constituído por 36
professores e atende a 972 alunos, distribuídos da 1ª etapa do 1º Ciclo até a 2ª etapa do III
Ciclo. Atende a alunos do EJA e funciona nos três turnos: matutino, vespertino e noturno.
Dentre os 972 alunos, 02 alunos com diagnóstico de Síndrome de Down e 10 alunos com
deficiência mental. A escola, no geral, necessita de vários reparos. O prédio da escola possui
um pátio, 12 salas onde funcionam turmas em três turnos, uma sala de direção e outra de
secretários, uma cantina, e dois banheiros.
O Projeto Político Pedagógico - PPP da escola foi elaborado com a participação da
comunidade escolar e o corpo docente e discente da instituição. No momento está sendo
reformulado no sentido de contemplar as novas orientações, o que é de praxe; a cada dois
anos o projeto é submetido à análise de modo a incorporar as novas necessidades. O PPP é
construído coletivamente pelos professores, diretor, vice-diretor e o Conselho Pedagógico.
De acordo com os documentos analisados e as informações repassadas por
gestores e funcionários, o atendimento a alunos com diagnóstico de necessidades Educativas
Especiais iniciou-se no ano de 2000 com a inserção de um aluno com quadro de surdez. Aos
poucos a instituições foi passando por outras adaptações físicas e pedagógicas, visando
atender a alunos com necessidades educativas especiais.
Na atualidade, a U.E.B.Haydêe Chaves atende regularmente nas salas de ensino de
suas dependências alunos com várias especificidades de deficiências, uns com diagnóstico e
outros em analise, no entanto, a práxis desenvolvida não tem atendido de maneira devida as
necessidades sócio-educativas desses educandos, assim a inclusão na instituição não propicia
a garantia de um ambiente favorecedor e exemplar de respeito às diferenças e as
individualidade.
A matrícula dos alunos é feita na rede municipal previamente, através do chamado
cadastramento, onde o familiar ou responsável do educando pode optar em inscrever o seu
filho fazendo opção de três escolas de sua preferência, e mais próximas de sua residência. No
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relata suas concepções quanto ao processo de inclusão dos alunos com Necessidades
Educativas Especiais ressaltam a importância do ensino inclusivo não só quanto às
deficiências, mas também quanto a questões que hoje permeiam o ambiente escolar, como a
violência e a segregação das pessoas com menos poder monetário no país. Ela acredita que o
processo de inclusão ajudaria no reconhecimento do próximo e o respeito aos valores sociais.
Porém reconhece que há ainda muito a ser feito quando o assunto é Educação de um modo
geral e enfatiza o reconhecimento quanto ao trabalho dos professores que desempenham um
excelente papel na construção do ensino destes educandos, ainda que com condições
precárias.
As questões levantadas a partir das respostas dos questionamentos delas pelos
participantes do processo de vida e inclusão deste aluno, a observação cotidiana e o trabalho
experimental com métodos de estudos aplicados pela professora serviram de base para
sustentação do esboço qualitativo do processo de inclusão dos alunos com diagnóstico de
deficiência, na escola avaliada como inclusiva.
Com clareza, entende-se que não acabam todos os esforços possíveis para a
apreciação desse processo, haja vista a compreensão a complexidade desse objeto de estudo.
A realização da entrevista se deu na própria escola durante as atividades
pedagógicas diárias, no decorrer de quatro dias.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Helena Antipoff, volume V, Rio de Janeiro: Senai/DN/DPEA,1992.
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BUENO, José Geraldo Silveira; MENDES, Geovana Mendonça Lunardi; SANTOS, Roseli
Albino (Orgs.), Deficiência e escolarização: novas perspectivas de
análise. Araraquara:Junqueira & Marin editores, 2008.
DAVIS, C., OLIVEIRA, L. Psicologia na educação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
GIROUX, Henry; SIMON, Roger. Cultura popular e pedagogia crítica: a vida cotidiana como
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da (Orgs.). Currículo, cultura e sociedade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. p. 93-124
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MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O desafio da Inclusão. Brasília: MEC, SEESP, 2007.
_________. (Org.). 1997. A integração de pessoas com deficiência. São Paulo: Memnon.
SENAC.
_________. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer?, São Paulo, ed.
Moderna, 2003.
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APÊNDICES
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3 _ Em sua opinião como o gestor da sua escola atua no que se refere ao processo de inclusão
dos alunos com NEE? __________________________________________
4 - Como a coordenadora pedagógica efetiva o seu apoio profissional junto aos professores
que trabalham com alunos NEE?
5- Como é a sua relação com a gestora, a coordenadora e os outros professores tanto das salas
regulares como das salas inclusivas?________________________________
6- Há quanto tempo trabalha com alunos NEE?______________________________
7 – Como é no geral o seu dia-a-dia em sala de aula com alunos NEE?
15 - Quais são em sua opinião, os comportamentos apresentados pelo seu aluno (analisado)
que são mais difíceis de lidar?
16 - Quais são em sua opinião, os comportamentos apresentados pelo seu aluno (analisado)
que você admira?
17 – Quais são os recursos didáticos mais utilizados no trabalho com alunos NEE?
______________________________________________________________________
18 – Existe algum assunto ou atividade que o aluno (analisado) demonstre maior interesse?
3 _ Em sua opinião como os professores da sua escola atuam no que se refere ao processo de
inclusão dos alunos com NEE?
__________________________________________
4 - Como a coordenadora pedagógica efetiva o seu apoio profissional junto aos professores
que trabalham com alunos NEE?
5-Como é a sua relação com os professores tanto das salas regulares como das salas
inclusivas?________________________________
6- Há quanto tempo trabalha com alunos NEE?______________________________
7 – Como é no geral o seu dia-a-dia em sala de aula com alunos NEE?
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15 - Quais são em sua opinião, os comportamentos apresentados pelo seu aluno (analisado)
que são mais difíceis de lidar?
16 - Quais são em sua opinião, os comportamentos apresentados pelo seu aluno (analisado)
que você admira?
17 – Quais são os recursos didáticos mais utilizados no trabalho com alunos NEE?
______________________________________________________________________
18 – Existe algum assunto ou atividade que o aluno (analisado) demonstre maior interesse?
1 - Dados Gerais:
1.1 Nome da Mãe ___________________
1.2 Idade __________________
1.3. Formação Escolar: _______________
1.4. Bairro em que reside: ___________________________________________________
1.5. Trabalha fora de casa ___________________________________________________
1.6. Quantos Turnos trabalha____
1.7. Bairro em que trabalha: _________________________________________________
2 – Em sua opinião a escola está preparada para atender aos alunos NEE?
3 – Como é a sua relação com a professora tanto das salas regulares como das salas
inclusivas?________________________________
4 – Como é o dia-a-dia do seu filho em casa?
10 – Como você vê a sua relação do seu filho com os outros alunos e com a professora?
11 – Quais são, em sua opinião, os comportamentos apresentados pelo seu filho mais difíceis
de lidar?
12 – Quais são, em sua opinião, os comportamentos apresentados pelo seu filho que você
admira?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________________________________________
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Autorização dada pela mãe para registros em fotos do aluno com Necessidades Educativas
Especial observado.
Eu-----------------------------------------------------------------------------, responsável por
registros em foto para fins de ensino, pesquisa e divulgação deste trabalho monográfico da
aluna Maria José Mendes Castro do curso de especialização em psicopedagogia da Unidade
de Ensino Superior Dom Bosco.
Se necessário preservando o direito de não identificação tanto dos familiares quanto do
aluno acima citado.
Tenho ciência que esta autorização não oferecerá qualquer risco à integridade
do aluno.
Sou ciente e concordo com este termo.
UNDB-2013 52 f