You are on page 1of 3

AULA 6 – EJUFE – DIREITO PROCESSO CIVIL – PROF.

PAULO RIBAS

FUNDAMENTOS: JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO, pois através destes 3 institutos o processo se


assenta.

1) AÇÃO = direito público, subjetivo, autônomo e abstrato de provocar a tutela jurisdicional do


Estado visando a resolução de um conflito de interesse.

Abstrato = não é um direito concreto, pois independe do resultado favorável da demanda.

O direito de ação exige uma resposta do Estado, não condizendo com algum resultado favorável.

1.1. ELEMENTOS DA AÇÃO: três perguntas: Quem, porque e o que???

 Partes = autor e réu.


 Causa de Pedir = complexa no sistema brasileiro. Temos a causa de pedir remota e causa
de pedir próxima. Narrar os fatos + fundamentos jurídicos. Teoria da Substanciação ou
substancialização = significa que a causa de pedir é complexa. O sistema processual
brasileiro não adotou a teoria da individuação.
 Pedido = existe o pedido imediato e pedido mediato. O pedido imediato tem índole
processual e o pedido mediato tem a índole material. MAÇETE: MEDIATO, M DE
MATERIAL.

Para haver litispendência tem que ter ações idênticas. Será idêntica quando houver os mesmo
elementos nas ações.

2) CONDIÇÕES DA AÇÃO = são requisitos mínimos indispensáveis ao regular exercício do direito


de ação. São requisitos para se ter direito a uma resposta de sentença de mérito. Não
preenchido os requisitos, a parte não terá a resposta de mérito. As condições são: LIP

 Legitimidade de Partes = art. 6 CPC. Legitimidade Ordinária e Legitimidade


Extraordinária. A ordinária é quando alguém em nome próprio vem pleitear direito
próprio. A extraordinária se dará quando alguém em nome próprio pleitear direito
alheio. Ex. Sindicatos, MP.

Substituição processual = sinônimo de legitimidade extraordinária.

Substituição de parte É SUCESSÃO PROCESSUAL

 Interesse Processual = NUA (necessidade, utilidade e adequação).


 Possibilidade Jurídica do Pedido = pressupõe ausência de proibição normativa quanto
ao pedido formulado pelo autor. O teu pedido tem que ser juridicamente possível, ou
seja, que o ordenamento jurídico não PROÍBE.
Não preenchendo todos os requisitos haverá carência de ação. Sentença sem resolução de
mérito.

As condições da ação são matéria de ORDEM PÚBLICA, portanto a carência de ação pode ser
conhecido de ofício pelo juiz bem como pode ser alegada em qualquer tempo e qualquer grau
de jurisdição.

A carência de ação deve ser alegada pelo réu na primeira oportunidade que tiver para falar nos
autos.

Questão: sogra que interpõe ação de divórcio em favor da filha e apenas na fase dos memoriais
a parte alega carência de ação, pode? Resposta: sim, pois é matéria de ordem pública e pode
ser alegada de qualquer tempo, pois matéria de ordem pública não preclui. Porém, como a parte
não alegou na primeira oportunidade que falou nos autos, esta responderá pelas custas
processuais pelo retardamento do processo. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE – ART. 267, §3

E se neste caso houver sentença favorável tanto no juiz de 1º grau como no 2º grau. Pode a
parte alegar carência de ação através de Resp no STJ? Resposta: Não, pois para recurso especial
ou até mesmo extraordinário a matéria alegada deverá ter sido questionada nas instâncias
inferiores.

Neste caso, havendo decisão transitada em julgado, não poderá fazer mais nada no presente
processo, todavia, caberá a parte ajuizar ação rescisória.

Súmula 211 STJ

3) CAPACIDADE PROCESSUAL

 CAPACIDADE DE SER PARTE = qualquer pessoa (quem tem personalidade jurídica), entes
despersonalizados (não são pessoas mas podem ser parte, Ex. condomínio – art. 12 CPC)
 CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO = como regra é quem tem capacidade de fato ou
seja, exercício. Aquele que tem discernimento para responder pela prática de seus atos.
Ex. o menor poderá ser parte MAS NÃO TEM CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUIÍZO, este
deverá ser assistido.

MAÇETE: RIA (Relativamente incapaz assistido) e ao contrário: Absolutamente incapaz


representado.

O juiz constatando incapacidade processual, deferirá prazo para regularização, art. 13 CPC. Se a
parte não regularizar a situação no prazo fixado pelo juiz? Se for autor que não regularizou,
haverá extinção do processo sem resolução de mérito. Se o réu não regularizar, será considerado
revel. Se o terceiro não regularizou este será excluído do processo.

Questão: ação de alimentos, mãe propõe em face do pai. Neste caso há carência de ação por
ilegitimidade.

Questão: o menor pede alimento em face do pai, porém não tem capacidade para estar em
juízo. O juiz dará um prazo para trazer o seu representante. Se não trouxer, haverá extinção sem
resolução do mérito.

You might also like