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Nos últimos anos, as redes de computadores e telecomunicação sofreram inúmeras transformações.


Com os crescentes avanços nas áreas tecnológicas, contribuíram para o desenvolvimento de
sistemas de transmissão de dados com alto desempenho. No final dos anos 90, foi introduzida no
mercado mundial a tecnologia MPLS (Multi Protocol Label Switching), onde se permitiu controlar
a forma com que o tráfego flui através das redes IPs, otimizando o desempenho da rede e também
melhorando o uso dos seus recursos.

Em redes IPs tradicionais, o encaminhamento dos pacotes, requer uma pesquisa que compara o
endereço de destino do pacote com cada uma das entradas na tabela de roteamento, encaminhando
cada um para a saída correspondente. Esse procedimento é repetido a cada nó percorrido ao longo
do caminho, da origem ao destino. Isso de fato parece relativamente simples, porém, considerando
que cada equipamento processa milhares e as vezes milhões de pacotes por segundo, essa tarefa
pode sobrecarregar a rede.

O MPLS é uma tecnologia de encaminhamento de pacotes baseada em rótulos que vem sendo
adotado por operadoras para oferecer serviços diferenciados com eficiência nos transportes de
dados. Os produtos oferecidos por operadoras baseados em MPLS, permitem disponibilizar não
apenas velocidade de conexão, mas também a diferenciação de tráfego como Multimídia (Voz,
Vídeo) e aplicações críticas, com garantias aplicáveis de QoS (Quality of Service), através das
classes de serviço.

Atualmente o MPLS é um passo fundamental para a escalabilidade da rede, considerado essencial


para um novo modelo de Internet no século XXI. MPLS é relativamente jovem, porém vem sendo
implantada com êxito em redes de grandes operadoras de serviços em todo mundo.

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Novas tecnologias estão sendo constantemente desenvolvidas para atender às demandas causadas
pelo aumento da utilização da Internet, assim como um aumento das exigências por serviços de
comunicação de dados, capazes de integrar dados, voz e imagem com qualidade de serviço e
segurança.

Os canais troncos utilizados no tráfego em grande volume e velocidade são conhecidos como
backbones. Apesar da complexidade de muitos backbones atuais, a robustez e confiabilidade são
uma evidência de um grande avanço no desenvolvimento das tecnologias de redes espalhadas
geograficamente, conhecidas pelo acrônimo de WAN (Wide Area Network), assim como da adoção
de uma metodologia de consenso em relação a aspectos de projeto por parte dos desenvolvedores.

Combinando o processo de roteamento de nível 3 com a comutação sobre a camada 2, de acordo


com o modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection), a arquitetura IP (Internet
Protocol) sobre MPLS (MultiProtocol Label Switching) oferece maior possibilidade de
gerenciamento e engenharia de tráfego, reduzindo o processamento necessário para realizar o
roteamento de datagramas de rede. Essa tecnologia vem crescendo bastante e ganhando força como
alternativa à combinação do protocolo IP sobre tecnologias de camada 2, tais como: Ethernet,
Asynchronous Transfer Mode ( ATM) e Frame Relay, sendo largamente oferecida no mercado, de
maneira que a demanda se intensificou e vem estimulando os clientes a solicitar tais serviços, não se
tratando de mera oportunidade de negócio, mas de requisito imprescindível para atendimento das
demandas dos clientes atuais.

O acompanhamento e a adaptação às mudanças tecnológicas que surgem e que se firmam em um


cenário global são essenciais para que os provedores se mantenham presentes na disputa por novos
clientes. Em backbones modernos, o uso da tecnologia MPLS traz grandes benefícios, evitando a
complexidade de tecnologias de camada 2, que provocam problemas de escalabilidade, desempenho
e administração. O MPLS também possibilita o uso de aplicações convergentes, o que o torna
bastante atrativo para o mercado atual, que procura soluções que possibilitem a implementação de
redes práticas, econômicas e interoperáveis. É importante também salientar que a tecnologia MPLS
permite a integração de várias tecnologias usadas em grandes provedores, tais como: Frame Relay,
ATM (Asynchronous Transfer Mode), linhas dedicadas e ADSL (Asymmetric Digital Subscriber
Line), viabilizando assim a otimização da infraestrutura instalada.

O fato de MPLS ser, por essência, uma tecnologia de camada dois e meio – isto porque adiciona um
cabeçalho de 32 bits (que contém um rótulo) entre as camadas de enlace de dados e redes (dois e
três no modelo OSI), dessa forma trabalhando com a tecnologia IP – provocou uma significante
evolução nas tecnologias de núcleo da rede, sendo extremamente fácil de operar, oferecendo muitos
mecanismos de controle e gerência de tráfego e provocando um melhor uso do meio físico. Seus
equipamentos são bem mais baratos que equipamentos ATM e permitem velocidades bem maiores,
tendo impacto direto nos negócios dos provedores de serviços de rede de longa distância – ISPs.

Este livro apresenta um estudo abrangente sobre a tecnologia MPLS e uma análise dos seus
principais serviços, seus benefícios, suas facilidades e suas melhorias. Além disso, também explora
as características do protocolo IPv6, com abordagem de algumas arquiteturas utilizadas para
transporte deste protocolo no núcleo dos ISPs. É feito também um estudo prático, com a ferramenta
de emulação GNS3, através de diversas simulações de ambientes com a tecnologia MPLS e seus
serviços, objetivando facilitar o aprendizado e servindo de base para o leitor desenvolver seus
próprios cenários, suas configurações e aplicações.

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