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Serviço Social para o INSS

Aula Demonstrativa
Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos,
programas, projetos e atividades de trabalho.
Profa. Conceição de Fátima Costa

Aula 00 – AULA DEMONSTRATIVA

Serviço Social

Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos,


programas, projetos e atividades de trabalho.

Professora: Conceição de Fátima Costa

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Aula Demonstrativa
Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos,
programas, projetos e atividades de trabalho.
Profa. Conceição de Fátima Costa

Prezado Aluno (a),


Seja bem-vindo!
É um prazer tê-lo conosco.

APRESENTAÇÃO

Sou a professora Conceição de Fátima Costa. Moro em João Pessoa-PB.


Possuo Mestrado em Serviço Social - (UFPB-1998) e Graduação em Serviço
Social - (UFPB-1983). Há trinta e dois anos exerço a profissão de Assistente
Social, na área da Saúde Pública. Iniciei minhas atividades profissionais na
UNIMED- João Pessoa-PB, em 1983. Fui professora do SENAC, em 1991.

Atualmente, no Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba,


sou orientadora de alunos de Pós-Graduação em Trabalhos de Conclusão de
Curso – TCC. Exerço minhas atividades profissionais de Assistente Social na
Secretaria Municipal de Saúde, no CTA – Centro de Testagem e
Aconselhamento em HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Cargo conquistado através
de Concurso Público, em 1992.

Hoje, também sou professora de Ensino a Distância para concursos públicos.


Estudei durante dez anos para concurso público. Adquiri ampla experiência com
meus estudos. Hoje, me encontro aqui, para orientar, direcionar e aconselhar
você como estudar de forma produtiva, obtendo melhores resultados nos
processos seletivos de concurso público.

Neste processo de luta em busca de sua conquista profissional, estarei ao seu


lado para oferecer suporte básico de orientação em seus estudos. Lembre-se: O
mérito da conquista será sempre do aluno. Estude!

Estarei disponível para contato através do e-mail:


conceicaoflc@pontodosconcursos.com.br

DESCRIÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

A equipe do Ponto dos Concursos preparou este curso de CONHECIMENTOS


ESPECÍFICOS DE SERVIÇO SOCIAL para estudantes e assistentes sociais
que desejam participar de Concurso Público, e que também desejam renovar

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e reciclar seus conhecimentos profissionais. Neste momento, o Concurso


do INSS/2016 tem sido um dos mais procurados.

O Curso de Serviço Social utiliza diversas metodologias de aprendizado:


direcionamento teórico com estudo de texto esquematizado, fichamento de
leitura, resumos dos principais pontos, dicas de memorização, referências
bibliográficas, exercícios e questões recentes de concursos.

Ele é composto na primeira parte com 10 aulas (incluída esta, que é a


aula demonstrativa). Elas terão, em média, 10 a 15 exercícios, todos de
provas de concursos recentes. Utilizo questões do Cespe e de outras
instituições para desenvolver sua aprendizagem. Ao finalizarmos esta primeira
parte, teremos resolvido aproximadamente cento e cinquenta questões.

Todos os pontos abordados estão focados nos aspectos mais


importantes de cada tema. Alguns textos serão reproduzidos em forma de
estudo esquematizado (palavras chaves, frases sublinhadas, quadros para
facilitar sua compreensão). Reproduzirei os textos fielmente ou realizarei um
resumo do conteúdo principal.

Dentro de cada conteúdo, o estudante encontrará: tema desenvolvido


com texto esquematizado, referências bibliográficas e questões de prova
gabaritadas.

Alguns recursos de ensino e aprendizagem que aprendi dentro da minha


experiência de estudante e professora serão utilizados para ajudar a você
avançar no seu processo de estudo para concurso.

Desejamos que você aproveite ao máximo de seu curso, e que através dele,
possamos ajudá-lo a progredir em sua vida pessoal e profissional.

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CONTEÚDO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

CONCURSO INSS/2016

Aula Conteúdo Programático DATA


Proposta de intervenção na área social:
00
planejamento, planos, programas, projetos e 31/12
atividades de trabalho.
• Concepção, gênese e institucionalização
01 do Serviço Social no mundo e no Brasil. 05/01/2016
• Significado social da profissão.
• O movimento de reconceituação na
América Latina, em particular no Brasil.
• A renovação profissional: vertente
02 12/01/2016
modernizadora, a vertente da
reatualização do conservadorismo e a
vertente da intenção de ruptura.
• Questão social e suas manifestações na
contemporaneidade.
03 19/01/2016
• O Serviço Social na contemporaneidade.
• Movimentos sociais contemporâneos.
Mudanças no mundo do trabalho e as suas
04 repercussões no trabalho profissional do assistente 26/01/2016
social.
Regulamentação do exercício profissional – Lei n°
05 05/02/2016
8.662/1993 e alterações.
O assistente social na divisão sociotécnica do
06 14/02/2016
trabalho.
Análise crítica das influências teórico-
metodológicas e as formas de intervenção
07 21/02/2016
construídas pela profissão em seus distintos
contextos históricos.

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• Estratégias, instrumentos e técnicas de


intervenção: abordagem individual, técnica
de entrevista, abordagem coletiva, trabalho
com grupos, em redes e com famílias,
atuação na equipe multidisciplinar e
profissional (relacionamento e
competências), visitas domiciliares e
08 institucionais. Uso de recursos institucionais 29/02/2016
e comunitários. Pareceres, laudos e opiniões
técnicas conjuntos entre Assistente Social e
outros profissionais.

• Resolução CFESS nº 557 de 15 de setembro


de 2009.

O Serviço Social na Previdência Social. 07/03/2016


09
• Trajetória histórica. Ações profissionais:
socialização das informações, fortalecimento
do coletivo, assessoria e consultoria.
Instrumentos técnicos: pesquisa social,
parecer social; e avaliação social para
concessão do Benefício de Prestação
Continuada – BPC e da Aposentadoria da
Pessoa com Deficiência.
• (Portaria Interministerial MDS/INSS nº 02
de 30 de março de 2015 – DOU 19 de Abril
de 2015 e Portaria Interministerial
SDH/MPS/MF/MOG/AGU nº 1, de 27 de
Janeiro de 2014 – DOU de 30/01/2014).
• Artigo 88 e 89 da lei nº 8.213/1991.

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ROTEIRO DO ESTUDO:

1. Aspectos Introdutórios

2. Pilares do Planejamento

3. Planejamento Estratégico

4. Planejamento Estratégico e Gestão Pública

5. Planejamento Participativo

6. O Serviço Social e a Intervenção na Área Social

7. O Serviço Social e o Planejamento

8. Elaborando Planos, Programas e Projetos

9. Resumindo e Esclarecendo

10. Questões de Prova.

11. Gabarito

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INSTRUMENTO DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL

PLANEJAMENTO SOCIAL

1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

A partir deste ponto, estudaremos sobre o planejamento e suas características


e importância no processo administrativo. O profissional de serviço social deve
apropriar-se do método de planejamento como ferramenta fundamental no
trabalho interventivo na realidade trabalhada.

Conceituando e definindo planejamento social.

Na vida secular todos nós temos o costume de planejar alguma coisa, seja um
aniversário, uma viagem, um casamento, ou uma formatura. Esse tipo de
planejamento pode ser considerado como planejamento ocasional, no qual não
se estabelece técnicas e métodos.

Então podemos refletir que o processo de planejamento é algo da natureza do


ser humano e intrínseca à sua própria natureza racional e social.

Assim, o homem é capaz de pensar e agir refletindo no que está ocorrendo,


construindo a partir de então seu futuro coletivo ou individual.

O homem, desta forma, projeta em sua mente o ato para depois executar e
antes de qualquer ação ele planeja. Esse processo cíclico do planejar é
conhecido como consciência teleológica.

O exercício do planejar deve ser permanente e sistemático, com a finalidade de


cumprir com efetividade a missão organizacional. Ou seja, o processo de
planejamento envolve a escolha de um destino, aonde se quer chegar,

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avaliação dos caminhos alternativos e decidir sobre qual direção especificam


para alcançar o destino escolhido.

O termo planejamento, segundo o grande dicionário unificado da língua


portuguesa (2010), significa ato ou efeito de planejar, plano detalhado de
trabalho. Porém, planejar significa traçar esquema, projetar, conjeturar.

Assim, o processo de planejar envolve uma forma de pensar, esse modo de


pensar gera indagações, que envolvem questionamentos sobre o que, como,
onde, quem e por que fazer (OLIVEIRA, 2010).

A finalidade do planejamento é entendida como o desenvolvimento de


processos, técnicas e comportamentos administrativos que possibilitam avaliar
os resultados de futuras decisões no presente em detrimento dos objetivos
organizacionais.

Planejamento, portanto, é um processo contínuo e dinâmico no qual, várias


ações integradas e intencionais são direcionadas, para possibilitar a
tomada de decisões antecipadamente, através da tentativa de tornar
realidade em um objetivo futuro.

Princípios do Planejamento

O planejamento é permeado por princípios específicos que direcionam a


organização aos objetivos estabelecidos.

Esses princípios são


a) Participação: O planejamento deve ser elaborado por diversas áreas da
organização, e o responsável pelo planejamento deve facilitar o processo de
elaboração entre os envolvidos.
b) Coordenação: Deve-se estabelecer uma rede interna, na qual todos os
aspectos envolvidos no processo deverão atuar de forma independente.
c) Integração: Todos os níveis hierárquicos da organização deverão ser
planejados de forma integrada.
d) Permanência: É importante buscar um plano em um determinado período
de tempo.

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Tipos de planejamento

O planejamento é um elemento imprescindível, deve ser flexível, podendo ser


realimentado durante o processo para adaptar-se à realidade. Em uma
organização, o planejamento pode apresentar-se em três diferentes tipos:

a) Planejamento estratégico: É um procedimento de responsabilidade dos


níveis mais altos da organização no que se refere à adoção e formulação de
objetivos, na escolha de ações necessárias para atingir os objetivos
específicos e a consolidação das metas. Ou seja, o planejamento estratégico
dar-se-á quando se decide os meios através dos quais a empresa atingirá os
objetivos. É a relação dos objetivos de longo prazo com as estratégias e
ações para alcançar tais objetivos, os quais refletem na empresa como todo.
b) Planejamento tático ou funcional: Quando existe a necessidade de
qualificar uma determinada área e não a empresa como todo, para a
execução do planejamento estratégico. Exemplo: central de atendimento,
setor de estoque, etc. Relaciona os objetivos de curto prazo com as
estratégias a ações que afetam somente parte da empresa. É desenvolvido
pelos níveis intermediários, com a finalidade de utilizar eficientemente os
recursos disponíveis para o alcance dos objetivos preestabelecidos.
c) Planejamento operacional: É considerado o planejamento diário. É
realizado pelos níveis inferiores, focalizando as atividades cotidianas da
empresa, através de planos de ação ou planos operacionais. Sua previsão é
de curto prazo e define tarefas específicas e é formalizado por meio de
documentos inscritos, e define orçamento, cronograma, entre outros.

Sua previsão é de curto prazo e define tarefas específicas e é formalizado por


meio de documentos inscritos e define orçamento, cronograma, entre outros.

O profissional de serviço social, para o desenvolvimento de seu trabalho, possui


como instrumento fundamental o planejamento. Desta forma, como o
administrador, o profissional de serviço social possui a necessidade de conhecer
e entender a realidade do processo de planejamento para elaborar suas
intervenções. Esse planejamento social pretende utilizar o planejamento
estratégico, expandindo para os vários níveis da organização de uma forma
harmônica.

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Para elaborar uma proposta de intervenção, o assistente social deverá


estabelecer uma direção, conhecer e problematizar o objeto de ação
profissional.

Dinâmica do planejamento

Entendendo que o planejamento é um processo contínuo, dar-se-á, portanto,


através da dinâmica de reflexão, decisão e ação.
a) Reflexão: Nesta etapa ocorre a delimitação do objeto, o conhecimento e
estudo da realidade, construção do referencial teórico operativo, levantamento
de prováveis hipóteses e coleta de dados.
b) Decisão: Neste momento é dada a escolha das alternativas, identificando as
prioridades de intervenção, definem-se os objetivos, estabele-se as metas, os
prazos, organização e análises.
c) Ação: É o momento da implantação e execução das decisões estabelecidas
nas etapas anteriores, bem como definição dos parâmetros de avaliação e
controle. Esta fase é considerada o ponto central do planejamento.
d) Retomada da reflexão: Dar-se-á através da avaliação crítica das decisões
adotadas, do processo de implantação e dos resultados alcançados na
execução.

REFLEXÃO- DECISÃO-AÇÃO-RETOMADA DE DECISÃO

Dimensões do planejamento

Ao realizar a análise desse processo cíclico do planejamento percebemos a


existência de quatro dimensões que permeiam o processo do planejar:

- A dimensão da racionalidade;
- Ético-política;
- Valorativa;
- Dimensão técnico-administrativa.

Essas dimensões referem-se ao processo de planejar primeiro como algo


racional, metódico e decorrente do uso da inteligência. Segundo, é um processo

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de tomada de decisões devendo levar em consideração as relações de poder e


os interesses políticos dos diferentes grupos.

Em terceiro lugar, o processo de planejamento é norteado por valores


desenhados através da formatação das decisões. Por último, o planejamento
como uma função da administração é uma atividade inerente à organização que
exprime na sua ação os objetivos organizacionais.

ALGUMAS PERGUNTAS PARA QUEM VAI PLANEJAR:


O que se quer fazer? Natureza do Projeto
Porque se quer fazer? Origem e fundamentação
Para que se quer fazer? Objetivos
Quanto se quer fazer? Metas
Aonde se vai fazer? Localização
Como se vai fazer? Metodologia, ações, atividades.
Quando se vai fazer? Cronograma
Quem vai ser atingido? Beneficiários, comunidade
Quem vai executar? Recursos Humanos
Com que se vai fazer? Recursos materiais e financeiros
Quem vai acompanhar? Comunidade, lideranças, direção, órgãos.

LEITURA COMPLEMENTAR:

FRAGA, Cristina Kologeski. A atitude investigativa no trabalho do assistente


social. In. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 101, pp. 40 – 64,
janeiro/março, 2010. Nesta obra o aluno vai encontrar os componentes de
trabalho do assistente social, dentre eles o processo investigativo, fundamental
para elaboração da proposta de intervenção/planejamento do profissional.

OLIVEIRA, Djalma de P. Rebouças. Planejamento estratégico – conceitos,


metodologia, prática. São Paulo: Atlas, 2010. Nesta obra o aluno vai encontrar,
na primeira parte, os conceitos, princípios e tipos de planejamento.

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2. PILARES DO PLANEJAMENTO

O processo de planejamento inicia com a definição dos objetivos, estratégias,


políticas, bem como o detalhamento dos planos para alcançá-los.

Estudamos também que o processo de planejamento é iniciado após a reflexão


e tomado de um conjunto de decisões definidas mediante a realidade ou
situação em que se pretende intervir. A partir deste, elabora-se o processo de
sistematização das ações e procedimentos que conduzirão ao alcance dos
objetivos previstos.

Desta forma, o planejamento pode ser entendido como processo de previsão


das necessidades que se precise para utilizar os recursos materiais e humanos
disponíveis para o alcance dos objetivos estabelecidos.

Através do planejamento a empresa ou a instituição pode antecipar ações


futuras através da definição de uma linha de ação e elaboração de um plano
que conduza à realização dos objetivos estabelecidos.

Para isso é necessário que haja uma situação concreta na qual se pretende
atuar, possuir conhecimento claro da situação e dos objetivos que se almeja
alcançar e que os prazos e etapas estejam bem definidos.

Essas decisões e objetivos são organizados, explicados e detalhados em


documentos que representam grau decrescente de níveis de decisão: planos,
programas e projetos (BAPTISTA 2007).

Baptista (2007) ainda sugere que quando o documento faz referência à


proposta relacionada à estrutura organizacional de uma forma geral,
caracteriza-se em um plano. Quando se refere a um setor, uma área ou região
caracteriza-se programa. Porém, quando se detém no detalhamento das
alternativas e ações de intervenção é considerado projeto.

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PLANO= MAIOR ABRANGÊNCIA * MENOR DETALHAMENTO

PROJETO= MENOR O ÂMBITO * MAIOR DETALHAMENTO

Desta forma, o processo de planejamento é composto por plano,


programa e projeto, sendo estes os meios de expressão do
planejamento.

A diferença entre estas subdivisões do planejamento está caracterizada


pelo:
- nível de decisões, bem como no delineamento do processo de
execução,

• Plano:
Segundo Baptista (2007), o plano descreve as decisões de caráter geral do
sistema. Deve ser elaborado em um formato claro e simples, e sua finalidade é
nortear os demais níveis da proposta.

É um produto do planejamento que se caracteriza como o elo entre o processo


de planejamento e o processo de implementação do planejamento.

É o documento mais geral e abrangente e nele deve conter estudos,


diagnósticos que identifiquem a situação a qual se direciona a execução, os
programas e projetos, os objetivos, estratégias e metas. (TEIXEIRA, 2009).

Plano- apresenta as decisões gerais, as diretrizes políticas e a implementação


de estratégias. Deverá responder as questões do tipo:

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Plano- decisão de caráter geral; formato claro e simples; finalidade


nortear demais níveis da proposta; elo entre o processo de
planejamento e a implementação do planejamento; documento geral e
abrangente; deve conter estudos, diagnósticos que direcionam a
execução, os programas e projetos, os objetivos, as estratégias e as
metas.
Plano- o quê, quando, como, onde, pra quem e por quem.

Tipos de Planos
Um plano pode ser caracterizado em quatro tipos:
a) Procedimentos:
Quando um plano é relacionado com o método ou execução de trabalho.
Este tipo de plano é considerado plano operacional e comumente é
representado por fluxogramas.
b) Orçamentos:
Quando um plano está relacionado com dinheiro, envolvendo receita e
despesa, por um período de tempo. Este tipo de plano pode ser
estratégico, tático ou operacional, como, por exemplo, um plano
orçamentário.

d) Programa ou programações:
São planos que possuem uma correlação entre tempo e atividade. Pode
ser representado por cronograma ou agenda que detalha as atividades que
serão executadas.
e) Regras ou regulamentos:
Quando um plano apresenta normas ou procedimentos de
comportamento das pessoas em determinadas situações. Como exemplo,
encontramos o plano de regulamento de pessoal ou plano de cargos e
salários de uma empresa.

• Programa:
É considerado o aprofundamento do plano. É o documento que indica um
conjunto de projetos e detalha por setor a política, as diretrizes, metas e
estratégias em que os resultados permitirão alcançar o objetivo maior.

Os objetivos setoriais do plano comporão os objetivos gerais do programa. E o


programa, portanto, configura o quadro de referência do projeto.

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As características básicas que compõem e estabelecem o programa


são:
a) A formulação clara das funções efetivamente direcionadas aos setores
ligados ao programa, deliberando as devidas responsabilidades em sua
execução;
b) A formulação de objetivos gerais e específicos e a explicitação de sua coesão
com as políticas, diretrizes e objetivos do plano e de sua relação com os demais
programas do mesmo nível;
c) A definição da estratégia e a dinâmica de trabalho que serão adotados para a
realização do programa;
d) As atividades e os projetos que comporão o programa, incluindo a
apresentação sumária de objetivos e de ações;
e) Definição dos recursos humanos, físicos e materiais a serem mobilizados
para sua realização;
f) A apresentação das ferramentas administrativas necessárias para sua
implantação e manutenção do programa.

São considerados elementos básicos do programa:


a) Síntese das informações sobre a situação com a programação;
b) Formulação das funções destinadas aos setores;
c) Formulação dos objetivos gerais e específicos;
d) Estratégia e dinâmica de trabalho;
e) Recursos humanos, físicos e materiais;
f) Medidas administrativas para a implantação

• Projeto:
É considerada a menor unidade do processo de planejamento, na qual
existe o detalhamento das estratégias a serem executadas. É considerada
também como principal e importante etapa do processo de planejamento, pois
sistematiza de forma racionalizada as decisões.

O projeto é o documento que organiza o desenho prévio da operacionalização


de uma unidade de ação. É o instrumental mais próximo da execução, em
que se deve conter o detalhamento das atividades a ser desenvolvido, o
estabelecimento de prazos, a definição dos recursos materiais, financeiros e
humanos.

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Para elaboração de um projeto, inicialmente é necessário realizar um


diagnóstico da realidade social, no qual se identifique o contexto sócio histórico,
as relações sociais e organizacionais, e em seguida planejar uma intervenção.

Os projetos podem variar de acordo com seus objetivos, como, por exemplo:
projeto cultural, projeto social, projeto de pesquisa, projeto de trabalho ou
intervenção.

Segundo Baptista (2007), para a elaboração de projeto é necessário elaborar


um roteiro predeterminado, onde constem as exigências próprias do órgão de
execução ou de financiamento do projeto.

Qualidades essenciais à elaboração do Projeto:


a) O projeto deverá ser simples e possuir uma redação clara, para que a
compreensão da proposta seja perceptível para todos.
b) Deverá possuir objetividade e precisão nas informações. A metodologia
deverá descrever o caminho escolhido, a forma que o projeto vai desenvolver.
c) Deverá detalhar toda a ação prevista para o alcance dos objetivos, ou seja,
deverá apresentar as atividades que serão realizadas e servir de guia para a
execução, detalhando assim cada etapa da operação.
d) Deverá ser coerente e compatível com as partes do projeto, bem como, com
os outros níveis do programa.
e) O cronograma deverá ter exatidão e apresentar o início e o fim de cada
atividade.
f) Como etapa fundamental, o projeto deverá ser mensurado, isto é, deverá
estabelecer indicadores de avaliação que constatarão a eficácia e eficiência da
proposta.

Qualidade do Projeto - simplicidade, clareza, objetividade, precisão,


detalhamento, previsão, coerência, compatibilidade, exatidão, início,
meio e fim, indicadores de avaliação (eficácia e eficiência).

Desta forma, no campo do serviço social, o planejamento é ferramenta


essencial para estruturação de trabalho ou de intervenção junto a usuários.

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É considerado como uma das atribuições do assistente social elaborar planos,


programas e projetos mediante as demandas que surjam durante o exercício
profissional.

Assim, o assistente social, no momento de elaborar, executar e avaliar qualquer


plano, programa e projeto, deverá estruturar sua ação a partir de um processo
contínuo de relação dialética e de realimentação teórico-prática.

DICA DE LEITURA:

BAPTISTA, Myriam Veras. Planejamento social: Intencionalidade e


instrumentação. São Paulo: Veras, 2007. Nesta obra o aluno vai encontrar o
referencial teórico que norteia a abordagem do planejamento, bem como a
descrição e análise dos procedimentos do planejamento.

TEIXEIRA, Joaquina B. Formulação, administração e execução de políticas


públicas. In: Serviço Social: Direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Nesta obra o estudante vai encontrar uma rica
análise sobre o planejamento no processo de elaboração, execução e avaliação
das políticas públicas no Brasil.

PARA REFLETIR: Estudamos que o processo de planejamento é constituído


por pilares hierárquicos. Pesquise na internet modelos de plano, programa e
projeto e observe a diferença de cada um.

3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Como estudamos no item sobre os aspectos introdutórios, o planejamento


estratégico é um procedimento de responsabilidade dos níveis mais altos da
organização no que se refere à adoção e formulação de objetivos, na escolha de
ações necessárias para atingir os objetivos específicos e a consolidação das
metas. Ou seja, o planejamento estratégico dar-se-á quando se decide os
meios através dos quais a empresa atingirá os objetivos. É a relação dos
objetivos de longo prazo com as estratégias e ações para alcançar tais

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objetivos, os quais refletem na empresa como todo é um dos tipos de


planejamentos.

Planejamento: planejar, programar, projetar, esboçar de forma intencional as


ações que desejamos concretizar no futuro.

É a capacidade que só o ser humano tem de projetar e planejar as atividades


que vai realizar. Já aprendemos o que é o planejamento, agora precisamos
entender o que é planejamento estratégico, portanto, é necessário
compreendermos o que significa Estratégia.
Segundo Teixeira (2009), a palavra Estratégia pode ser definida: origem grega
que significa estratégia, o define como a arte militar de planejar e executar
movimentos e operações de tropas, navios e/ou aviões, visando alcançar ou
manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas
sobre determinados objetivos, ou seja, está vinculada à arte da guerra.

Podemos acrescentar a essa definição que Estratégia é a arte de aplicar os


meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos. A palavra
estratégica significa dar sentido, valor a uma ação, ao que se planeja.

Neste sentido, rompe com a visão de que o planejamento é apenas um


instrumento técnico neutro utilizado pelos órgãos públicos e pelas empresas
apenas para alcançar um determinado objetivo, mas que a elaboração e
execução de um planejamento envolvem e refletem diversos interesses dos
sujeitos envolvidos.

O planejamento Estratégico é síntese de um processo que reflete não somente


os diferentes interesses dos participantes, que muitas vezes são divergentes,
mas o processo de disputa na condução do direcionamento, dos princípios que o
planejamento deve conter que se materializam em um documento escrito que
contém princípios, objetivos, metas, mas principalmente concepção política e a
finalidade deste planejar, ou seja, o que se pretende alcançar.

Segundo Fritsch (1996), na atualidade o planejamento estratégico se


traduz como o conjunto de regras de tomada de decisão para a
orientação do comportamento de uma organização, visando atingir os
objetivos com eficiência, eficácia e efetividade.

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É uma técnica administrativa que por meio da análise do ambiente da


organização permite identificar seus pontos fracos e fortes e criar uma
estratégia/direção para que a organização possa aperfeiçoar seus recursos e
potencialidades para atingir sua missão.

Alguns autores afirmam que o planejamento estratégico é um instrumento


utilizado por uma Administração Estratégica que passou a ser utilizado no final
dos anos de 1960. A Administração Estratégica é um tipo de gerenciamento de
uma instituição/organização que visa definir estratégicas políticas para a
operacionalização do planejamento sendo que o objetivo deste é provocar
mudanças.

Um dos componentes essenciais para operacionalização do planejamento


estratégico é a participação, já que o propósito deste é provocar mudança no
ambiente organizacional. Portanto, para atingir esse objetivo é necessário que
todos que fazem parte da organização participem e sintam-se sujeitos do
processo de mudança.

O planejamento é formalizado num documento escrito, o plano, que apresenta


os objetivos da Administração Estratégica que é realizado por técnicos com a
participação e comprometimento daqueles que compõem o ambiente
organizacional.

Portanto, o plano significa um documento que reflete um processo, expressa


um objetivo, o desejo de mudança, mas este não é suficiente para garanti-lo,
só se torna possível com a participação e o envolvimento de todos que
compõem o ambiente em que o plano será operacionalizado, seja uma
empresa, um órgão público, Organização não governamental, um movimento
social, um partido político, etc.

Segundo Fritsch (1996), podemos apontar algumas características do


planejamento estratégico que são assinaladas como as principais:
a) É um método que orienta e preside as principais decisões de uma
organização;

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b) É um meio de estabelecer o propósito da organização em termos de missão,


objetivos, programas de ação e prioridades de alocação de recursos;
c) É um instrumento para definição dos domínios de atuação da organização;
d) É uma resposta para otimização de oportunidades e forças; minimizar e
eliminar ameaças e fraquezas, com a finalidade de alcançar um desempenho
competitivo;
e) É um critério para diferenciar as tarefas gerenciais dos vários níveis
hierárquicos da organização. (FRITSCH, 1996, p. 134).

Planejamento estratégico- método que orienta e preside as decisões;


propósito da organização (missão, objetivos, programas de ação,
prioridades de recursos); domínios da atuação; aperfeiçoar
oportunidades e forças; minimizar e eliminar ameaças e fraquezas;
alcançar desempenho competitivo; visa à participação de todos os
sujeitos envolvidos na tomada de decisão.

Podemos afirmar que o planejamento estratégico introduz um novo tipo de


pensar e conceber o planejamento por trazer transformações significativas na
arte de planejar, a exemplo da desburocratização, desconcentração, e a
descentralização de poder. Essa partilha de poder na elaboração do
planejamento só é possível porque o planejamento estratégico visa à
participação de todos os sujeitos envolvidos na tomada de decisão.

O planejamento estratégico constitui-se como uma ferramenta utilizada na


contemporaneidade pelas empresas capitalistas, visto que estas se orientam
por um modelo de produção e gerenciamento flexível, significa a adoção de
uma gestão gerencial horizontal, ou seja, as decisões são construídas com a
participação dos trabalhadores, consumidores, parceiros, enfim, todos que
estão relacionados com a empresa, outra característica deste tipo de gestão é a
utilização do trabalhador polivalente, sendo que este deve entender e
desenvolver várias funções.

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4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GESTÃO PÚBLICA

A introdução do planejamento estratégico na gestão pública significa um


avanço no sentido da desburocratização dos serviços, rompimento da visão de
que as ações/serviços ofertados pelo Estado são neutras, além de contar com a
participação dos usuários na tomada de decisão.

O planejamento estratégico só é possível numa gestão pública que se


orienta pelo princípio democrático, no nosso país isso é possível porque a
Constituição Federal institui as diretrizes da construção de um Estado
democrático e de direito.

O Estado, portanto, caracteriza-se como uma arena de conflito de interesses


das classes sociais, e a elaboração e operacionalização do planejamento
estratégico vai refletir essa disputa de interesses. As classes sociais vão
disputar qual tipo de estratégia o Estado deve adotar a defesa da
democratização e da universalização dos direitos sociais, como defende a classe
trabalhadora, ou a minimização dos direitos sociais como defende a classe
burguesa.

O planejamento estratégico é materializado no Estado Brasileiro a partir da


institucionalização da participação e controle social da população sobre o
Estado, criando mecanismos de participação que busca ultrapassar a mera
democracia representativa, combinando mecanismos da democracia
representativa com a democracia participativa direta, a exemplo dos Fóruns
(Criança/adolescente, da Assistência social), conferências, dos diversos
conselhos gestores e direitos, Grupos de trabalhos, etc.

São nestes espaços de participação direta e indireta, espaços colegiados


(participação do poder governamental e da sociedade civil) que são construídos
os objetivos, as diretrizes, metas, definidos recursos para elaboração/execução
das políticas públicas que são materializadas na oferta dos serviços públicos,
como educação, saúde, lazer, cultura, habitação, etc.

Como definimos anteriormente as palavras planejamento e estratégia, podemos


perceber que a definição de estratégia é muito apropriada quando nos referimos

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à utilização do planejamento estratégico na gestão do Estado, visto que este


materializa todo processo de mobilização, disputa, negociação entre classes
sociais dos seus interesses, muitas vezes divergentes, que são intermediados
pelo Estado.

Neste podemos identificar algumas características da operacionalização


do planejamento estratégico na gestão pública:
a) Identificação do terreno ou cenário em que se desenvolverá a ação e
tendências;
b) Identificação de aliados, oponentes, interessados, neutros e, em alguns
casos, até inimigos, mapeando a natureza e consistências de seus vínculos;
c) Identificação do perfil das forças em confronto, seus recursos, suas técnicas,
suas alianças (em magnitude e qualidade), sua capacidade operacional; d)
Identificação do tempo disponível (luta). (TEIXEIRA, 2009, p. 560).

5. PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

O planejamento participativo é um dos tipos de planejamento e está


diretamente ligado ao planejamento estratégico.

Este tipo de planejamento é o mais recomendado ao Assistente Social, já que o


Serviço Social defende a descentralização e desconcentração de poder e a
participação e o controle social das classes trabalhadoras na elaboração,
execução e avaliação das políticas sociais.

É necessário para compreendermos o que é o planejamento participativo definir


o que é participação e os tipos de participação utilizados pelo Estado Brasileiro.

Bordenave (1994) compreende participação como uma necessidade humana


básica, assim como os homens necessitam comer, dormir e trabalhar.

Especificando a origem da palavra participação...

Participar é fazer parte de algum grupo ou associação, ou tomar parte


numa determinada atividade, ou ainda, ter parte num negócio. Mas,

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ressalta que há diferença entre essas expressões, pois cada uma


determina uma forma diferente de participar. Existem duas formas de
participação do homem na sociedade, a micro participação e a macro
participação Micro participação, quando o homem participa de grupos
primários como família, grupo de amizade ou de vizinhança;

Macro participação, quando o homem participa de grupos secundários, como


as associações profissionais, sindicatos, empresas e ainda de grupos terciários,
como os partidos políticos e movimentos de classe (BORDENAVE, 1994, p. 23).
Segundo o autor, a micro participação é uma associação voluntária e visa
benefícios pessoais e imediatos. Já a macro participação consiste na
intervenção das pessoas nos processos dinâmicos que constituem ou modificam
a sociedade.

No Brasil, a participação e o controle social das classes trabalhadoras no


processo de construção, implantação e avaliação das políticas públicas só foram
institucionalizados no país, com a aprovação da Constituição de 1988, e pode
ser caracterizada como uma das grandes conquistas dessas classes no processo
de intervenção e controle sobre o Estado. As formas de participação das classes
trabalhadoras na esfera estatal foram estabelecidas pelo próprio Estado, por
meio do desenvolvimento de políticas públicas de integração, como nos mostra
Ammann (2003).

A autora, ao fazer uma análise sobre a política de desenvolvimento de


comunidade, afirma que este foi um tipo de planejamento participativo
elaborado pelo Estado para obter adesão das classes subalternas aos seus
projetos. O desenvolvimento de Comunidade surge no país nos anos de
1940, sob a orientação da política internacional do pós-guerra e sob a égide da
estratégia oficial de integração do local e do regional na política nacional de
desenvolvimento, modernização e industrialização, e se afirma como
instrumento capaz de favorecer o consentimento espontâneo das classes
trabalhadoras subalternas às estratégias definidas pelo Estado. (AMMANN,
2003, p. 193).

A política de desenvolvimento de comunidade proclama a participação


popular como elemento necessário ao processo de desenvolvimento nacional.
Essa forma de participação estabelecida pelo Estado brasileiro permite-nos
apreender a estratégia utilizada pelas classes dominantes que conduziam o
Estado; estas visavam conseguir a legitimação das classes trabalhadoras por

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meio do discurso e de práticas de integração e desenvolvimento nacional, que


servia para desmobilizar e controlar as classes subalternas.

As principais correntes de pensamentos sobre participação que o


Estado referenciava-se para estabelecer o processo de participação e
controle social no país foram:
a) A participação é concebida com base na micro visão social localista,
desconectada dos processos decisivos e decisórios da sociedade global;
b) Uma segunda postura é a de caráter reformista, aloca a participação nas
instâncias macrossocietárias, de modo a provocar reformas em bases nacionais
– porém ainda omite e disfarça as relações de dominação que regem as classes,
fundamenta-se numa visão unitária e harmônica do todo societário;

c) Participação como instrumento de integração, esta é outra corrente


que condiciona o desenvolvimento nacional à articulação de todas as
instâncias do planejamento e de todas as organizações e grupos sociais
que, partilhando de valores e objetivos genéricos comuns, assumem
funções próprias e obrigações recíprocas dentro do seu papel e nível.
(AMMANN, 2003, pp. 194-195).

Esta última concepção de participação foi a que fundamentou a utilização do


planejamento participativo no Brasil. O planejamento participativo do Estado foi
executado por técnicos/funcionários do próprio Estado que realizava reuniões
nas comunidades, estes técnicos já levavam para a comunidade o diagnóstico e
as prováveis soluções dos problemas prontos, ou seja, a participação da
comunidade era bem limitada.

Este tipo de participação originava a impressão na população de que tinha o


poder de participar e interferir nos rumos da nação, no entanto sua participação
era manipulada pelo Estado para legitimar o projeto do grupo que o dirigia.

Vale ressaltar que existiriam outras tendências que se contrapõem ao conceito


de participação estabelecido pelo Estado. Estas tendências, baseadas na visão
heterodoxa, colocaram a participação como um processo que se opera no
contexto histórico da realidade social e global.

Entre os seguidores desta corrente, destacam-se:

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a) “Prática social concreta, que detecta através dos atos cotidianos dos
indivíduos e dos grupos sociais.” (LIMA apud AMMANN, 2003, p. 195).
b) “Processo mediante o qual as diversas camadas sociais tomam parte na
produção, na gestão e no usufruto dos bens e serviços de uma determinada
sociedade”. (AMMANN, 2003, p. 195).

Podemos complementar essas concepções com a visão de participação


democrático-radical utilizada por Gohn (2007), em que se constituem
sujeitos sociais os quais lutam por cidadania, por melhoria da sua condição de
vida, para ter acesso às políticas públicas. É este tipo de participação que as
classes trabalhadoras tentam implementar através das instâncias de controle
democrático do Estado, como conselhos, conferências, fóruns, etc.

Podemos citar como exemplo de planejamento participativo, as


conferências e os Conselhos gestores e de direitos, utilizado pelo
Estado na atualidade no processo de construção, implementação e
avaliação das políticas/programas sociais e que o assistente social
participa diretamente tanto na condição de profissional como de
cidadão.

A conferência é um espaço de participação direta, em que todos os cidadãos


podem participar. Neste espaço são produzidos os objetivos, diretrizes e metas
da política pública que se materializam no plano de ação, a exemplo do Plano
Nacional de Juventude. O Plano Nacional de Juventude é um planejamento da
Política Nacional de Juventude que contou com a participação de várias
organizações juvenis, e diversos segmentos da população, no qual existem
metas que devem ser alcançadas no prazo de dez anos. As diretrizes e metas
do Plano materializam-se na elaboração de programas e projetos sociais, a
exemplo do PROJOVEM (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), as
proposições destes, assim como o acompanhamento e avaliação é realizada
pelo Conselho Nacional de Juventude.

O Conselho é uma forma de participação representativa, o que significa dizer


que são as entidades que representam a classe trabalhadora que participa do
conselho, este é um órgão colegiado e paritário, ou seja, é composto tanto por
representante do Governo como da sociedade civil. A sua função é propor,
deliberar, fiscalizar e avaliar as políticas, programas e projetos sociais, a

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exemplo da proposição e aprovação do plano anual da política municipal de


juventude, aprovação da implantação dos coletivos do PROJOVEM.

Portanto, podemos caracterizar a conferência e o conselho como espaço de


planejamento participativo das políticas, programas e projetos sociais.
Além, desses tipos de planejamentos da política pública existem outros que
participamos enquanto profissionais como o planejamento participativo das
instituições que fazem parte do chamado “Terceiro Setor” que pode propor no
seu planejamento a participação dos funcionários, colaboradores e os usuários
que são atendidos pela instituição.

Outro exemplo são as empresas (estatais e privadas) que têm utilizado o


planejamento participativo como uma ferramenta para aumentar a
produtividade do trabalhador, criando programa em que o trabalhador pode
participar apontando os problemas e propondo sugestões de resoluções destes,
o trabalhador se sente importante ao ver suas sugestões incorporadas nas
decisões da diretoria, Além disso, estabelece métodos em que os consumidores
possam participar da produção dos serviços, a exemplo do disque sugestões,
pesquisa de avaliação, etc. A técnica do planejamento participativo está
presente no nosso cotidiano como profissional, estudante, cidadão. O que
precisamos é refletir sobre a natureza desta participação, se é uma participação
orgânica e qualificada.

Participação orgânica é quando essa participação é assegurada pelos


dispositivos legais, a exemplo da Constituição Federal de 1988 que prevê a
participação e o controle social da população sobre o Estado, e a elaboração
de leis complementares como a Lei Orgânica da Assistência Social que prevê a
instituição do conselho e da conferência como mecanismos disponíveis ao
usuário para intervir nos rumos da Política Nacional de Assistência Social.

Participação qualificada é quando o cidadão tiver acesso às informações,


códigos, legislações para que possa de fato ter uma intervenção qualificada
propositiva que proporcione mudanças.

Outra questão que devemos discutir é a qualidade da participação


representativa, a exemplo dos conselhos e dos representantes políticos
(prefeitos, vereadores, deputados, senadores, Governador Estadual e Federal)
se nestes espaços os interesses do conjunto da classe trabalhadora estão

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representados. Para garantir uma relação direta entre representantes e


representados nestes espaços é necessária a construção de canais de
participação direta com a base, a exemplo da criação de fóruns, plenárias,
seminários e reuniões, etc.

O Serviço Social enquanto profissão participa diretamente destes instrumentos


de participação estabelecidos pelo Estado, que caracterizamos como momentos
do planejamento participativo, a exemplo dos conselhos, das conferências,
fóruns, etc. assessorando os órgãos públicos no processo de
construção/organização destes espaços contribuindo para a democratização da
relação Estado e sociedade civil visando contribuir para o fortalecimento do
controle das classes trabalhadoras sobre o Estado.

LEITURA COMPLEMENTAR:

AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no


Brasil. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003 Nesta obra o estudante vai encontrar
uma análise sobre a política pública, desenvolvimento de comunidade elaborada
e executada pelo Estado como um instrumento de participação das classes
trabalhadoras no desenvolvimento econômico nacional.

BORDENAVE, Juan Diaz. O que é participação social. São Paulo: Cortez, 1994.
Nesta obra o estudante vai encontrar a definição do que é participação, os tipos
e formas de participação.

DICA DE LEITURA
Para aprofundamento:

BORDENAVE, Juan Diaz. O que é participação Social. São Paulo, Cortez, 1994.

GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores: Participação sociopolítica. São


Paulo, Cortez, 2007.

E, CAVALCANTE, Itanamara Guedes. Juventude em Pauta: o processo de


construção da política pública de juventude em Sergipe. Dissertação de
mestrado. UFPE. 2010.

PARA REFLETIR:

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Realize uma pesquisa sobre as principais estratégias utilizadas pelo Estado, as


organizações do terceiro setor e as empresas para introduzir o planejamento
participativo.

6. SERVIÇO SOCIAL E A INTERVENÇÃO NA ÁREA SOCIAL

O serviço social é uma profissão com características de intervenção da


realidade social. Para isso, há necessidade de uma habilitação crítico
analítica, que proporcione a estruturação de seus objetivos de ação.
Devem-se considerar as competências teórico-metodológicas, técnico-
administrativas e ético-políticas as quais possibilitam ao assistente
social formas de pensar e agir suas funções profissionais.

O planejamento, portanto, deve ser considerado como uma ferramenta


fundamental à prática do assistente social, por possibilitar a identificação, ao
longo do tempo, das ações necessárias para o enfrentamento de desafios das
problemáticas sociais.

Assim, o planejamento é uma ferramenta de investigação no serviço social


com a finalidade de promover mudanças concretas da realidade.

Para o assistente social, o processo de planejamento passa a ser um


procedimento essencial para a compreensão das diversas realidades e
expressões da questão social, pois este deverá imprimir em sua intervenção
profissional um caminho, uma direção. Para isso, é imprescindível conhecer e
problematizar o objeto de sua atuação.

A ação planejada define um caminho, horizonte direcionado pelo


desbravamento de ações permeadas de intenções, porém, plenas de sentido.
(FRAGA, 2010).

Como ainda bem define Fraga (2010), enquanto a atitude investigativa é um


movimento constante de busca, questionamentos, debruçamentos,
planejamento para atuar na profissão, a ação profissional é consequência e, ao
mesmo tempo, subsídio para essa investigação.

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7. O SERVIÇO SOCIAL E O PLANEJAMENTO

O Serviço Social é uma das profissões que utiliza a técnica de planejar, pois
está previsto no Código de Ética de 1993 e na Lei que regulamenta a
profissão do Serviço Social o manuseio desta técnica nas realizações das
suas atividades profissionais.

O planejamento estratégico pode ser um instrumento utilizado pelo Serviço


Social para implementar o seu projeto ético – político, ou seja, o
planejamento é uma técnica e sua utilização depende do referencial teórico da
finalidade/direção que se pretende dar a esse instrumento, ou seja, qual
objetivo pretende-se atingir com sua utilização.

As competências do Serviço Social: política, ética, investigação e


intervenção.

Autores contemporâneos da profissão chamaram de “maturidade acadêmica e


profissional do Serviço Social” (Netto, 1996), que procurou definir novos
requisitos para o status da competência profissional. Iamamoto (2004), após
realizar uma análise dos desafios colocados para o Serviço Social nos dias
atuais, apontou 03 dimensões que devem ser do domínio do Assistente
Social:

• Competência ético-política – o Assistente Social não é um profissional


“neutro”. Sua prática se realiza no marco das relações de poder e de forças
sociais da sociedade capitalista – relações essas que são contraditórias. Assim,
é fundamental que o profissional tenha um posicionamento político frente às
questões que aparecem na realidade social, para que possa ter clareza de qual
é a direção social da sua prática. Isso implica em assumir valores ético-morais
que sustentam a sua prática – valores esses que estão expressos no Código de
Ética Profissional dos Assistentes Sociais (Resolução CFAS nº 273/93)5 , e que
assumem claramente uma postura profissional de articular sua intervenção aos
interesses dos setores majoritários da sociedade;

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• Competência teórico-metodológica – o profissional deve ser qualificado


para conhecer a realidade social, política, econômica e cultural com a qual
trabalha. Para isso, faz-se necessário um intenso rigor teórico e metodológico,
que lhe permita enxergar a dinâmica da sociedade para além dos fenômenos
aparentes, buscando apreender sua essência, seu movimento e as
possibilidades de construção de novas possibilidades profissionais;

• Competência técnico-operativa – o profissional deve conhecer, se


apropriar e criar um conjunto de habilidades técnicas que permitam ao mesmo
desenvolver as ações profissionais junto à população usuária e às instituições
contratantes (Estado, empresas, Organizações Não-governamentais, fundações,
autarquias etc.), garantindo assim uma inserção qualificada no mercado de
trabalho, que responda às demandas colocadas tanto pelos empregadores,
quanto pelos objetivos estabelecidos pelos profissionais e pela dinâmica da
realidade social.

Essas três dimensões de competências nunca podem ser desenvolvidas


separadamente – caso contrário, cairemos nas armadilhas da fragmentação e
da despolitização, tão presentes no passado histórico do Serviço Social
(Carvalho & Iamamoto, 2005).

Articular essas três dimensões coloca-se como desafio para os profissionais de


Serviço Social. A necessidade da articulação entre teoria e prática, investigação
e intervenção, pesquisa e ação, ciência e técnica não devem ser encaradas
como dimensões separadas.

8. ELABORANDO PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS.

A elaboração de planos, programas e projetos é uma das competências que o


Assistente Social está habilitado a realizar, assim como prevê a Lei de
Regulamentação da Profissão n° 8.862, de 7 de junho de 1993. De acordo com
os art. 4º e art. 5°

Art. 4° Constituem competências do Assistente Social:

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II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e


projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com
participação da sociedade civil;

Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos,


pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social.

Os dois artigos são bem diferentes, observe que no Art. 5º as


atribuições privativas do Assistente Social se colocam na área de
Serviço Social.

Portanto, a elaboração de planos, programas e projetos são instrumentos de


trabalho do Assistente Social que são utilizados nos mais diversos espaços
sócio ocupacionais, como nas várias políticas sociais, empresas públicas e
privadas, nas Organizações não Governamentais, nos movimentos sociais etc.

Antes de descrever os elementos que compõem um plano, programa e


projeto, vamos recordar brevemente alguns conceitos, já expostos no
item anterior.

a) Plano: é um documento de registro das decisões, dos objetivos e diretrizes


que devem ser atingidos em longo, médio e curto prazo, um documento de
orientação.
b) Programa: é a materialização dos objetivos do plano, através das
proposições de ações que têm um tempo definido para ser realizadas.
c) Projetos: Pode ser denominada como a menor unidade do planejamento, e
dentro de um programa pode estar contidos vários projetos, pois este deve
ser executado em curto prazo e visa dar resposta a um determinado
problema.

Vale ressaltar que plano, programa e projeto são partes integrantes do


planejamento realizado por alguma instituição, órgão ou setor público e
privado.

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Para facilitar a compreensão de como se realiza o processo de


elaboração de plano, programa e projeto e de sua inter-relação como
exposto acima, podemos utilizar para exemplificar todo esse processo a
Política Nacional para Mulheres desenvolvida pelo Presidente Lula
durante as suas gestões (2003-2006 e 2007-2010).

O Plano Nacional de Políticas Públicas para Mulheres foi elaborado e aprovado


na I conferência Nacional de Políticas Públicas para Mulheres e revalidado na II
Conferência, nele contém os objetivos, diretrizes e metas da Política.

Os objetivos do Plano foram estruturados em quatro eixos de atuação:


1. Autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania,
2. Educação inclusiva e não sexista,
3. Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos,
4. Enfrentamento à violência contra as mulheres.

Vamos utilizar o primeiro eixo dos objetivos para exemplificar como se realiza a
elaboração de um programa. A fim de atingir tal objetivo o Governo ampliou a
atuação do PRONAF, criando mais uma linha de crédito para as mulheres, o
Programa PRONAF-MULHER, com o intuito de promover a igualdade de gênero
do mercado de trabalho e promove a autonomia econômica e política das
mulheres.

No entanto, para as mulheres acessarem o programa é necessária a elaboração


de um projeto por parte das mulheres. Estas mulheres podem ou não fazerem
parte de uma organização como MST, STTR30, associações e cooperativas de
produtores.

No projeto precisa conter a justificativa, ou seja, apresentação do problema,


das ações que serão realizadas com o dinheiro do crédito.

Esse é o procedimento adotado pelo Estado para poder efetivar um direito


social, através da realização da política pública.

Agora que já compreendemos o que é um plano, programa e projeto e sua


relação, vamos estudar quais são os elementos que compõem um projeto. MST

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(Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. STTR Sindicato dos trabalhadores e


das trabalhadoras rurais.

Precisamos sempre partir do pressuposto que na construção de um plano,


programa e projeto é necessária à participação de todos que serão atingidos
pela execução destes.

O Primeiro passo é convocar uma reunião com todos aqueles interessados e


com o que será público alvo do projeto. Nesta reunião será discutido o porquê
da necessidade de elaborar o projeto, os objetivos e as ações. O projeto tem
que representar o interesse do coletivo.

Os elementos que devem conter num projeto:

a) Identificação do projeto
Deve conter o Título do Projeto, o local e a data (início e o término do projeto).
b) Identificação do proponente/executor
Nome, endereço completo, forma jurídica da Instituição (no caso de uma
associação o CNPJ). Além dessas informações deve ter também os dados do
responsável pelo projeto, o coordenador, nome, endereço, CPF e RG.
Se o projeto for realizado em parceria com outros órgãos colocar também, mas
especificando quem é o responsável pelo projeto.
c) Histórico de experiência da instituição proponente/executora.
Alguns órgãos solicitarão o histórico da instituição, neste caso devem-se colocar
as informações referentes a outros projetos já desenvolvidos pela instituição,
descrevendo as atividades, público alvo, parceiros, resultados e o órgão que
financiou.
d) Caracterização do problema e justificativa
Neste Item deve conter a apresentação do problema, ou seja, o porquê da
necessidade do projeto e sua importância para as pessoas que serão
beneficiadas, os benefícios econômicos, sociais, políticos, culturais e ambientais
que o projeto proporcionará.
e) Objetivo geral
O objetivo é a apresentação da situação e o que se deseja alcançar com o
projeto.
f) Objetivos específicos

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Os objetivos específicos são os resultados esperados. Devem ser executados no


desenvolvimento do projeto, através das metas e das atividades.
g) Metas
As metas estão diretamente relacionadas com os objetivos específicos, as
metas pretendem especificar como se deve fazer para atingi-los. As metas são
resultados parciais dos objetivos, por isso cada objetivo específico deve conter
mais de uma meta. As metas são expressões de quantidade e qualidade e
precisam estar bem definidas para poder definir com precisão os indicadores
que serão utilizados para avaliar se os resultados foram alcançados.
h) Atividades
As atividades estão diretamente relacionadas com os objetivos
específicos e com as metas, por isso, as ações precisam ser bem
detalhadas, enumeradas em ordem cronológica.
i) Público alvo.
São as pessoas que serão beneficiadas com o projeto.
j) Plano de trabalho/Metodologia
Esse item é de suma importância para avaliação/aprovação do projeto pela
agência financiadora. Na elaboração da metodologia deve conter de forma
detalhada o objetivo (finalidade do projeto), quem são os parceiros e de que
forma o projeto será executado.
k) Cronograma
O projeto tem início, meio e fim, tem um período para ser executado, portanto,
o cronograma vai definir quando cada ação será desenvolvida.
l) Resultados
É um impacto que o projeto causou na vida das pessoas e na comunidade onde
foi executado. É analisar se os objetivos específicos e gerais foram alcançados.
É importante frisar a necessidade de publicitar os resultados nos mais diversos
meios de comunicação.
m) Monitoramento/avaliação
É de suma importância para o desenvolvimento do projeto, pois a população
beneficiada, assim como os parceiros e demais agentes envolvidos no projeto
podem avaliar permanentemente a execução das atividades proporcionando
com isso não apenas o controle social, mas o aperfeiçoamento do projeto
durante a sua execução, propondo soluções para problemas que vão surgindo.
n) Orçamento
É um cronograma financeiro do projeto detalhando quando e quanto cada ação
vai gastar. É importante detalhar ao máximo a planilha de gastos. o) Resumo É
a apresentação sucinta do projeto, deve conter os objetivos a duração e o
custo, e a justificativa do projeto. É a síntese do projeto.

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programas, projetos e atividades de trabalho.
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o) Anexos
É o espaço para colocar informações que não se enquadram nos item
anteriores, assim como anexar documentos solicitados.

DICA DE LEITURA:

BAFFI, Maria Adélia Teixeira. O planejamento em educação: revisando conceitos


para mudar concepções e práticas. In: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia
em Foco. Petrópolis, 2002. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br>.
Acessado em: novembro de 2010.

CAVALCANTE, Itanamara Guedes. OLIVEIRA, Ilma Cristina Silva. Administração


e Planejamento em Serviço Social. Aracaju: UNIT, 2011.
http://pt.slideshare.net/edgarmartins2014/adm-e-planejamento-em-servio-
social

SOUSA, Charles Toniolo. A prática do assistente social: conhecimento,


instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, Ponta Grossa, 8(1):
119-132, 2008. Disponível em http: uepg.br/emancipação

TENÓRIO, Fernando Guilherme. Elaboração de projetos comunitários:


abordagem prática. São Paulo: Loyola, 2005.

PARA REFLETIR Neste Item podemos aprender a importância do plano,


programa e projeto como instrumento na atuação do Serviço Social, assim
como identificar um plano, programa, projeto e como se elaborar um projeto.

Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação


Autora: Myrian Veras Baptista

Planejamento é um instrumento que dá vida a prática, é ao mesmo tempo um


processo e um instrumento.
Como processo é a ação planejada, como instrumento se transforma num
documento que norteia as ações.
• Este processo tem uma característica fundamental: é técnico, administrativo e
político.

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• É um processo político porque se envolve a tomada de decisão e decide quem


tem o poder decisório.

Planejamento, como um processo integrado e cíclico, desenvolve-se


distinguindo fases bem definidas, como:
• Análise da situação que, a partir da escala de valores em presença,
revelará as necessidades dos indivíduos e grupos.
• A identificação de estratégias ou orientações de políticas e das linhas de
ação necessárias para atingir os objetivos.
• O confronto das linhas de ação com os meios disponíveis, os seus custos
e vantagens e as opções ou escolhas necessárias.

Planejamento estratégico procura ver este processo sob um novo


paradigma, que é caracterizada por uma nova forma de pensar, nova
racionalidade, uma nova forma de agir; tem como enfoque central as relações
de poder (o aspecto político).

Implica:
• nova forma de pensar: do pensamento funcional passa para o pensamento
dialético.
• nova racionalidade: de normativa / estratégica e racional objetiva X
substancial, passa para reiterativa / criadora.

Novas formas de agir:


1 - Nos propósitos: do crescimento, da mudança e da legitimação.
2 - Nas respostas: de imediativa passa para reiterativa e para criadora.
3 - Nas relações de poder: descentralização; desburocratização; flexibilidade;
relação entre sujeitos e (deserarquização).

O planejamento como processo que institucionaliza a tomada de decisão,


envolve alguns passos (itens):
1- Refletir: (reconstruir o objetivo) tendo como ponto de partida: a demanda
institucional, as dimensões do objeto (singularidade), o espaço de alcance da
ação profissional / a sede / a sociedade.
2- Conhecer: descrever / interpretar / explicar / compreender o objeto (o
estudo da situação e as circunstâncias).
3- Decidir: estabelecer prioridades / objetivos / metas.
4- Projetar: sistematizar e redigir o plano / programa / projeto.
5- Executar: implementar / organizar / agir.

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6- Controlar: relatório de resultados.


7- Analisar: relatório de avaliação

Na fase do conhecimento (conhecer) são necessários os conhecimentos


teóricos, pois os conceitos definem como se vai trabalhar e dão sustentação
para as explicações que a teoria oferece para as diferentes situações da prática.

Operacionalização de conceitos procura estabelecer uma relação entre os


componentes da situação não diretamente observáveis com elementos passíveis
de observação direta. Consiste na identificação de um conjunto de elementos
que representam esses componentes e de indicadores que permitam sua
observação empírica, a coleta e o registro de dados, buscando sua utilização no
planejamento.

Operacionalizar conceitos significa compatibilizá-los a um marco de


referência, tendo em vista sua posterior utilização prática, propiciando;
• Um marco de referência para a ação;
• A coleta e o registro de dados empíricos;
• Maior precisão à descrição e às interpretações de dados;
• Maior facilidade de comunicação entre especialistas, entre a equipe
planejadora e a população e entre estas e a instituição, possibilitando a
interpretação dos conceitos expressos sem ambiguidades.
• A construção de um sistema de indicadores se faz pela decomposição dos
elementos identificados como relevantes para o conceito em aspectos
observáveis empiricamente, quantificáveis e escalonáveis quanto à sua força
relativa no contexto da questão.

A pesquisa empírica desses indicadores permite a mensuração de dados


concretos de realidade, isto é, o alcance dos índices dos indicadores, que
informa em que proporção aquele indicador incide na realidade observada.

Para análise desses dados há que confrontá-los com parâmetros: padrões


indicativos das possibilidades de variação de proporcionalidade intrínsecas a
cada aspecto estudado e de seus significados.
Esses parâmetros são obtidos através da acumulação e da universalização de
informações sobre o comportamento dos indicadores em diferentes espaços
geográficos e conjunturas históricas.

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Parâmetro: é uma referência teórica para os indicadores, é um processo


histórico. Você está aquém, além ou dentro dos parâmetros (nível aceitável); se
você está no limite, está em situação de necessidade. Se você está abaixo do
esperado está em situação de crise.

Avaliação de eficiência: faz-se a partir dos dados de controle, ver se o


problema estava no projeto ou na execução e detectar o porquê ocorreu
mudanças e suas causas.
Avaliação do funcionamento da máquina (pessoal, equipamento, etc.) e a
capacidade da equipe de se adaptar a realidade.

Avaliação de Eficácia (alcance do objetivo) se não foi eficaz – houve um


defeito de projeto, necessariamente precisa de pesquisa para verificar, após um
período de tempo, como se encontram as pessoas que participaram do projeto.

Avaliação de Efetividade: colocar em choque a alternativa, ou seja, não


opera mudança na problemática geral, ex.: a política pública atende 20.000
crianças em creches, quando a demanda é de 2.000.000.

EXEMPLOS:

INTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL NO MODELO


BRASILEIRO

• PLANO PLURIANUAL, instrumento de ordenação das ações governamentais


a serem implementadas a médio prazo (4 anos), elaborado no 1º ano do
mandato atual e abrangendo até o 1º ano do mandato seguinte.
• LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS, instrumento disciplinador da
elaboração do Orçamento Público, de modo a adequá-lo às prioridades,
necessidades e limitações da administração pública.
• LEI DE MEIOS, ou LEI ORÇAMENTÁRIA, ou ORÇAMENTO ANUAL, que
compreende a previsão e a autorização para a arrecadação das receitas e
realização das despesas públicas.

• PLANOS:
Conjunto de ações e decisões de ordem política, social e econômica que têm
por objetivo direcionar os esforços da administração pública para a satisfação
do bem comum, contemplando determinadas áreas (funções) da ação
governamental;

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• é um conjunto de atividades devidamente descritas, especificadas,


quantificadas em termos físico-financeiros e ordenados em PROGRAMAS.

Um Plano é formado por esses “subconjuntos” de ações previstas para causar


uma mudança de ações previstas para causar uma mudança externa (e
definitiva) no quadro que pretende modificar.

• PROGRAMAS: conjuntos de atividades específicas, orientadas para a solução


de problemas igualmente específicos. A unidade de cada programa é um
PROJETO, que tanto pode ser de Engenharia como de qualquer outra espécie.

• A execução de um projeto é algo que modifica definitivamente a realidade


que lhe antecede, de modo a solucionar uma demanda corretiva. A distinção
essencial entre um e outro, é que o PROGRAMA (ações temporárias), além
de ser entendido como um coletivo de PROJETOS tem duração continuada,
até que o PLANO (ações permanentes) seja concluído, pressupondo ações
de médios e longos prazos, enquanto que um PROJETO normalmente é
executado no curto prazo (esforços temporários).

• PROJETOS
As principais características dos projetos:
1) Temporários, possuindo um inicio e um fim definido;
2) Planejados, executados e controlados;
3) Entregam produtos, serviços ou resultados exclusivos;
4) Desenvolvidos em etapas e incrementados por elaboração progressiva;
5) Realizados por pessoas;
6) Com recursos limitados.

• PROJETOS: Consiste na discriminação das ações previstas e necessárias


ao atendimento de objetivos precisos, dimensionados quanti-
qualitativamente e executáveis segundo um cronograma físico- financeiro
previamente estabelecido;

DICA DE LEITURA:
FRITSCH, Rosangela. Planejamento estratégico: Instrumental para a
intervenção do serviço Social. In: Revista serviço social e sociedade. São Paulo,
n. 52, pp. 127-145, dezembro, 1996. Nesta obra o estudante vai encontrar a
definição de planejamento estratégico e uma análise da utilização deste
instrumental pelo o Serviço Social.

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Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos,
programas, projetos e atividades de trabalho.
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SOUSA, Charles Toniolo. A prática do assistente social: conhecimento,


instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, Ponta Grossa, 8(1):
119-132, 2008. Disponível em http: uepg.br/emancipação

TEIXEIRA. Joaquina Barata. Formulação, Administração e execução de políticas


públicas. In: Serviço social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Nesta obra o estudante vai encontrar uma rica
análise sobre o planejamento no processo de elaboração, execução e avaliação
das políticas públicas no Brasil.

PARA REFLETIR:
Faça uma análise sobre algum plano de uma política pública, a exemplo do
Plano Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, o Plano Nacional de
Juventude, identifique qual estratégia/direção presente no plano, se defende os
direitos sociais dos sujeitos, quais os objetivos, as diretrizes, metas, se prevê o
controle social dos sujeitos interessados.

O tema desenvolvido se centraliza na intervenção na área social:


planejamento estratégico, planos, programas, projetos e atividades de
trabalho. Geralmente em questões de provas de concursos as
perguntas são direcionadas aos instrumentos de intervenção e na
sequencia do processo de elaboração do planejamento, dos planos, dos
projetos e das atividades realizadas.

10 – QUESTÕES DE PROVA

1-SABES-An. Gestão 01-Serviço Social-06- 2014


O planejamento, como um processo integrado e cíclico, desenvolve-se
distinguindo fases bem definidas, como:
I. Análise da situação que, a partir da escala de valores em presença,
revelará as necessidades dos indivíduos e grupos.
II. A identificação de estratégias ou orientações de políticas e das linhas de
ação necessárias para atingir os objetivos.

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III. O confronto das linhas de ação com os meios disponíveis, os seus custos e
vantagens e as opções ou escolhas necessárias.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II, apenas.

2-SABES-An. Gestão 01-Serviço Social-06- 2014


Na discussão conceitual sobre a avaliação de programas sociais deve-se
levar em conta a questão dos aspectos teóricos subjacentes aos
programas sociais que estão sendo executados. Para tanto, devem ser
considerados:
I. O ambiente político no qual os programas se desenvolvem e as forças
políticas que se contrapõem ou se aliançam para apoiar ou sabotar o programa.
II. O ideário econômico-financeiro que preside a determinação sobre a
alocação do gasto público e as concepções sobre a maior ou menor necessidade
de democratização do Estado.
III. A visão sobre os princípios da eficiência, efetividade e eficácia das ações
governamentais na área social.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) I, II e III.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II, apenas

3-SABES-An. Gestão 01-Serviço Social-06- 2014


O assistente social é chamado para desenvolver ações junto aos
trabalhadores de uma organização. Ao desempenhar suas funções
pautadas em bases teórico-metodológicas, ético-políticas e prático-
operativas com o pensamento crítico, terá como objetivo:
(A) O controle da força de trabalho utilizando-se de instrumentos e
mecanismos para a adequação do comportamento produtivo dos
trabalhadores aos métodos de produção, buscando a adesão do trabalhador
às metas de qualidade e produtividade.

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(B) O estabelecimento de um programa com critérios meritocráticos de


julgamento no sistema de avaliação de desempenho, afastando o
trabalhador da negociação coletiva e definindo a estratégia de
individualização dos salários e negociação direta da empresa com o
trabalhador.
(C) Direcionar o exercício profissional para os interesses fundamentais dos
trabalhadores, atuando no campo das mediações presentes na ordem social,
identificando estratégias de ação que se articulem ao projeto ético- político
da profissão.
(D) Instituir um programa que favoreça o espírito de colaboração e o
engajamento dos trabalhadores com o alcance das metas da empresa,
considerando as necessidades do trabalhador e desenvolvimento de política
de recursos humanos que amenizem os conflitos.
(E) Criar um projeto com um leque de benefícios e serviços sociais,
denominados de “salários indiretos” e “benefícios ocupacionais”, ampliando
assim os incentivos que reforçam e intensificam a subordinação dos
trabalhadores na empresa.

4-SABES-An. Gestão 01-Serviço Social-06- 2014


O assistente social no exercício profissional possui uma dimensão
investigativa que se caracteriza como:
(A) A habilidade do profissional em operar numa área particular,
desvinculando-a da significância da mesma no conjunto da problemática
social.
(B) Um processo pontual e assistemático na ação que pode ser identificado
como sistematização de dados que permite desenvolver determinado
conhecimento empírico.
(C) Inerente à natureza da competência profissional que se expressa,
exclusivamente, na fase de planejamento de suas ações.
(D) A realização de entrevistas, estudo social, pareceres como processo
investigativo deve ocorrer apenas em casos que apresentam alta
vulnerabilidade social.
(E) Uma realização das suas competências como um todo, no planejamento,
implementação, avaliação e revisão crítica do processo, pois a dimensão
investigativa está intrinsecamente relacionada com a dimensão interventiva,
e a qualidade de uma implica a plena realização da outra.

5-SELEÇÃO PÚBLICA N.º 001/2014 Cód. 12 - Analista Organizacional I


(Serviço Social)- 2014

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Um dos papéis mais relevantes, desempenhados atualmente pelo


Assistente Social, no plano macro social, possibilita a abertura de
canais de comunicação entre o povo, o governo e as instituições, ou
seja:
A) O A.S. elabora políticas setoriais e econômicas, que atendam apenas aos
interesses governamentais.
B) O A.S. formula políticas sociais no plano micro social para atender interesses
sociais.
C) O A.S. participa da formulação de políticas econômicas e governamentais
que atendam as variáveis da realidade local.
D) o A.S. participa da formulação de políticas sociais que atendam as variáveis
da realidade e da população regional ou nacional.

6-SELEÇÃO PÚBLICA N.º 001/2014 - Analista Organizacional I (Serviço


Social)- 2014
No Serviço Social o termo diagnóstico vem sendo conceituado por
diversos autores com interpretações variadas. Alguns baseiam em sua
etimologia, outros se afastam dela, definindo-o como:
A) Conjunto de interpretações iniciais de uma determinada realidade.
B) Conjunto de interpretações finais de uma determinada realidade.
C) Uma interpretação, uma descrição ou explicação de uma situação ou de um
sujeito ou, ainda, como tentativa de compreensão da realidade.
D) Uma verificação ou uma avaliação de uma situação problema como tentativa
de explicitação da realidade.

7- CETAM-Anal. Téc. Educ.-Serv. Social- 2014.


Na atualidade, um dos grandes desafios para a profissão do Assistente
Social é elaborar/utilizar estratégias, táticas e técnicas no cotidiano de
seu trabalho, transitando o conhecimento acumulado à intervenção.
Assim,
(A) Há a necessidade de elaboração de uma metodologia específica para o
Serviço Social, entendendo-a como essencial, primordial e fundamental para
a atuação profissional.
(B) Necessita-se produzir conhecimento, promover debates, cursos,
seminários que viabilizem metodologias de ação profissional.
(C) Compreendendo as divergências e convergências existentes entre os
Assistentes Sociais, quanto à teleologia dada à intervenção, a
individualização na atuação profissional é um caminho metodológico.

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(D) A dimensão técnico-operativa da profissão não pode ser compreendida


isoladamente, devendo ser tratada na sua unidade com as dimensões
teórico-metodológica e ético-política.

(E) Não existe unidade possível entre a dimensão técnico-operativa e as demais


dimensões da profissão, visto que o neoconservadorismo tem impactado
também o Serviço Social.

8- CETAM-Anal. Téc.Educ.-Serv. Social-19- 2014.


A avaliação é hoje um instrumento de gestão social imprescindível,
sendo grande aliada da transparência e da visibilidade que se necessita
para o trabalho com questões e recursos públicos. Para tanto, toda
avaliação exige, como condição prévia, a
(A) Mensuração do social, através de métodos econométricos, pressupondo
uma análise dos processos.
(B) Definição de um conjunto de procedimentos analíticos que mensurem
resultados.
(C) Contextualização da realidade socioinstitucional na qual está inserido o
projeto.
(D) Identificação de indicadores sociais que viabilizem a eficiência, eficácia e
efetividade da mesma.
(E) Qualificação dos sujeitos sociais envolvidos no processo, para que se
possam dimensionar os impactos causados.

9-CETAM-Anal. Téc.Educ.-Serv. Social-19


O planejamento é realizado a partir de um processo de
problematizações sucessivas, que tem como foco de interesse a
situação definida como objeto de intervenção. Nessa lógica, considere:
I. O planejamento se refere à seleção das atividades necessárias para atender
questões determinadas e à otimização de seu inter-relacionamento, à decisão
sobre os caminhos à sua adoção, ao acompanhamento da execução, ao
controle, à avaliação e à redefinição da ação.
II. O planejamento imprime à prática profissional uma confiabilidade na sua
ação e no controle da mesma, através de atividades de previsão e do controle
de ações.
III. No planejamento estão implícitas as dimensões de racionalidade e política.
Está correto o que consta em
(A) I, apenas.

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programas, projetos e atividades de trabalho.
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(B) II, apenas.


(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

10-CESPE/UnB – TJSE – Aplicação: 2014-


Julgue os próximos itens: Certo ou errado
10.1 - Com relação ao planejamento estratégico, julgue os próximos
itens.
a- Para a superação da visão tradicional de planejamento, voltada para a
previsão do futuro, é necessário que se busque viabilidade para criar o futuro,
considerando-o uma ferramenta de ampliação do arco de possibilidades
humanas.
b- O planejamento estratégico fixa-se em respostas no curto prazo e busca a
eficiência com base na ênfase à técnica e aos instrumentos.
c- No planejamento estratégico de uma organização, deve-se priorizar o
estabelecimento de objetivos concretos e discutir, a cada cinco anos, as
questões relacionadas ao futuro e ao
desenvolvimento. organizacional

10.2 - No que diz respeito a planos, programas e projetos, julgue os


itens subsequentes.
a) O projeto, instrumento técnico-administrativo, é a unidade mais operativa da
execução, ou seja, dá consistência ao que foi desenhado no plano e concretude
às intenções e objetivos.
b) O projeto, cuja condução compete exclusivamente aos administradores,
representa a maior expressão do planejamento estratégico.
c) Diferentemente do projeto, o programa não é, a princípio, definido no tempo,
tendo, de certa forma, caráter permanente, embora não deva ser considerado
eterno.
d) Os indicadores de resultados, que compõem o plano de ação, constituindo o
meio para gerenciá-lo e verificar se o resultado está sendo atingido, são fontes
importantes para a avaliação.

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10.3 -Julgue os itens a seguir, relativos à avaliação de programas e


políticas sociais.
a) Em relação à distinção das vantagens da utilização de avaliadores externos
ou internos, reconhece-se que os primeiros logram maior credibilidade junto ao
público externo e apoiam-se em julgamentos menos parciais.
b) O objetivo da avaliação de processo, ou de implementação, é esclarecer o
grau de conformidade do programa em relação ao plano original, ao passo que
o propósito da avaliação de impacto, ou de resultado, é verificar se os efeitos
finais foram atingidos.

c) A avaliação multicêntrica corresponde a uma forma de avaliação realizada


em diversos locais por meio de estudos experimentais, em larga escala, de
grandes programas sociais.
d) A avaliação formal assemelha-se à informal no que se refere aos
procedimentos utilizados para obtenção e análise de informações, julgamento
de valor e tomada de decisão.
e) A qualidade das informações e a produção de impacto significativo junto ao
público-alvo são reconhecidas como vantagens da realização de processos
avaliativos em programas pontuais.

10.4 - Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada ao


projeto ético-político da categoria:
a) O gerenciamento, o planejamento e a execução direta de bens e serviços
pelo assistente social devem levar ao fortalecimento da gestão democrática e
participativa, viabilizando propostas em favor dos cidadãos.
b) Na perícia social, o profissional pode valer-se de instrumentos e técnicas de
interação direta e indireta.
c) O parecer social deve prestar esclarecimentos e análises a fim
de subsidiar tomadas de decisões.
d) Segundo as diretrizes curriculares do serviço social, a dimensão técnico-
operativa deve subordinar-se à teórico-metodológica e à ético-política.
e) O laudo social é resultante do processo de perícia social e deve conter o
registro das informações mais relevantes do estudo realizado e o parecer social.

TRF3R-An. Jud.-Serviço Social-2014


11-O planejamento na área social, enquanto processo racional se
organiza em operações complexas e interligadas: reflexão, decisão,
ação e retomada da reflexão. Para além dessa dimensão de
racionalidade do planejamento, identificamos outra dimensão que dá

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suporte à ação técnico-administrativa. Essa é denominada como


dimensão
(A) de planejamento estratégico.
(B) política.
(C) de planificação.
(D) teológica.

CESPE/ CEBRASPE/STJ/2015-
12- Acerca da intervenção profissional com indivíduos, grupos e
famílias, julgue os itens seguintes.
1- A intervenção em situações familiares especiais, tais como prisão,
desemprego e morte, possui caráter essencialmente preventivo, uma vez que
seu objetivo consiste em dar sustentabilidade aos processos de reorganização
das famílias.
2- Na análise da influência das redes de relações primárias no processo de
inclusão social, recomenda-se observar as particularidades de cada família no
tocante a tempo e espaço social, configuração, percurso transgeracional e
localização territorial.
3- O envolvimento dos integrantes de um grupo, estimulado pela igualdade de
oportunidades e pela delegação de poder, tanto nas decisões como nas
discussões, caracteriza a natureza participativa de uma proposta de ação.
4- O papel do facilitador no trabalho em grupo é o de conduzir o processo,
conforme sua expertise, com especial atenção para não direcionar a tomada de
decisão do grupo de acordo com seu posicionamento.
5- A orientação e o acompanhamento realizados por assistentes sociais que
adotem o atual projeto ético-político da profissão têm caráter educativo e
interferem diretamente na formação de condutas e de subjetividades dos
usuários dos espaços sócio ocupacionais.

CESPE/ CEBRASPE/STJ/2015-
13-No que diz respeito a fundamentos, instrumentos e técnicas de
pesquisa social, julgue os itens subsequentes.
1- A concepção dialética compreende a realidade com base no princípio do
conflito, da contradição e da transformação como algo permanente, enquanto a
lógica positivista, por sua vez, investiga leis invariáveis da estrutura social para
conservá-la.

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2- O grupo focal, como técnica de pesquisa, caracteriza-se pela realização de


uma conversa em grupo de natureza heterogênea, e a aplicação dessa técnica
prescinde de planejamento ou de uso de roteiro prévio.
3- Na definição da amostra em uma pesquisa qualitativa, deve-se adotar a
representatividade numérica para garantir a generalização dos conceitos
teóricos que estiverem sendo testados.
4- A respeito da dicotomia entre abordagens quantitativas e qualitativas, a
concepção dialética marxista considera que a qualidade dos fatos e das relações
sociais é sua propriedade inerente e que as referidas abordagens são
inseparáveis e interdependentes.
5- As críticas sobre o uso de métodos quantitativos para a interpretação de
informações sociais referem-se a crenças do senso comum de que as distorções
na abordagem da realidade podem ser evitadas pela codificação.
6- Na investigação social, a criatividade do pesquisador corresponde a sua
capacidade pessoal de análise e de síntese teórica, bem como a seu nível de
comprometimento com o objeto.

CESPE | CEBRASPE – DEPEN –2015


14-Julgue os itens subsecutivos, a respeito da dimensão técnico-
operativa do serviço social.
1- No campo sociojurídico, o assistente social deve analisar e interpretar os
casos atendidos a fim de produzir material que dê suporte às decisões judiciais,
com base em experiências acumuladas, em referenciais teóricos e em seus
conhecimentos legais, bem como em particularidades institucionais necessárias
ao encaminhamento de cada situação.
2- Em processos judiciais, instruções sociais na área de serviço social limitam-
se à dimensão técnico-operativa da profissão.
3- A teorização crítico-dialética no serviço social desencadeou um processo de
radicalização no debate da categoria profissional e suprimiu a possibilidade de
se efetivar o instrumental técnico-operativo próprio do serviço social.
4- As ações do assistente social incluem o desenvolvimento de processos de
participação social a partir da elaboração e implementação de práticas
educativas exercitadas em diferentes espaços sócio ocupacionais. Entretanto, o
exercício dessas práticas cabe tanto ao assistente social quanto a outras
categorias profissionais.
5- No âmbito do serviço social, as ações de mobilização e organização social
incluem-se no corpo teórico-prático da profissão como elementos constitutivos e
traduzem formas de assimilação/recriação dessas ações na prática profissional.

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15-Com referência aos processos de planejamento e de intervenção
profissional do assistente social e a instrumentos e técnicas de
pesquisa nessa área profissional, julgue os itens subsequentes.
1- O domínio de técnicas de pesquisas quantitativas, como a realização de
estudos socioeconômicos, não integra o quadro de competências do assistente
social.
2- Em sua prática, o assistente social deve materializar o trabalho a ser
desenvolvido por meio da elaboração de um projeto pautado em instrumentos
jurídico-legais fundamentais no qual sejam identificados os objetivos da
intervenção profissional e o modo como essa intervenção atenderá às
demandas sociais.
3- Segundo a concepção crítica, os projetos de intervenção do profissional de
serviço social devem, entre outros aspectos, representar a autoimagem da
profissão; eleger os valores que a legitimam socialmente; e formular os
requisitos teóricos, práticos e institucionais para o seu pleno exercício.
4- Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Serviço Social, com base em
dados de 2004, buscou traçar o perfil do assistente social no mercado de
trabalho e mostrou que esse profissional no Brasil vincula-se majoritariamente
às empresas privadas e ao chamado terceiro setor.
5- A avaliação de políticas, programas e projetos sociais situa-se no âmbito da
identificação da concepção de Estado e de política social e deve subordinar-se à
composição de técnicas e instrumentos dirigidos a esse fim.

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16-Julgue os itens seguintes, relacionados a políticas e programas
sociais.
1- As estratégias do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da
Epidemia da AIDS e de outras DSTs devem contemplar as mulheres nas suas
especificidades, ou seja, gestantes; lésbicas; bissexuais e outros grupos de
mulheres que devem receber atenção conforme exige a situação de cada um
desses grupos.
2- O uso de drogas influencia negativamente a capacidade de julgamento e de
tomada de decisão pelo usuário, o que pode levá-lo a não usar o preservativo, a
trocar sexo desprotegido por drogas ou a se colocar em situações de violência
sexual, aumentando sua vulnerabilidade às DSTs e ao HIV.
3- A unidade de acolhimento adulto (UAA) oferece acolhida permanente a
pessoas do sexo masculino com necessidades decorrentes do uso de crack, do
álcool e de outras drogas, encaminhados por instituições de saúde diversas.

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4- O direito à saúde das pessoas privadas de liberdade é assegurado pelo Plano


Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário e concretizado nas atividades de
prevenção primária relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre
outros agravos recorrentes.
5- A atenção integral resolutiva, contínua e de qualidade às necessidades de
saúde da população privada de liberdade no sistema prisional constitui uma das
diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas
de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do SUS.
6-Nas situações em que o idoso não tenha condições econômicas de prover seu
sustento, estando seus familiares também carentes de recursos financeiros,
cabe ao poder público fazê-lo, no âmbito da assistência social.
7- A oferta de educação nos estabelecimentos penais restringe-se à educação
básica, em sua modalidade de educação de jovens e adultos, e à educação
profissional.

Questão 1-b/ Questão 2- b/Questão 3- d/Questão 4- e/Questão 5- c/


Questão 6 - c/Questão 7- d/Questão 8- d/Questão 9- e/
CESPE 10.1-a certa/10.2- a/c/d – certas/ 10.3-a/c certas/ 10.4-
a/b/e/ certas
Questão 11 – b/
CESPE
Questão 12 – 1/2/3/4/ certas
Questão 13 – 1/4/5/6/ certas/ - 2 e 3 – erradas
Questão 14 - 1/4/5/ certas - 2 e 3 – erradas
Questão 15 – 1/2/3/ certas - 4 e 5 – erradas
Questão 16 – 1/2/4/5/6/certas - 3 e 7 - erradas

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