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Método científico

Fases do método científico:

 Observação - Quase todas as investigações científicas começam por uma


observação que desperta a curiosidade ou suscita uma questão.
 Problema - Após uma observação para a qual não se encontra explicação
imediata surge um problema e é formulada uma pergunta. O propósito da
pergunta é estreitar o foco da investigação e identificar o problema em termos
específicos.
 Hipótese - Sugestão de possível resposta à questão levantada.
 Experiência - É planificada de modo a testar uma hipótese.
o Etapas da planificação da experiência:
 -definição de objetivo (s);
 -definição da variável;
 -escolha de materiais;
 -desenho do procedimento.
o Dimensão da amostra - Quanto maior for o número de dados
disponíveis como ponto de partida para a pesquisa, mais válida será a
generalização.
o A experiência tem de ser controlada - as variáveis têm de ser todas
controladas, de modo a que apenas uma esteja aberta a estudo.

Experiência
controlada

Grupo de controlo Grupo


ou testemunho experimental

Grupo onde as variáveis da Grupo onde é testada uma


experiência são mantidas variável independente sendo as
inalteráveis. restantes condições e
constituição mantidas iguais ao
grupo controlo.

Experiência controlada

 Na experiência devidamente controlada, dois grupos são submetidos a


tratamento idêntico em todos os aspetos, menos um.
 Essa diferença única é o fator investigado
 Geralmente:
o Os grupos-controle representam a situação normal,
o Os grupos experimentais representam a variação.
 O grupo-controle proporciona base para comparação: um padrão em relação
ao qual se podem medir as alterações que se verificarem no grupo
experimental.

Análise de resultados
Durante uma experiência são reunidos todos os dados, de modo a juntar indícios que
podem ajudar a sustentar ou a rejeitar a hipótese. A análise dos resultados tem como
objetivo final provar ou negar a hipótese e, ao fazê-lo, responder à pergunta original.
Conclusão
Etapa em que, perante a análise dos resultados, se aceita ou rejeita a hipótese. Se a
hipótese for aceite, deve ser feita a sua divulgação à comunidade científica. Se a
hipótese for rejeitada, deve se proceder à formulação de nova hipótese.

A importância do método científico


 Em ciência a parcialidade precisa ser evitada a todo custo.
 O método científico tenta minimizar a influência da parcialidade que o
responsável pela experiência possa apresentar.
 O método científico oferece uma abordagem objetiva e padronizada para a
condução de experiências e melhorar os resultados obtidos.

Subsistemas Terrestres
Que tipos de sistemas existem?

 Isolados;
 Fechados;
 Abertos.

Sistema isolado

 É aquele cujas fronteiras impedem a troca de matéria e energia;


 Não existem na natureza;
 Ex.:
o Laboratórios no vácuo;
o garrafa térmica hermeticamente fechada.
Sistema fechado

 As fronteiras permitem troca de energia mas não de matéria.


 Ex.:
o Panela de pressão ao lume.

Sistema aberto

 As fronteiras permitem trocas de energia e matéria.


 Ex.:
o Oceano;
o Floresta;
o Célula.

Sistema Terra
O planeta Terra, é considerado um sistema
 Troca energia com o universo:
o Fonte de energia externa: radiação solar;
o Fonte de energia interna: calor resultante da desintegração de
elementos radioactivos.
FECHADO

 Trocas de matéria diminutas em relação à massa/dimensões do planeta:


o Perda de gases (H e He) para o espaço devido à sua baixa densidade;
o Adição de matéria proveniente da queda de meteoritos ou poeiras
cósmicas.
Implicações da Terra ser considerada um sistema quase fechado

 Recursos naturais limitados devemos usá-los cautelosamente;


 Os materiais residuais permanecem dentro das fronteiras do sistema,
nomeadamente materiais poluentes, podendo afectar o seu equilíbrio;
 Qualquer alteração existente num dos subsistemas terrestres pode afectar
todos os outros pois estes são abertos, dinâmicos e interdependentes uns dos
outros.

Subsistemas terrestres

 Hidrosfera;
 Atmosfera;
 Geosfera;
 Biosfera.
Hidrosfera
É constituída pelos reservatórios de água que existem na Terra os oceanos, os rios, os
lagos, os glaciares e as águas subterrâneas fazem parte deste subsistema.
Agressões à Hidrosfera:

 Poluição doméstica e industrial;


 Derrames petrolíferos;
 Impermeabilização dos solos;
 Poluição por resíduos depositados à superfície.

Atmosfera
É constituída pela camada gasosa que envolve a hidrosfera, a geosfera e a biosfera.
Agressões à Atmosfera:

 Libertação de GEE;
 Libertação de CFC;
 Queima de combustíveis fósseis;
 Consumos excessivo de combustíveis.

Geosfera
Parte sólida da Terra, quer profunda, quer superficial. Engloba os diversos tipos de
rochas e minerais seus constituintes e os solos.

Agressões à Geosfera:

 Agricultura intensiva;
 Poluição dos solos;
 Exploração mineira;
 Exploração de energia fóssil.
Biosfera
Formada pelos seres vivos que habitam a Terra.

Agressões à Biosfera:

 Caça e pesca excessivas;


 Desflorestação;
 Poluição da água;
 Incêndios.

As rochas, arquivos que relatam a história da Terra


Quanto à sua origem, podemos considerar três tipos básicos de rochas:

 Rochas sedimentares - formadas à superfície, ou muito próximo dela por


deposição de materiais em bacias de sedimentação.
 Rochas Magmáticas - formadas por solidificação de rochas fundidas (magma).
 Rochas Metamórficas - formadas pela transformação de rochas pré-existentes
no estado sólido devido ao aumento da pressão e/ou da temperatura.

Ambiente sedimentar

 Constituem uma fina película que recobre cerca de ¾ da superfície dos


continentes.
 Formam-se a partir de rochas pré-existentes ou de materiais originados pela
actividade dos seres vivos, por um processo que decorre em duas fases:
sedimentogénese e diagénese.
 Envolvem na sua formação o ciclo da água cujo “motor” é o Sol.

Génese das Rochas Sedimentares

 Sedimentogénese - compreende os processos que intervêm desde a elaboração


dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares até à deposição desses
materiais.
o Meteorização, erosão, transporte, sedimentação.
 Diagénese - inclui processos físico-químicos que transformam sedimentos em
rochas sedimentares.
o Compactação e cimentação.
Rochas Magmáticas
Resultam da solidificação de um magma ou lava. Esta solidificação pode ocorrer no
interior da crusta - rochas magmáticas intrusivas ou plutónicas - ou à superfície -
rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas.

Rochas Metamórficas
São formadas a partir de rochas pré-existentes que experimentam transformações
mineralógicas e estruturais.

Essas transformações são devidas a condições de pressão e de temperatura elevadas


ou à acção de fluidos de circulação.
O metamorfismo pode resultar da acção combinada da pressão e temperatura ou
pode resultar de um processo em que haja predomínio de um destes factores sobre o
outro.

Metamorfismo de contato - metamorfismo experimentado pelas rochas adjacentes a


uma intrusão magmática devido ao aquecimento provocado pelo calor proveniente do
magma.

Metamorfismo regional - é causado por pressões muito intensas e elevadas


temperaturas, caracteristicamente desenvolvido em grandes áreas (milhares de
quilómetros quadrados), nas regiões de formação de montanhas.

A medida do tempo geológico e a idade da Terra


O tempo em geologia
A noção de tempo é um conceito fundamental em geologia.
Datação das rochas
Datação relativa - Método que avalia a idade das formações geológicas umas em
relação às outras. Como? Analisando a posição relativa dessas formações e
averiguando acerca da existência de fósseis (de idade).

Datação absoluta - Método que avalia a idade das formações geológicas usando
referências numéricas (M.a.). Como? Através de um complexo uso de tecnologias e
análises laboratoriais de amostras das rochas que se pretendem datar.

Datação relativa
Princípios litoestratigráficos:

 Princípio da Horizontalidade Inicial;


 Princípio da Sobreposição de Estratos;
 Princípio da Continuidade Lateral;
 Princípio da Interseção;
 Princípio da Inclusão;
 Princípio da Identidade Paleontológica.

Princípio da Horizontalidade Inicial


Os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são depositados, em regra,
segundo camadas horizontais paralelas à superfície de deposição.

(Quaisquer fenómenos de deformação que alterem esta horizontalidade das camadas


é posterior à sedimentação!).

Princípio da Sobreposição de Estratos


Se não ocorrerem deformações, a
deposição ocorre por ordem cronológica,
da base para o topo – uma camada é mais
recente que a que lhe serve de base e mais
antiga do que as que lhe estão acima.
Exceções ao Princípio da Sobreposição de Estratos
1 – Dobras deitadas: Este princípio nem sempre pode ser usado para datar os estratos
de forma relativa! Se ocorrerem determinadas deformações nas rochas a posição dos
estratos será alterada e, às vezes, até invertida (como no caso das dobras deitadas).

2 – Terraços fluviais: O rio, por erosão, escava um novo leito, provocando a formação
de degraus onde deposita sedimentos – terraços fluviais. Os últimos a serem
depositados foram os da zona 3 (mais recentes).

3 – Grutas: Os sedimentos depositados em grutas são mais modernos do que as


camadas que lhe servem de tecto.

4 – Falhas: Blocos rochosos que fracturam (“partem”) e que se movimentam um em


relação ao outro.

Princípio da Continuidade Lateral


Um estrato delimitado pelo mesmo tecto e muro e com semelhantes propriedades
litológicas possuí a mesma idade em toda a sua extensão lateral.
Princípio da Inclusão
Este princípio aplica-se, por exemplo a rochas compostas por fragmentos de outras
(como o conglomerado).
Princípio da Interseção
Este princípio aplica-se a estratos afectados por estruturas (falhas, intrusões
magmáticas, etc…).

Princípio da Idade Paleontológica


Estratos com os mesmos fósseis possuem a mesma idade. Os fósseis são
contemporâneos das rochas onde se encontram!
Mas nem todos os fósseis podem ajudar a datar litologias, apenas os fósseis de idade
ou estratigráficos.

Fósseis de idade

 São fósseis de seres que fossilizam facilmente (têm partes duras) e, por isso,
ficam muitas vezes registados nas rochas.  OCORRÊNCIA EM ABUNDÂNCIA;
 São fósseis de seres que existiram em grande quantidade e que se expandiram
numa grande área geográfica (assim, permitem correlacionar estratos em
diferentes pontos do globo).  AMPLA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA;
 São fósseis de seres que não viveram durante muito tempo (à escala geológica).
 CURTA DISTRIBUÇÃO TEMPORAL.

Ajuda: O que aconteceu aqui?


As camadas 1 e 5 sofreram deformações, inclinando, após a sua formação (estas
camadas experimentaram a mesma história geológica pois a sua inclinação é
semelhante).

A intrusão 6 atravessa as camadas 1, 2 e 3 logo é mais recente que estas.

As camadas 9 e 10 são “cortadas” pelo vale logo podemos afirmar que este foi a última
estrutura a formar-se.

E aqui?

As camadas de 1 a 10 depositaram-se horizontalmente umas sobre as outras. Sofreram


deformação, inclinando-se. Posteriormente ocorreu a formação de uma intrusão
magmática que deu origem ao granito (contém inclusões de outras rochas mais
antigas). Deu-se a erosão de todo este conjunto e, posteriormente depositaram-se as
camadas 11 (com inclusões do granito, mais antigo) a 14.
E aqui?

1 - Deposição de A, B, C, D, E, F e G e posterior inclinação;

2 – Ocorrência da falha H;

3 – Erosão e formação de uma descontinuidade (I) – superfície irregular;

4 – Deposição de J, K e L;

5 – Aparecimento da Intrusão M;

6 – Novo episódio de erosão com formação de uma segunda descontinuidade (N);

7 – Deposição de P (com inclusões de rochas mais antigas) e Q;

8 – O filão R e as camadas de lava S e T surgiram depois da deposição de Q mas não é


possível concluir se R surgiu antes ou depois de S e T pois não o intersecta; Com
certeza sabemos apenas que a camada mais recente de todas é a T.

E nesta situação, como proceder à datação?


Datação absoluta
A radioactividade é uma das principais fontes de energia térmica interna da Terra.

Os átomos fazem parte da constituição da matéria (de tudo aquilo que existe). Nas
rochas também existem átomos.

Alguns deles (urânio, rádio, etc.) são radioactivos, isto é, ao longo dos tempos, e
naturalmente, os seus núcleos vão-se desintegrando espontaneamente para se
tornarem mais estáveis. Quando isso acontece liberta-se energia.

A datação pode também ser chamada de datação radiométrica ou isotópica.

Os isótopos de urânio são muito frequentes nas rochas (1g por cada 1000 Kg de rocha).

Estes isótopos são muito instáveis – os seus núcleos desintegram-se espontaneamente


formando um átomo de um elemento químico diferente, mais estável.

Átomo inicial: ISÓTOPO – PAI (instável).

Átomo formado após desintegração: ISÓTOPO – FILHO (mais estável).

Porque razão o decaimento radioactivo oferece uma boa forma de medir


o tempo de forma absoluta?
A taxa de decaimento radioactivo (desintegração dos isótopos-pai em isótopos-filho) é
constante para cada isótopo (não varia com condições de pressão, temperatura ou
outros aspectos associados aos processos geológicos).

A desintegração é irreversível: o isótopo-pai não volta a adquirir as propriedades


iniciais.

Quando a rocha se forma adquire elementos radioactivos que se começam a


desintegrar marcando o momento de formação daquela rocha.
Período de semi-vida ou semi-transformação

Tempo decorrido para que metade do número de


isótopos-pai radioactivos sofra desintegração,
transformando-se em isótopos-filho.

No final de um período de semi-vida, 50% dos


isótopos-pai já foram transformados em isótopos-
filho… No final do 2º período de semi-vida,
metade da metade que restou (¼) do nº original
de isótopos-pai ainda permanecem na rocha… No
3º período de semi-vida ⅛ e assim por diante!

(restará sempre uma quantidade residual de isótopos-pai na rocha)


Qual o melhor isótopo para datar rochas jovens?

Carbono-14, pois tem o período de semi-vida


mais curto.

É que se a rocha for “velha” e a taxa de


decaimento for rápida, os isótopos-pai já se
transformaram quase todos em isótopos-
filho: sabemos que o relógio isotópico parou,
não sabemos é há quanto tempo isso
aconteceu.

O Carbono-14 é muito usado na arqueologia e


é o ideal para datar fósseis ou quaisquer
outros resíduos orgânicos… Porquê?
Todos os seres vivos contêm carbono. Ele é absorvido pelos seres fotossintéticos e daí
segue por toda a cadeia alimentar. Quando os seres morrem inicia-se o decaimento! E
a arqueologia estuda eventos recentes – interessam isótopos com menor tempo de
semi-vida.

Limitações da datação radiométrica ou isotópica


Não permite datar rochas sedimentares.

Este método pressupõe que as rochas sejam sistemas fechados, não existindo entradas
ou saídas de isótopos. Mas, se as rochas sofrerem erosão ou meteorização, podem
ocorrer perdas de isótopos (pais e filhos) o que irá influenciar a idade atribuída.

Cada grão de areia tem um relógio calibrado para uma data distinta, a qual remonta
provavelmente a muito antes de a rocha sedimentar se formar. Assim, em matéria de
cronometragem, a rocha sedimentar é uma confusão. Não serve.

Atribuí uma idade ao metamorfismo e não à rocha antes de o sofrer.

Se tivermos em conta que as rochas metamórficas resultam de modificações, devidas a


pressão e temperatura, sofridas por outras rochas, o metamorfismo que as afectou
não elimina os átomos-filho que elas possam conter nesse momento e, dessa forma,
obtém-se uma idade superior à que deveria corresponder à última fase de
metamorfismo.

Nem sempre as rochas contêm grandes quantidades dos isótopos necessários à sua
datação.

Apenas as rochas ígneas proporcionam


bons relógios radioactivos.

As rochas ígneas costumam conter muitos


isótopos radioactivos diferentes. A
solidificação das rochas ígneas dá-se
bruscamente, o que tem uma consequência
feliz: todos os relógios de um dado
fragmento de rocha são calibrados em
simultâneo.
Por que motivo a estratigrafia não permite medir o tempo de forma
absoluta?
Os sedimentos não se acumulam numa taxa constante em nenhum ambiente de
sedimentação (podem até haver longos momentos de ausência de sedimentação). Por
exemplo, durante uma inundação, um rio poderá depositar uma camada de areia de
vários metros de espessura em questão de poucos dias, enquanto durante todos os
anos que se seguirem entre as inundações ele apenas deposita uma camada de areia
com poucos centímetros de espessura. Além disso a taxa de erosão também não é
constante.
Questão

1. 25%
2. Dois períodos de semi-vida
3. 2 x 0.7 x 109
A Terra, um planeta muito especial (Universo)
Sistema Solar
É constituído pelo Sol e por todos os corpos que gravitam em torno dele:

 Planetas;
 Asteróides;
 Cometas.

Do sistema solar fazem parte 8 planetas principais, cerca de 60 satélites naturais,


centenas de cometas e milhares de asteróides.

Sol
Faz parte de uma galáxia – Via Láctea, que possui centenas de milhares de milhões de
estrelas.

Com um raio de cerca de 700 000 Km, é uma estrela muito modesta, quer pelo seu
tamanho, quer pelo seu brilho.

Ocupa uma posição excêntrica num dos braços da espiral, sento a sua distância ao
centro da galáxia cerca de 27 000 anos-luz.

Em cada segundo são convertidos 710 milhões de toneladas de H (hidrogénio) em 705


milhões de toneladas de He (Hélio), sendo os restantes convertidos em energia, como
por exemplo a luz e o calor.

Teoria nebular
Segundo esta teoria no enorme espaço
que separa as diferentes estrelas da
nossa galáxia, existia uma nébula
formada por gases e poeira muito
difusa, que seria o ponto de partida
para a génese do Sistema Solar.

A nébula ter-se-ia contraído devido a


forças de atração gravítica entre as
diferentes partículas que a constituíam.

A contracção da nébula proto-solar


provocaria um aumento da sua
velocidade de rotação.
Lentamente a nébula teria começado a arrefecer e a adquirir a forma de disco muito
achatado, em torno de uma massa de gás densa e luminosa em posição central, que
seria o proto-sol.

Durante o arrefecimento do disco nebular, ocorreria a condensação dos materiais em


grãos sólidos, mas não de um modo uniforme. As regiões situadas na periferia, em
contato com o espaço intersideral, arrefeciam mais rapidamente do que as próximas
da estrela em formação.

A cada temperatura corresponde a condensação de um tipo de material com


determinada composição química, o que leva a uma zonação mineralógica de acordo
com a distância ao Sol.

No disco achatado, a força da gravidade provocaria aglutinação de poeiras constituídas


por diferentes minerais que formariam pequenos corpos chamados planetesimais,
com um diâmetro de cerca de 100m.

Os maiores desses corpos atraíam os mais pequenos, verificando-se a colisão e o


aumento progressivo das dimensões, o eu levou à formação de planetesimais com
alguns quilómetros.

Todo este processo designado acreção, desencadeou um bombardeamento cada vez


maior, formandos os protoplanetas.

Finalmente os protoplanetas por acreção de novos materiais, teriam dado origem a


planetas.

Planetas Telúricos
Os planetas que se formaram a temperaturas mais elevadas, os que se encontram mais
próximos do Sol, são essencialmente constituídos por materiais refractários, isto é,
materiais com um ponto de fusão mais elevado

Assim, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte, são pequenos, rochosos, formados


essencialmente por silicatos, possuindo atmosferas pouco densas, destituídas de
hidrogénio.
Planetas Gigantes
Os planetas longínquos, que condensaram a temperaturas mais baixas, são ricos em
substâncias voláteis.

Júpiter e Saturno são suficientemente grandes para reterem, por força gravítica,
materiais pouco densos da nébula solar primitiva, com o hidrogénio e o hélio.

Estes planetas são pobres em metais e silicatos.

A existência de uma zonação química, de acordo com a distância ao Sol, conferiu o


carácter químico próprio, e a composição original de cada planeta

A teoria nebular é coerente com grande parte dos factos observados,


como:

 Uma idade idêntica para todos os corpos do Sistema Solar;


 Regularidade das orbitas planetárias, que são órbitas elipsóides, quase
circulares;
 Todas as órbitas são quase complanares, formando um disco, com algumas
exceções, como por exemplo a órbita de Plutão;
 Todos os planetas têm movimento de rotação no mesmo sentido, excepto
Vénus e Úrano;
 A densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior à dos planetas mais
afastados, o que está de acordo com a posição em que se formaram numa
nébula em rotação.

Existem dados que não estão completamente clarificados

 Baixa velocidade de rotação do Sol;


 Movimento de rotação em sentido oposto de Vénus e Úrano, relativamente
aos outros planetas.

Planetas
Planetas principais – descrevem as suas órbitas, directamente em torno do Sol.

Planetas secundários ou satélites – descrevem translações em torno dos planetas


principais.
Mercúrio

 Planeta rochoso e dos mais densos;


 É semelhante à Lua com numerosas crateras de impacto;
 Praticamente destituído de atmosfera;
 Actualmente não tem actividade vulcânica;
 O dia tem a duração de três meses.

Vénus

 Atmosfera muito densa, volumosa e corrosiva, constituída por CO2, algum N2 e


pequenas quantidades de água que permitem a formação de ácidos, como HCl
e H2SO4;
 A atmosfera cria um efeito de estufa que determina temperaturas junto do solo
na ordem dos 480ºC;
 Derrames vulcânicos parecem ocupar grandes extensões da superfície do
planeta.

Terra

 Planeta geologicamente muito activo com intensa actividade sísmica e


vulcânica;
 É o único a ter água nos três estados;
 A água no estado líquido e a existência de temperatura adequada permitem o
desenvolvimento da vida;
 Satélite: Lua.

Marte

 Numerosas crateras de impacto;


 Numerosos vulcões, Monte Olimpo é o maior do Sistema Solar;
 Vales largos e profundos, semelhantes aos talhados pelos rios na Terra;
 Actualmente sem vestígio de água;
 Tempestades de areia vermelha;
 Satélites: Deimos e Fobos.

Júpiter

 Maior planeta do Sistema Solar, formado basicamente por Hidrogénio e Hélio e


em menor quantidade por metano, amónia e água;
 Atmosfera com bandas claras e escuras alternadas, paralelas ao equador;
 Satélites: 16 (Io, Europa, Ganimedes e Calisto).
Saturno

 Muito semelhante a Júpiter;


 Sistema de anéis bem visíveis, formados por partículas de gelo e fragmentos
rochosos cobertos de gelo, que descrevem órbitas bem definidas á volta do
planeta;
 Satélites: 18 (Titã é o maior do Sistema Solar).

Úrano e Neptuno

 Muito semelhantes;
 Constituídos por gases, com um pequeno núcleo rochoso;
 Possuem um sistema de anéis.

Asteróides
 Corpos de pequenas dimensões
 Os maiores não chegam a atingir os 1000Km de diâmetro;
 Geralmente movem-se entre a órbita de Marte e Júpiter –
cintura de asteróides;
 Alguns apresentam órbitas muito excêntricas, podendo
intersectar a órbita de alguns planetas.
Cometas
 Pequenos corpos, muito primitivos, com órbitas muito
excêntricas em relação ao Sol;
 Formados essencialmente por gelo e rochas, só são visíveis
quando se aproximam do Sol;
 São constituídos por núcleo, cabeleira e cauda.

Meteoróides
Meteoro - quando um asteróide sai da sua órbita e entra no campo gravitacional da
Terra.

Meteorito - colisão do meteoro com a superfície do nosso planeta.

Cratera de impacto - depressão saliente no solo, resultante da colisão.

Estrela cadente - meteoro de pequenas dimensões que entra na atmosfera terrestre e


que sofre aquecimento devido ao atrito, o qual é suficiente para o consumir.

Meteoritos

A Terra – acreção e diferenciação


A Terra, tal como os outros corpos do Sistema Solar, teve origem a partir da acreção de
materiais da nébula solar por acção da força gravítica, seguido de um processo de
diferenciação.

Embora se tenha começado a formar há cerca de 4600 M.a., continuou a crescer


durante cerca de 120 a 150 M.a., até atingir as dimensões actuais.

As rochas magmáticas mais antigas encontram-se na Bacia de Hudson, Canadá, e têm


3825 M.a.
Diferenciação
Inicialmente a Terra teria uma estrutura homogénea, com uma distribuição regular do
ferro, dos silicatos e da água.

A estrutura da Terra tem camadas


concêntricas, com um núcleo central muito
denso rodeado por um manto, e este pela
crosta, menos densos, a existência de uma
atmosfera e de uma hidrosfera levaram a
procurar uma explicação para essa
diferenciação estrutural e química.

Que fontes de energia estariam envolvidas no processo de


diferenciação?

 Impacto dos planetesimais;


 Compressão;
 Desintegração radioactiva.

Impacto dos planetesimais


Energia cinética era convertida em calor.

Compressão
As zonas internas do planeta eram
comprimidas sob o peso crescente da
acumulação de novos materiais. Como
resultado o calor acumulava-se e a
temperatura aumentava no interior da
Terra Compressão do planeta resultante
do seu próprio peso.

Desintegração radioactiva
Os átomos dos elementos pesados, urânio, tório e
potássio (por ex.) desintegram-se espontaneamente,
emitindo energia e transformando-se noutros
elementos mais estáveis. Esse calor flui com
dificuldade devido à fraca condutividade térmica das
rochas, ficando armazenado no interior da Terra.
Diferenciação

 Os materiais sofreram fusão;


 Sendo o ferro mais denso deslocou-se na direcção do centro do planeta e os
materiais menos densos para a periferia, que ao arrefecerem originaram a
crosta primitiva;
 Na crosta recém formada os fenómenos de vulcanismo seriam generalizados;
 Juntamente com o derrame de lava seriam libertadas grandes quantidades de
gases que permitiram o aparecimento da atmosfera;
 O vapor de água libertado ter-se-ia condensado por arrefecimento, originando
chuvas abundantes, que caindo sobre o planeta já arrefecido se acumularam
constituindo os oceanos primitivos.

Sistema Terra-Lua

Lua

 Satélite natural da Terra;


 Dimensões reduzidas;
 Não possui atmosfera;
 Reduzido campo gravítico;
 Massa reduzida;
 Escassa água no estado sólido;
 Não há erosão;
 A superfície mantém-se inalterável;
Sistema Terra-Lua
O satélite preserva as marcas acontecidas antes da formação dos nossos
continentes.

A Lua e a Terra interactuam uma com a outra:

 Efeito das Marés;


 Dá origem a que a rotação da Lua seja síncrona com a sua translação.

Entre a Lua e a Terra existe uma forte ligação gravitacional, pelo que são
considerados, por alguns cientistas, como planetas duplos.

Características da Lua

A Lua possui a mesma origem que o seu planeta principal.

Origem da Lua

 Origem incerta;
 Origem comum com a Terra:
o A lua desprendeu-se de uma massa
incandescente de rocha liquefeita
primordial.

Um planeta desaparecido Theia, com o tamanho de Marte,


ainda no princípio da Terra, teria chocado como nosso
planeta.

Da colisão, resultou a desintegração do planeta Theia é


forçado à expulsão de pedaços de rocha líquida.

Estes pequenos corpos condensados num mesmo corpo


teriam ficado aprisionados no campo gravitacional da Terra.
Continentes lunares

 Possuem cor clara;


 Relevo escarpado;
 Rochas : anortositos e noritos;
 Apresentam maior número de crateras de impacto;
 Ocupam maior extensão da superfície lunar.

Mares lunares

 Tom escuro e relevo plano;


 Rochas: basalto;
 Mares lunares são frequentes na face visível;
 Os mares resultaram do preenchimento, por lavas basálticas;
 Apresentam mascons.

Mascons
São regiões rochosas de massa muito concentrada, localizadas nos mares lunares e
detectadas por anomalias gravimétricas. Admite-se que os mascons estejam
relacionados com a ascensão de lava basáltica, de elevada densidade, proveniente do
manto lunar, que preencheu depressões originadas pelos impactos de corpos celestes.
O termo "mascons" é a abreviatura do inglês mass concentrations.
Crateras de impacto

 Apresentam forma circular e diâmetro variável e são depressões que se


encontram dispersas, existindo quer nos mares quer nos continentes lunares;
 O rebordo das crateras é sobrelevado e no centro surgem formações cónicas
resultantes das ondas de descompressão que se geram após os impactos;
 Nem todas as crateras foram ocupadas por magmas, apresentando-se muitas
delas preenchidas por um material que foi fundido e fragmentado.

Rególito

 Cobertura de material sólido não consolidado que cobre a rocha subjacente,


resultante de contracções e dilatações que experimentam os minerais lunares
devido às grandes amplitudes térmicas que suportam;
 O rególito lunar é um material pulverulento, desde um pó fino até blocos de
vários metros de diâmetro, solto, de cor acinzentada, com numerosas esferas
vitrificadas que resultaram do arrefecimento de rocha fundida após um
impacto meteorítico.

Planeta Terra
Áreas continentais

 Ocupam 36% da superfície terrestre (29% emersos e 7% imersos).


 Têm uma espessura que varia entre os 20 e 70 Km.

Continentes

 Representam uma pequena parte da superfície terrestre.


 Geologia e morfologia muito complexa.
 Elementos característicos:
o Escudos;
o Plataformas;
o Cadeias montanhosas.

Unidades básicas
Escudos ou cratões – vastas extensões onde afloram rochas de idade pré-câmbrica que
formam os núcleos de cada continente. São geralmente as raízes de montanhas
erodidas e apresentam deformação.

Plataformas estáveis – zonas de escudos que não afloram porque estão cobertas de
sedimentos, praticamente não deformadas.
Cinturas orogénicas recentes – enormes cadeias alongadas de montanhas, resultantes
da colisão continente-continente ou placa oceânica-continente.

Núcleos pré-câmbricos (Escudos ou cratões):

 Bases de continentes com baixo relevo;


 Rochas pré câmbricas dobradas;
 Predomínio de rochas magmáticas e metamórficas.

Plataformas estáveis

 Zonas não aflorantes dos escudos;


 Cobertura sedimentar resultante da erosão dos escudos;
 Áreas não deformadas – estratos horizontais.

Cadeias montanhosas

 Resultam da colisão de placas litosféricas;


 Localizam-se em margens continentais;
 Cadeias recentes –relevo elevado;
 Áreas extensas;
 Rochas intensamente dobradas e deformadas;
 Cadeias de montanhas com dobras e falhas.

Cadeias de colisão

 Oceano – Continente;
 Continente – Continente;
 Oceano – Oceano.

Como se formam estas cadeias?


As regiões da crosta continental hoje ocupadas por cadeias montanhosas, podem ter
correspondido, num passado muito distante, a bacias de sedimentação, que se
localizavam entre dois continentes.

A ligação da Índia com a Ásia, ficou marcada, pela formação da


cordilheira dos Himalaias.
 Anel de fogo

Oceanos
Das áreas cobertas pelas águas oceânicas podemos considerar:

 Um domínio continental;
 Um domínio oceânico.

O fundo oceânico apresenta uma paisagem submarina idêntica à paisagem dos


continentes: montanhas, vales e planícies.

As principais áreas que constituem o fundo dos oceanos são:

 A plataforma continental;
 O talude continental;
 Planície abissal;
 A crista médio-oceânica;
 As fossas oceânicas.

Domínio continental
Plataforma continental – faz parte da crosta continental e prolonga o continente,
podendo atingir a profundidade de -200 m.

Talude continental – representa o limite da parte imersa do domínio continental, É


uma zona de forte declive, cuja profundidade passa de -200 m para -2500 m.

Domínio oceânico
Planícies abissais – profundidades compreendidas entre os 2500 m e 6000 m.,
correspondendo a 50% da superfície do Globo. Por vezes existem depressões, as
fossas, muito profundas que podem ultrapassar os 11 000 m.
Dorsais oceânicas – situam-se na parte média ou nos bordos dos oceanos. Elevam-se a
3000m acima dos fundos das bacias e estendem-se por uma largura com cerca de
1000Km.

Na parte central de algumas dorsais existe um rifte, cuja profundidade varia entre -
1800 e -2000m. As dorsais são cortadas por falhas transversais. As encostas destas
montanhas submarinas são constituídas por lavas consolidadas dispostas em faixas
paralelas para um e outro lado do rifte.

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