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UNIVERSIDADE TIRADENTES
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
DE RECURSOS HUMANOS
2007/1
1. A administração e as organizações
As organizações são instituições que compõem a sociedade moderna. Elas podem ser:
organizações lucrativas (as empresas) ou organizações não lucrativas (exército, igreja, os
serviços públicos, as entidades filantrópicas, etc).
1. AS PESSOAS E AS ORGANIZAÇÕES
INTERAÇÃO ENTRE PESSOAS E ORGANIZAÇÕES
• As pessoas passam a maior parte do seu tempo vivendo ou trabalhando dentro das
organizações das quais dependem para viver;
• As organizações são constituídas de pessoas sem as quais não poderiam existir
• As pessoas são o diferencial competitivo que mantêm e promove o sucesso
organizacional.
• Crescer na vida e ser bem sucedido é crescer dentro de organizações.
• Sem as pessoas e sem as organizações não haveria Administração de Recursos
Humanos.
ANTES: Antagônico e conflitante (ganha- perde), situação limitada, estreita e sem visão.
Os objetivos da organização são diferentes dos das pessoas
HOJE: Canalizar os esforços das pessoas para que também estas atinjam seus objetivos
individuais e que ambas as partes saiam ganhando.
Dentre os fatores externos (ou ambientais) que influenciam o comportamento das pessoas,
podem-se incluir as pressões do chefe, as influências dos colegas de trabalho, as mudanças
na tecnologia utilizada pela organização, as demandas e pressões da família.
Pressões do Influência
Estados superior dos colegas
de energia
interna
Indivíduo na
Condições Organização Sistemas
ambientais pessoais
Programas
de treinamento Demandas Mudanças
e desenvolvimento da família na tecnologia
Figura 1 Fatores externos que influenciam o comportamento das pessoas nas organizações.
A MOTIVAÇÃO NO TRABALHO
O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade. Toda vez que surge
uma necessidade esta rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de
tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um
comportamento ou ação, capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto e do
desequilíbrio. Satisfeita a necessidade o organismo volta ao equilíbrio, caso contrário ela
pode ser frustrada. Outras vezes a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas
transferida ou compensada, ou seja, quando o motivo de uma promoção para um cargo
superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho.
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Comportamento
ou ação satisfação
Outro comportamento
derivativo compensação
Através de várias pesquisas tentando delinear o perfil do grande número de pessoas que
fazem parte das empresas que se apegam ao sistema organizacional conservador, foi
detectado várias características extremamente negativas e que representam a realidade
com a qual convivemos. Essa realidade, principalmente nas grandes empresas, é traduzida
por um grande número de trabalhadores sem iniciativa, dependentes, cumpridores de
ordens, com sentimentos de perseguição, na expectativa de que alguém os ajudem para que
sejam promovidos, alienados dos objetivos da organização, sem entendimento do real
sentido de seus trabalhos e, literalmente desmotivados.
Existem alguns preceitos básicos primordiais para a motivação no trabalho, entre eles:
• A motivação no trabalho está mais relacionada com o motivo pelo qual este está sendo
realizado do que com a sua operacionalização;
Segundo Vera Lúcia Ariza, é de grande importância relembrar que em muitas empresas
ainda persistem a mesma estrutura organizacional aplicada para os anos 20, quando os
executivos eram pagos para pensar e os trabalhadores para seguir ordens. Não seria, este,
então, o primeiro ponto a ser refletido, uma vez que a sociedade mudou e os valores dos
trabalhadores também mudaram? E até que ponto estão hoje as empresas dando um
tratamento igual àquele de 1920, destinado a um trabalhador com um nível de escolaridade
e consciência política inferiores àqueles trabalhadores que hoje desenvolvem atividades nas
organizações? Não estão hoje as empresas adotando uma mesma linha filosófica das
organizações passadas, mas desejando resultados adequados à atual realidade ?
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• Mais que os salários, a participação nos lucros é hoje uma forma de aproximar-se do
perfil ideal do novo trabalhador, independentemente participativo e co-responsável pelo
sucesso da empresa.
A ARTE DE RELACIONAR-SE
Segundo FANAYA (1997), dizemos com freqüência que queremos aprimorar a nossa
comunicação, que desejamos nos relacionar melhor com as pessoas. Para isso fazemos
cursos, lemos os mais variados livros, assistimos a filmes e... nos esquecemos de praticar.
E teoria sem prática é conhecimento inútil.
♦ Agir com maturidade: Dizer as verdades que precisam ser ditas, abrir o jogo. Ouvir a
opinião e os sentimentos alheios mesmo que diferentes dos seus. Saber elaborar e ouvir
críticas e não guardar rancor, saber perdoar, reconsiderar.
♦ Estabeleça relações sinérgicas: Não queira ganhar sozinho, estabeleça parcerias
construtivas em que ambos possam sair ganhando, cada qual para o seu
objetivo/negócio. Some os esforços para atingir os objetivos comuns.
♦ Seja Empático: Coloque-se no lugar do outro e pense como ele pensa, sinta o que ele
sente, perceba o mundo com os seus olhos e depois dialogue.
♦ Seja Claro e Específico: Mostre o que deseja, o que espera em relação ao outro, ao
projeto, à idéia. Honre o estabelecido.
♦ Aproveite as divergências: de idéias, de sentimentos, para agregar novas informações e
enriquecer suas decisões. Esteja emocionalmente aberto e receptivo – desarme-se, não
é uma guerra.
♦ Avalie-se: de forma contínua, porém sem neuras. Seja flexível, reconheça as suas falhas
e seus avanços na arte de relacionar-se.
♦ Aprimore-se na arte: Nunca estamos prontos, há sempre muito o que aprender no que se
refere ao relacionamento com as pessoas. Via de regra, o tratamento que recebemos é a
conseqüência do tratamento que dispensamos.
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Dos mais velhos, quem não se lembra daquela famosa frase "- Vou passar no DP para
resolver uns problemas." ou pior ainda, quando o chefe falava "- Dá um pulinho lá no DP.
Eles têm uma coisinha pra falar contigo." Chiii! Aí é que a coisa complicava. Ou vinha uma
bronca ou chegara a hora de arrumar as malas. Este era o famoso Departamento Pessoal,
aquele que mandava em tudo: na sua carreira, no plano de saúde, no salário, como você
deveria se comportar, que trajes deveria usar, sem falar nas atribuições natas do DP que
eram ditar as normas, vigiar as pessoas e, principalmente, advertir ao mínimo deslize do
funcionário. Ahh! Como o pessoal do DP gostava de pegar um deslize. Era o prazer do
século, comentário por muitos dias dentro do DP, a punição bem aplicada, no momento
certo, estavam cumprindo o seu papel.
Aos poucos, as empresas foram tomando consciência de que este não era o papel daquelas
pessoas. Vigiar era tarefa da segurança da empresa, mesmo assim, não os funcionários,
mas sim, os ladrões. Afinal, DP queria dizer Departamento Pessoal e não Distrito Policial.
Surgiu um DP mais democrático, menos autoritário e menos centralizador. Mudaram até o
nome do departamento que passou a se chamar de Recursos Humanos. Bonito nome,
bonita filosofia. Deu certo em muitas empresas. E tinha tudo para dar certo nas outras se
não fosse os resquícios dos antigos administradores estilo DP que se mascararam de
administradores democráticos e assumiram erradamente o papel de Gerentes ou Diretores
de Recursos Humanos adotando filosofias pseudo-liberais, mas retendo o poder a todo o
custo. O RH começou a liberar mais os funcionários, mas adotava parâmetros matemáticos
para avaliá-los. Começaram a surgir as avaliações de desempenho, as avaliações de
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potenciais que simplificavam em números e gráficos todo o trabalho dos seres humanos,
todo o talento das pessoas que número nenhum poderia quantificar. Nas avaliações de
desempenhos eram evidenciadas pontos negativos sem sentido como o modo de se vestir
ou a barba que freqüentemente estava por fazer. O comportamento das pessoas, como ela
se relacionava e como ela trabalhava em equipe não era trabalhado pelo RH, mas sim, mais
um ponto perdido na maldita avaliação. Quando sobrava espaço na folha de avaliação, o RH
poderia colocar algo "inútil" como aquele objetivo alcançado pelo funcionário, aquele projeto
que ele implementou e deu certo, aquela idéia que ele deu e reduziu os custos da empresa.
A avaliação de potencial era outra ilusão, era "brincar de Deus". Os profissionais de RH
tentavam avaliar o potencial de pessoas muitas vezes sem as conhecerem. A partir disto,
sabia-se exatamente para onde cada profissional deveria ir, qual era o seu potencial de
evolução (ou involução) dentro da empresa. Às vezes o RH até escutava os funcionários.
Enfim, o RH era um departamento auto-suficiente que tinha o poder, a capacidade e a
competência para decidir o que cada um deveria fazer, como e quando.
Vendo que muitas vezes o RH era respeitado mais pelas figuras importantes e imponente
que ostentavam do que pelo seu trabalho que muitas vezes era alvo de chacotas, várias
empresas começaram a modificar este modo de agir do RH. Surgiram novas filosofias,
novos modos de pensar, novos modelos, novas visões para com os seres humanos que não
eram simples "recursos". Novamente começaram trocar o RH de nome. Surgiram os
Departamentos de Talentos, os Departamento de Pessoas, o Departamento de Gente, etc..
A Gestão de Pessoas muda completamente a filosofia de trabalho com as pessoas por uma
razão muito simples: as pessoas devem ser tratadas de pessoas. Números e avaliações não
são mais importantes, mas sim, um trabalho em conjunto. Aqueles que cobravam outrora o
trabalho em equipe devem, agora, serem os primeiros a praticar isto. Ao invés de avaliar, a
Gestão de Pessoas deve desenvolver o empowerment que é a responsabilização,
comprometimento e a autonomia de cada profissional o que conseqüentemente irá
evidenciar a capacidade de inovação e criatividade de cada um. Todos devem ter vida
própria, todos têm de ser respeitados enquanto seres humanos capazes. Está na hora dos
empresários entenderem que funcionários não são mais ativos fixos operacionais da
empresa, mas sim, pequenas empresas auto-suficientes capazes de gerenciar seu próprio
trabalho, sua própria evolução.
Auto-motivação: nenhuma pessoa irá desempenhar seu trabalho se não estiver auto-
motivada. A auto-motivação é algo que surge de dentro para fora das pessoas e somente
quando elas descobrem este seu potencial, podem fazer verdadeiros milagres, atingindo
seus objetivos e transformado-se em pessoas inovadoras e criativas. A Gestão de Pessoas
deve dar condições para isto. Para que o circuito seja fechado, é necessário uma Gestão de
Pessoas transparente, aberta e sincera, mostrando a todo o momento o que ele espera do
funcionário. Aqui também é importante o conceito de contratação interna das empresas,
onde qualquer cargo novo ou a ser preenchido deve ser notificado à todos os funcionários
para que aqueles que ali se identificam se candidatem.
Este novo trabalho da Gestão de Pessoas irá criar funcionários cada vez mais capazes,
competentes, eficazes, criativos e inovadores. Como também, é papel da Gestão de Pesoas
aproveitar os conhecimentos de cada funcionário e difundi-los pelos outros funcionários. Isto
é o que chamamos de Gestão do Conhecimento que agora entra em moda nas empresas
com muita força e com muitos bons resultados.
investimentos.
Empregados Trabalho, esforço, Salários, benefícios,
conhecimentos e retribuições e satisfações.
habilidades
Fornecedores Matérias-primas, serviços, Lucros e novos negócios
insumos básicos,
tecnologias.
Clientes e consumidores Compras e aquisição dos Qualidade, preço,
bens e serviços satisfação, valor agregado.
Fonte: Idalberto Chiavenato, 1999.
SIGNIFICADOS DO TERMO RH OU GESTÃO DE PESSOAS
GESTÃO DE PESSOAS
Soluciona problemas;
Dimensiona recursos;
Desenvolve estratégias;
Efetua diagnósticos de situações;
Toma decisões embasadas em fatos concretos.
♦ Iniciativa e Vontade
O chefe tem autoridade para decidir, agir, comandar sua equipe. É uma responsabilidade de
cada chefe para que as chefias atuem de maneira uniforme e padronizada em relação aos
seus subordinados, tornando-se necessário um órgão de staff.
As tarefas de RH são desempenhadas tanto por especialistas de RH, como por gerentes de
linha, por serem responsáveis pela atuação dos seus subordinados. Além das atividades
específicas do gerente de linha em resolver, por exemplo, um problema com uma máquina,
ele também deve cuidar do treinamento, desempenho e satisfação dos subordinados.
CENTRALIZAÇÃO DA ARH
Prós:
Incentiva a especialização.
Delimita à área de RH, etc..
Contras:
DESCENTRALIZAÇÃO DA ARH
Prós:
Contras:
Especialistas de RH se dispersam.
Necessidade de terceirização de atividades burocráticas, etc.
Existe 3 tipos de empresas: as que fazem; as que assistem e as que nem querem saber o
que está acontecendo. Qual tipo você enquadraria sua empresa?
MISSÃO
• As organizações são criadas para fazer alguma coisa. Todas têm uma missão a cumprir;
• Significa uma incumbência que se recebe. Representa a razão de ser de uma
organização.
• Pode ser definida em uma declaração formal e escrita – credo da organização.
• Tem que ser objetiva, clara, impulsionadora e inspiradora.
• Deve ser atualizada e redimensionada com o passar do tempo, embora seja
relativamente fixa e estável.
• Perguntas básicas para definir uma Missão: Quem somos nós? O que fazemos? Por que
fazemos o que fazemos?
Ex.: McMissão
“Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável.”
NEGÓCIO
♦ O negócio de uma empresa pode ser definido como a orientação específica de sua
atividade empresarial; aquilo que ela explora, para atender às necessidades do
cliente.
♦ As empresas podem ter visão estreita ou ampliada do negócio, o que lhe servirá de
orientação.
VISÃO
• É a imagem que a organização tem de si mesma e do seu futuro;
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• Está voltada para aquilo que a organização pretende ser do que para aquilo que a
organização realmente é, dentro de um prazo de tempo;
• A visão deve refletir uma postura não conformista em relação aos atuais resultados da
empresa.
• A falta de visão dos negócios é profundamente prejudicial, pois desorienta as
organizações e os seus membros quanto às suas prioridades.
OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL:
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
Missão
Objetivos Organizacionais
PLANEJAMENTO ESTRETÉGICO DE RH
Procedimentos de Planejamento:
• Planejamento para necessidades futuras: decidindo de quantas pessoas, com que tipo
de habilidades, a organização vai precisar.
• Planejamento para o equilíbrio futuro: Comparar o número de empregados necessários
com o número de empregados atuais que se espera que fiquem na organização.
• Planejamento do recrutamento ou da dispensa de empregados.
• Planejamento do desenvolvimento dos empregados: para garantir que a organização
tenha um suprimento regular de pessoal experiente e capaz.
1 – Previsão: Tenta determinar o pessoal de que a organização precisará para manter seu
crescimento e explorar oportunidades futuras. Ex.: o número, o tipo e a qualidade das
pessoas necessárias no futuro; especificam o âmbito das responsabilidades que terão de ser
atendidas e estabelecem que habilidades e conhecimentos serão necessários aos membros
da organização.
Fatores que Dificultam o Sucesso das Atividades de RH nas Empresas Segundo SILVA
(1999):
♦ A maior parte das empresas ainda visualiza a questão da ARH como custo inevitável e
não como investimento imprescindível à sobrevivência e competitividade da organização.
♦ Grande parte das empresas implanta ações e programas de RH para atender
reivindicações e/ou solucionar conflitos internos e não de forma integrada e estratégica
aos objetivos da organização.
♦ A maior parte das lideranças está muito mais preparada para lidar com questões e
operacionais do que instrumentos e técnicas de gestão de pessoal.
♦ Em muitas empresas, as atividades, tanto de planejamento como de administração de
RH, são desenvolvidas isoladamente, não permitindo a participação e envolvimento de
outras diretorias, liderança das áreas e empregados.
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♦ Orientar os agentes de mudança responsáveis das empresas sobre como alavancar esse
processo e/ou sensibilizar a empresa para essa necessidade.
♦ Definir procedimentos práticos e operacionais envolvidos para a elaboração do
planejamento estratégico de RH, suas etapas, fases, processos, ferramentas, etc.
1 – Absenteísmo:
• As pessoas nem sempre trabalham exatamente como delas se espera. Elas atrasam,
faltam ao trabalho, perdem dias de trabalho por doenças ou para cumprirem
compromissos pessoais, sofrem acidentes, gozam férias a cada 12 meses.
• Absenteísmo ou ausentismo refere-se as ausências dos empregados por faltas, atrasos
para o trabalho.
• A presença para o trabalho refere-se a quanto tempo o funcionário está disponível para
o trabalho.
• É a freqüência ou duração de tempo de trabalho perdido quando os empregados não
comparecem ao trabalho.
• Pode ser mensal ou anual;
• Se o Absenteísmo mensal ou anual for de 3%, a organização conta com 96% de sua
força de trabalho naquele período.
• O absenteísmo é afetado pela capacidade profissional dos empregados e pela sua
motivação para o trabalho, além dos fatores internos e externos do trabalho.
• A motivação para a assiduidade (freqüência constante) é afetada pelas práticas
organizacionais (recompensas à assiduidade e punições ao absenteísmo).
Exemplo: Suponhamos que uma empresa tem, em média, 40 funcionários que deverão
trabalhar 20 dias numa determinada tarefa. Temos, então um Tempo Contratado (TC =
40x20 = 800 funcionários dias). Consideramos, agora que TP = Tempo Perdido de trabalho,
ou seja, 5 funcionários faltaram 5 dias por doença e 10 funcionários faltaram 10 dias por
acidente de trabalho.
2 – Rotatividade de Pessoal
espécie de obrigação de procura de novo emprego pelos que ficam, para provarem a si
próprios e aos colegas a não incompetência.
Onde,
E.M = Efetivo Médio no período (número de funcionários no início do período somado com o
número de funcionários do fim do período desejado).
%RPd = D x 100
E.M
%RPa = A x 100
E.M
E.M = Efetivo Médio no período (número de funcionários no início do período somado com o
número de funcionários do fim do período desejado).
E.M = Efetivo Médio no período (número de funcionários no início do período somado com o
número de funcionários do fim do período desejado).
Onde,
Entrevista de Desligamento
Exercício 1
Exercício 2
a) A Empresa Vencer S/A tinha em janeiro de 2000, 100 funcionários, em fevereiro de 2000,
possuía uma quadro de 120 funcionários e em março, 116 funcionários. Foram admitidos
neste período 20 pessoas e demitidos 4 colaboradores. Calcule o percentual de
rotatividade de pessoal desta empresa e de maneira fictícia, procure justificar a
rotatividade.
b) A Empresa Viver Bem & Cia. Ltda atua no ramo de alimentos, atualmente possui, em
média, 100 funcionários que executam atividades variadas. Em 1 mês cada funcionário
deve trabalhar 30 dias. 10 funcionários faltaram o trabalho durante 2 dias e não
justificaram o motivo da falta. 9 funcionários faltaram por motivo de doença durante 3
dias. Calcule o percentual de absenteísmo desta empresa e quais ações você tomaria
para diminuir o absenteísmo?
Exercício 3
A empresa varejista Compre Bem & Cia. Ltda. atende pedidos por telefone na cidade de São
Paulo. Dados por meio do cadastro de clientes da empresa sugerem que há poucos clientes
no Bairro Alpha Ville. Levantamentos feitos junto ao escritório local do IBGE apontam haver
no bairro Alpha Ville moradores com perfil compatível com o mix (variedade) do varejista
Compre Bem. Por outro lado, a empresa concorrente Preço Bom estava pensando em se
instalar na cidade. A Compre Bem possui um excelente departamento de listas, capaz de
obter nomes de clientes com rapidez, porém o sistema de computador já está no limite de
sua capacidade de operação. A empresa Compre Bem deseja conquistar 350 novos clientes
no bairro Alpha Ville em 03 meses, enviando 500 catálogos e agendando 60 visitas/mês de
apresentação para esses clientes em potencial. Elegeu Sr. Pedro como responsável pelo
projeto cujo custo total é estimado em R$15 mil, esperando-se obter lucro de R$ 25 mil com
vendas de R$ 245 mil. De acordo com o caso que você leu, descreva o plano de ação
traçado pela empresa, seguindo os passos a seguir.
Análise da situação atual: Quem é a Compre Bem, Ponto forte, Ponto fraco, Ameaça,
Oportunidade, Objetivo e Meta. Qual o plano de ação da Compre Bem?
Exercício 4
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Exercício 5
Sr. Evandro, proprietário da empresa Xisto Ltda., está enfrentando a situação relatada
abaixo.
Há três anos, ao identificar problemas de desempenho de pessoal, o Sr. Evandro decidiu
implementar uma política de Treinamento e Desenvolvimento (T&D), acreditando ser esta a
grande solução. Assim agindo, a função de Recursos Humanos resumiu-se ao T&D, sendo
que o Recrutamento e a Seleção, e a Avaliação de Potencial foram centralizados na pessoa
do Sr. Evandro. Observou-se que, após o processo, os funcionários passaram a demonstrar
uma competência maior na execução das tarefas, embora com um aumento significativo da
rotatividade de pessoal. Noventa e cinco por cento do pessoal que deixou a empresa no ano
passado colocaram como motivo do desligamento os baixos salários e a falta de
perspectivas profissionais, embora gostassem muito de trabalhar na empresa. O Sr. Evandro
passou a centrar suas críticas na área de T&D, alegando que os investimentos feitos em
treinamento estavam redundando em custos, pois os prováveis benefícios dele advindos
eram, na realidade, usufruídos por outras empresas. Diante da situação exposta, você, como
consultor contratado pela empresa Xisto Ltda, o que recomendaria ao Sr. Evandro?
Exercício 6
O LÍDER IDEAL
Leia as afirmações abaixo e numere de acordo com a importância que você dá a cada
característica:
Para a característica mais importante escreva o número 1 e assim por diante, até nº 13 para
que você considera menos importante.
Proporciona oportunidades de
aperfeiçoamento e desenvolvimento para
seus subordinados.
Costuma gracejar para diminuir a
tensão do grupo.
Comunica as razões de todas as
decisões.
Exercício 7
Exercício 8
A empresa Três Rios é uma média manufatura que vem tendo problemas financeiros devido ao
aumento da competitividade. Assim sendo, a sua diretoria, representada pelo Presidente João
Marco, optou por cortes de pessoal para reduzir os custos variáveis e chamou seu gerente de
Recursos Humanos, Luís Cláudio, para providenciar as demissões.
Luís Cláudio, após uma análise do seu quadro de Pessoal, decidiu iniciar o processo em um grupo
de nove funcionários da área de informática que, após a informatização da empresa, estava com
capacidade ociosa.
Para tanto, ele tomou as seguintes decisões: escolheu uma sexta-feira para informar ao grupo sobre
a demissão e chamou cada funcionário pessoalmente para dar a notícia. Ele iniciava a conversa
fazendo a avaliação de desempenho do demitido, ressaltando os pontos fracos, a fim de justificar a
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demissão. A reação de cada um era muito negativa: todos esboçavam reações agressivas criticando
a empresa, alegando que a mesma não tinha reconhecimento pela cooperação de seus funcionários,
etc.
Após o terceiro funcionário, todos os que eram chamados pelo gerente já sabiam que se tratava da
demissão. Instaurou-se na área um clima de terror. Ninguém conseguia desempenhar as suas
tarefas. Em um determinado momento, Luís Cláudio chamou a sua secretária a fim de fazer uma
solicitação, e a mesma entrou em sua sala muito nervosa, pedindo pelo amor de Deus que ele não a
mandasse embora.
Com base no caso descrito, responda às perguntas abaixo, justificando as suas respostas.
a) Você acredita que a forma pela qual o Presidente comprometeu Luís Cláudio, informando-o
apenas da decisão da diretoria, dificultou a condução do processo? Como você se comportaria
no lugar do Presidente?
b) Se você fosse o gerente de Recursos Humanos (Luís Cláudio) o que faria para que o clima
organizacional não fosse afetado pelo processo de demissões?
Exercício 9
Marta trabalha na empresa XYZ. Seu cargo é o de consultora especializada em organização. Seu
trabalho consiste basicamente em elaborar projetos sobre racionalização de estruturas e processos
organizacionais, para outras empresas, clientes da XYZ.
Ela possui algumas características básicas de personalidade, tais como assertividade, iniciativa,
autoconfiança, etc., que tornam seu desempenho excelente em relação aos projetos que desenvolve:
apresenta trabalhos altamente qualificados. Em relação ao grupo de colegas consultores, ela se
destaca pela competência. O Sr. Jorge, supervisor da equipe, tem alta consideração pelo trabalho
dela.
Marta, porém, está criando um problema para a empresa. Ela não consegue cumprir o horário de
entrada e de saída: quase sempre chega atrasada, muitas vezes sai antes de a jornada terminar e
sempre falta ao trabalho mais do que a média das demais pessoas da empresa.
Tal postura está provocando grande insatisfação nos demais consultores.
Em função desse fato, a empresa criou o horário móvel de trabalho, extensivo a todos os
funcionários. Mesmo assim, Marta não consegue cumprir os limites do horário flexível; passou
mesmo a faltar com mais freqüência.
Quando questionada a respeito dessas faltas e atrasos, Marta expôs seu problema: ela é
notívaga, dorme muito tarde e tem muita dificuldade para acordar cedo. Sua maior disposição física e
psicológica ocorre justamente no período noturno, adentrando a madrugada. Marta argumentou,
também, que o desenvolvimento de seus projetos dependia unicamente dela, não demandando a
colaboração e a participação de outros consultores - realmente, alguns consultores trocam
informalmente idéias com os demais, mas cada consultor desenvolve sozinho seu projeto, do início
ao fim. Marta ainda acrescentou que, em se tratando de qualidade do projeto, o horário de trabalho
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influencia muito pouco, pois o que interessa são os resultados obtidos e o cumprimento do
cronograma.
O Sr. Jorge tem de tomar uma decisão em relação a Marta, mas não sabe qual deve ser. A
princípio, não gostaria de perdê-la, mas percebe que a insatisfação dos consultores tende a
aumentar cada vez mais.
Identifique e justifique as sugestões que você daria ao Sr. Jorge para resolver esse
problema.
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Bibliografia Consultada
CHIAVENATO, IDALBERTO. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Campus: Rio de janeiro. 1999.
OLIVEIRA, MARCO ANTÔNIO DE. Gerente alto-astral: anedotas para fazer pensar. Gente,
São
Paulo, 1996.
RODRIGUES, VALTER. Varejo na era digital seu sucesso está mudando. Você já sabe o
que fazer?
Globo, São Paulo, 1.998.
REVISTA T&D. (1996). Treinamento e Desenvolvimento. Ano 04, nº 46, outubro, 29-31.