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Unidade 2

Português, 5.º Ano


Ficha de Avaliação

1. Lê atentamente o texto.

LENDA DA MOURA ZARA

Conta-se que D. Afonso Henriques, na conquista do território aos mouros, chegou a Leiria e tomou a zona.
Talvez tenha tomado o castelo ou tenha erigido ele próprio um castelo relativamente rudimentar num morro
bastante alto que existe no centro da zona urbana da cidade.
Tendo necessidade de prosseguir a sua conquista para sul, D. Afonso Henriques deixou o castelo entregue a
uma guarnição relativamente pequena e continuou a marcha em direção a Lisboa. Acontece que os mouros,
que tinham fugido, voltaram a atacar o castelo com forças redobradas e venceram a pouca guarnição que D.
Afonso Henriques tinha deixado. Ficou alcaide dessa nova reconquista moura um velho e a sua filha. Esta era
linda, de olhos esverdeados e extremamente carinhosa com o pai, que estava a começar a cegar. Um dia, na
muralha, estava a filha a pentear os cabelos brancos e ralos do pai quando começou a ver ao longe, do lado
norte, portanto, do que hoje se chama o arrabalde, umas medas, uns feixes de mato a ziguezaguearem e a
andarem e a pararem, e pergunta ao pai, que já não enxergava longe:
— Pai, é verdade que o mato anda?
Responde-lhe o mouro:
— Anda se o fizerem andar!
A filha, que se chamava Zara, não compreendeu o verdadeiro significado daquilo que o pai lhe estava a dizer
e imaginou que aquilo que ele queria dizer era que o mato andava se o fizessem andar com magia, mas, na
realidade, o que o pai queria dizer era que o mato só andava se alguém o empurrasse.
A verdade é que dentro de cada uma dessas medas de mato estava um guerreiro de D. Afonso Henriques,
que voltou novamente a Leiria. Aproximaram-se devagar do castelo e tomaram-no, porque eram realmente
muitos, todos escondidos no mato. De Zara e do pai nunca mais se ouviu falar, mas dizem que ela ainda
continua a aparecer no castelo.
Claro que é lenda!

http://www.lendarium.org/narrative/lenda-da-moura-zara/?category=82 (adaptado)

Seleciona a opção correta, de acordo com o sentido do texto.


A. Na passagem «[…] D. Afonso Henriques, na conquista do território aos mouros, chegou a Leiria e tomou a
zona» (l. 1), a expressão destacada indica que D. Afonso Henriques…

____ (A) … viu a região.

____ (B) … gostou da região.

____ (C) … bebeu na região.

____ (D) … conquistou a região.

B. Esta lenda pretende explicar como…

____ (A) … o rei conseguiu reconquistar o castelo.

____ (B) … viviam os mouros.

____ (C) … o mato se pode mexer.

____ (D) … Zara e o pai desapareceram.

C. D. Afonso Henriques conseguiu reconquistar o castelo porque…

____ (A) … Zara estava desatenta.

____ (B) … os mouros eram pouco inteligentes.

____ (C) … o velho mouro já não via bem.

____ (D) … o velho mouro não estava atento.

D. O recurso expressivo presente em «uns feixes de mato a ziguezaguearem» (l. 10) é a…

____ (A) … comparação.

____ (B) … personificação.

____ (C) … enumeração.

____ (D) … onomatopeia.

2. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

LENDA DA MOURA ZARA


Conta-se que D. Afonso Henriques, na conquista do território aos mouros, chegou a Leiria e tomou a zona.
Talvez tenha tomado o castelo ou tenha erigido ele próprio um castelo relativamente rudimentar num morro
bastante alto que existe no centro da zona urbana da cidade.
Tendo necessidade de prosseguir a sua conquista para sul, D. Afonso Henriques deixou o castelo entregue a
uma guarnição relativamente pequena e continuou a marcha em direção a Lisboa. Acontece que os mouros,
que tinham fugido, voltaram a atacar o castelo com forças redobradas e venceram a pouca guarnição que D.
Afonso Henriques tinha deixado. Ficou alcaide dessa nova reconquista moura um velho e a sua filha. Esta era
linda, de olhos esverdeados e extremamente carinhosa com o pai, que estava a começar a cegar. Um dia, na
muralha, estava a filha a pentear os cabelos brancos e ralos do pai quando começou a ver ao longe, do lado
norte, portanto, do que hoje se chama o arrabalde, umas medas, uns feixes de mato a ziguezaguearem e a
andarem e a pararem, e pergunta ao pai, que já não enxergava longe:
— Pai, é verdade que o mato anda?
Responde-lhe o mouro:
— Anda se o fizerem andar!
A filha, que se chamava Zara, não compreendeu o verdadeiro significado daquilo que o pai lhe estava a dizer
e imaginou que aquilo que ele queria dizer era que o mato andava se o fizessem andar com magia, mas, na
realidade, o que o pai queria dizer era que o mato só andava se alguém o empurrasse.
A verdade é que dentro de cada uma dessas medas de mato estava um guerreiro de D. Afonso Henriques,
que voltou novamente a Leiria. Aproximaram-se devagar do castelo e tomaram-no, porque eram realmente
muitos, todos escondidos no mato. De Zara e do pai nunca mais se ouviu falar, mas dizem que ela ainda
continua a aparecer no castelo.
Claro que é lenda!

http://www.lendarium.org/narrative/lenda-da-moura-zara/?category=82 (adaptado)

A. As afirmações apresentadas de (A) a (I) correspondem a ideias-chave do texto. Ordena-as de acordo com a
sequência em que aparecem. A primeira já está assinalada.

_______ — (A) Ficou alcaide um velho e sua filha Zara.


_______ — (B) Zara percebeu que o mato poderia mudar de lugar por magia.
_______ — (C) Um dia, Zara viu uns arbustos a mudarem de lugar, do lado de fora do castelo.
_______ — (D) O velho mouro disse que o mato só podia andar se o fizessem andar.
_______ — (E) Os mouros atacaram o castelo e tomaram-no.
_______ — (F) Conta a lenda que o fantasma de Zara ainda aparece no castelo.
_______ — (G) Dado que Zara não compreendeu as palavras do pai, D. Afonso Henriques reconquistou o
castelo.
1 — (H) D. Afonso Henriques conquistou Leiria aos mouros e seguiu para Lisboa.
_______ — (I) Zara perguntou ao pai se os arbustos se mexiam sozinhos.
B. Faz o retrato físico e psicológico de Zara e de seu pai.

3. O texto seguinte corresponde ao final do livro «O menino que não gostava de ler». Lê-o atentamente e
responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

Quando bateram à porta, o coração de Leopoldo batia fortemente.


A mãe, ao vê-lo, deu um grito alto de alegria e apertou-o longamente com um abraço forte como o da
serpente. Depois, desculpando-se pelas lágrimas, fez entrar o velho para a sala e ofereceu-lhe um café. Aí, o
velho contou a história toda do dia até ao momento em que Leopoldo tinha tentado ler.
— O vosso filho é míope — disse, bebendo o último gole de café. — Míope ou astigmático ou coisa que o
valha. Resumindo, para ler, precisa de usar óculos.
Leopoldo viu a mãe ficar vermelha como o traseiro de um macaco e o pai, roxo como uma beringela madura.
Dentro de si, sentia uma vozinha que o fazia rir; a nuvem tinha desaparecido e já só tinha vontade de cantar.
O pai tossiu de atrapalhação.
— Óculos? — repetiu. — Claro, vamos já tratar disso.
Saíram de casa todos juntos. Primeiro acompanharam o velho a casa, depois foram ao oftalmologista.
Passados dois dias, Leopoldo tinha sobre o nariz duas lentes tão espessas como fundos de garrafa. Passou a
noite inteira a ler O vagabundo das estrelas e, na tarde seguinte, foi ter com o velho ao parque para lhe
contar o fim da história.
Depois daquele livro, leu muitos outros.
Quando passou de ano, recebeu umas sapatilhas e, pelo menos uma vez por semana, ia ao parque correr.
Quando estava cansado, sentava-se ao pé do velho e os dois falavam sobre livros. Precisamente numa
dessas tardes, quando já era um pouco maior, disse ao seu velho amigo que tinha descoberto que a história
que este lhe contara acerca da sua vida se parecia com a de Ulisses e do capitão Achab, com a de Miguel
Strogoff e com a de Guliver, parecia-se com a vida dos tigres da Malásia e com tantas outras histórias que
lera nos livros.
O velho desatou a rir.
— É verdade, eu menti-te, não era um marinheiro, mas um guarda-noturno. Para combater o aborrecimento
e para me aguentar em pé, lia sem parar. O mar, não o vi senão em postais e, agora, jamais o poderei ver;
porém, quando estou aqui sentado no banco — sozinho e na escuridão — à minha frente vejo todos os
mares do Mundo. Vejo-os e sinto-lhes o odor a salitre, distingo as brisas leves das que anunciam a
tempestade, como se na verdade tivesse dado, no cesto da gávea de um veleiro, dezoito vezes a volta ao
Mundo.
Susana Tamaro, O menino que não gostava de ler, Lisboa, Editorial Presença, 2001

A. Caracteriza o narrador desta história.

B. O texto pode ser dividido em três partes lógicas. Identifica-as.

C. Atribui um título a cada uma das três partes lógicas em que dividiste o texto, justificando a tua escolha.

D. Identifica as personagens do texto.


E. O menino Leopoldo não sentia gosto pela leitura. Por que razão não gostava ele de ler, de acordo com o
texto?

F. Como reagiram os pais à informação dada pelo velho? Justifica com palavras do texto.

G. Após a resolução do problema, como passou Leopoldo a relacionar-se com os livros?

H. Indica o que Leopoldo descobriu, com as suas leituras, acerca da vida do velho.
I. Como se justificou o velhote perante Leopoldo?

J. Identifica o recurso expressivo presente na frase seguinte: «Leopoldo viu a mãe ficar vermelha como o
traseiro de um macaco e o pai, roxo como uma beringela madura.» (l. 7)

4. O texto seguinte corresponde ao final do livro «O menino que não gostava de ler». Lê-o atentamente e
responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

Quando bateram à porta, o coração de Leopoldo batia fortemente.


A mãe, ao vê-lo, deu um grito alto de alegria e apertou-o longamente com um abraço forte como o da
serpente. Depois, desculpando-se pelas lágrimas, fez entrar o velho para a sala e ofereceu-lhe um café. Aí, o
velho contou a história toda do dia até ao momento em que Leopoldo tinha tentado ler.
— O vosso filho é míope — disse, bebendo o último gole de café. — Míope ou astigmático ou coisa que o
valha. Resumindo, para ler, precisa de usar óculos.
Leopoldo viu a mãe ficar vermelha como o traseiro de um macaco e o pai, roxo como uma beringela madura.
Dentro de si, sentia uma vozinha que o fazia rir; a nuvem tinha desaparecido e já só tinha vontade de cantar.
O pai tossiu de atrapalhação.
— Óculos? — repetiu. — Claro, vamos já tratar disso.
Saíram de casa todos juntos. Primeiro acompanharam o velho a casa, depois foram ao oftalmologista.
Passados dois dias, Leopoldo tinha sobre o nariz duas lentes tão espessas como fundos de garrafa. Passou a
noite inteira a ler O vagabundo das estrelas e, na tarde seguinte, foi ter com o velho ao parque para lhe
contar o fim da história.
Depois daquele livro, leu muitos outros.
Quando passou de ano, recebeu umas sapatilhas e, pelo menos uma vez por semana, ia ao parque correr.
Quando estava cansado, sentava-se ao pé do velho e os dois falavam sobre livros. Precisamente numa
dessas tardes, quando já era um pouco maior, disse ao seu velho amigo que tinha descoberto que a história
que este lhe contara acerca da sua vida se parecia com a de Ulisses e do capitão Achab, com a de Miguel
Strogoff e com a de Guliver, parecia-se com a vida dos tigres da Malásia e com tantas outras histórias que
lera nos livros.
O velho desatou a rir.
— É verdade, eu menti-te, não era um marinheiro, mas um guarda-noturno. Para combater o aborrecimento
e para me aguentar em pé, lia sem parar. O mar, não o vi senão em postais e, agora, jamais o poderei ver;
porém, quando estou aqui sentado no banco — sozinho e na escuridão — à minha frente vejo todos os
mares do Mundo. Vejo-os e sinto-lhes o odor a salitre, distingo as brisas leves das que anunciam a
tempestade, como se na verdade tivesse dado, no cesto da gávea de um veleiro, dezoito vezes a volta ao
Mundo.

Susana Tamaro, O menino que não gostava de ler, Lisboa, Editorial Presença, 2001

A. Completa a frase que se segue, referente ao narrador do texto, riscando o que não interessa.

O narrador é participante / não participante, porque fala na primeira / terceira pessoa. Conhece a história e
os sentimentos das personagens, mas não faz / faz parte da ação.

B. O texto pode ser dividido em três partes lógicas. Com as palavras ou expressões dadas, completa as frases,
de modo a obteres afirmações verdadeiras.

Chave

· as conversas com o velho

· o menino

· ler

· verdadeira

A primeira parte é a chegada do velho com Leopoldo e a informação de que _______ precisa de óculos. A
segunda parte é a ida ao oftalmologista e o gosto que Leopoldo ganha em _______. A terceira parte são
_______, no jardim, e a descoberta da _______ vida do velho.
C. O menino Leopoldo não sentia gosto pela leitura. Por que razão não gostava ele de ler? Assinala a opção
correta.

____ (A) Nunca ninguém lhe despertara o interesse pela leitura e não tinha quaisquer livros que lhe
despertassem esse interesse.

____ (B) Não conseguia ver bem e, então, ler exigia um grande esforço, que o cansava e lhe tirava o
gosto pela leitura.

____ (C) Não lhe interessavam histórias que considerava irreais e que não conseguia imaginar.

D. Classifica as frases como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com a informação do texto.

____ (A) A frase «A mãe, ao vê-lo, […] apertou-o longamente com um abraço forte como o da
serpente» (ll. 2-3) transmite a ideia de que a mãe não gostava do filho.

____ (B) O velho, que descobre que o menino tem dificuldade em ler, era um guarda-noturno que lia
imenso e, a partir das leituras, viajava pelo Mundo e imaginava que as aventuras lhe aconteciam.

____ (C) O menino não tem dificuldade em ler, porque vê bem. Quando recebe uns óculos, começa a
ler mais livros e conversa com o velho sobre eles.

____ (D) Os pais ficaram envergonhados por não terem descoberto que o filho via mal. A mãe ficou
vermelha como o traseiro de um macaco, e o pai ficou roxo como uma beringela. No entanto,
resolveram logo o problema.

____ (E) Leopoldo recebeu os óculos, mas apenas leu «O vagabundo das estrelas».

____ (F) Com as suas leituras, Leopoldo descobriu que a vida do velho se parecia com a vida dos heróis
que ele encontrava nos livros, ou seja, a vida que o velho dizia ter era uma fantasia.

____ (G) O velho disse que era um guarda-noturno e, para vencer o aborrecimento e o sono, lia sem
parar. Assim, com os livros, viajava na imaginação e era como se vivesse as aventuras dos seus heróis.

5. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

MEMÓRIAS DE UM LOBO MAU

Confesso que sou um Lobo Mau. Pior do que isso. Sou um Lobo Péssimo! Um lobo capaz de deitar o dente e
a garra a galinhas, rebanhos inteiros de ovelhas, meninas pequenas ou crescidas, com capuchinhos
vermelhos e de todas as cores, e até sou capaz de engolir uma, duas, três avozinhas das mais duras de roer
que se possa imaginar.
Sou capaz de fazer coisas ainda piores e mais assustadoras, que, neste momento, prefiro não relembrar.
A verdade, no entanto, é que não sou propriamente real, de carne e osso. Sou uma espécie de ilusão. Uma
personagem das histórias. E nem sequer sou tão mau como gostava de ser. Mas a culpa não é minha, é do
escritor que me deu cabo da reputação. Desde pequenino que quero ser mau. Mesmo muito mau. Queria
ser uma fera das mais assustadoras e malvadas de toda a criação.
Às vezes até sonhava que era um tigre-de-bengala, companheiro de piratas horríveis, e, quando abria a boca
cheia de dentes pontiagudos e lançava um tremendo rugido, «Uááááááá….!», toda a selva tremia!
— Um tigre, tu?! Deixa-me rir! — disse o meu pai, sem nenhum respeito pelos meus sonhos. — Para chegar
a tigre, tinhas de comer muitos bifes!
E eu comi muitos bifes, enchi a barriga de bifes, mas nunca cheguei a tigre.
— Deixa-te de sonhos! — repetia ele, vezes sem conta. — És um lobo mau e pronto! Deixa-te de sonhos e
pensa mas é no teu futuro.
O meu futuro não demorou muito a chegar. Passados alguns dias, o velhote disse-me que eu já estava
crescido e tinha muito boa idade para ganhar a vida. Pegou-me pela pata e levou-me a casa de um escritor.
O meu azar foi calhar num escritor que andava com uma crise de inspiração. Há muito que não lhe vinha
uma ideiazinha verdadeiramente interessante e divertida para escrever um livro. A escrita estava a ficar
desengonçada e sem genica, os verbos mal conjugados, os adjetivos vulgares e repetidos, um aborrecimento
para quem lia as suas histórias empenadas. Ainda por cima, descobri com ele que os escritores em geral não
têm respeito nenhum pelos lobos! Atribuem-nos sempre o papel do pateta alegre que se deixa enganar por
toda a gente. Somos como o bombo da festa! Uma vergonha, garanto-vos eu!
O meu escritor era um homem já velho, alto e magro, com uns lábios fininhos como lâminas e os óculos na
ponta do nariz. Olhou-me demoradamente, de alto a baixo, com uma expressão desconfiada.
— É magrito, o bicho… — resmungou. (O bicho era eu! Que falta de respeito!) — Vamos lá ver se ele se
ajeita! — acrescentou, desdenhoso.
E não esperou por mais nada. Deitou-me a mão ao pescoço e zumba, meteu-me logo a trabalhar no livro que
estava a escrever nesse momento e que, devo dizer-vos, era uma trapalhada sem pés nem cabeça […].

José Fanha, in http://www.slideshare.net/ladonordeste/memoriasdeumlobomau

A. Identifica o narrador do texto.

B. Classifica o narrador quanto à sua participação na história.


C. O lobo está contente com a sua forma de ser? Justifica a tua resposta.

D. Indica o que o lobo gostava de ser.

E. Como reagiu o pai, quando o filho lhe disse o que queria ser?

F. De quem é a culpa de ele ser como é?

G. Caracteriza fisicamente o escritor que empregou o Lobo Mau.


H. Descreve o problema que o escritor enfrentava.

I. Identifica o recurso expressivo presente na frase: «Somos como o bombo da festa!» (l. 24)

J. Explica o sentido da frase citada na questão anterior, tendo em conta a informação do texto.

J. O narrador considera-se uma «personagem das histórias» (l. 7). De acordo com as suas palavras, indica o
que ele representa.

6. Lê atentamente o texto.

MEMÓRIAS DE UM LOBO MAU

Confesso que sou um Lobo Mau. Pior do que isso. Sou um Lobo Péssimo! Um lobo capaz de deitar o dente e
a garra a galinhas, rebanhos inteiros de ovelhas, meninas pequenas ou crescidas, com capuchinhos
vermelhos e de todas as cores, e até sou capaz de engolir uma, duas, três avozinhas das mais duras de roer
que se possa imaginar.
Sou capaz de fazer coisas ainda piores e mais assustadoras, que, neste momento, prefiro não relembrar.
A verdade, no entanto, é que não sou propriamente real, de carne e osso. Sou uma espécie de ilusão. Uma
personagem das histórias. E nem sequer sou tão mau como gostava de ser. Mas a culpa não é minha, é do
escritor que me deu cabo da reputação. Desde pequenino que quero ser mau. Mesmo muito mau. Queria
ser uma fera das mais assustadoras e malvadas de toda a criação.
Às vezes até sonhava que era um tigre-de-bengala, companheiro de piratas horríveis, e, quando abria a boca
cheia de dentes pontiagudos e lançava um tremendo rugido, «Uááááááá….!», toda a selva tremia!
— Um tigre, tu?! Deixa-me rir! — disse o meu pai, sem nenhum respeito pelos meus sonhos. — Para chegar
a tigre, tinhas de comer muitos bifes!
E eu comi muitos bifes, enchi a barriga de bifes, mas nunca cheguei a tigre.
— Deixa-te de sonhos! — repetia ele, vezes sem conta. — És um lobo mau e pronto! Deixa-te de sonhos e
pensa mas é no teu futuro.
O meu futuro não demorou muito a chegar. Passados alguns dias, o velhote disse-me que eu já estava
crescido e tinha muito boa idade para ganhar a vida. Pegou-me pela pata e levou-me a casa de um escritor.
O meu azar foi calhar num escritor que andava com uma crise de inspiração. Há muito que não lhe vinha
uma ideiazinha verdadeiramente interessante e divertida para escrever um livro. A escrita estava a ficar
desengonçada e sem genica, os verbos mal conjugados, os adjetivos vulgares e repetidos, um aborrecimento
para quem lia as suas histórias empenadas. Ainda por cima, descobri com ele que os escritores em geral não
têm respeito nenhum pelos lobos! Atribuem-nos sempre o papel do pateta alegre que se deixa enganar por
toda a gente. Somos como o bombo da festa! Uma vergonha, garanto-vos eu!
O meu escritor era um homem já velho, alto e magro, com uns lábios fininhos como lâminas e os óculos na
ponta do nariz. Olhou-me demoradamente, de alto a baixo, com uma expressão desconfiada.
— É magrito, o bicho… — resmungou. (O bicho era eu! Que falta de respeito!) — Vamos lá ver se ele se
ajeita! — acrescentou, desdenhoso.
E não esperou por mais nada. Deitou-me a mão ao pescoço e zumba, meteu-me logo a trabalhar no livro que
estava a escrever nesse momento e que, devo dizer-vos, era uma trapalhada sem pés nem cabeça […].

José Fanha, in http://www.slideshare.net/ladonordeste/memoriasdeumlobomau

A. O narrador está triste com a sua forma de ser, pois é um Lobo Mau que, nas histórias, …

____ (A) … não é suficientemente mau: ele queria ser um tigre-de-luanda, que aterrorizasse toda a
gente.

____ (B) … já é suficientemente mau: ele não queria ser um tigre-de-bengala, que aterrorizasse toda a
gente.

____ (C) … não é suficientemente mau: ele queria ser um tigre-de-bengala, que aterrorizasse toda a
gente.
B. A culpa de ele ser assim é…

____ (A) … do escritor, que fez dele um lobo que ninguém respeita.

____ (B) … do seu carácter pouco real, pois ele não é de carne e osso.

____ (C) … do seu pai, que não tem nenhum respeito pelos seus sonhos.

C. Quando o filho lhe disse o que queria ser, o pai…

____ (A) … apoiou os seus sonhos e ajudou-o a pensar no seu futuro.

____ (B) … riu-se e disse-lhe que ele tinha de comer muitos bifes para ser um tigre.

____ (C) … pegou-lhe pela pata e levou-o a casa de um escritor.

D. O escritor que empregou o Lobo Mau é descrito como alguém que…

____ (A) … não tinha inspiração e escrevia de uma forma pobre, sem genica, com adjetivos repetidos,
era um aborrecimento para quem lia.

____ (B) … tinha inspiração e uma escrita rica, com genica, com adjetivos variados, era uma alegria para
quem lia.

____ (C) … não tinha inspiração, mas tinha muito respeito pelo Lobo Mau, o que causava muita alegria
a quem lia.

E. A frase «Somos como o bombo da festa!» (l. 24) quer dizer que, assim como os bombos…

____ (A) … colaboram na festa, também os lobos, nas histórias, são importantes do início ao fim.

____ (B) … fazem barulho durante toda a festa, também os lobos, nas histórias, não param de uivar do
início ao fim.

____ (C) … apanham «pancada» durante toda a festa, também os lobos, nas histórias, são maltratados
do início ao fim.
F. Na frase «Somos como o bombo da festa!» (l. 24) há uma…

____ (A) … personificação.

____ (B) … comparação.

____ (C) … onomatopeia.

G. O narrador considera-se uma «personagem das histórias» (l. 7). Acha que representa os lobos maus, que
ficam sempre com o papel de...

____ (A) ... maus e aterrorizam toda a gente, porque pensam que são muito maus.

____ (B) ... patetas alegres que se deixam enganar por toda a gente, mas pensam que são muito maus
e que todos têm medo deles.

____ (C) ... espertalhões que não se deixam enganar por ninguém; além disso, toda a gente tem medo
deles.

7. Lê atentamente o texto.

A MAIOR FLOR DO MUNDO

Sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce o rio e depois por
ele abaixo, naquela vagarosa brincadeira que o tempo alto, largo e profundo da infância a todos nós
permitiu…
Em certa altura, chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinho. Dali para diante começava o
«planeta Marte». Dali para diante, para o nosso menino, será só uma pergunta: «Vou ou não vou?» E foi.
O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava já um pouco farto, tanto que o via desde que
nascera. Resolveu cortar a direito pelos campos, entre extensos olivais, ladeando misteriosas sebes cobertas
de campainhas brancas, e outras vezes metendo pelos bosques de altos freixos1 onde havia clareiras macias
sem rasto de gente ou bicho, e ao redor um silêncio que zumbia, e também um calor vegetal, um cheiro de
caule fresco.
Oh que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as árvores, e agora havia uma charneca2 rasa, de
mato ralo3 e seco, e no meio dela uma inóspita4 colina redonda como uma tigela voltada.
Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a
morte, nem as tábuas do destino… Era só uma flor. Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou5,
de cansado. E como este menino era especial de história, achou que tinha de salvar a flor. Mas que é da
água? Ali, no alto, nem pinga. Cá por baixo, só no rio, e esse que longe estava!...

Não importa.
Desce o menino a montanha,
Atravessa o mundo todo,
Chega ao grande rio Nilo,
No côncavo6 das mãos recolhe
Quanto de água lá cabia,
Volta o mundo a atravessar,
Pela vertente se arrasta,
Três gotas que lá chegaram,
Bebeu-as a flor sedenta.
Vinte vezes cá e lá,
Cem mil viagens à Lua,
O sangue nos pés descalços,
Mas a flor aprumada7
Já dava cheiro no ar,
E como se fosse um carvalho
Deitava sombra no chão.

O menino adormeceu debaixo da flor. Passaram as horas, e os pais, como é costume nestes casos,
começaram a afligir-se muito. Saiu toda a família e mais vizinhos à busca do menino perdido. E não o
acharam.
Correram tudo, já em lágrimas tantas, e era quase sol-pôr quando levantaram os olhos e viram ao longe uma
flor enorme que ninguém se lembrava que estivesse ali.
Foram todos de carreira8, subiram a colina e deram com o menino adormecido. Sobre ele, resguardando-o
do fresco da tarde, estava uma grande pétala perfumada, com todas as cores do arco-íris.
Este menino foi levado para casa, rodeado de todo o respeito, como obra de milagre. Quando depois
passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do
que o seu tamanho e do que todos os tamanhos.

José Saramago, A maior flor do mundo, Lisboa, Editorial Caminho, 2010

Vocabulário
1 freixos — n. m. árvores frequentes nas margens dos rios.
2 charneca — n. f. terreno plano onde apenas cresce vegetação rasteira.
3 ralo — adj. pouco denso.
4 inóspita — adj. agreste, inabitável.
5 se achegou — v. se aproximou.
6 côncavo — n. m. cova ou cavidade.
7 aprumada — adj. bem direita.
8 «foram de carreira» — foram atrás uns dos outros; foram depressa.
A. Numera as frases de 1 a 10, de acordo com a ordem pela qual as informações aparecem no texto. A
primeira frase já se encontra numerada.

_______ — (A) O menino aventurou-se por caminhos desconhecidos, num longo percurso e durante muito
tempo.
_______ — (B) A descoberta de novos lugares provocou no menino um sentimento de enorme felicidade.
_______ — (C) Depois de matar a sede, a flor abriu as grandes pétalas perfumadas, como um carvalho.
_______ — (D) As pessoas da aldeia receberam o menino com respeito e admiração pela sua coragem em
salvar a flor.
_______ — (E) No cimo da encosta, o menino descobriu uma flor ressequida.
_______ — (F) Depois de encontrar a flor, o menino sentiu que tinha de cumprir a tarefa de salvar a flor.
_______ — (G) O menino adormeceu debaixo da flor, deixando a família preocupada com a sua ausência.
1 — (H) O menino é apresentado como uma personagem que saltita com a leveza de uma ave.
_______ — (I) O menino ficou indeciso porque tinha chegado ao limite das terras em que se tinha
aventurado sozinho.
_______ — (J) O menino teve de ultrapassar alguns obstáculos para levar água à flor.

8. Lê o texto atentamente e responde às atividades propostas.

O MISTÉRIO DA QUINTA DAS PEDRAS AZUIS

Eram parecidos, aqueles dois, e como só havia um ano de diferença entre eles, não faltava quem os
confundisse com gémeos. Também porque eram inseparáveis: «Os dois somos um» era a sua divisa. Mas
entre eles havia também um mar de diferenças e, nesse verão que despontava, iriam descobrir a maior de
todas elas.
O carro atravessou a Ponte Cutter, chegou à estrada alcatroada para Tavistock e Elisabeth Zimmer começou
a assobiar uma canção da sua infância. A certa altura, porém, calou-se de repente, travou o carro e
encostou-o à berma.
— Outro furo? — perguntou William.
— Não. Está tudo bem. Volto já — respondeu a mãe, a sair do carro.
Estava uma noite clara e temperada, própria dos primeiros dias de agosto. O céu era como um lençol negro
com pontinhos bordados e um buraco no meio: a Lua. Os rapazes espreitaram pela janela e viram a mãe na
berma da estrada, entre as moitas de urze.
— O que está ela a fazer? — perguntou Peter. — Está dobrada sobre um monte de pedras.
Ela voltou pouco depois com uma pequena pedra na mão. Pousou-a cuidadosamente no banco vazio ao lado
dela. Parecia uma pedra igual às outras, mas, quando a luz da Lua lhe bateu, eles puderam ver o seu suave
brilho azulado.
Eram pedras relativamente raras, aquelas, mas quem viajasse pela região sempre encontrava uma ou outra
se olhasse com atenção.
— À noite, a Lua dá-lhes este tom azulado — explicou a mãe. — É uma pedra da sorte.
— Outra? Já há tantas na quinta… — resmungou Peter, com o seu ar mais carrancudo.
— Ensinaram-me a levá-las para casa sempre que as encontrasse — prosseguiu a mãe. — E hoje não queria
chegar lá sem uma. Acho que, desta vez, preciso de sorte. Querem saber a história das pedras azuladas da
quinta?
— Agora não — suplicou Peter.
— Conta, mãe — pediu William.
A mãe acariciou a pedra com a palma da mão e pôs o carro em movimento.
— Carl Zimmer, nosso antepassado, comprou o terreno da quinta e construiu a casa por volta de 1800.
Dizem que encontrou um diamante do tamanho de uma romã durante as escavações dos alicerces e o
enterrou depois na terra e pôs uma daquelas pedras por cima para marcar o sítio. Dizia à família que era
uma pedra da sorte que protegia a casa e as pessoas que lá viviam, desde que não desenterrassem o tesouro
que ela guardava. A menos, claro, que houvesse uma desgraça ou estivessem em grandes dificuldades.
— E desenterraram-no? — perguntou William.
— Não se sabe. Já viveu e morreu ali tanta gente — respondeu a mãe. — E algumas vezes estiveram em
dificuldades, isso sabe-se. Talvez o tenham encontrado.
— Não me parece — disse William, interessado em manter o mistério. — Sempre houve lá muitas pedras
azuis, ou a quinta não se chamava assim. E cada vez há mais. Como podiam eles saber qual era a pedra que
guardava o diamante do tamanho de uma romã?
— Bastava levantar todas — disse Peter, interessado em exterminar de vez o mistério.
— Seja como for, ficou a história — concluiu a mãe. — Todas as casas têm as suas. São contadas tantas vezes
que também elas vão mudando. Este conta àquele e tira uma coisa e acrescenta outra, aquele conta a outro
e tira outra coisa e acrescenta mais uma. Às tantas, já não se sabe onde está a verdade. Mas ela continua lá,
escondida.

Álvaro Magalhães, O último Grimm, Lisboa, Edições ASA, 2007

A. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

____ (A) Os dois irmãos são semelhantes em tudo.

____ (B) Elisabeth veio a cantar uma canção da infância durante toda a viagem.

____ (C) A noite estava agradável quando Elisabeth parou o carro na berma da estrada.

____ (D) As pedras são raras, mas, com atenção, qualquer pessoa as pode encontrar.

____ (E) A luz do sol dá às pedras um tom azulado.

____ (F) Os filhos acharam boa ideia que a mãe levasse a pedra para casa.

____ (G) Quando Carl Zimmer encontrou o diamante, enterrou-o.


B. Seleciona a opção correta, de forma a obteres afirmações verdadeiras.

1) A história desenrola-se…
(A) … na Ponte Cutter, numa noite de verão.
(B) … em Tavistock, numa noite de verão.
(C) … na Ponte Cutter, numa tarde de verão.

2) William e Peter são…


(A) … gémeos falsos.
(B) … tão parecidos que parecem gémeos.
(C) … irmãos gémeos.

3) A mãe encontrou uma pedra…


(A) … rara e difícil de encontrar naquela região.
(B) … comum e fácil de encontrar naquela região.
(C) … rara mas frequente naquela região.

4) Carl Zimmer, um antepassado e fundador da quinta, …


(A) … enterrou lá muitas pedras azuis, para dar sorte.
(B) … enterrou lá um diamante do tamanho de uma romã.
(C) … vendeu um diamante do tamanho de uma romã porque estava na miséria.

5) O diamante do tamanho de uma romã…


(A) … foi desenterrado num momento de dificuldade.
(B) … foi encontrado sem querer.
(C) … permanece um mistério.

9. Lê o texto atentamente e responde à atividade proposta.

CONDE NILO (VERSÃO DE TRÁS-OS-MONTES)

Conde Nilo, conde Nilo


Seu cavalo vai banhar;
Enquanto o cavalo bebe,
Armou1 um lindo cantar.

Com o escuro que fazia


El-rei não o pode avistar.
Mal sabe a pobre da infanta
Se há de rir, se há de chorar.

— «Cala, minha filha, escuta,


Ouvirás um bel2 cantar:
Ou são os anjos no céu,
Ou a sereia no mar.»

— «Não são os anjos no céu


Nem a sereia no mar:
É o conde Nilo, meu pai,
Que comigo quer casar.»

— «Quem fala no conde Nilo,


Quem se atreve a nomear
Esse vassalo3 rebelde
Que eu mandei desterrar4?»

— «Senhor, a culpa é só minha,


A mim deveis castigar:
Não posso viver sem ele...
Fui eu que o mandei chamar.»

— «Cala-te, filha traidora,


Não te queiras desonrar.
Antes que o dia amanheça
Vê-lo-ás ir a degolar5.»

— «Algoz6 que o matar a ele,


A mim me tem de matar;
Aonde a cova lhe abrirem,
A mim me têm de enterrar.»

Por quem dobra7 aquela campa,


Por quem está a dobrar?
— «Morto é o conde Nilo,
A infanta já a expirar.

Abertas estão as covas,


Agora os vão enterrar:
Ele, no adro da igreja,
A infanta, ao pé do altar.»

De um nascera um cipreste,
E do outro um pomar;
Um crescia, outro crescia,
Co’as pontas se iam beijar.
El-rei, apenas tal soube,
Logo os mandara cortar.
Um deitava sangue vivo,
O outro sangue real;

De um nascera uma pomba,


De outro um pombo torcaz8.
Senta-se el-rei a comer,
Na mesa lhe iam poisar:

— «Mal haja tanto querer,


E mal haja tanto amar!
Nem na vida nem na morte
Nunca os pude separar.»

Almeida Garrett, Romanceiro, Lisboa, Publicações Europa-América, 2007

Vocabulário
1 armou — v. começou.
2 bel — adj. belo.
3 vassalo — n. m. súbdito, nobre dependente do rei.
4 desterrar — v. expulsar, exilar.
5 degolar — v. cortar o pescoço.
6 algoz — n. m. carrasco, pessoa que executa as mortes.
7 dobra — v. multiplicar por dois.
8 pombo-torcaz — n. m. pombo grande, comum nas cidades.

Seleciona a opção correta, de forma a obteres afirmações verdadeiras.

A. De acordo com a informação que nos é dada, podemos concluir que este conto popular…

____ (A) … tem versões diferentes.

____ (B) … é igual em todo o País.

____ (C) … só existe em Trás-os-Montes.


B. O conde Nilo, chegado ao rio, …

____ (A) … tomou banho com o cavalo.

____ (B) … deitou-se ao sol, enquanto o cavalo bebia.

____ (C) … começou uma canção.

C. A história poderá ter começado…

____ (A) … ao meio-dia.

____ (B) … depois do pôr do sol.

____ (C) … a meio da tarde.

D. El-rei, na sua primeira fala, demonstra que…

____ (A) … está zangado com a filha.

____ (B) … sabe quem está a cantar.

____ (C) … está encantado com o que ouve.

E. A princesa, na resposta ao pai, nega…

____ (A) … duas origens para a canção.

____ (B) … três origens para a canção.

____ (C) … uma origem para a canção.

F. Ao saber quem canta, o rei reage de tal forma que ficamos a saber que…

____ (A) … fica feliz quando ouve o nome do conde Nilo.

____ (B) … elogia a filha por esta gostar do conde Nilo.

____ (C) … fica furioso só por ouvir o nome do conde Nilo.


G. Na sua última fala, o monarca...

____ (A) ... conclui que conseguiu afastar definitivamente os dois apaixonados.

____ (B) ... amaldiçoa aquele amor que venceu a sua autoridade.

____ (C) ... aceita a pretensão do Conde de casar com a sua filha, apesar de ser pobre.

10. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

O CÃO, O GALO E A RAPOSA

O cão e o galo tornaram-se muito amigos e concordaram em viajar juntos. Estavam bastante longe de casa,
por isso quando encontraram uma árvore alta com uma toca no tronco, decidiram parar para descansar
durante a noite. O galo voou até aos ramos da árvore e o cão enroscou-se na toca e ambos passaram uma
noite muito tranquila.
Mal raiou o dia na manhã seguinte, o galo acordou e, como sempre, cantou bem alto para anunciar o novo
dia. A raposa ia a passar e pensou logo em comer o galo ao pequeno-almoço, por isso aproximou-se da
árvore e gritou para o galo:
— Gostaria muito de conhecer o dono desta voz tão esplêndida. Desce da árvore, por favor.
O galo respondeu docemente:
— Mas é claro, querida Raposa. Se acordares o porteiro que está a dormir aí em baixo, ele deixar-te-á entrar
com certeza.
Assim, a raposa descuidada deu a volta até chegar ao buraco no fundo da árvore e, espreitando para dentro
da abertura escura, disse com arrogância:
— Oh, porteiro! Abre imediatamente a porta, pois desejo conhecer o Galo com a voz gloriosa!
Mas é claro que o cão esperto sabia exatamente o que a raposa estava a tramar e saltou de lá de dentro; e
foi esse o fim da raposa!

Quando estiveres em perigo, lembra-te de que os teus verdadeiros amigos te podem ajudar muito.

Esopo, As fábulas de Esopo (recontadas por Fiona Waters), Porto, Civilização Editora, 2011
A. Classifica cada afirmação como verdadeira (V) ou falsa (F).

____ a) O cão e o galo são amigos.

____ b) O cão e o galo passeiam perto de casa.

____ c) Ao amanhecer, o galo canta para anunciar o dia.

____ d) A raposa vai ter com o cão e o galo, como os três tinham combinado.

____ e) A raposa pede ao cão, delicadamente, que lhe abra a porta.

____ f) A raposa come o galo.

B. Explica por que razão a «árvore alta com uma toca no tronco» (linha ??) é o lugar perfeito para o cão e o
galo passarem noite fora de casa.

C. Transcreve do texto duas frases que demonstrem que a raposa procura capturar o galo seduzindo-o e
sendo amável para com ele.

D. Transcreve os dois adjetivos com que a raposa caracteriza a voz do galo.

E. O galo finge acreditar que a raposa está a ser genuína quando o elogia. De que forma leva ele a raposa a
pensar que tinha conseguido enganar o galo?

F. Um conhecido provérbio sobre a amizade é: «Os amigos são para as ocasiões.»

Achas que este provérbio pode ser aplicado a esta fábula? Justifica a tua resposta.
G. Seleciona as afirmações que provam que este texto é uma fábula.

____ (A) As personagens são animais com características humanas.

____ (B) É fácil compreender quais são as qualidades e os defeitos das personagens.

____ (C) A narrativa explica por que razão os galos e as raposas são animais rivais.

____ (D) O texto combina elementos de fantasia com factos reais.

____ (E) A história transmite um ensinamento.

11. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

A ILHA DE TIMOR
Lenda de Timor

Há muitos e muitos anos, do outro lado do mundo, vivia num pântano um crocodilo. Como já era velho,
faltava-lhe velocidade; raramente conseguia apanhar peixes para comer e, por isso, começava a sentir fome,
fraqueza e desânimo.
Saiu então do pântano e aventurou-se em terra, em busca de algum bicho que lhe matasse a fome. Mas o sol
era ardente, o caminho longo e o crocodilo sentia-se sem forças para continuar.
Cheio de fome e sozinho, pensou que acabaria ali os seus dias, imóvel como uma pedra. Até que passou um
rapaz. Ao ver o pobre animal naquele estado, sentiu pena e resolveu ajudá-lo a arrastar-se até uma ribeira.
Aí o crocodilo pôde refrescar-se e alimentar-se um pouco. E, ao conversarem, percebeu que o sonho do
rapaz era viajar e conhecer mundo.
Tão grato ficou o velho crocodilo que se ofereceu para levar o seu amigo às costas a passear pelas águas do
rio e do mar. E assim atravessaram as ondas, dia e noite, noite e dia, rumo às terras onde nasce o sol.
Mas um dia, já cansado, o crocodilo percebeu que não podia continuar. E como a fome de novo apertasse,
não encontrou solução que não fosse comer o rapaz. Antes, porém, decidiu consultar outros animais, a fim
de aliviar a consciência. E todos, da baleia ao macaco, o censuraram, fazendo-lhe ver como seria ingrato1
para quem o ajudara.
Arrependido dos seus pensamentos, o crocodilo seguiu caminho, com o rapaz sempre às costas e sem perder
o sol de vista. Quando as forças já o abandonavam, ainda pensou dar meia volta e regressar. Mas de repente
sentiu o seu corpo aumentar de tamanho e transformar-se em terra e em pedra. Rapidamente se converteu
numa ilha verde, cheia de montes, florestas e rios.
O rapaz caminhou então por aquela bonita ilha e deu-lhe o nome de Timor, que em língua malaia2 quer dizer
Oriente. E é por isso que Timor tem a forma de crocodilo.

João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete (seleção, adaptação e reconto), Contos e lendas de Portugal e do
Mundo, Porto, Porto Editora, 2015

VOCABULÁRIO:
(1) ingrato — adj. mal-agradecido.
(2) malaio — adj. da Malásia (no sudeste asiático, onde se situa a ilha de Timor).

A. Ordena as frases, de 1 a 6, de acordo com a ordem em que as informações surgem no texto.

a) O crocodilo decide não comer o rapaz. — _______


b) O velho crocodilo já não se consegue alimentar. — _______
c) O crocodilo morre. — _______
d) O crocodilo sai do pântano e aventura-se em terra. — _______
e) Um rapaz ajuda o crocodilo. — _______
f) Agradecido, o crocodilo leva o rapaz às costas a passear. — _______

B. Identifica, na narrativa, as personagens principais e as personagens secundárias.

C. Localiza a ação no tempo e no espaço, recorrendo a uma passagem do primeiro parágrafo do texto.

D. Seleciona os adjetivos que caracterizam o crocodilo, tendo em conta as informações do primeiro


parágrafo.

____ (A) Velho, forte, rápido e desanimado.

____ (B) Velho, forte, saciado e animado.

____ (C) Velho, fraco, lento, esfomeado e animado.

____ (D) Velho, fraco, lento, esfomeado e desanimado.

E. O que leva o crocodilo a sair do pântano e a aventurar-se em terra?

F. Identifica as dificuldades que o crocodilo encontra em terra.


G. O crocodilo é salvo por um rapaz. Explica o que este faz para ajudar o crocodilo.

H. De que forma o velho crocodilo agradece ao rapaz?

I. Transcreve do texto uma frase que comprove que o crocodilo e o rapaz levam a cabo uma longa viagem,
em direção ao Leste.

J. Voltando a sentir-se cansado e com fome, o crocodilo pensa que a sua única solução é comer o rapaz.
Como reagem os restantes animais, quando o crocodilo os consulta?

K. Explica o acontecimento que, segundo os dois últimos parágrafos do texto, está na origem da ilha de
Timor.

L. Seleciona o recurso expressivo presente em cada uma das passagens seguintes:

a) «imóvel como uma pedra» (linha ??)


(A) Onomatopeia.
(B) Enumeração.
(C) Personificação.
(D) Comparação.

b) «Antes, porém, decidiu consultar outros animais, a fim de aliviar a consciência [...].» (linha ??)
(A) Onomatopeia.
(B) Enumeração.
(C) Personificação.
(D) Comparação.
M. Classifica o narrador, transcrevendo uma frase que comprove a tua resposta.

N. Seleciona a(s) afirmação(ões) que prova(m) que esta narrativa é uma lenda.

____ (A) A narrativa explica a origem de um lugar.

____ (B) O texto combina elementos de fantasia com factos reais.

____ (C) A história transmite uma moralidade ou uma lição de vida.

12. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

DE LEWES A RODMELL E DE RODMELL A LEWES

Chegou a Lewes na terça-feira, já tarde. Naquele tempo, devo dizer, não existia ponte sobre o rio que
passava em Southease, e ainda não tinha sido aberta a estrada para Newhaven. Para se chegar a Rodmell,
era preciso atravessar o rio Ouse a vau1, cujos vestígios ainda existem, mas isso só era possível na maré
baixa, quando as pedras espalhadas pelo leito do rio apareciam à tona de água.
O lavrador Stacey dirigia-se a Rodmell de carroça e ofereceu-se amavelmente para levar a Sr.ª Gage.
Chegaram a Rodmell cerca das nove horas de uma noite de novembro, e o lavrador indicou simpaticamente
à Sr.ª Gage a casa no extremo da aldeia que o irmão lhe havia deixado.
A Sr.ª Gage bateu à porta. Não houve resposta. Tornou a bater. Uma voz muito estranha e esganiçada
bradou: «Não ’tá casa!» A Sr.ª Gage ficou tão transtornada que, se não tivesse ouvido passos, teria abalado a
fugir. Todavia, a porta foi aberta por uma velhota da aldeia, de seu nome Sr.ª Ford.
— Quem é que guinchou «Não ’tá casa»? — perguntou a Sr.ª Gage.
— O malvado pássaro — respondeu a Sr.ª Ford, muito rabugenta, apontando para um grande papagaio
cinzento. — Dá-me cabo da cabeça com tanto guincho. Fica ali o dia todo, empoleirado que nem um
monumento, a guinchar «Não ’tá casa», a quem quer que se lhe chegue.
A Sr.ª Gage viu que era um pássaro muito formoso, mas tinha as penas em grande desmazelo.
— Talvez esteja triste, ou se calhar tem fome — disse ela, mas a Sr.ª Ford disse que era apenas mau feitio;
tinha pertencido a um marujo e aprendera a língua dele no leste. Contudo, acrescentou ela, o Sr. Joseph
afeiçoara-se ao papagaio e dera-lhe o nome de James; dizia-se que conversava com ele como se fosse uma
criatura racional.
A Sr.ª Ford não tardou a sair. A Sr.ª Gage foi logo buscar açúcar à bagagem que levara consigo e deu-o ao
papagaio, dizendo-lhe numa voz bondosa que não queria fazer-lhe mal, que era irmã do antigo dono, que
viera tomar posse da casa e que cuidaria que ele fosse o pássaro mais feliz do mundo.
Pegou numa lamparina e deu a volta a casa, para ver que tipo de propriedade o irmão lhe deixara. Foi uma
amarga desilusão. Os tapetes estavam todos esburacados. Os estofos das cadeiras, todos afundados. As
ratazanas corriam pelo lambrim da lareira. Enormes cogumelos venenosos irrompiam do chão da cozinha.
Não havia uma única peça de mobília que valesse alguma coisa; só a ideia das três mil libras guardadinhas no
banco de Lewes conseguia animar a Sr.ª Gage.
Decidiu ir a Lewes no dia seguinte, para ir buscar o dinheiro aos advogados Stagg & Beetle e depois voltar
para casa o mais depressa possível.

Virginia Woolf, A viúva e o papagaio, Alfragide, Texto Editores, 2011

VOCABULÁRIO:
(1) a vau — a pé (através de um rio).

A. Identifica as personagens que participam na ação.

B. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

____ a) A Sr.ª Gage pediu ao lavrador Stacey que a levasse a Rodmell.

____ b) O Sr. Stacey e a Sr.ª Gage seguiram para Rodmell pela estrada para Newhaven.

____ c) Quem abre a porta, em casa do irmão da Sr.ª Gage, é a Sr.ª Ford.

____ d) O papagaio que recebe a Sr.ª Gage encontrava-se muito bem tratado.

____ e) A Sr.ª Gage foi ver a casa que o irmão lhe tinha deixado como herança.

C. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.

D. Transcreve uma frase que demonstre que a história contada pelo narrador é muito anterior à época em
que este vive.

E. Identifica os dois espaços em que se desenrola a ação.


F. Refere quando a Sr.ª Gage chegou a Lewes e quando esta chegou a Rodmell, transcrevendo duas
expressões do texto.

G. Caracteriza o lavrador Stacey, tendo em conta as informações dadas no terceiro parágrafo do texto.

H. Explica por que razão a Sr.ª Gage, ao bater à porta de casa do irmão, ficou muito surpreendida.

I. Ao inspecionar a casa que o irmão lhe deixara, a Sr.ª Gage fica muito dececionada. Por que motivo?

13. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

EM PODER DA FEITICEIRA

E logo uma voz estranha, cheia de ecos, chegou aos seus ouvidos:
— Estás em casa da Feiticeira dos mil feitiços!... Sabes o que isto quer dizer?!... [...]
Sem ainda perceber o que lhe sucedera, a Sementinha, no meio das trevas e do silêncio, julgou-se metida
numa cadeia, onde terríveis grilhetas1 lhe apertavam o corpo. [...]
Decorreram horas, talvez dias, e a Sementinha começou a irritar-se, dando punhadas2 nas paredes, que
pareciam ir esmagá-la de um momento para o outro. Mas não ouvia o som dos seus murros, nem a prisão
cedia para lhe dar esperanças de libertação. Transtornada3 e receosa, pensou: «Quem seria essa tal feiticeira
que me falou?»
Como se o pensamento tivesse voz, logo lhe responderam:
— Estás contente, rapariga?
— Contente sem ver o Sol e sem companhia, só se estivesse pataroca4.
— Fazes um sacrifício que vale a pena...
— Achas que sim? Pois então ajuda-me a sair deste inferno.
— É isso mesmo o que eu quero — responderam-lhe.
— Para mentirosa nada te falta — arriscou a Sementinha. — Então queres ajudar-me e prendes-me? — E,
sempre curiosa, perguntou de seguida: — Quem és tu, afinal?
[...]
— Sou a Terra...
— A Terra?!...
— Sim. E estás no meu palácio.
— Lindo palácio, não há dúvida — disse, com desprezo, a Sementinha. — Nem dinheiro tens para comprar
um reles candeeiro a petróleo...
A Terra riu-se mais uma vez, enquanto a nossa amiga prosseguia no mesmo tom indignado:
— As visitas não se recebem com esta falta de atenção...
— Aí é que te enganas, rapariga. Tu não és minha visita. Estás prisioneira no meu palácio e só te libertarás
quando trabalhares muito. Nada se consegue sem trabalho, minha amiga.
— Mas que queres tu que eu faça? — gritou, desvairada, a Sementinha.
— Que te libertes como os teus companheiros, que já vão bem adiantados a esta hora.
— O Amarelo de Barba Preta e o Serrano também?
— Sim, também esses. Vais ser encantada como eles e passarás por transformações que te espantarão. Mas
nunca deixes de trabalhar... Se o fizeres, apodrecerás num instante. [...]
E a Terra calou-se, embora a nossa amiga a chamasse ainda para lhe pedir conselhos. Sem colher resposta e
sem outro remédio, a Sementinha aconchegou-se na prisão onde a tinham metido e, zás que zás, vá de
agatanhar5 as paredes da cela.

Alves Redol, A vida mágica da Sementinha, Alfragide, Caminho, 2014 (com supressões)

VOCABULÁRIO:
(1) grilheta — n. f. anel de ferro na extremidade de uma corrente.
(2) punhada — n. f. pancada.
(3) transtornado — adj. perturbado.
(4) pataroco — adj. desastrado, pateta.
(5) agatanhar — v. trepar como um gato.

A. Identifica as personagens que participam na ação.

B. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

____ a) A Sementinha não soube, ao certo, quanto tempo esteve presa.

____ b) Quem falou com a Sementinha foi a Terra.

____ c) A Sementinha respondeu à Terra sempre com muito respeito e consideração.

____ d) A Sementinha estava acompanhada pelo Amarelo de Barba Preta e pelo Serrano.
C. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.

D. Localiza a ação no espaço.

E. Refere o nome com que a Terra se apresentou à Sementinha.

F. Relê o quarto parágrafo do texto. Por que razão começou a Sementinha a dar murros nas paredes que a
rodeavam?

G. A Terra afirmou que a Sementinha conseguiria libertar-se, mediante uma condição. Refere-a.

H. Que futuro previu a Terra para a Sementinha?

I. Que conselho deu a Terra à Sementinha?

J. Identifica o recurso expressivo presente na expressão «zás que zás» (linha ??).

____ (A) Comparação.

____ (B) Personificação.

____ (C) Onomatopeia.

____ (D) Enumeração.


14. Imagina que podias voltar atrás no tempo e vivias uma aventura na altura em que os cristãos
reconquistavam os castelos aos mouros. Escreve um texto em que relates a tua aventura.

Não te esqueças de:


• dar um título ao teu texto;
• localizar a ação no tempo e no espaço;
• descrever pessoas e paisagens.

O teu texto deve ter entre 100 e 150 palavras.

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 100 palavras ou mais de 150 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 40 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
15. Leopoldo, o menino de «O menino que não gostava de ler», passou a ler muitos livros e a falar deles com
o velho amigo, no parque. Decerto também já leste diversos livros. Conta uma das histórias que leste num
deles.

A tua história deve ter:


• uma introdução;
• a caracterização das personagens;
• um momento de descrição;
• momentos de diálogo;
• uma conclusão ou desfecho.

O texto deve ter um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras.

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 120 palavras ou mais de 180 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 45 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
16. No texto «Memórias de um lobo mau», lemos uma história em que o Lobo Mau fala sobre si próprio.
Num texto bem organizado, escreve uma história em que o lobo seja uma personagem fundamental.

A tua história deve ter:


• uma introdução;
• a caracterização das personagens;
• um momento de descrição;
• momentos de diálogo;
• uma conclusão ou desfecho.

O texto deve ter um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras.

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 120 palavras ou mais de 180 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 45 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
17. Cria tu próprio uma fábula, partindo de um dos seguintes pares de animais:

— Tubarão e golfinho;
— Morcego e borboleta;
— Dragão e leão.
Apresenta as personagens e alguns dados sobre o espaço e o tempo em que a ação se desenrola (não te
esqueças de que, numa fábula, o espaço e o tempo são indeterminados), relata acontecimentos, inclui
momentos de diálogo e, no final, apresenta a moralidade. O teu texto deve ter um mínimo de 120 e um
máximo de 180 palavras.
Não te esqueças de seguir as fases de elaboração de um texto:
• Planificação
• Redação
— Introdução
— Desenvolvimento
— Conclusão
• Revisão

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 140 palavras ou mais de 200 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 47 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
18. Cria tu próprio uma lenda, procurando explicar:

— por que razão os golfinhos são animais inteligentes


OU
— a origem dos arcos-íris
OU
— um acontecimento ou um fenómeno relacionado com a região em que habitas.
Apresenta as personagens e alguns dados sobre o espaço e o tempo em que a ação se desenrola, relata
acontecimentos e inclui momentos de diálogo. Combina elementos reais com elementos fantasiosos. O teu
texto deve ter um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras.
Não te esqueças de seguir as fases de elaboração de um texto:
• Planificação
• Redação
— Introdução
— Desenvolvimento
— Conclusão
• Revisão

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 140 palavras ou mais de 200 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 47 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
19. «Pegou numa lamparina e deu a volta a casa, para ver que tipo de propriedade o irmão lhe deixara.»
(linhas ??)

Imagina que a Sr.ª Gage tinha encontrado uma casa totalmente diferente daquela que o irmão, de facto, lhe
deixou. Faz a descrição desse espaço, num texto com um mínimo de 80 e um máximo de 120 palavras.
Respeita as características deste tipo de texto, como a utilização de:
• adjetivos para caracterizar o que está a ser descrito;
• verbos no pretérito imperfeito ou no presente do indicativo;
• advérbios/locuções adverbiais, sobretudo com valor de lugar, tempo e modo.
Não te esqueças de seguir as fases de elaboração de um texto:
• Planificação
• Redação
• Revisão

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 140 palavras ou mais de 200 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 47 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
20. «— Lindo palácio, não há dúvida — disse, com desprezo, a Sementinha. — Nem dinheiro tens para
comprar um reles candeeiro a petróleo...» (linhas ??)

Imagina que a Sementinha se encontrava num palácio a sério, de onde não podia sair mas onde se podia
movimentar à vontade. Faz a descrição desse espaço, num texto com um mínimo de 80 e um máximo de 120
palavras.
Respeita as características deste tipo de texto, como a utilização de:
• adjetivos para caracterizar o que está a ser descrito;
• verbos no pretérito imperfeito ou no presente do indicativo;
• advérbios/locuções adverbiais, sobretudo com valor de lugar, tempo e modo.
Não te esqueças de seguir as fases de elaboração de um texto:
• Planificação
• Redação
• Revisão

Observações:
1. Considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco (exemplo: «Inscreve-te
até às 18h30.» — quatro palavras).
2. Se o teu texto tiver:
— menos de 140 palavras ou mais de 200 palavras, terá uma desvalorização até dois pontos;
— menos de 47 palavras, será classificado com 0 (zero) pontos.
21. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

LENDA DA MOURA ZARA

Conta-se que D. Afonso Henriques, na conquista do território aos mouros, chegou a Leiria e tomou a zona.
Talvez tenha tomado o castelo ou tenha erigido ele próprio um castelo relativamente rudimentar num morro
bastante alto que existe no centro da zona urbana da cidade.
Tendo necessidade de prosseguir a sua conquista para sul, D. Afonso Henriques deixou o castelo entregue a
uma guarnição relativamente pequena e continuou a marcha em direção a Lisboa. Acontece que os mouros,
que tinham fugido, voltaram a atacar o castelo com forças redobradas e venceram a pouca guarnição que D.
Afonso Henriques tinha deixado. Ficou alcaide dessa nova reconquista moura um velho e a sua filha. Esta era
linda, de olhos esverdeados e extremamente carinhosa com o pai, que estava a começar a cegar. Um dia, na
muralha, estava a filha a pentear os cabelos brancos e ralos do pai quando começou a ver ao longe, do lado
norte, portanto, do que hoje se chama o arrabalde, umas medas, uns feixes de mato a ziguezaguearem e a
andarem e a pararem, e pergunta ao pai, que já não enxergava longe:
— Pai, é verdade que o mato anda?
Responde-lhe o mouro:
— Anda se o fizerem andar!
A filha, que se chamava Zara, não compreendeu o verdadeiro significado daquilo que o pai lhe estava a dizer
e imaginou que aquilo que ele queria dizer era que o mato andava se o fizessem andar com magia, mas, na
realidade, o que o pai queria dizer era que o mato só andava se alguém o empurrasse.
A verdade é que dentro de cada uma dessas medas de mato estava um guerreiro de D. Afonso Henriques,
que voltou novamente a Leiria. Aproximaram-se devagar do castelo e tomaram-no, porque eram realmente
muitos, todos escondidos no mato. De Zara e do pai nunca mais se ouviu falar, mas dizem que ela ainda
continua a aparecer no castelo.
Claro que é lenda!

http://www.lendarium.org/narrative/lenda-da-moura-zara/?category=82 (adaptado)

A. Ao texto abaixo foi retirada a pontuação. Reescreve-o utilizando os sinais de pontuação adequados. Faz
apenas as alterações necessárias.

A lenda é uma narrativa breve que pretende explicar a origem de lugares de costumes e tradições de
personagens fenómenos físicos milagres e outros na lenda há sempre um elemento ou dois reais o restante
é fantasia

B. Identifica a sílaba tónica de cada uma das palavras da tabela. Assinala, depois, a classificação de cada
palavra quanto à posição da sílaba tónica (acentuação).
C. Classifica cada uma das seguintes palavras quanto ao número de sílabas:

a) moura
b) compreendeu
c) pai
d) castelo

D. Faz corresponder cada adjetivo (coluna I) ao grau em que se encontra (coluna II).

I II

A - Zara era muito carinhosa. 1 - Comparativo de igualdade.


B - Os mouros eram tão corajosos como 2 - Superlativo relativo de inferioridade.
os cristãos.
3 - Superlativo absoluto analítico.
C - Zara era a menos sabedora.

A-______; B-______; C-______.

E. Reescreve as frases substituindo por um pronome pessoal as expressões destacadas em cada frase.

a) D. Afonso Henriques conquistou o castelo duas vezes.


b) Zara tratava bem o pai.
c) O velho mouro respondeu à sua filha.
F. Escreve no quadro cada uma das palavras destacadas no excerto abaixo, de acordo com a classe de
palavras a que pertence.

— Pai, é verdade que o mato anda?


Responde-lhe o velho mouro:
— Anda se o fizerem andar! (ll. 13-15)

22. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

Quando bateram à porta, o coração de Leopoldo batia fortemente.


A mãe, ao vê-lo, deu um grito alto de alegria e apertou-o longamente com um abraço forte como o da
serpente. Depois, desculpando-se pelas lágrimas, fez entrar o velho para a sala e ofereceu-lhe um café. Aí, o
velho contou a história toda do dia até ao momento em que Leopoldo tinha tentado ler.
— O vosso filho é míope — disse, bebendo o último gole de café. — Míope ou astigmático ou coisa que o
valha. Resumindo, para ler, precisa de usar óculos.
Leopoldo viu a mãe ficar vermelha como o traseiro de um macaco e o pai, roxo como uma beringela madura.
Dentro de si, sentia uma vozinha que o fazia rir; a nuvem tinha desaparecido e já só tinha vontade de cantar.
O pai tossiu de atrapalhação.
— Óculos? — repetiu. — Claro, vamos já tratar disso.
Saíram de casa todos juntos. Primeiro acompanharam o velho a casa, depois foram ao oftalmologista.
Passados dois dias, Leopoldo tinha sobre o nariz duas lentes tão espessas como fundos de garrafa. Passou a
noite inteira a ler O vagabundo das estrelas e, na tarde seguinte, foi ter com o velho ao parque para lhe
contar o fim da história.
Depois daquele livro, leu muitos outros.
Quando passou de ano, recebeu umas sapatilhas e, pelo menos uma vez por semana, ia ao parque correr.
Quando estava cansado, sentava-se ao pé do velho e os dois falavam sobre livros. Precisamente numa
dessas tardes, quando já era um pouco maior, disse ao seu velho amigo que tinha descoberto que a história
que este lhe contara acerca da sua vida se parecia com a de Ulisses e do capitão Achab, com a de Miguel
Strogoff e com a de Guliver, parecia-se com a vida dos tigres da Malásia e com tantas outras histórias que
lera nos livros.
O velho desatou a rir.
— É verdade, eu menti-te, não era um marinheiro, mas um guarda-noturno. Para combater o aborrecimento
e para me aguentar em pé, lia sem parar. O mar, não o vi senão em postais e, agora, jamais o poderei ver;
porém, quando estou aqui sentado no banco — sozinho e na escuridão — à minha frente vejo todos os
mares do Mundo. Vejo-os e sinto-lhes o odor a salitre, distingo as brisas leves das que anunciam a
tempestade, como se na verdade tivesse dado, no cesto da gávea de um veleiro, dezoito vezes a volta ao
Mundo.

Susana Tamaro, O menino que não gostava de ler, Lisboa, Editorial Presença, 2001

A. Completa o quadro com as palavras da passagem seguinte, de acordo com a classe a que pertencem:

«A mãe, ao vê-lo, deu um grito alto de alegria e apertou-o longamente [...]» (l. 2)
B. Indica o tempo, a pessoa e o número das seguintes formas verbais do indicativo:

a) bateram (l. 1)
b) batia (l. 1)
c) é (l. 5)
d) disse (l. 5)
e) precisa (l. 6)
f) fazia (l. 8)
g) tinha descoberto (l. 18)
h) contara (l. 19)

C. Relê a passagem seguinte: «[...] Leopoldo tinha sobre o nariz duas lentes tão espessas como fundos de
garrafa.» (l. 12)

1) Reescreve-a utilizando os advérbios de tempo indicados e efetuando as alterações necessárias:

a) Agora, ________________________________________________________________________
b) Amanhã, ______________________________________________________________________

2) Identifica o grau em que se encontra o adjetivo presente na frase.


D. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelas expressões destacadas na passagem seguinte:

«[A mãe] fez entrar o velho para a sala e ofereceu-lhe um café. Aí, o velho contou a história toda do dia [...]»
(ll. 3-4)
a) entrar o velho
b) lhe
c) o velho

E. Lê a passagem seguinte, que está no discurso indireto:

«[Leopoldo] disse ao seu velho amigo que tinha descoberto que a história que este lhe contara acerca da sua
vida se parecia com a de Ulisses [...]» (ll. 18-19)

Reescreve-a no discurso direto.

— Meu velho amigo, ...

23. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

MEMÓRIAS DE UM LOBO MAU

Confesso que sou um Lobo Mau. Pior do que isso. Sou um Lobo Péssimo! Um lobo capaz de deitar o dente e
a garra a galinhas, rebanhos inteiros de ovelhas, meninas pequenas ou crescidas, com capuchinhos
vermelhos e de todas as cores, e até sou capaz de engolir uma, duas, três avozinhas das mais duras de roer
que se possa imaginar.
Sou capaz de fazer coisas ainda piores e mais assustadoras, que, neste momento, prefiro não relembrar.
A verdade, no entanto, é que não sou propriamente real, de carne e osso. Sou uma espécie de ilusão. Uma
personagem das histórias. E nem sequer sou tão mau como gostava de ser. Mas a culpa não é minha, é do
escritor que me deu cabo da reputação. Desde pequenino que quero ser mau. Mesmo muito mau. Queria
ser uma fera das mais assustadoras e malvadas de toda a criação.
Às vezes até sonhava que era um tigre-de-bengala, companheiro de piratas horríveis, e, quando abria a boca
cheia de dentes pontiagudos e lançava um tremendo rugido, «Uááááááá….!», toda a selva tremia!
— Um tigre, tu?! Deixa-me rir! — disse o meu pai, sem nenhum respeito pelos meus sonhos. — Para chegar
a tigre, tinhas de comer muitos bifes!
E eu comi muitos bifes, enchi a barriga de bifes, mas nunca cheguei a tigre.
— Deixa-te de sonhos! — repetia ele, vezes sem conta. — És um lobo mau e pronto! Deixa-te de sonhos e
pensa mas é no teu futuro.
O meu futuro não demorou muito a chegar. Passados alguns dias, o velhote disse-me que eu já estava
crescido e tinha muito boa idade para ganhar a vida. Pegou-me pela pata e levou-me a casa de um escritor.
O meu azar foi calhar num escritor que andava com uma crise de inspiração. Há muito que não lhe vinha
uma ideiazinha verdadeiramente interessante e divertida para escrever um livro. A escrita estava a ficar
desengonçada e sem genica, os verbos mal conjugados, os adjetivos vulgares e repetidos, um aborrecimento
para quem lia as suas histórias empenadas. Ainda por cima, descobri com ele que os escritores em geral não
têm respeito nenhum pelos lobos! Atribuem-nos sempre o papel do pateta alegre que se deixa enganar por
toda a gente. Somos como o bombo da festa! Uma vergonha, garanto-vos eu!
O meu escritor era um homem já velho, alto e magro, com uns lábios fininhos como lâminas e os óculos na
ponta do nariz. Olhou-me demoradamente, de alto a baixo, com uma expressão desconfiada.
— É magrito, o bicho… — resmungou. (O bicho era eu! Que falta de respeito!) — Vamos lá ver se ele se
ajeita! — acrescentou, desdenhoso.
E não esperou por mais nada. Deitou-me a mão ao pescoço e zumba, meteu-me logo a trabalhar no livro que
estava a escrever nesse momento e que, devo dizer-vos, era uma trapalhada sem pés nem cabeça […].

José Fanha, in http://www.slideshare.net/ladonordeste/memoriasdeumlobomau

A. Completa o quadro com as catorze palavras sublinhadas no primeiro parágrafo. Deves escrever duas em
cada coluna.
B. Completa o quadro com as formas verbais nos tempos indicados.

C. Identifica os graus em que se encontram os adjetivos seguintes:

a) «tão mau como» (l. 7)


b) «mau.» (l. 8)
c) «muito mau.» (l. 8)

D. Associa os elementos destacados nas frases (coluna I) à sua função sintática (coluna II).

I II

A - Mas [a culpa] não é minha. 1 - Complemento indireto.


B - — Tu, [meu caro lobo], vais entrar na 2 - Sujeito.
minha história.
3 - Vocativo.
C - E eu comi [muitos bifes].
4 - Complemento direto.

A-______; B-______; C-______.


E. Lê a frase seguinte, que está no discurso direto: «— Deixa-te de sonhos e pensa mas é no teu futuro.» (ll.
15-16)

Reescreve-a no discurso indireto.

O meu pai disse-me que...


24. Completa com o verbo, o nome ou o adjetivo, de acordo com o exemplo.

aterrorizar — terror — aterrorizado

a) adorar — _____________ — _____________.

b) amedrontar — _____________ — _____________.

c) alegrar — _____________ — _____________.

d) _____________ — _____________ — alto.

e) _____________ — ambição — _____________.

f) _____________ — clareza — _____________.

g) desprezar — _____________ — _____________.

h) desiludir — _____________ — _____________.

i) _____________ — doença — _____________.

j) _____________ — doçura — _____________.

k) _____________ — educação — _____________.

l) humilhar — _____________ — _____________.

m) indignar — _____________ — _____________.

n) inquietar — _____________ — _____________.

o) _____________ — limpeza — _____________.

p) _____________ — _____________ — magro.

q) odiar — _____________ — _____________.

r) _____________ — pobreza — _____________.

s) _____________ — preguiça — _____________.

t) recear — _____________ — _____________.


u) surpreender — _____________ — _____________.

v) _____________ — simpatia — _____________.

w) _____________ — _____________ — sujo.

x) troçar — _____________ — _____________.

y) _____________ — _____________ — terno.

z) _____________ — vaidade — _____________.

25. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

O CÃO, O GALO E A RAPOSA

O cão e o galo tornaram-se muito amigos e concordaram em viajar juntos. Estavam bastante longe de casa,
por isso quando encontraram uma árvore alta com uma toca no tronco, decidiram parar para descansar
durante a noite. O galo voou até aos ramos da árvore e o cão enroscou-se na toca e ambos passaram uma
noite muito tranquila.
Mal raiou o dia na manhã seguinte, o galo acordou e, como sempre, cantou bem alto para anunciar o novo
dia. A raposa ia a passar e pensou logo em comer o galo ao pequeno-almoço, por isso aproximou-se da
árvore e gritou para o galo:
— Gostaria muito de conhecer o dono desta voz tão esplêndida. Desce da árvore, por favor.
O galo respondeu docemente:
— Mas é claro, querida Raposa. Se acordares o porteiro que está a dormir aí em baixo, ele deixar-te-á entrar
com certeza.
Assim, a raposa descuidada deu a volta até chegar ao buraco no fundo da árvore e, espreitando para dentro
da abertura escura, disse com arrogância:
— Oh, porteiro! Abre imediatamente a porta, pois desejo conhecer o Galo com a voz gloriosa!
Mas é claro que o cão esperto sabia exatamente o que a raposa estava a tramar e saltou de lá de dentro; e
foi esse o fim da raposa!

Quando estiveres em perigo, lembra-te de que os teus verdadeiros amigos te podem ajudar muito.

Esopo, As fábulas de Esopo (recontadas por Fiona Waters), Porto, Civilização Editora, 2011
A. Relaciona cada verbo do texto (coluna I) com o respetivo tempo verbal do indicativo (coluna II).

I II

A - Concordaram 1 - Presente
B - Estavam 2 - Pretérito imperfeito
C - Decidiram 3 - Pretérito perfeito
D - Acordou
E - Respondeu
F-É
G - Desejo
H - Sabia
I - Está
J - Podem

A-______; B-______; C-______; D-______; E-______; F-______; G-______; H-______;


I-______; J-______.

B. Atenta nas frases seguintes.

a) O galo tinha cantado para anunciar um novo dia.


b) A raposa havia pensado em comer o galo ao pequeno-almoço.
c) A raposa disse que o galo tinha uma voz gloriosa.
d) As fábulas de Esopo têm transmitido importantes ensinamentos.

1) Identifica, nas frases, os verbos conjugados em tempos compostos do indicativo.


2) Identifica o tempo composto do indicativo em que se encontram os verbos que referiste na resposta
anterior.
3) Explica como se forma o tempo composto dos verbos das frases que assinalaste.
C. Reescreve as frases seguintes substituindo os grupos sublinhados por pronomes pessoais.

a) O cão e o galo viajavam juntos.


b) O cão e o galo encontraram uma árvore alta.
c) A raposa pensou em comer o galo.
d) A raposa pediu ao galo que descesse.
e) A raposa elogiou a voz do galo.
f) As fábulas transmitem moralidades.

D. Presta atenção às palavras sublinhadas nas frases seguintes.

a) «O cão, o galo e a raposa» é a minha fábula preferida. E qual é a tua?


b) Esta biblioteca tem vários livros de fábulas. Aquela também tem alguns, mas estão menos estimados.
Identifica a classe e a subclasse de cada uma das palavras sublinhadas.

E. Atenta na passagem: «[...] e ambos passaram uma noite muito tranquila.» (linha ??)

1) Identifica o grau em que se encontra o adjetivo «tranquila».


2) Reescreve a passagem com o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético, fazendo as alterações
necessárias.

26. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

A ILHA DE TIMOR
Lenda de Timor

Há muitos e muitos anos, do outro lado do mundo, vivia num pântano um crocodilo. Como já era velho,
faltava-lhe velocidade; raramente conseguia apanhar peixes para comer e, por isso, começava a sentir fome,
fraqueza e desânimo.
Saiu então do pântano e aventurou-se em terra, em busca de algum bicho que lhe matasse a fome. Mas o sol
era ardente, o caminho longo e o crocodilo sentia-se sem forças para continuar.
Cheio de fome e sozinho, pensou que acabaria ali os seus dias, imóvel como uma pedra. Até que passou um
rapaz. Ao ver o pobre animal naquele estado, sentiu pena e resolveu ajudá-lo a arrastar-se até uma ribeira.
Aí o crocodilo pôde refrescar-se e alimentar-se um pouco. E, ao conversarem, percebeu que o sonho do
rapaz era viajar e conhecer mundo.
Tão grato ficou o velho crocodilo que se ofereceu para levar o seu amigo às costas a passear pelas águas do
rio e do mar. E assim atravessaram as ondas, dia e noite, noite e dia, rumo às terras onde nasce o sol.
Mas um dia, já cansado, o crocodilo percebeu que não podia continuar. E como a fome de novo apertasse,
não encontrou solução que não fosse comer o rapaz. Antes, porém, decidiu consultar outros animais, a fim
de aliviar a consciência. E todos, da baleia ao macaco, o censuraram, fazendo-lhe ver como seria ingrato1
para quem o ajudara.
Arrependido dos seus pensamentos, o crocodilo seguiu caminho, com o rapaz sempre às costas e sem perder
o sol de vista. Quando as forças já o abandonavam, ainda pensou dar meia volta e regressar. Mas de repente
sentiu o seu corpo aumentar de tamanho e transformar-se em terra e em pedra. Rapidamente se converteu
numa ilha verde, cheia de montes, florestas e rios.
O rapaz caminhou então por aquela bonita ilha e deu-lhe o nome de Timor, que em língua malaia2 quer dizer
Oriente. E é por isso que Timor tem a forma de crocodilo.

João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete (seleção, adaptação e reconto), Contos e lendas de Portugal e do
Mundo, Porto, Porto Editora, 2015

VOCABULÁRIO:
(1) ingrato — adj. mal-agradecido.
(2) malaio — adj. da Malásia (no sudeste asiático, onde se situa a ilha de Timor).

A. Lê a frase seguinte: «E [...] percebeu que o sonho do rapaz era viajar e conhecer mundo.» (linhas ??)

Reescreve a frase com os verbos no presente do indicativo.


B. Relaciona cada palavra do texto (coluna I) com a respetiva classificação morfológica (coluna II).

I II

A - Então 1 - Verbo no pretérito imperfeito do


conjuntivo
B - Do
2 - Pronome pessoal
C - Aventurou-se
3 - Nome masculino singular
D - Em
4 - Preposição simples
E - Terra
5 - Nome feminino singular
F - De
6 - Verbo no pretérito perfeito do indicativo
G - Bicho
7 - Preposição contraída com um
H - Lhe
determinante artigo definido
I - Matasse
8 - Advérbio de tempo

A-______; B-______; C-______; D-______; E-______; F-______; G-______; H-______;


I-______.

C. Assinala a subclasse do quantificador destacado na frase seguinte:

Na ribeira, o crocodilo conseguiu apanhar cinco peixes para comer.


(A) Quantificador numeral cardinal.
(B) Quantificador numeral multiplicativo.
(C) Quantificador numeral fracionário.

D. Diz a quem se referem as palavras destacadas nas passagens seguintes.

a) «Saiu então do pântano e aventurou-se em terra, em busca de algum bicho que lhe matasse a fome.»
(linhas ??)
b) «Ao ver o pobre animal naquele estado, sentiu pena e resolveu ajudá-lo a arrastar-se até uma ribeira.»
(linhas ??)
c) «O rapaz caminhou então por aquela bonita ilha e deu-lhe o nome de Timor» (linhas ??)
E. Identifica a função sintática das expressões destacadas na passagem seguinte:

«O rapaz caminhou então por aquela bonita ilha e deu-lhe o nome de Timor [...].» (linha ??)

27. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

DE LEWES A RODMELL E DE RODMELL A LEWES

Chegou a Lewes na terça-feira, já tarde. Naquele tempo, devo dizer, não existia ponte sobre o rio que
passava em Southease, e ainda não tinha sido aberta a estrada para Newhaven. Para se chegar a Rodmell,
era preciso atravessar o rio Ouse a vau1, cujos vestígios ainda existem, mas isso só era possível na maré
baixa, quando as pedras espalhadas pelo leito do rio apareciam à tona de água.
O lavrador Stacey dirigia-se a Rodmell de carroça e ofereceu-se amavelmente para levar a Sr.ª Gage.
Chegaram a Rodmell cerca das nove horas de uma noite de novembro, e o lavrador indicou simpaticamente
à Sr.ª Gage a casa no extremo da aldeia que o irmão lhe havia deixado.
A Sr.ª Gage bateu à porta. Não houve resposta. Tornou a bater. Uma voz muito estranha e esganiçada
bradou: «Não ’tá casa!» A Sr.ª Gage ficou tão transtornada que, se não tivesse ouvido passos, teria abalado a
fugir. Todavia, a porta foi aberta por uma velhota da aldeia, de seu nome Sr.ª Ford.
— Quem é que guinchou «Não ’tá casa»? — perguntou a Sr.ª Gage.
— O malvado pássaro — respondeu a Sr.ª Ford, muito rabugenta, apontando para um grande papagaio
cinzento. — Dá-me cabo da cabeça com tanto guincho. Fica ali o dia todo, empoleirado que nem um
monumento, a guinchar «Não ’tá casa», a quem quer que se lhe chegue.
A Sr.ª Gage viu que era um pássaro muito formoso, mas tinha as penas em grande desmazelo.
— Talvez esteja triste, ou se calhar tem fome — disse ela, mas a Sr.ª Ford disse que era apenas mau feitio;
tinha pertencido a um marujo e aprendera a língua dele no leste. Contudo, acrescentou ela, o Sr. Joseph
afeiçoara-se ao papagaio e dera-lhe o nome de James; dizia-se que conversava com ele como se fosse uma
criatura racional.
A Sr.ª Ford não tardou a sair. A Sr.ª Gage foi logo buscar açúcar à bagagem que levara consigo e deu-o ao
papagaio, dizendo-lhe numa voz bondosa que não queria fazer-lhe mal, que era irmã do antigo dono, que
viera tomar posse da casa e que cuidaria que ele fosse o pássaro mais feliz do mundo.
Pegou numa lamparina e deu a volta a casa, para ver que tipo de propriedade o irmão lhe deixara. Foi uma
amarga desilusão. Os tapetes estavam todos esburacados. Os estofos das cadeiras, todos afundados. As
ratazanas corriam pelo lambrim da lareira. Enormes cogumelos venenosos irrompiam do chão da cozinha.
Não havia uma única peça de mobília que valesse alguma coisa; só a ideia das três mil libras guardadinhas no
banco de Lewes conseguia animar a Sr.ª Gage.
Decidiu ir a Lewes no dia seguinte, para ir buscar o dinheiro aos advogados Stagg & Beetle e depois voltar
para casa o mais depressa possível.

Virginia Woolf, A viúva e o papagaio, Alfragide, Texto Editores, 2011

VOCABULÁRIO:
(1) a vau — a pé (através de um rio).

A. Relê a passagem seguinte:

«O lavrador Stacey [...] ofereceu-se amavelmente para levar a Sr.ª Gage. Chegaram a Rodmell [...], e o
lavrador indicou simpaticamente à Sr.ª Gage a casa [...].» (linhas ??-??)
1) Identifica a classe a que pertencem as palavras destacadas.
2) Assinala o valor transmitido pelas palavras destacadas.
(A) Tempo.
(B) Modo.
(C) Lugar.
3) Escreve a palavra que deu origem a cada um destes termos.
a) amavelmente —
b) simpaticamente —

B. Atenta na frase:

1) Identifica o grau em que se encontram os adjetivos destacados.


2) Escreve uma frase em que utilizes estes adjetivos no grau superlativo relativo de superioridade.

C. Diz a quem se referem as palavras destacadas nas passagens seguintes.

a) «[...] e o lavrador indicou simpaticamente à Sr.ª Gage a casa no extremo da aldeia que o irmão lhe havia
deixado.» (linhas ??)
b) «[...] o Sr. Joseph afeiçoara-se ao papagaio e dera-lhe o nome de James; dizia-se que conversava com ele
como se fosse uma criatura racional.» (linhas ??)
c) «A Sr.ª Gage foi logo buscar açúcar [...] e deu-o ao papagaio, dizendo-lhe numa voz bondosa que não
queria fazer-lhe mal [...].» (linhas ??)
d) «Pegou numa lamparina e deu a volta a casa, para ver que tipo de propriedade o irmão lhe deixara.»
(linhas ??)
D. Sublinha, em cada alínea, a única palavra que não pertence à mesma família de palavras.

a) Tarde, entardecer, mostarda, tardar.


b) Maré, mar, marinheiro, marechal.
c) Casa, casarão, casebre, casaco.

28. Considerando o texto seguinte, responde às questões que te são propostas.

EM PODER DA FEITICEIRA

E logo uma voz estranha, cheia de ecos, chegou aos seus ouvidos:
— Estás em casa da Feiticeira dos mil feitiços!... Sabes o que isto quer dizer?!... [...]
Sem ainda perceber o que lhe sucedera, a Sementinha, no meio das trevas e do silêncio, julgou-se metida
numa cadeia, onde terríveis grilhetas1 lhe apertavam o corpo. [...]
Decorreram horas, talvez dias, e a Sementinha começou a irritar-se, dando punhadas2 nas paredes, que
pareciam ir esmagá-la de um momento para o outro. Mas não ouvia o som dos seus murros, nem a prisão
cedia para lhe dar esperanças de libertação. Transtornada3 e receosa, pensou: «Quem seria essa tal feiticeira
que me falou?»
Como se o pensamento tivesse voz, logo lhe responderam:
— Estás contente, rapariga?
— Contente sem ver o Sol e sem companhia, só se estivesse pataroca4.
— Fazes um sacrifício que vale a pena...
— Achas que sim? Pois então ajuda-me a sair deste inferno.
— É isso mesmo o que eu quero — responderam-lhe.
— Para mentirosa nada te falta — arriscou a Sementinha. — Então queres ajudar-me e prendes-me? — E,
sempre curiosa, perguntou de seguida: — Quem és tu, afinal?
[...]
— Sou a Terra...
— A Terra?!...
— Sim. E estás no meu palácio.
— Lindo palácio, não há dúvida — disse, com desprezo, a Sementinha. — Nem dinheiro tens para comprar
um reles candeeiro a petróleo...
A Terra riu-se mais uma vez, enquanto a nossa amiga prosseguia no mesmo tom indignado:
— As visitas não se recebem com esta falta de atenção...
— Aí é que te enganas, rapariga. Tu não és minha visita. Estás prisioneira no meu palácio e só te libertarás
quando trabalhares muito. Nada se consegue sem trabalho, minha amiga.
— Mas que queres tu que eu faça? — gritou, desvairada, a Sementinha.
— Que te libertes como os teus companheiros, que já vão bem adiantados a esta hora.
— O Amarelo de Barba Preta e o Serrano também?
— Sim, também esses. Vais ser encantada como eles e passarás por transformações que te espantarão. Mas
nunca deixes de trabalhar... Se o fizeres, apodrecerás num instante. [...]
E a Terra calou-se, embora a nossa amiga a chamasse ainda para lhe pedir conselhos. Sem colher resposta e
sem outro remédio, a Sementinha aconchegou-se na prisão onde a tinham metido e, zás que zás, vá de
agatanhar5 as paredes da cela.

Alves Redol, A vida mágica da Sementinha, Alfragide, Caminho, 2014 (com supressões)

VOCABULÁRIO:
(1) grilheta — n. f. anel de ferro na extremidade de uma corrente.
(2) punhada — n. f. pancada.
(3) transtornado — adj. perturbado.
(4) pataroco — adj. desastrado, pateta.
(5) agatanhar — v. trepar como um gato.

A. Lê com atenção a frase:

«Vais ser encantada [...] e passarás por transformações que te espantarão.» (linha ??)
Reescreve esta frase com os verbos:
a) no pretérito perfeito do indicativo;
b) no presente do indicativo.

B. Atenta na frase:

«— Que te libertes como os teus companheiros, que já vão bem adiantados a esta hora.» (linha ??)
Identifica a classe e a subclasse a que pertencem as palavras destacadas na frase.

C. Considera as palavras seguintes, retiradas do texto:

a) mentirosa
b) feiticeira
c) Sementinha
d) agatanhar
1) Identifica a palavra primitiva que deu origem a cada uma destas palavras.
2) Seleciona o processo de formação das palavras acima apresentadas.
(A) Derivação.
(B) Composição.
D. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelas expressões destacadas nas frases seguintes:

a) «Sem ainda perceber o que lhe sucedera, a Sementinha [...] julgou-se metida numa cadeia [...].» (linhas
??)
b) «— Estás contente, rapariga?» (linha ??)
c) «— É isso mesmo o que eu quero — responderam-lhe.» (linha ??)
d) «Se o fizeres, apodrecerás num instante.» (linha ??)
e) «E a Terra calou-se [...].» (linha ??)

E. Às frases abaixo foram retirados três sinais de pontuação. Completa-as com a pontuação correta.

— Calma_______ ó amiga Sementinha! Sabes que estás a falar com a Feiticeira dos mil feitiços_______ Se
não mudas o teu comportamento_______

29. Ouve atentamente o texto «Peças de museu», de Alice Vieira.

A. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

____ (A) O que contribuiu ainda mais para a autora se sentir humilhada foi o facto de a ação ter
decorrido no seu bairro.

____ (B) Fernando, o amigo da autora, riu-se muito por vê-la parada no meio da rua.

____ (C) A autora só escreve cartas no computador.

____ (D) A autora acha bem que se usem outros meios de comunicação em vez das cartas.

____ (E) A autora escreve todas as cartas com uma esferográfica.

____ (F) A autora sente prazer em tocar o papel e sentir o aparo deslizar.

____ (G) A autora acha bem que, atualmente, já não haja necessidade de escrever tantas cartas.

30. Ouve atentamente o texto «Peças de museu», de Alice Vieira, e seleciona a opção correta.
A. O texto narra um facto acontecido com a autora quando ela…

____ (A) … se dirigia para o marco do correio.

____ (B) … se dirigia para o café.

____ (C) … estava de férias no Luso.

B. Quando viu a autora, o seu amigo Fernando…

____ (A) … riu-se dela.

____ (B) … chamou-a.

____ (C) … elogiou-a.

C. O Fernando perguntou à autora se não sabia para que serviam…

____ (A) … os telemóveis e os computadores.

____ (B) … os computadores e os e-mails.

____ (C) … os computadores e o fax.

D. No Luso, a empregada ficou surpreendida por ver a autora pegar…

____ (A) … num aparo e num tinteiro.

____ (B) … numa lapiseira e num tinteiro.

____ (C) … numa caneta e num tinteiro.

E. A autora pensa que se perdeu «o prazer de ter tempo para perder tempo» porque agora o pão não sabe a
pão e se come…

____ (A) … à pressa e em pé.

____ (B) … sentado mas à pressa.

____ (C) … devagar e em pé.


F. Uma das consequências do uso das tecnologias nos comboios é que as pessoas deixaram de ter tempo
para…

____ (A) … falar umas com as outras.

____ (B) … apreciar a paisagem.

____ (C) … tratar dos negócios.

31. Ouve atentamente o texto «O tigre e a mulher do lavrador», de António Torrado, e responde às
atividades propostas.

A. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

____ (A) Com a utilização da expressão «E talvez não lhe faltasse alguma razão», o autor está a
justificar as diferentes reações do lavrador.

____ (B) Em «[…] pedia o tigre, [numa voz que não era de pedir]», a passagem destacada entre
parênteses retos pretende referir que o pedido do tigre foi feito num tom calmo.

____ (C) Na frase «E o pobre camponês, apanhado no caminho, [não tinha outro remédio] senão dividir
a sua carga a meias com o tigre.», a passagem destacada entre parênteses retos sugere que o lavrador
tinha de dividir a carga com o tigre.

____ (D) O adjetivo «esbaforido», em «Quando, esbaforido, chegou a casa…», realça a calma com que
o lavrador chegou a casa.

____ (E) A passagem «escondeu a cara dentro de uma máscara demoníaca» remete para o ar aterrador
da mulher do lavrador.

____ (F) Na frase «E o tigre, [de rabo entre as pernas], fugiu daquelas paragens para nunca mais ser
visto.», a expressão destacada entre parênteses retos aponta para o medo que o tigre teve da mulher
do lavrador, fugindo sem querer ser visto.
B. Faz o reconto da história.

32. Lê o questionário abaixo apresentado. Depois, ouve com atenção a entrevista à escritora Alice Vieira que
se encontra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lI5PxVFh31M. Toma notas enquanto ouves a
entrevista. Responde, agora, às questões que se seguem.
A. Assinala a opção correta, de acordo com o sentido da entrevista.

1) Alice Vieira escreve livros há


(A) 10 anos.
(B) 15 anos.
(C) 20 anos.
(D) 30 anos.

2) Além de escritora, Alice Vieira é


(A) professora.
(B) atriz.
(C) realizadora de cinema.
(D) jornalista.

B. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

____ a) Alice Vieira considera que as suas duas profissões não podem ser separadas uma da outra.

____ b) A entrevistada aconselha a escrever histórias sobre pessoas conhecidas, acontecimentos


concretos ou situações que já vivemos.

____ c) Para Alice Vieira, é importante guardar todas as versões dos textos que escrevemos, que nunca
deitemos nada fora.

____ c) Para Alice Vieira, é importante guardar todas as versões dos textos que escrevemos, que nunca
deitemos nada fora.

____ e) Para se transmitir ou provocar emoção no leitor, é indispensável usar muitas palavras.

C. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.

33. Atenta nas imagens da capa e da contracapa do livro apresentado.


A. Identifica, na capa, os elementos seguintes.

1. Título
2. Autor
3. Editor
4. Ilustrador
5. Recomendação

B. O que apresenta a contracapa do livro? Seleciona a(s) opção(ões) correta(s).

____ (A) Uma sinopse.

____ (B) Uma biografia.

____ (C) Uma ilustração.

34. Atenta nas imagens da capa e da contracapa do livro apresentado.


A. Identifica, na capa, os elementos seguintes.

1. Título
2. Autor
3. Editor
4. Ilustrador
5. Recomendação

B. O que apresenta a contracapa do livro? Seleciona a(s) opção(ões) correta(s).

____ (A) Uma sinopse.

____ (B) Uma biografia.

____ (C) Uma ilustração.

35. Lê atentamente o texto.

CASTELO DE LEIRIA

Castelo medieval, é artística e arquitetonicamente representativo das diversas fases de construção e


reconstrução desde a sua fundação até ao século XX. As estruturas que compõem o conjunto arquitetónico
são: o Palácio Real quatrocentista, a Torre de Menagem, a Igreja de Santa Maria da Pena, o espaço da antiga
Colegiada, os celeiros medievais e as muralhas exteriores.
Conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques, em 1135, o Castelo viria a ser reconquistado pelos
muçulmanos, cinco anos depois, voltando para as mãos dos cristãos, novamente, em 1142. Mas as lutas pela
sua posse estavam longe de terminar, tendo o castelo sofrido um novo ataque islâmico. Devido a tantas
lutas, D. Sancho I resolveu reedificá-lo, corria o ano de 1190. Em 1325, D. Dinis mandou edificar a Torre de
Menagem, que, após algumas reformulações, é agora um núcleo museológico.
Pensa-se que a Igreja de Nossa Senhora da Pena e os Paços Episcopais tenham sido construídos também por
ordem de D. Dinis. Este terá sido o rei que mais tempo passou em Leiria, juntamente com a sua esposa, a
rainha Santa Isabel. Graças a estes reis nasceram muitas das histórias e das lendas que envolvem Leiria.
Vários séculos depois, o Castelo, bem como a cidade, viriam ainda a sofrer danos com as invasões francesas,
ficando quase ao abandono. Valeu o esforço da Liga dos Amigos do Castelo e do famoso arquiteto suíço
Ernesto Korrodi, que ali realizaram obras de recuperação.
Numa visita ao Castelo, não pode deixar de observar a magnífica vista sobre a cidade de Leiria a partir da
Alcáçova, uma das salas mais bonitas do Castelo de Leiria.

Funcionamento:
Verão (de 01/04 a 30/09): 10h00-18h00
Inverno (de 01/10 a 31/03): 09h30-17h30

http://www.cm-leiria.pt/pages/229 (adaptado)

Seleciona a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

A. O Castelo de Leiria foi…

____ (A) … construído em 1325 por D. Dinis.

____ (B) … conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques.

____ (C) … conquistado aos mouros por D. Sancho I.

____ (D) … reedificado em 1190 por D. Dinis.


B. O Castelo de Leiria foi reconquistado pelos mouros em…

____ (A) … 1142.

____ (B) … 1141.

____ (C) … 1140.

____ (D) … 1135.

C. O rei que passou mais tempo no Castelo de Leiria terá sido…

____ (A) … D. Afonso Henriques.

____ (B) … D. Sancho I.

____ (C) … D. Dinis.

____ (D) … Ernesto Korrodi.

D. O Núcleo Museológico situa-se…

____ (A) … na Torre de Menagem.

____ (B) … nas ameias.

____ (C) … na Alcáçova.

____ (D) … no Palácio Real quatrocentista.

E. O castelo ficou ao abandono depois das invasões…

____ (A) … muçulmanas.

____ (B) … cristãs.

____ (C) … espanholas.

____ (D) … francesas.


F. O objetivo do texto é…

____ (A) … entreter.

____ (B) … informar.

____ (C) … dar opiniões.

____ (D) … recolher pontos de vista.

G. Podemos dizer que se trata de…

____ (A) … um texto informativo.

____ (B) … um texto argumentativo.

____ (C) … uma entrevista.

____ (D) … um texto publicitário.

H. É possível visitar este castelo, por exemplo, ...

____ (A) ... no dia 20 de janeiro, às 18h30.

____ (B) ... no dia 10 de outubro, às 10h30

____ (C) ... aos fins de semana, até às 20h30.

____ (D) ...em qualquer dia da semana, às 09h00.

36. Lê atentamente o texto.

E apareceu o Homem
Os primeiros homens apareceram em África, há cerca de 2,5 milhões de anos. A princípio parecidos com
macacos, estes estranhos mamíferos evoluíram muito até ao que somos hoje.

A família dos macacos


Os saguins, os gorilas, os chimpanzés e os orangotangos têm o mesmo antepassado que o Homem: um
pequeno primata que se parecia com uma ratazana e comia frutos e insetos, há 67 milhões de anos. Apesar
de parecer muito diferente dos animais, o Homem pertence, tal como os macacos, à ordem dos primatas. As
duas linhagens1, macacos e homens, separaram-se há 7 milhões de anos.
O Purgatorius, pequeno mamífero de 10 cm de comprimento, foi o antepassado dos macacos e dos lémures
e do homem.
O Siamopithecus, o macaco mais antigo que se conhece, já vivia nas árvores há 35 milhões de anos. Os
macacos desenvolveram-se muito depressa e ocuparam quase todos os continentes.
O Australopithecus já não é bem um macaco, mas ainda não é um homem. O esqueleto fóssil de um destes
primeiros antepassados do Homem foi descoberto na Etiópia em 1974. Tratava-se de uma fêmea de
Australopithecus que vivia em África há cerca de 3,5 milhões de anos. Os paleontólogos batizaram-na com o
nome Lucy.

A família dos homens


Há 2,5 milhões de anos, apareceu um novo indivíduo ao lado dos Australopithecus. Era maior, andava mais
direito, caminhava sobre dois pés estáveis e o seu cérebro estava mais desenvolvido. Foi o primeiro
representante do género humano, da longa linhagem dos Homo: Homo habilis, Homo erectus e Homo
sapiens.
O primeiro Homem chamou-se Homo habilis, que significa «homem hábil». Foi o primeiro primata a utilizar
pedras, para fazer delas utensílios. Eram bastante peludos, e a sua figura estava mais próxima da do macaco.
Passados 2 milhões de anos, surgiu o Homo erectus, que deve o seu nome de «homem em pé» à sua
postura, bem direita, quando estava em pé. Inventou a linguagem e aprendeu a dominar o fogo para cozer
os alimentos e iluminar a noite. Mais inteligente e curioso, partiu à descoberta de outras terras, colonizando
a Europa e a Ásia! Este caçador talentoso não hesitava em atacar grandes animais, como os mamutes.
Por fim, há apenas 40 000 anos, na Europa, os primeiros homens modernos foram os homens de Cro-
Magnon. Foi um grupo que recebeu o nome Homo sapiens. Pareciam-se connosco no aspeto, tendo perdido
os pelos, talvez por usarem as peles de animais, ou talvez tenha acontecido o contrário.

Valérie Landon, A vida: as origens da vida, nascer e crescer, Enciclopédia Larousse dos 6/9 anos, Sintra,
Marus Editores, 2002

Vocabulário
1 linhagem — n. f. o mesmo que descendência.

Seleciona a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

A. O assunto do texto é…

____ (A) … o aparecimento dos macacos na Terra.

____ (B) … a evolução dos mamíferos.

____ (C) … a evolução dos macacos até ao «Homo sapiens».

____ (D) … a relação entre macacos e homens.


B. Os primatas são…

____ (A) … a ordem a que pertencem os macacos e os homens.

____ (B) … os primeiros mamíferos a viver em África.

____ (C) … répteis que vivem em árvores.

____ (D) … antepassados desaparecidos dos macacos.

C. Os lémures, os gorilas e o homem têm um antepassado comum chamado…

____ (A) … saguim.

____ (B) … «Purgatorius».

____ (C) … orangotango.

____ (D) … «Australopithecus».

D. O pronome «na» (l. 15) refere-se a…

____ (A) … «África».

____ (B) … «Australopithecus».

____ (C) … «Lucy».

____ (D) … «uma fêmea de Australopithecus».

37. Lê atentamente o texto e responde, de forma clara e objetiva, às questões que te são propostas.

E apareceu o Homem
Os primeiros homens apareceram em África, há cerca de 2,5 milhões de anos. A princípio parecidos com
macacos, estes estranhos mamíferos evoluíram muito até ao que somos hoje.

A família dos macacos


Os saguins, os gorilas, os chimpanzés e os orangotangos têm o mesmo antepassado que o Homem: um
pequeno primata que se parecia com uma ratazana e comia frutos e insetos, há 67 milhões de anos. Apesar
de parecer muito diferente dos animais, o Homem pertence, tal como os macacos, à ordem dos primatas. As
duas linhagens1, macacos e homens, separaram-se há 7 milhões de anos.
O Purgatorius, pequeno mamífero de 10 cm de comprimento, foi o antepassado dos macacos e dos lémures
e do homem.
O Siamopithecus, o macaco mais antigo que se conhece, já vivia nas árvores há 35 milhões de anos. Os
macacos desenvolveram-se muito depressa e ocuparam quase todos os continentes.
O Australopithecus já não é bem um macaco, mas ainda não é um homem. O esqueleto fóssil de um destes
primeiros antepassados do Homem foi descoberto na Etiópia em 1974. Tratava-se de uma fêmea de
Australopithecus que vivia em África há cerca de 3,5 milhões de anos. Os paleontólogos batizaram-na com o
nome Lucy.

A família dos homens


Há 2,5 milhões de anos, apareceu um novo indivíduo ao lado dos Australopithecus. Era maior, andava mais
direito, caminhava sobre dois pés estáveis e o seu cérebro estava mais desenvolvido. Foi o primeiro
representante do género humano, da longa linhagem dos Homo: Homo habilis, Homo erectus e Homo
sapiens.
O primeiro Homem chamou-se Homo habilis, que significa «homem hábil». Foi o primeiro primata a utilizar
pedras, para fazer delas utensílios. Eram bastante peludos, e a sua figura estava mais próxima da do macaco.
Passados 2 milhões de anos, surgiu o Homo erectus, que deve o seu nome de «homem em pé» à sua
postura, bem direita, quando estava em pé. Inventou a linguagem e aprendeu a dominar o fogo para cozer
os alimentos e iluminar a noite. Mais inteligente e curioso, partiu à descoberta de outras terras, colonizando
a Europa e a Ásia! Este caçador talentoso não hesitava em atacar grandes animais, como os mamutes.
Por fim, há apenas 40 000 anos, na Europa, os primeiros homens modernos foram os homens de Cro-
Magnon. Foi um grupo que recebeu o nome Homo sapiens. Pareciam-se connosco no aspeto, tendo perdido
os pelos, talvez por usarem as peles de animais, ou talvez tenha acontecido o contrário.

Valérie Landon, A vida: as origens da vida, nascer e crescer, Enciclopédia Larousse dos 6/9 anos, Sintra,
Marus Editores, 2002

Vocabulário
1 linhagem — n. f. o mesmo que descendência.
A. Associa cada elemento da coluna I ao elemento da coluna II que com ele se relaciona, de acordo com a
informação do texto.

I II

A - «Purgatorius» 1 - 7 milhões de anos.


B - «Siamopithecus» 2 - 500 000 anos.
C - «Lucy» 3 - 2,5 milhões de anos.
D - Separação de homens e macacos 4 - 40 000 anos.
E - «Homo habilis» 5 - 67 milhões de anos.
F - «Homo erectus» 6 - 3,5 milhões de anos.
G - Homem de «Cro-Magnon» 7 - 35 milhões de anos.

A-______; B-______; C-______; D-______; E-______; F-______; G-______.

B. Explica, por palavras tuas, o que a autora pretende dizer com o final da frase seguinte: «Pareciam-se
connosco no aspeto, tendo perdido os pelos, talvez por usarem as peles de animais, ou talvez tenha
acontecido o contrário.» (ll. 28-29)

38. Lê atentamente o texto.

ENTRANDO EM CONTACTO COM ALIENÍGENAS

Se houver realmente alienígenas no espaço, será que alguma vez chegaremos a conhecê-los?
Como as distâncias entre as estrelas são enormes, ainda não podemos ter a certeza se algum dia ocorrerá
um encontro cara a cara com extraterrestres (isto é, partindo do princípio de que os alienígenas têm cara!).
No entanto, mesmo que os extraterrestres nunca visitassem o nosso planeta nem recebessem nenhuma
visita da nossa parte, ainda assim poderíamos acabar por nos conhecer uns aos outros, pois seríamos
capazes de comunicar.
Uma das formas possíveis de isso vir a acontecer é por rádio. Ao contrário do som, as ondas de rádio
conseguem deslocar-se através dos espaços vazios entre as estrelas. E movem-se tão rapidamente como é
possível alguma coisa mover-se: à velocidade da luz.
Há quase cinquenta anos, alguns cientistas descobriram o que era necessário para enviar um sinal de um
sistema estelar para outro. E ficaram surpreendidos ao compreender que as conversações entre as estrelas
não exigiam nenhuma tecnologia avançada, como se vê muitas vezes nos filmes de ficção científica. É
possível enviar sinais de rádio de um sistema solar para outro com o tipo de equipamento que somos
capazes de construir atualmente.
Portanto, esses cientistas puseram de lado as contas complicadas e disseram uns aos outros: se isto é assim
tão fácil, então, seja lá o que for que os alienígenas estejam a fazer, devem estar a usar sinais de rádio para
comunicar a grandes distâncias.
Os cientistas aperceberam-se de que seria uma ideia perfeitamente lógica apontar gigantescas antenas para
o céu para tentar captar quaisquer sinais extraterrestres.
Afinal de contas, captar uma transmissão do espaço provaria de imediato que existe realmente alguém além
de nós, sem precisarmos de gastar dinheiro a enviar foguetões para longínquos sistemas, na esperança de
descobrir um planeta habitado.
Infelizmente, esta experiência para tentar captar comunicações alienígenas, designada por SETI (Pesquisa de
Inteligência Extraterrestre), até agora não conseguiu captar um único som vindo do espaço. As bandas de
rádio em que já procurámos têm estado silenciosas.
Significará isto que não existem seres inteligentes, além de nós, capazes de construir transmissores de rádio?
Seria uma descoberta assombrosa, porque há pelo menos um milhão de milhões de planetas na nossa Via
Láctea — além de existirem 100 mil milhões de outras galáxias! Se não existir mais ninguém no espaço,
então somos incrivelmente especiais e estamos assustadoramente sozinhos no Universo.
Bem, é como estar à procura de um tesouro escondido sem ter um mapa para nos guiar. O facto de ainda
não termos descoberto nada até agora não é de surpreender. É como escavar buracos na praia de uma ilha e
só encontrar a areia.

Seth Shostak, Caça ao tesouro no espaço, Lisboa, Editorial Presença, 2009 (adaptado)

Seleciona a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

A. O autor do texto considera que…

____ (A) … há alienígenas no espaço.

____ (B) … não há alienígenas no espaço.

____ (C) … não é possível comunicar com os alienígenas.

____ (D) … é possível comunicar com os alienígenas.


B. Segundo o texto, para comunicar com os extraterrestres, ...

____ (A) … é necessário desenvolver uma tecnologia muito avançada.

____ (B) … é preciso lançar foguetões ou naves muito caras.

____ (C) … basta a tecnologia simples das ondas de rádio.

____ (D) … é suficiente ouvir o que dizem os ficheiros secretos.

C. Ao dizer «tão rapidamente como é possível alguma coisa mover-se: à velocidade da luz» (ll. 8-9), o autor
afirma que…

____ (A) … as coisas não podem ultrapassar a velocidade da luz.

____ (B) … nada se move à velocidade da luz.

____ (C) … as ondas de rádio não atingem a velocidade da luz.

____ (D) … tudo se move à velocidade da luz.

D. A expressão «No entanto» (ll. 3-4) é substituível por…

____ (A) … «E».

____ (B) … «Mas».

____ (C) … «Portanto».

____ (D) … «Então».

39. Lê atentamente o texto e responde às questões que te são propostas.

ENTRANDO EM CONTACTO COM ALIENÍGENAS

Se houver realmente alienígenas no espaço, será que alguma vez chegaremos a conhecê-los?
Como as distâncias entre as estrelas são enormes, ainda não podemos ter a certeza se algum dia ocorrerá
um encontro cara a cara com extraterrestres (isto é, partindo do princípio de que os alienígenas têm cara!).
No entanto, mesmo que os extraterrestres nunca visitassem o nosso planeta nem recebessem nenhuma
visita da nossa parte, ainda assim poderíamos acabar por nos conhecer uns aos outros, pois seríamos
capazes de comunicar.
Uma das formas possíveis de isso vir a acontecer é por rádio. Ao contrário do som, as ondas de rádio
conseguem deslocar-se através dos espaços vazios entre as estrelas. E movem-se tão rapidamente como é
possível alguma coisa mover-se: à velocidade da luz.
Há quase cinquenta anos, alguns cientistas descobriram o que era necessário para enviar um sinal de um
sistema estelar para outro. E ficaram surpreendidos ao compreender que as conversações entre as estrelas
não exigiam nenhuma tecnologia avançada, como se vê muitas vezes nos filmes de ficção científica. É
possível enviar sinais de rádio de um sistema solar para outro com o tipo de equipamento que somos
capazes de construir atualmente.
Portanto, esses cientistas puseram de lado as contas complicadas e disseram uns aos outros: se isto é assim
tão fácil, então, seja lá o que for que os alienígenas estejam a fazer, devem estar a usar sinais de rádio para
comunicar a grandes distâncias.
Os cientistas aperceberam-se de que seria uma ideia perfeitamente lógica apontar gigantescas antenas para
o céu para tentar captar quaisquer sinais extraterrestres.
Afinal de contas, captar uma transmissão do espaço provaria de imediato que existe realmente alguém além
de nós, sem precisarmos de gastar dinheiro a enviar foguetões para longínquos sistemas, na esperança de
descobrir um planeta habitado.
Infelizmente, esta experiência para tentar captar comunicações alienígenas, designada por SETI (Pesquisa de
Inteligência Extraterrestre), até agora não conseguiu captar um único som vindo do espaço. As bandas de
rádio em que já procurámos têm estado silenciosas.
Significará isto que não existem seres inteligentes, além de nós, capazes de construir transmissores de rádio?
Seria uma descoberta assombrosa, porque há pelo menos um milhão de milhões de planetas na nossa Via
Láctea — além de existirem 100 mil milhões de outras galáxias! Se não existir mais ninguém no espaço,
então somos incrivelmente especiais e estamos assustadoramente sozinhos no Universo.
Bem, é como estar à procura de um tesouro escondido sem ter um mapa para nos guiar. O facto de ainda
não termos descoberto nada até agora não é de surpreender. É como escavar buracos na praia de uma ilha e
só encontrar a areia.

Seth Shostak, Caça ao tesouro no espaço, Lisboa, Editorial Presença, 2009 (adaptado)
A. Associa cada elemento da coluna I ao único elemento da coluna II que com ele se relaciona, de acordo
com a informação do texto.

I II

A - Sinais de rádio 1 - Existência de milhões de milhões de


planetas e estrelas.
B - SETI
2 - Inexistência de alienígenas.
C - Transmissão recebida do espaço
3 - Comunicação com extraterrestres.
D - Silêncio nas comunicações
4 - Existência de alienígenas semelhantes ao
Homem.
5 - Necessidade de grandes meios
tecnológicos.
6 - Inteligência extraterrestre.
7 - Existência de alienígenas.

A-______; B-______; C-______; D-______.

B. No último parágrafo, o autor utiliza duas comparações. Identifica-as.

C. Explica as ideias que o autor pretende transmitir ao recorrer às comparações que identificaste
anteriormente.

40. Há cinco sensações básicas, aliadas aos cinco sentidos, que a leitura pode evocar. Assim:
A. Faz corresponder cada frase (coluna I) à sensação que nela predomina (coluna II).

I II

A - Os dois irmãos apanharam um cão 1 - Sensação tátil.


vadio e malcheiroso, que foi preciso lavar
2 - Sensação auditiva.
bem.
3 - Sensação olfativa.
B - O cão tinha o pelo todo sujo, cheio de
manchas de óleo. 4 - Sensação gustativa.

C - As lambidelas de agradecimento do 5 - Sensação visual.


cão eram húmidas, ásperas e pegajosas,
mas deixavam toda a gente contente.
D - Ao fim de uns dias, o Serafim resolveu
experimentar os biscoitos do cão, mas fez
uma tal careta que toda a gente se riu.
E - Pouco a pouco, o cãozinho foi-se
sentindo dono do quintal e ladrava a
avisar sempre que alguma coisa nova
acontecia na rua, junto ao muro da casa.

A-______; B-______; C-______; D-______; E-______.


B. Escreve uma frase para cada uma das sensações acima apresentadas.

41. Lê atentamente o texto seguinte.

INSEPARÁVEIS. A AMIZADE DE UM LEÃO, UM TIGRE E UM URSO

Os três animais vivem juntos no Santuário Animal da Arca de Noé há quinze anos.

02.03.2016 — 01:20

Um leão-africano, um tigre-de-bengala e um urso-preto-americano vivem juntos no Santuário Animal da


Arca de Noé, em Locus Grove (Geórgia), nos EUA, desde 2001.

O caso é contado agora na página de Internet oficial do Santuário Animal, que sublinha o facto de estes
animais viverem em plena harmonia, contrariando a ideia de que espécies diferentes não podem conviver
pacificamente.

Leo, Shere Khan e Baloo foram resgatados durante uma apreensão de droga numa casa em Atlanta, onde
eram mantidos em cativeiro, na cave. Os animais, na altura, tinham menos de um ano de idade. Shere Khan
estava malnutrido e magro, mas, com o tratamento adequado, voltou a ter apetite e a ganhar peso,
tornando-se o mais brincalhão e afetuoso dos três irmãos. Leo apresentava uma ferida infetada no nariz,
pois vivia numa pequena caixa. Baloo era o que se encontrava em pior estado, mas agora é o mais confiante
e relaxado dos três, fazendo tudo para obter um delicioso snack.

Como os ferimentos eram demasiado graves para que os animais pudessem ser devolvidos à Natureza, estes
foram mantidos no Santuário, vivendo em espaços comuns. O trio continua unido e a conviver diariamente
para comer, brincar e até dormir. O amor entre eles é evidente.

http://www.dn.pt/sociedade/interior/amizade-de-um-leao-um-tigre-e-um-urso-que-nunca-se-separaram-
5055928.html (consultado em 28 de junho de 2016, com adaptações e supressões)
VOCABULÁRIO:
(1) resgatar — v. livrar do cativeiro

A. Refere o local onde vivem os três animais mencionados no texto.

B. Relaciona cada animal (coluna I) com as respetivas características (coluna II).

I II

A - Leo, o leão-africano 1 - Estava em pior estado; Agora é o mais


confiante e relaxado dos três; Faz tudo por
B - Shere Khan, o tigre-de-bengala
um delicioso snack
C - Baloo, o urso-preto-americano
2 - Estava malnutrido e magro; Voltou a ter
apetite e a ganhar peso
3 - Tinha uma ferida infetada no nariz; Vivia
numa caixa

A-______; B-______; C-______.


C. Assinala a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

1) Os três animais foram encontrados


(A) no Santuário Animal de Locus Grove.
(B) na cave do Santuário Animal de Locus Grove.
(C) na cave de uma casa onde fora apreendida droga.
(D) num jardim zoológico em Atlanta.

2) Quando os três animais foram encontrados,


(A) Leo e Baloo eram agressivos.
(B) revelavam muita agressividade.
(C) Leo ainda não tinha nascido.
(D) estes tinham menos de um ano de idade.

3) O texto pretende
(A) combater o tráfico de droga.
(B) denunciar os maus-tratos aos animais.
(C) mostrar a amizade existente entre três animais de diferentes espécies.
(D) incentivar a adoção de animais de diferentes espécies.

42. Lê atentamente o texto seguinte.

O QUE É REAL NO LIVRO UMA AVENTURA NA ILHA DE TIMOR

Para quem ainda não teve a oportunidade de localizar a ilha num mapa, deixamos uma recomendação que
permite encontrá-la mais depressa: procurem-na a oriente, a norte da Austrália.
A ilha está dividida em duas metades. A metade oeste pertence à Indonésia. A metade leste é um país
independente — Timor-Leste, que possui um enclave no território da Indonésia, o enclave de Oecussi. [...]
A ilha é montanhosa, mas a capital, Díli, estende-se por uma zona plana à beira-mar, rodeada de montanhas
e debruada de praias.
As casas são bonitas, muitas têm jardim, não há prédios muito altos, por toda a parte crescem árvores,
arbustos e flores, que a tornam acolhedora.
Em frente de Díli ergue-se a ilha de Ataúro, elegante e chamativa. Pode visitar-se nas embarcações que
asseguram a comunicação entre as duas ilhas, ou a bordo de canoas estreitas, compridas e manejadas com
extrema habilidade pelos donos, que usam apenas um remo.
Entre Timor e Ataúro há uma fossa marítima suficientemente profunda para permitir a passagem de baleias.
Na primeira lista que fizemos para esta aventura incluímos logo: Díli, as praias, Ataúro, baleias, canoas de um
só remo. Pouco depois acrescentámos o hotel Arbiru e o hotel Timor. Qual deles seria o cenário de maior
número de cenas ficou para resolver mais tarde. [...]
As pessoas que nos receberam em Díli tiveram o cuidado de nos informar que, embora não fosse habitual,
tinham aparecido recentemente crocodilos nas praias de Díli. Na verdade, não vimos nenhum, mas
aproveitámos o alerta para iniciar a aventura com um toque de perigo e emoção. [...]
Nos arredores das cidades e no campo ainda há muitas casas tradicionais que atraem pela originalidade.
Algumas assentam sobre estacas de madeira, outras numa plataforma de pedra. As paredes são feitas com
tiras de casca de palmeira palapeira e os telhados são de palha grossa.
Em geral, têm apenas uma grande divisão que serve de quarto, sala e cozinha. O lume acende-se sobre uma
pedra enorme, que não precisa de chaminé porque o fumo sai facilmente através do telhado. As famílias que
vivem em casas tradicionais cultivam legumes e árvores de fruto no terreno que envolve a habitação. Os
animais domésticos vivem em liberdade e são muito estimados pelos donos. [...]
O povo timorense venera os espíritos dos antepassados e presta-lhes homenagem junto de árvores
imponentes — as árvores sagradas. E também nas casas sagradas, as lulik, onde se guardam objetos antigos:
armas de outros tempos, máscaras usadas outrora pelos guerreiros, produtos a que atribuem poderes
mágicos, como o pó da invisibilidade que os homens utilizavam quando queriam fazer ataques surpresa aos
inimigos.

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Uma aventura na ilha de Timor, Alfragide, Caminho, 2011 (com
adaptações e supressões)

VOCABULÁRIO:
(1) enclave — n. m. território de um país encaixado no território de outro país

A. Classifica cada afirmação como verdadeira (V) ou falsa (F).

____ a) A ilha de Timor situa-se a norte da Austrália.

____ b) A ilha de Timor corresponde a Timor-Leste.

____ c) O território de Timor-Leste está separado da outra metade da ilha, que pertence à Indonésia,
com exceção do enclave de Oecussi.

____ d) A capital de Timor-Leste é Díli.

____ e) Em Díli, há poucas zonas verdes.

____ f) Não há praias em Timor.

B. Corrige as afirmações que consideraste falsas na questão anterior.


C. Assinala a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

1) Nas praias de Díli, os crocodilos são


(A) inexistentes.
(B) vistos raramente.
(C) vistos frequentemente.
(D) vistos diariamente.

2) As casas tradicionais timorenses


(A) são feitas de materiais importados.
(B) são constituídas por grandes divisões.
(C) têm uma única divisão.
(D) têm chaminés.

3) O nome «lulik» é dado a


(A) peças antigas.
(B) máscaras antigas.
(C) árvores sagradas.
(D) casas sagradas.

43. Lê atentamente o texto seguinte.

CIENTISTAS ENCONTRAM PARTE DO CÉREBRO QUE EXPLICA PORQUE «FALAM» OS PAPAGAIOS

25.06.2015 — 13:36

Ouvir um papagaio repetir nossas palavras é sempre divertido. Mas quem nunca se perguntou como essas
aves conseguem tal feito? Neurologistas da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA), localizaram os
neurónios que explicam como essas aves se tornaram ótimos cantores e imitadores. O estudo foi divulgado
na revista Science.

Um grupo de neurónios ligados entre si no cérebro dos pássaros permite que estes, quando piam, emitam
sons semelhantes a músicas. Este grupo de neurónios encontra-se num núcleo cerebral cujos limites ainda
não são totalmente conhecidos. Possíveis diferenças neste núcleo cerebral poderão levar algumas espécies a
serem capazes de emitir sons mais complexos, como os que constituem palavras.

Segundo o neurobiólogo Erich Jarvis, da Universidade Duke, as diferenças podem ser fruto da evolução das
funções cerebrais dos papagaios. Se esta hipótese for verdadeira, estudos futuros explicarão áreas
complexas do cérebro noutros animais e até em seres humanos relacionadas com a emissão de sons.

Jarvis e os seus colegas pretendem fazer mais estudos para testar se essa região do cérebro é, de facto, o
que permite que os papagaios consigam imitar tão bem vários sons. «Acho que encontrámos o que explica
que os papagaios tenham uma melhor capacidade de imitação do que outras espécies de expressão vocal,
mas precisaremos de mais estudos para o validar», conclui.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/06/25/cientistas-encontram-parte-do-
cerebro-que-explica-por-que-papagaios-falam.htm (consultado a 29 de junho de 2016, com adaptações e
supressões)

A. Assinala a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

1) O objetivo deste texto é


(A) incentivar as pessoas a ensinarem os papagaios a imitar palavras.
(B) criticar as pessoas que procuram papagaios que são capazes de repetir palavras.
(C) mostrar o interesse dos cientistas pelo cérebro dos papagaios e pelas suas capacidades vocálicas.
(D) informar sobre uma descoberta que pode explicar a capacidade dos papagaios de repetir palavras.

2) Os estudos anunciados no texto foram feitos


(A) em Inglaterra.
(B) nos EUA.
(C) no Japão.
(D) na Alemanha.

3) As descobertas foram divulgadas


(A) na Internet.
(B) na revista Science.
(C) na revista Visão.
(D) na revista National Geographic.

B. Transcreve uma frase que explique por que razão há pássaros, como os papagaios, que conseguem repetir
palavras e outros não conseguem.

44. Lê atentamente o texto seguinte.

JOVENS LANÇAM PROJETO QUE CRIA PLANTAS EM FRASCOS E QUE SÓ PRECISAM DE LUZ

01.02.2016 — 11:54

Dois jovens empreendedores lançaram a ArtinVitro, um projeto instalado na incubadora da Universidade de


Vila Real que cria plantas em frascos, onde só necessitam de luz para sobreviver, e une a biotecnologia à
componente artística e didática.

Bruno Loureiro, ex-aluno do curso de Genética e Biotecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto


Douro (UTAD), de 29 anos, uniu-se a Miguel Águas, aluno do mestrado em Ciências da Comunicação na área
das Relações Públicas e Publicidade, de 26 anos. «A nossa ideia-base é a criação de plantas ornamentais que
não necessitem de cuidados por parte dos utilizadores e que possam ser agradáveis à vista», afirmou à
agência Lusa Bruno Loureiro.

Para já, está a ser usada apenas a calandiva, ou flor-da-fortuna, que é colocada em frascos, com a raiz
enterrada num gel que possui todos os nutrientes de que a planta necessita para sobreviver um
determinado número de meses. «Durante esse período, as pessoas só têm de pôr a planta num espaço
luminoso e evitar grandes choques térmicos, temperaturas inferiores a 10 ºC e superiores a 30 ºC, e ela vai
crescendo e vai-se desenvolvendo um pouco à imagem do proprietário», explicou Bruno Loureiro. E,
continuou, «pode observar-se o crescimento do todo da planta, não só na parte aérea como também na raiz,
e ver como a planta se comporta em cada espaço». Dentro dos frascos, as plantas possuem nutrientes para
sobreviverem durante três, seis ou doze meses, período após o qual se deve juntar água para descolar o gel
e depois transplantar a planta para um vaso comum.

O projeto junta dois campos diferentes: a biotecnologia e a componente artística e didática. Com esta ideia,
que surgiu no final de um estágio no laboratório de cultura in vitro da UTAD, em Vila Real, Bruno quer criar o
seu próprio emprego. Para o projeto crescer, os jovens estão a promover uma campanha de angariação de
fundos na Internet que pretende chegar aos 2500 euros.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-02-01-Jovens-lancam-projeto-que-cria-plantas-em-frascos-e-que-so-
precisam-de-luz (consultado a 18 de julho de 2016, com adaptações e supressões)
A. Assinala a opção correta, de acordo com o sentido do texto.

1) O projeto ArtinVitro foi concebido por dois


(A) alunos da Universidade do Porto.
(B) professores da Universidade do Porto.
(C) alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
(D) professores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

2) O projeto de Bruno Loureiro e Miguel Águas alia


(A) a agricultura à decoração.
(B) a biotecnologia à arte.
(C) a biotecnologia à arte e à didática.
(D) a biotecnologia à preservação ambiental.

3) Este projeto é útil para quem


(A) gosta de investigar o desenvolvimento das plantas.
(B) se interessa por plantas e decoração.
(C) tem tempo e conhecimentos necessários para cuidar de plantas.
(D) não tempo para cuidar de plantas, mas gosta de as ter em casa.

4) Neste momento, os dois empreendedores estão a usar


(A) um tipo de planta.
(B) dois tipos de planta.
(C) três tipos de planta.
(D) quatro tipos de planta.

B. Relaciona os elementos da coluna I com os da coluna II, de acordo com a informação do texto.

I II

A - Espaço luminoso 1 - Objetivos do desenvolvimento da planta


B - Raiz enterradas num gel 2 - Condições para o desenvolvimento da
planta num frasco
C - Inexistência de choques térmicos
D - Ornamentação
E - Facilidade de manutenção

A-______; B-______; C-______; D-______; E-______.


C. Transcreve do texto uma frase que comprove que, para Bruno Loureiro, o interesse do projeto ultrapassa
o âmbito da investigação.

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