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ACOLHIMENTO/

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Profa Ms. Samira Candalaft Deguirmendjian


HUMANIZAÇÃO

ACOLHIMENTO
 “Dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos,

dar crédito a, agasalhar, receber, atender,

admitir” (FERREIRA, 2010).

ACOLHIMENTO: expressa uma ação de aproximação,

um “estar com” e “perto de”, uma atitude de inclusão.


FRASES DOS PROFISSIONAIS:
 “É dizer mais SIM do que não”

 “É dar RESPOSTAS”

 “É RECEBER bem”

 Às vezes a pessoa nem está doente, mas

“PRECISA DE AJUDA”.
ACOLHIMENTO
 Não é um espaço ou um local;
 Postura ética;
 Não pressupõe hora ou profissional específico
para fazê-lo;
 Compartilhamento de saberes, angústias e
invenções;
 Indissociabilidade entre atenção e gestão;
 Descentralização do trabalho;
ACOLHIMENTO
 Postura e prática humanizada e emancipadora;
 Possibilidade de criação, invenção, improviso;
 Criação de vínculo;
 Coordenação do cuidado;
 Reconhecimento das potencialidades individuais;
 Potencialidade do trabalho em equipe.
Usuário procura a unidade de saúde. Vai
ao balcão e diz que precisa ver um médico.
Orientado a aguardar conforme senha de
chegada na frente de um dos consultórios.
Com a senha de número 10 na mão ele
aguarda. Após dez minutos, fala com a
técnica de enfermagem: “Estou com muita
dor, preciso ver o médico”.
Vamos considerar a cena a partir do olhar:
Técnico de
Recepcionista Médico
Enfermagem

Gestor da
Usuário Enfermeiro
unidade

“A vida é a arte do encontro, embora haja


tanto desencontro pela vida”. (Vinicius de Moraes e Baden Powell)
“Quem acolhe toma para si a
responsabilidade de “abrigar e agasalhar”
um outro em suas demandas, com a
resolutividade necessária para o caso em
questão”.
Usuário aguarda sentado para ser chamado.
Diferentemente dos demais, não pegou senha.
Entrou e sentou e não sabia do fluxo para
atendimento. Uma estudante de medicina, trajando
jaleco branco e estetoscópio no pescoço passa na
sua frente e ele resolve abordá-la: “Moça, a senhora
é doutora?” Ela responde: “Não sou não, mas
aguarde que logo vão lhe chamar”. Trinta minutos
se passam, ele a vê novamente: “Moça, ninguém me
chamou”. Ela pergunta: “Você não pegou senha?”
Ele confuso responde: “Senha? Não, só preciso de
um médico!”
TRIAGEM:
separação,
escolha, seleção.
ACOLHIMENTO:
humanização dos
serviços de saúde,
atitude de inclusão.
Fluxos e critérios adotados para a
organização da atenção ao usuário.

 Ao chegar à unidade a quem/para onde o usuário se


 dirige? Quem o recebe? De que modo?
 Qual o caminho que o usuário faz até ser atendido?
 Como se dá o acolhimento no serviço?
 O processo de trabalho possibilita o acolhimento?
Por quê?
 Quem define quem será atendido? Quem não é
atendido? Por quê?
 Que tipos de agravo à saúde são imediatamente
atendidos?
 Em quanto tempo?
 O que os define como prioritários?
 Classificação de risco: com base em protocolo
adotado pela instituição de Saúde;
 Cores: prioridade clínica de cada paciente;
 Modelos: se baseiam entre 2 a 5 níveis de
gravidade, sendo o último mais utilizado na
atualidade;
 Objetivo: não é fazer diagnóstico! Definir a
prioridade clínica para o primeiro atendimento
médico.
2009
VERMELHO
 Politraumatizado grave;
 Queimaduras (mais de 25%) ou problemas respiratórios;
 Trauma Cranioencefálico grave;
 Estado mental alterado/ coma, com histórico de uso de drogas;
 Desconforto respiratório grave;
 Crises convulsivas (inclusive pós-crise);
 Intoxicações exógenas ou tentativas de suicídio;
 Reações alérgicas associadas à insuficiência respiratória;
 Complicações graves de diabetes (hipo ou hiperglicemia);
 Parada cardiorrespiratória.
LARANJA
 Cefaléia intensa de início súbito/ rapidamente
progressiva, com sinais ou sintomas neurológicos e
alterações do campo visual;
 Alteração aguda de comportamento – agitação, letargia ou
confusão mental;
 Dor severa;
 Hemorragia moderada com sinais de choque;
 Arritmia (estável).
AMARELO
 Politraumatizado sem alterações de sinais vitais;
 Trauma cranioencefálico leve;
 Convulsão nas últimas 24 horas;
 Desmaios;
 Alterações de sinais vitais em paciente sintomático;
 Hemorragia moderada (controlada) sem sinais de choque;
 Vômito intenso;
 Crise de pânico;
 Dor moderada;
 Pico hipertensivo.
VERDE
 Asma fora de crise;
 Enxaqueca – com diagnóstico anterior de enxaqueca;
 Estado febril sem alteração nos sinais vitais;
 Resfriados e viroses sem alteração nos sinais vitais;
 Dor leve;
 Náusea e tontura;
 Torcicolo;
 Hemorragia em pequena quantidade controlada (sem sinais de
instabilidade hemodinâmica);
• Drenagem de abscesso.
AZUL
 Queixas crônicas sem alterações agudas;
 Unha encravada;
 Troca de sondas;
 Aplicação de medicação externa com receita.
A realização da classificação de risco
isoladamente não garante uma melhoria na
qualidade da assistência. É necessário construir
pactuações internas e externas para a
viabilização do processo, com a construção de
fluxos claros por grau de risco, e a tradução
destes na rede de atenção.
BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciência &
Saúde Coletiva, [S.l.], v. 10, n. 3, p. 561-571, 2005.

BENEVIDES, R.; PASSOS, E. Humanização na saúde: um novo modismo? Interface: Comunicação, Saúde e
Educação, São Paulo, v. 9, n. 17, p. 389-394, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Ambiência: Humanização dos “Territórios” de encontros do SUS:


Formação de apoiadores para a Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde.
Brasília: Fiocruz: Ministério da Saúde, 2006. p. 36-45.

______. Ministério da Saúde. Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. Brasília, 2006.

______. Ministério da Saúde. O processo de trabalho em saúde: curso de Formação de Facilitadores de


Educação Permanente em Saúde. [S.l.]: Fiocruz, 2005. p. 67-80.

______. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Acolhimento com classificação de risco.
Brasília, 2004. (Série Cartilhas da PNH).

______. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Documento base para gestores e
trabalhadores do SUS. Brasília, 2006.

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