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Português para TCM RJ

Teoria e exercícios comentados


Prof. Décio Terror Aula 8

Aula 8: Conotação e denotação - figuras de linguagem.


Coerência e coesão textual - valor semântico e emprego
de conectivos.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Conotação e denotação 1
2. As figuras de linguagem 4
3. A coesão e a coerência 31
4. A progressão textual 50
5. Valor semântico 51
6. Lista das questões apresentadas 61
7. Gabarito 90

Olá, pessoal!

Como já comentado em outras aulas, quando o tema apresenta pouca


questão numa determinada banca, é importante que variemos para que
possamos praticar bastante o conteúdo, independente da banca.

Vamos lá?

Conotação e denotação
As palavras podem ser empregadas em sentido literal ou figurativo. Por
esse motivo, elas são divididas em dois grupos: denotativo e conotativo.
Denotação é o sentido literal da palavra. Por exemplo, podemos dizer:
A onça é uma fera.
O vocábulo “fera” significa “animal bravio e carnívoro”. Esse é o seu
sentido literal. Mas, por associação, visto que as feras têm muita astúcia,
agilidade, agressividade, esse vocábulo ganha uma dimensão além do literal. É
o que chamamos de conotação. Este sentido normalmente aparece nos
dicionários com a abreviatura “fig.”.
Por associação à ideia de agilidade, podemos dizer:
Ele é uma fera no computador.
Podemos, também, associá-lo à braveza:
O meu chefe está uma fera comigo.

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Vamos a mais alguns exemplos de denotação, agora com a palavra


“joia”:
Essa joia em seu pescoço está há várias gerações em nossa família.
O rubi é uma joia que encanta meus olhos.
Aquele vaso, provavelmente chinês, é uma joia de raro acabamento.

Vamos comparar com o sentido conotativo:


Ela é uma joia de menina.
Que joia esse cachorrinho!
Minha irmã se tornou uma joia muito especial.
Assim, podemos perceber que algumas vezes o sentido denotativo de
uma palavra é estendido a um sentido conotativo.
Questão 1: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)
“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida
pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção,
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população
jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Nesse segmento do texto, o termo empregado em sentido conotativo (ou
figurado) é:
(A) punição;
(B) remédio;
(C) violência;
(D) população;
(E) Estatuto.
Comentário: A alternativa (B) é a correta, porque “remédio” é o recurso que
serve para combater uma dor, uma doença, um mal-estar! Tal sentido foi
estendido conotativamente para aquilo que ajuda a resolver ou diminuir as
consequências de uma falta ou erro. Assim, a punição não seria o único
remédio para a violência, isto é, não resolveria sozinho o problema da
violência.
As demais palavras estão em seu sentido pleno, real, denotativo.
Gabarito: B

Questão 2: CTI 2012 Tecnologista Pleno (banca Funrio)


Fragmento do texto: “Depois de liderar uma tocaia contra o inimigo de seu
patrão, o jagunço Natário da Fonseca recebe alguns alqueires próximos ao
palco da matança, onde passa a cultivar cacau. A chegada de comerciantes,
prostitutas e ex-escravos dá vida e contorno ao comércio do arraial.”
(Revista Literatura, nº 43. Junho/2012, p.64)
Listam-se abaixo alternativas que contêm vocábulos retirados do texto.
Assinale aquela em que se indica um termo cujo sentido não está em
consonância com o que foi assumido no texto.

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A) alqueire: medida agrária, ainda usada no Brasil.


B) ex-escravos: pessoas que deixaram de ser escravizadas.
C) jagunço: capanga, valentão a serviço de alguém, para defendê-lo ou
vingá-lo.
D) palco: parte do teatro onde os atores representam.
E) tocaia: emboscada; cilada; armadilha.
Comentário: Ao lermos o texto, percebemos que a palavra “palco” está
sendo usada em sentido conotativo, expressando, neste contexto, o lugar
onde a matança ocorreu. Logicamente, tal palavra não se encontra no sentido
denotativo de parte do teatro, onde os atores representam.
Gabarito: D

Questão 3: Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012 (banca ESAF)


1 Há evidências de um processo de fragilização da indústria nacional que, se
não for detido, poderá em prazos mais longos prejudicar o desenvolvimento
do país.
A preocupação com o setor não é um fetiche antiquado. Apesar de a
5 economia contemporânea propiciar outras fontes de criação de valor —
como é o caso dos serviços, cada vez mais globalizados —, a indústria
permanece como foco da incorporação de tecnologia e do aumento da
produtividade. Ela exerce, além disso, efeito multiplicador sobre outras
áreas.
(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 9/9/2012)
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A palavra “fetiche”( .4) está sendo empregada com o sentido figurado de
objeto de obsessão, de aspiração.
Comentário: A afirmativa está correta. Segundo o dicionário Aurélio, “fetiche”
tem o sentido denotativo de: “objeto animado ou inanimado, feito pelo homem
ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta
culto”. Esse sentido foi ampliado no texto com valor conotativo, figurado, de
objeto de obsessão, de aspiração. Veja:
“A preocupação com o setor não é uma aspiração antiquada.”
“A preocupação com o setor não é uma obsessão antiquada.”
Gabarito: C

Questão 4: Analista de Finanças e Controle - CGU 2008 (banca ESAF)


Fragmento do texto: É preciso que sejam adotadas medidas indispensáveis
para dar continuidade ao crescimento, entre elas os investimentos necessários
à nossa infra-estrutura (energia elétrica, portos, rodovias e ferrovias), a
melhoria no nível da educação, aprovação das reformas tributária, sindical,
previdenciária e trabalhista e a desburocratização dos serviços públicos. Sem
isso, estaremos condenados à costumeira gangorra de sempre, com números
bons num ano e ruins no outro, eternos dependentes dos humores da
economia mundial.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

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A expressão “costumeira gangorra” ( . 6) está sendo empregada em sentido


denotativo.
Comentário: A palavra “gangorra” literalmente (denotativamente) significa
um engenho manual, que permite a movimentação alternada de esteios. Por
isso, é utilizado como diversão infantil (“balanço”), por pequenos produtores
agrícolas etc.
Esse movimento alternado pode ser estendido figurativamente
(conotativamente) como instabilidade, segundo o emprego no texto. Assim, a
expressão “costumeira gangorra” está sendo empregada com valor conotativo,
e não denotativo.
Gabarito: E

Questão 5: MPOG 2009 – EPPGG (banca ESAF)


Fragmento do texto: A pior fase da crise foi superada, a reação começou e a
produção brasileira deve crescer neste ano 0,8%, segundo a nova projeção do
Banco Central (BC), contida no Relatório de Inflação, uma ampla análise
trimestral da economia nacional e do cenário externo. A estimativa é mais
animadora que a dos especialistas do setor privado. A Confederação Nacional
da Indústria (CNI) prevê uma contração de 0,4%. No setor financeiro, a bola
de cristal dos economistas indicava, no começo da semana, um PIB 0,57%
menor que o de 2008.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A expressão “bola de cristal” ( .6,7) está sendo empregada no sentido
denotativo de transparência.
Comentário: O uso da expressão “bola de cristal” não é de sentido literal,
denotativo; mas de sentido figurativo (conotativo). Não há literalmente uma
bola de cristal, esta expressão foi utilizada remetendo à ideia de previsão, e
não de “transparência”.
Gabarito: E
As figuras de linguagem
A linguagem figurada é expressa nas chamadas figuras de linguagem, as
quais são definidas abaixo:
1) Comparação ou símile: Consiste, como o próprio nome indica, em
comparar dois seres, fazendo uso de conectivos comparativos¹ ligando o
elemento comum² aos dois.
Esse líquido é azedo² como¹ limão.
A jovem estava branca² qual¹ uma vela.

2) Metáfora: Tipo de comparação em que não aparece o conectivo¹ nem o


elemento comum² aos seres comparados. Acompanhe a numeração na
explicação de cada exemplo, pois é justamente a omissão dos termos
numerados que diferencia metáfora de comparação:
“Minha vida era um palco iluminado...”
(Minha vida era alegre, bonita² como¹ um palco iluminado.)

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Tuas mãos são de veludo.


(Entenda-se: mãos macias² como¹ o veludo)
“A vida, manso lago azul...”
(Neste exemplo, nem o verbo aparece, mas é clara a ideia da comparação: a
vida é suave, calma² como¹ um manso lago azul.)

3) Metonímia: Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma
relação real, concreta, objetiva. Há vários tipos de metonímia.
Sempre li Érico Veríssimo. (o autor pela obra)
A pessoa não leu literalmente o Érico Veríssimo, leu as obras deste escritor.
Ele nunca teve o seu próprio teto. (a parte pelo todo)
Teto representa a moradia, o lar, a casa.
Cuidemos da infância. (o abstrato pelo concreto: infância / crianças)
A palavra “infância” representa “crianças”.
Comerei mais um prato. (o continente pelo conteúdo)
A pessoa não comeu literalmente o prato, mas a comida que ali estava.
Ganho a vida com meu suor. (o efeito pela causa)
O “suor” (consequência) é o resultado do “trabalho” (causa). Assim, “suor”
está no lugar de “trabalho”.

4) Perífrase: O prefixo “peri-” significa “em torno de”. Por isso, perímetro é a
medida em torno da área. Dessa forma, fica mais fácil perceber que a perífrase
não usa a objetividade, nem a concisão; ela “dá voltas” até chegar ao ponto. É
o emprego de várias palavras no lugar de poucas ou de uma só:
Se lá no assento etéreo onde subiste... (assento etéreo = céu)
Morei na Veneza brasileira. (Veneza brasileira = Recife)
Não provoque o rei dos animais. (rei dos animais = leão)

5) Sinestesia: Consiste numa fusão de sentidos. Para ficar mais fácil guardar
e não ter que decorar, veja a estrutura desta palavra: o prefixo “sin-” significa
reunião, mistura e “estes(ia)” significa sensibilidade, sensação. Assim,
sinestesia é a mistura de sensações, de sentidos. Para você nunca se
esquecer, basta associar à estrutura da palavra “anestesia” (an=sem;
estesia=sentido). Se anestesia significa sem sentido, sem dor; sinestesia é a
mistura de sentidos...
Despertou-me um som colorido. (audição e visão)
Era uma beleza fria. (visão e tato)
6) Catacrese: É um tipo especial de metáfora. É a extensão de sentido que
sofrem determinadas palavras na falta ou desconhecimento do termo
apropriado. Essa extensão ocorre com base na analogia. Por isso, ela é uma
variação da metáfora. Veja um exemplo:
Leito do rio: essa expressão possui como núcleo o substantivo “leito”.
Originariamente ele remete a uma armação em que as pessoas se deitam,

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como uma cama. Por extensão, usamos esta palavra para significar o lugar em
que se deita (a criança se deita no leito materno, viajamos em ônibus “leito”, o
fulano está no leito de morte). Assim, também entendemos que o rio está
deitado sobre o leito por onde escoa suas águas. Não há expressão tão
exemplificativa quanto “leito do rio” para imaginarmos o rio deitar-se sobre o
terreno, concorda? Por essa facilidade no entendimento, a catacrese tem um
largo uso na linguagem coloquial e naturalmente passa a ser tão usada pelos
falantes e pelos escritores, que passa a ser admitida na norma culta.
Por processos semelhantes, temos outros exemplos. Para facilitar a
observação da catacrese nesses exemplos, inseri algumas perguntas:
“dente de alho” (alho tem dente?), “barriga da perna” (perna tem barriga?),
“céu da boca” (o céu cabe na boca?), “folhas de livro” (livro é uma árvore?),
“pele de tomate” (tomate é uma pessoa ou animal?), “cabeça de prego” (prego
é uma pessoa ou animal?), “mão de direção” (direção tem braço?), “braço da
poltrona” (poltrona é uma pessoa?), “pé da cama” (cama é uma pessoa?), “asa
da xícara” (xícara é uma ave?), “sacar dinheiro no banco” (dinheiro é uma
arma?), “embarcar num trem” (trem é barco?), “enterrar uma agulha no dedo”
(dedo é terra?) etc.

7) Antonomásia: Quando designamos uma pessoa por uma qualidade,


característica ou fato que a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o
mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto
(descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples, que a igualdade prega” (rabi simples = Cristo)
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)

8) elipse (também conhecida como zeugma): Omissão de um termo,


geralmente verbo, empregado anteriormente.
“A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
“São estas as tradições das nossas linhagens; estes os exemplos de nossos
avós.”
Na primeira frase, está subentendida a forma verbal “legisla”; na segunda está
subentendido o verbo “são”.

9) Pleonasmo: Repetição enfática de um termo ou de uma ideia.


O pátio, ninguém pensou em lavá-lo. (lo = O pátio)
Vi o acidente com olhos bem atentos. (Ver só pode ser com os olhos.)
O pleonasmo também pode ocorrer com a repetição de mesma base de
palavra:

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Sonhei um sonho lindo.


Ri com meu lindo sorriso.

10) Polissíndeto: Repetições da conjunção, geralmente “e”.


“Trejeita, e canta, e ri nervosamente.” (Padre Antônio Tomás)
“E treme, e cresce, e brilha, e afia o ouvido, e escuta.” (Olavo Bilac)

11) Hipérbato (inversão, quiasmo): É a inversão da ordem dos termos na


oração ou das orações no período.
“Aberta em par estava a porta.” (Almeida Garrett)
“Essas que ao vento vêm

12) Hipálage: quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que


pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase. Veja um exemplo:
“O nado branco dos cisnes o fascinou.” (na realidade, os cisnes é que são brancos)
“Acompanhava o voo negro dos urubus.” (na realidade, os urubus é que são negros)

13) Anacoluto: É a quebra da estruturação sintática, de que resulta ficar um


termo sem função sintática no período. É parecido com um dos tipos de
pleonasmo.
Ex.: O jovem, alguém precisa falar com ele.

Observe que o termo O jovem pode ser retirado do texto. Ele não se
encaixa sintaticamente no período. Caso disséssemos Com o jovem, teríamos
um pleonasmo: com o jovem = com ele.

14) Silepse: Concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e
não com o próprio termo. Pode ser:
a) de gênero
Ex.: Vossa Senhoria é bondoso.
A concordância normal seria bondosa, já que Vossa Senhoria é do
gênero feminino. Fez-se a concordância com a ideia que se possui, ou seja,
trata-se de um homem.
b) de número
Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta.
O segundo verbo do período deveria concordar com grupo.
Mas a ideia de plural contida no coletivo leva o falante a flexionar o verbo
no plural: conversavam. Tal concordância anormal não deve ser feita com o
primeiro verbo.
c) de pessoa.
Ex.: Os brasileiros somos otimistas.
Em princípio, deveríamos dizer são, pois o sujeito é de terceira pessoa
do plural. Mas, por estar incluído entre os brasileiros, é possível colocar o
verbo na primeira pessoa: somos.

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15) Onomatopeia: Palavra que imita sons da natureza.


Ex.: O ribombar dos canhões nos assustava.
Não aguentava mais aquele tique-taque insistente.
“Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado
de Assis)

16) Antítese: Emprego de palavras ou expressões de sentido oposto.


Ex.: Era cedo para alguns e tarde para outros.
“Não és bom, nem és mau: és triste e humano.” (Olavo Bilac)
Observação: a antítese tem um aprofundamento chamado de paradoxo ou
oxímoro. Enquanto a antítese ocorre por haver a aproximação de opostos,
como nos dois exemplos anteriores, o paradoxo é um mesmo elemento com
características opostas, contraditórias.
Um exemplo emblemático é o seguinte poema de Luiz Vaz de Camões, o
qual caracteriza o “amor” como um sentimento contraditório:
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

17) Apóstrofe: Chamamento, invocação de alguém ou algo, presente ou


ausente. Corresponde ao vocativo da análise sintática.
“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?!” (Castro Alves)
“Erguei-vos, menestréis, das púrpuras do leito!” (Guerra Junqueiro)

18) Eufemismo: É a suavização de uma ideia desagradável. Chamado de


linguagem diplomática.
Minha avozinha descansou. (morreu)
Ele tem aquela doença. (câncer)
Você não foi feliz com suas palavras. (foi estúpido, grosseiro)

19) Hipérbole: Consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade.


Tenho milhares de coisas para fazer.
Estava quase estourando de tanto rir.
Vive inundado de lágrimas.

20) Ironia: Consiste em dizer-se o contrário do que se quer. É figura muito


importante para a interpretação de textos.
“Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta,
um amor.” (Mário de Andrade)

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Observe que, após chamar a moça de burra, o poeta encerra a estrofe


com um aparente elogio: um amor.

21) Prosopopeia ou personificação: Consiste em se atribuir a um ser


inanimado ou a um animal ações próprias dos seres humanos.
A areia chorava por causa do calor.
As flores sorriam para ela.

22) homeoteleuto: consiste na correspondência fonética das terminações da


última sílaba de uma oração ou verso: Estudando e trabalhando. Cantar e
amar.
Veja a aplicação disso!!!
Questão 6: CEP 2015 Técnico de Enfermagem (banca IBFC)
Também tem de ser verde
(Jennifer ann Thomas)
A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou
considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da
eficiência passou a rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais
verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia,
a exemplo do petróleo, pelas renováveis. A energia solar, em especial, foi
alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas
que rondam as baterias: a eficiência e a sustentabilidade. Se toda a radiação
que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível
sustentara humanidade por 27 anos. Na prática, o que falta hoje para a
adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de
consumidores, para implantá-la. A startup alemã Changers achou uma boa
forma de incentivo.
A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus
carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados
dentro de uma bolsa. Após quatro horas carregando no sol, uma dessas
baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente
para recarregara bateria de um smartphone duas vezes no dia.
Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da
Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as
vantagens de adotar essa postura (mesmo que para isso seja preciso pagar
um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as
baterias carregadas com fontes sujas). [...] A fundadora da Changers, Daniela
Schiefer, afirma: “Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas
poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos
começar de algum lugar’ e mostrar quanto é fácil adotar posturas mais
conscientes”.
(Revista Veja, de 15/04/15 - adaptado)
Embora seja um texto informativo, é possível perceber a presença da
linguagem figurada em algumas passagens da notícia acima. Assinale a única
opção em que NÃO se perceba um exemplo de figura de linguagem.

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a) “A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas ” (1°§)


b) “a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes” (1°§)
c) “Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas”
(2°§)
d) “Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos começar de algum lugar ” (3°§)
Comentário: Na alternativa (A), a palavra “onda” não está em sentido literal.
Veja que o sentido literal de palavra é o seguinte: espécie de alteração que se
expande em qualquer meio, como o ar ou a água, e transfere energia de um
determinado ponto a outro diferente. Assim, na Física, entendemos que o
ponto mais alto da onda é a crista, inclusive esta é a utilizada pelos surfistas,
não é mesmo?!
Exatamente pelo entendimento de que a onda pode estar na crista, no
plano mais evidente, mais alto, estendemos este sentido, numa linguagem
figurada, para aquilo que está em voga, algo muito discutido na atualidade,
por exemplo.
Assim, a palavra “onda”, no texto, é uma metáfora.
Na alternativa (B), é fácil perceber que a palavra “batalha” não está em
sentido literal, pois não se refere a uma guerra. Além disso, tais dispositivos
não estão na coloração verde.
Assim, figurativamente, entendemos que há uma movimentação voltada
à sustentabilidade, ao chamado dispositivo verde.
A alternativa (C) é a correta, pois realmente o segmento “Seus
carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas” apresenta
somente palavras de sentido literal. Não há sentido estendido.
Na alternativa (D), em sentido literal, a palavra “empurrão” se refere a
impulsionar alguma coisa ou pessoa à frente. Porém, notamos no texto que há
uma linguagem figurada, pois se quis dar motivação para alguma ação ser
realizada.
Gabarito: C

Questão 7: PC RJ 2014 Papiloscopista (banca IBFC)


Fragmento do texto: Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de
fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido,
morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo
deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem)
afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de
Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem
morreu de fome. O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao
Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que
morreu de fome.
(...)
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma
ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas
regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido.
Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que
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jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As


autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem.
Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada
mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
Em “Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens.”,
pode-se reconhecer a seguinte figura de linguagem:
a) Metonímia
b) Paradoxo
c) Antítese
d) Ironia
e) Eufemismo
Comentário: Note que o autor a todo momento nos fala que o homem
morreu de fome e nada foi feito por ele. Assim, o texto se apresenta como
uma crítica social.
Naturalmente, você percebeu que o autor não pactua da ideia de o
corpo ser deixado na rua até apodrecer apenas para escarmento, isto é,
apenas para punição.
O autor faz essa afirmação para chocar, para criticar. Como ele afirmou
algo, em contraste com a sua intenção verdadeira, notamos a ironia.
Gabarito: D

Questão 8: SEDS-MG 2014 Agente de Segurança (banca IBFC)


No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a presença de uma
figura de linguagem denominada:
a) ironia
b) pleonasmo
c) comparação
d) metonímia
Comentário: A repetição de uma mesma base de palavra pode ser entendida
como uma linguagem figurada chamada pleonasmo. Assim, em “Essa dor
doeu”, há repetição da mesma base de palavra “dor/doeu” e a alternativa (B)
é a correta.
Gabarito: B

Questão 9: TRE AM 2014 Técnico-Judiciário (banca IBFC)


Gente-casa
Existe gente-casa e gente-apartamento. Não tem nada a ver com
tamanho: há pessoas pequenas que você sabe, só de olhar, que dentro têm
dois pisos e escadaria, e pessoas grandes com um interior apertado, sala e
quitinete. Também não tem nada a ver com caráter. Gente-casa não é
necessariamente melhor do que gente-apartamento. A casa que alguns têm
por dentro pode estar abandonada, a pessoa pode ser apenas uma fachada
para uma armadilha ou um bordel. Já uma pessoa-apartamento pode ter um
interior simples mas bem ajeitado e agradável. É muito melhor conviver com
um dois quartos, sala, cozinha e dependências do que com um labirinto.
Algumas pessoas não são apenas casas. São mansões. Com sótão e
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porão e tudo que eles, comportam, inclusive baús antigos, fantasmas e alguns
ratos. É fascinante quando alguém que você não imaginava ser mais do que
um apartamento com, vá lá, uma suíte, de repente se revela um sobrado com
pátio interno, adega e solário. É sempre arriscado prejulgar: você pode
começar um relacionamento com alguém pensando que é um quarto-e-sala
conjugado e se descobrir perdido em corredores escuros, e quando abre a
porta, dá no quarto de uma tia louca. Pensando bem, todo mundo tem uma
casa por dentro, ou no mínimo, bem lá no fundo, um porão. Ninguém é
simples. Tudo, afinal, é só a ponta de um iceberg (salvo ponta de iceberg, que
pode ser outra coisa) e muitas vezes quem aparenta ser apenas uma
cobertura funcional com qrt. sal. avab. e coz. só está escondendo suas
masmorras.
(VERlSSIMO, Luís Fernando.O Melhor das Comédias da Vida Privada. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2004)
Para construir seu texto, o autor fez uso recorrente de uma importante figura
de linguagem. Trata-se da:
a) metáfora.
b) comparação.
c) personificação.
d) metonímia.
Comentário: Com as expressões “gente-casa” e “gente-apartamento”,
entendemos que o texto faz uma comparação sobre os tipos de pessoas.
Porém, não houve elemento linguístico comparativo, por isso entendemos que
há uma comparação ideológica, isto é, metáfora.
Dessa forma, a alternativa correta é a (A).
Você poderia ter ficado na dúvida quanto à personificação, mas veja que
não houve uma humanização da casa, isto é, uma comparação da casa em
relação ao homem. O ponto de partida foi a comparação dos vários tipos de
pessoas de acordo com as características de casas ou apartamentos.
Isso nega a personificação, deixando explícito que a metáfora é a
resposta correta.
Gabarito: A

Questão 10: PC RJ 2014 Oficial de Cartório (banca IBFC)


Fé - Esperança - Caridade
(Sérgio Milliet)
É preciso ter fé nesse Brasil
nesse pau-brasil
nessas matas despovoadas
nessas praias sem pescadores
É preciso ter fé
Nesse norte de secas
e de literatura
A esperança vem do sul
Vem de mansinho
contagiosa e sutil

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vem no café que produzimos


vem nas indústrias que criamos
A esperança vem do sul
do coração calmo de São Paulo
É preciso ter caridade
e ter carinho
perdoar o ódio que nos cerca
que nos veste
e trabalhar para os irmãos pobres...
(Poetas do Modernismo. INL-MEC, Rio de Janeiro, 1972)
A linguagem figurada é uma importante ferramenta na construção de sentidos
nos textos. Considerando o contexto em que estão inseridos, nos versos “Vem
de mansinho” e “do coração calmo de São Paulo”, temos, respectivamente, as
seguintes figuras de linguagem:
a) metonímia e eufemismo b) comparação e ironia
c) hipérbole e metonímia d) prosopopeia e metáfora
e) metonímia e ironia
Comentário: Certamente, você notou que a “esperança” literalmente não
vem de mansinho. Uma pessoa (ou até mesmo um animal) pode vir de
mansinho. Assim, entendemos do primeiro trecho a personificação ou
prosopopeia.
Também observamos que uma cidade não possui, literalmente, coração.
O poeta, ao afirmar que a esperança “vem do sul do coração calmo de São
Paulo”, faz uma comparação ideológica, em que a cidade de São Paulo é tão
tranquila quanto um coração calmo.
Dessa forma, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 11: PC RJ 2014 Oficial de Cartório (banca IBFC)


Fé - Esperança - Caridade
(Sérgio Milliet)
É preciso ter fé nesse Brasil
nesse pau-brasil
nessas matas despovoadas
nessas praias sem pescadores
É preciso ter fé
Nesse norte de secas
e de literatura
A esperança vem do sul
Vem de mansinho
contagiosa e sutil
vem no café que produzimos
vem nas indústrias que criamos
A esperança vem do sul
do coração calmo de São Paulo
É preciso ter caridade

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e ter carinho
perdoar o ódio que nos cerca
que nos veste
e trabalhar para os irmãos pobres...
(Poetas do Modernismo. INL-MEC, Rio de Janeiro, 1972)
A linguagem figurada é uma importante ferramenta na construção de sentidos
nos textos. Considerando o contexto em que estão inseridos, nos versos “Vem
de mansinho” e “do coração calmo de São Paulo”, temos, respectivamente, as
seguintes figuras de linguagem:
a) metonímia e eufemismo b) comparação e ironia
c) hipérbole e metonímia d) prosopopeia e metáfora
e) metonímia e ironia
Comentário: Certamente, você notou que a “esperança” literalmente não
vem de mansinho. Uma pessoa (ou até mesmo um animal) pode vir de
mansinho. Assim, entendemos do primeiro trecho a personificação ou
prosopopeia.
Também observamos que uma cidade não possui, literalmente, coração.
O poeta, ao afirmar que a esperança “vem do sul do coração calmo de São
Paulo”, faz uma comparação ideológica, em que a cidade de São Paulo é tão
tranquila quanto um coração calmo.
Dessa forma, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 12: MPE SP 2014 Analista de Promotoria (banca IBFC)


Leia abaixo a parte inicial de um conto do famoso escritor argentino Julio
Cortázar.
Continuidade dos parques
Havia começado a ler o romance uns dias antes. Abandonou-o por
negócios urgentes, voltou a abri-lo quando regressava de trem a fazenda;
deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.
Essa tarde, depois de escrever uma carta a seu procurador e discutir com o
capataz uma questão de parceria, voltou ao livro na tranqüilidade do escritório
que dava para o parque de carvalhos. Recostado em sua poltrona favorita, de
costas para a porta que o teria incomodado como uma irritante possibilidade
de intromissões, deixou que sua mão esquerda acariciasse uma e outra vez o
veludo verde e se pôs a ler os últimos capítulos. Sua memória retinha sem
esforço os nomes e as imagens dos protagonistas; a ilusão romanesca o
ganhou quase em seguida. Gozava do prazer quase perverso de ir se
afastando linha a linha daquilo que o rodeava, e sentira ao mesmo tempo que
sua cabeça descansava comodamente no veludo do alto respaldo, que os
cigarros continuavam ao alcance da mão, que além dos janelões dançava o ar
do entardecer sob os carvalhos. Palavra a palavra, absorvido pela sórdida
desunião dos heróis, deixando-se levar pelas imagens que se formavam e
adquiriam cor e movimento, foi testemunhado último encontro na cabana do
monte.
Como dito, o excerto que você acabou de ler pertence a um conto, isto é, um

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tipo de texto literário cuja linguagem é trabalhada pelo autor para que sejam
alcançados determinados efeitos estéticos. As figuras de linguagem são
poderosos recursos estilísticos que contribuem para a criação desses efeitos.
No que se refere às figuras de linguagem, os trechos “de costas para a porta
que o teria incomodado como uma irritante possibilidade de intromissões” e
“além dos janelões dançava o ar do entardecer sob os carvalhos” constituem,
respectivamente:
a) personificação e comparação
b) símile e prosopopeia
c) personificação e símile
d) personificação e prosopopeia
e) símile e comparação
Comentário: Vamos ser diretos?
Veja o conectivo “como” na primeira expressão:
“de costas para a porta que o teria incomodado como uma irritante
possibilidade de intromissões”
Então a primeira figura de linguagem é a “comparação”, também
conhecida como “símile”, por isso já eliminamos as alternativas (A), (C) e (D).
Na segunda expressão, afirmou-se que a mão dançava o ar do
entardecer, além dos janelões, os quais também dançavam.
além dos janelões dançava o ar do entardecer sob os carvalhos
Literalmente, quem dança é uma pessoa, e não os janelões. Assim,
figurativamente, houve personificação (prosopopeia), e a alternativa correta é
a (B).
Gabarito: B

Questão 13: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)

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A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz


humor apoiada numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa
denominada:
(A) metáfora;
(B) metonímia;
(C) hipérbole;
(D) pleonasmo;
(E) catacrese.
Comentário: Certamente, a redução da maioridade não chegaria a tanto,
concorda? Nem nasceu e já teria cometido um delito?! Pois é, neste caso,
notamos um exagero! Isso é a hipérbole!
Gabarito: C

Questão 14: EBSERH/HU-UFMA 2015 Técnico Enfermagem (banca AOCP)


Fragmento do texto: Antes da neurociência, os pesquisadores acreditavam
que o processo mental acontecia de maneira gradual. “Seu cérebro está
sempre trabalhando e adquirindo informações. Descobrimos que esse
processo não é gradual, mas, repentino. É um conjunto de ações que acontece
do nada, sem que você possa forçar ou evitar”, conta Kounios.
Em “Descobrimos que esse processo não é gradual, mas, repentino.”, ocorre a
figura de estilo denominada
(A) hipérbole. (B) metáfora. (C) eufemismo. (D) elipse. (E) ironia.
Comentário: A vírgula após a conjunção “mas” indica a omissão do verbo
“é”, por estilo de linguagem, para se evitar a repetição desnecessária desse
verbo. Assim, ocorre a figura de linguagem elipse.
Gabarito: D

Questão 15: EBSERH - 2015 Técnico Citopatologia (banca AOCP)


Fragmento do texto: Giovanna tinha 36 anos. Lutava contra um câncer na
cabeça há dois. Era jornalista. Ela nos deixou no domingo, dia 31 de agosto.
Era minha amiga. Sérgio Rodrigues tinha 87 anos.
Em “Lutava contra um câncer na cabeça há dois.”, ocorre a omissão de dois
termos da oração. Essa omissão, que é uma figura de estilo, denomina-se
(A) metáfora. (B) elipse. (C) comparação. (D) hipérbole. (E) eufemismo.
Comentário: A própria questão já informa que há omissão de palavras, por
isso a figura de linguagem é a elipse.
Gabarito: B

Questão 16: EBSERH 2014 Estatística (banca AOCP)


Em “Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar na água do
mar. Às vezes você nada, outras vezes você boia...”, existem duas figuras de
linguagem. São elas:
(A) sinédoque e hipérbole.
(B) onomatopeia e hipérbole.
(C) comparação e metáfora.

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(D) anacoluto e silepse.


(E) hipérbole e comparação.
Comentário: Como já há a conjunção comparativa “como”, sabemos que
uma das figuras de linguagem é a comparação. Note que, na expressão “você
boia”, não se quer falar que alguém boia na água(sentido literal), mas num
relacionamento. Assim, ocorre metáfora.
Portanto, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 17: PMMG 2013 Comunicações (banca CRS PMMG)


Marque a alternativa CORRETA que apresenta um exemplo de metonímia:
A. ( ) João se alimenta como um pássaro.
B. ( ) As fêmeas cassam para o rei dos animais.
C. ( ) Gosto de ler Machado à noite.
D. ( ) Antônio foi um burro.
Comentário: A alternativa (A) apresenta a comparação, pois a conjunção
“como” está expressa.
A alternativa (B) apresenta a perífrase, pois “o rei dos animais” é o
mesmo que “leão”. Assim, várias palavras no lugar de apenas uma.
A alternativa (C) é a correta, pois ninguém lê o Machado de Assis, mas a
sua obra. Assim, realmente há metonímia.
A alternativa (D) apresenta uma metáfora por ser uma comparação
ideológica.
Gabarito: C

Questão 18: PMMG 2013 – Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Marque a alternativa CORRETA. No trecho, “Recostou-se na amurada, usando
a luz do alpendre como uma atriz num palco, e sua voz quente convidou”, o
termo em negrito representa a seguinte figura de linguagem:
A. ( ) Sinestesia.
B. ( ) Anacoluto.
C. ( ) Polissíndeto.
D. ( ) Perífrase.
Comentário: A expressão em negrito “voz quente” junta dois campos
sensitivos: som e tato. Como houve uma mistura de sentidos, a figura de
linguagem é a sinestesia.
Gabarito: A

Questão 19: PMMG 2013 – Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Marque a alternativa CORRETA, cuja oração apresenta um paradoxo.
A. ( ) Oh, desafortunado amigo, cuja glória o leva a semear e colher
felicidade.
B. ( ) O vento forte dizia-lhe ao pé do ouvido o quão perigoso seria insistir
na travessia do deserto escaldante.
C. ( ) Na ânsia de chegar, voavam baixo pela estrada sinuosa.

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D. ( ) Pacientemente, limava, cortava, limpava e voltava a limar a pequena


obra de arte.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o paradoxo é o ajuntamento
de opostos. O adjetivo “desafortunado” é uma característica negativa, que
significa o contrário de “glória” e “felicidade”. Mas o autor juntou esses
opostos, por isso há um paradoxo.
Na alternativa (B), ocorre personificação, pios o vento ganhou
característica de um ser humano: “dizer”.
Na alternativa (C), há uma metáfora, pois “voavam baixo” significa
rapidez.
Na alternativa (D), a expressão “pequena obra de arte” se refere a uma
peça, o que nos indica uma metonímia.
Gabarito: A

Questão 20: PMMG CFO 2010 (banca CRS PMMG)


As figuras de linguagem são recursos especiais de que se vale quem fala ou
escreve, para comunicar à expressão mais força e colorido, intensidade e
beleza. As frases abaixo apresentam, respectivamente, figuras de linguagem
assim classificadas:
1. “Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o
direito de defesa”.
2. “Cada gota do meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência
(...)”.
3. “O minuano dum áspero agosto soprou o Pe. Gerôncio Albuquerque para
o Reino do Céu (...)”.
A. ( ) polissíndeto, metáfora e metonímia.
B. ( ) repetição, comparação e sinestesia.
C. ( ) polissíndeto, metáfora e eufemismo.
D. ( ) repetição, comparação e eufemismo.
Comentário: Na frase 1, temos que escolher entre polissíndeto (repetição de
conjunção) e repetição. Fica fácil perceber que só há uma conjunção (“e”).
Veja que houve a expressão “Não me” três vezes. Assim, repetição é a figura
de linguagem da primeira frase e devemos eliminar as alternativas (A) e (C).
A diferença entre metáfora e comparação é que a metáfora é uma
comparação ideológica, não havendo nenhum conectivo adverbial
comparativo. Como percebemos que na frase 2 ocorre uma comparação
ideológica, isto é, sem o conectivo comparativo expresso, ocorre metáfora.
Na frase 3, ocorre a informação da morte do padre de uma forma menos
impactante: soprou o Pe. Gerôncio Albuquerque para o Reino do Céu. Assim,
há eufemismo e a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 21: PMMG CFO 2009 (banca CRS PMMG)


“Não é difícil especular (verbo que, no fundo, é um dos sinônimos de fofocar)
sobre a origem do hábito.”

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Pode-se afirmar que no trecho acima há a presença de:


A. ( ) anacoluto.
B. ( ) metalinguagem.
C. ( ) antonomásia.
D. ( ) homeoteleuto.
Comentário: Como ocorre em um dicionário, enciclopédias, em que a
linguagem explica o significado da própria linguagem, no texto a palavra
“especular” está sendo explicada por várias outras palavras “verbo que, no
fundo, é um dos sinônimos de fofocar”. Isso é a metalinguagem e a
alternativa (B) é a correta.
As demais figuras de linguagem das alternativas estão em nossa parte
conceitual. Na dúvida, basta conferir o que já vimos, ok?!
Gabarito: B

Questão 22: PMMG CHO 2009 (banca CRS PMMG)


Leia a passagem abaixo:
“Mas como criminalizar downloads de música quando milhares de Ipods são
distribuídos em palito de picolé?”
Pode-se afirmar que o período acima foi construído, semanticamente, por
meio de um (a):
A. ( ) antonomásia
B. ( ) hipérbato
C. ( ) pleonasmo
D. ( ) metáfora
Comentário: Na frase, percebe-se uma comparação ideológica do tamanho
do Ipod com o do palito de picolé, para reforçar a capacidade de informações
num pequeno espaço. Assim, ocorre metáfora.
Gabarito: D

Questão 23: PMMG CHO 2009 (banca CRS PMMG)


Leia o trecho abaixo:
“Fenômenos que provam que são possíveis novas formas de produção,
consumo e distribuição das informações e imagens. E que estão deixando a
mídia tradicional desnorteada, pois não sabem como lidar com os novos
‘prossumidores’ (neologismo para o consumidor ativo, que produz).”
A expressão sublinhada acima demonstra a ocorrência de:
A. ( ) anacoluto, porque há uma alteração das relações normais entre os
termos da oração.
B. ( ) elipse, porque fica óbvio a que termo da oração “não sabem” se refere.
C. ( ) silepse de número, porque “não sabem” se refere a “mídia tradicional”.
D. ( ) solecismo, porque o correto seria “não sabe”, com referência à palavra
“mídia”.

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Comentário: A alternativa (A) está errada, porque não houve truncamento


sintático no trecho.
Quanto à expressão “não sabem”, ela se refere ao sujeito “mídia
tradicional”, o que forçaria o autor a flexionar o verbo ao singular. Mas,
estilisticamente, com o uso do verbo no plural, o autor reforça a ideia plural
na expressão “mídia tradicional”: as várias instituições midiáticas. Assim,
houve uma silepse de número, isto é, uma concordância anormal: esperava-
se o número singular (“sabe”), mas o autor inseriu o número plural
(“sabem”).
Sabendo-se que essa mudança de concordância foi intencional,
eliminamos a alternativa (D), pois “solecismo” é o erro de sintaxe, que
engloba o erro de concordância. Também devemos eliminar a alternativa (B).
Um detalhe: se a concordância estivesse no singular, haveria elipse, e não
silepse.
Assim, após eliminarmos as demais alternativas, sobra a alternativa (C)
como a correta.
Observação: solecismo não é uma figura de linguagem, mas apenas o
registro de um vício sintático de linguagem.
Gabarito: C

Questão 24: PMMG 2013 CHO/CSTGSP (banca CRS PMMG)


Tendo em vista as figuras de linguagem, marque a alternativa CORRETA:
A. ( ) A mim resta-me calar. (Elipse)
B. ( ) Com o fim do namoro, chorou rios de lágrimas. (Gradação)
C. ( ) Amor é fogo que queima sem se ver. (Perífrase)
D. ( ) Tomou um copo de cerveja. (Metonímia)
Comentário: Na alternativa (A), houve o pleonasmo, isto é, a repetição do
objeto indireto (“A mim” e “me”).
Na alternativa (B), nota-se o exagero em “rios de lágrimas”. Assim,
houve hipérbole.
Na alternativa (C), há paradoxo, porque a característica de amor é
contraditória: queimar sem se ver, sem se sentir.
A alternativa (D) é a correta, pois não se tomou o copo, mas a cerveja
que estava dentro dele. Assim, usou-se o conteúdo pelo continente: a parte
pelo todo.
Gabarito: D

Questão 25: PMMG 2014 CHO/CSTGSP (banca CRS PMMG)


Leia as frases abaixo, em seguida, marque a alternativa CORRETA que
corresponda à sequência de figuras de linguagens que se refere às palavras
em destaque:
I. Maria Cândida tem olhos de violeta.
II. A equipe do cruzeiro venceu, mas foi uma amarga vitória.
III. Pedro trazia no rosto a velhice estampada.
IV. Hitler foi cruel como um monstro.
V. O governo acredita que até o ouro negro irá jorrar no pré-sal.

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A. ( ) I – metonímia; II – metáfora; III – comparação; IV - metonímia; V –


perífrase.
B. ( ) I – comparação; II – metáfora; III – metonímia; IV - perífrase; V –
metonímia.
C. ( ) I – metáfora; II – metáfora; III – metonímia; IV - comparação; V –
perífrase.
D. ( ) I – metáfora; II – metáfora; III – metonímia; IV - comparação; V –
metonímia.
Comentário: Na frase I, há uma comparação ideológica, pois se quer
comparar a cor dos olhos de Maria Cândida com a da violeta. Como não há
conectivo comparativo, sabemos que há metáfora. Assim, já eliminamos as
alternativas (A) e (B).
Na frase II, todas as alternativas afirmam ser metáfora a expressão
“amarga”. Então, nem contestemos, partamos para a próxima.
Na frase III, as duas alternativas (C e D) já nos mostram que é uma
metonímia, isto é, não é a velhice que está estampada, mas os indícios dela,
como rugas, movimentos faciais típicos da velhice. Assim, há metonímia, a
parte pelo todo.
Na frase IV, as duas alternativas (C e D) também já nos mostram que é
uma comparação, pois o conectivo de comparação “como” está expresso.
Na frase V, “ouro negro” é o mesmo que “petróleo”. Como usamos duas
palavras no lugar de apenas uma, ocorre a perífrase.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 26: PMMG 2010 CFS QPE (banca CRS PMMG)


Em “Diante de tanta tristeza, ela preferiu faltar com a verdade”, encontra-se a
seguinte figura de linguagem:
A. ( ) Hipérbole
B. ( ) Perífrase
C. ( ) Eufemismo
D. ( ) Anacoluto
Comentário: A expressão “faltar com a verdade” está no lugar de mentira.
Você poderia ter ficado na dúvida entre perífrase (várias palavras no lugar de
apenas uma) ou eufemismo (amenização de uma expressão de cunho
negativo). Como mentira tem cunho negativo e “faltar com a verdade” de
certa forma ameniza esse tom negativo, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 27: CVM Médio 2008 (banca NCE)


“Calor: assassino em série”
Os lemingues podem ter-se tornado as primeiras vítimas do aquecimento
global na Europa. Cientistas da Noruega atribuíram à elevação de temperatura
registrada no norte europeu a morte em massa de lemingues, observada nos
últimos anos.

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O título de “Calor: assassino em série” exemplifica um tipo de linguagem


figurada denominado metáfora; ocorre, no caso dessa figura:
(A) uma comparação entre calor e assassino em série;
(B) uma personificação do calor;
(C) a presença de elementos de sentido oposto;
(D) um emprego repetitivo de termos;
(E) uma concordância de base ideológica.
Comentário: Vemos que há uma comparação ideológica, pois o conectivo de
comparação está subentendido: o calor é como um assassino em série. Por
isso, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

Questão 28: DOCAS Médio 2007 (banca NCE)


Na frase “a televisão é uma mamadeira visual” há um exemplo de figura
denominada:
(A) metonímia; (B) ironia; (C) metáfora; (D) catacrese; (E) hipérbole.
Comentário: Novamente há a metáfora, pois subentendemos o conectivo de
comparação “como”: “a televisão é como uma mamadeira visual”.
Gabarito: C

Questão 29: IBGE Médio 2005 (banca NCE)


Fragmento do texto: A decisão do STF é perfeitamente lógica e defensável
do ponto de vista teológico, mas é um monstro do ponto de vista jurídico. No
universo da fé, a vida é uma dádiva divina. Só Deus pode tirá-la.
No segmento “a vida é uma dádiva divina” há a presença de um exemplo de
linguagem figurada, denominado:
(A) antítese; (B) metáfora; (C) hipérbole;
(D) eufemismo; (E) pleonasmo.
Comentário: Perceba que há implicitamente o conectivo como. Veja: “a vida
é como uma dádiva divina”. Por isso, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 30: ANTT Superior 2008 (banca NCE)


Fragmento do texto:
EXTERMÍNIO SEM PRECEDENTES
O número de animais na Terra tem sido reduzido num ritmo dez mil
vezes maior do que o natural. De 1970 a 2005, o mundo sofreu uma redução
de um terço da diversidade animal devido à ação humana.
Como as grandes forças naturais, a exemplo de quedas de asteróides e
erupções vulcânicas cataclísmicas, o homem se transformou numa força capaz
de alterar a vida na Terra. De acordo com o relatório da Sociedade Zoológica
de Londres, o planeta não via nada assim, desde a grande onda de extinção
há 65 milhões de anos, que varreu 95% das formas de vida e pôs fim à era
dos dinossauros. Acredita-se que ela tenha sido provocada pela queda de um
asteróide.

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Metonímia é uma construção textual em que ocorre uma substituição de um


termo que representa a parte por um outro termo que representa o todo; essa
figura aparece no texto em:
(A) “Como as grandes forças naturais, a exemplo de quedas de asteróides e
erupções vulcânicas cataclísmicas, o homem se transformou numa força
capaz de alterar a vida na Terra”;
(B) “De acordo com o relatório da Sociedade Zoológica de Londres, o planeta
não via nada assim, desde a grande onda de extinção há 65 milhões de
anos...”;
(C) “...que varreu 95% das formas de vida e pôs fim à era dos dinossauros”;
(D) “ Acredita-se que ela tenha sido provocada pela queda de um asteróide”;
(E) “Extermínio sem precedentes”.
Comentário: Na alternativa (A) há uma comparação, pois o conectivo “como”
está presente.
A alternativa (B) é a correta, pois “o planeta” não vê literalmente, mas a
palavra “planeta” é o todo e representa cada uma das pessoas habitantes dele
(a parte). Assim, usa-se a palavra “planeta” para subentender as pessoas. Por
isso, há metonímia.
Na alternativa (C), o verbo “varreu” não está em sentido literal. Ele se
encontra em sentido figurado, pois há uma comparação ideológica (metáfora).
Podemos entender que algo excluiu as formas de vida assim como o ato de
varrer exclui a sujeira.
Na alternativa (D), há apenas linguagem denotativa, literal.
Na alternativa (E), há apenas linguagem denotativa, literal.
Gabarito: B

Questão 31: Min Cultura Superior 2002 (banca NCE)


Fragmento do texto: “[...] Assim como a miséria foi sendo construída com a
indiferença frente à exclusão e à destruição das pessoas, a negação da
miséria começa a se realizar com a prática cotidiana, ampla e generosa da
solidariedade.
A frieza construiu a miséria. Construiu as cidades cheias de gente e de
muros que as separam como estranhos que se ignoram e se temem. A
solidariedade vai destruir as bases da existência da miséria. É uma ponte
entre as pessoas.
Na frase “A frieza construiu a miséria”, pelo fato de o substantivo frieza estar
em lugar de pessoas frias, dizemos que aí há um exemplo de uma figura
denominada:
(A) metonímia; (B) metáfora; (C) comparação;
(D) prosopopéia; (E) catacrese.
Comentário: Note que a própria questão nos ajudou a interpretar o trecho e
sinalizar a metonímia. Se entendemos que “frieza” é uma característica que
passa a representar “pessoas”, podemos entender que “frieza” é a parte e
“pessoas” é o todo. Por isso, há metonímia.
Gabarito: A

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Questão 32: CVM Superior 2008 (banca NCE)


“O mundo não dá sinais de que vá consumir menos energia”; esse segmento
do texto exemplifica um tipo de linguagem figurada denominado:
(A) eufemismo; (B) hipérbole; (C) antítese;
(D) metonímia; (E) catacrese.
Comentário: Na realidade, não é o mundo que dá sinais, mas as pessoas,
por meio de suas máquinas, as quais se encontram no mundo. Assim, temos o
todo (mundo) pela parte (pessoas). A figura de linguagem é a metonímia.
Gabarito: D

Questão 33: CGJ RJ Superior 2002 (banca NCE)


“A América Latina, tão viciada em ditadores, viu surgir na década de 80...”;
nesse segmento do texto aparece um exemplo de linguagem figurada
denominada:
(A) metonímia; (B) sinestesia; (C) metáfora;
(D) comparação; (E) pleonasmo.
Comentário: Não é a América Latina que viu surgir, mas os seus habitantes,
assim temos o todo “América Latina” pela parte “os habitantes”. Por isso,
temos a metonímia.
Gabarito: A

Questão 34: Câmara Mun Médio 2008 (banca NCE)


Fragmento do texto: O debate ecoou com força no Brasil porque, na semana
passada, o representante especial da ONU para o direito à alimentação, Jean
Ziegler, declarou que a culpa da fome mundial é dos biocombustíveis. Trata-se
de um “crime contra a humanidade”, disse Ziegler.
Ao dizer que a atenção dada à produção de biocombustíveis é um “crime”, o
representante da ONU utiliza um caso de linguagem figurada denominado:
(A) hipérbole; (B) metonímia; (C) prosopopeia;
(D) metáfora; (E) eufemismo.
Comentário: Podemos subentender a conjunção de comparação “como”: a
atenção dada à produção de biocombustíveis é como um “crime”. Veja que foi
reformulada a estrutura frasal no pedido da questão para ficar mais evidente a
comparação ideológica e o candidato pudesse visualizar melhor a metáfora.
Gabarito: D

Questão 35: CGJ RJ Superior 2002 (banca NCE)


Fragmento do texto: Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha
vida e faltavam dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório,
olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu
uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
um menino.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, braços
dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia

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esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como


podia estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento
de sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor
abandonado.
“... era um bicho...”; a figura de linguagem presente neste segmento do texto
é uma:
(A) metonímia; (B) comparação ou símile; (C) metáfora;
(D) prosopopéia; (E) personificação.
Comentário: A conjunção “como” está subentendida, por isso percebemos
que há metáfora. Veja:
Não era um ser humano, era como um bicho, como um saco de lixo
mesmo...
Gabarito: C

Questão 36: CEPISA 2007 Advogado (banca Consulplan)


Silepse é uma concordância anormal feita com a idéia que se faz do termo e
não com o próprio termo. Há um exemplo de silepse em:
A) “Eu sei que toda gente despreza o chuchu...”
B) “... cucurbitácia reles que medra em qualquer beirada de quintal”.
C) “ ... os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas...”
D) “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer
sem quase...”
E) “Então a alface deixou de ser água e celulose...”
Comentário: A silepse é a concordância ideológica, pois concorda não com a
palavra, mas com a ênfase em seu sentido.
A alternativa (A) apresenta uma concordância literal, pois o verbo
“despreza” concorda com o seu sujeito singular “toda gente”.
A alternativa (B) apresenta uma concordância literal, pois o verbo
“medra” concorda com o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo
singular “cucurbitácia”.
A alternativa (C) apresenta uma concordância literal, pois o verbo
“banem” concorda com o seu sujeito plural “os médicos nutricionistas”.
A alternativa (D) apresenta a concordância siléptica, pois o verbo
“persistamos” encontra-se na primeira pessoa do plural; já o sujeito está na
terceira pessoa do plural: “os brasileiros”. A concordância verbal em primeira
pessoa do plural em “persistamos” nos força a entender que o autor se inclui
neste grupo de brasileiros. Assim, enfatizou o sentido em detrimento da
concordância normal, literal.
A alternativa (E) apresenta uma concordância literal, pois a locução
verbal “deixou de ser” concorda com o seu sujeito singular “a alface”.
Gabarito: D

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Questão 37: Prefeitura de Palmas –TO - 2011 – Administrador (banca FDC)


TEXTO 1 – MEIA AMAZÔNIA NÃO.
Existe um projeto de lei que vai acelerar a destruição da Amazônia.
A floresta é responsável pela maioria das chuvas que abastecem o Sul e
o Sudeste, garantindo ao país uma grande vantagem na produção agrícola e
na geração de energia. Inclusive o que chega à sua casa.
Cada vez que uma árvore da Amazônia é derrubada, esse patrimônio
fica ameaçado.
O problema é sério. E você pode ajudar a impedir.
(http://www.meiamazonianao.org.br/)
Nos versos iniciais do Hino Nacional Brasileiro:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante”
Há a presença de dois tipos de linguagem figurada, que são:
A) metáfora e antítese B) antítese e hipérbato
C) metonímia e metáfora D) personificação e metonímia
E) hipérbato e personificação
Comentário: O Hino Nacional Brasileiro se destaca pela inversão dos termos.
Assim, logo percebemos que há hipérbato. Veja a construção linear:
“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.”
sujeito VTD objeto direto

O núcleo do sujeito (“margens”) passou a ter característica de ser


humano, tendo em vista o verbo “ouviram”. Assim, há também uma
personificação (ou prosopopeia).
Gabarito: E

Questão 38: DMAE-RS 2011 Administrador (banca Consulplan)


Assinale a alternativa que contenha um exemplo de linguagem denotativa.
A) “Nos seus verdes anos tudo se perdeu sem que ele pudesse aproveitar.”
B) “Ser verde é mais uma questão de postura e ação do que de discurso.”
C) “Sempre jogava verde quando queria obter informações.”
D) “Verde de fome chegou em casa, depois de um dia inteiro de provas.”
E) “A casa verde tinha folhagens tão densas que quase não se via as janelas.”
Comentário: A questão destaca a palavra “verde” e pede em qual das
alternativas há valor denotativo, literal. O sentido concreto desta palavra é
uma cor.
Assim, a alternativa correta é a (E), pois literalmente indica a cor da
casa.
A alternativa (A) possui linguagem figurada, pois “Nos seus verdes anos”
significa infância. Assim, houve um acúmulo de palavras para dizer apenas
uma. Isso é típico da perífrase.
A alternativa (B) possui linguagem figurada, pois “verde” remete à ação
voltada à natureza. A palavra “verde” originou-se da cor das folhas das
árvores. Assim, representa a natureza e, por conseguinte, toda ação voltada a

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ela. Por isso, há uma metonímia (a parte “folha verde” pelo todo “ação voltada
à natureza”).
A alternativa (C) possui linguagem figurada, pois “jogar verde”
obviamente não significa jogar a cor verde, mas um subterfúgio para obter
informação. Essa expressão proveio do dito popular “Jogar verde para colher
maduro”, isto é, fazer uma afirmação hipotética (não madura) para obter de
outra pessoa a verdade correspondente (colher maduro). Como “verde”
representa informação não madura, não concreta, podemos enxergar aí a
metáfora.
A alternativa (D) possui linguagem figurada, pois a pessoa não fica
literalmente “verde” de tanta fome. Há um exagero, uma hipérbole.
Gabarito: E

Questão 39: Prefeitura CV-MT 2010 Fisioterapeuta (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Há papéis de visão amarga, que eu deveria ter rasgado
dez anos atrás; mas a mão caprichosa de minha jovem secretária, que o
preservou carinhosamente, não será a própria mão da consciência a me
apontar esse remorso velho, a me dizer que devo lembrar o quanto posso ser
inconsciente e egoísta? Seria melhor talvez esquecer isso; e tento me
defender diante desse papel velho que me acusa do fundo do passado.
“Há papéis de visão amarga.” No trecho anterior temos um exemplo de:
A) Catacrese. B) Ironia. C) Metonímia. D) Perífrase. E) Prosopopeia.
Comentário: Naturalmente, sabemos que os papéis não veem. Assim, houve
característica típica de um ser humano ou animal (“visão”) destinada a objeto
(“papéis”). Assim, houve uma personificação (prosopopeia).
Gabarito: E

Questão 40: Prefeitura Londrina-PR 2011 Professor (banca Consulplan)


“Entra ano sai ano, as tempestades de verão continuam atormentando a vida
de milhares de pessoas nos estados do sul e sudeste do país.” O excerto
anterior constitui um exemplo de figura de linguagem denominada:
A) Paronomásia. B) Antonomásia. C) Perífrase. D) Metonímia. E) Prosopopeia.
Comentário: Na expressão “Entra ano sai ano” há característica típica de
homem ou animal, por haver a ação de movimentar-se (entrar e sair de
algum lugar). Assim, ocorre a personificação (prosopopeia).
Na alternativa (A) ocorre uma palavra nova: “paronomásia”. Ela é uma
figura de harmonia. É a reprodução de palavras que possuem sons
semelhantes e significados diferentes. Exemplo:
"Exportar é o que importa"' (Delfim Netto)
"Com os preços praticados em planos de saúde, uma simples fatura em
decorrência de uma fratura pode acabar com a nossa fartura" (Max Nunes)
Gabarito: E

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Questão 41: Prefeitura P. Redondo-SE 2010 Médico (banca Consulplan)


Há um exemplo de prosopopeia em:
A) “Duas mães deixam num barraco imundo cinco crianças, algumas com
menos de 6 anos.”
B) “Mantive um laço estreito com esse universo, e quando posso durmo de
janelas e cortinas abertas, para sentir a respiração do mundo.”
C) “As crianças, de tão fracas, mal conseguem se alimentar. O homem chora:
tem três filhos (...)”
D) “Criminosos sequestram casais ou famílias inteiras e os submetem aos
maiores vexames e terror.”
E) “Antes de usar um adesivo ‘salve as baleias’, eu quero um adesivo ‘salve
as pessoas, que são parte da natureza’.”
Comentário: Lembre-se de que prosopopeia é o mesmo que personificação,
isto é, característica de pessoa ou animal atribuída a uma coisa.
A alternativa (B) é a correta, pois não é o “mundo”, o universo, que
respira. Algo não animado “mundo” recebeu características do ser humano:
respirar.
Não podemos achar que só cabe esta figura de linguagem, pois também
percebemos um processo metonímico: o todo(mundo) pela parte (pessoas).
As demais alternativas possuem apenas linguagem literal, denotativa.
Gabarito: B

Questão 42: Prefeitura Ritápolis-MG 2006 Dentista (banca Consulplan)


Hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em exagerar as coisas,
extrapolando a realidade. Há um exemplo de hipérbole em:
A) “Raspava, examinava a cavidade...”
B) “Assim, a partir daí, todas as tardes.”
C) “... reivindicou direito às paredes da cozinha.”
D) “... tendo esquecido de trancar a porta, foi surpreendido pela mulher.”
E) “Já estava quase transparente a parede atrás do armário...”
Comentário: A intenção comunicativa na expressão “Já estava quase
transparente a parede atrás do armário...” é mostrar que a parede estaria
muito fina. Por isso, houve o exagero “quase transparente”.
Gabarito: E

Questão 43: Prefeitura C.M.-MG 2009 Enfermeiro (banca AOCP)


“Talvez Brasília só tenha assistido tamanho servilismo por parte de
estudantes universitários brasileiros quando...”
A expressão destacada no fragmento acima constitui um exemplo de
(A) metáfora. (B) personificação. (C) catacrese.
(D) metonímia. (E) sinestesia.
Comentário: A palavra “Brasília” representa os habitantes (o todo pela
parte), por isso há metonímia.
Gabarito: D

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Questão 44: Prefeitura C.M.-MG 2009 Enfermeiro (banca AOCP)


Assinale a alternativa cuja expressão é um exemplo de catacrese.
(A) “...foi organizada a Arena Jovem, braço do partido...”
(B) “Por mais verbas para as universidades públicas?”
(C) “...ficaram alojados em nove escolas públicas de Brasília...”
(D) ”A UNE protestou contra a criação da CPI da Petrobras...”
(E) “Quando isso ocorre é sintoma de alguma moléstia social.”
Comentário: A alternativa (A) é a única que possui linguagem figurada. Note
que a expressão “braço do partido” está sendo usada por associação à divisão
lógica que fazemos do corpo: cabeça, tronco, membros; sendo que
“membros” dividem-se em outras partes, dentre as quais estão os “braços”.
Assim, entendemos que “braço” é uma das partes do corpo e também é uma
das partes do partido.
Por isso, houve o processo figurativo da catacrese.
Gabarito: A

Questão 45: MPE-ES 2007 Agente de Promotoria (banca NCE)


“Enfim, os servidores, levados pelas mãos da Justiça, acabam de desembarcar
no Brasil real”; a figura de linguagem que está presente nesse segmento do
texto, entre as que estão abaixo, é:
(A) metáfora; (B) perífrase; (C) paradoxo;
(D) personificação; (E) hipérbato.
Comentário: A justiça não tem mãos concorda?!! Assim, algo inanimado
recebeu características do ser humano: ser levado pelas mãos.
Dessa forma, houve personificação.
Não podemos deixar de perceber aí também a metonímia, pois “justiça”
(o todo) representa as pessoas (a parte) que labutam para preservar a
organização social.
Por isso, a banca não inseriu “metonímia” entre as alternativas.
Gabarito: D

Questão 46: Prefeitura 2008 Assistente Social (banca Funrio)


Na frase “Mas a família, esse chão sobre o qual caminhamos por toda a vida,
seja ele esburacado ou plano, ensolarado ou sombrio, não é uma escolha
nossa”, encontramos, respectivamente,
A) eufemismo e ironia. B) hipérbole e quiasmo.
C) metáfora e antítese. D) metonímia e hipálage.
E) símile e litotes.
Comentário: A família foi comparada ideologicamente ao chão, isto é, uma
base. Assim, temos a metáfora.
Como há ocorrência de opostos, como “esburacado ou plano”,
“ensolarado ou sombrio”, há antítese.
Há uma palavra nova dentre as alternativas (“litotes”). Ela significa o
modo de afirmação por meio da negação do contrário. Ex.: Não é nada tolo (‘é
muito esperto’).
Gabarito: C
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Questão 47: JUCERJA 2008 Administrador (banca Funrio)


A propósito do emprego da linguagem figurada presente no poema de Vinícius
de Moraes, é correto afirmar que, nos versos “ endo a sua liberdade/Era a
sua escravidão”, há
A) antítese. B) eufemismo. C) metáfora.
D) metonímia. E) comparação.
Comentário: Houve a proximidade dos opostos “liberdade” e “escravidão”.
Assim, ocorreu a antítese.
Gabarito: A

Questão 48: Prefeitura Niterói 2008 Assistente Social (banca Funrio)


“Gente pobre e gente rica.”
Na frese acima, verifica-se a seguinte figura de linguagem:
A) eufemismo B) hipérbole C) prosopopeia
D) onomatopéia E) antítese
Comentário: Houve a proximidade dos opostos “pobre” e “rica”. Assim,
ocorreu a antítese.
Gabarito: E

Questão 49: Prefeitura Niterói 2008 Assistente Social (banca Funrio)


Fragmento do texto: Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo,
todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento
feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim
punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos
costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho
e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar
de novo o acorde final.
“Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.”,
no fragmento ocorre um(a)
A) eufemismo. B) personificação. C) onomatopeia.
D) comparação. E) metonímia.
Comentário: A expressão “tocar de novo o acorde final” suaviza o termo
“morte”. Por isso, houve eufemismo.
É natural você perceber também que, se houve o acúmulo de palavras
para dizer apenas uma, poderíamos entender a figura “perífrase”; por isso não
se encontra esta palavra nas alternativas.
Gabarito: A

Questão 50: Polícia Rodoviária Federal 2008 (banca Funrio)


Observe o trecho de “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo:
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, [...]. Um acordar alegre e
farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.”
Seu autor utiliza o seguinte recurso estilístico:

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A) eufemismo. B) gradação. C) comparação.


D) antítese. E) personificação.
Comentário: O “cortiço” é um lugar, o qual, neste contexto, recebe
característica do ser humano ou animal, por isso ocorre a personificação.
Gabarito: E

A coesão e a coerência
A coerência é o resultado de articuladores no texto que transmitem a
harmonia de pensamento. Ela é pautada na lógica, com produção de sentido
possível. A ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses
articuladores. Por exemplo:
Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me
locomover ao trabalho, há lógica em comprar um carro de luxo?
Certamente, não!
Então, se uma agência de carros me oferece um veículo novo, pela lógica
financeira em que me encontro, devo recusar, pois não terei como pagar.
Naturalmente, haveria incoerência se o negócio fosse feito, concorda?
No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a
lógica. A incoerência ocorre quando o produtor do texto, por desconhecimento
ou até mesmo intencionalmente, utiliza marcadores linguísticos inconvenientes
ao resultado esperado. Por exemplo:
Faço faculdade, mas aprendo muito.
O enunciado “Faço faculdade” nos transmite a ideia de estudo, o que nos
levaria à conclusão de que naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente
do saber. Não caberia, então, na relação entre esses dois enunciados, a
conjunção “mas”, por transmitir valor de oposição, contraste. Tendo em vista
manter a coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção
“portanto”, “logo”, pois transmitiria um resultado esperado.
A incoerência pode ter ocorrido porque o autor não prestou atenção no
valor do conectivo “mas”. Assim, teríamos um vício na linguagem.
Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor
seria justamente a de criticar o ensino nas faculdades. Diante desse novo
contexto, percebemos que a frase passa, agora, a ter coerência.
Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia
dos elementos linguísticos em seu contexto. A incoerência, portanto, será o
rompimento dessa lógica.
Para que haja coerência no texto, necessitamos da utilização dos
elementos de coesão.

A coesão é o elemento que faz as ligações entre as palavras do texto


para gerar a harmonia entre os argumentos.
Assim, no exemplo anterior, vimos que a conjunção “mas”, numa primeira
leitura, traria incoerência. Essa conjunção é o elemento coesivo, e sua
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utilização gera a coerência ou não nos argumentos, dependendo sempre do


contexto. Portanto, a coerência é o resultado da boa utilização dos
elementos de coesão.
Normalmente, dizemos que a coesão está no plano gramatical (o uso
das palavras) e a coerência está no plano dos sentidos (a interpretação dos
elementos coesivos no plano do texto, dos argumentos).
Vários são os mecanismos de coesão. Eles podem ligar palavras ou
orações (coesão sequencial, também chamados de operadores
argumentativos), ser elemento de referência a algo expresso anteriormente ou
posteriormente (coesão referencial) ou pode repetir o vocábulo por motivo de
ênfase ou estilo (coesão recorrencial).

1. Coesão recorrencial (repetição)

Começando com a explicação do último deles, muitas vezes, nós nos


deparamos na escrita com a repetição de vocábulos. Essa repetição pode ser
intencional ou não.
Um dos princípios fundamentais da coerência/coesão de um texto é a
necessidade de se repetir, em seu desenvolvimento linear, elementos
anteriores. Mas, se por um lado as repetições são inevitáveis, por outro devem
ser feitas sob determinadas condições, a fim de não tornar o texto deselegante
ou monótono.
Em termos gerais, a repetição de palavras só é considerada um problema
na composição de um texto sob algumas condições, expostas a seguir.
a) Quando há proximidade entre os vocábulos repetidos:
Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu viajar.
b) Quando os vocábulos são rigorosamente os mesmos, sem qualquer
expansão ou redução e mesmo sem variação de gênero ou número:
O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática
ilegal, as autoridades responsáveis montam barreiras nas estradas, para
impedir as tentativas de exportar os animais silvestres.
c) Quando ocorre em número excessivo:
Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de
ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de
ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de
ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro.
Ainda assim, em alguns casos especiais (textos publicitários, literários,
ditados populares), a repetição não é vista como deficiência, quando há a
intenção, por motivo de ênfase ou estilo:
Quem bebe cerveja alemã, não bebe outra cerveja; quem bebe
cerveja dinamarquesa, bebe qualquer cerveja; quem bebe cerveja
inglesa não gosta é de cerveja.

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Também no caso de o termo repetido estar sendo usado em outro


sentido, a repetição não é vista como um problema textual:
Quem casa quer casa.
De acordo com as palavras de Othon M. Garcia, “se a repetição
resultante da pobreza de vocabulário ou de falta de imaginação para variar a
estrutura da frase pode ser censurável, a repetição intencional representa um
dos recursos mais férteis de que dispõe a linguagem para realçar as ideias:
Tudo se encadeia, tudo se prolonga, tudo se continua no mundo (O. Bilac)”
As repetições intencionais tornam-se mais enfáticas, quando observam o
paralelismo. Os sermões de Padre Antônio Vieira abundam em construções
deste tipo:
Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é
negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com
amor, o pigmeu é gigante.
(“Sermão da quinta-feira” Padre Antônio Vieira)
A repetição da estrutura “Se...com...” “o...é...” mostra uma cadência,
um ritmo que embala as frases. Assim, há exemplo clássico de repetição
intencional, também chamado de reiteração.
Portanto, sem um tom estilístico, sem intencionalidade, a repetição não é
bem vista na língua culta.
Questão 51: TCE SE 2015 – Analista de Tecnologia (banca FGV)
Exigências da vida moderna
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma
xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o
que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém
sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma
Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho
branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro
bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo
isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
(Luiz Fernando Veríssimo)
“Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que
consome o dobro do tempo”.
O segundo parágrafo do texto 2 entra em coesão com o anterior pela:
(A) repetição de uma mesma estrutura;
(B) referência a um termo anterior por meio do pronome “los”;
(C) referência a um trecho anterior por meio de “o que”;
(D) repetição do numeral “dois” por meio da palavra “dobro”;
(E) continuidade do uso de um mesmo tipo de variação linguística.
Comentário: Não se nota neste segundo parágrafo nenhuma palavra que

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faça referência direta ao período anterior. Na realidade, a repetição da


expressão “todos os dias” e da conjunção “E” iniciando o período é que marca
a coesão entre esses parágrafos. Veja:
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do
ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los,
o que consome o dobro do tempo.
Gabarito: A

Questão 52: Prefeitura de Osasco – Analista 2014 (Banca FGV)


Fragmento do texto: Em um belo dia a deusa dos ventos beija o pé do
homem, o maltratado, desprezado pé, e desse beijo nasce o ídolo do futebol.
Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma
bola.
Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança alegra os
descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até
que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e quando jovem voa e
faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões,
domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação.
No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai
(...)”, o valor estilístico da repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no
contexto:
(A) acréscimo;
(B) ampliação;
(C) reiteração;
(D) intensificação;
(E) redundância.
Comentário: A repetição tem um tom enfático, por ser uma reiteração da
informação. Por isso, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 53: Compesa 2014 – Técnico em Contabilidade (banca FGV)


“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais
os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa
reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se o dia tem 24
horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas – uma
para o trabalho, outra para descanso e lazer e outra para o estudo.”
O segundo termo sublinhado estabelece com o primeiro o mesmo tipo de
relação de coesão que ocorre em
(A) Construir estradas de ferro parece ser uma solução para o transporte de
mercadorias, mas os construtores reclamam das más condições de
trabalho.
(B) Aderir a manifestações de rua virou moda no Brasil, mas a adesão já
trouxe muitos problemas a alguns manifestantes.

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(C) Os movimentos grevistas cresceram no país, mas crescer não significa


obrigatoriamente aumento de consciência política.
(D) Eclodiram nos Estados Unidos diversas greves e essa explosão acarretou
mudanças nas leis trabalhistas.
(E) Dividir o dia em três partes é uma criação engenhosa, mas dividirem-no
assim atende a interesses dos patrões.
Comentário: Vimos que a repetição intencional pode ser bem estruturada a
partir da modificação da palavra repetida, assim como ocorreu no trecho
acima. A ação expressa no verbo “reivindicavam” foi retomada por meio do
substantivo “reivindicação”. A questão pede a alternativa que utiliza o mesmo
recurso.
Na alternativa (A), ocorre o verbo “construir”, mas o substantivo
“construtores” não retoma a ação anterior, mas tão somente apresenta o
agente dessa ação.
A alternativa (B) é a correta, pois há o verbo “aderir” e em seguida a
retomada dessa ação por meio do substantivo “adesão”.
Na alternativa (C), há o verbo “cresceram” e em seguida a retomada da
ação por meio de mais um verbo: “crescer”.
Na alternativa (D), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada
de uma informação anterior, pois “essa explosão” retoma a ideia da eclosão
das diversas greves nos Estados Unidos.
Na alternativa (E), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada
de uma informação anterior por meio de um pronome átono, pois “o” retoma
“o dia”.
Gabarito: B
O autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que
evitam esta repetição, os quais serão vistos adiante:
2. Coesão referencial: a referência ao termo anterior ou posterior pode se
dar de várias formas.

2.1. sinônimos:
O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores
imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida
pública. O presidente dos Estados Unidos sabe que o período é muito
crítico.
Este parágrafo possui um inconveniente na linguagem. Repetiu vocábulos
muito próximos. Isso empobrece o texto. A fim de transmitir uma linguagem
culta e adequada à formalidade, deve-se evitar a repetição viciosa. Neste caso,
é necessário inserir palavras de mesmo valor semântico, chamadas sinônimas
contextuais. Veja:
O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores
imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida
pública. O chefe da nação mais poderosa do planeta sabe que o período é
muito crítico.

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Perceba que a palavra “chefe” é sinônima contextual de “presidente” e a


expressão “nação mais poderosa do planeta” é sinônima contextual de
“Estados Unidos”. Assim, o texto fica mais elegante, seguindo os padrões da
norma culta.
Questão 54: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)
“Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série
de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro Nacional de
Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa de Apoio
Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou se o Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda
estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres.
Faltam políticas integradas para redução de riscos”.
Nas alternativas a seguir, a substituição do termo sublinhado foi feita por
outro equivalente de modo adequado, à exceção de uma. Assinale a.
(A) desastre / catástrofe
(B) reestruturou se / reorganizou se
(C) monitoramento / acompanhamento
(D) integradas / conjuntas
(E) redução / eliminação
Comentário: Certamente, você percebeu que reduzir é bem diferente de
eliminar, concorda?!!! Confira:
“Particularmente, após a catástrofe da Região Serrana (RJ) em 2011, uma
série de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro Nacional de
Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa de Apoio
Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reorganizou se o Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda
estão concentradas no acompanhamento, alerta e respostas aos desastres.
Faltam políticas conjuntas para redução de riscos”.
Assim, a alternativa (E) é a errada.
Gabarito: E

2.2 hipônimos e hiperônimos:

A palavra que apresenta um significado mais abrangente é chamada de


hiperônimo. O prefixo “hiper” dá a noção de generalização. Já a palavra que
especifica o sentido é chamada de hipônimo. O prefixo “hipo” transmite o
valor de especificação.
Assim, algumas vezes preferimos retomar uma palavra ou expressão
anterior por outra de valor mais específico ou mais generalizante.
Questão 55: Funarte 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV)
“Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as
tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse
visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides
salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude

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Questão 57: SSP AM 2015 – Técnico de Nível Superior (banca FGV)


“Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que
permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos
animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés,
muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das
crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como
“babysitters”.”
Esse segmento do texto 2 mostra uma série de elementos coesivos; a opção
em que o termo anteriormente referido está indicado INADEQUADAMENTE é:
(A) esta / necessidade de interação;
(B) que / esta necessidade de interação;
(C) crianças / bebés;
(D) creche / creches;
(E) nas / crianças.
Comentário: A alternativa (E) é a errada, haja vista que o pronome “nas”
tem a intenção de retomar “televisão”, o qual é um substantivo feminino
singular. Assim, deveria se flexionar no singular: “usam-na”.
Gabarito: E

Questão 58: Prefeitura de Osasco – Analista 2014 (Banca FGV)


Assinale a alternativa em que AMBOS os termos destacados retomam
referentes anteriormente expressos:
(A) (...) vem ao mundo abraçado a uma bola;
(B) a bola o procura; (...) [ele] a faz falar;
(C) a bola ri, radiante, no ar; ele a amortece;
(D) nasce o ídolo de futebol; [a bola] o reconhece;
(E) o ídolo não cai inteiro; a multidão o devora.
Comentário: Normalmente, para realizar este tipo de questão, devemos
voltar ao texto e observar os referentes. Mas, neste caso, isso não é
necessário, pois basta diferenciarmos o pronome do artigo e da preposição.
Sabemos que o pronome é elemento de coesão por excelência. Esse é o seu
papel principal. Assim, basta localizarmos os pronomes grifados dentre as
alternativas para perceber onde está o recurso anafórico, isto é, a retomada
de um termo anterior.
Na alternativa (A), há a presença do artigo “o”, diante do substantivo
“mundo”. É papel do artigo apenas determinar o substantivo posterior, por
isso não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é uma
preposição, a qual não retoma informação anterior.
A alternativa (B) é a correta, pois o pronome “o” retoma alguma pessoa
do sexo masculino. A segunda palavra sublinhada é também um pronome
oblíquo e retoma a expressão “a bola”.
Na alternativa (C), há a presença do artigo “a”, diante do substantivo
“bola”. É papel do artigo apenas determinar o substantivo posterior, por isso
não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é um pronome
oblíquo e retoma a expressão “a bola”.

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Na alternativa (D), há a presença do artigo “o”, diante do substantivo


“ídolo”. É papel do artigo apenas determinar o substantivo posterior, por isso
não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é um pronome
oblíquo e retoma a expressão “o ídolo de futebol”.
Na alternativa (E), há a presença do artigo “o”, diante do substantivo
“ídolo”. É papel do artigo apenas determinar o substantivo posterior, por isso
não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é um pronome
oblíquo e retoma a expressão “o ídolo”.
Gabarito: B

Questão 59: Pref Recife - Assistente Administrativo 2014 (banca FGV)


“O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
mundo”.
“Isso se dá graças à tecnologia de informação”; a forma ISSO se justifica
porque:
(A) se refere a algo ocorrido no passado;
(B) se liga a algo dito anteriormente;
(C) se prende a algo perto do leitor;
(D) se refere a um de dois termos citados antes;
(E) traduz um valor depreciativo.
Comentário: Fica claro para o leitor que o pronome demonstrativo “isso”
retoma o segundo período: “Já o século XXI apresenta guerras locais ou
regionais, mas que de certa forma se tornam mundiais pelo número de
espectadores.”.
Assim, a alternativa correta é a (B).
A alternativa (A) está errada, porque o século XXI é tempo atual.
A alternativa (C) está errada, porque não se vincula o referente como
algo perto ou longe do leitor.
A alternativa (D) está errada, pois o referente não é um simples termo
citado anteriormente, mas um período sintático. Tal alternativa quis induzir o
leitor à referência a um de dois elementos por contraste (este X aquele), o
que não ocorreu neste contexto.
A alternativa (E) está errada, tendo em vista que não há valor
depreciativo.
Gabarito: B

Questão 60: Funarte 2014 – Superior (banca FGV)


Fragmento do texto: Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a
sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até
demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um
jeito; a capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no

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Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que,


direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas
no parágrafo anterior, o cronista empregou, respectivamente, as palavras “a
primeira” e “a segunda”. Caso fossem empregados pronomes demonstrativos
em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam,
respectivamente:
(A) esta / essa; (B) essa / aquela; (C) aquela / esta;
(D) aquela / essa; (E) essa / esta.
Comentário: Sabemos que, quando há retomada de elementos por contraste,
o primeiro deve ser retomado pelo pronome demonstrativo “aquela” e o
último é retomado pelo pronome demonstrativo “esta”.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 61: Funarte 2014 – Superior (banca FGV)


“Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca
se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no
Brasil, uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental”.
As formas sublinhadas do demonstrativo se justificam porque:
(A) se referem a algo bastante distante no tempo;
(B) se ligam a termos afetivamente próximos;
(C) se prendem a elementos textuais próximos do leitor;
(D) denotam algo que está afastado do emissor e do receptor;
(E) indicam algo referido de modo vago, pouco definido.
Comentário: As duas ocorrências do pronome demonstrativo “aquilo” não
fazem referência a termo anterior. Tais pronomes indicam algo de modo vago
que é caracterizado adiante com as orações subordinadas adjetivas restritivas
“que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo” e “que se pode
fazer depois de amanhã”.
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

Questão 62: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer
para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder,
afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição,
contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte,
as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e
multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras
áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer
amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos
lembrar que nada é absoluto, mas relativo.
Em “No direito e na medicina isso é mais complexo,”, o elemento destacado
faz referência semântica, especificamente, a que passagem do texto?

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frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade,


mesmo em casos em que (2) isso não se justifica”.
Nesse segmento do texto, o elemento que NÃO estabelece coesão formal com
nenhum termo anterior é:
(A) outras;
(B) advertência;
(C) que (1);
(D) que (2);
(E) isso.
Comentário: Na alternativa (A), o pronome “outras” faz referência ao
substantivo “sanções”.
A alternativa (B) é a correta, pois o substantivo “advertência” não faz
menção à informação anterior.
Na alternativa (C), o pronome relativo “que” refere-se às sanções menos
severas.
Na alternativa (D), o pronome relativo “que” refere-se a “casos”.
Na alternativa (E), o pronome demonstrativo “isso” retoma a informação
das orações anteriores.
Gabarito: B

Questão 64: Funarte 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV)


Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser
dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar
no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que
sabereis extrair a moral da história.
No primeiro parágrafo há um conjunto de pronomes que se referem a
elementos do texto ou da situação. O elemento referido está corretamente
indicado em:
(A) trago-vos – o autor e leitores do texto;
(B) que possa – o leitor individual do texto;
(C) Falam-nos – os leitores do texto;
(D) sua leitura – leitura do texto da prova;
(E) nossas vidas – vidas dos livros lidos.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome “vos” refere-se
aos leitores do texto.
A alternativa (B) está errada, pois o pronome “que” refere-se ao
substantivo “tempo”.
A alternativa (C) é a correta, pois o pronome “nos” refere-se aos leitores
do texto (as histórias falam aos leitores sobre gratidão).
A alternativa (D) está errada, pois o pronome “sua” refere-se à
expressão “algumas histórias”.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome “nossas” refere-se aos
leitores do texto.
Observação: É claro que os pronomes “nos” e “nossas” englobam tanto os
leitores quanto o autor do texto, pois ele este se inclui no grupo. Mesmo a

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alternativa (C) afirmando que há referência a “leitores”, esse faz parte do


grupo de leitores e autor, por isso não deixa de estar correta, ok?!
Gabarito: C

Questão 65: Prefeitura de Recife Assistente Administrativo 2014 (banca FGV)


“O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
mundo”.
Nesse segmento do texto 2, os vocábulos que estabelecem coesão com algum
termo anterior são:
(A) seu / países / guerras; (B) países / guerras / espectadores;
(C) guerras / espectadores / isso; (D) espectadores / isso / que;
(E) seu / isso / que.
Comentário: O pronome “seu” retoma “grandes guerras”, o pronome “Isso”
retoma o segundo período sintático do texto, e o pronome relativo “que”
retoma a expressão “tecnologia de informação”.
Assim, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

Questão 66: Prefeitura de Recife – 2014 Auditor (banca FGV)


“Torço pelas salas de cinema de rua e as frequento com assiduidade, apesar
da inconveniência dos portadores de celulares e tablets, da barulhada com
comilança, dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência
de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários que, entre um
despreparo e outro, lançam a cara feia para cinéfilos que acompanham os
créditos até o fim”.
Os vocábulos sublinhados têm a função de
(A) esclarecer o significado de alguns vocábulos.
(B) organizar o discurso, repetindo alguns termos.
(C) evitar a presença de muitas frases curtas.
(D) substituir orações anteriores para abreviar o discurso.
(E) estabelecer coerência entre elementos do texto.
Comentário: O pronome pessoal oblíquo átono “as” retoma a expressão
“salas de cinema” e o pronome relativo “que” retoma “funcionários”. Assim, a
alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 67: SEGEP MA 2014 – Auditor (banca FGV)


Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na
sua origem um defeito que as condenava.

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Sobre os componentes dessa primeira frase do texto, assinale a afirmativa


correta.
(A) “até” indica um ponto limite no espaço.
(B) “hoje” se refere ao momento de produção do texto.
(C) “sua” se refere a “distopias”.
(D) “que” tem por antecedente “origem”.
(E) “as” substitui “utopias” e “distopias”.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “até” indica limite de tempo.
A alternativa (B) é a correta, pois realmente o advérbio “hoje” se refere
ao momento de produção do texto.
A alternativa (C) está errada, pois “sua” se refere a “utopias
imaginadas”.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome relativo “que” retoma
“defeito”.
A alternativa (E) está errada, pois “as” retoma “utopias imaginadas”.
Gabarito: B

Questão 68: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
“No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro
na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado
por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi
localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que não deixam
dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso”.
Nesse segmento inicial do texto, o vocábulo que tem seu sentido especificado
por razões situacionais, ou seja, por elementos de fora do texto propriamente
dito, é:
(A) mês (B) vítima (C) rapaz (D) criminoso (E) que
Comentário: A própria questão nos mostra que devemos marcar a alternativa
que não possua coesão referencial, isto é, devemos buscar pela palavra que
não faça menção a outra dentro do texto.
Veja que a palavra “mês” não faz menção a nenhuma anterior, nem
posterior. Tal palavra indica o mês em vigor, segundo o momento em que se
encontra o autor. Assim, é a alternativa (A) que possui um vocábulo de
sentido especificado por razões situacionais, o momento.
Na alternativa (B), a palavra “vítima” é empregada com valor anafórico,
pois faz referência à expressão “um jovem”.
Na alternativa (C), a palavra “rapaz” é empregada com valor anafórico,
pois faz referência à expressão “um jovem”.
Na alternativa (D), a palavra “criminoso” é empregada com valor
anafórico, pois faz referência à expressão “um assaltante”.
Na alternativa (E), o pronome relativo “que” é empregado com valor
anafórico, pois faz referência ao substantivo “registros”.

Veja:

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(C) reconhecidos pelos leitores.


(D) citados indeterminadamente.
(E) certamente distantes.
Comentário: Veja que os advérbios “aqui” e “ali” não estão sendo usados
como recurso anafórico, isto é, eles não retomam palavras anteriores. Note
que estão sendo usados de forma generalizante, ou seja, como qualquer lugar
em São Paulo em que ocorra enchente e que possa ser apontado por alguma
autoridade. Assim, a alternativa (D) é a correta. Ao comentarmos a
alternativa correta, automaticamente, entendemos por que as demais
alternativas estão erradas.
Gabarito: D

Questão 70: CITEPE / 2011 / Médio (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com
que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz
ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.
Em “Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o
imperador.”, o elemento destacado é um conector de
(A) inclusão (B) oposição (C) comparação
(D) explicação (E) retificação
Comentário: O vocábulo “ainda” é palavra denotativa de inclusão,
adicionando termos por coesão.
Gabarito: A

3. Elemento de coesão por omissão (elipse):


Muitas vezes, para evitar a repetição viciosa, basta omitir o vocábulo que
está se repetindo, desde que ele fique facilmente subentendido. Isso é
chamado de elipse. Veja:
Gustavo foi à casa de sua mãe. Ficou por lá uns oito dias.
Antes do verbo “ficou” subentende-se “Gustavo”, então por omissão
realizamos a coesão.
Questão 71: EBC – 2011 – nível médio (banca CESPE)
Fragmento de texto: Meios de comunicação de massa financiados por
dinheiro público e livres do controle privado comercial têm sido um modelo de
comunicação bastante explorado e consolidado na maioria das democracias
modernas. Trata-se de algo tão antigo quanto o próprio surgimento da TV e
do rádio. Diversos países sustentam hoje robustas corporações de mídia
pública que concentram substancial fatia da audiência e são reconhecidas pela
qualidade no conteúdo que produzem e transmitem.
Uma das mais antigas em operação é a BBC do Reino Unido, criada nos
anos 20 do século passado. A BBC tem servido como modelo para muitas
outras experiências que surgiram durante todo o século passado.
Julgue a afirmativa com C (CERTA) e E (ERRADA)
No trecho “Uma das mais antigas” (linha 8), a elipse da expressão
“corporações de mídia pública” funciona como recurso coesivo.
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Comentário: A expressão “Uma das mais antigas” está flexionada no


feminino e com o substantivo no plural, por fazer referência ao termo plural e
feminino “corporações de mídia pública”. Esta expressão foi omitida naquela
expressão para evitar repetição de vocábulo desnecessariamente. Veja:
“Uma das mais antigas (corporações de mídia pública) em operação é a
BBC do Reino Unido, criada nos anos 20 do século passado.”
Gabarito: C

Questão 72: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio (banca CESPE)


Fragmento de texto: Na verdade, idealiza-se o que fazer (e que dificilmente
acontece), esquecendo-se do presente. Geralmente, as expectativas centradas
nesse futuro refletem uma insatisfação com a situação presente, tanto no
nível pessoal como no profissional.
Julgue a afirmativa com C (CERTA) e E (ERRADA)
No final do parágrafo, está implícita a palavra nível antes do termo
“profissional”.
Comentário: Na expressão “tanto no nível pessoal como no”, o artigo “o”,
em contração com a preposição “em” (no), determina o substantivo “nível” na
primeira ocorrência (no nível) e faz subentender este substantivo na segunda
ocorrência. Veja:
“...tanto no nível pessoal como no (nível) profissional”.
Assim, a questão está correta.
Gabarito: C

4. A progressão textual: Os elementos sequenciadores ou operadores


argumentativos são basicamente as conjunções coordenativas e
subordinativas adverbiais, as quais já foram vistas nas aulas de sintaxe do
período composto por coordenação e subordinação.
Mas não são apenas as conjunções que são cobradas como operadores
argumentativos, outras palavras também fazem a ligação entre orações,
frases, parágrafos, com determinado valor semântico. Veja os principais
operadores:
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de tudo, antes de mais
nada, primeiramente.
Tempo: antes, finalmente, enfim, por fim, atualmente, logo após, ao mesmo
tempo, enquanto isso, frequentemente, eventualmente.
Semelhança/comparação: igualmente, da mesma forma, analogamente, por
analogia, de acordo com, sob o mesmo ponto de vista , assim também.
Adição, continuação: além disso, outrossim, por outro lado, ainda mais,
ademais.
Dúvida, hipótese: provavelmente, é provável que, possivelmente, não é
certo que, se é que.
Certeza/ênfase: decerto, com certeza, sem dúvida, inegavelmente,
certamente.

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Ilustração/esclarecimento: por exemplo, em outras palavras, a saber, quer


dizer, isto é, ou seja.
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, com a finalidade de, a fim
de, para que, intencionalmente.
Resumo, recapitulação: em suma, em síntese, em conclusão, em resumo,
enfim, portanto.
Lugar: perto de, longe de, mais adiante, junto a, além de, próximo a.
Causa e consequência: por isso, por consequência, assim, em virtude de, em
razão de, como resultado, de fato, com efeito, por conseguinte.
Contraste, oposição: pelo contrário, em contraste com, exceto por, por outro
lado.
Questão 73: Pref Recife – Analista 2014 (Banca FGV)
O perigo da intolerância religiosa
A tolerância religiosa no Brasil nunca foi pura e simplesmente uma medida
imposta por decreto. É antes disso um aspecto cultural. Por um lado, foi
preciso incluir na Constituição artigo resguardando a liberdade de culto e
proteção contra a discriminação, porque tais garantias não seriam naturais;
por outro, a convivência entre credos distintos foi facilitada pela formação do
povo. A miscigenação e a intimidade entre a casagrande e a senzala
resultaram em mecanismos de acomodação, como o sincretismo que uniu
religiões aparentemente tão diferentes quanto o catolicismo e o candomblé.
(O Globo, 17/8/2014)
“É antes disso um aspecto cultural.”
A expressão “antes disso” mostra valor semântico de
(A) oposição.
(B) tempo.
(C) conclusão.
(D) explicação.
(E) modo.
Comentário: A expressão “antes disso” em certos contextos traduz o valor
temporal (antes daquele momento). Porém, neste contexto, marca-se uma
oposição. Note que o texto informa que a tolerância religiosa no Brasil nunca
foi pura e simplesmente uma medida imposta por decreto. Na realidade, é um
aspecto cultural. Assim, percebe-se o valor de contraste, de oposição.
Gabarito: A

Valor semântico e emprego de conectivos.


O valor semântico é o sentido das palavras, que engloba também o
emprego de conectivos, os quais foram vistos quando trabalhamos o período
composto por coordenação e subordinação, mas vamos aprofundar um
pouquinho mais!
Para tanto, devemos entender algumas expressões, como “polissemia”,
“sinonímia” e “antonímia”.

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Polissemia: capacidade que as palavras têm de assumir significados variados


de acordo com o contexto.
Ele anda muito. Mário anda doente. Aquele executivo só anda de avião. Meu
relógio não anda mais.
O verbo andar tem origem no latim ambulare. Possui inúmeros
significados em português, dos quais destacamos apenas quatro. Trata-se,
pois, de uma mesma palavra, de uso diverso na língua. Nas frases do exemplo,
significa, respectivamente, caminhar, estar, viajar e funcionar.
Questão 74: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)
“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a
promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o
direito de patentes...”.
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a
opção em que o sentido desse mesmo verbo está corretamente indicado é:
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar;
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer;
(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar;
(D) deu na TV que vai chover / assistir;
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois se entende que alguém
entregou o dinheiro (doou) a um necessitado.
Na alternativa (B), o verbo “deram” tem o sentido de “troca”: trocaram
uma joia pelo quadro.
Na alternativa (C), tem o sentido de pagamento: pagaram-lhe 100 mil
reais pela estatueta.
Na alternativa (D), tem o sentido de informação, afirmação,
cientificação: informou-se na TV que vai chover.
Na alternativa (E), tem o sentido de bom desempenho: elas sempre têm
bom desempenho nas provas.
Gabarito: A

Questão 75: FURP 2010 Assistente Administrativo (banca Funrio)


TEXTO: TREM DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você.
Sinto muito, amor, mas não pode ser.
Moro em Jaçanã... Se eu perder esse trem,
Que sai agora às onze horas,
Só amanhã de manhã.
E além disso, mulher, tem outra coisa:
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.
Sou filho único, tenho minha casa para olhar.
Eu não posso ficar...
(Adoniran Barbosa: CD “Demônios da Garoa – série BIS”. EMI, 2007, disco 2, faixa 02)

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Ao dizer, quase ao final da canção, que tem “uma casa para olhar”, o eu-
poético emprega o verbo olhar com o mesmo valor semântico que se
encontra em
A) A cartomante olhava as cartas uma a uma.
B) A menina é tão nova e já olha o irmãozinho.
C) Os atletas olhavam entusiasmados para o gramado.
D) Alguns olhavam minhas ordens com desconfiança.
E) Olhe bem suas palavras para não se arrepender.
Comentário: A palavra “olhar”, no contexto da música, significa tomar conta,
cuidar.
Na alternativa (A), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”,
“observar”.
A alternativa (B) é a correta, pois se percebe que a menina, mesmo
sendo nova, toma conta do irmão, tem cuidado com ele.
Na alternativa (C), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”,
“observar”.
Na alternativa (D), o verbo “olhar” tem o sentido de “perceber”,
“examinar”, “sondar”.
Na alternativa (E), o verbo “olhe” tem o sentido de prestar atenção,
tomar cuidado.
Gabarito: B

Questão 76: Petrobras / 2006 / Superior (banca Cesgranrio)


Observe os verbos em destaque abaixo.
“A baleia-bicuda-de-True chega a ter seis metros de comprimento e não se
imaginava que pudesse chegar ao litoral brasileiro.”
Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo têm o mesmo
sentido.
(A) Para aplicar os ensinamentos que recebeu do pai, ele aplicou todos os
seus ganhos em imóveis.
(B) Com a finalidade de cortar o consumo excessivo de proteínas, ele
cortou as carnes de sua alimentação.
(C) Com uma tesoura, destacou algumas partes do documento, para que só
o mais importante se destacasse.
(D) Ele viu que estava com sede quando viu o amigo tomar um mate gelado.
(E) O funcionário que visava a uma promoção no final do ano era o
responsável por visar os documentos.
Comentário: A locução verbal “chega a ter” na primeira ocorrência está no
sentido de “alcançar”. Já a locução “pudesse chegar” transmite valor de lugar
de destino. A banca quer a alternativa em que os verbos preservam o mesmo
sentido.
(A) aplicar: a primeira ocorrência significa “pôr em prática”; a segunda,
“investir”.
(B) cortar: as duas ocorrências estão no sentido de “suprimir, eliminar”. Por
isso é a correta.
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(C) destacou: a primeira ocorrência significa “recortar”; a segunda, “pôr em


destaque”, “fazer sobressair”.
(D) viu: a primeira ocorrência significa “perceber”; a segunda, “olhar”,
“enxergar”.
(E) visava: a primeira ocorrência significa “almejar”; a segunda, “assinar”.
Gabarito: B

Questão 77: Investe Rio 2010 Administrador (banca Funrio)


Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo portam o mesmo
sentido.
A) Com a finalidade de aplicar o que aprendera com seu avô, ele aplicou
todos os seus recursos em ações imobiliárias.
B) A baleia azul chega a atingir seis metros de comprimento e quase nunca
chega às costas sul-americanas.
C) Ele viu que realmente estava com sede quando viu o companheiro tomar
um refrigerante estupidamente gelado.
D) Chamará toda a turma para vir à reunião, quando vir que os
desentendimentos foram todos superados.
E) Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se
destacasse o mais importante.
Comentário: Na alternativa (A), a primeira ocorrência do verbo “aplicar”
significa pôr em prática, empregar; a segunda ocorrência significa investir.
Vamos reescrever a frase com sinônimos:
Com a finalidade de empregar o que aprendera com seu avô, ele investiu
todos os seus recursos em ações imobiliárias.
Na alternativa (B), a primeira ocorrência do verbo “chegar” significa
atingir um ponto, alcançar; a segunda ocorrência significa atingir certo lugar,
ir. Vamos reescrever a frase com sinônimos:
A baleia azul alcança seis metros de comprimento e quase nunca vai às
costas sul-americanas.
Na alternativa (C), a primeira ocorrência do verbo “ver” significa
perceber; a segunda ocorrência significa olhar. Vamos reescrever a frase com
sinônimos:
Ele percebeu que realmente estava com sede quando olhou o companheiro
tomar um refrigerante estupidamente gelado.
Na alternativa (D), a primeira ocorrência de “vir” significa deslocar-se,
chegar; a segunda ocorrência, na realidade, é o verbo “ver” flexionado no
tempo futuro do subjuntivo “vir” (quando eu vir os meus amigos, quando tu
vires meus amigos, quando ele vir os meus amigos, quando nós virmos os
meus amigos, quando vós virdes os meus amigos, quando eles virem os
meus amigos. Assim, a segunda ocorrência significa “ver”, “observar”, “olhar”.
Veja:

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Chamará toda a turma para deslocar-se à reunião, quando observar que os


desentendimentos foram todos superados.
A alternativa (E) é a correta, pois “destacar”, nos dois contextos,
significam fazer sobressair, dar vulto ou relevo a:
Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se
destacasse o mais importante.
Gabarito: E

Questão 78: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio)


O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está
INCORRETO na frase
(A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão.
(dedicar)
(B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu)
(C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior.
(considerar)
(D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros.
(concedeu)
(E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta)
Comentário: Note que, na alternativa (D), podemos entender que “conceder”
significa doar, dar algo a alguém. Isso não ocorreu no contexto. Nesta frase, o
verbo “dar” encontra-se no sentido de “ocorrer”.
Gabarito: D

Questão 79: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio)


A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e
integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um
balde grande de plástico,” é:
(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado.
(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.
Comentário: No contexto, o verbo “pegou” está no sentido de “apanhar”,
“segurar”.
(A): “pegam” tem o mesmo sentido de abstraem, entendem.
(B): “Pegar” tem o mesmo sentido de conquistar, conseguir.
(C): “Pegou” tem o mesmo sentido de receber algo por influência.
(D): “Pegou” tem o mesmo sentido do verbo do pedido da questão:
“apanhar”. Porém, a construção sintática é diferente. Este verbo é transitivo
indireto, e o da frase da questão é transitivo direto.
(E): “Pegou” tem o mesmo sentido da frase acima e a mesma regência: são
transitivos diretos. Portanto, é a alternativa correta.
Gabarito: E

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Sinonímia: é um item de suma importância para a interpretação de textos e


também para a coesão referencial, pois se pode retomar palavra anteriormente
expressa por seu sinônimo, evitando a repetição viciosa. Há sinonímia quando
duas ou mais palavras têm o mesmo significado em determinado contexto.
O comprimento da sala é de oito metros.
A extensão da sala é de oito metros.
A substituição de comprimento por extensão não altera o sentido da
frase, pois os termos são sinônimos.
Em verdade, as palavras são sinônimas em certas situações, mas podem
não ser em outras. É a riqueza da língua portuguesa falando mais alto. Pode-
se dizer, em princípio, que face e rosto são dois sinônimos: ela tem um belo
rosto, ela tem uma bela face. Mas não se consegue fazer a troca de face por
rosto numa frase do tipo: em face do exposto, aceitarei.
Esse tema tem relação direta com a interpretação de texto. A prova
normalmente lista expressões com o mesmo sentido contextual. Então o que é
mais importante é a atenção na interpretação.
Questão 80: FIOTEC 2010 Agente Comunitário (banca Funrio)
Fragmento do texto: Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um
processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões
no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de
infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional,
além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Em “desenvolvimento cognitivo e emocional”, “cognitivo” refere-se a
A) afeto.
B) conhecimento.
C) equilíbrio.
D) sentimento.
E) comoção.
Comentário: Cognitivo é tudo aquilo que tem relação com cognição,
conhecimento. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 81: – 2012 (banca ESAF)


Fragmento do texto: A democracia de 1985, aliás, foi além da instituída em
1946, porque permitiu o voto do analfabeto, liberou os partidos comunistas e,
com o voto eletrônico e a propaganda na TV, fez despencar a fraude e a
influência do coronelismo. Então, por que teimamos em renegar nossa
responsabilidade na escolha de maus políticos?
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O sentido do verbo “renegar”, tal como empregado na penúltima linha do
texto, equivale ao de renunciar, rejeitar, prescindir de.
Comentário: A afirmativa está correta, pois “renegar” tem o sentido de
“dispensar”, “renunciar”, “rejeitar”. Note que imprescindível é aquilo que é
necessário, então a expressão “prescindir de” é o contrário, isto é, dispensar,
rejeitar.
Gabarito: C
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Questão 82: Secretaria de Fazenda RJ 2010 (banca ESAF)


Assinale a opção incorreta em relação ao texto abaixo.
1 O desemprego é cruel porque solapa um dos mais importantes valores
do homem: a dignidade. Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais
foram construídas ao longo dos séculos com o objetivo de imunizar a
sociedade dessa praga. Especialmente na Europa Ocidental, os governos
5 trataram de prover seus países de mecanismos de contenção dos choques
provocados pela falta de trabalho: seguro-desemprego, bolsa-
alimentação, previdência social e outros.
Alguns observam que os resultados não são expressivos. Outro jeito
de avaliá-los é levar em conta os enormes estragos econômicos, sociais e
10 principalmente políticos que sobreviriam se toda essa estrutura de
seguridade social não tivesse sido montada.
(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010, com adaptações)

a) O termo “porque”( .1) estabelece uma relação de causa e consequência


entre as ideias do período.
b) A palavra “solapa”( .1) está sendo empregada no sentido de destrói,
abala, mina.
c) O trecho “Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais foram
construídas”( .2 e 3) admite ser corretamente substituído por
Construíram-se dezenas de utopias e de arquiteturas sociais.
d) A expressão “dessa praga”( .4) retoma de forma coesiva a ideia de
“desemprego”.
e) Em “avaliá-los”( .9) o pronome “-los” retoma o antecedente “Alguns”.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a conjunção “porque” inicia
uma oração subordinada adverbial causal. Veja que podemos substituir esta
conjunção por “pois”, “porquanto”, “já que” etc. Veja:
O desemprego é cruel pois solapa um dos mais importantes valores do
homem: a dignidade.
O desemprego é cruel já que solapa um dos mais importantes valores do
homem: a dignidade.
Quando há uma oração subordinada adverbial causal, temos o motivo da
informação da oração principal, a qual é entendida como consequência. Assim,
percebemos que “O desemprego é cruel” é a oração principal e possui o valor
de consequência (resultado), e o motivo (a origem) é expresso pela oração
“porque solapa um dos mais importantes valores do homem: a dignidade”.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “solapar” tem o sentido de
arruinar, destruir. Assim, subentendemos também os verbos “abalar” e
“minar”.
A alternativa (C) está correta. Houve apenas a transformação da voz
passiva analítica em sintética. O verbo “Construíram” é transitivo direto, “se” é
o pronome apassivador, e o sujeito paciente é “dezenas de utopias e de
arquiteturas sociais”
A alternativa (D) está correta. Veja que “desemprego” é caracterizado

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como “cruel”. Isso permite que o autor utilize um vocábulo depreciativo, como
“praga” para fazer referência a ele.
A alternativa (E) é a errada, pois o pronome “-los” retoma o substantivo
“resultados”, e não o pronome “Alguns”.
Gabarito: E

Questão 83: Secretaria de Fazenda RJ 2010 (banca ESAF)


1 Se a primeira etapa da crise mundial, deflagrada por insolvências
no mercado de hipotecas americano, serviu de álibi para o governo partir
do diagnóstico correto de que era preciso aumentar os gastos para
executar os gastos errados — por não poderem ser cortados depois, na
5 hora de evitar pressões inflacionárias —, agora a crise na Europa mostra o
outro lado dessas liberalidades fiscais: a quebra técnica de países.
Entre as causas dos desequilíbrios orçamentários acham-se
injeções de recursos no mercado para evitar a desestabilização total do
sistema financeiro, criando déficits agravados pela recessão de 2009 e a
10 consequente retração na coleta de impostos. Mas há também muita
irresponsabilidade na concessão de aumentos a servidores públicos,
ampliação insensata de benefícios previdenciários e assistenciais.
Os desequilíbrios europeus, mais graves na Grécia, na Espanha, em
Portugal, na Irlanda e na Itália, funcionam como peça pedagógica para
15 Brasília, onde muitos bilhões em aumento de despesas têm sido
contratados.
(O Globo, Editorial, 28/5/2010)
Assinale a opção que apresenta o sentido em que a palavra está sendo
empregada no texto.
a) deflagrada( .1) terminada
b) insolvências( .1) inadimplências
c) álibi( .2) acusação
d) injeções( .8) subtrações
e) pedagógica( .14) deseducativa
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o vocábulo “deflagrada”
tem o sentido de “ocorrida”. Note que “terminada” tem o sentido de finalizada.
Assim, está fora do que o contexto permite interpretar.
A alternativa (B) é a correta, porque “solvência” é a qualidade do
“solvente” (aquele que paga). Com a inserção do prefixo de negação “in”,
temos o vocábulo “insolvência” tendo, então, o sentido contrário: aquele que
não paga (inadimplente).
A alternativa (C) está errada, pois “álibi” é o meio de defesa que o réu
apresenta provando sua presença, no momento do crime ou do delito, em
lugar diferente daquele em que este foi cometido. Já “acusação” é a imputação
do crime, incriminação.
A alternativa (D) está errada, pois “injeções” tem sentido de adição e
não de subtração.
A alternativa (E) está errada, pois “pedagógica” é referente à educação.
Já o adjetivo “deseducativa” é o contrário.

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Gabarito: B
Antonímia
Requer os mesmos cuidados da sinonímia. Na realidade, tudo é uma
questão de bom vocabulário. Antonímia é o emprego de palavras de sentido
contrário, oposto.
Ex.: É um menino corajoso. É um menino medroso.

Questão 84: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas
que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos
carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo
abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser
considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo:
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.
Comentário: No pedido da questão, a palavra “má” indica a qualidade ruim
da sinalização. A palavra “boa” significa grande quantidade. Assim como neste
contexto não ocorrem antônimos (sentidos opostos), devemos achar uma
alternativa que também não haja esse sentido oposto.
Na alternativa (A), “boa” e “má” transmitem sentidos opostos. O
primeiro com valor positivo e o segundo negativo. Assim também percebemos
nas alternativas (B), (D) e (E).
Porém, na alternativa (C), o adjetivo “má” transmite uma ideia de
característica negativa, enquanto “boa” transmite uma intensificação, isto é,
uma repreensão exemplar, profunda. Assim, não são antônimos.
Gabarito: C

Questão 85: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: O esquema é tão organizado que, além dos uniformes
produzidos e bancados pelos próprios jogadores, um juiz profissional é
convocado para apitar a partida. A árdua missão de pôr ordem na casa fica
para o professor Rafael. Para ele, a regra é clara.
De acordo com o fragmento, o professor Rafael tem uma “...árdua missão...”.
Dentre as palavras abaixo, aquela que significa o CONTRÁRIO da palavra em
destaque é
(A) difícil. (B) trabalhosa. (C) complicada. (D) fácil. (E) penosa.
Comentário: Pelo contexto e pelo valor semântico da palavra, não resta
dúvida de que o contrário de “árduo” é “fácil”.
Gabarito: D

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Questão 86: Casa da Moeda / 2005 / Médio (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: A Coroa pretendia impor o uso do idioma português
entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as
línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir.
Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes,
aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa.
A palavra que expressa o CONTRÁRIO do significado de “erradicar” é
(A) fixar. (B) tirar. (C) extrair. (D) eliminar. (E) desarraigar.
Comentário: Erradicar significa aniquilar, acabar de vez. Assim, fixar os
costumes indígenas certamente é o contrário.
Gabarito: A

Questão 87: REFAP / 2007 / Superior (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto:
Os habitantes dessas cidades tendem a fixar sua atenção em falhas que
podem ser sanadas, em defeitos que podem ser superados, em feridas que
podem ser curadas por um tratamento tópico. Falta-lhes a percepção de que
determinadas questões só poderiam ser efetivamente resolvidas por uma
mudança radical, através de um novo modelo.
O significado da expressão “tratamento tópico” está, no texto, em oposição a:
(A) aplicação de medidas superficiais.
(B) uso de medicação externa.
(C) execução de transformações radicais.
(D) colocação em prática de medidas oportunistas.
(E) emprego de normas circunstanciais.
Comentário: Sabemos que “tratamento tópico” é algo sem aprofundamento,
superficial. O texto nos mostra que falta a quem acredita neste tratamento
tópico a percepção de que determinadas questões só poderiam ser
efetivamente resolvidas por uma mudança radical, através de um novo
modelo. Assim, para realmente resolver, não pode ser por tratamento tópico.
O contrário é “transformações radicais”.
Gabarito: C

Questão 88: Prefeitura de Sorocaba - 2006– Auditor-Fiscal (banca VUNESP)


Fragmento do texto: Freud, que está escrevendo este texto sob a influência
da Primeira Guerra Mundial, insiste na importância de fazer o luto dos
perdidos renunciando a eles, e na necessidade de retirar a libido que se
investiu nos objetos para ligá-la em substitutos. São os objetos que passam e,
às vezes, agarrar-se a eles nos protege do reconhecimento da própria
finitude. Porém, a guerra e a sua destruição exigem o luto e nos confrontam
com a transitoriedade da vida, o que permite reconhecer a passagem do
tempo.
Em – ... e nos confrontam com a transitoriedade da vida... –
o antônimo do termo em destaque é

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(A) instabilidade.
(B) reversibilidade.
(C) mutabilidade.
(D) implacabilidade.
(E) perenidade.
Comentário: A expressão “transitoriedade da vida” tem relação com a
passagem do tempo. Ela não tem relação oposta com “instabilidade”,
“reversibilidade”, “mutabilidade” ou “implacabilidade”.
Veja que o oposto está em “perenidade”, que significa aquilo que não
acaba, permanece incessante, contínuo, eterno.
Como o contexto transmitiu a noção de passagem do tempo, passagem
da vida, há uma relação clara de oposição entre “transitoriedade” e
“perenidade”.
Gabarito: E

Questão 1: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida
pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção,
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população
jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Nesse segmento do texto, o termo empregado em sentido conotativo (ou
figurado) é:
(A) punição;
(B) remédio;
(C) violência;
(D) população;
(E) Estatuto.

Questão 2: CTI 2012 Tecnologista Pleno (banca Funrio)


Fragmento do texto: “Depois de liderar uma tocaia contra o inimigo de seu
patrão, o jagunço Natário da Fonseca recebe alguns alqueires próximos ao
palco da matança, onde passa a cultivar cacau. A chegada de comerciantes,
prostitutas e ex-escravos dá vida e contorno ao comércio do arraial.”
(Revista Literatura, nº 43. Junho/2012, p.64)
Listam-se abaixo alternativas que contêm vocábulos retirados do texto.
Assinale aquela em que se indica um termo cujo sentido não está em
consonância com o que foi assumido no texto.
A) alqueire: medida agrária, ainda usada no Brasil.

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B) ex-escravos: pessoas que deixaram de ser escravizadas.


C) jagunço: capanga, valentão a serviço de alguém, para defendê-lo ou
vingá-lo.
D) palco: parte do teatro onde os atores representam.
E) tocaia: emboscada; cilada; armadilha.

Questão 3: Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012 (banca ESAF)


1 Há evidências de um processo de fragilização da indústria nacional que, se
não for detido, poderá em prazos mais longos prejudicar o desenvolvimento
do país.
A preocupação com o setor não é um fetiche antiquado. Apesar de a
5 economia contemporânea propiciar outras fontes de criação de valor —
como é o caso dos serviços, cada vez mais globalizados —, a indústria
permanece como foco da incorporação de tecnologia e do aumento da
produtividade. Ela exerce, além disso, efeito multiplicador sobre outras
áreas.
(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 9/9/2012)
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A palavra “fetiche”( .4) está sendo empregada com o sentido figurado de
objeto de obsessão, de aspiração.

Questão 4: Analista de Finanças e Controle - CGU 2008 (banca ESAF)


Fragmento do texto: É preciso que sejam adotadas medidas indispensáveis
para dar continuidade ao crescimento, entre elas os investimentos necessários
à nossa infra-estrutura (energia elétrica, portos, rodovias e ferrovias), a
melhoria no nível da educação, aprovação das reformas tributária, sindical,
previdenciária e trabalhista e a desburocratização dos serviços públicos. Sem
isso, estaremos condenados à costumeira gangorra de sempre, com números
bons num ano e ruins no outro, eternos dependentes dos humores da
economia mundial.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A expressão “costumeira gangorra” ( . 6) está sendo empregada em sentido
denotativo.

Questão 5: MPOG 2009 – EPPGG (banca ESAF)


Fragmento do texto: A pior fase da crise foi superada, a reação começou e a
produção brasileira deve crescer neste ano 0,8%, segundo a nova projeção do
Banco Central (BC), contida no Relatório de Inflação, uma ampla análise
trimestral da economia nacional e do cenário externo. A estimativa é mais
animadora que a dos especialistas do setor privado. A Confederação Nacional
da Indústria (CNI) prevê uma contração de 0,4%. No setor financeiro, a bola
de cristal dos economistas indicava, no começo da semana, um PIB 0,57%
menor que o de 2008.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A expressão “bola de cristal” ( .6,7) está sendo empregada no sentido
denotativo de transparência.

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Questão 6: CEP 2015 Técnico de Enfermagem (banca IBFC)


Também tem de ser verde
(Jennifer ann Thomas)
A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou
considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da
eficiência passou a rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais
verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia,
a exemplo do petróleo, pelas renováveis. A energia solar, em especial, foi
alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas
que rondam as baterias: a eficiência e a sustentabilidade. Se toda a radiação
que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível
sustentara humanidade por 27 anos. Na prática, o que falta hoje para a
adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de
consumidores, para implantá-la. A startup alemã Changers achou uma boa
forma de incentivo.
A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus
carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados
dentro de uma bolsa. Após quatro horas carregando no sol, uma dessas
baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente
para recarregara bateria de um smartphone duas vezes no dia.
Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da
Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as
vantagens de adotar essa postura (mesmo que para isso seja preciso pagar
um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as
baterias carregadas com fontes sujas). [...] A fundadora da Changers, Daniela
Schiefer, afirma: “Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas
poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos
começar de algum lugar’ e mostrar quanto é fácil adotar posturas mais
conscientes”.
(Revista Veja, de 15/04/15 - adaptado)
Embora seja um texto informativo, é possível perceber a presença da
linguagem figurada em algumas passagens da notícia acima. Assinale a única
opção em que NÃO se perceba um exemplo de figura de linguagem.
a) “A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas ” (1°§)
b) “a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes” (1°§)
c) “Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas”
(2°§)
d) “Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos começar de algum lugar ” (3°§)

Questão 7: PC RJ 2014 Papiloscopista (banca IBFC)


Fragmento do texto: Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de
fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido,
morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo
deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem)
afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de

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Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem


morreu de fome. O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao
Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que
morreu de fome.
(...)
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma
ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas
regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido.
Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que
jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As
autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem.
Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada
mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
Em “Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens.”,
pode-se reconhecer a seguinte figura de linguagem:
a) Metonímia
b) Paradoxo
c) Antítese
d) Ironia
e) Eufemismo

Questão 8: SEDS-MG 2014 Agente de Segurança (banca IBFC)


No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a presença de uma
figura de linguagem denominada:
a) ironia
b) pleonasmo
c) comparação
d) metonímia

Questão 9: TRE AM 2014 Técnico-Judiciário (banca IBFC)


Gente-casa
Existe gente-casa e gente-apartamento. Não tem nada a ver com
tamanho: há pessoas pequenas que você sabe, só de olhar, que dentro têm
dois pisos e escadaria, e pessoas grandes com um interior apertado, sala e
quitinete. Também não tem nada a ver com caráter. Gente-casa não é
necessariamente melhor do que gente-apartamento. A casa que alguns têm
por dentro pode estar abandonada, a pessoa pode ser apenas uma fachada
para uma armadilha ou um bordel. Já uma pessoa-apartamento pode ter um
interior simples mas bem ajeitado e agradável. É muito melhor conviver com
um dois quartos, sala, cozinha e dependências do que com um labirinto.
Algumas pessoas não são apenas casas. São mansões. Com sótão e
porão e tudo que eles, comportam, inclusive baús antigos, fantasmas e alguns
ratos. É fascinante quando alguém que você não imaginava ser mais do que
um apartamento com, vá lá, uma suíte, de repente se revela um sobrado com
pátio interno, adega e solário. É sempre arriscado prejulgar: você pode

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começar um relacionamento com alguém pensando que é um quarto-e-sala


conjugado e se descobrir perdido em corredores escuros, e quando abre a
porta, dá no quarto de uma tia louca. Pensando bem, todo mundo tem uma
casa por dentro, ou no mínimo, bem lá no fundo, um porão. Ninguém é
simples. Tudo, afinal, é só a ponta de um iceberg (salvo ponta de iceberg, que
pode ser outra coisa) e muitas vezes quem aparenta ser apenas uma
cobertura funcional com qrt. sal. avab. e coz. só está escondendo suas
masmorras.
(VERlSSIMO, Luís Fernando.O Melhor das Comédias da Vida Privada. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2004)
Para construir seu texto, o autor fez uso recorrente de uma importante figura
de linguagem. Trata-se da:
a) metáfora.
b) comparação.
c) personificação.
d) metonímia.

Questão 10: PC RJ 2014 Oficial de Cartório (banca IBFC)


Fé - Esperança - Caridade
(Sérgio Milliet)
É preciso ter fé nesse Brasil
nesse pau-brasil
nessas matas despovoadas
nessas praias sem pescadores
É preciso ter fé
Nesse norte de secas
e de literatura
A esperança vem do sul
Vem de mansinho
contagiosa e sutil
vem no café que produzimos
vem nas indústrias que criamos
A esperança vem do sul
do coração calmo de São Paulo
É preciso ter caridade
e ter carinho
perdoar o ódio que nos cerca
que nos veste
e trabalhar para os irmãos pobres...
(Poetas do Modernismo. INL-MEC, Rio de Janeiro, 1972)
A linguagem figurada é uma importante ferramenta na construção de sentidos
nos textos. Considerando o contexto em que estão inseridos, nos versos “Vem
de mansinho” e “do coração calmo de São Paulo”, temos, respectivamente, as
seguintes figuras de linguagem:
a) metonímia e eufemismo
b) comparação e ironia
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c) hipérbole e metonímia
d) prosopopeia e metáfora
e) metonímia e ironia

Questão 11: PC RJ 2014 Oficial de Cartório (banca IBFC)


Fé - Esperança - Caridade
(Sérgio Milliet)
É preciso ter fé nesse Brasil
nesse pau-brasil
nessas matas despovoadas
nessas praias sem pescadores
É preciso ter fé
Nesse norte de secas
e de literatura
A esperança vem do sul
Vem de mansinho
contagiosa e sutil
vem no café que produzimos
vem nas indústrias que criamos
A esperança vem do sul
do coração calmo de São Paulo
É preciso ter caridade
e ter carinho
perdoar o ódio que nos cerca
que nos veste
e trabalhar para os irmãos pobres...
(Poetas do Modernismo. INL-MEC, Rio de Janeiro, 1972)
A linguagem figurada é uma importante ferramenta na construção de sentidos
nos textos. Considerando o contexto em que estão inseridos, nos versos “Vem
de mansinho” e “do coração calmo de São Paulo”, temos, respectivamente, as
seguintes figuras de linguagem:
a) metonímia e eufemismo
b) comparação e ironia
c) hipérbole e metonímia
d) prosopopeia e metáfora
e) metonímia e ironia

Questão 12: MPE SP 2014 Analista de Promotoria (banca IBFC)


Leia abaixo a parte inicial de um conto do famoso escritor argentino Julio
Cortázar.
Continuidade dos parques
Havia começado a ler o romance uns dias antes. Abandonou-o por
negócios urgentes, voltou a abri-lo quando regressava de trem a fazenda;
deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.
Essa tarde, depois de escrever uma carta a seu procurador e discutir com o
capataz uma questão de parceria, voltou ao livro na tranqüilidade do escritório

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que dava para o parque de carvalhos. Recostado em sua poltrona favorita, de


costas para a porta que o teria incomodado como uma irritante possibilidade
de intromissões, deixou que sua mão esquerda acariciasse uma e outra vez o
veludo verde e se pôs a ler os últimos capítulos. Sua memória retinha sem
esforço os nomes e as imagens dos protagonistas; a ilusão romanesca o
ganhou quase em seguida. Gozava do prazer quase perverso de ir se
afastando linha a linha daquilo que o rodeava, e sentira ao mesmo tempo que
sua cabeça descansava comodamente no veludo do alto respaldo, que os
cigarros continuavam ao alcance da mão, que além dos janelões dançava o ar
do entardecer sob os carvalhos. Palavra a palavra, absorvido pela sórdida
desunião dos heróis, deixando-se levar pelas imagens que se formavam e
adquiriam cor e movimento, foi testemunhado último encontro na cabana do
monte.
Como dito, o excerto que você acabou de ler pertence a um conto, isto é, um
tipo de texto literário cuja linguagem é trabalhada pelo autor para que sejam
alcançados determinados efeitos estéticos. As figuras de linguagem são
poderosos recursos estilísticos que contribuem para a criação desses efeitos.
No que se refere às figuras de linguagem, os trechos “de costas para a porta
que o teria incomodado como uma irritante possibilidade de intromissões” e
“além dos janelões dançava o ar do entardecer sob os carvalhos” constituem,
respectivamente:
a) personificação e comparação
b) símile e prosopopeia
c) personificação e símile
d) personificação e prosopopeia
e) símile e comparação

Questão 13: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)

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A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz


humor apoiada numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa
denominada:
(A) metáfora;
(B) metonímia;
(C) hipérbole;
(D) pleonasmo;
(E) catacrese.

Questão 14: EBSERH/HU-UFMA 2015 Técnico Enfermagem (banca AOCP)


Fragmento do texto: Antes da neurociência, os pesquisadores acreditavam
que o processo mental acontecia de maneira gradual. “Seu cérebro está
sempre trabalhando e adquirindo informações. Descobrimos que esse
processo não é gradual, mas, repentino. É um conjunto de ações que acontece
do nada, sem que você possa forçar ou evitar”, conta Kounios.
Em “Descobrimos que esse processo não é gradual, mas, repentino.”, ocorre a
figura de estilo denominada
(A) hipérbole. (B) metáfora. (C) eufemismo. (D) elipse. (E) ironia.

Questão 15: EBSERH - 2015 Técnico Citopatologia (banca AOCP)


Fragmento do texto: Giovanna tinha 36 anos. Lutava contra um câncer na
cabeça há dois. Era jornalista. Ela nos deixou no domingo, dia 31 de agosto.
Era minha amiga. Sérgio Rodrigues tinha 87 anos.
Em “Lutava contra um câncer na cabeça há dois.”, ocorre a omissão de dois
termos da oração. Essa omissão, que é uma figura de estilo, denomina-se
(A) metáfora. (B) elipse. (C) comparação. (D) hipérbole. (E) eufemismo.

Questão 16: EBSERH 2014 Estatística (banca AOCP)


Em “Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar na água do
mar. Às vezes você nada, outras vezes você boia...”, existem duas figuras de
linguagem. São elas:
(A) sinédoque e hipérbole.
(B) onomatopeia e hipérbole.
(C) comparação e metáfora.
(D) anacoluto e silepse.
(E) hipérbole e comparação.

Questão 17: PMMG 2013 Comunicações (banca CRS PMMG)


Marque a alternativa CORRETA que apresenta um exemplo de metonímia:
A. ( ) João se alimenta como um pássaro.
B. ( ) As fêmeas cassam para o rei dos animais.
C. ( ) Gosto de ler Machado à noite.
D. ( ) Antônio foi um burro.

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Questão 18: PMMG 2013 – Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Marque a alternativa CORRETA. No trecho, “Recostou-se na amurada, usando
a luz do alpendre como uma atriz num palco, e sua voz quente convidou”, o
termo em negrito representa a seguinte figura de linguagem:
A. ( ) Sinestesia.
B. ( ) Anacoluto.
C. ( ) Polissíndeto.
D. ( ) Perífrase.

Questão 19: PMMG 2013 – Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Marque a alternativa CORRETA, cuja oração apresenta um paradoxo.
A. ( ) Oh, desafortunado amigo, cuja glória o leva a semear e colher
felicidade.
B. ( ) O vento forte dizia-lhe ao pé do ouvido o quão perigoso seria insistir
na travessia do deserto escaldante.
C. ( ) Na ânsia de chegar, voavam baixo pela estrada sinuosa.
D. ( ) Pacientemente, limava, cortava, limpava e voltava a limar a pequena
obra de arte.

Questão 20: PMMG CFO 2010 (banca CRS PMMG)


As figuras de linguagem são recursos especiais de que se vale quem fala ou
escreve, para comunicar à expressão mais força e colorido, intensidade e
beleza. As frases abaixo apresentam, respectivamente, figuras de linguagem
assim classificadas:
1. “Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o
direito de defesa”.
2. “Cada gota do meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência
(...)”.
3. “O minuano dum áspero agosto soprou o Pe. Gerôncio Albuquerque para
o Reino do Céu (...)”.
A. ( ) polissíndeto, metáfora e metonímia.
B. ( ) repetição, comparação e sinestesia.
C. ( ) polissíndeto, metáfora e eufemismo.
D. ( ) repetição, comparação e eufemismo.

Questão 21: PMMG CFO 2009 (banca CRS PMMG)


“Não é difícil especular (verbo que, no fundo, é um dos sinônimos de fofocar)
sobre a origem do hábito.”
Pode-se afirmar que no trecho acima há a presença de:
A. ( ) anacoluto.
B. ( ) metalinguagem.
C. ( ) antonomásia.
D. ( ) homeoteleuto.

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Questão 22: PMMG CHO 2009 (banca CRS PMMG)


Leia a passagem abaixo:
“Mas como criminalizar downloads de música quando milhares de Ipods são
distribuídos em palito de picolé?”
Pode-se afirmar que o período acima foi construído, semanticamente, por
meio de um (a):
A. ( ) antonomásia
B. ( ) hipérbato
C. ( ) pleonasmo
D. ( ) metáfora

Questão 23: PMMG CHO 2009 (banca CRS PMMG)


Leia o trecho abaixo:
“Fenômenos que provam que são possíveis novas formas de produção,
consumo e distribuição das informações e imagens. E que estão deixando a
mídia tradicional desnorteada, pois não sabem como lidar com os novos
‘prossumidores’ (neologismo para o consumidor ativo, que produz).”
A expressão sublinhada acima demonstra a ocorrência de:
A. ( ) anacoluto, porque há uma alteração das relações normais entre os
termos da oração.
B. ( ) elipse, porque fica óbvio a que termo da oração “não sabem” se refere.
C. ( ) silepse de número, porque “não sabem” se refere a “mídia tradicional”.
D. ( ) solecismo, porque o correto seria “não sabe”, com referência à palavra
“mídia”.

Questão 24: PMMG 2013 CHO/CSTGSP (banca CRS PMMG)


Tendo em vista as figuras de linguagem, marque a alternativa CORRETA:
A. ( ) A mim resta-me calar. (Elipse)
B. ( ) Com o fim do namoro, chorou rios de lágrimas. (Gradação)
C. ( ) Amor é fogo que queima sem se ver. (Perífrase)
D. ( ) Tomou um copo de cerveja. (Metonímia)

Questão 25: PMMG 2014 CHO/CSTGSP (banca CRS PMMG)


Leia as frases abaixo, em seguida, marque a alternativa CORRETA que
corresponda à sequência de figuras de linguagens que se refere às palavras
em destaque:
I. Maria Cândida tem olhos de violeta.
II. A equipe do cruzeiro venceu, mas foi uma amarga vitória.
III. Pedro trazia no rosto a velhice estampada.
IV. Hitler foi cruel como um monstro.
V. O governo acredita que até o ouro negro irá jorrar no pré-sal.
A. ( ) I – metonímia; II – metáfora; III – comparação; IV - metonímia; V –
perífrase.

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B. ( ) I – comparação; II – metáfora; III – metonímia; IV - perífrase; V –


metonímia.
C. ( ) I – metáfora; II – metáfora; III – metonímia; IV - comparação; V –
perífrase.
D. ( ) I – metáfora; II – metáfora; III – metonímia; IV - comparação; V –
metonímia.

Questão 26: PMMG 2010 CFS QPE (banca CRS PMMG)


Em “Diante de tanta tristeza, ela preferiu faltar com a verdade”, encontra-se a
seguinte figura de linguagem:
A. ( ) Hipérbole
B. ( ) Perífrase
C. ( ) Eufemismo
D. ( ) Anacoluto

Questão 27: CVM Médio 2008 (banca NCE)


“Calor: assassino em série”
Os lemingues podem ter-se tornado as primeiras vítimas do aquecimento
global na Europa. Cientistas da Noruega atribuíram à elevação de temperatura
registrada no norte europeu a morte em massa de lemingues, observada nos
últimos anos.
O título de “Calor: assassino em série” exemplifica um tipo de linguagem
figurada denominado metáfora; ocorre, no caso dessa figura:
(A) uma comparação entre calor e assassino em série;
(B) uma personificação do calor;
(C) a presença de elementos de sentido oposto;
(D) um emprego repetitivo de termos;
(E) uma concordância de base ideológica.

Questão 28: DOCAS Médio 2007 (banca NCE)


Na frase “a televisão é uma mamadeira visual” há um exemplo de figura
denominada:
(A) metonímia; (B) ironia; (C) metáfora; (D) catacrese; (E) hipérbole.

Questão 29: IBGE Médio 2005 (banca NCE)


Fragmento do texto: A decisão do STF é perfeitamente lógica e defensável
do ponto de vista teológico, mas é um monstro do ponto de vista jurídico. No
universo da fé, a vida é uma dádiva divina. Só Deus pode tirá-la.
No segmento “a vida é uma dádiva divina” há a presença de um exemplo de
linguagem figurada, denominado:
(A) antítese; (B) metáfora; (C) hipérbole;
(D) eufemismo; (E) pleonasmo.

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Questão 30: ANTT Superior 2008 (banca NCE)


EXTERMÍNIO SEM PRECEDENTES
O número de animais na Terra tem sido reduzido num ritmo dez mil
vezes maior do que o natural. De 1970 a 2005, o mundo sofreu uma redução
de um terço da diversidade animal devido à ação humana.
Como as grandes forças naturais, a exemplo de quedas de asteróides e
erupções vulcânicas cataclísmicas, o homem se transformou numa força capaz
de alterar a vida na Terra. De acordo com o relatório da Sociedade Zoológica
de Londres, o planeta não via nada assim, desde a grande onda de extinção
há 65 milhões de anos, que varreu 95% das formas de vida e pôs fim à era
dos dinossauros. Acredita-se que ela tenha sido provocada pela queda de um
asteróide.
Metonímia é uma construção textual em que ocorre uma substituição de um
termo que representa a parte por um outro termo que representa o todo; essa
figura aparece no texto em:
(A) “Como as grandes forças naturais, a exemplo de quedas de asteróides e
erupções vulcânicas cataclísmicas, o homem se transformou numa força
capaz de alterar a vida na Terra”;
(B) “De acordo com o relatório da Sociedade Zoológica de Londres, o planeta
não via nada assim, desde a grande onda de extinção há 65 milhões de
anos...”;
(C) “...que varreu 95% das formas de vida e pôs fim à era dos dinossauros”;
(D) “ Acredita-se que ela tenha sido provocada pela queda de um asteróide”;
(E) “Extermínio sem precedentes”.

Questão 31: Min Cultura Superior 2002 (banca NCE)


Fragmento do texto: “[...] Assim como a miséria foi sendo construída com a
indiferença frente à exclusão e à destruição das pessoas, a negação da
miséria começa a se realizar com a prática cotidiana, ampla e generosa da
solidariedade.
A frieza construiu a miséria. Construiu as cidades cheias de gente e de
muros que as separam como estranhos que se ignoram e se temem. A
solidariedade vai destruir as bases da existência da miséria. É uma ponte
entre as pessoas.
Na frase “A frieza construiu a miséria”, pelo fato de o substantivo frieza estar
em lugar de pessoas frias, dizemos que aí há um exemplo de uma figura
denominada:
(A) metonímia; (B) metáfora; (C) comparação;
(D) prosopopéia; (E) catacrese.

Questão 32: CVM Superior 2008 (banca NCE)


“O mundo não dá sinais de que vá consumir menos energia”; esse segmento
do texto exemplifica um tipo de linguagem figurada denominado:
(A) eufemismo; (B) hipérbole; (C) antítese;
(D) metonímia; (E) catacrese.

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Questão 33: CGJ RJ Superior 2002 (banca NCE)


“A América Latina, tão viciada em ditadores, viu surgir na década de 80...”;
nesse segmento do texto aparece um exemplo de linguagem figurada
denominada:
(A) metonímia; (B) sinestesia; (C) metáfora;
(D) comparação; (E) pleonasmo.

Questão 34: Câmara Mun Médio 2008 (banca NCE)


Fragmento do texto: O debate ecoou com força no Brasil porque, na semana
passada, o representante especial da ONU para o direito à alimentação, Jean
Ziegler, declarou que a culpa da fome mundial é dos biocombustíveis. Trata-se
de um “crime contra a humanidade”, disse Ziegler.
Ao dizer que a atenção dada à produção de biocombustíveis é um “crime”, o
representante da ONU utiliza um caso de linguagem figurada denominado:
(A) hipérbole; (B) metonímia; (C) prosopopeia;
(D) metáfora; (E) eufemismo.

Questão 35: CGJ RJ Superior 2002 (banca NCE)


Fragmento do texto: Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha
vida e faltavam dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório,
olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu
uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
um menino.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, braços
dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia
esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como
podia estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento
de sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor
abandonado.
“... era um bicho...”; a figura de linguagem presente neste segmento do texto
é uma:
(A) metonímia; (B) comparação ou símile; (C) metáfora;
(D) prosopopéia; (E) personificação.

Questão 36: CEPISA 2007 Advogado (banca Consulplan)


Silepse é uma concordância anormal feita com a idéia que se faz do termo e
não com o próprio termo. Há um exemplo de silepse em:
A) “Eu sei que toda gente despreza o chuchu...”
B) “... cucurbitácia reles que medra em qualquer beirada de quintal”.
C) “ ... os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas...”
D) “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer
sem quase...”
E) “Então a alface deixou de ser água e celulose...”

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Questão 37: Prefeitura de Palmas –TO - 2011 – Administrador (banca FDC)


TEXTO 1 – MEIA AMAZÔNIA NÃO.
Existe um projeto de lei que vai acelerar a destruição da Amazônia.
A floresta é responsável pela maioria das chuvas que abastecem o Sul e
o Sudeste, garantindo ao país uma grande vantagem na produção agrícola e
na geração de energia. Inclusive o que chega à sua casa.
Cada vez que uma árvore da Amazônia é derrubada, esse patrimônio
fica ameaçado.
O problema é sério. E você pode ajudar a impedir.
(http://www.meiamazonianao.org.br/)
Nos versos iniciais do Hino Nacional Brasileiro:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante”
Há a presença de dois tipos de linguagem figurada, que são:
A) metáfora e antítese B) antítese e hipérbato
C) metonímia e metáfora D) personificação e metonímia
E) hipérbato e personificação

Questão 38: DMAE-RS 2011 Administrador (banca Consulplan)


Assinale a alternativa que contenha um exemplo de linguagem denotativa.
A) “Nos seus verdes anos tudo se perdeu sem que ele pudesse aproveitar.”
B) “Ser verde é mais uma questão de postura e ação do que de discurso.”
C) “Sempre jogava verde quando queria obter informações.”
D) “Verde de fome chegou em casa, depois de um dia inteiro de provas.”
E) “A casa verde tinha folhagens tão densas que quase não se via as janelas.”

Questão 39: Prefeitura CV-MT 2010 Fisioterapeuta (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Há papéis de visão amarga, que eu deveria ter rasgado
dez anos atrás; mas a mão caprichosa de minha jovem secretária, que o
preservou carinhosamente, não será a própria mão da consciência a me
apontar esse remorso velho, a me dizer que devo lembrar o quanto posso ser
inconsciente e egoísta? Seria melhor talvez esquecer isso; e tento me
defender diante desse papel velho que me acusa do fundo do passado.
“Há papéis de visão amarga.” No trecho anterior temos um exemplo de:
A) Catacrese. B) Ironia. C) Metonímia. D) Perífrase. E) Prosopopeia.

Questão 40: Prefeitura Londrina-PR 2011 Professor (banca Consulplan)


“Entra ano sai ano, as tempestades de verão continuam atormentando a vida
de milhares de pessoas nos estados do sul e sudeste do país.” O excerto
anterior constitui um exemplo de figura de linguagem denominada:
A) Paronomásia. B) Antonomásia. C) Perífrase. D) Metonímia. E) Prosopopeia.

Questão 41: Prefeitura P. Redondo-SE 2010 Médico (banca Consulplan)


Há um exemplo de prosopopeia em:

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A) “Duas mães deixam num barraco imundo cinco crianças, algumas com
menos de 6 anos.”
B) “Mantive um laço estreito com esse universo, e quando posso durmo de
janelas e cortinas abertas, para sentir a respiração do mundo.”
C) “As crianças, de tão fracas, mal conseguem se alimentar. O homem chora:
tem três filhos (...)”
D) “Criminosos sequestram casais ou famílias inteiras e os submetem aos
maiores vexames e terror.”
E) “Antes de usar um adesivo ‘salve as baleias’, eu quero um adesivo ‘salve
as pessoas, que são parte da natureza’.”

Questão 42: Prefeitura Ritápolis-MG 2006 Dentista (banca Consulplan)


Hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em exagerar as coisas,
extrapolando a realidade. Há um exemplo de hipérbole em:
A) “Raspava, examinava a cavidade...”
B) “Assim, a partir daí, todas as tardes.”
C) “... reivindicou direito às paredes da cozinha.”
D) “... tendo esquecido de trancar a porta, foi surpreendido pela mulher.”
E) “Já estava quase transparente a parede atrás do armário...”

Questão 43: Prefeitura C.M.-MG 2009 Enfermeiro (banca AOCP)


“Talvez Brasília só tenha assistido tamanho servilismo por parte de
estudantes universitários brasileiros quando...”
A expressão destacada no fragmento acima constitui um exemplo de
(A) metáfora. (B) personificação. (C) catacrese.
(D) metonímia. (E) sinestesia.

Questão 44: Prefeitura C.M.-MG 2009 Enfermeiro (banca AOCP)


Assinale a alternativa cuja expressão é um exemplo de catacrese.
(A) “...foi organizada a Arena Jovem, braço do partido...”
(B) “Por mais verbas para as universidades públicas?”
(C) “...ficaram alojados em nove escolas públicas de Brasília...”
(D) ”A UNE protestou contra a criação da CPI da Petrobras...”
(E) “Quando isso ocorre é sintoma de alguma moléstia social.”

Questão 45: MPE-ES 2007 Agente de Promotoria (banca NCE)


“Enfim, os servidores, levados pelas mãos da Justiça, acabam de desembarcar
no Brasil real”; a figura de linguagem que está presente nesse segmento do
texto, entre as que estão abaixo, é:
(A) metáfora; (B) perífrase; (C) paradoxo;
(D) personificação; (E) hipérbato.

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Questão 46: Prefeitura 2008 Assistente Social (banca Funrio)


Na frase “Mas a família, esse chão sobre o qual caminhamos por toda a vida,
seja ele esburacado ou plano, ensolarado ou sombrio, não é uma escolha
nossa”, encontramos, respectivamente,
A) eufemismo e ironia. B) hipérbole e quiasmo.
C) metáfora e antítese. D) metonímia e hipálage.
E) símile e litotes.

Questão 47: JUCERJA 2008 Administrador (banca Funrio)


A propósito do emprego da linguagem figurada presente no poema de Vinícius
de Moraes, é correto afirmar que, nos versos “Sendo a sua liberdade/Era a
sua escravidão”, há
A) antítese. B) eufemismo. C) metáfora.
D) metonímia. E) comparação.

Questão 48: Prefeitura Niterói 2008 Assistente Social (banca Funrio)


“Gente pobre e gente rica.”
Na frese acima, verifica-se a seguinte figura de linguagem:
A) eufemismo B) hipérbole C) prosopopeia
D) onomatopéia E) antítese

Questão 49: Prefeitura Niterói 2008 Assistente Social (banca Funrio)


Fragmento do texto: Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo,
todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento
feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim
punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos
costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho
e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar
de novo o acorde final.
“Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.”,
no fragmento ocorre um(a)
A) eufemismo. B) personificação. C) onomatopeia.
D) comparação. E) metonímia.

Questão 50: Polícia Rodoviária Federal 2008 (banca Funrio)


Observe o trecho de “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo:
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, [...]. Um acordar alegre e
farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.”
Seu autor utiliza o seguinte recurso estilístico:
A) eufemismo. B) gradação. C) comparação.
D) antítese. E) personificação.

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Questão 51: TCE SE 2015 – Analista de Tecnologia (banca FGV)


Exigências da vida moderna
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma
xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o
que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém
sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma
Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho
branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro
bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo
isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
(Luiz Fernando Veríssimo)
“Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que
consome o dobro do tempo”.
O segundo parágrafo do texto 2 entra em coesão com o anterior pela:
(A) repetição de uma mesma estrutura;
(B) referência a um termo anterior por meio do pronome “los”;
(C) referência a um trecho anterior por meio de “o que”;
(D) repetição do numeral “dois” por meio da palavra “dobro”;
(E) continuidade do uso de um mesmo tipo de variação linguística.

Questão 52: Prefeitura de Osasco – Analista 2014 (Banca FGV)


Fragmento do texto: Em um belo dia a deusa dos ventos beija o pé do
homem, o maltratado, desprezado pé, e desse beijo nasce o ídolo do futebol.
Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma
bola.
Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança alegra os
descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até
que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e quando jovem voa e
faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões,
domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação.
No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai
(...)”, o valor estilístico da repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no
contexto:
(A) acréscimo;
(B) ampliação;
(C) reiteração;
(D) intensificação;
(E) redundância.

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Questão 53: Compesa 2014 – Técnico em Contabilidade (banca FGV)


“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais
os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa
reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se o dia tem 24
horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas – uma
para o trabalho, outra para descanso e lazer e outra para o estudo.”
O segundo termo sublinhado estabelece com o primeiro o mesmo tipo de
relação de coesão que ocorre em
(A) Construir estradas de ferro parece ser uma solução para o transporte de
mercadorias, mas os construtores reclamam das más condições de
trabalho.
(B) Aderir a manifestações de rua virou moda no Brasil, mas a adesão já
trouxe muitos problemas a alguns manifestantes.
(C) Os movimentos grevistas cresceram no país, mas crescer não significa
obrigatoriamente aumento de consciência política.
(D) Eclodiram nos Estados Unidos diversas greves e essa explosão acarretou
mudanças nas leis trabalhistas.
(E) Dividir o dia em três partes é uma criação engenhosa, mas dividirem-no
assim atende a interesses dos patrões.

Questão 54: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


“Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série
de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro Nacional de
Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa de Apoio
Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou se o Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda
estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres.
Faltam políticas integradas para redução de riscos”.
Nas alternativas a seguir, a substituição do termo sublinhado foi feita por
outro equivalente de modo adequado, à exceção de uma. Assinale a.
(A) desastre / catástrofe
(B) reestruturou se / reorganizou se
(C) monitoramento / acompanhamento
(D) integradas / conjuntas
(E) redução / eliminação

Questão 55: Funarte 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV)


“Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as
tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse
visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides
salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude
humanitária”.
Desse segmento do texto, o elemento de coesão identificado erradamente é:

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(A) Aristides / forma abreviada de Aristides de Souza Mendes;


(B) o país / hiperônimo de Portugal;
(C) o ditador / qualificação de Salazar;
(D) sua / possessivo referente a Aristides de Sousa Mendes;
(E) atitude humanitária / referência a salvar judeus da morte.

Questão 56: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


“Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por
desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil.
Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil
sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente
após os mesmos”.
Nesse segmento do texto, as palavras ou expressões que estabelecem coesão
referencial com termos anteriores são
(A) destas – suas – os mesmos.
(B) Atlas dos Desastres Naturais do Brasil destas – os mesmos.
(C) mais de 6 milhões – cerca de 480 mil – quase 3,5 mil.
(D) por – como – mais de – após.
(E) destas – os mesmos.

Questão 57: SSP AM 2015 – Técnico de Nível Superior (banca FGV)


“Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que
permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos
animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés,
muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das
crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como
“babysitters”.”
Esse segmento do texto 2 mostra uma série de elementos coesivos; a opção
em que o termo anteriormente referido está indicado INADEQUADAMENTE é:
(A) esta / necessidade de interação;
(B) que / esta necessidade de interação;
(C) crianças / bebés;
(D) creche / creches;
(E) nas / crianças.

Questão 58: Prefeitura de Osasco – Analista 2014 (Banca FGV)


Assinale a alternativa em que AMBOS os termos destacados retomam
referentes anteriormente expressos:
(A) (...) vem ao mundo abraçado a uma bola;
(B) a bola o procura; (...) [ele] a faz falar;
(C) a bola ri, radiante, no ar; ele a amortece;
(D) nasce o ídolo de futebol; [a bola] o reconhece;
(E) o ídolo não cai inteiro; a multidão o devora.

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Questão 59: Pref Recife - Assistente Administrativo 2014 (banca FGV)


“O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
mundo”.
“Isso se dá graças à tecnologia de informação”; a forma ISSO se justifica
porque:
(A) se refere a algo ocorrido no passado;
(B) se liga a algo dito anteriormente;
(C) se prende a algo perto do leitor;
(D) se refere a um de dois termos citados antes;
(E) traduz um valor depreciativo.

Questão 60: Funarte 2014 – Superior (banca FGV)


Fragmento do texto: Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a
sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até
demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um
jeito; a capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que,
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas
no parágrafo anterior, o cronista empregou, respectivamente, as palavras “a
primeira” e “a segunda”. Caso fossem empregados pronomes demonstrativos
em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam,
respectivamente:
(A) esta / essa; (B) essa / aquela; (C) aquela / esta;
(D) aquela / essa; (E) essa / esta.

Questão 61: Funarte 2014 – Superior (banca FGV)


“Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca
se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no
Brasil, uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental”.
As formas sublinhadas do demonstrativo se justificam porque:
(A) se referem a algo bastante distante no tempo;
(B) se ligam a termos afetivamente próximos;
(C) se prendem a elementos textuais próximos do leitor;
(D) denotam algo que está afastado do emissor e do receptor;
(E) indicam algo referido de modo vago, pouco definido.

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Questão 62: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer
para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder,
afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição,
contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte,
as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e
multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras
áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer
amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos
lembrar que nada é absoluto, mas relativo.
Em “No direito e na medicina isso é mais complexo,”, o elemento destacado
faz referência semântica, especificamente, a que passagem do texto?
(A) “...cometo todos os erros...”
(B) “...o mundo não acaba amanhã...”
(C) “retirando a morte,”
(D) “as decisões podem ser adiadas,”
(E) “...em muitas outras áreas...”

Questão 63: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à
internação, há uma série de outras menos severas, como a advertência, a
prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que (1) são
frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade,
mesmo em casos em que (2) isso não se justifica”.
Nesse segmento do texto, o elemento que NÃO estabelece coesão formal com
nenhum termo anterior é:
(A) outras;
(B) advertência;
(C) que (1);
(D) que (2);
(E) isso.

Questão 64: Funarte 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV)


Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser
dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar
no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que
sabereis extrair a moral da história.
No primeiro parágrafo há um conjunto de pronomes que se referem a
elementos do texto ou da situação. O elemento referido está corretamente
indicado em:
(A) trago-vos – o autor e leitores do texto;
(B) que possa – o leitor individual do texto;
(C) Falam-nos – os leitores do texto;
(D) sua leitura – leitura do texto da prova;
(E) nossas vidas – vidas dos livros lidos.

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Questão 65: Prefeitura de Recife Assistente Administrativo 2014 (banca FGV)


“O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
mundo”.
Nesse segmento do texto 2, os vocábulos que estabelecem coesão com algum
termo anterior são:
(A) seu / países / guerras; (B) países / guerras / espectadores;
(C) guerras / espectadores / isso; (D) espectadores / isso / que;
(E) seu / isso / que.

Questão 66: Prefeitura de Recife – 2014 Auditor (banca FGV)


“Torço pelas salas de cinema de rua e as frequento com assiduidade, apesar
da inconveniência dos portadores de celulares e tablets, da barulhada com
comilança, dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência
de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários que, entre um
despreparo e outro, lançam a cara feia para cinéfilos que acompanham os
créditos até o fim”.
Os vocábulos sublinhados têm a função de
(A) esclarecer o significado de alguns vocábulos.
(B) organizar o discurso, repetindo alguns termos.
(C) evitar a presença de muitas frases curtas.
(D) substituir orações anteriores para abreviar o discurso.
(E) estabelecer coerência entre elementos do texto.

Questão 67: SEGEP MA 2014 – Auditor (banca FGV)


Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na
sua origem um defeito que as condenava.
Sobre os componentes dessa primeira frase do texto, assinale a afirmativa
correta.
(A) “até” indica um ponto limite no espaço.
(B) “hoje” se refere ao momento de produção do texto.
(C) “sua” se refere a “distopias”.
(D) “que” tem por antecedente “origem”.
(E) “as” substitui “utopias” e “distopias”.

Questão 68: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
“No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro
na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado
por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi
localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que não deixam
dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso”.

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Nesse segmento inicial do texto, o vocábulo que tem seu sentido especificado
por razões situacionais, ou seja, por elementos de fora do texto propriamente
dito, é:
(A) mês (B) vítima (C) rapaz (D) criminoso (E) que

Questão 69: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


Não é a chuva (fragmento)
Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que
os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela
cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no
trabalho. Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos
nas ruas; falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?
Errado.
Semáforos, por exemplo. Eles poderiam ter a fiação enterrada ou a
fonte de energia e os sistemas de controle automático protegidos por caixas
blindadas. Isso não é nenhuma maravilha da tecnologia, algo revolucionário.
Existe em qualquer cidade organizada. E tanto é acessível que já há projetos
para a instalação desses equipamentos em São Paulo. Se não avança, é culpa
dos administradores – não da chuva.
Quanto aos alagamentos, ocorrem por falta de algum serviço ou obra,
esta já prevista. Podem reparar. Sempre aparece alguma autoridade municipal
ou estadual dizendo que a enchente aqui será resolvida com um piscinão, ali
com a canalização de um córrego, em outra rua com a simples limpeza dos
bueiros, e assim vai. De novo, sabe se o que é preciso fazer, mas não se faz.
Também não é culpa da chuva.
(Carlos Alberto Sardenberg. O Globo, 28/02/2013)
Os termos “aqui” e “ali” indicam lugares
(A) citados anteriormente.
(B) escolhidos como exemplos.
(C) reconhecidos pelos leitores.
(D) citados indeterminadamente.
(E) certamente distantes.

Questão 70: CITEPE / 2011 / Médio (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com
que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz
ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.
Em “Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o
imperador.”, o elemento destacado é um conector de
(A) inclusão (B) oposição (C) comparação
(D) explicação (E) retificação

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Questão 71: EBC – 2011 – nível médio (banca CESPE)


Fragmento de texto: Meios de comunicação de massa financiados por
dinheiro público e livres do controle privado comercial têm sido um modelo de
comunicação bastante explorado e consolidado na maioria das democracias
modernas. Trata-se de algo tão antigo quanto o próprio surgimento da TV e
do rádio. Diversos países sustentam hoje robustas corporações de mídia
pública que concentram substancial fatia da audiência e são reconhecidas pela
qualidade no conteúdo que produzem e transmitem.
Uma das mais antigas em operação é a BBC do Reino Unido, criada nos
anos 20 do século passado. A BBC tem servido como modelo para muitas
outras experiências que surgiram durante todo o século passado.
Julgue a afirmativa com C (CERTA) e E (ERRADA)
No trecho “Uma das mais antigas” (linha 8), a elipse da expressão
“corporações de mídia pública” funciona como recurso coesivo.

Questão 72: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio (banca CESPE)


Fragmento de texto: Na verdade, idealiza-se o que fazer (e que dificilmente
acontece), esquecendo-se do presente. Geralmente, as expectativas centradas
nesse futuro refletem uma insatisfação com a situação presente, tanto no
nível pessoal como no profissional.
Julgue a afirmativa com C (CERTA) e E (ERRADA)
No final do parágrafo, está implícita a palavra nível antes do termo
“profissional”.

Questão 73: Pref Recife – Analista 2014 (Banca FGV)


O perigo da intolerância religiosa
A tolerância religiosa no Brasil nunca foi pura e simplesmente uma medida
imposta por decreto. É antes disso um aspecto cultural. Por um lado, foi
preciso incluir na Constituição artigo resguardando a liberdade de culto e
proteção contra a discriminação, porque tais garantias não seriam naturais;
por outro, a convivência entre credos distintos foi facilitada pela formação do
povo. A miscigenação e a intimidade entre a casagrande e a senzala
resultaram em mecanismos de acomodação, como o sincretismo que uniu
religiões aparentemente tão diferentes quanto o catolicismo e o candomblé.
(O Globo, 17/8/2014)
“É antes disso um aspecto cultural.”
A expressão “antes disso” mostra valor semântico de
(A) oposição.
(B) tempo.
(C) conclusão.
(D) explicação.
(E) modo.

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Questão 74: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a
promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o
direito de patentes...”.
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a
opção em que o sentido desse mesmo verbo está corretamente indicado é:
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar;
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer;
(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar;
(D) deu na TV que vai chover / assistir;
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir.

Questão 75: FURP 2010 Assistente Administrativo (banca Funrio)


TEXTO: TREM DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você.
Sinto muito, amor, mas não pode ser.
Moro em Jaçanã... Se eu perder esse trem,
Que sai agora às onze horas,
Só amanhã de manhã.
E além disso, mulher, tem outra coisa:
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.
Sou filho único, tenho minha casa para olhar.
Eu não posso ficar...
(Adoniran Barbosa: CD “Demônios da Garoa – série BIS”. EMI, 2007, disco 2, faixa 02)

Ao dizer, quase ao final da canção, que tem “uma casa para olhar”, o eu-
poético emprega o verbo olhar com o mesmo valor semântico que se
encontra em
A) A cartomante olhava as cartas uma a uma.
B) A menina é tão nova e já olha o irmãozinho.
C) Os atletas olhavam entusiasmados para o gramado.
D) Alguns olhavam minhas ordens com desconfiança.
E) Olhe bem suas palavras para não se arrepender.

Questão 76: Petrobras / 2006 / Superior (banca Cesgranrio)


Observe os verbos em destaque abaixo.
“A baleia-bicuda-de-True chega a ter seis metros de comprimento e não se
imaginava que pudesse chegar ao litoral brasileiro.”
Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo têm o mesmo
sentido.
(A) Para aplicar os ensinamentos que recebeu do pai, ele aplicou todos os
seus ganhos em imóveis.
(B) Com a finalidade de cortar o consumo excessivo de proteínas, ele
cortou as carnes de sua alimentação.

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(C) Com uma tesoura, destacou algumas partes do documento, para que só
o mais importante se destacasse.
(D) Ele viu que estava com sede quando viu o amigo tomar um mate gelado.
(E) O funcionário que visava a uma promoção no final do ano era o
responsável por visar os documentos.

Questão 77: Investe Rio 2010 Administrador (banca Funrio)


Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo portam o mesmo
sentido.
A) Com a finalidade de aplicar o que aprendera com seu avô, ele aplicou
todos os seus recursos em ações imobiliárias.
B) A baleia azul chega a atingir seis metros de comprimento e quase nunca
chega às costas sul-americanas.
C) Ele viu que realmente estava com sede quando viu o companheiro tomar
um refrigerante estupidamente gelado.
D) Chamará toda a turma para vir à reunião, quando vir que os
desentendimentos foram todos superados.
E) Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se
destacasse o mais importante.

Questão 78: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio)


O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está
INCORRETO na frase
(A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão.
(dedicar)
(B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu)
(C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior.
(considerar)
(D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros.
(concedeu)
(E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta)

Questão 79: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio)


A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e
integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um
balde grande de plástico,” é:
(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado.
(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.

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Teoria e exercícios comentados
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Questão 80: FIOTEC 2010 Agente Comunitário (banca Funrio)


Fragmento do texto: Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um
processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões
no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de
infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional,
além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Em “desenvolvimento cognitivo e emocional”, “cognitivo” refere-se a
A) afeto.
B) conhecimento.
C) equilíbrio.
D) sentimento.
E) comoção.

Questão 81: – 2012 (banca ESAF)


Fragmento do texto: A democracia de 1985, aliás, foi além da instituída em
1946, porque permitiu o voto do analfabeto, liberou os partidos comunistas e,
com o voto eletrônico e a propaganda na TV, fez despencar a fraude e a
influência do coronelismo. Então, por que teimamos em renegar nossa
responsabilidade na escolha de maus políticos?
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O sentido do verbo “renegar”, tal como empregado na penúltima linha do
texto, equivale ao de renunciar, rejeitar, prescindir de.

Questão 82: Secretaria de Fazenda RJ 2010 (banca ESAF)


Assinale a opção incorreta em relação ao texto abaixo.
1 O desemprego é cruel porque solapa um dos mais importantes valores
do homem: a dignidade. Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais
foram construídas ao longo dos séculos com o objetivo de imunizar a
sociedade dessa praga. Especialmente na Europa Ocidental, os governos
5 trataram de prover seus países de mecanismos de contenção dos choques
provocados pela falta de trabalho: seguro-desemprego, bolsa-
alimentação, previdência social e outros.
Alguns observam que os resultados não são expressivos. Outro jeito
de avaliá-los é levar em conta os enormes estragos econômicos, sociais e
10 principalmente políticos que sobreviriam se toda essa estrutura de
seguridade social não tivesse sido montada.
(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010, com adaptações)

a) O termo “porque”( .1) estabelece uma relação de causa e consequência


entre as ideias do período.
b) A palavra “solapa”( .1) está sendo empregada no sentido de destrói,
abala, mina.
c) O trecho “Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais foram
construídas”( .2 e 3) admite ser corretamente substituído por
Construíram-se dezenas de utopias e de arquiteturas sociais.

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d) A expressão “dessa praga”( .4) retoma de forma coesiva a ideia de


“desemprego”.
e) Em “avaliá-los”( .9) o pronome “-los” retoma o antecedente “Alguns”.

Questão 83: Secretaria de Fazenda RJ 2010 (banca ESAF)


1 Se a primeira etapa da crise mundial, deflagrada por insolvências
no mercado de hipotecas americano, serviu de álibi para o governo partir
do diagnóstico correto de que era preciso aumentar os gastos para
executar os gastos errados — por não poderem ser cortados depois, na
5 hora de evitar pressões inflacionárias —, agora a crise na Europa mostra o
outro lado dessas liberalidades fiscais: a quebra técnica de países.
Entre as causas dos desequilíbrios orçamentários acham-se
injeções de recursos no mercado para evitar a desestabilização total do
sistema financeiro, criando déficits agravados pela recessão de 2009 e a
10 consequente retração na coleta de impostos. Mas há também muita
irresponsabilidade na concessão de aumentos a servidores públicos,
ampliação insensata de benefícios previdenciários e assistenciais.
Os desequilíbrios europeus, mais graves na Grécia, na Espanha, em
Portugal, na Irlanda e na Itália, funcionam como peça pedagógica para
15 Brasília, onde muitos bilhões em aumento de despesas têm sido
contratados.
(O Globo, Editorial, 28/5/2010)
Assinale a opção que apresenta o sentido em que a palavra está sendo
empregada no texto.
a) deflagrada( .1) terminada
b) insolvências( .1) inadimplências
c) álibi( .2) acusação
d) injeções( .8) subtrações
e) pedagógica( .14) deseducativa

Questão 84: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas
que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos
carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo
abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser
considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo:
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.

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Questão 85: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: O esquema é tão organizado que, além dos uniformes
produzidos e bancados pelos próprios jogadores, um juiz profissional é
convocado para apitar a partida. A árdua missão de pôr ordem na casa fica
para o professor Rafael. Para ele, a regra é clara.
De acordo com o fragmento, o professor Rafael tem uma “...árdua missão...”.
Dentre as palavras abaixo, aquela que significa o CONTRÁRIO da palavra em
destaque é
(A) difícil. (B) trabalhosa. (C) complicada. (D) fácil. (E) penosa.

Questão 86: Casa da Moeda / 2005 / Médio (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: A Coroa pretendia impor o uso do idioma português
entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as
línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir.
Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes,
aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa.
A palavra que expressa o CONTRÁRIO do significado de “erradicar” é
(A) fixar. (B) tirar. (C) extrair. (D) eliminar. (E) desarraigar.

Questão 87: REFAP / 2007 / Superior (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto:
Os habitantes dessas cidades tendem a fixar sua atenção em falhas que
podem ser sanadas, em defeitos que podem ser superados, em feridas que
podem ser curadas por um tratamento tópico. Falta-lhes a percepção de que
determinadas questões só poderiam ser efetivamente resolvidas por uma
mudança radical, através de um novo modelo.
O significado da expressão “tratamento tópico” está, no texto, em oposição a:
(A) aplicação de medidas superficiais.
(B) uso de medicação externa.
(C) execução de transformações radicais.
(D) colocação em prática de medidas oportunistas.
(E) emprego de normas circunstanciais.

Questão 88: Prefeitura de Sorocaba - 2006– Auditor-Fiscal (banca VUNESP)


Fragmento do texto: Freud, que está escrevendo este texto sob a influência
da Primeira Guerra Mundial, insiste na importância de fazer o luto dos
perdidos renunciando a eles, e na necessidade de retirar a libido que se
investiu nos objetos para ligá-la em substitutos. São os objetos que passam e,
às vezes, agarrar-se a eles nos protege do reconhecimento da própria
finitude. Porém, a guerra e a sua destruição exigem o luto e nos confrontam
com a transitoriedade da vida, o que permite reconhecer a passagem do
tempo.
Em – ... e nos confrontam com a transitoriedade da vida... –
o antônimo do termo em destaque é

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(A) instabilidade.
(B) reversibilidade.
(C) mutabilidade.
(D) implacabilidade.
(E) perenidade.

1. B 2. D 3. C 4. E 5. E 6. C 7. D 8. B 9. A 10. D
11. D 12. B 13. C 14. D 15. B 16. C 17. C 18. A 19. A 20. D
21. B 22. D 23. C 24. D 25. C 26. C 27. A 28. C 29. B 30. B
31. A 32. D 33. A 34. D 35. C 36. D 37. E 38. E 39. E 40. E
41. B 42. E 43. D 44. A 45. D 46. C 47. A 48. E 49. A 50. E
51. A 52. C 53. B 54. E 55. B 56. A 57. E 58. B 59. B 60. C
61. E 62. D 63. B 64. C 65. E 66. B 67. B 68. A 69. D 70. A
71. C 72. C 73. A 74. A 75. B 76. B 77. E 78. D 79. E 80. B
81. C 82. E 83. B 84. C 85. D 86. A 87. C 88. E

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