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Artigo I.es
A era da 'mage8-Má.qu'.a:
o 51._ 'acro. "

Raquel de Azevedo (publicação póstuma)

Professorade Filosofiano IMES,Mestre em História Social pela USP,Doutoranda em História Social do


Trabalho pela Unicamp.

A imagem virtual produzida pelos computa- Virtual images made by computers have
dores difunde-se cada vez com maior intensi- been intensively spread, gain ali fields of
dade, penetrando todos os ramos de atividade da activity such as communication, education
comunicação ao ensino e produção. Pergunta-se and production. Frequentlywe can hear that if
freqüentemente se imagens não estariam substi- images are not replacing words and concepts
tuindo palavras e conceitos em nosso pensa- in our thoughts and means of expression.
mento e meios de expressão. Inthis article we will try foremost to made
Procuraremos, neste artigo, em primeiro a survey of aspects concerning the role of
lugar, levantar aspectos a respeito do papel da image in our culture, putting in relative terms
imagem em nossa cultura que relativizam par- the actual believe about the existence of an
cialmente a atual "explosão" da dimensão vir-
"explosion" of the virtual dimension in socie-
tual na sociedade. Num segundo momento, bus-
ty. In the other hand, we will try to sketch
camos alinhavar algumas reflexões de autores
some reflections of contemporary authors
contemporâneos sobre a especificidade da
influência da imagem virtual nas relações so- about the specificity of the influence of virtu-
ciais. al image in the social relations.

Introdução matizados com possibilidades meiam freneticamente nossos


imprevisíveisem sua expansão. pensamentos enquanto os dis-
o século XX foi rotulado A função do jornal diário cursos imersos em palavras e
por vários autores como o sécu- impresso foi sendo substituída letras estariam se tornando cada
lo das imagens e agora, em seu pelo rádio e pela televisão, os vez mais "obsoletos". A urgên-
período terminal, parece que quais ultrapassam a veiculação cia que impele a todos a se
esta qualificação multiplica-se do texto escrito com a transmis- espelhar numa home-page -
em progressão geométrica, são instantânea de notícias e desde a auto-imagem do indiví-
imperando nos veículos de com o atrativo do som e da duo até as empresas e nações -
comunicação de massa e circu- imagem. A Internet é a nova é antes um investimento na
lando em velocidade acelerada ameaça à imprensa escrita na imagem dq modernidade do
nos computadores através da medida em que une o texto à que uma necessidade de comu-
Internet. Mais ágeis do que o imagem instantânea. nicação. A imagem passaria a
olho humano, as imagens- No lazer, no noticiário, na ser fonte detentora do poder de
máquina sucedem-se e transfor- publicidade, no ensino con- conferir existência social, na
mam-se pelos processos infor- sumimos imagens que per- expressão de Eduardo Neiva

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ão Artigo

(1993,11). visuais, embora não tivessem "Por razões espirituais (os


Tanto devido ao desen- no passado os recursos técnicos imperativos da evangelização),
volvimento tecnológico quanto para sua intensa difusão, lingüísticas (os obstáculos mul-
às reviravoltas da cultura pós- encontravam em sua estabili- tiplicados das línguas indíge-
moderna, o pensamento através dade a presença física perma- nas), técnicos (a difusão da
de imagens - o imaginário - nente com importância capital. imprensa e o progresso da
passa a ser objeto da reflexão É especialmente nas artes que gravura), a imagem exerce no
atual. encontramos figuras emblemá- século XVI um papel conside-
Pretendemos articular algu- ticas que marcam épocas desde rável na descoberta, na con-
mas idéias sobre este tema, em as equilibradas estátuas gregas, quista e na colonização do
dois momentos: primeiro, rela- os devotados e coloridos vitrais Novo Mundo. Porquea imagem
tivizando e historicizando a constitui com a escrita um dos
góticos, a pureza dos afrescos
"invasão" das imagens no pen- renascentistas, os exaltados mo- maiores instrumentos da cultura
samento atual e, numa segunda numentos da Revolução Fran- européia, a gigantesca empresa
etapa, procuraremos delimitar cesa, as fotografiasenegrecidas de ocidentalização que se aba-
alguns aspectos da especifici- teu sobre o continente ameri-
que atestam o avanço técnico e
dade da imagem-máquina em a opressão das primeiras fábri- cano assume - pelo menos em
seus contornos apontados por cas ou ainda a vida frenética parte - a forma de uma guerra
autores contemporâneos. das imagens que se perpetua
das grandes cidades captada durante os séculos e nada indi-
pelas primeiras películas cine-
Ver para crer: o olhar como ca que esteja terminada hoje."
matográficas em ritmo patético.
sentido privilegiado (Gruzinski, 1990, 13)
Estasimagens não são ape-
nas espelhos de época, mas
Em expressões usuais em Imagem e letra
antes são partes constitutivasde
nosso cotidiano, notamos que é
o olhar o sentido que prevalece cada momento histórico que A questão da precedência
tem em sua visibilidade uma
em nossa cultura ocidental para entre a imagem e a palavra
identificar o pensamento inte- dimensão imprescindível que é recoloca-se ciclicamente: ver-
também verbalizada em textos
rior como "claro e distinto", balizamos o que imaginamos
segundo destaca Marilena de cada período. ou figuramos nossas idéias?
Chauí (1988, 31-33). Denomi- Além de parte constitutiva Imagem e imaginário, dois
namos nossa opinião como do pensamento, as imagens termos em voga nas discussões
nosso "ponto de vista", concor- encontram um campo próprio historiográficas, entrecruzam-se
damos com idéias alheias de conflitos como Serge Gru- e sobrepõem-se sem distinção
dizendo "é claro", "sem sombra zinski (1990) expressa no título nítida entre imagens visuais e
de dúvida", nossa razão é de seu livro: A guerra das ima- mentais, retomando-se a dico-
"lucidez" e lidamos com as gens: de Cristóvão Colombo a tomia entre representação e
emoções também sob a "pers- Blade Runner (1492-2019). A pensamento. O historiador
pectiva" da visão no ditado produção das imagens e a apro- Michel Vovelle, especialista
popular "o que os olhos não priação de símbolos e alegorias nestes estudos funde os dois ter-
vêem o coração não sente". A aparece como instrumento fun- mos mostrando em seus traba-
fé perceptiva (nos termos de damental para a dominação e lhos sobre a iconografia da
Merleau Ponty) atesta o nosso para a resistência.Tanto por sua morte e da Revolução Francesa
realismo espontâneo que cons- força comunicativa quanto a concreticidade do imaginário
titui o olho como janela da devido à possibilidade técnica (Vove e, 1997, 152).
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alma e lhe permite a abertura de difusão, a disputa pela repre- A imaginação seria, assim,
para o mundo e o retorno a si sentação do outro e pela auto- também uma das formas de
mesmo das percepções. figuração encontram nas ima- pensamento e não apenas uma
Por outro lado, as imagens gens um campo privilegiado: expressão visível das idéias

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Artigo

abstratas, como destaca a con- seja, simulação que recria o quando esta
..e.
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apresentar-se
a

cepção advinda da fenome- real, ordenando-o e possibili- como arte no século XX, ou
nologia com Sartre (1996) e tanto sua abordagem. O quadro seja, como leitura da realidade
MerleauPonty(1971).A cultura desfaz a dicotomia palavra- sob um prisma peculiar que
ocidental, ao mesmo tempo imagem, desenhando a frase organiza seus elementos.
que privilegia o olhar, combate numa caligrafia didática e auto- Assim, de documento incon-
suas ilusões numa longa tra- referindo a imagem figurada testável de um fato, a fotografia
jetória de excomunhões desde como simulação da outra que passa a ser considerada em seus
as sombras da caverna de se duplica na própria pintura elementos técnicos, ideológicos
Platão, passando pelos sonhos (Foucault, 1989). e estilísticos que perfazem a
que ameaçam a certeza carte- Assim, a simulação surge imagem.
siana e pela imaginação como traço característico de Com o cinema ocorre pro-
metafísica criticada por Kant, nosso século da fotografia, cesso semel hante na passagem
como aponta José Américo cinema, televisão, video-game do registro documental mais
Pessanha (1988). e computador. A imagem, que perfeito ao captar o movimento
A arte do século XX colo- percorre nossa cultura do olhar até a elaboração artística dos
cou este problema em foco desde a Antiguidade, toma a ângulos, focos, iluminação ent--
através de vários de seus artistas forma autônoma enquanto lin- mos temporais.
como Picasso, Magritte, Paul guagem, refazendo o real em Da imagem estática e posa-
Klee. Do mesmo modo que os múltiplas perspectivas, libertan- da do início do século XX, limi-
discursos das ciências, cada vez do-se da relação de semelhança te que a técnica permitia captar
mais é como linguagem que a e da perspectiva realista de Da devido à necessidade de longa
arte se apresenta, organizando Vinci. exposição para a sensibilização
o real e rompendo com a pura da película fotográfica até os
continuidade como pretende a Só é real aquilo que for instantâneos, as polaroids e as
representação (Menezes, 1997). traduzido em imagens câmaras descartáveis, vemos os
O questionamento da rela- registros fotográficos prolifera-
ção entre imagem e palavra é O advento da técnica foto- rem em progressão geométrica.
discutido por Foucault em gráfica é a culminação de um Da Primeira Guerra Mundial,
análise do quadro de Magritte mesmo processo de busca de temos poucas fotos de comba-
"Isto não é um cachimbo". A aproximação da realidade com tes e alguns filmes com veloci-
aparente contradição entre a sua reprodução exata que dade desritmada. A Guerra Civil
frase e as figuras de um cachim- desde a Modernidade se inicia Espanhola é um ensaio do retra-
bo num quadro negro e um com os aparelhos de criação da to abundante e manipulável
cachimbo que flutua no alto é perspectiva: a câmara escura. que significou a Segunda Guerra.
comentada pelo próprio artista Ciência e arte desenvolvem-se A simultaneidade da difu-
que afirma o caráter representa- segundo um mesmo plano de são da imagem e da fotografia
tivo da arte, diferenciando-se conhecimento da semelhança. incorpora-se no cotidiano com
do real, enquanto o filósofo Como mostram Erwin Panofsky os meios de comunicação de
aponta uma gama de sete (1990) e Arlindo Machado massa definitivamente compo-
leituras possíveis na relação (1984), mesmo ponto de
é um nentes da sociedade. A foto-
entre imagens e palavras. Na fuga neutro que se busca com a grafia, o cinema e a televisão
análise de Foucault, a represen- pintura renascentista e com a expandem-se a partir do pós-
tação foi a relação central da fotografia. guerra como elementos indis-
Idade Moderna cujo conheci- A forma do conhecimento pensáveis nos lares e nos even-
mento se pautava pelas relações dos séculos XVIII e XIX inicia tos públicos. Aprimoramentos à
de semelhança, enquanto que uma outra vertente na pintura parte, com o recurso da colo-
na pintura de Magritte, trata-se que, entretanto, só será incor- ração, a imagem é registro
da relação de similitude, ou porada à técnica fotográfica essencial que confere existên-

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cia aos eventos sobrepondo-se mite a reconstrução ponto por espaciais. E, ainda no cinema
em confiabilidade a qualquer ponto da imagem sintetizada. do pós-guerra, criava-se a ima-
depoimento. Casamentos, ani- A lógica da figuração é gem-tempo que rompia com o
versários, fatos políticos são substituída por uma lógica da modelo de representação, se-
amplamente fotografados e fil- simulação que depende apenas gundo Deleuze, através da
mados. No turismo são funda- do programa que coloca os fabulação de Welles, Resnais,
mentaisas fotografiaspara ates- limites para a modelização: Godard e Tarkovski.
tar o viagem e reforçar a memó- A montagem fotográfica e
ria ou até mesmo substituí-Ia "Enquantopara cada ponto cinematográfica realizam a
posteriormente. A imagem foto- da imagem ótica corresponde transposição destes limites na
gráfica, assim, substitui a me- um ponto do objeto real, ne- medidaem que lidamcom ele-
mória no exemplo limite do nhum ponto de qualquer objeto mentos que carregam a marca
filme Blade Runner, analisado real preexistente corresponde do real e a confiabiIidade do
por Gruzinski (1990), quando a ao pixel. O pixel é a expressão reflexo, jogando com a ambi-
memória do andróide é consti- visual,materializadana tela, de güidade das fronteiras.
tuída por fotografias artificial- um cálculo efetuado pelo com- Na linguagem do computa-
mente produzidas de uma putador, conforme as instruções dor lida-se diretamente com a
infância e de uma vida familiar de um programa. Se alguma virtualidade, na medida em que
inexistentes. coisa preexiste ao pixel e à a imagem é sintetizada em pon-
imagem é o programa, isto é, tos numéricos que se tornam
Do reflexo ao virtual: linguagem e números, e não independentes do objeto. Tal
o simulacro mais o real." (Couchot, 1993, característica permite sua mani-
42) pulação num aparelho domésti-
Diante de um século já co, sem a necessidade de labo-
povoado abundantemente pela Tais imagens visuais sur- ratórios mais sofisticados que a
difusão e reprodução das ima- gem nos video-games, nos pro- montagem fotográfica exigia. A
gens fotográficas, cinematográ- jetos arquitetônicos, nas ex- imagem, assim, torna-se intera-
ficas e televisivas, onde se periências de laboratório simu- tiva, diferenciando-se da recep-
localizaria o diferencial da ladas, na criação de seres fictí- tividade passiva das tele-
imagem manipulada nos com- cios em filmes que instauram transmissões. Humaniza-se a
putadores? vivências assumidamente vir- relação homem-máquina den-
A imagem virtual, segundo tuais. tro dos limites, entretanto, per-
Edmond Couchot (1993), origi- A arte e a literatura, desde o mitidos pelo programa
na-se, inicialmente, com a tele- passado, lidaram com a ficção, model izador.
visão que realiza a decom- porém, com uma linguagem A automatização da ima-
posição da imagem móvel em que claramente colocava seus gem é analisada também sob o
linhas paralelas que permitiram limites. Como aponta André aspecto do controle produzido
sua transmissão eletrônica Parente (1993), com a pintura pelas câmaras de vigi lância,
instantaneamente. O computa- barroca e, principalmente, com instalados em locais públicos,
dor, numa segunda etapa, pos- o impressionismo, inicia-se a segundo Paul Virilio (1993),
sibilitou o domínio do elemen- experimentação com a per- criando imagens sem sujeito:
to mínimo da imagem, reduzin- cepção das cores cuja "A era da lógica paradoxal
do-o a pontos - o pixe/. Passava- justaposição de pinceladas pro- da imagem é aquela que
se, assim, do automatismo duz a ilusão das formas. No começa com a invenção da
analógico da fotografia, que cinema-olho de Dziga Vertov videografia, da holografia e da
dependia da presença do obje- nos anos 20, procurava-se si- infografia..., como se, neste fim
to para a sensibilização da mular experiências com a per- do século XX, o encerramento
película, para o automatismo cepção pura através de imagens da modernidade fosse por sua
calculado ou digital que per- que perdiam suas coordenadas vez marcado pelo encerramen-

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to de uma lógica da represen- pior: para sua ressurreição sua incorporação na dependên-
tação pública. artificial nos sistemas de signos, cia das dinâmicas sociais que
(...) O paradoxo lógico (...) material mais duro que o senti- necessitam estar disponíveis
está no fato de essa imagem em do, nisto que se oferece a todos para o acolhimento destas inter-
tempo real dominar a coisa os sistemas de equivalências, a ferências. Assim, a dimensão
representada, nesse tempo que todas as oposições binárias, a virtual de imagens indepen-
torna-se mais importante hoje toda a álgebra combinatória. dentes de objetos ou de sujeitos
do que o espaço real. Essa vir- Não se trata mais de imitação, criadores permite a produção
tualidade que domina a atuali- nem de redobramento, nem de uma realidade imagética
dade, perturbando a própria mesmo de paródia. Trata-se de autônoma ou de um controle
noção de "realidade'~ (Virilio, uma substituição do real por impessoal, respectivamente.
1988, 133-134). signos do real, isto é, de uma Estes, entretanto, estão condi-
operação de dissuação de todo cionados muito mais pelas
A máquina dá origem a processo real para seu duplo tendências já manifestadas
uma lógica paradoxal, inver- operatório, máquina sinalética anteriormente na história para
tendo a percepção quando a metástica, programática, impe- uma utilização deslocada do
imagem em tempo real domina cável, que oferece todos os sig-
real ou para a vigilância cada
a coisa representada. Do nos do real e põe em curto-
vez mais microscópica dos
mesmo modo, o cartaz publici- circuito todas as peripécias."
indivíduos conforme já eram
tário instalado no out door con- (Baudrillard, 1981, 11). ensaiadas com recursos de
duz o transeunte, lançando-lhe A virtual idade da imagem
menor potencial idade, como a
olhares sedutores ou, na digital seria assim precedida pintura, o cinema e a fotografia.
expressão de Paul Klee, "agora pelo jogo televisivo que trans- A fotografia, o cinema e a
os objetos me percebem". mite as notícias de modo ence- televisão obtiveram sucesso
nado, transformando a infor-
extraordi nário, pois caracteri-
Com uma perspectiva críti- mação em escândalo que dis- zavam uma necessidade de
ca com relação às imagens vir- solve o acontecimento e
reprodução do real com graus
tuais, Jean Baudrillard antecipa
aniquila a imaginação. Em ou- crescentes de precisão que já se
sua presença nas produções tros autores com Gilles Deleuze
televisivas que são abordadas projetava desde o início da
(1983), pelo contrário, esta dis- modernidade com aparelhos
do ponto de vista de uma ence-
nação da ficção como ficção na solução da dicotomia imagem- rudimentares, sendo incorpora-
objeto, como é analisado no dos e transformados em seus
medida em que a imagem só
remete a si própria. Do mesmo cinema e nas imagens digitais, é objetivos realistas para a pro-
abordada como uma caracterís- dução da ficção em grande
modo que a imagem-vídeo e a
digital, sua virtual idade advém tica da cultura pós-moderna escala. As imagens virtuais
da ausência dos negativos que que transforma os elementos do numéricas ou digitais também
persistem na fotografia e no real. ampliam, indefinidamente, a
cinema. Analisando as imagens capacidade dos sentidos huma-
produzidas pelos noticiários Conclusão nos para dimensões deslocadas
televisivos, o autor aponta, na da concreticidade, ao mesmo
era dos simulacros, a perda dos Como conclusão pro- tempo que, para a instantanei-
referenciais: visória, na medida em que dade na reprodução do real
"Na passagem a um espaço ainda vivenciamos as conse- num processo, gera, porém,
cuja curvatura não é mais aque- qüências das novas realidades novos estatutos para o real e o
la do real, nem aquela da ver- virtuais, consideramos que as imaginário que são, nos limites,
dade, a era da simulação se técnicas abrem possibilidades o simulacro.
abre portanto para uma liqui- de transformação da percepção
dação de todos os referenciais da real idade, encontrando-se

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ão Artigo

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