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O CORNO IMAGINARIO OU EU MATEI MOLIÈRE

AS AVENTURAS IMAGINARIAS DE MOLIÈRER


DUPLO MOLIÈRE

Essa história se passa nos dias de hoje.

ABERTURA
(Chegada Da Trupe)

TODOS – Senhoras e senhores, a trupe os ilustres do teatro, tem a honra e a satisfação de apresentar para
a diversão de todos o magico, o exuberante, o magnifico, o incomparável, o imensurável... o Corno
Imaginário, ou Eu Matei MOLIÈRE.

(Improvização atores questionam o titulo da peça. Ex: se é mercadologico, ou se é viavel a divulgação na


imprensa. Sugestões de titulo).

CENA I
Casa de MOLIÈRE
MOLIÈRE e BEJÁRT

BEJÁRT – Sabe, meu querido irmão as vezes penso que nós dois deveríamos desistir de vez, dessa história de
ser ator, escrever peças, criar uma companhia só para nós. Chego a arrepiar até os cabelos da...
cabeça. Só de pensar nisso!

MOLIÈRE – Desistir!!! Nunca!!! Somos Frances e francês não desistem nunca! Seja para o bem seja para o
mau. “Seja para lama, seja para as nuvens”.

BEJÁRT – Meu querido irmão, meu querido amigo, você acabou de sair da prisão. Por contrair dividas com
suas peças de teatro. Se não fosse seu pai, que é um conceituado mercador de tapetes, intervir
pagando a fiança, ainda, hoje, estaria apodrecendo naquele lugar miserável. Como é toda prisão.
Não existe prisão de luxo.

MOLIÈRE – Sou um verdadeiro ator e um verdadeiro artista nunca diz “finite de la comèdie”.

BEJÁRT – Sendo assim, já que não consegui destituir da ideia, já que és cabeça dura e não tem jeito mesmo...
Vamos criar nossa própria companhia.

MOLIÈRE – Que terá o nome de... “Os Ilustres do Teatro”. E vamos sair por toda a França.

BEJÁRT – Levando diversão e arte para todos.

MOLIÈRE – Vamos convocar todos os artistas da cidade... de Paris, para uma maravilhosa audição, para
seleção do grandioso elenco da mais nova e espetaculosa companhia... A Ilustre companhia, “Os
lustres do Teatro”.

(Distribuem panfletos de convocatoria da audição).

MOLIÈRE – Os ilustres do teatro tem a honra de convidar a todos os artistas da cidade de Paris para uma
audição... e por ai vai.
CENA II
MOLIÈRE, BEJÁRT e elenco

MOLIÈRE – Então esta reunião aqui onde estamos presentes, será para selecionar o grupo de atores que irão
compor o ilustríssimo elenco dessa Ilustre Companhia. Caso vocês preencham todos os requisitos
necessários, aqui ficarão. Alguma pergunta?

ATOR 1 – (acanhado) Eu gostaria de saber, se esta magnifica produção, percorrerá todos os grandes palcos
da Europa?

MOLIÈRE – O Nosso propósito. Quero dizer o propósito da companhia que vocês farão parte a partir de agora,
é de fazer uma coisa nova na cena parisiense. Ao invés de ficar só na cidade de Paris, Os ilustres do
Teatro, percorrerão 13 províncias municípios, já previamente contatadas. Que entrarão com a
contra partida de hospedagem, alimentação e translado, e também ajudarão na divulgação. Local.

ATOR 2 – Eu gostaria de saber se essa “Ilustre Cia” vai garantir pelo menos o mínimo?

BEJÁRT – Ainda teremos a garantia de público com a promessa de levarem 3 escolas pronvinciais.

ATOR 2 – E o mínimo?

MOLIÈRE – E os alunos dessas escolas e seus familiares terão abatimento no valor do ingresso.

ATOR 2 – Mas... E... o mínimo?

ATOR 3 – Ilustre monsieur, antes de mais nada, eu gostaria de saber qual a peça que a ilustre companhia
pretende encenar?

MOLIÈRE – Eu ainda estou pensando qual seria a escolha mais adequada ao gosto do público de hoje em dia.
O que as pessoas estão querendo ver em cena.

ATOR 3 – Espero que a escolha seja acertada e uma tragédia entre em cena.

ATOR 4 – Prefiro que a ilustre companhia escolha uma obra de racine ou do glorioso cornèlle. Eu não
represento qualquer autor. Principalmente esse autores de entremez ou dessas degradantes
comédias que aparecem por aí na cena francesa.

MOLIÈRE – Vamos encenar um grande autor e uma revolucionária peça, que mudará os rumos do teatro
feito na frança. No futuro a língua francesa será conhecida como a língua de molière. Pode escrever
!

CENA III

CENA I (Texto MOLIÈRE)


(GORGIBUS e CÉLIA, sua filha)

CÉLIA – (saindo chorosa, seguida pelo pai) Ah! Não esperei que eu consinta de boa mente!

GORGIBUS – Que resmungas tu, pequena impertinente? Pretendes opor-te ao que eu já


resolvi? Não terei um poder absoluto, sobre ti? Essa jovem cabecinha, com
estúpidas razões, pretenderá impor-se às paternas decisões? Qual de nós tem o
direito de aqui a lei fazer? Em vossa opinião, quem melhor pode saber o que lhe é
mais útil, pateta, e julgar? Raios! A minha bílis para de irritar! Sem teres que esperar
muito, poderás experimentar se o meu braço algum vigor ainda sabe mostrar. Ser-
vos-á muito mais fácil, revolucionária senhora, aceitar o marido que vos destinam,
e sem demora. Eu não conheço, dizeis vós, a sua maneira de ser, e se gostais dele
devo preocupar-me em saber: conhecendo a fortuna que ele vai herdar com que
as outras coisas mais de deverei preocupar? Este marido é dono de 20 000 bons
ducados? Vamos, seja ele o que for, com quantia tão boa garanto-te que é com
certeza muito boa pessoa.

CÉLIA – Ai de mim!

GORGIBUS – Pois é, ai de mim! Que quer isso dizer? O ai de mim tão bpnito que ela se põe a
fazer! Ah! Se a cólera, por uma vez, se apodera de mim, eu é que te faço cantar ai
de mim! Aqui está, aqui está o fruto de todos esses transes com que vos vejp, dia e
noite, lendo os vossos romances! Tendes a cabeça cheia de historietas de amor e
falais menos de Deus do que de Lélio. Por favor, atirai para o lume esses péssimos
escritos que estragam, todos os dias, tantos jovens espeiritos. Lede, como deve ser,
em vez dessas tonteiras as máximas morais e as doutas sabedorias do Conselheiro
Matias, obras de grande valor, cheias de bons provérbios para recitar de cor. Guia
dos Pecadores também é bom de ler e nele, em pouco tempo, aprende-se a bem
viver; se tiveses lido apenas essas moralidades saberias muito melhor seguir as
minhas vontades.

CÉLIA – O quê?! Meu pai? Pretendeis que eu esqueça então a amizade que por Lélio sente o
meu coração? Faria mal se, contra vós, eu dispusesse de mim, mas vós próprio, em
meu nome, lhe haveis dito sim.

GORGIBUS – Tivesse eu esse sim ainda mais prometido; apareceu outro cuja fortuna me
torna descomprometido. Lélio é bonito rapaz; mas aprende que não há nada que
não deva ao dinheiro ceder a passada, que o ouro dá ao mais feios o poder de
agradar, e que sem ele o resto não passa de triste vegetar. Valério, creio eu bem,
não é de ti querido, mas, se não é o teu amado, será o teu marido. O Título de
esposo é, mais do que se pensa, em comprometimento, e o amor é muitas vezes
fruto do casamento. Mas o que eu sou é estupido em querer explicar, já que, pelo
direito tenho o poder de ordenar. Essas impertinências vê portanto se deixas e que
eu não ouça mais as tuas tolas queixas. Esse meu genro deve vir esta noite para vos
ver. Atreve-te a faltar à obrigação de bem receber! E se eu não te vir fazer-lhe bom
acolhimento... eu... não dire nada mais neste momento.

CENA III
CÉLIA, a CRIADA, ESGANARELO

ESGANARELO – Cá estou eu! O que é?

CRIADA – Minha ama está à morte!

ESGANARELO – Só isso é?! Julgava tudo perdido, a gritar desta sorte. Mas vejamos, vejamos:
Senhora, estais vós morta? Hei! Não diz palavra!

CRIADA – Ficai a segurar! Vou chamar alguém para levar!


CENA IV
MOLIÈRE e BEJÁRT

BEJÁRT – Meu querido Jean Batiste. Os atores da cia já estão cobrando uma data de previsão para sair a
primeira parcela do cachê contratual. Por que muitos, precisam pagar água, luz, medicamentos e
que só viajam se tiver um adiantamento. O que faremos, Sr. Jean Batiste?

MOLIÈRE – Vou pensar numa solução. Vou dar um jeito. Nem que tenha que recorrer a um agiota. Mas, o
show não pode parar.

BEJÁRT – Será que os atores selecionados vão querer trabalhar de graça? Sem o mínimo? (risos dos dois)

PRIMEIRO COBRADOR – (Palmas) Oh De Casa! (bate palmas, insistindo). Oh de Casa! (Gritando) Oh de casa

MOLIÈRE – Oh de fora!

PRIMEIRO COBRADOR – Eu queria falar com o “senhor” Jean Baptiste.

MOLIÈRE – Quem?!

PRIMEIRO COBRADOR – “Senhor” Jean Baptiste.

MOLIÈRE – Aqui não tem nenhum “Monsieur” Jean Baptiste Poquelin.

PRIME COBRADOR – É... É esse mesmo Senhor Jean Batiste Pouquelin. Como é seu nome?

MOLIÈRE – Aqui é MONSIEUR ... (procura na lista das provincias) Ah! MOLIÈRE. MONSIEUR MOLIÈRE.

PRIMEIRO COBRADOR – Ah bom não é aqui não.

CENA V

CENA VI
ESGANARELO e a Mulher

ESGANARELO – Parecia esta morta e não tinha nada. Basta uma coisinha assim: mas agora
está curada. Estou a ver a minha mulher.

MULHER – Oh Céus! É uma miniatura! E que belo homem representa a pintura!

ESGANARELO – (À frente, olhando por cima do ombro da mulher) Em que repara ela com
tamanha atenção? Esse retrato não me diz nada que me dê satisfação. Forte
suspeita malévola me põe a alma a saltar.

MULHER – (Sem o ver, continua) Nunca nada tão belo se ofereceu ao meu olhar. Mais do que
o ouro, o trabalho é muito de apreciar. Hom! Como cheira bem!

ESGANARELO – (Aparte) O quê? Raios! A beijar! Ah! Já chega!

MULHER – (Prosseguindo) Confessemos que é de ficar inchada quando um homem assim nos
tem por apaixonada e que se ele nos prestasse a devida atenção seria grande o
desejo de cair na tentação. Ah! Porque é que com um marido assim eu não fui
premiada em vez do pelado, do rústico...!
ESGANARELO – (Arrancando-lhe o retrato) Ah! Velhaca! Nós vos surpreendemos em pecado
contraído, difamando a honra do vosso esposo querido. Portanto segundo vós, ó
minha digna mulher, este senhor, tudo bem medido, não é o que a senhora quer?
Eh, em nome do diabo que te possa levar, que partido melhor podias tu desejar?
As más línguas poder-me-ão tomar por mira? Este peito, este porte que toda a
gente admira, este rosto feito para inspirar o amor e pelo qual mil beldades
suspiram com ardor, numa palavra, a minha pessoa tão perfeita, não constitui um
bom bocado de que devias estar satisfeita? E para saciar o vosso apetite abundante
ao marido acrescentais o tempero dum amante?

MULHER – Percebo, assim assim, o fim da mangação! Julgas, por esse meio...

ESGANARELO – Contai essa a outro, a mim não! A coisa está provada e nas minhas mãos vejo
um bom certificado do mal de que me queixo.

MULHER – A minha cólera já é bastante intensa sem a carregar ainda com uma nova ofensa.
Ouve, não te passe pela cabeça com essa jóia ficar, e pensa um pouco...

ESGANARELO – Penso mas é o teu pescoço quebrar. Ah! Porque é que eu não posso, como
agarro aqui a cópia agarrar o original!

MULHER – Para quê?

ESGANARELO – Para nada, sócia! Doce objeto dos meus desejos, faço mal em gritar; a minha
testa, por vossos dons, gratidão deve mostrar. (Olhando o retrato de Lélio) Cá está
ele, o menino da mamã, o queridinho da cama, desgraçado tição da tua secreta
chama, o velhaco com quem... !

MULHER – Continua! Com quem...?!

ESGANARELO – Eu rebento! Com quem..., eu digo..., com quem...

MULHER – O que é que este marido bêbado me está a querer dizer?

ESGANARELO – Senhora, seu estafermo, bem me estás a perceber. É um nome que ninguém
dirá mais, Esganarelo; vão passar a tratar-me pelo senhor Cornélio. Minha honra
está perdida; mas a ti que assim me gelas hei-de partir pelos menos um braço e
duas costelas.

MULHER – Atreves-te a dizer palavras semelhantes?

ESGANARELO – E tu atreves-te a pregar-me partidas ultrajantes?

MULHER – Mas quais partidas? Fala sem nada me esconder!

ESGANARELO – Ah! Por uma coisa destas não vale a pena gemer. Ornamentar-me a testa
com as pontas dum veado! Ai de mim! Que belo objeto para ser olhado!

MULHER – Pois! Depois de me teres feito a mais sensível ofensa capaz de provocar duma
mulher a vingança, aparentas duma fingida cólera o vão divertimento para
prevenires os efeitos do meu ressentimento? Dum tal procedimento é nova esta
insolência: aquele que acusa é o que fez a indecência.

ESGANARELO – Ah! Grande desavergonhada! Ao ver esta orgulhosa figura não se diria até
que ela é a mulher de compostura?
MULHER – Vá, segue o teu caminho, às amantes faz festas, faz-lhes mil caricias, enche-as de
promessas; dá-me esse retrato e basta de brincadeiras. (Arranca-lhe o retrato e
foge)

ESGANARELO – (Correndo atrás dela) Julgas que me escapas; hei-de apanhá-lo mesmo que
não queiras.

CENA VI
– cpf, rua richilie 1982 – Dados a Confirmar.
Toca o telefone

MOLIÈRE - Aló

COBRADOR DOIS – Por obsequio o Senhor Jean Baptiste Poquelin

MOLIÈRE – O MONSIEUR Jean Baptiste Poquelin não está. Saiu.

COBRADOR DOIS – Você sabe a que horas posso encontra-lo?

MOLIÈRE – Pouco provável. Muitos afazeres. Ele vive viajando com sua Ilustre companhia.

COBRADOR DOIS – Poderia anotar o numero de telefone para que ele esteja entrando em contato conosco?

MOLIÈRE – Sim pode dizer... (tira o telefone do ouvido abafando com a mão; Fala em seguida para a plateia)
Muitos de vocês irão dizer – Mas, nessa época havia telefone? vocês verão um (com desdém)
“monsieur” chamado Graham Bell o inventará e vai infernizar a vida de vocês.

COBRADOR DOIS – O Senhor anotou o numero? Pode repedir para confirmar.

MOLIÈRE – Sim, pode deixar eu passo o recado. Obrigado! (desligando o telefone em seguida).

CENA VII

CENA IX
ESGANARELO, LÉLIO

ESGANARELO – Apanhei-o, estou a ver claramente a fronha do miserável bandalho que causa
a minha vergonha. Não e é cara conhecida.

LÉLIO – (Aparte) Deus! Que estou eu a ver? É o meu retrato! Em que poderei eu crer?

ESGANARELO – (Continua) Ah! Pobre Esganarelo! A que maldição está condenada a tua
reputação! (Vendo que Lélio o olha, volta-se para o outro lado) Preciso...

LÉLIO – (Aparte) Essa prenda não pode, sem que o peito sinta ferido das mãos que de mim a
receberam ter saído.

ESGANARELO – Terei que ser agora com dois dedos apontado, o meu nome em cantigas, e
tão desonrado que me atirem à cara a escandalosa afronta que uma mulher de mau
fundo imprime na minha fronte?

LÉLIO – (Aparte) Estarei enganado?


ESGANARELO – Ah, malvada! Cometeste a maldade de me teres feito corno na flor da idade?
E mulher de um marido que todas acham bonito, foi preciso que um fedelho, um
doidivanas maldito...

LÉLIO – (Aparte e olhando ainda para o retrato) É mesmo o meu retrato. Não posso estar
enganado.

ESGANARELO – (Volta-lhe costas) Este fulano é esquisito.

LÉLIO – (Aparte) Como estou espantado!

ESGANARELO – O que é que ele quer?

LÉLIO – (Aparte) Tenho que o abordar (Alto) Poderei por favor, uma palavra.

ESGANARELO – (Fugindo-lhe) Que me quer ele contar?

LÉLIO – Posso pretender de vós saber qual a aventura que fez nas vossas mãos aparecer essa
pintura?

ESGANARELO – (Aparte, examinando o retrato de Lélio) Donde lhe vem este desejo? Ah, já
compreendi... Palavra d’honra, a perturbação dele já eu percebi! É o meu homem,
ou melhor é o homem da minha mulher.

LÉLIO – Afastai os meus cuidados e dizei-me donde vos vem...

ESGANARELO – Graças a Deus, que cuidado é esse nós o sabemos bem. Este retrato que vos
perturbar é feito à vossa semelhança e estava numas mãos que são da nossa
privança; e não é um fato que seja secreto para nós os doces ardores entre essa
dama e vós. Eu não sei se tenho, por vossa galanteria, a honra de ser conhecido de
vossa senhoria: mas faça-me a honra doravante de acabar com esse amor que um
marido muito mal pode achar; é pensei que os laços do casamento sagrado...

LÉLIO – Quê? Aquela, dizeis vós, de que essa prenda haveis tomado?

ESGANARELO – É minha mulher, e eu sou seu marido.

LÉLIO – Seu marido?

ESGANARELO – Sim, seu marido, garanto-vos, e um marido ofendido: vós sabeis bem porquê,
e eu vos tudo contar imediatamente aos pais dela.

CENA XIII
ESGANARELO, só

ESGANARELO – Não se pode dizer melhor. Com efeito é bom avançar devagarinho. Talvez,
sem tom nem som, tenha metido na cabeça estas cornudas visões e os suores na
fronte não passem de ilusões. Por este retrato enfim, que traz minha alma
alarmada, a minha desonra não fica completamente confirmada. Procuremos pois,
com cuidado...

CENA XIV
ESGANARELO, a mulher e LÉLIO,
à porta da casa de Esganarelo falando à mulher
ESGANARELO – (Continua) Ah! Que vejo eu! Traição! Do retrato neste momento já não é mais
questão. Ali está, palavra de honra, a coisa no seu próprio original.

MULHER – (A mulher de Esganarelo a Lélio) Tendes pressa demais, senhor; o vosso mal se
sais tão depressa, poderá bem voltar.

LÉLIO – Não, não dou-vos graças, tanto quanto as posso dar do socorro prestado com tanta
amabilidade.

ESGANARELO – (Aparte) É o que se chama disfarçar com muita civilidade!

CENA VIII
Cobrança Hijra (texto a construir)

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