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CONCURSO COPASA 2018

PRECIPITAÇÃO

É a agua proveniente do vapor de agua da atmosfera depositada na superfície terrestre de


qualquer forma, como chuva, granizo, orvalho, neblina, neve ou geada.

Tipos de Precipitação:

Frontais: Aquelas que ocorrem ao longo da linha de descontinuidade , separando duas massas
de ar de características diferentes
Orográficas: Aquelas que ocorrem quando o ar é forçado a transpor barreiras de montanhas.
Convectivas: Aquelas que são provocadas pela ascensão de ar devida ás diferenças de
temperatura na camada vizinha da atmosfera. São conhecidas como tempestades ou
trovoadas, que tem curta duração e são independentes das “ frentes” e caracterizadas por
fenômenos elétricos, rajadas de vento e forte precipitação. Interessam quase sempre a
pequenas áreas.
 Os 2 primeiros tipos ocupam grande área, tem intensidade baixa a moderada, longa
duração e são relativamente homogêneas.

Medidas das Precipitações

São medidos usando aparelhos denominados pluviômetros ou pluviógrafos

Pluviômetros: As leituras feiras pelo observador do pluviômetro , normalmente , em intervalos


de 24hrs, em provetas graduadas, são anotadas em cadernetas próprias que são enviadas á
agencia responsável pela rede pluviométrica, todo fim do mês. Elas referem quase sempre ao
total precipitado das 7 horas da manha do dia anterior até as 7 horas do dia em que se fez a
leitura.

Pluviógrafos: Os pluviogramas obtidos fornecem o total de precipitação acumulado no


decorrer do tempo e apresentam grandes vantagens sobre os medidores sem registro, sendo
indispensáveis para o estudo da chuva de curta duração.

Processamento de dados Pluviométricos:

Antes do processamento dos dados observados nos postos pluviométricos, há necessidade de


se executarem certas analises que visam verificar os valores a serem utilizados. Entre elas
podemos citar as que seguem.

a) Detecção de Erros Grotescos : Primeiramente procura-se detectar os erros grosseiros


que possam ter ocorrido, como observações marcadas em dias que não existem ( ex.
30 de fevereiro) ou quantidades absurdas que, sabidamente, não podem ter ocorrido.
No caso de pluviógrafos, acumula-se a quantidade precipitada em 24hrs, que é em
seguida comparada com a do pluviômetro que deve existir ao lado destes. Pode haver
uma diferença por varias razoes, inclusive por defeito de sifonagem ou por causa de
insetos que eventualmente entupam os condutos internos do aparelho.
b) Preenchimento de Falhas: Pode haver dias sem observação ou mesmo intervalos de
tempo maiores, por impedimento do encarregado de fazê-la, ou por estar o aparelho
estragado.

c) Frequencia de Totais Precipitados: Analisam-se estatisticamente as observações


realizadas nos postos hidrométricos, verificando-se com que frequência elas
assumiram dada magnitude. Em seguida, podem-se avaliar as probabilidades teóricas
de ocorrência das mesmas.

d) Frequência de Totais Anuais: Um dos mais importantes resultados da Teoria das


Probabilidades é o chamado teorema do limite central. Esse teorema diz que,
satisfeitas certas condições, a soma de variáveis aleatórias é aproximadamente,
normalmente distribuídas, isto é, ela tende a seguir a lei de Gauss de distribuição de
probabilidades. Como o total anual de precipitação pluvial é formado pela soma dos
totais diários, é natural que se tente a lei de Gauss ao conjunto de dados observados

e) Frequencia de Precipitações Mensais e Trimestrais: A distribuição dos dados em torno


da media é em geral assimétrica e não obedece a lei de Gauss, isto é, quando os dados
são locados em papel probabilístico aritmético-normal, não apresentam a tendência
de se alinharem segundo uma reta.

f) Frequencia de Precipitações Intensas


g) Verificação da Intensidade com a Duração
h) Frequencia de dias sem Precipitação

PRECIPITAÇÃO MÉDIA EM UMA BACIA

Para se computar a precipitação media em uma superfície qualquer, é necessário utilizar as


observações das estacoes dentro dessa superfície e nas suas vizinhanças. Há 3 metodos de
calculo: método aritmética, método de Theissen e método das isoietas.

- Média Aritmética : Consiste simplesmente em se somarem as precipitações observadas em


um certo intervalo de tempo, simultaneamente, em todos os postos ( a duração pode ser
parcial ou total, de um episodio pluvial isolado ou qualquer outra, com um mês, um trimestre ,
ou um ano). Usa-se esse método em bacias menores que 5.000km², se as estações forem
distribuídas uniformemente e a área for plana ou de relevo muito suave.

Nos outros casos utilizam um dos 2 outros métodos:

- Método de Theissen: Este método dá bons resultados quando o terreno não é muito
acidentado. Consiste em dar pesos aos totais precipitados em cada aparelho, proporcionais a
área de influencia de cada um . Os postos adjacentes devem ser unidos por linhas retas;
Traçam-se perpendiculares a essas linhas a partir das distancias medias entre os postos e
obtém-se polígonos limitados pela área da bacia.

- Método das Isoietas: Esse método não é meramente mecânico como os outros e depende do
julgamento da pessoa que o utiliza, podendo dar maior precisão, se bem utilizado. No caso,
por exemplo, de regiões montanhosas, embora os postos em geral se localizam na parte mais
plana, é sempre possível levar em consideração a topografia dando pesos ás precipitações, de
acordo com a altitude do aparelho.
ESCOAMENTO SUPERFICIAL

É o segmento do ciclo hidrológico que estuda o deslocamento das aguas na superfície da Terra.
Esse estudo considera o movimento da agua a partir da menor porção de chuva que, caindo
sobre um solo saturado de umidade ou impermeável, escoa pela sua superfície, formando
sucessivamente as enxurradas ou torrentes, córregos, ribeirões, rios e lagos ou reservatórios
de acumulação.

O escoamento superficial tem origem, fundamentalmente, nas precipitações. Parte da agua


das chuvas é interceptada pela vegetação e outros obstáculos, de onde se evapora
posteriormente. Do volume que atinge a superfície do solo, parte é retida em depressões do
terreno, parte se infiltra e o restante escoa pela superfície logo que a intensidade da
precipitação supere a capacidade de infiltração do solo e os espaços nas superfícies redentoras
tenham sido preenchidos.

As trajetórias descritas pela agua no seu movimento são determinadas, principalmente , pelas
linhas de maior declive de terreno e são influenciadas pelos obstáculos existentes. Nesta fase
temos o movimento das aguas livres.

A medida em que as águas vão atingindo os pontos mais baixos do terreno, passam a escoar
em canalículos que formam a microrrede de drenagem. Sob a ação da erosão, vai aumentando
a dimensão desses canalículos e o escoamento se processa, cada vez mais, por caminhos
preferenciais. Formam-se as torrentes, cuja duração esta associada, praticamente, á
precipitação. A partir delas , formam-se os cursos de agua propriamente ditos, com regime de
escoamento dependendo da agua superficial e da contribuição do lençol de agua subterrâneo.
São as chamadas águas sujeitas.

Clama-se redes de drenagem ao conjunto dos cursos de água, desde os pequenos córregos
formadores até o rio principal.

COMPONENTES DO ESCOAMENTO DOS CURSOS DE AGUA

As aguas provenientes das chuvas atingem o leito do curso de água por quatro vias diversas:

 Escoamento superficial
 Escoamento subsuperficial ( hipodérmico)
 Escoamento subterrâneo
 Precipitação direta sobre a superfície livre

Na figura abaixo, verifica-se que o escoamento superficial começa algum tempo após o inicio
da precipitação. O intervalo de tempo decorrido corresponde á ação da intercepção pelos
vegetais e obstáculos, á saturação do solo e á acumulação nas depressões do terreno.
A ação da interceptação e da acumulação tende a reduzir-se no tempo e na infiltração a
tornar constante.

O escoamento subsuperficial, ocorrendo nas camadas superiores do solo, é difícil de ser


reparado do escoamento superficial.

O escoamento subterrâneo da uma contribuição que varia lentamente com o tempo e é


responsável pela alimentação do curso de agua durante a estiagem. Já a contribuição do
escoamento superficial cresce com o tempo até atingir um valor sensivelmente constante á
medida que a precipitação prossegue. Cessada esta, ele vai diminuindo ate anular-se.

GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS

- Bacia Hidrográfica: ( ou bacia de contribuição) de um curso de agua é a área geográfica


coletora de agua de chuva que, escoando pela superfície do solo, atinge a seção considerada.

- Vazão: É o volume de agua escoado na unidade de tempo em uma determinada seção do


curso de água. Temos 2 tipos: Vazões Normais: são as que , ordinariamente, escoam no curso
de agua. Vazões de Inundação: são as que, ultrapassando um valor limite, excedem a
capacidade normal das seções de escoamento dos cursos de agua.

- Frequência: é expressa em geral como período de retorno ou período de ocorrência T, com


o significado de que, na seção considerada, ocorrerão valores iguais ou superiores ao valor Q
apenas uma vez a cada T anos.

- Coeficiente de Dilúvio: É a relação entre a quantidade total de agua escoada pela seção e a
quantidade total de agua precipitada na bacia hidrográfica; pode referir-se a uma dada
precipitação ou de todas as que ocorreram em um determinado intervalo de tempo.

FATORES INTERVENIENTES

Fatores que presidem a quantidade de agua precipitada

1) Quantidade de vapor de agua presente na atmosfera- existência de grandes


superfícies, nas proximidades expostas á evaporação.
2) Condições meteorológicas e topográficas favoráveis á evaporação, a movimentação
das massas de ar e a condensação do vapor de agua – temperatura, ventos, pressão
barométrica e acidentes topográficos.

INFILTRAÇÃO

É o fenômeno de penetração das aguas, nas camadas de solo próximas á superfície do terreno,
movendo-se para baixo, através dos vazios, sob a ação da gravidade, até atingir uma camada-
suporte, que a retém, formando então a agua do solo.

Fases da Infiltração

Fase de Intercâmbio: Nesta fase, a agua esta próxima á superfície do terreno, sujeita a retornar
á atmosfera por uma aspiração capilar, provocada pela ação da evaporação ou absorvida pelas
raízes das plantas e em seguida transpirada pelo vegetal.

Fase de Descida: Nesta fase, dá-se o deslocamento vertical d agua quando a ação de seu peso
próprio supera a adesão e a capilaridade. Esse movimento se efetua até atingir uma camada-
suporte de solo impermeável.

Fase de Circulação: Nesta fase, devido ao acumulo de agua, são constituídos os lençóis
subterrâneos, cujo movimento se deve também a acao da gravidade, obedecendo as lei de
escoamento subterrâneo.

Tipos de Lençol:

Lençol Freatico: quando a sua superfície é livre e esta sujeita á pressão atmosférica
Lençol cativo: quando esta confinado entre duas camadas impermeáveis, sendo a pressão na
superfície superior diferente da atmosférica.

EVAPORAÇÃO

É o conjunto dos fenômenos de natureza física que transformam em vapor a agua da


superfície do solo

Grandezas Caracteristicas:

Perda por Evaporação( ou por transpiração): É a quantidade de agua evaporada por unidade
de área horizontal durante um certo intervalo de tempo.

Intensidade de Evaporação( ou de transpiração): é a velocidade com que se processam as


perdas por evaporação.

Fatores Intervenientes

Grau de umidade Relativa do Ar Atmosferico: É a relação entre a quantidade de vapor de agua


aí presente e a quantidade de vapor de agua no mesmo volume de ar se estivesse saturado de
umidade.
Temperatura: A elevação da temperatura influencia direta na evaporação porque eleva o valor
da pressão de saturação do vapor de agua, permitindo que maiores quantidade de vapor de
agua possam estar presentes no mesmo volume de ar, para o estado de saturação.
Vento: O vento atua no fenômeno da evaporação renovando o ar em contato com as massas
de agua ou com a vegetação.
Radiação Solar: O calor radiante fornecido pelo Sol constitui a energia motora para o próprio
ciclo hidrológico.
Pressão Barométrica: Quanto maior a altitude, menor a pressão barométrica e maior a
intensidade da evaporação.
Salinidade da agua: A intensidade da evaporação diminui com o aumento do teor de sal na
agua. Redução de 2 a 3% na intensidade de evaporação.
Evaporação na Superficie do Solo: A existência de vegetação diminui as perdas por evaporação
da superfície do solo. Essa diminuição é compensada pela ação da transpiração do vegetal.
Transpiração: A vegetação retira a agua do solo e transmite a atmosfera por ação de
transpiração das suas folhas. Esse fenômeno é função da capacidade de evaporação da
atmosfera, dependendo, portanto, do grau de umidade relativa do ar, da temperatura e da
velocidade do vento.
Evaporação da Superficie das Aguas: É também influenciada pela profundidade de massa de
agua.

Medida da Evaporação da Superficie das Aguas.

Evaporimetros: São recipientes achatados, em forma de bandeja, de seção quadrada ou


circular, com agua no seu interior e instalados sobre o solo nas proximidades da massa de agua
cuja intensidade de evaporação se quer medir ou sobre a própria massa de agua ( medidores
flutuantes)

Medida da Evaporação da Superficie do Solo

Aparelhos medidores: A medida da evaporação de solos desprovidos de vegetação pode ser


realizada pelos seguintes dispositivos experimentais:

- Lisímetros
- Superficies naturais de evaporação
- Caixas Cobertas de vidro

Medida de Transpiração
Fitômetro: Consiste em um recipiente estanque contendo terra para alimentar a planta. Na
experiencia esta prevista a adição de quantidades de agua conhecidas. Esse método so pode
ser utilizado em plantas de pequeno porte.

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

G : pedregulho W: bem graudado


S : areia P: mal graduado
M: silte H: alta compressibilidade
C: argila L: baixa compressibilidade
O: Solo orgânico Pt: turfas
Classificação Unificada

- Solos Granulares: Com granulação grosseira, o solo será classificado como pedregulho ou
areia, dependendo de qual dessas duas frações granulométricas predominar. Por exemplo, se
o solo tiver 30% de pedregulho,40% de areia e 30% de finos,ele sera classificado como areia- S.

-Solos de Granulação Fina ( Siltes e Argilas): Quando a fração fina do solo é predominante, ele
sera classificado como Silte (M), argila(C) ou solo orgânico (O), não em função da porcentagem
das frações granulométricas silte ou argila, pois, o que determina o comportamento argiloso
do solo não é so o teor de argila, mas também a sua atividade. São os índices de consistência
que melhor indicam o comportamento argiloso.

Sistema Rodoviário de Classificação

Nesse sistema, inicia a classificação pela constatação da porcentagem de material que passa
na peneira n°200, so que não são considerados solos de granulação grosseira os que têm
menos de 35% passando nesta peneira, e não os 50% como a classificação Unificada.

Classificação dos Solos pela Origem

Os solos podem ser classificados em dois grandes grupos: solos residuais e solos transportados

Solos Residuais: São aqueles de decomposição de rochas que se encontram no próprio local
em que se formaram. Para que eles ocorram, é necessário que a velocidade de decomposição
da rocha seja maior do que a remoção dos agentes externos.

Solos Transportados: São aqueles que foram levados ao seu atual local por algum agente de
transporte. As características dos solos são função do agente transportado.

-Solos coluvionares: São solos formados por ação da gravidade


-Solos Eólicos: O transporte do vento dá origem aos depósitos eólicos.
-Solos Drifts: O transporte por geleiras gera esse tipo de solo.

Solos Orgânicos

São aqueles que contem quantidade aplicável de matéria decorrente da decomposição de


origem vegetal ou animal, em vários estágios da decomposição. Geralmente argilas ou areias
finas, os solos orgânicos são de fácil identificação pela cor escura e pelo odor característico.

Solos Lateríticos

Eles tem sua fração argila constituída predominantemente de minerais cauliníticos e


apresentam elevada concentração de ferro e alumínio na forma de óxidos e hidróxidos, donde
sua peculiar coloração avermelhada. Esses sais encontram-se geralmente , recobrindo
agregações de partículas argilosas.

Na natureza, os solos lateríticos apresentam-se, geralmente, não saturados, com índices de


vazios elevado, daí sua pequena capacidade de suporte. Quando compactados, sua capacidade
de suporte é elevada, e por isto são muito empregados em pavimentação e em aterros. Após
compactado, apresenta contração se o teor de umidade diminuir, mas não apresenta
expansão na presença de agua.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS

Ensaio Normal de Compactação ( ensaio de Proctor):

O ensaio de compactação Proctor é um método de laboratório para determinar


experimentalmente a densidade máxima do maciço terroso, condição que otimiza o
empreendimento com relação ao custo e ao desempenho estrutural e hidráulico. O ensaio
consiste em compactar uma porção de solo em um cilindro com volume conhecido, fazendo-se
variar a umidade de forma a obter o ponto de compactação máxima no qual obtém-se a
umidade ótima de compactação. O ensaio pode ser realizado em três níveis de energia de
compactação, conforme as especificações da obra: normal, intermediária e modificada.

Métodos Alternativos de Compactação

Ensaio sem reuso do material: O ensaio pode ser feito com amostrar virgens para cada ponto
da curva. Embora exija maior quantidade do material, o resultado é mais fiel. Em alguns casos,
é imprescindível que assim seja feito, por exemplo, quando as partículas são facilmente
quebradiças, de tal maneira que a amostra para o segundo ponto mostra-se diferente da
original pela quebra de grãos. A execução do ensaio dessa maneira, entretanto, é pouco
empregada, em virtude de maior quantidade de amostra requerida.

Ensaio em Secagem prévia do solo: A secagem do solo influi nas propriedades do solo, além de
dificultar a posterior homogeneização da umidade incorporada. O procedimento indicado na
norma, ainda que denominado como sem secagem prévia, consiste na redução do teor de
umidade em até cerca de 5% abaixo da umidade ótima, evitando-se apenas a total secagem.

Aterros Experimentais

Quando se executam obras de grande vulto, justifica-se a construção de aterros experimentais.


Um pequeno aterro com o solo selecionado para obra, 200m de extensão, por exemplo,
subdividido em 4 a 6 subtrechos com umidades diferentes, é compactado com equipamento
previsto. Depois de um certo numero de passadas do equipamento, determina-se a umidade
de cada subtrecho e a densidade seca atingida.

Os aterros experimentais orientam na seleção do equipamento a se utilizar, e indicam as


umidades mais adequadas para cada equipamento, as espessuras de camadas, o numero de
passadas do equipamento a partir do qual pouco efeito é obtido. Os aterros possibilitam a
observação visual do solo compactado, com eventuais problemas de laminações ou trincas, e
deles podem ser retiradas amostras bem representativas para os ensaios mecânicos.

A compactação no Campo

A compactação no campo consiste nas seguintes operações:

a) Escolha da área de empréstimo, em que devem ser consideradas as distancias de


transporte, e também as características geotécnicas do material.
b) Transporte e espalhamento do solo
c) Acerto da umidade, conseguido por irrigação ou aeração, seguida de revolvimento
mecânico do solo de maneira a homogeneiza-lo.
d) Compactação propriamente dita. Os equipamento devem ser escolhidos de acordo
com o tipo de solo.
e) Controle da compactação.

PROSPECÇÃO GEOTÉNICA DO SUBSOLO

É feito um reconhecimento dos solos envolvidos, para a sua identificação, a avaliação do seu
estado e, eventualmente, para amostragem, visando a realização de ensaios especiais.
Amostragem em taludes, aberturas de poços e perfurações no subsolo são os procedimentos
empregados com esse proposito.

Sondagem Simples de Reconhecimento

O método mais comum utilizado é a sondagem simples de reconhecimento. A sondagem


consiste essencialmente em dois tipos de operação: perfuração e amostragem.

Perfuração Acima do Nível Dágua

A perfuração é iniciada com trado tipo cavadeira, com 10cm de diâmetro. Repetidas operações
aprofundam o furo, e o material recolhido é classificado quando á composição. O esforço
requerido para a penetração do trado dá uma primeira indicação da consistência ou
compacidade do solo, mas uma melhor informação sobre esse aspecto sera obtida com
amostragem que costuma ser feita em metro de perfuração, ou sempre que ocorre mudança
de material.

Atingida certa profundidade, introduz-se um tubo de revestimento, com duas polegadas e


meia de diâmetro, que é cravada com um martelo que sera usado para a amostragem. Por
dentro desse tubo, a penetração progride com trado espiral.

Determinação do Nível D’água

A perfuração com o trado é mantida ate que seja atingido o nível da agua, ou seja, ate que se
perceba o surgimento de agua no interior da perfuração ou no tubo de revestimento. Quando
isso ocorre, registra-se a conta do nível dágua, interrompe-se a operação e guarda-se para
determinar se o nível se mantem na cota atingida ou se ele se eleva no tubo de revestimento.
Se isso ocorrer, é indicação de que a agua estava sob pressão. Aguarda-se o nível da agua ficar
em equilíbrio e registra-se a nova cota. A diferença entre esta e a cota em que foi encontrada a
agua indica a pressão a que está submetido o lençol.

Algumas vezes, ocorre mais do que um lençol d´água. São lençóis suspensos em camadas
argilosas. Cada um desses lençóis deve ser detectado e registrado. A data em que foi
determinado o lençol também deve ser anotada, pois o nível dágua geralmente varia a ano.

Amostragem

Para a amostragem, utiliza-se um amostrador padrão, com a extremidade cortante biselada. A


outra extremidade, fixada á haste que leva ate o fundo da perfuração, deve ter dois orifícios
laterais para a saída de agua e ar, e uma válvula constituída por uma esfera de aço.
Tem de ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhida pelo
trado-concha durante a perfuração até 1m de profundidade. A cada metro de perfuração, a
contar de 1m de profundidade, serão colhidas amostras dos solos por meio do amostrador
padrão.

O amostrador é conectado pela haste e apoiado no fundo da perfuração. A seguir é cravado


pela ação de uma massa de ferro fundido de ( chamada martelo) de 65kg. Para a cravação, o
martelo é elevado a uma altura de 75cm e deixado cair livremente. A cravação do
amostrador no solo é obtida por quedas sucessivas do martelo, até a penetração de 45cm.

A amostra acolhida é submetida a exame tátil-visual e suas características principais são


anotadas. Essas amostras são guardas em recipientes impermeáveis para analises posteriores.

Resistência a Penetração – SPT ( Standard Penetration Test)

Durante a amostragem, são anotados os números de golpes do martelo necessários para


cravar cada trecho de 15cm do amostrador. Desprezam-se os dados referentes aos primeiro
trecho de 15cm e define-se a resistência á penetração como o numero de golpes necessários
para cravar 30cm do amostrador, após aqueles primeiros 15cm.

Quando o solo é tao fraco que a aplicação do primeiro golpe de martelo leva a uma
penetração superior a 45cm, o resultado da cravação deve ser expresso pela relação desse
golpe com a respectiva penetração. Por exemplo 1/58.

- Na profundidade de 1m realiza-se o primeiro ensaio de penetração SPT.

- O valor de N é a soma do numero de golpes dos últimos 30cm.

- Objetivos: Determinação dos tipos de solo e suas profundidades ( cor , cheiro, etc) pré-
classificação, Posição do N.A, Índices de resistência á penetração (N) a cada metro

NBR 5410 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO

- Tensão até 1000V para corrente alternada


- Tensão até 1500V para corrente contínua

Corrente elétrica: Ampere (A)


Potencia Eletrica: produto da tensão pela corrente (W ou VA)
Resistencia Eletrica: Quociente entre a diferença de potencial (V) pela corrente ( ohms)

Esta Norma aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que seja
seu uso(residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro,
etc.), incluindo as pré-fabricadas.

1.2.1 Esta Norma aplica-se também às instalações elétricas:


a) em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações;
b) de reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings), marinas e
instalações análogas; e
c) de canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias.
1.2.2 Esta Norma aplica-se:

a) aos circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1 000 V em
corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1 500 V em corrente contínua;
b) aos circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma tensão
superior a 1 000 V e alimentados através de uma instalação de tensão igual ou inferior a 1 000
V em corrente alternada (por exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores
eletrostáticos etc.);
c) a toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas relativas aos
equipamentos de utilização; e
d) às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos equipamentos).

3.2.3 proteção supletiva: Meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando
massas ou partes condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas.

3.4.3 ponto de entrega: Ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de


eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as
responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora.

Sistema Predial:

- Quadro de distribuição principal: Primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha


elétrica na edificação.
- Quadro de distribuição de circuitos: Recebe os condutores do quadro de medição
(disjuntores) e contem os dispositivos de proteção.
-Circuito: conjunto de pontos de consumo, alimentados pelos mesmos condutores e ligados ao
mesmo dispositivo de proteção( chave ou disjuntor).

Disjuntores: Dispositivos elétricos de proteção ( sobrecorrente e curto-circuitos) e


seccionamento de circuitos.
Condutores: os mais comuns são de cobre com isolamente de PVC, não propagador de
chamas.

- Pontos De Tomada:

b) em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de


máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um
ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída uma
potência de no mínimo 1000 VA;
c) quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma
potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências
nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem
conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes
critérios:
d) os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto
previsto para a localização do equipamento a ser alimentado;
e) os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos
com a quantidade adequada de tomadas.
• Neutro (N) = azul-claro;
• Condutor de proteção (PE) = verde-amarelo ou verde;
• Condutor PEN = azul-claro com indicação verde-amarelo nos pontos visíveis.

Projeto de Instalações Eletricas


Ter no mínimo:

Banheiro: 1 tomada perto do lavatório


Cozinha e área de serviço: 1 ponto de tomada a cada 3.5m . Acima da bancada da pia:
mínimo 2 tomadas
Varanda, subsolo, garagem: 1 ponto de tomada
Salas e Dormitorios: 1 ponto de tomada a cada 5m ( perímetro)
Demais Comodos: A<= 6m² : 1 tomada
A> 6m² tomada a cada 5m

Circuito

- Residências : 1 circuito para a cada 60m²


- Lojas e Escritórios: 1 circuito para cada 50m²
- Ponto previsto para alimentar equipamento com corrente nominal superior a 10ª deve
constituir um circuito independente.

Cores dos condutores dos circuitos:


- Fases: preto, branco, vermelho, cinza
-Neutro: azul claro
-Terra: verde ou verde e amarelo

ORÇAMENTO

Orçamento por estimativa

O orçamento por estimativas nada é que um orçamento simplificado da obra. Ele tem por
objetivo obter o custo de uma construção da obra levando em conta apenas os dados técnicos
que ela possa dispor, assim como obter os resultados em tempo consideravelmente inferior ao
que seria obtido, caso fosse executado o orçamento detalhado.

Naturalmente que, em contrapartida, o fato de o orçamento por estimativas não poder dispor,
e considerar varias aspectos de ordem técnica por não estarem ainda definidos, leva o
trabalho a uma margem de incerteza que deve ser levada em conta o estudo de viabilidade do
empreendimento.
Um orçamento estimativo é obtido pela multiplicação de dois fatores:

 Área equivalente de construção: É a somatória das áreas equivalentes de todos os


pavimentos da construção.
 Custo Unitario por metro quadrado de construção: É o custo unitário obtido de
revistas técnicas, sindicatos de construção e empresas de consultoria, que fornecem
mensalmente o custo por metro quadrado de área equivalente de construção para os
diversos casos de edificação, inclusive para os variados padrões de especificação.

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou equipamentos necessários á realização de uma


obra ou serviço bem como os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos.

O orçamento pode ser observado sob duas óticas: como processo ou como produto

Como processo, quando o objetivo é definir metas empresariais em termos de custo,


faturamento e desempenho, donde participam na elaboração e se compromete com sua
realização todo o corpo gerencial da empresa. Além disso, um processo orçamentário
possibilita efetuar as projeções futuras dos balancetes mensais, permitindo elaborar o balanço
projetado do exercício ou de exercícios futuros, o que contribui para a empresa conhecer ou
avaliar os lucros futuros.

Como produto, o orçamento tem por objetivo definir o custo e, em decorrência, o preço de
algum produto da empresa, seja a construção de algum bem ou a realização de qualquer
serviço.

Tipos de Orçamento Produto

O orçamento pode ser elaborado visando definir o custo e, por extensão, o preço de bens e
serviços tais como:

 Elaboração de projetos
 Elaboração de orçamentos , cadernos de encargos, especificações
 Elaboração de Laudos Técnicos
 Serviços de Fiscalização , auditoria ou assessoria técnica
 Orçamento de Serviços ou mão de obra
 Orçamento de construção ou empreitada
 Orçamento de canteiro de obras ou obras complementares
 Etc

Análise Orçamentária

Os orçamentos de obras públicas apresentam-se por meio de planilhas, discriminadas nos seus
diversos serviços com os respectivos quantitativos, custos unitários e custos totais, e por uma
parcela, em geral, percentual, denominada Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) ou Lucro e
Despesas Indiretas (LDI), composta por itens percentuais. O custo total dos serviços acrescido
da taxa de BDI resulta no preço global da obra.

“A taxa de Bonificação de Despesas Indiretas (BDI ou LDI), aplicada sobre o custo direto total
da obra, deverá contemplar somente as seguintes despesas:
a) Taxa de rateio da Administração Central;
b) Taxa das despesas indiretas;
c) Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento;
d) Taxa de tributos (Cofíns, Pis e ISS);
e) Margem ou lucro.

- Custo direto dos serviços – representa a soma dos custos dos insumos (equipamentos,
materiais e mão-de-obra, inclusive transportes) necessários à realização dos serviços de todos
os itens da planilha.
- Custos indiretos – Compreendem ao PIS, CONFINS, ISS, Administração central, custos
financeiros, margem.
- Custo direto total – compreende a soma do custo direto dos serviços com os custos da
instalação de canteiro e acampamento e das despesas de mobilização e desmobilização.
- Preço = custo Direto x (1+ BDI)
- Canteiro e acampamento – denomina-se de canteiro e acampamento o conjunto de
instalações destinadas a apoiar as atividades de construção. Não existem padrões fixos para
esses tipos de instalações. Elas são funções do porte e das peculiaridades do
empreendimento, das circunstâncias locais em que ocorrerá a construção e das alternativas
tecnológicas e estratégicas para sua realização.
- Mobilização e desmobilização - a mobilização e desmobilização são constituídas pelo
conjunto de providências e operações que o executor dos serviços tem que efetivar, a fim de
levar seus recursos, em pessoal e equipamento, até o local da obra e, inversamente, para fazê-
los retornar ao seu ponto de origem, ao término dos trabalhos. A mobilização e
desmobilização são,
essencialmente, operações de transportes.

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

conceitua BDI como ‘o resultado de uma operação matemática para indicar a margem que é
cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e logicamente sua
remuneração pela realização de um empreendimento.

Compreendida como uma relação matemática entre os custos indireto e direto para formação
do preço da obra, essa incidência pode ser explicitada pela seguinte fórmula:

PV = CD(1 + LDI)

onde PV = preço de venda;


CD = custo direto;
LDI = taxa de lucro e despesas indiretas.

𝐶𝐷 = 𝑐𝑑 + (𝐻 + 𝐼) + 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝐿𝑜𝑐𝑎𝑙
𝑃𝑉 = 𝐶𝐷 + (𝐴 + 𝐵 + 𝐷 + 𝐸 + 𝐹 + 𝐺)
Onde os símbolos têm o seguinte significado:

PV= Preço de Venda CD= Custo Direto Cd= custo direto dos serviços

A= PIS B= CONFINS D= ISS E= Administração Central F= Custos Financeiros

G= Margem H= Canteiro e Acampamento I= Mobilização e Desmobilização

Sendo:

- ISS (Imposto Sobre Serviços)= um tributo municipal; assim sendo, sua alíquota não é a
mesma para todo o País. Ela varia, conforme o Município, desde aqueles que isentam a
construção civil
do tributo até os que a taxam com percentuais, que variam na faixa de 2,0% a 5,0% sobre o
valor da obra. Tendo em vista essa circunstância, o SICRO adota alíquota média de 3,5%, para
fazer face a esta despesa.

- Administração Central - Cada operação que o executor realiza deve absorver uma parcela
dos custos relativos à sua administração central. Tais custos envolvem, entre outros:
honorários
de diretoria, despesas comerciais e de representação, administração central de pessoal,
administração do patrimônio, aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente,
treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal lotado na sede etc.

- Administração Local – Compreende o conjunto de atividades realizadas no local do


empreendimento pelo executor, necessárias à condução da obra e à administração do
contrato. É
exercida por pessoal técnico e administrativo, em caráter de exclusividade. Seu custo é
representado pelo somatório dos salários e encargos dos componentes da respectiva equipe,
que inclui pessoal de serviços gerais e de apoio.
A administração local deve exercer certo número de atividades básicas, que são: Chefia da
Obra, Administração do Contrato, Engenharia e Planejamento, Segurança do Trabalho,
Produção,
Manutenção de Equipamento, Gestão de Materiais, Gestão de Recursos Humanos,
Administração da Obra.
Despesas Diversas: veículos leves para transporte de pessoal, combustível e manutenção;
energia elétrica para iluminação pública e domiciliar; cópias xerográficas e heliográficas;
telefonemas; telex; fotografias; fax; material de escritório; medicamentos; consultoria
externa; aluguéis; segurança: polícia e vigilância; seguro saúde.

- Custos Financeiros – Resultam da necessidade de financiamento da obra por parte do


executor, que ocorre quando os desembolsos mensais acumulados forem superiores às
receitas
acumuladas. Tais custos são calculados como um percentual equivalente à taxa de juros
básicos do Banco Central (SELIC), aplicado sobre o preço de venda menos a margem, durante
um mês.
As despesas financeiras decorrentes de inadimplência do contratante, por serem eventuais,
não podem ser consideradas na elaboração dos custos referenciais do DNIT.
O Acórdão TCU 2622/2013-Plenário definiu faixas aceitáveis para valores de taxas de BDI
específicas para cada tipo de obras pública e para a aquisição de materiais e equipamentos
relevantes, com utilização de critérios contábeis e estatísticos, assim como controle da
representatividade das amostras selecionadas.
Seguem os valores definidos por este acórdão:

- Os coeficientes de consumo dos insumos são obtidos por meio de apropriações resultantes
da experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou por meio dos sistemas
referenciais ou publicações especializadas, tais como Sinapi, Sicro2, TCPO (Tabelas de
Composições de Preços e Orçamentos) da Editora PINI, entre outras.

ENCARGOS SOCIAIS
Os encargos sociais são encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de
Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores, representados por uma parcela
percentual que pode variar de acordo com a região e com as peculiaridades da obra.
Os encargos sociais dividem-se em três níveis: encargos básicos e obrigatórios; encargos
incidentes e reincidentes; e encargos complementares.

os encargos sociais são divididos em 4 (quatro) grupos:

- Grupo A: neste grupo estão incluídas as obrigações, que incidem diretamente sobre a folha
de pagamento e que são regulamentadas de acordo com a legislação.
- Grupo B: neste grupo são considerados os dias em que não há prestação de serviço, mas que
o funcionário tem direito de receber sua remuneração. Sobre estes dias incidem também os
encargos do grupo A.
- Grupo C: neste grupo estão os encargos pagos diretamente aos empregados e, assim sendo,
os que não incidem sobre eles os encargos do Grupo A.
- Grupo D: neste grupo estão os encargos referentes à incidência sobre outros encargos:
incidência do Grupo A sobre B e incidência de multa do FGTS sobre o 13° salário.

SINAPI

- O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi é o


referencial oficial adotado para balizar os preços dos serviços e insumos pagos com recursos
de origem do Orçamento da União.
- O Sinapi é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil
e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela
divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de
referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados
pelo SINAPI.
- A rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção,
equipamentos e salários das categorias profissionais, junto, respectivamente, a
estabelecimentos comerciais, industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da
Federação.
-A partir da ponderação dos custos de projetos residenciais no padrão normal de acabamento,
são calculados os custos médios para cada Unidade da Federação - UF. Ponderando-se os
custos obtidos nas UF’s são determinados os custos regionais e a partir destes, o custo
nacional, que dão origem aos índices por UF, Região e Brasil.

** O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e xecutados com recursos dos
orçamentos da União, será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no
projeto, menores ou iguais a mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, mantido e divulgado, na internet,
pela Caixa Economica Federal e pelo IBGE, e , no caso de obras e serviços rodoviários, á tabela
do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – SICRO, escutados os itens caracterizados como
montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

SICRO – SISTEMA DE CUSTOS RODOVIÁRIOS

O SICRO é um sistema de cálculo dos custos unitários dos insumos e serviços necessários à
execução das obras de construção, restauração e sinalização rodoviária e dos serviços de
conservação rodoviária e foi desenvolvido para servir como referencial de custos para as
licitações de obras rodoviárias.
- os preços dos insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) são pesquisados
mensalmente nas capitais dos estados. Os preços são apresentados com abrangência estadual
e regional.

Custos Unitários dos Insumos

Custos da Mão-de-obra
A coleta dos custos da mão-de-obra deve ser feita, em todos os estados, através de:
- Pisos salariais acordados nas Convenções Coletivas de Trabalho, celebradas entre os
Sindicatos dos Trabalhadores e Patronais, da Construção Pesada e, na ausência desta, no da
Construção Civil.
- Para as categorias não contempladas nas Convenções Coletivas, realiza-se pesquisa dos
valores médios praticados, obtidos junto aos sindicatos regionais ou em outras fontes.

O estabelecimento do salário ocorre da seguinte forma:

- Para as categorias de serventes e operários qualificados, que têm o piso básico determinado
nas convenções coletivas de trabalho, são adotados, para a região, o maior valor encontrado
nos diversos estados que o compõem, conforme vimos anteriormente.
-O custo da mão de obra é calculado pelo SICRO considerando todo o trabalho desenvolvido
em horas normais. Não serão incluídos no sistema os cálculos do custo da mão-de-obra em
horas
extraordinárias e em trabalho noturno.
- Equipamento de Proteção Individual: Percentual mínimo de equipamento de proteção
individual de segurança sobre a mão-de obra é de 1,12%.

- Transporte:
- percentual do transporte em relação ao salário médio: 6,8%
- participação dos empregados de acordo com art. 9, inciso I, do decreto 95.247/87 = 6%
- percentual de dedução fiscal de acordo com instrução do MAJUR de 1996 = 25%
Transporte = [0,068 x (1-0,06)] X ( 1-0,25) X 100% = 4,79%

- Alimentação:
- percentual do custo médio de alimentação em relação ao salário médio - 16%
- percentual da participação máxima do trabalhador permitida de acordo com a Lei 6.321, de
14 de abril de1976 - 20%
- percentual de dedução fiscal (instrução do MAJUR de 1996) - 25%
Alimentação = [0,16 x (1-0,20) ] X (1-0,25) X 100% = 9,60%

- Ferramentas Manuais
- percentual sobre a mão-de-obra do custo com ferramentas manuais, necessária a execução
de determinados serviços, é de 5,00%.

Custo dos Materiais


Os custos dos materiais devem corresponder aos preços de aquisição dos materiais levantados
pela pesquisa e que atendem às seguintes condições:
- Se refiram a preços para condições de pagamento à vista;
- Contenham toda a carga tributária que sobre eles incide;

- Nos estados onde se realizam pesquisas, são coletadas informações de preço para cada
material, em pelo menos três estabelecimentos.

-Os preços dos materiais, levantados pelo sistema de coleta, não incluem fretes para seu
transporte até o local da obra, uma vez que estes se destinam à inclusão nas tabelas do
SICRO2, para uso genérico e não para o caso de qualquer obra em particular.

- O custo horário de um equipamento é a soma dos custos de propriedade, manutenção e


operação referidos à unidade de tempo (hora).

- O SICRO2 considera, a título de Seguros e Impostos, somente o IPVA e o Seguro Obrigatório


necessário para a regularização do veículo.

- O IPVA, (Imposto de Propriedade de Veículos Auto Motores), imposto estadual relativo a


licenciamento de veículos, varia com a idade do mesmo, segundo regras próprias para cada
Estado, além do Seguro Obrigatório, ligado a ele, seriam os únicos valores a serem
considerados nessa rubrica, totalizando incidência total de 2,5% sobre o investimento médio
em veículos.

CRONOGRAMAS FÍSICO E FÍSICO-FINANCEIRO

Cronograma é uma representação gráfica da execução de um projeto, indicando os prazos em


que deverão ser executadas as atividades necessárias, mostradas de forma lógica, para que o
projeto termine dentro de condições previamente estabelecidas.
Pode ser apresentado como rede (gráficos PERT/CPM ou Roy) ou como gráfico de barras
(gráfico de Gantt), sendo estes mais utilizados para mostrar partes detalhadas daqueles.
O cronograma físico-financeiro de uma obra pode ser entendido como a representação gráfica
do andamento previsto para a obra ou serviço, em relação ao tempo e respectivos
desembolsos financeiros.
O acompanhamento do cronograma físico permite aferir o cumprimento dos prazos e
identificar e prevenir possíveis atrasos e o acompanhamento do cronograma financeiro
permite informar os recursos necessários ao andamento da obra.
No planejamento e no controle de projetos são usados dois tipos básicos de cronogramas: o
cronograma em rede e o cronograma em barras.

1 – Cronogramas em Redes

As redes podem ser representadas de duas maneiras: com as atividades em setas (AES) e as
atividades em nós (AEN).

a) Redes de Atividades em Setas (AES)

Para a elaboração de uma rede AES são utilizadas correntemente duas técnicas de origem
diversa: a PERT e a CPM.

Técnica PERT (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e Revisão de
Programas) é muito utilizado no planejamento, revisão e avaliação de projetos, sendo uma
técnica que utiliza três estimativas de tempo para cada atividade da rede. A técnica PERT é
chamada de probabilística.

𝑎+4𝑚+𝑏
𝑡𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 =
6
A = prazo mínimo
M = prazo normal
B = prazo máximo

A técnica CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico), CPM é chamado
determinístico.

PERT/CPM
O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do
projeto.
Em uma rede pode haver mais de um caminho crítico.
b) Redes de Atividades em Nós (AEN)

técnica de redes com as atividades representadas por meio de nós, conhecida também como
Neopert ou Rede de Precedências, Os tempos de duração das atividades podem ser
determinados de forma probabilística, como no PERT, ou de forma determinística, como no
CPM, sendo as atividades ilustradas por retângulos, conforme figura a seguir:

Na rede Roy não existe atividade fantasma, uma vez que as atividades paralelas, como B e C,
na figura a seguir, são interligadas de maneira clara à atividade antecessora.

Cronogramas de Barras

Também é denominado Gráfico de Gantt.


O cronograma de barras é a representação dos serviços programados numa escala cronológica
de períodos expressos em dias corridos, semanas, ou meses, mostrando o que deve ser feito
em
cada período.
Ele é construído listando-se as atividades de um projeto em uma coluna e as respectivas
durações, representadas por barras horizontais, em colunas adjacentes, com extensão de
acordo com a unidade de tempo adotada no projeto, de acordo com a figura a seguir:

O cronograma de barras tem, entretanto, a desvantagem de não mostrar com clareza a


interdependência das atividades. Às vezes, indica-se essa interdependência por meio de setas
pontilhadas, constituídas por linhas retas ou curvas, o que acaba tornando extremamente
complexa uma figura que se pretende simples. Outra desvantagem é que as datas de início e
de fim de uma atividade, assim como as folgas, devem ser definidas antes de se desenhar o
cronograma.
Apresenta como vantagem a facilidade de aplicação e de entendimento, além da possibilidade
de seu emprego como complemento de outras técnicas de programação. Ele é perfeitamente
aplicável quando se lida com um número não muito grande de atividades e de durações
relativamente curtas, como é o caso do detalhamento de pacotes de trabalho.

1 - Diversas ferramentas de planejamento podem ser utilizadas para a montagem de um


cronograma físico para execução de obras. Com relação às ferramentas utilizadas para
planejamento de obras é correto afirmar que:

- As obras com atividades repetitivas, pode-se usar no seu planejamento a técnica da linha de
balanço (line of balance), também conhecida como técnica do tempo-caminho.
- Os métodos PERT e CPM fundamentam-se na montagem de uma rede de trabalho que
retrate o projeto real.
- o caminho crítico representa a seqüência de atividades que definem o prazo mínimo para
realização de uma obra.
- o Diagrama de Gantt é um recurso gráfico que permite a visualização direta das datas de
início e término das atividades previstas.
- a apresentação do planejamento PERT pode ser feita com o uso de diagramas de flechas ou
de diagramas de blocos.

2 - A curva S é uma ferramenta gráfica utilizada para controle da aplicação e consumo de


recursos ao longo da execução de um empreendimento, pode-se dizer que:

-a curva S depende da existência de um planejamento adequado para o consumo de recursos


durante a execução da obra.
-a curva S pode ser utilizada como ferramenta no controle do consumo de concreto durante a
execução da obra.
-a curva S pode ser utilizada na avaliação do progresso físico da obra em função do custo
apropriado.
-a curva S apresenta sempre o consumo acumulado de recursos ao longo do tempo de
construção.

3 - O gerenciamento de projeto é a coordenação eficaz e eficiente de diferentes


recursos, atendendo-se a parâmetros pré-definidos de: prazo, custo, qualidade e risco

4 - classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a


importância dos materiais baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor é
denominada: Curva ABC

5 - Considerando a orçamentação de contratos de serviços e obras civis, a planilha onde


aparecem: unidade, quantidade, preço unitário, preço global, percentual de participação do
insumo no orçamento global e percentual de participação acumulado de cada insumo no
orçamento global, é classificada como: Curva ABC

6 - A curva ABC representa os diversos insumos ou etapas em ordem decrescente de preço

7 - O acompanhamento do cronograma físico permite aferir o cumprimento dos prazos e


identificar e prevenir possíveis atrasos. Permite também informar os recursos necessários ao
andamento da obra.

8 – O orçamento é a importância necessária para que se obtenha um bem ou serviço.

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE AGUA FRIA – NBR 05626

- Essa norma estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e


manutenção da instalação predial de agua fria.

- Esta norma é aplicável á instalação predial que possibilita o uso domestico de agua em
qualquer tipo de edifício , residencial ou não. O uso domestico da agua prevê a possibilidade
de uso de agua potável e de agua não potável.

Sistema Direto: Todos os aparelhos e torneiras são alimentados diretamente pela rede
pública.

Sistema Indireto: Todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um reservatório


superior o prédio, a qual é, alimentado diretamente pela rede publica ( caso não haja pressão
suficiente na rede)

Sistema misto: Parte pela rede publica e parte pelo reservatório superior o que é mais comum
em residências, por exemplo, a agua para a torneira do jardim vem direto da rua.

Definições:

Água fria: Agua em temperatura dada pelas condições do ambiente.

Alimentador Predial: Tubulação que liga a fonte de abastecimento a uma reservatório de agua
de uso domestico.

Camisa: Disposição construtiva na parede ou no piso de um edifício, destinada a proteger e/ou


permitir livre movimentação á tubulação que passa no seu interior.
Conexão Cruzada: Qualquer ligação física através da peça, dispositivo ou outro arranjo que
conecte duas tubulações das quais uma conduz agua potável e a outra água de qualidade
desconhecida ou não potável.

Diâmetro Nominal ( DN): Numero que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e que
corresponde os diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto.

Dispositivo de Prevenção ao Refluxo: Componente, ou disposição construtiva, destinado a


impedir o refluxo de agua em uma instalação predial de agua fria, ou desta para a fonte de
abastecimento. O volume de agua reservado para uso domestico deve ser, no mínimo, o
necessário para 24hrs de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de agua para
combater o incêndio. ****** No caso de residência de pequeno tamanho, recomenda-se que
a reserva mínima seja de 500L

Duto: Espaço fechado projetado para acomodar tubulações de agua e componentes em geral,
construído de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu
comprimento como em pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas,
sem ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de baixo custo. Inclui
também o shaft que usualmente é entendido como duto vertical.

Galerias de Serviços: Espaço fechado, semelhante ao duto, mas de dimensões tais que
permitam o acesso de pessoas no seu interior através de portas ou aberturas de visita. Nele
são instaladas tubulações, componentes em geral e outros tipos de instalações.

*Sub-ramal: Canalização que liga o ramal á peça de utilização.

*Ramal: Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais

*Coluna de Distribuição: Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.

*Barrilete ou Colar : Canalização horizontal derivada do reservatório e destinada a alimentar


as colunas de distribuição.

*Ramal Predial: Canalização que conduz a água da rede pública para o imóvel

*Reservatório de Agua: ( caixas dágua) : tem a função de ser um reservatório para 2 dias de
consumo ( por precaução por eventuais faltas de abastecimento público de agua).

Tubulação de Aviso: Tubulação destinada a alertar os usuários que o nível da agua no interior
do reservatório alcançou um nível superior o máximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar
em local habitualmente observável.

- Abastecimento, Reservação e Distribuição:

- Reservatorios de maior capacidade devem ser distribuídos em dois ou mais compartimentos


para permitir operações de manutenção sem que haja interrupção na distribuição de agua. São
executadas desta exigência as residências unifamiliares isoladas.

- As tubulações de aviso, extravasão e limpeza devem ser construídas de material rígido e


resistente á corrosão. Tubos Flexíveis ( como mangueiras) não devem ser utilizados, mesmo
em trechos de tubulação.
- Em nenhum caso a tubulação de aviso, pode ter diâmetro interno menor que 19mm

- Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas com uma leve declividade,
tendo em vista reduzir o risco de formação de bolhas de ar no seu interior.

- Recomenda-se o emprego de registros de fechamento:

a) no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete no caso direto ( ou


posicionado em cada trecho que se liga ao reservatório no caso indireto)

b) Na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal

c) No Ramal , posicionado a montante do primeiro sub-ramal.

- No caso de edifícios com pequenos reservatórios individualizados como é o caso de


residências unifamiliares, o tempo de enchimento deve ser menor do que 1 h. No caso de
grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de até 6 h, dependendo do tipo de
edifício.

- As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da agua, em qualquer


trecho de tubulação, não atinja valores superiores a 3m.

- Em condições dinâmicas ( com escoamento ), a pressão não deve ser inferior a 10KPa, com
exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, até
um mínimo de 5 KPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão
não deve ser inferior a 15KPa.

- Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da agua em condições


dinâmicas ( com escoamento) não deve ser inferior a 5 KPa

- Em condições estáticas ( sem escoamento), a pressão da agua em qualquer ponto da


utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 KPa

- A ocorrência de subrepressões derivadas a transientes hidráulicos não podem superar o valor


de 200KPa

- A superfície de qualquer componente que entre em contato com agua potável não deve ser
revestida com alcatrão ou com qualquer material que contenha alcatrão.

- Em situações onde há um numero significativo de mictórios, é recomendável que a limpeza


seja efetuada através de um sistema automático de descarga, ajustado para fornecer até 2,5L
por descarga em mictórios individuais ou a cada 70cm de comprimento em mictório tipo calha.

- Os Arejadores para Torneiras: O arejador instalado na saída de uma torneira possui orifícios
na sua superfície lateral que permitem a entrada de ar durante o escoamento da agua e dão
ao usuário a sensação de uma vazão maior do que é na realidade.

- Nos casos onda há necessidade de atravessar paredes ou pisos através de sua espessura,
devem ser estudadas formas de permitir a movimentação da tubulação, em relação as
próprias paredes e pisos, pelo uso de camisas ou por outro meio, igualmente eficaz.
- Tendo e vista resguardar a segurança de fundações e outros elementos estruturas e facilitar a
manutenção das tubulações, é recomendável manter um distanciamento mínimo de 0,5m
entre a vala de assentamento e as referidas estruturas.

- Admite-se a instalação de tubulação no interior de parede de alvenaria estrutural, desde que


seja tubulação recoberta em duto especialmente projetado para tal fim.

- No caso ao interior do reservatório, para inspeção e limpeza, deve ser garantido através de
abertura com dimensão mínima de 600mm , em qualquer direção. No caso de reservatório
inferior, a abertura deve ser dotada de rebordo com altura mínima de 100mm para evitar a
entrada de agua de lavagem de piso e outras.

Execução

- No caso de tubulações enterradas, quando as condições previstas forem desfavoráveis,


propicias á corrosão, a tubulação deve receber pintura com tinta betuminosa ou outro tipo de
proteção oxidante.

- O ensaio de estanqueidade deve ser realizado de modo a submeter as tubulações a uma


pressão hidráulica superior áquela que se verificará durante o uso. O valor da pressão de
ensaio , em cada seção da tubulação , deve ser no mínimo 1,5vez o valor da pressão em
projeto para ocorrer nessa mesma seção em condições estáticas( sem escoamento)

Manutenção

- A quantidade de agua dos reservatórios deve ser controlada. Nos reservatórios de agua
potável, o controle tem por objetivo manter o padrão de potabilidade. No caso de
reservatórios de maior porte ( capacidade superior a 2000L), recomenda-se a analise físico-
quimica-bacteriologica periódica de amostras da agua distribuída pela instalação.

- As válvulas de alivio devem ser operadas uma vez por ano, para verificação de eventual
emperramento.

- Como uma medida de proteção sanitária, é fundamental que a limpeza e a desinfecção do


reservatório de agua seja feita uma vez por ano.

- A resina de PVC é susceptível ao ataque dos solventes orgânicos. Desta forma, as tubulações
de PVC devem estar protegidas do contato com substancias derivadas do petróleo.

- A teoria que autoriza a modificação das clausulas contratuais inicialmente pactuadas por
conta do surgimento de fatos supervenientes e imprevisíveis que dificultam o cumprimento do
ajuste é chamada de : Imprevisão

PROJETO E EXECUÇÃO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE AGUA QUENTE – NBR 7198


Definições:
Misturador: Dispositivo que mistura agua quente e fria
Respiro : Dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação.
Tubulação de Retorno: Tubulação que conduz a agua quente de volta ao reservatório de agua
quente ou aquecedor
Válvula de Retenção : Dispositivo que permite o escoamento da agua em um único sentido.
Junta de expansão: Dispositivo destinado a absorver dilatações lineares das tubulações
Condições Específicas
- Os aquecedores devem ser alimentados pela reservatório superior de agua fria ou por
dispositivo de pressurização.
- A instalação dos aquecedores de acumulação deve observar as seguintes condições:
a) o ramal de alimentação de agua fria deve ser executado de modo a não permitir o
esvaziamento do aquecedor, a não ser pelo dreno.
b) quando alimentado por gravidade, o aquecedor deve ter o seu nível superior abaixo do nível
inferior da derivação do reservatório de agua.
c) A saída da tubulação de agua quente deve ser provida de respiro
d) Quando o respiro não for de execução pratica, deve ser substituído por dispositivo de
idêntico desempenho.
- Os aquecedores devem ser adotados de dispositivo automático , que controle a máxima
temperatura admissível da agua, e deve ser instalada uma válvula de segurança de
temperatura na saída da agua quente.
- Na Temperatura da agua, a instalação de misturadores é obrigatória se houver possibilidade
de a agua fornecida ao ponto de utilização humano passar dos 40°C. Na instalação de
misturadores , deve ser evitada a possibilidade de inversão de agua quente no sistema frio, ou
vice-versa, em situações normais de utilizações.
- A pressão estática máxima nos pontos de utilização não podem ser superior a 400KPa
- As pressões dinâmicas nas tubulações não devem ser inferiores a 5KPa
- A Velocidade da agua nas tubulações não deve ser superior a 3m/s

INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

Tem por objetivo extinguir o fogo, evitar sua propagação, resfriar os materiais e o edifício.

Os incêndios se classificam como:

Classe A: incêndios causados que deixam brasa, como os à base de celulose (madeiras, lonas,
papéis, palhas, serragens, lixos), os materiais carbonáceos (carvão e coque), e os materiais a
base de nitrocelulose (filmes, material fotográfico).
Classe B: incêndios causados por óleos minerais (petróleo, gasolina, querosene, graxa, verniz,
tinta), por óleos vegetais (alcoóis, acetona, éter, óleo de linhaça), e por óleos de animais
(banha, peixe, etc).
Classe C: incêndios em equipamentos elétricos (motor, transformador, reator), quando
eletrificados. Caso contrário serão incêndios classe A.

Classificam-se também as áreas quanto ao perigo de incêndio:

Classe I: pequeno risco, como escolas, residências e escritórios;


Classe II: risco médio ou normal, como oficinas, fábricas, armazéns.
Classe III: grande risco, como depósitos de combustíveis, paióis de munição, refinarias de
petróleo

Classificação dos sistemas de combate a incêndio:


Sistemas moveis: extintores portáteis e extintores sobre rodas;
Sistemas fixos: Sob Comando: Hidrantes e mangotinhos;
Automáticos: chuveiros automáticos ( Sprinklers) e água nebulizada

Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio


- É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em todas as edificações e
estabelecimentos existentes e em construção e a construir, excetuados os prédios
unifamiliares.
- A existência de outros sistemas de proteção não exclui a obrigatoriedade da instalação de
extintores.
- Será exigido no mínimo, 2 unidades extintoras por pavimento, exceto nos prédios
exclusivamente residenciais e estabelecimentos de risco de incêndio pequeno ou médio, com
área construída de até 30m², onde será exigida apenas 1 unidade.
- A existência de garagem, ( coberta ou descoberta) ou elevador no prédio obriga a instalação
de extintores nestes locais independente do numero de pavimentos.
Os extintores deverão ser localizados obedecendo os seguintes critérios;
I – Onde sejam bem visíveis, para que todos fiquem familiarizados com sua localização;
II – Onde haja menor probabilidade do fogo bloquear seu acesso;
III – Não ter sua parte superior a mais de 1,80m acima do piso;
IV – Não estar localizado nas paredes de escadas;
V – Estar claramente sinalizados e com a indicação das classes de fogo a que aplicam ( de fácil
compreensão para leigos)

Instalações Hidráulicas de combate a Incêndio Sob Comando


- As edificações deverão ser adotadas de instalações hidráulicas de combate a incêndio,
quando:
I – Possuirem altura superior a 12m
II – Não sendo residenciais, tiverem área total construída superior a 750m²
III - Forem destinadas a postos de serviços ou garagem com abastecimento de combustíveis;
IV – Servirem de deposito de gás liquefeito de petróleo;
V – Depósitos de líquidos inflamáveis e combustíveis.

Terminologia – NBR 13714


Definições:
Bomba Principal: Bomba hidráulica centrifuga destinada a recalcar a agua para os sistemas de
combate a incêndio.
Bomba de Pressurização( Jockey): Bomba hidráulica destinada a manter o sistema
pressurizado em uma faixa preestabelecida
Bomba de Reforço: Bomba hidráulica centrifuga destinada a fornecer agua aos hidrantes e
mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos
somente pelo reservatório elevado.
Dispositivo de Recalque: Dispositivo para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque
de agua para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de
Bombeiros estiver garantido
Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma,
direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável ( neblina ou compacto) ou de jato
compacto.
Reserva técnica de incêndio: Volume mínimo da agua destinado exclusivamente ao combate
de incêndio.
Sistema de Hidrantes ou de Mangotinhos: Sistema de combate a incêndio composto por
reservas de incêndio, bombas de incêndios ( quando necessário), rede de tubulação, hidrantes
ou mangotinhos e outros acessórios.

Tipos de Sistemas Sob Comando:


- Sistema de Mangotinhos ( tipo 1):
É constituído por tomadas de incêndio as quais há uma (simples) saída, contendo válvula de
abertura rápida, de passagem plena, permanente acoplada nela uma mangueira semi-rígida,
esguicho regulável e demais acessórios.

-Sistema de Hidrantes ( Tipos 2 e 3):


É constituído por tomadas de incêndio as quais há uma(simples) ou duas(duplo) saídas de
agua. São formadas por válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões,
mangueiras de incêndio e acessórios.

Composição dos Sistemas Sob Comando: É constituída de reservatório, barrilete de incêndio ,


válvulas de retenção e de gaveta, colunas de incêndio , hidrantes de passeio e recalque e
sistemas de bombeamento. A reserva técnica pode ser armazenada em reservatório superior
ou inferior

- Abastecimento em Reservatório Superior ou Elevado: A instalação sob comando abastecida


por reservatório superior utiliza o dispositivo de bombeamento da instalação de
abastecimento do prédio, em alguns casos é necessária a utilização de bombas de reforço. O
sistema é constituído basicamente de:
 Reservatorio superior
 Barrilete de incêndio
 Valvula de retenção e de gaveta
 Dispositivo de acionamento das bombas
 Sistema de bombas, se necessário
 Colunas de Incêndio
 Sistemas de alarmes
 Hidrantes de passeio ou de recalque

- Abastecimento em Reservatório Inferior: A instalação sob comando abastecida por


reservatório inferior devera utilizar dispositivo de bombeamento próprio. O sistema é
constituído basicamente de:
 Reservatório Inferior
 Válvula de retenção e de gaveta
 Sistema de bombas
 Linha de controle das bombas
 Colunas de Incêndio
 Abrigos ou caixas de Incêndio
 Sistemas de alarmes
 Hidrantes de passeio ou recalque

Recalque : Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque , consistindo em


um prolongamento do mesmo diâmetro da tubulação principal, com diâmetro mínimo DN50
(2”) e máximo de DN100 (4”), cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de
Bombeiros local.
- Quando o dispositivo de recalque tiver situado no passeio ( hidrante de passeio), este devera
ser enterrado na caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno, tampa articulada e
requadro de ferro fundido, identificada com a palavra “ INCÊNDIO”, com dimensões de 0,40m
x 0,60m, afastada 0,50m do meio fio;

Tubulação: A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 , a
tubulação aparente do sistema de ser na cor vermelha.

Esguicho: O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema ao deve ser inferior a
8m.

Alarme: Todos sistema deve ser dotado de alarme, indicativo de uso de qualquer ponto de
hidrante ou mangotinho, que é acionado automaticamente através de pressostato ou chave
de fluxo.

Abrigo ( caixa onde fica as mangueiras) : As mangueiras de incêndio devem ser


acondicionadas dentro dos abrigos: em ziguezague ou aduchadas, sendo que as mangueiras
semi rígidas podem ser acondicionadas enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em
forma de oito, permitindo sua utilização com facilidade e rapidez.
- Os abrigos devem ser de cor vermelha, possuindo apoio ou fixação própria , independente da
tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho.
- No interior do abrigo pode ser instalada a válvula angular, desde que o seu manuseio e
manutenção sejam garantidos.

Localização dos Hidrantes e Mangotinhos: Os pontos de tomadas de agua devem ser


posicionados:
a) Nas proximidades das portas externas a área a ser protegida, a não mais de 5m.
b) Em posições centrais nas áreas protegidas
c) Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça
d) De 1,0m a 5,0m do piso
- Nos hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15m ou 1,5x a altura da parede
externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados ate 60m de mangueira(
preferencialmente em lances de 15m), desde que devidamente dimensionados
hidraulicamente. Recomenda-se que sejam usadas mangueiras de 65mmde diâmetro para
redução de perda de carga do sistema e o ultimo lance de 40mm para facilitar seu manuseio.
Sistemas Automáticos de Extinção de Incêndios (Sprinkler)
O chuveiro automático de extinção de incêndio ou Sprinkler é um aparelho que fica
geralmente instalado no teto, é dotado de uma peça especial que veda a passagem da agua e
possui baixo ponto de fusão. O sprinkler entra em funcionamento quando a temperatura local
ultrapassa certo nível. Ao entrar em funcionamento, passa espalhar agua em uma
determinada área, combatendo assim o fogo, até a chegada dos bombeiros.

O corpo é a estrutura formada pela rosca metálica para fixação na tubulação, braços e orifícios
de descarga, e serve como suporte dos demais componentes.
O obturador é constituído de um pequeno disco metálico destinado à vedação do orifício de
descarga nos chuveiros automáticos que também atua como base para o elemento termosens
ível tipo bulbo de vidro.
O Defletor ou Difusor é o componente do sprinkler destinado a quebrar o jato sólido de água,
de modo a distribuir uniformemente a mesma sobre o foco de incêndio.

- Classificação dos Sistemas de Chuveiros Automáticos ( Sprinkler)


a) Sistema de Tubo Molhado: Rede de tubulação fixa, com agua sob pressão, em cujos
ramais são instalados os chuveiros automáticos; o sistema é controlado na entrada,
por uma válvula que soa automaticamente um alarme, na abertura dos chuveiros
atuados por um incêndio. Os chuveiros desempenham o papel simultâneo de detectar
e combater o fogo. Nesse sistema a agua somente é descarregada pelos chuveiros
acionados pelo fogo.
b) Sistema de Tubo Seco: Rede de tubulação fixa seca, mantida sobre pressão de ar
comprimido ou nitrogênio, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos.
Estes, ao serem acionados pelo fogo, liberam o ar, fazendo abrir, automaticamente,
uma válvula de tubo seco, instalada na entrada do sistema. Esta válvula permite a
entrada de agua na tubulação, a qual deve fluir pelos chuveiros acionados. Este
sistema é aplicado em regiões sujeitas a temperaturas de congelamento da agua.
c) Sistema de Ação Prévia: Rede de tubulação seca, contendo ar que pode ou não sob
pressão, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos, como no sistema de
tubo molhado. Na mesma área protegida pelo sistema, é instalado um sistema de
detecção de calor , de operação mais sensível, ligado a uma válvula na entrada da rede
de tubulação. A atuação de quaisquer detectores( incêndio), provoca
automaticamente a abertura da válvula especial. Esta permite a entrada da agua na
rede, que é descarregada através dos chuveiros. A ação prévia do sistema de detecção
faz soar simultânea e automaticamente um alarme, antes da abertura de quaisquer
chuveiros automáticos.
d) Sistema Dilúvio: Rede de tubulação seca, cujos ramais são instalados os chuveiros
abertos. Na área protegida pelos chuveiros, é instalado um sistema de detecção de
calor, ligado a uma válvula-dilúvio instalada na entrada da tubulação. A atuação de
quaisquer dos detectores, motivada por um princípio de incêndio, ou ainda a ação
manual de um controle remoto, provoca a abertura da válvula-dilúvio. Esta permite a
entrada de agua na rede, que é descarregada através de todos os chuveiros abertos.
Automática e simultânea, soa um alarme de incêndio. Em casos especiais, o
acionamento da válvula-diluvio pode ser feito através de um sistema de detecção de
gases específicos.
e) Sistema combinado de Tubo Seco e Ação Prévia: Rede de tubulação seca, contendo ar
comprimido, em cujos ramais são instalados no chuveiro. Na área do sistema de
chuveiros, é instalado um sistema de detecção de calor, de operação mais sensível,
ligada a uma válvula de tubo seco na entrada da tubulação. A atuação dos detectores
provoca, simultaneamente, a abertura da válvula de tubo seco sem que ocorra a perda
da pressão do ar comprimido contido na rede dos chuveiros. O sistema de detecção
provoca a abertura de válvulas de alivio de ar, nos extremos das tubulações de
chuveiros, o que facilita o enchimento com agua da tubulação, procedendo, a abertura
dos chuveiros automáticos.

- Classificação dos Riscos das Ocupações


a) Ocupações de Risco Leve: Compreendem as ocupações isoladas, onde o volume e/ou
combustibilidade do conteúdo ( carga-incendio) são baixos, tais como: edifícios, residenciais,
escolas, escritórios, hospitais, hotéis, etc.
b) Ocupações de Risco Ordinário: Compreendem as ocupações isoladas, onde o volume de
agua e/ou a combustibilidade do conteúdo( Carga-incêndio) são médios.
c) Ocupações de Risco Extraordinário: Compreendem as ocupações isoladas, onde o volume de
agua e a combustibilidade do conteúdo (Carga-Incêndio) são altos e possibilitam incêndio de
rápido desenvolvimento e alta velocidade de liberação de calor.
d) Ocupações de Risco Pesado: Compreendem as ocupações ou partes das ocupações isoladas,
comerciais ou industriais, onde se armazenam líquidos combustíveis e inflamáveis, produtos de
alta combustibilidade, como : borracha, papel e papelão, espumas celulares ou materiais
comuns em alturas superiores a previstas nas ocupações do risco ordinário.

O sistema de detecção e alarme de incêndio será composto dos


seguintes elementos:

- detectores e acionadores manuais;


- painéis centrais e repetidores;
- fonte de alimentação;
- rede de distribuição;
- avisadores.
O sistema de detecção e alarme desencadeia ações
complementares, tais como:
· desligar corrente elétrica;
· ligar iluminação de emergência;
· abrir ou fechar portas;
· acionar gravações orientadoras às pessoas que estão deixando
a área;
· acionar o sistema de comando de elevadores;
· acionar sistemas locais de combate a incêndio;
· acionar ou desligar quaisquer equipamentos que se deseje;
· retransmitir o alarme a postos de bombeiros ou outras
autoridades.

SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO – PROJETO E EXECUÇÃO – NBR 8160

O sistema de esgoto sanitário tem por função básica receber e conduzir os despejos
provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado.

- O sistema de esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao sistema predial de
aguas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois sistemas.

- Deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos, forros falsos,
etc. de ambiente de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem ser adotadas
medidas no sentido de atenuar a transmissão de ruído para os referidos ambientes.

- Todo sistema de esgoto sanitário, incluindo sistema de ventilação, deve ser ensaiado:

a) Ensaios com agua ou ar antes da instalação dos aparelhos sanitários;

b) Ensaios com fumaça após a instalação dos aparelhos

Instalação Primária de Esgoto : Conjunto de tubulações e dispositivos que tem acesso a gases
provenientes do coletor publico ou da fossa ( ramal de esgoto)

Instalação Segundaria de Esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos que não tem acesso a
gases provenientes do coletor publico ou da fossa. Ex: tubos de esgotamento de pias, tanques
e maquinas de lavar;

Desconectores :( Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases


no ambiente, separando o esgoto primário do esgoto secundário)
- São os ralos sifonados, sifões , caixas sifonadas e caixas redentoras.
- Os desconectores que recebem as aguas de lavagem de pisos devem possuir grelhas.
-Altura minina do feixe hídrico = 5cm
- Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores.
- Os desconectores podem atender a um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de uma
mesma unidade autônoma.
- As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem ter as tampas cegas e não
podem receber contribuições de outros aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector
próprio.

- Caixas sifonadas Especiais:


Fecho hídrico mínimo : 20cm
DN de saída: 75
Diametro interno : 30cm

Declividade Mínima: 2% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou inferior a 75 e
1% para tubulações com DN igual ou superior a 100

- mudança de direção : horizontal = ϴ < 45ᵒ;


Vertical= ϴ < 90ᵒ;

Tubos de Queda
- Desvios devem ser feitos com : ϴ < 90ᵒ, e as curvas com o raio longo ou 2 de 45°
- Devem existir tubos de queda especiais para pias de cozinha e maquinas de lavar louças,
providos de ventilação primaria, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura
coletiva;

Subcoletores e Coletor Predial


- Devem ser retilíneos ; Quando necessitam de desvios, devem ser com ϴ < 45ᵒ;
acompanhados de elementos de inspeção.
- Declividade máxima = 5%

Caixa de Gordura
-É vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares;
- Tipos:
a) Pequena: para apenas 1 cozinha ( D = 30cm), DN= 75mm
b) Simples: Para 1 ou 2 cozinhas; ( D=40cm), DN= 75mm
c) Dupla: para 2 até 12 cozinhas: (D= 60cm), DN= 100mm
d) Especiais: Para mais de 12 cozinhas, ou hospitais, escolas, etc. DN = 100mm

Caixas e Dispositivos de Inspeção


a) A distancia entre 2 dispositivos de inspeção deve ser no máximo 25m
b) A distancia entre a ligação ( coletor predial com o publico) e o dispositivo de inspeção
deve ser no máximo 15m
c) O comprimento dos trechos entre os ramais de descarga, ramais de esgoto, caixas de
gordura, caixas sifonadas e os dispositivos de inspeção deve ser no máximo 10m.

- Desvios ou mudanças de direção devem prever caixas de inspeção ou poços de visitas;


- Em prédios com mais de 2 pavimentos, as caixas de inspeção devem ser instaladas a uma
distancia máximo de 2m dos tubos de queda
- Entre 2 pontos de inspeção , so pode haver 1 deflexão, menor que 90° e executada com curva
longa.

- caixa de inspeção : profundidade máxima : 1,0m


Dimensão mínima : 0,60m

- Poço de visita : Profundidade Mínima : 1,0m


Dimensão mínima: 1,20m

Caixa de passagem
- Altura mínima 10cm

Instalação de Sucção e Recalque

Velocidade: na sucção: 0,6 – 1,5m/s


No recalque: 0,6 – 3,00m/s
Velocidade máxima nas grades da barra = 1,2m/s
Sistemas de Ventilação
- Pode ser constituído somente por ventilação primaria ou por ventilação primaria e
secundaria

Ventilação secundaria: Consistem em ramais e colunas de ventilação que interligam os ramais


de descarga e de esgoto á ventilação primaria ou que são alongados acima da cobertura.

- Extremidade aberta do tubo de ventilação primário;


2,0m acima da cobertura no caso de laje utilizada para outros fins;
0,30m acima da cobertura para telhados
 Deve ser provida de chaminé, ou um outro dispositivo que impeça a entrada de chuva
no tubo de ventilação.

-Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1% para impedir o
escoamento de líquidos em seu interior.

Distância máxima de um desconector a um tubo ventilador


Diâmetro do ramal de descarga (DN) Distância máxima (m)
40 1,00
50 1,20
75 1,80
100 2,40

Rede coletora de Esgoto Sanitario

- Vazão mínima : 1,5l/s


- Diametro mínimo : 100
- É necessário tubo de queda para h>50cm

- Recobrimento mínimo para a tubulação :


a) para leito de vias ( ruas) : 0,90m
b) Para passeios : 0,65m

INSTALAÇÔES PREDIAIS DE AGUAS PLUVIAIS – NBR 10844

Definições:
Altura pluviométrica : Volume de agua precipitada por unidade de área horizontal
Área de Contribuição: Soma das áreas das superfícies, que interceptando chuva, conduzem as
aguas para determinado ponto da instalação.
Bordo Livre: Prolongamento vertical da calha, cuja função é evitar transbordamento.
Caixa de Areia: Caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por
reposição;
Período de Retorno: Numero médio de anos em que , para mesma duração de precipitação,
uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez

Instalações de Drenagens de Águas Pluviais


- As aguas pluviais não devem ser lançadas em redes de esgoto usada apenas para aguas
residuárias;
- A instalação predial de aguas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e condução
das aguas pluviais, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais.
- nas junções e no máximo 20 em 20 metros, deve haver uma caixa de inspeção
- O período de retorno deve ser fixado segundo características de área a ser drenada,
obedecendo ao estabelecido a seguir:
T= 1ano , para áreas pavimentadas , onde empoçamentos possam ser tolerados
T= 5 anos, para coberturas e/ou terraços
T= 25anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser
tolerado

- A duração da precipitação deve ser fixada em t=5min


- Para construção até 100m² de área de projeção horizontal, salvo casos especiais, pode-se
adotar I = 150mm/h , sendo
I=Intensidade pluviométrica

Coberturas Horizontais da Laje

- As superfícies horizontais de laje devem ter declividade mínima de 0,5%, de modo que
garantam o escoamento das aguas pluviais.
- A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com o valor mínimo de
0,5%

- O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70mm


- Os condutores horizontais devem ser projetados, sempre que possível, com declividade
uniforme, valor mínimo de 0,5%

DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SOLIDOS

Resíduos Sólidos: São resíduos no estado sólido ou semi-solidos, que resultam de atividades de
comunidade, de origem: industrial, domestica, de serviços de saúde, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição.

 Lixões

Este processo caracteriza-se pela simples descarga de resíduos sobre o solo, a céu aberto, sem
qualquer técnica de proteção ao meio ambiente, acarretando problemas de saúde pública,
como consequência da proliferação de vetores de doenças. Esta forma de disposição está
relacionada à liberação de maus odores e à poluição das águas superficiais e subterrâneas,
pela infiltração do chorume

Os lixões são um problema social, por abrigarem um grande número de catadores que fazem
desse local seu dia-a-dia está em busca de materiais recicláveis para comercialização além do
problema de ordem social a poluição decorrente da inadequada disposição final do lixo conduz
o planeta na direção de desequilíbrios ambientais e graves danos á saúde pública
 Aterros Controlados

os resíduos são cobertos com solo e eventualmente compactados, porém sem


impermeabilização de base, drenagem e tratamento de chorume e gases. É considerado como
uma atividade poluente, pois, as medidas controle adotadas não são suficientes para evitar a
degradação ao meio ambiente, por isso, tal atividade não é passível de licenciamento
ambiental.

aterro controlado é um tipo de lixão remediado, algumas medidas são tomadas a fim de
minimizar os impactos causados ao meio ambiente, configuram-se em uma forma de
disposição inferior ao aterro sanitário por não serem utilizadas as medidas de engenharia que
permite o confinamento seguro dos resíduos.

Por não possuir uma camada de impermeabilização, coleta de chorume, essa técnica de
disposição causa contaminação das águas subterrâneas e superficiais não sendo indicada como
alternativa tecnológica. Caracteriza-se como uma medida paliativa e não satisfatória, sendo
preferível ao lixão, mas não sendo uma técnica aprovada para o estabelecimento de um
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos

 Aterros Sanitários

aterro sanitário é a técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar
danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este
que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e
reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão
de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores, se for necessário.

O aterro sanitário corresponde à forma de disposição onde deve haver um controle dos
impactos, através da impermeabilização do solo, recobrimento dos resíduos, sistema de
drenagem de águas pluviais, sistema de drenagem e de tratamento dos efluentes líquidos e
gasosos produzidos durante o processo de degradação dos resíduos
- Tipos de Patologias e Suas Causas

PATOLOGIAS DAS ESTRUTURAS: As patologias estruturais oriundas de erros no projeto


estrutural, são devidas a:

a) Falta de detalhes;
b) Erros de dimensionamentos;
c) Não consideração do efeito térmico;
d) Divergência entre os projetos;
e) Sobrecargas não previstas;
f) Especificação do concreto deficiente;
g) Especificação de cobrimento incorreta.

Erros na Execução das Estruturas:

a) Falta de condições locais de trabalho ( cuidados e motivação)


b) Não capacitação profissional de mão de obra
c) Inexistência de controle de qualidade de execução;
d) Má qualidade de materiais e componentes
e) Irresponsabilidade Técnica
f) Sabotagem.

As patologias de estruturas também podem ser oriundas de uma manutenção inadequada ou


até mesmo ausência total de manutenção. Outro fator que acarretam as patologias é o uso
inadequado, ou seja, a mudança de finalidade da edificação.

Principais Problemas Patológicos de Edifícios:

a) fissuras e trincas em elementos estruturais e alvenarias;


b) esmagamento do concreto;
c) desagregação do concreto;
d) disgregação do concreto (ruptura do concreto);
e) carbonatação;
f) corrosão da armadura;
g) percolação de água;
h) manchas, trincas e descolamento de revestimento em fachadas

Principais Causas das Patologias:

a) Recalque das Fundações


b) Movimentação Térmica
c) Excesso de Deformação das Peças Estruturais
d) Sobrecargas ou acúmulo de tensões
e) Retração do cimento
f) Carbonatação
g) Expansão da armadura ( corrosão )
h) Reações Quimicas internas
i) Defeitos Construtivos

PATOLOGIAS DAS ALVENARIAS

Alvenarias são elementos da vedação utilizados para definir os compartimentos e ambientes


de uma edificação. Podem ser estruturais ou tradicionais de vedação, unidas por um tipo de
argamassa. Podem ser revestidas ou não.
Diversas são as patologias das alvenarias, sendo as principais as fissuras e as principais causas
são:

a) a movimentação térmica;
b) a movimentação higroscópica;
c) o movimento das fundações;
d) as deformações das estruturas de concreto armado

As tensões de tração e cisalhamento são responsáveis pela quase totalidade dos casos de
fissuração das alvenarias, sejam elas estruturais ou não. Essas fissuras aparecem em regiões de
encunhamento, nos encontros entre alvenaria e estrutura, no encontro de paredes, na base de
paredes provenientes de problemas de impermeabilização ou lençol freático, na parte superior
dos muros e peitoris que não estejam convenientemente protegidos por rufos.

PATOLOGIAS DOS ACABAMENTOS

“A principal função dos acabamentos é a de proteção dos elementos estruturais e alvenarias


de vedação. Os acabamentos protegem a edificação das intempéries aumentando sua vida útil
e desempenho”
Podemos observar nas edificações os seguintes fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes
e tetos:

a) pintura encontra-se parcial ou totalmente fissurada, deslocando da argamassa de


revestimento;
b) existência de formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor;
c) existência de formação de eflorescência na superfície da tinta ou entre a tinta e o reboco;
d) a argamassa do revestimento descola inteiramente da alvenaria, em placas compactas ou
por desagregação completa;
e) a superfície do revestimento apresenta fissuras de conformações variada;
f) a superfície do revestimento apresenta vesículas com deslocamento da pintura;
g) o reboco endurecido empola progressivamente, deslocando do emboço.
Estes fenômenos podem se apresentar como resultados de uma ou mais causas, atuando
sobre a argamassa de revestimento, tais como:

a) tipo e qualidade dos materiais utilizados no preparo da argamassa de revestimento;


b) mau proporcionamento das argamassas;
c) má aplicação de revestimento;
d) fatores externos ao revestimento;

Principais patologias nas argamassas:


a) manchas de umidade e mofo;
b) descolamento da argamassa do substrato;
c) aparecimento de bolhas;
d) aparecimento de fissuras;
e) retrações – ocorrem quando a argamassa seca muito rapidamente; um reboco em parede
muito ensolarada deverá ser mantido úmido por no mínimo três dias, adquirindo resistência as
tensões de secagem;
f) pulverulência – excesso de finos nos agregados ou traço pobre.
As patologias nos revestimentos cerâmicos podem ter origem na etapa de projeto, quando são
escolhidos os materiais, ou quando o projetista não leva em consideração as interações do
revestimento com outras partes da construção (esquadrias, estrutura etc.), ou na fase de
execução.

As patologias nos revestimentos cerâmicos de pisos são:

a) caimento inadequado;
b) manchas decorrentes da umidade ascendente;
c) deficiência de impermeabilização;
d) eflorescências;
e) descolamentos e destacamentos.

E nos revestimentos de paredes ou fachadas são:


a) descolamentos e destacamentos das placas;
b) trincas, gretamento e fissuras;
c) eflorescências;
d) deterioração das juntas;
e) bolor.

PATOLOGIAS DAS PINTURAS

A pintura é um revestimento com acabamento estético, protege os elementos construtivos e


aumenta a durabilidade da edificação.

As principais patologias das pinturas são:

a) Aparecimento de trincas: geralmente ocorre com a movimentação natural da estrutura da


edificação e da natural expansão do concreto.
b) Aparecimento de bolhas: decorrente do uso de massa corrida PVA em superfícies externas.
As bolhas também podem surgir quando há uma repintura sobre uma tinta muito antiga ou de
qualidade inferior.
c) Eflorescências: manchas que aparecem quando aplica-se a tinta diretamente sobre o reboco
úmido ou por ação de infiltrações.
d) Descascamento: ocorre quando se aplica a tinta em superfícies pulverulentas ou que
tiveram aplicação de cal, dificultando sua aderência na base.
e) Enrugamento: ocorre quando há uma excessiva quantidade de tinta numa demão ou
quando não é respeitado o tempo de secagem correto entre demãos.
f) Saponificação: ocorre pela alcalinidade natural da cal e do cimento que constituem o
reboco.
g) Calcinação: decorrente da alcalinidade natural da cal e do cimento e são provenientes das
condições do intemperismo natural, principalmente pelas águas das chuvas.
h) Desagregamento: acontece quando se aplica a tinta sobre um reboco novo, não curado ou
na presença da umidade.
i) Descolamento: acontece na repintura de superfícies, que devem estar em boas condições
para receber novas demãos de tinta.
j) Descoloração: ocorre quando, com o tempo, a superfície pintada vai perdendo seu brilho ou
intensidade. A lua solar sobre esta superfície acelera este processo.
k) Cratera: aparece quando as tintas utilizadas são diluídas em solventes não indicados ou
devido à contaminação da superfície por graxas, silicones.
l) Manchas brancas: são decorrentes da presença de umidade na superfície de aplicação.
m) Manchas: Aparecem devido à ação de respingos de chuva, de fungos e também por ação de
infiltrações.

PATOLOGIAS DA UMIDADE

“Na construção civil, os defeitos mais comuns são decorrentes da penetração de água ou
devido à formação de manchas de umidade”

A umidade é uma das grandes responsáveis pelo surgimento de muitas patologias no campo
da construção civil. Por tal motivo, prever e analisar as condições favoráveis ao seu
aparecimento é muito importante para garantir a qualidade e segurança da edificação durante
sua vida útil.

“Nas construções, os defeitos de impermeabilização podem causar os seguintes problemas:


goteiras, manchas, mofo, apodrecimento, ferrugem, eflorescências, criptoflorescências,
gelividade e deterioração”

a) As goteiras são provenientes de águas das chuvas e/ou da ocorrência de vazamentos ou


infiltrações em marquises, terraços, floreiras;
b) As manchas são o resultado da saturação de água em um devido local;
c) O mofo é resultante de fungos vegetais que ocasionam a deterioração dos materiais
empregados na edificação, da madeira e até mesmo da alvenaria;
d) Bolores são fungos que vivem de matérias orgânicas por eles decompostas. “Bolor e mofo
ocorrem frequentemente em paredes de tijolos aparentemente úmidos. Eles desagregam
lentamente os tijolos, deixando a superfície opaca. E, por sua cor, dão mau
aspecto”
e) Oxidação é o processo químico que acontece em um metal que permaneceu sujeito à
umidade. No caso de ferro e aço, a oxidação toma o nome de ferrugem. Quando esse
fenômeno ocorre em aço é denominado de ferrugem e provoca o aumento de volume das
barras. Então a conseqüência é a desagregação do recobrimento das barras;
f) Eflorescências são formações de sais que aparecem sob o aspecto de manchas de cor
branca e que foram transportados pela umidade . Muito comum em paredes de tijolos.
Quando situadas entre o reboco e a parede, as eflorescências forçam um plano capilar, por
onde sobe a umidade, que aumenta a força de repulsão ao reboco. É normal que as pinturas
não eliminem essas manchas, que voltam a aparecer. O ideal é remover o reboco atacado;
g) As criptoflorescências são patologias formadas também de sais solúveis, porém diferem das
eflorescências por apresentarem a formação de grandes cristais que se fixam no interior da
própria parede ou estrutura, provocando, desta forma, o aumento de volume , pressionando
amassa, formando rachaduras;
h) Gelividade é o fenômeno que acontece quando a água que existe dentro dos materiais
porosos congela devida a uma baixa temperatura, mas o pior efeito é na superfície onde a
resistência é menor;
i) Deterioração é o processo causado por todos os defeitos citados acima, onde tais defeitos
vão aos poucos deteriorando os materiais e a obra construída.

O simples aparecimento de água não é informação suficiente para a determinação da origem,


porque a água flui por gravidade e dependendo em alguns materiais, ela percola.

TEORIA DAS ESTRUTURAS

TENSÕES

Entre os diversos significados da palavra tensão, podemos mencionar a sua acepção enquanto
situação na qual se encontra um corpo que está sob a influência de forças que são opostas, as
quais exercem uma certa atracção sobre ele. Superficial, por sua vez, diz daquilo que está
relacionado com a superfície: a aparência (aquilo que se vê), o limite ou a camada superior de
algo.

As tensões que se desenvolvem nas partículas de um corpo são consequências de esforços (


força ou momento) desenvolvidos. Como os esforços são elementos vetoriais( modulo,
direção, sentido) a tensão como consequência também o será.

Lembra-se do método das seções visto em Isostática: Supõe-se um corpo carregado e em


equilíbrio estático. Ao se cortar este corpo por um plano qualquer e isolando-se uma das
partes, pode-se dizer que na seção cortada devem se desenvolver esforços que se equivalham
aos esforços da parte retirada, para que assim o sistema permaneça em equilíbrio. Estes
esforços são decompostos e se constituem nas solicitações internas fundamentais. O
isolamento de qualquer uma das partes deve levar ao mesmo resultado.

Tensões normais ( α )

A tensão normal tem a direção perpendicular á seção da referência e o seu efeito é o de


provocar alongamento ou encurtamento das fibras longitudinais do corpo, mantendo-as
paralelas.

É a relação que existe entre a deformação medida em um corpo e seu comprimento inicial,
sendo as medidas feitas na direção da tensão.
Tensões Tangenciais

É a tensão desenvolvida no plano da seção de referencia tendo o efeito de provocar corte ou


cisalhamento nesta seção.

- Lei da Reciprocidade das tenções tangenciais

Esta lei representa uma propriedade especial das tensões tangenciais . Pode-se provar a sua
existência a partir das equações de equilíbrio estático. Pode-se enuncia-lo de forma simples e
aplica-la.

Suponha duas seções perpendiculares entre si formando um diedro retângulo. Se uma das
faces desde diedro existir uma tensão tangencial normal a aresta a perpendicularidade das
faces, então, obrigatoriamente na outra face, existirá a mesma tensão tangencial normal a
perpendicularidade. São chamadas de tensões reciprocas.

Deformação

É a alteração da forma de um corpo devido ao movimento das partículas que o constituem.

A tendência dos corpos de voltarem a forma original devido a força de atração entre as
partículas representa a elasticidade do material. Quanto mais um corpo tente a voltar a sua
forma original, mais elástico é seu material, ou seja, quanto mais ele resiste a ser deformado
maior é sua elasticidade.

Pode-se diferenciar os tipos de deformações observando um ensaio simples, de uma mola


presa a uma superfície fixa e submetida sucessivamente a cargas cada vez maiores até a sua
ruptura.

 Deformações Elásticas
É quando cessado o efeito do carregamento o corpo volta a sua forma original. Suas
deformações são reversíveis e há proporcionalidade entre carga e deformação.

 Deformações Plásticas

Se fosse aumentada a carga sobre ela, chegaria a uma situação em que terminaria a
proporcionalidade e apesar da tendência do corpo em assumir sua forma original, sempre
restariam as chamadas deformações residuais.

Considera-se então terminado o regime elástico e o corpo passa a atuar em regime plástico.

Nota-se que no regime plástico termina a proporcionalidade e a reversibilidade das


deformações.

Se fosse aumentada mais ainda a carga, o próximo limite seria a ruptura.

Retração

Denomina-se retração á redução de volume que ocorre no concreto, mesmo na ausência de


tensões mecânicas e de variações de temperatura.

- As causas da retração são:

* Retração Quimica: contração da agua não evaporável, durante o endurecimento do concreto.

* Retração Capilar: Ocorre por evaporação parcial da agua capilar e perda da agua absorvida. A
tensão superficial e o fluxo de agua nos capilares provocam retração.
* Retração por Carbonatação

Expansão

Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peças submersas. Nessas peças,
no inicio tem-se retração química. Porém, o fluxo de agua é de fora para dentro. As
decorrentes tensões capilares anulam a retração química e, em seguida, provocam a expansão
da peça.

Deformação Imediata

A deformação imediata se observa por ocasião do carregamento. Corresponde ao


comportamento do concreto como solido verdadeiro, e é causada por uma acomodação dos
cristais que formam o material.

Fluência

É uma deformação diferida, causada por uma força aplicada. Corresponde a um acréscimo de
deformação com o tempo, se a carga permanecer.

Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre deformação imediata, com uma acomodação
dos cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro dos capilares e aumenta a pressão na agua
capilar, favorecendo o fluxo em direção á superfície. Tanto a diminuição do diâmetro dos
capilares quanto o acréscimo do fluxo aumentam a tensão superficial nos capilares,
provocando fluência.

No caso de muitas estruturas reais, a fluência e a retração ocorrem ao mesmo tempo, do


ponto de vista pratico, é conveniente o tratamento em conjunto das duas deformações.

*** Resumindo, em um corpo que suporta cargas ocorre:


1. Um fenômeno geométrico que é a mudança da sua forma original: Isto é
deformação.
2. Um fenômeno mecânico que é a difusão dos esforços para as diversas partes do
corpo: Isto é tensão.

Tração e Compressão Axial ( Simples )

Estado Limite Ultimo ( ELU): Se o material não resistir ás ações e romper, ele atinge sua
ruptura ou ELU.

Estado Limite de Utilização : Se as peças ou a estrutura tiverem deslocamentos ou


deformações excessivas.

Flambagem: Quando uma peça de uma estrutura pode ter características geométricas tais que
atingirá um estado limite por perda de estabilidade
Quando um corpo que esta sob ação de forças externas, na direção do seu eixo longitudinal ,
origina-se Esforços Normal no seu interior, mesmo sendo de equilíbrio a situação. Assim,
quando um corpo esta em equilíbrio, qualquer parte sua também estará.

Adotando-se o método nas seções, e seccionando o corpo, na seção do corte da área A, deve
aparecer uma força equivalente ao esforço normal N, capaz de manter o equilíbrio das partes
do corpo isoladas pelo corte ( fig. B e c). Observe que se as partes isoladas forem novamente
unidas, voltamos a situação precedente ao corte.
Neste caso, apenas a solicitação de esforço normal N, atuando no centro da gravidade da
seção de corte é necessária para manter o equilíbrio.

Na pratica, vistas isométricas do corpo são raramente empregadas, sendo a visualização


simplificada por vistas laterais.
Admite-se que este esforço normal se distribui uniformemente na área em que atua (A),
ficando a tensão definida pela expressão;

A tração ou compressão axial simples pode ser observada, por exemplo, em tirantes, pilares e
treliças.

TRELIÇAS
Treliça ideal é um sistema reticulado, indeformável, cujas barras tem todas as extremidades
rotuladas e cujas cargas estão aplicadas nestas rótulas. Pelo fato das rótulas não transmitirem
momento e devido à ausência de cargas nas barras podemos dizer que as barras de uma treliça
estão sujeitas apenas a esforços normais que devem ser calculados.
Treliça é uma opção estrutural em casos de grandes vãos ou grandes carregamentos em que
estruturas tradicionais seriam muito pesadas e dispendiosas. Como as treliças são constituídas
de barras delgadas o peso próprio destas barras é desprezado.

- CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LEI DE FORMAÇÃO


Quanto a formação as treliças podem ser :
1. Simples :
A treliça será simples se puder ser obtida a partir de configurações indeformáveis pela adição
de duas a duas barras partindo nós já existentes para novos nós (um novo nó para cada duas
novas barras).
Exemplo:
2. Composta
A treliça é isostática é composta quando for formada por duas treliças simples ligadas por 3
barras não simultaneamente concorrentes ou paralelas, ou por um nó e uma barra sendo que
esta barra não concorre no nó citado.

3. Complexa
Uma treliça complexa é classificada por exclusão, ou seja, quando não é simples e nem
composta. Observe que não se pode afirmar se ela é isostática pela simples análise (b+r = 2 n)
dos números de barras e nós, que é uma condição necessária mas não suficiente para garantir
a isostaticidade.

PESO PROPRIO DAS PEÇAS


O peso próprio das peças constitui-se em uma das cargas externas ativas que devem ser
resistidas. Pode-se observar como se da a ação do peso próprio.

Nota-se que nas peças horizontais o peso próprio constitui-se de uma carga transversal ao
eixo, desenvolvendo momento fletor e esforço cortante.
No caso de peças verticais o peso próprio (G), atua na direção do eixo longitudinal da peça e
provoca esforço Normal, que pode ter um efeito diferenciado dependendo da sua vinculação.
Nas peças suspensas ( tirantes) o efeito do peso é de tração e nas apoiadas ( pilares) este
efeito é de compressão.

Solicitações por Corte ( Cisalhamento )

O cisalhamento é adotado em casos especiais, em é a ligação de peças de espessura pequena.

Considere-se inicialmente um sistema formado por duas chapas de espessura “t” ligadas entre
si por um pino de diâmetro “d”, conforme abaixo:

Considerando-se o método das seções, e cortando a estrutura por uma seção “S”,
perpendicular ao eixo do pino e justamente no encontro das duas chapas, nesta seção de pino
cortada devem ser desenvolvidos esforços que equilibrem o sistema isolado pelo corte, então:

As solicitações que se desenvolvem na seção do corte do pino são de Momento Fletor e


Esforço Cortante. Com valores acima calculados
Cisalhamento Convencional

É uma aproximação do cisalhamento real, onde o efeito do momento é desprezado. Tem-se


apenas uma área sujeita á uma força contida no seu plano e passando pelo seu centro de
gravidade. Para o calculo das tensões desenvolvidas é adotado o da distribuição uniforme,
dividindo o valor da força atuante pela área de atuação da mesma. Esta seção é chamada de
área resistente, que deverá ser o objeto de analise.

Ligações Soldadas
- Soldas por Cordões

Pode-se intuitivamente, notar que o efeito da força se faz sentir ao longo do comprimento do
cordão de solda, sendo logico se atribuir uma relação direta entre a área resistente de solda e
o comprimento do cordão.
Nas ligações soldadas, consideramos a área resistente a solda ao produto da menor dimensão
transversal do cordão por seu comprimento respectivo.

Ligações Rebitadas

Em qualquer ligação rebitada, além de se levar em conta o cisalhamento nos rebites, outros
fatores também devem ser examinados. Sempre que se projeta ou verifica uma ligação
rebitada deve-se analisar os seguintes itens:
1. Cisalhamento nos rebites.
2. Compressão nas paredes dos furos.
3. Tração nas chapas enfraquecidas.
4. Espaçamento mínimo entre rebites.
Para que a ligação tenha segurança todos estes fatores devem estar bem dimensionados.

FATÔRES A SEREM CONSIDERADOS


Cisalhamento dos rebites
O fator cisalhamento nos rebites previne o corte das seções dos rebites entre duas chapas.
Estas seriam as seções chamadas de seções de corte ou seções resistentes.

Compressão nas paredes dos furos


A força exercida nas chapas, e estando a ligação em equilíbrio estático, cria uma zona
comprimida entre as paredes dos furos dos rebites e o próprio rebite.
Esta compressão pode ser tão grande a ponto de esmagar as paredes dos furos e colocar em
risco toda a ligação rebitada.
Deve-se portanto descartar esta possibilidade.

Tração nas chapas enfraquecidas


Quando se perfura as chapas para a colocação de rebites elas são enfraquecidas em sua seção
transversal. Quanto maior for o número de furos em uma mesma seção transversal, mais
enfraquecida ficará a chapa nesta seção, pois sua área resistente à tração fica reduzida.

Espaçamento mínimo entre rebites


Com a finalidade de limitar a proximidade entre rebites e entre rebites e bordas livres, as
normas fixaram um espaçamento mínimo que deve ser preservado.
Isto evita zonas de extrema fragilidade entre dois furos em uma chapa e evita também que o
funcionamento de um rebite interfira nos rebites vizinhos, o que poderia provocar acúmulos
de tensões nestas áreas comuns

TORÇÃO

Torção se refere ao giro de uma barra retilínea quando carregada por momentos ( ou torques)
que tentem a produzir rotação sobre o eixo longitudinal da barra.

Torque é um momento que tende a torcer um elemento em torno de seu eixo longitudinal.
Exemplos de barras de torção: Hastes, eixos, eixos propulsores, hastes de direção e brocas de
furadeiras.

Diz-se que uma peça esta sujeita á solicitação simples de torção, quando a única solicitação a
que ela esta sujeita é a de momento torçor. O momento torçor provoca o giro em torno do seu
baricentro, ou de todas as seções em torno do eixo longitudinal da peça.

Lei de hooke: "As tensões e as deformações específicas são proporcionais enquanto não se
ultrapassa o limite elástico do material."

FLEXÃO

VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE

Uma viga é um elemento linear de estrutura que apresenta a característica de possuir uma das
dimensões (comprimento) muito maior do que as outras duas (dimensões da seção
transversal).
Quando uma viga que tem cargas perpendiculares ao seu eixo, desenvolve em suas seções
transversais solicitações de Momento Fletor (M) e Esforço Cortante (Q), sendo o Momento
Fletor responsável pela flexão e o Esforço Cortante responsável pelo cisalhamento da viga.

FLEXÃO PURA - Desprezado o efeito do Esforço Cortante


FLEXÃO SIMPLES - Momento Fletor e Esforço Cortante considerados

FLEXÃO PURA RETA

É o caso mais simples e o mais comum de flexão. Nas estruturas o mais comum é o Plano de
Solicitações vertical, pois é o plano que contém as cargas peso.
Inicia-se o estudo por um caso simples de uma viga de seção transversal retangular, e sujeita a
uma carga carga peso, conf. Abaixo. Destacam-se as seções S1 e S2 :

Isolado o trecho compreendido entre as seções S1 e S2 podem-se observar as deformações e


concluir:
1. No exemplo observado, as fibras de baixo se alongaram, e isso indica uma tensão normal
de tração, capaz de provocar este alongamento.
2. As fibras de cima se encurtaram e o fizeram porque houve uma tensão normal de
compressão que as encurtou.
3. Existe uma linha na seção transversal na altura do eixo longitudinal constituída por fibras
que não alongaram e nem encurtaram. Conclui-se que nesta linha não existe tensão normal.
Esta linha é chamada de LINHA NEUTRA (LN), e neste exemplo ela coincide com o eixo x,
que é principal central de inércia da seção transversal retangular.
Numa flexão reta a LN é sempre um dos eixos principais centrais de inércia da seção:
PS contendo eixo y ® LN coincide com o eixo x
PS contendo eixo x ® LN coincide com o eixo y
Numa flexão reta LN e PS são sempre perpendiculares entre si.
A Linha Neutra representa fisicamente o eixo em torno do qual a seção gira.
4. Quanto mais afastada for a fibra da LN maior será a sua deformação e conseqüentemente
maior será a tensão que lhe corresponde (lei de Hooke).

FLEXÃO PURA OBLÍQUA

CONCEITO
Uma flexão é classificada como pura quando o efeito do esforço cortante é desprezado e é
oblíqua quando o Plano de Solicitações não contém nenhum eixo principal central de inércia
da seção.
Exemplo:
FLAMBAGEM

Flambagem ou encurvadura é um fenômeno que ocorre em peças esbeltas (peças


onde a área de secção transversal é pequena em relação ao seu comprimento),
quando submetidas a um esforço de compressão axial. A flambagem acontece quando
a peça sofre flexão tranversalmente devido à compressão axial. A flambagem é
considerada uma instabilidade elástica, assim, a peça pode perder sua estabilidade
sem que o material já tenha atingido a sua tensão de escoamento. Este colapso
ocorrerá sempre na direção do eixo de menor momento de inércia de sua seção
transversal. A tensão crítica para ocorrer a flambagem não depende da tensão de
escoamento do material, mas da seu módulo de Young.

ESTABILIDADE ELASTICA

Qualifica-se como estabilidade a propriedade do sistema (estrutura) de manter o seu


estado inicial de equilíbrio nas condições de aplicação de ações. Se um sistema não
tem esta
propriedade, ele é qualificado de instável.
Definem-se dois estados de equilíbrio:
a) Equilíbrio estável: Se um sistema sofre uma pequena perturbação, depois de
eliminarmos as causas desta perturbação, o sistema volta ao seu estado inicial de
equilíbrio. Este é considerado estável.
b) Equilíbrio instável – Se um sistema sofre uma pequena perturbação, depois de
eliminarmos as causas desta perturbação, o sistema não volta ao seu estado inicial.
Este é considerado instável.

ENERGIA DE DEFORMAÇÃO

Quando uma estrutura submetida a um carregamento estático conservativo, os esforços


externos realizam trabalho visto que seus pontos de aplicação sofrem deslocamentos
decorrentes da deformação da estrutura. Se o processo termodinâmico for isotérmico e
reversível, a conservação da energia assegura que a energia interna armazenada pela estrutura
U, seja igual ao trabalho realizado pelos esforços externos 𝑊𝑒𝑥𝑡
U = 𝑊𝑒𝑥𝑡
Essa energia armazenada, que num corpo elástico tem a capacidade de retribuí-lo á
configuração indeformada uma vez cessado o carregamento, recebe o nome de energia de
deformação.

A energia de deformação representa a capacidade dos esforços internos ( esforços solicitantes


ou tensões) realizarem trabalho em virtude do estado de deformação da estrutura.

Teorema de Clapeyron : A energia de deformação de uma estrutura linear solicitada por um


carregamento estático conservativo é igual a metade do trabalho que o esforços externos
realizariam se os respectivos deslocamentos finais fossem atingidos simultaneamente pela
aplicação de todos os esforços com seus valores finais.

CONCEITOS BASICOS DE ANALISE ESTRUTURAL

No contexto da analise estrutural, o calculo correspondente á determinação dos esforços


internos, na estrutura, das reações de apoio, dos deslocamentos e rotações, e das tensões e
deformações. Uma vez concebido o modelo de analise para uma estrutura, mas metodologias
de calculo podem ser expressas por um conjunto de equações matemáticas que garantem a
satisfação das hipóteses adotadas. Dito de outra maneira, uma vez feitas considerações sobre
a geometria da estrutura, as cargas e solicitações, as condições de suporte ou ligação com
outros sistemas e as leis constitutivas dos materiais, a analise estrutural passa a ser um
procedimento matemático de calculo que so se altera se as hipóteses e simplificações
adotadas forem revistas ou reformuladas.
As condições matemáticas que o modelo estrutural tem de se satisfazer para representar
adequadamente o comportamento da estrutura real podem ser divididas nos seguintes
grupos:
 Condições de equilíbrio
 Condições de Compatibilidade entre os deslocamentos e deformações.
 Condições sobre o comportamento dos materiais que compõe a estrutura ( leis
constitutivas dos materiais).

- Condições de Equilíbrio: São aquelas que garantem o equilíbrio estático de qualquer porção
isolada da estrutura ou desta como um todo.
- Condições de Compatibilidade entre os deslocamentos e deformações: São condições
geométricas que devem ser satisfeitas para garantir que a estrutura, ao se deformar,
permaneça contínua ( sem vazios ou sobreposição de pontos) e compatível com seus vínculos
externos. As condições de compatibilidade são expressas por relações geométricas impostas
para garantir a continuidade do modelo estrutural. Essas relações consideram as hipóteses
geométricas adotadas na concepção do modelo.

- As condições de compatibilidade podem ser divididas em dois grupos:


a) Condições de Compatibilidade Externa: Referem-se aos vínculos externos da estrutura e
garantem que os deslocamentos e deformações sejam compatíveis com as hipóteses adotadas
com respeitos aos suportes ou ligações com outras estruturas.
b) Condições de Compatibilidade Interna: Garantem que a estrutura, ao se deformar,
permaneça continua no interior dos elementos estruturais ( barras) e nas fronteiras entre os
elementos estruturais, isto é, que as barras permaneçam ligadas pelos nós que as conectam (
incluindo ligação por rotação no caso de não haver articulação entre as barras)
ESTRUTURAS DE CONCRETO, AÇO E MADEIRA

Força = M x A
Forças que atuam na estrutura: São forças gravitacionais ( vertical ) e o vento ( horizontais)

 Cargas que atuam na Laje: as cargas permanentes são o peso próprio e o


revestimento. Para determinar o peso da Laje : Espessura da Laje x Peso Especifico do
concreto armado => H x 2500kgf/m³

Momento: Esforço que provoca “ giro”. M = FxD > Momento = Força x Deslocamento. Sentido
‘’horário” momento positivo, sentido anti-horário , momento negativo

Estrutura Isostatica: É aquela que apresenta as mínimas condições de estabilidade, ou seja,


não se movimenta na horizontal, não se movimenta na vertical, e não gira em relação a
qualquer ponto do plano.

Estruturas hiperestáticas : são aquelas em que o número de reações é superior ao de equações


da estática, sendo portanto, essas equações, somente, insuficientes para a determinação das
reações. A determinação das reações que atuam nestas estruturas são geralmente calculadas
pelo Método das Forças ou pelo Método dos Deslocamentos. No método das forças, as
variáveis são os esforços; no método dos deslocamentos, as deformações.

Estrutura hipostática é aquela em que o número de reações é inferior ao de equações


da estática. Uma estrutura hipostática é uma estrutura instável, por não ter ligações interiores
ou exteriores suficientes. Qualquer estrutura em que sejam possíveis movimentos de corpo
rígido (sem deformação dos elementos) é uma estrutura hipostática.

Vigas em Balanço: É aquela em que uma das extremidades é totalmente livre de apoio e a
outra apresenta um apoio engastado.

- ESTRUTURAS DE CONCRETO

- PROJETO E EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO SIMPLES E ARMADO

Concreto Simples

É uma mistura do aglomerante ( cimento) + Agregados ( areia e brita) e agua, em determinadas


proporções. O tempo de cura dura 28 dias.

O peso especifico varia de 1800 a 2600kg/m³

ESTRUTURAS DE CONCRETO – PROCEDIMENTO – NBR 6118


Esta norma aplica-se ás estruturas de concretos normais, identificados por massa especifica seca maior do
que 2000 kg/m³ , e não excedento 2800kg/m³, do grupo I de resistência ( C10 a C50).

- Elementos do Concreto Protendido : Aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada
por equipamentos especiais de proteção com a finalidade de, em condições de servido, impedir ou limitar
a fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta
resistência no Estado Limite Ultimo ( ELU)

-Armadura Passiva : Qualquer armadura que não seja utilizada para produzir forças de proteção, isto é,
que não seja previamente alongada.

- Armadura Ativa ( protendida): Armadura constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas ,
destinada a produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial

- Estado Limite Ultimo ( ELU): Estado limite relacionado ao colapso, ou qualquer outra forma de ruina
estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.

- Estado Limite de Serviço ( ELS): São aqueles relacionados a durabilidade das estruturas, aparência,
conforto do usuário e á boa utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, seja em
relação ás maquinas e aos equipamentos utilizados.

-Estado Limite de Descompressão ( ELS): Estado no qual , em um ou mais pontos da seção transversal,
a tensão normal é nula, não havendo tração no restante da seção. Verificação usual no caso do concreto
protendido.

- Estado Limite de Descompressão Parcial ( ELS-DP) : Estado no qual, garante-se a compressão na


secao transversal, na região onde existem armaduras ativas.

Mecanismos preponderantes de deterioração ao concreto.

a) Lixiviação: É responsável por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento


por ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. A prevenção recomenda-se
restringir a fissuração, de forma a minimizar a infiltração da agua , e proteger as superfícies
expostas com produtos específicos, com hidrófugos.
b) Segregação: Consiste na separação dos materiais componentes, com o consequente
aparecimento de “ninhos ou bicheiras “, que o adensamento não conseguira eliminar
c) Exsudação : É o fenômeno migratório da agua, ( subida da agua) existente na composição para
a superfície deste material , levando consigo uma nata de cimento.

b) Expansão por Sulfato: É a expansão por acao de aguas e solos que contenham ou estejam contaminas
com sulfatos, dando origem as reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado.
Prevenção: pode ser feita com o uso de cimento resistente a sulfatos.

Mecanismos Preponderantes de Deterioração Relativos a Armadura.

a)Despassivação por Carbonatação: Por ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura.

b)Despassivação por Ação de Cloretos: Consiste na ruptura local da camada de passivação, causada
pelo elevado teor de íon-cloro.

Mecanismos Preponderantes de Deterioração Da Estrutura Propriamente dita:

São todos aqueles relacionados as acoes mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, acoes
cíclicas, retração, fluência e relaxação. Algumas medidas de Prevenção: barreiras protetoras em pilares
( de viadutos pontes e outros) sujeitos a choque

mecânicos, período de cura após a concretagem, juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações
volumétricas.
-Massa Específica do Concreto: Se a massa especifica real não for conhecida, pode-se adotar o
concreto simples com o valor de 2400 kgf/m³ e para o concreto armado 2500kgf/m³ .

- Coeficiente de Poisson

Aplica-se a concretos compreendidos nas classes de resistência do grupo I, ou seja , ate C50 ,- A classe
C20, ou superior , aplica-se a concreto com armadura passiva, e a classe C25 ou superior, a concreto com
armadura ativa, A classe C15 é usada apenas em fundações e em obras provisórias.

- Para tensões de compressão menores que 0,5fc , o coeficiente de Poisson pode ser tomado como igual a
0,2

- Ações a Considerar

-Ações Permanentes Diretas : São constituídas pelo peso próprio do estrutura e pelos pesos dos
elementos construtivos fixos e das instalações permanentes.

- Ações Permanentes Indiretas: São constituídas pelas deformações impostas por retração e fluência do
concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas e protesão..

Vigas e Vigas-Parede: A seção transversal das vigas não deve apresentar largura menor que 12cm e das
vigas-parede menor que 15cm. Podendo ter um mínimo absoluto de 10cm em alguns casos.

Vigas-parede : É quando o vão for menor que 3x a maior dimensão da seção transversal da chapa

Pilares e Pilares-parede: A seção transversal dos pilares e pilares-paredes maçicos não deve apresentar
dimensão menor que 19cm, em casos especiais aceita-se dimensões entre 19cm e 12cm.

Pilares-parede: São os pilares cuja maior dimensão é 5x maior que a menor dimensão da seção.

EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO – PROCEDIMENTO – NBR 14931

Concretagem

- Antes do lançamento do concreto devem ser devidamente conferidas as dimensões e a posição


(nivelamento e prumo) das fôrmas, a fim de assegurar que a geometria dos elementos estruturais e da
estrutura como um todo estejam conforme o estabelecido no projeto

- A superfície interna das fôrmas deve ser limpa e deve-se verificar a condição de estanqueidade das
juntas, de maneira a evitar a perda de pasta ou argamassa. Nas fôrmas de paredes, pilares e vigas estreitas
e altas, devem ser deixadas aberturas provisórias próximas ao fundo, para limpeza.

- Fôrmas construídas com materiais que absorvam umidade ou facilitem a evaporação devem ser
molhadas até a saturação, para minimizar a perda de água do concreto, fazendo-se furos para escoamento
da água em excesso, salvo especificação contrária em projeto

Concretagem em temperatura muito fria: A temperatura da massa de concreto, no momento do


lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Sempre que estiver prevista a queda de temperatura ambiente
para abaixo de 0°C nas 48h seguintes, a concretagem deve ser suspensa.

Concretagem em temperatura muito quente: Quando a concretagem for efetuada em temperatura


ambiente muito quente
( ≥ 35°C) e, em especial, quando a umidade relativa do ar for baixa (≤ 50%) e a velocidade do vento for
alta (≥ 30m/s), devem ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir a
temperatura da massa de concreto.

- A concretagem deve ser suspensa se as condições ambientais forem adversas, com temperatura ambiente
superior a 40°C ou vento acima de 60m/s.
Transporte do concreto na Obra

- recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento
entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2 h 30 min. Quando a
temperatura ambiente for elevada,ou sob condições que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse
intervalo de tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas especiais, como o uso de
aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto.

- No caso de concreto bombeado, o diâmetro interno do tubo de bombeamento deve ser no mínimo
quatro vezes o diâmetro máximo do agregado.

Amassamento ( mistura)

-Amassamento Manual : É utilizado em pequenos volumes ou obras de pouca importância, deverá ser
realizado sobre um estrado ou superfície plana impermeável e resistente. Misturar-se-ão primeiramente a
seco os agregados e o cimento de maneira a obter-se a cor uniforme, em seguida adicionar-se-á aos
poucos a água necessária, prosseguindo-se a mistura até conseguir-se massa de aspecto uniforme.
- Amassamento Mecânico: É feita em maquinas especiais denominas “betoneiras”.

Adensamento

Durante o lançamento do concreto, o mesmo deve ser vibrado ou apiloado contínua e energeticamente
com equipamente adequado a sua consistência. O adensamento deve ser cuidadoso para que preencha
todos os recantos das fôrmas.

- Deve-se evitar a vibração da armadura para que não formem vazios ao seu redor, com prejuízos a
aderência .
- No adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ultrapassar 20cm.
-A altura da camada de concreto a ser adensada deve ser menor que 50cm, de modo a facilitar a saída de
bolhas de ar.

Cuidados no Adensamento com Vibradores de imersão

Quando forem utilizados vibradores de imersão , a espessura da camada deve ser aproximadamente igual
a ¾ do comprimento da agulha. Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve entrar cerca de
10com na camada anterior.

-Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao concreto.

Devem ser tomados os seguintes cuidados durante o adensamento com vibradores de imersão

- Preferencialmente aplicar o vibrador na posição vertical;


- Vibrar o maior numero possível de pontos ao longo do elemento estrutural;
- retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre ligado, a afim de que a cavidade formada pela agulha
se feche novamente.
- Não permitir que o vibrador entre em contato com a parede da forma, mas promover um adensamento
uniforme e adequado de toda a massa de concreto, observando cantos e arestas, de maneira que não se
formem fazios.
- Mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante.

Juntas de Concretagem
Quando o lançamento do concreto for interrompido e , assim , se formar uma junta de concretagem não
prevista, devem ser tomadas as devidas precauções para garantir a suficiente ligação do concreto já
endurecido com o do novo trecho.

- O concreto deve ser perfeitamente adensado ate a superfície da junta , usando-se fôrmas temporárias (
por exemplo tipo “pente”) , quando necessário, para garantir apropriadas condições de adensamento.
- Antes de reiniciar o lançamento do concreto deve ser removida a nata da pasta de cimento (vitrificada) e
feita a limpeza da superfície da junta, com a retirada do material solto. Pode ser retirada a nata superficial
com a aplicação de jato de agua sob forte pressão logo o fim de pega ( Corte verde). Em outros casos,
para se obter a aderência desejada entre a camada remanescente e o concreto a ser lançado, é necessário o
jateamento de abrasivos ou o apicoamento na superfície da junta, com posterior lavagem, de modo a
deixar aparente o agregado graúdo. Nesses casos o concreto endurecido deve ter a resistência suficiente
para não sofrer perda indesejável de material, gerando a formação de vazios na região da junta de
concretagem.

Cura e Cuidados Especiais

Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agente
prejudiciais para:
- Evitar perda de agua pela superfície exposta
-assegurar uma superfície com resistência adequada
- assegurar a formação de uma capa superficial durável .

Os agentes deletérios( prejudiciais) mais comuns ao concreto em seu inicio de vida são : Mudanças
bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, agua torrencial, congelamento, agentes químicos, bem
como choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras na massa do concreto ou
prejudicar a sua aderência á armadura.

- Relação Agua/Cimento : Para a hidratação do cimento, a quantidade de agua necessária é de ordem de


22 a 32% em relação ao peso do cimento.
-Traço: É a quantidade de cimento, areia, brita( ou cascalho) . É a relação entre o peso do agregado e o
peso do cimento
𝑃𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
𝑚= Quando temos m for elevado, chamamos de traços pobres ou traços de baixo consumo (
𝑃𝐶𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

usados nos concretos massa) , Para m muito baixos temos os traços ricos.

- Propriedades do Concreto Fresco


O concreto apresenta-se na fase de concreto fresco até aproximadamente 8 horas após o lançamento da
agua na mistura, as propriedades são as seguintes:

-Consistência
É a propriedade que determina o grau de mobilidade da massa de concreto sem perda da sua
hemogeneidade , mantendo-se coesos todos os seus elementos constituintes. A consistência esta
relacionada a umidade do concreto. A consistência é determinada pelo abatimento do tronco de cone (
Slump Test). Temos a consistência seca, plástica e fluida.

-Dosagem
Dosar um concreto significa fixar as quantidades de diversos materiais que o compõe para se obter um
material estrutural que atenda as condições de trabalho a que será submetido, dentro do máximo de
economia possível ,e que apresente uma durabilidade compatível com o investimento aplicado.
Tipos de Dosagem

Empírica ou Não Experimental: Consiste no proporcionamento do concreto feito em bases arbitrarias,


baseando-se na experiência o tradição do construtor. Os materiais constituintes não são ensaiados em
laboratórios. Utiliza-se tabelas de dosagem de concreto , escolhendo-se os traços que forneça ao concreto
resistência superior a Fck28.
Racional ou Experimental: Os materiais constituintes ( areia, brita ,cimento) são examinados em
laboratório para determinar a dosagem mais econômica visando obter o FCK e a trabalhabilidade
requerida para a obra. Do concreto obtido sera retiradas corpos de prova e determinadas suas resistências
e trabalhabilidade.

- PROJETO DE ESTRUTURAS DE MADEIRA

Algumas das suas utilizações são indicadas abaixo:

- Andaimes
- Revestimento, apenas de telhado – pinho 1° ou 3°
- Formas de Concreto – pinho 3°, jequitibá ou compensado
- Estrutura de telhado – madeira de lei ou eucalipto ( roliço ou serrado)
- Tacos, assoalhos – peroba rosa, peroba do campo, sucupira, ipê e jacarandá.
- Mourões para cercar pastos e currais – aroeira, amoreira, eucalipto tratado, braúna e candeia
- Tabuas para cercar curral – ipê, peroba rosa e eucalipto
- Portas e Janelas – Cedro, jacarandá e sucupira
- Portais e marcos – peroba rosa, jacarandá e sucupira
- Forros – pinho

Vantagens da madeira como material de construção

- Pode ser obtida por preços competitivos e em grande quantidade, com reservas renováveis;
- Apresenta boa resistência mecânica, com a vantagem de peso próprio reduzido;
- Pode ser trabalhada com ferramentas simples, tendo peças que podem ser desdobradas em outras
conforme a necessidade, permitindo a reutilização;
- Permite o uso em dimensões reduzidas;
- Tem boas condições naturais de isolamento térmico e absorção acústica;
- Não sofre ataques de gases e produtos químicos;
- Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e decorativos.

Desvantagens da madeira como material de construção

- Combustibilidade;
- Material heterogêneo e com anisotropia;
- Sensibilidade às variações de temperatura;
- Facilidade de deterioração por agentes biológicos;
- Deformabilidade;
- Formas alongadas e de seção transversal reduzida.

Tipos de madeiras de Constução

Há duas categorias básicas:


a) madeiras maciças: madeira bruta ou roliça, madeira falquejada e madeira serrada.

b) madeiras industrializadas ou transformadas: madeira laminada e colada, madeira


compensada, madeira aglomerada e madeira reconstituída.
- Madeira bruta ou roliça: usadas em forma de tronco, servindo como estacas, escoramento, postes
e colunas.

- Madeira falquejada: faces laterais aparadas a machado, formando seções maciças quadradas ou
retangulares, usada em estacas, pontes, etc.

- Madeira serrada é o produto mais comum, podendo ser utilizado em todas as fases da
construção.

- Madeira laminada e colada: associação de lâminas de madeira selecionada, coladas com


adesivos. Utilizada para fins estruturais.

- Madeira compensada: formada pela colagem de três ou mais lâminas, alternando -se as direções
da fibras. Empregada em formas, forros, lambris, etc.

- Madeira aglomerada: chapas e artefatos obtidos pela aglomeração de pequenos fragmentos de


madeira. Utilizado em revestimentos, móveis, etc.

- Madeira reconstituída: chapas obtidas pela aglomeração de fibras celulósicas extraídas do lenho
das madeiras. Utilizada em forros, revestimentos, etc.

TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

- FUNDAÇÕES

Serve para transmitir as cargas das estruturas para o solo.

Recalque: Movimento vertical descendente de um elemento estrutural. Quando for ascendente é


chamado de levantamento.

Conta de Arrasamento: Nível em que deve ser deixado o topo da estaca ou tubulão.

Nega: Penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação do golpe do pilão. Em geral é
medida por uma serie de 10 golpes.

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS OU DIRETAS : A transmissão da carga pelas pressões distribuídas


sob a base da fundação. Ex: Sapatas , blocos radier. Tem a profundidade de assentamento Menor que
2x menor dimensão. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre
rocha, tal profundidade não deve ser menor que 1,5m. Em planta , as sapatas ou blocos não devem ter
dimensões menores que 60cm. ** Não deve ser utilizado caso o terreno tenha um aterro mal
compactado, argila mole, areia fofa e muito fofa e existência de água onde o rebaixamento do lençol
freático não se justifica economicamente*

SAPATA: Feita em concreto armado. Trabalham a flexão: Tensões de tração são resistidas pela
armadura. É necessário que o solo tenha uma alta capacidade de suporte. Antes da instalação da sapata
deve ser feita uma camada de concreto (magro) de no mínimo 5cm. Indicadas para solos com alta
capacidade de suporte e costumam ser mais econômicos que outros tipos de fundação.

BLOCOS: Elementos de grande rigidez executados com concreto simples ou ciclópico. Não há
necessidade de armadura

RADIER : Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares ( como se fosse uma placa de
concreto construída sobre o terreno)

SAPATA ASSOCIADA OU RADIER PARCIAL: Sapata comum a vários pilares com centros não
alinhados

VIGA DE FUNDAÇÃO: Elementos da fundação comum a vários pilares com centros alinhados ( é
uma viga grande p fundação com os pilares todos do lado nessa viga)

SAPATA CORRIDA: Sapata com carga distribuída linearmente ( é uma sapata alongada com os pilares
distribuídos em cima dele)
OBS:

SAPATA ISOLADA: Quando suporta apenas um pilar

VIGA DE FUNDAÇÃO: Quando Suporta 2 ou mais pilares, cujos centros, em planta, estejam alinhados.

SAPATA DE DIVISA: Caso o pilar seja de divisa ( fronteira com o terreno do vizinho)

FUNDAÇÕES PROFUNDAS: Transmitem a carga pela base ( resistência de ponta) e pela sua
superfície ( resistência de fuste) . Ex: Estacas e Tubuloes . Profundidade é maior que o dobro de sua
menor dimensão em planta e no mínimo 3m.

ESTACAS: MOLDADAS IN LOCO: broca, Strauss , framki, raiz, hélice continua. Nas estacas não há
descida do operário em qualquer fase da execução.

- PRE-MOLDADAS : concreto, metálicas e de madeira

TUBULÕES: Escavação do furo feita Manual ou mecânica, com descida do pessoal para o
alargamento da base ou limpeza do fundo, quando não há base, pelo menos na sua etapa final. As
cargas são transmitidas essencialmente pela base. Podem ser executado com ou sem revestimento.

PODEM SER DE CÉU ABERTO : É empregado acima do lençol freático, ou mesmo abaixo dele nos
casos em que o solo se mantenha estável sem risco de desmoronamento e seja possível controlar a agua
no interior do tubulão.

AR COMPRIMIDO (PNEUMÁTICO) :Utilizado quando é preciso utilizar o tubulão abaixo do


nível dágua em solos que não se mantem estáveis sem risco de desmoronamento e não seja possível
controlar a agua do interior do tubulão. Injeta-se ar comprimido de até 3atm (0,3Mpa), Podem ser
colocados até 30m do nível da água por conta da pressão. utilizam um equipamento chamado campânula
que serve para pressurizar o tubulão enquanto é executado. É executado com ou sem revestimento.

** OBS: Os tubulões não podem ter a base com alturas superiores a 1,8m. Para tubulões de ar
comprimido as bases poderão ter altura de até 3m.

ESTACA RAIZ: Perfuração rotativa ou roto-percussiva ( auxiliada por circulação de agua), com
revestimento ( para suportar as paredes da escavação) , no trecho em solo, por tubos metálicos.
Armada em todo o comprimento. Material utilizado: Argamassa de cimento ( consumo de 600kg/m³ ) e
areia. Golpes de ar comprimido e retirada do revestimento.

ESTACA ESCAVADA COM INJEÇÃO OU MICROESTACA: Perfuração rotativa com circulação


de agua. Armada e injetada com calda de cimento ou argamassa através de tubo manchete ( tubo
introduzido que possui válvulas que conseguem injetar por meio de bomba a argamassa com
pressão, fazendo com que penetre nas laterais do solo) , que visa aumentar a resistência do atrito
lateral. Pode adotar tubo metálico estrutural com manchetes para a injeção da argamassa ou ser armada
com barras e a injeção feita por tudo de PVC com manchetes. Injeções são feitas de baixo para cima.

ESTACA TIPO BROCA: Tipo de fundação profunda executada por perfuração com trado manual e
posterior concretagem, sempre acima do lençol freático, ou seja, é uma estaca escavada
mecanicamente (sem emprego de revestimento ou de fluido estabilizante). Em geral estas estacas
não são armadas, utilizando somente ferros de ligação com o bloco. Quando necessário, ela pode ser
armada para resistir os esforços da estrutura.

ESTACA STRAUSS : Escavação com sonda ( piteira) e introdução de revestimento metálico.


Lançamento de concreto e simultâneo apiloamento (bulbo) . Não indicada para areias submersas e
argilas moles – não indicada na presença de lençol freático. Indicada para locais confinados e
provoca pouca vibração.

ESTACA FRANKI: Cravação por um tubo de ponta fechada por uma bucha seca de pedra e areia. (
estaca de deslocamento pois ele não retira o solo e sim desloca) Expulsão da bucha, execução da base
alargada, instalação da armadura e execução do fuste de concreto apiloado com retirada simultânea do
revestimento. Causa muita vibração. É toda armada.
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA: Escavação por trado helicoidal continuo e concretagem pela haste
central da haste simultaneamente á sua retirada. Colocação da armadura após a concretagem .
Execução não ocasiona vibração e ruído excessivos.

ESTACAS PRÉ-MOLDADAS: Cravação por percussão, prensagem ou vibração. Fazem parte do grupo
das Estacas de deslocamento. Feitas de madeira, aço , concreto armado ou protendido.

ESTACAS DE REAÇÃO OU TIPO MEGA: Também conhecidas como Estacas Prensadas. São
cravadas com auxilio de macaco hidráulico. Usadas como reforço de fundação.

ESTACAS BARRETE OU ESTAÇÃO: é um tipo de estaca moldada in loco, escavada por clam-
shell, que se caracteriza por apresentar seção transversal retangular.

Estruturas de concreto

- ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos Lineares : São aqueles onde o comprimento longitudinal é maior em pelo menos três vezes a
maior dimensão da seção transversal, chamados “barras”. Os exemplos mais comuns são as vigas e os
pilares.

Elementos Bidimensionais: São também chamados “ elementos de superfície”, são aqueles onde a
espessura é pequena comparada ás outras dimensões ( comprimento e largura ). Os exemplos mais
comuns são as lajes e as paredes, como as de observatórios. Quando a superfície é plana tem-se a placa
ou a chapa. A placa tem o carregamento perpendicular ao plano da superfiie, e a chapa tem o
carregamento contido no plano da superfície. O exemplo mais comum de placa é a laje e de chapa é a
viga-parede. Quando a superfície é curva o elemento é chamado casca. “ Placas com espessura maior
que 1/3 do vão devem ser estudadas como placas espessas.”

Elementos Tridimensionais: São elementos onde as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza, os
elementos de volume. São exemplos mais comuns os blocos e sapatas de fundação, os consolos, etc.

LAJE

É um elemento plano, bidimensional , cuja função principal é servir de piso ou cobertura nas construções,
e que se destina geralmente a receber as ações verticais aplicadas, provenientes da utilização da laje em
função de sua finalidade arquitetônica, como pessoas, moveis, pisos, paredes e de outros mais variados
tipos de carga que podem existir.

Lajes Maciças

São aquelas com espessura totalmente preenchida com concreto – sem vazios, contendo armaduras
embutidas no concreto, e apoiadas ao longo de todo ou parte do perímetro. As lajes maciças de concreto
são comuns em edifícios de grande porte, como escolas, industrias, hospitais, pontes, etc. De modo geral,
não são aplicadas em construções residenciais e de pequeno porte, pois nesses tipos de construção as lajes
nervuradas pré-fabricadas apresentam vantagens nos aspectos de custo e facilidade de construção.

Laje Nervurada

Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com as nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração
por momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte.

Laje Lisa e Cogumelo

Lajes-Cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capiteis, enquanto lajes lisas são apoiadas
em pilares sem capitéis. Capitel é o elemento resultante do aumento da espessura da laje na região
adjacente ao pilar de apoio, com a finalidade de aumentar a capacidade resistente devido á alta
concentração de tensões nessa região. Ambas as lajes são maciças, embora por outro lado tenham maior
espessura. São usuais em todo tipo de construção de médio e grande porte, inclusive edifícios
relativamente altos. Apresentam como vantagens custos menores e maior rapidez na construção. No
entanto são suscetíveis a maiores deformações verticais ( flechas)

VIGA

Vigas são elementos lineares ( barras ) onde a flexão é preponderante. Sua função básica é vencer vãos e
transmitir as cargas para os apoios, geralmente pilares. Ao longo do eixo longitudinal as vigas podem ser
curvas, mas na maioria das aplicações são retas e horizontais. Os carregamentos são provenientes de lajes,
de outras vigas, de paredes de alvenaria, de pilares, etc, geralmente perpendiculares ao eixo longitudinal.
Momentos de torção e forças normais de compressão ou de tração, na direção do eixo longitudinal,
também podem ocorrer. Geralmente tem duas armaduras diferentes, a longitudinal e a transversal,
compostas respectivamente por barras longitudinais e estribos.

PILAR

Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de
compressão são preponderantes. As ações que recebem geralmente de vigas e lajes, são transmitidas ás
fundações das edificações, na grande maioria dos casos. Como elementos estruturais, são os principais
responsáveis na estabilidade global de edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente
com as vigas e lajes.

TUBULÃO E BLOCO DE FUNDAÇÃO

Os blocos de fundação são utilizados para receber as ações dos pilares e transmiti-las ao solo, diretamente
ou através de estacas ou tubulões. Estacas são elementos destinados a transmitir as ações ao solo, o que
ocorre por meio do atrito da superfície de contato da estaca ao longo do comprimento e pelo apoio da
ponta inferior no solo. Há uma infinidade de tipos diferentes de estacas, cada qual com finalidades
específicas. Os blocos podem ser apoiados em uma, duas, três ou teoricamente para um numero qualquer
de estacas. Tubulões também são elementos destinados a transmitir as ações diretamente ao solo, por
meio do atrito do fuste com o solo e da superfície da base. Os blocos sobre tubulões podem ser
suprimidos, e neste caso é necessário reforçar a armadura a região superior do fuste, a cabeça do tubulão,
que passa a receber o carregamento diretamente do pilar.

SAPATA

As sapatas recebem as ações dos pilares e transmitem diretamente ao solo. Podem ser localizadas
isoladas, conjuntas ou corridas. A sapata isolada serve de apoio para apenas um pilar, a conjunta serve
para a transmissão simultânea do carregamento de dois ou mais pilares. A sapata corrida tem este nome
porque é disposta ao longo do comprimento do elemento que lhe aplica o carregamento, geralmente uma
parede de alvenaria ou de concreto, sendo comum em construções de pequeno porte, onde o solo tem boa
capacidade de suporte de carga a baixas profundidades

LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E MÃO DE OBRA

ENGENHARIA DE CUSTOS

- CUSTOS DA CONSTRUÇÃO

Orçamento:

O orçamento é o custo provável de um serviço ou obra a ser executada. Assim, sendo o serviço ou obra
executada dentro das especificações técnicas preestabelecidas, feitas as compensações monetárias, o
orçamento deve retratar o custo estimado.
Existem diversas maneiras de fazer o orçamento. Uma delas seria a partir da estimativa das quantidades
de materiais e horas de serviço, porém, como se pode imaginar, além de trabalhoso, é comum incorrer em
erros, quando se utiliza este método. Outra, mais simples e precisa, consiste nas “Unidades Compostas”,
que são montadas por empresas ligadas ao ramo, por meio de contínuo e rigoroso controle no próprio
canteiro de obras.

Ocorrem, ainda, despesas indiretas sobre a mão-de-obra, tais como: mestre de obra, guarda
noturno, chuvas etc; que perfazem um total de 19%.

- Baseando-se na metodologia e nos conceitos empregados pelo Sistema de Custos Rodoviários


do DNIT (SICRO), os itens que integram o LDI (Lucro e Despesas Indiretas) são: impostos
incidentes sobre o faturamento, administração da obra, despesas financeiras, margem de
lucro.

- Os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual devem ser classificados como encargos


complementares
- Os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais,
devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal.
-No serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo não devem
incluir a carga e a descarga do caminhão.
-O autor do orçamento deve recolher ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, específica
para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria.

- Os encargos sociais são obrigatórios, exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou


resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores.
- Os encargos sociais são divididos em três níveis: Encargos Sociais Básicos e Obrigatórios;
Encargos Incidentes e Reincidentes e Encargos Complementares.
- Os custos com ferramentas manuais e EPI (Equipamentos de Uso Individuais) fazem parte dos
encargos complementares.
-Portanto, a depreciação constitui a perda de valor monetário de um bem.
- O SICRO considera como vida útil do equipamento o número de anos indicado pelos
fabricantes multiplicado pelo número de horas trabalhadas desde a sua aquisição até o momento
de necessidade de sua troca, que pode ser definido como o momento em que o equipamento
entra em regime de custos crescentes.
- a vida remanescente é o período contado desde a data da observação até a data prevista para
que o bem deixe de ser economicamente interessante
-O DNIT adota o SICRO – Sistema de Custos Rodoviários para orçar obras ou serviços de
natureza rodoviária.
TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. ( trata-se de uma publicação
da editora PINI com Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos.)
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. (O Sinapi
é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a
CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela
divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de
referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados
pelo SINAPI.)
TPU – Tabela de Preços Unitários.
SICRO – Sistema de Custos Rodoviários.
TCU – Tabela de Custos Unitários. (corresponde a Tribunal de Contas da União.)
-Dá-se a designação de Benefícios (ou Bonificação) e Despesas Indiretas (BDI) ao quociente da
divisão do custo indireto (DI) - acrescido do lucro (B) - pelo custo direto da obra. O BDI,
portanto, inclui:
- despesas indiretas de funcionamento da obra;
- custo da administração central (matriz);
- custos financeiros;
- fatores imprevistos;
- impostos;
- lucro.
Tanto o termo benefícios quanto bonificação querem dizer lucro.
Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da
planilha da obra para se chegar ao preço de venda.

-a taxa entendida como uma provisão de onde será retirado o lucro do construtor, após o
desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer durante a
obra, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto, é a taxa denominada de Beneficio

- Para a orçamentação de uma obra ou serviço, é comum a adoção de um percentual que se


adiciona aos custos diretos referente a todas as despesas indiretas da Administração Central, as
quais devem cobrir os gastos de aluguel da sede, almoxarifado e oficina central, salários e
benefícios de todo o pessoal administrativo e técnico, pro labore dos diretores, todos os
materiais de escritório e de limpeza, consumos de energia, telefone e água, mais os tributos e o
lucro. A esse percentual dá-se o nome de Benefícios e Despesas Indiretas.

- Para o cálculo do BDI é necessário previamente determinar as Despesas Indiretas.


Estes são gastos que não fazem parte dos custos da obra, mas que são necessários para a sua
execução. São basicamente despesas da administração da sede da empresa, mais os
encargos financeiros do capital de giro necessários na produção e os riscos envolvidos no
empreendimento. Dentre os gastos que compõem a administração, é correto citar como
componente para o cálculo do BDI: equipamentos, como computadores; o aluguel dos
imóveis; mão de obra indireta; serviços de copiadoras.

- Num orçamento, para calcular o BDI (benefício e custos indiretos), é necessário ter em mãos
uma série de informações que vão constar da sua composição:

I. custo direto da obra;


chama-se BDI o fator a ser aplicado ao custo direto para obtenção do preço de venda.
O preço de venda é o preço final da obra.
O BDI é percentual obtido pela divisão entre os custos indiretos e lucro e o custo direto da
obra.
Portanto, precisamos saber o custo direto da obra para estabelecermos o percentual de BDI.

II. prazo de execução da obra;


É importante que a Administração Local faça parte do BDI. O custo total da Administração
Local depende do prazo da obra, pois abrange os profissionais mensalistas e demais custos
administrativos mensais da obra.

III. ISS da prefeitura local;


O ISS faz parte dos tributos que integram o BDI.

IV. se a contabilidade da empresa é por lucro real ou presumido.


O lucro faz parte do BDI. A forma como o lucro da empresa é apurado contabilmente interfere
na base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Portanto, a alteração da alíquota desses tributos interfere
no BDI. O IRPJ e a CSLL são considerados tributos de natureza personalística. Nas obras
custeadas com recursos federais, a LDO veda a sua inclusão no BDI.
São fatores que devem ser considerados no cálculo do BDI: COFINS; ISS; Lucro; CSLL;
Imposto de Renda

** CONFINS : é uma sigla para Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.


Trata-se de uma contribuição a nível federal calculada sobre a receita bruta de empresas
** ISS: (Imposto Sobre Serviços), que é um tributo recolhido pelos municípios e pelo Distrito
Federal.
** CSLL: A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo federal brasileiro
que incide sobre o lucro líquido do período-base, antes da provisão para o Imposto de Renda.

GEOTECNIA E DRENAGEM

DRENAGEM

O sistema tradicional de drenagem urbana deve ser considerado como composto por dois
sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios diferenciados: o
Sistema Inicial de Drenagem e o Sistema de Macro-drenagem.

O Sistema Inicial de Drenagem ou de Micro-drenagem ou, ainda, Coletor de Águas Pluviais, é


aquele composto pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias
de águas pluviais e, também, canais de pequenas dimensões. Esse sistema é dimensionado
para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno. Quando bem projetado, e
com manutenção adequada, praticamente elimina as inconveniências ou as interrupções das
atividades urbanas que advém das inundações e das interferências de enxurradas

Já o Sistema de Macro-drenagem é constituído, em geral, por canais (abertos ou de contorno


fechado) de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de
retorno. Do seu funcionamento adequado depende a prevenção ou minimização dos danos às
propriedades, dos danos à saúde e perdas de vida das populações atingidas, seja em
conseqüência direta das águas, seja por doenças de veiculação hídrica.

PRINCÍPIOS
Os princípios que devem nortear os programas de drenagem urbana são os seguintes:

- O sistema de drenagem é parte do sistema ambiental urbano.


O sistema de drenagem é parte de um sistema urbano visto de uma forma mais ampla. Pode
ser encarado simplesmente como parte da infra-estrutura urbana ou como um meio para
alcançar metas e objetivos em termos mais abrangentes. Nesse último sentido, constitui-se
num meio e não num fim em si mesmo.

- As várzeas são áreas de armazenamento natural


As várzeas, embora estejam com menor freqüência sob as águas, fazem parte dos cursos
naturais, tanto quanto a sua calha principal. Por esta razão, em geomorfologia a várzea
também recebe a denominação de leito maior ou secundário

Drenagem é um problema de destinação de espaço


O volume de água presente em um dado instante numa área urbana não pode ser comprimido
ou diminuído. É uma demanda de espaço que deve ser considerada no processo de
planejamento.
As medidas de controle de poluição são parte essencial num plano de drenagem
Ao se tratar as águas do escoamento superficial direto de uma área urbana como recurso, ou
quando se cogitar a utilização de bacias de detenção, deve ser dada atenção aos aspectos da
qualidade dessas águas. Estes, por sua vez, estão relacionados com as práticas de limpeza das
ruas, coleta e remoção de lixos e detritos urbanos, ligação clandestina de esgotos na rede de
galerias, coleta e tratamento de esgoto e regulamentação do movimento de terras em áreas
de desenvolvimento, tendo em vista o controle de erosão e, conseqüente, carga de
sedimentos.

O escoamento superficial direto é primordialmente determinado pela quantidade de água


precipitada, características de infiltração do solo, chuva antecedente, tipo de cobertura
vegetal, superfície impermeável e retenção superficial. Já o tempo de trânsito das águas (que
determina os parâmetros de tempo do hidrograma do escoamento superficial direto) é função
da declividade, rugosidade superficial do leito, comprimento de percurso e profundidade
d'água do canal.

O CONTROLE DAS ÁGUAS DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL DIRETO


O estado da arte do gerenciamento dos recursos hídricos contempla, fundamentalmente, dois
enfoques diferentes para o controle da quantidade das águas do escoamento superficial direto
em áreas urbanas

· Enfoque Orientado para o Aumento da Condutividade Hidráulica.

O primeiro desses dois enfoques é mais tradicional e orientado para o aumento da


condutividade hidráulica do sistema de drenagem de uma determinada área. Os sistemas
projetados de acordo com tal enfoque efetuam a coleta das águas do escoamento superficial
direto, seguida de imediato e rápido transporte dessas águas até o ponto de despejo, a fim de
minimizar os danos e interrupções das atividades dentro da área de coleta. Os principais
componentes do enfoque em tela são os dos Sistemas de Micro ou Macro-drenagem, já
mencionados anteriormente. Os princípios são aplicáveis tanto em áreas já urbanizadas,
quanto naquelas cujo processo ainda esteja em andamento.

· Enfoque orientado para o armazenamento das águas

A utilização desse enfoque, apesar de representar um conceito moderno, ainda não é muito
comum em sistemas de drenagem urbana. Sua função é a de realizar o armazenamento
temporário das águas de escoamento superficial direto no ponto de origem, ou próximo deste,
e subseqüente liberação mais lenta dessas águas para jusante no sistema de galerias ou canais.
Este enfoque minimiza os danos e a interrupção das atividades tanto dentro da área de projeto
quanto a jusante

MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS

As estruturais são constituídas por medidas físicas de engenharia destinadas a desviar, deter,
reduzir ou escoar com maior rapidez e menores níveis as águas do escoamento superficial
direto, evitando assim os danos e interrupções das atividades causadas pelas inundações.
Envolvem, em sua maioria, obras hidráulicas de porte com aplicação maciça de recursos.
Entretanto, não são projetadas para propiciar proteção absoluta, pois estas seriam física e
economicamente inviáveis na maioria das situações.
As não estruturais, como o próprio nome indica, não utilizam estruturas que alteram o regime
de escoamento das águas do escoamento superficial direto. São representadas, basicamente,
por medidas destinadas ao controle do uso e ocupação do solo (nas várzeas e nas bacias) ou à
diminuição da vulnerabilidade dos ocupantes das áreas de risco dos efeitos das inundações.
Nesta última buscam-se maneiras para que estas populações passem a conviver melhor com o
fenômeno e fiquem melhor preparadas para absorverem o impacto dos prejuízos materiais
causados pelas inundações. As medidas não estruturais envolvem, muitas vezes, aspectos de
natureza cultural, que podem dificultar sua implantação a curto prazo. O envolvimento do
público é indispensável para o sucesso dessa implantação

PLANEJAMENTO EM DRENAGEM URBANA

PLANEJAMENTO DIRETOR

o plano diretor é um documento ou conjunto de documentos que contém três tipos de


recomendações:

a) Medidas Estruturais Um sistema de medidas, tais como redes de galerias de águas pluviais,
canais, reservatórios de detenção ou retenção, bacias de sedimentação e diques, com as
respectivas estimativas de custos.
b) Medidas Não Estruturais Um conjunto de medidas, como a aquisição de terrenos para
preservação, regulamentos, manual de práticas, seguro contra inundações, reassentamentos,
estruturas à prova de inundações, programas de inspeção e manutenção, programas de
contingências, programas de educação pública, com os respectivos custos, desde que possam
ser estimados.
c) Programa de Implementação do Plano Um programa que indique quando os elementos do
plano devem ser implementados, quem tem a principal responsabilidade para a
implementação de cada elemento e como esses elementos devem ser implementados
(financiamentos).

Em resumo, as medidas estruturais e não estruturais recomendadas referem-se à questão: O


que fazer para minimizar os problemas existentes ou para prevenir futuros problemas de
drenagem urbana? Já o programa de implementação refere-se às questões: Quando o
conjunto de atividades ou obras previstas devem acontecer? Quem é o responsável para que
isto aconteça? Como a implementação do plano poderá ser financiada?

CANAIS ABERTOS

Dentro de uma concepção geral, das mais comuns em drenagem urbana, que trata do
aumento da condutividade hidráulica, a adoção de canais abertos em projetos de drenagem
urbana sempre é uma solução que deve ser cogitada como primeira possibilidade pelas
seguintes principais razões:
1 ) possibilidade de veiculação de vazões superiores à de projeto mesmo com prejuízo da
borda livre;
2 ) facilidade de manutenção e limpeza;
3 ) possibilidade de adoção de seção transversal de configuração mista com maior economia
de investimentos;
4 ) possibilidade de integração paisagística com valorização das áreas ribeirinhas, quando há
espaço disponível;
5 ) maior facilidade para ampliações futuras caso seja necessário. Os canais abertos
apresentam, por outro lado, restrições à sua implantação em situações em que os espaços
disponíveis sejam reduzidos, como é o caso de áreas de grande concentração urbana.

A configuração ideal para um canal de drenagem urbana é a seção trapezoidal simplesmente


escavada com taludes gramados, pela sua simplicidade de execução e manutenção, assim
como pelo menor custo de implantação.
GALERIAS DE GRANDES DIMENSÕES

Em projetos de drenagem urbana a utilização de galerias de grandes dimensões faz se


necessária em áreas densamente urbanizadas em virtude principalmente da limitação de
espaço e das restrições impostas pelo sistema viário.

Ao projetar uma galeria de grandes dimensões é muito importante ter presente as limitações
desse tipo de conduto que, em linhas gerais, são as seguintes:

1 ) as galerias tem capacidade de escoamento limitada ao seu raio hidráulico relativo à seção
plena, que é inferior à sua capacidade máxima em regime livre. Em outras palavras, as galerias
ao passarem a operar em carga, sofrem uma redução de capacidade que, muitas vezes, pode
estar aquém das necessidades do projeto;

2 ) Por serem fechadas, as galerias sempre apresentam condições de manutenção mais difíceis
que os canais abertos, sendo relativamente grande a probabilidade de ocorrência de
problemas de assoreamento e deposição de detritos, que resultam sempre em perda de
eficiência hidráulica;

3 ) Em determinadas circunstâncias, as galerias exigem a adoção de seção transversal de


células múltiplas. Apesar desse tipo de configuração de seção transversal apresentar
vantagens sob o ponto de vista estrutural, em termos de desempenho hidráulico e de
manutenção é bastante problemática. O principal inconveniente de natureza hidráulica
consiste no fato de ser necessária a introdução de "janelas" ao longo das paredes internas para
que haja uma equalização de vazões entre as células. Essas "janelas", além de introduzir
perdas localizadas não desprezíveis, constituem pontos de acúmulos de lixo e detritos que,
além de reduzirem a seção livre para escoamento, causam perturbações no fluxo d'água que
resultam em perda de energia, contribuindo para aumentar o coeficiente global de rugosidade,
fato normalmente não considerado no projeto.
ROTEIRO DE PROJETO EM DRENAGEM URBANA

O roteiro de projeto envolve os seguintes itens principais:

1 ) dados básicos;

Neste item o projetista deverá reunir e sistematizar todos os dados e informações básicas que
servirão de subsídio para elaboração do projeto, sejam eles já existentes ou sejam elementos
novos obtidos através de levantamentos de campo.

2 ) análise das características da área da bacia;

Esta análise tem por objetivo fornecer os elementos característicos da bacia que influem no
regime de cheias da mesma, envolvendo aspectos geológicos, morfológicos, cobertura vegetal
e tipo de ocupação existente e previsível.

3 ) estudos hidrológicos;

Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para
projeto, bem como de hidrogramas de cheias quando houver a necessidade de dimensionar ou
analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes.

4 ) concepção de alternativas;

Neste item deverão ser desenvolvidas as idéias básicas de arranjo de obras considerados
possíveis. Normalmente o arranjo em planta é imposto pelo próprio alinhamento do talvegue
natural do curso d'água a canalizar. Entretanto, em termos de perfil longitudinal, diferentes
configurações são possíveis, as quais dependem das restrições existentes, das interferências,
bem como das posições das principais confluências.

5 ) projeto hidráulico;

projeto hidráulico das obras envolve o pré-dimensionamento das mesmas e a verificação de


funcionamento do conjunto para as condições e critérios previamente estabelecidos, como
também a análise de desempenho hidráulico das singularidades e obras especiais, efetuando
as alterações e ajustes necessários.

6 ) documentação do projeto.

A documentação de projeto compreende a sistematização, organização e apresentação de


todos os elementos que deverão constituir a documentação básica de projeto em sua versão
final.

FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA APLICADA

A geologia é definida como a ciência que trata da origem, evolução e estrutura da Terra
através do estudo das rochas.

A geologia aplicada esta ligada ao estudo dos materiais do reino mineral que o homem extrai
da Terra, para a sua sobrevivência e evolução. Inclui tanto substancia orgânicas como
inorgânicas.
A CROSTA DA TERRA

A estrutura interna da Terra pode ser representada por três camadas distintas: a primeira
conhecida Litosfera ou Crosta e com espessura atingindo ate 120km; a segunda, conhecida
como Manto e com espessura ao redor de 2900km e finalmente a ultima camada, conhecida
como Núcleo e com espessura cerca de 3300km e teoricamente constituída por níquel e ferro.

MINERAL

O mineral é aquele formado por processos inorgânicos da natureza e que possui composição
química definida.

As propriedades que interessam no estudo do mineral é as:


Propriedades Físicas; dureza, traço, peso especifico, brilho, cor, etc
Propriedades Qumicas: ensaios por via seca, ensaios por via úmida
Propriedades morfológicas: habito, simetria, associação de materiais e goniometria.

ROCHAS

São agregados de uma ou mais espécies de minerais e constituem unidades mais ou menos
definidas da crosta terrestre. Há rochas, contudo, que fogem um pouco a essa definição, como
as lavas vulcânicas, que nem sempre se mostram formadas por grânulos de minerais iguais ou
diferentes, mas sim constituída por material vítreo, amorfo e de cores diversas.

-Classificação das rochas:

Rochas Magmaticas: São aquelas formadas a partir do resfriamento e consolidação do magma.


Por isso as rochas magmáticas também são chamadas de endógenas

Rochas Sedimentares: Formadas por materiais derivados da decomposição e desintegração de


qualquer rocha. Estes materiais, são transportados , depositados e acumulados nas regiões de
topografia mais baixa, como bacias, vale e depressões. Posteriormente , pelo peso das
camadas superiores ou pela ação cimentante da agua subterrânea, consolidam-se , formando
uma rocha sedimentar. Também são chamadas de exógenas

Rochas Metamorficas: Aquelas originadas pela ação da pressão da temperatura e de soluções


químicas em outra rocha qualquer.
ELEMENTOS SOBRE O SOLO

Solos Residuais: E quando os produtos da rocha intemperizada permanecem ainda no local em


que se deu a transformação;
Solo Transportado: Quando os produtos de alteração foram transportados por um agente
qualquer , para um local diferente ao da transportação.

INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO

As investigações do subsolo podem ser realizadas através de dois métodos principais:

Indiretos ou Geofisicos: baseados na interpretação de certas medidas fisicas


Diretos ou Mecanicos: através da execução de perfurações ou sondagens do subsolo

Métodos Geofísicos: Constituem a geofísica aplicada, ciência que tem por objetivo procurar as
estruturas geológicas que são ou podem ser favoráveis para a acumulação do petróleo, de
agua subterrânea e de deposito de minérios, bem como definir os tipos de rochas e as
estruturas geológicas presentes no subsolo, para fim de projetos de eng. Civil.
A aplicação dos métodos geofísicos são: exploração de petróleo, prospecção de mineiros e
estudos de prospecção de agua subterrânea e investigações em projetos de eng.civil.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS METODOS GEOFISICOS

MÉTODOS DIRETOS OU MECANICOS


Descrição dos métodos diretos.
Os métodos diretos de investigação são aqueles que se utilizam da extração de amostras dos
materiais existentes no subsolo.
Tem por objetivos o mapeamento geológico do subsolo, extração de matérias primas, em
rebaixamento de lençol freático, ventilação de minas, etc.

PRINCIPAIS TIPOS DE METODOS DIRETOS


a) Manuais: poços, trincheiras, trado manual simples, sonda “empire”
b) Mecanicos: sondagens a percussão, Sondagem a jato dágua, Sondagem rotativa, com
extração de testemunho, Sondagem rotativa, sem extração de testemunho.

CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS

Solos: São materiais provenientes da decomposição das rochas ou sedimentação não


consolidada de seus grãos, sem ou com matéria orgânica. São identificados pela textura,
granulometria, plasticidade, consistência, compacidade, estrutura, forma dos grãos, cor ,
cheiro, friabilidade, presença de outros materiais ( conchas, matéria vegetal, mica, etc)

Solo Orgânico: Solo formado pela mistura homogênea da matéria orgânica decomposta e de
elementos de origem mineral, apresentando, geralmente cor preta ou cinza-escuro.

Turfa: Solo com grande porcentagem de partículas fibrosas e matéria orgânica no estado
coloidal, com coloração marrom escura a preta.

O que observar no primeiro contato com os solos, sem rigor científico:

1 Teor de Umidade (h) ou (w): A relação percentual do peso de água contida em uma amostra
de solo e o peso das partículas dessa amostra de solo, cuja determinação precisa será vista
mais tarde, pode ser qualitativamente estimada pela cor (mais escura ou mais clara) de um
solo, por comparação, se já o tivermos observado completamente seco e saturado.

2 Textura é o tamanho relativo dos grãos que constituem a fase sólida dos solos. Sua medida é
chamada GRANULOMETRIA. A textura de um solo pode ser avaliada de forma grosseira pelo
tato.

3 Coesão é a resistência que a fração argilosa empresta ao solo, pela qual ele se torna capaz de
se manter coeso, em forma de torrões ou blocos, podendo ser cortado ou moldado em formas
diversas e manter essa forma.

4 Compacidade é um índice para os solos grossos que indica se as partículas sólidas estão mais
ou menos – arrumadas e próximas umas das outras, com conseqüente redução no volume de
vazios e na porosidade. A compacidade altera a permeabilidade (capacidade do solo de deixar-
se atravessar pela água). Nos solos finos têm como correspondente o grau de COMPACTAÇÃO.

5 – Plasticidade é a capacidade do solo de poder ser moldado sem alteração de volume. No


ensaio para a determinação da plasticidade, veremos não ser possível moldar (por rolamento)
uma massa de areia na forma padrão que define a condição de plasticidade. Argilas úmidas
podem ser moldadas, mantendo sua forma depois de cessada a pressão que lhes deu forma.

6 Além da umidade, a intensidade da COR de um solo oferece indicação da presença de


matéria orgânica (origem vegetal ou animal), indicada por cor escura, com partículas pretas,
pardas ou roxas. A presença de manchas variegadas ou cinzentas (observadas ao natural, no
campo) pode indicar a presença de impedimentos à drenagem. Matizes avermelhados ou
amarelos sugerem presença de óxidos de ferro, que por sua vez são indicadores de boa
permeabilidade.

7 – Dureza: é a capacidade de riscar outro material mais mole ou ser riscado por um material
mais duro. A dureza é um dos atributos dos grãos dos minerais, utilizada em sua identificação,
por comparaçãopela escala de Mohs.
8 - O ODOR de solos orgânicos é característico. Até o SABOR poderia ser usado na identificação
de solos ácidos (azedos) ou básicos (sabor semelhante ao do sabão), se não existissem os
indicadores químicos.

9 - FRIABILIDADE é a capacidade de fragmentação de uma partícula ou de um torrão. Torrões


quase secos de silte apresentam fácil desagregação por pressão dos dedos, enquanto os de
argila são muito menos friáveis. A observação da friabilidade é feita no ensaio de resistência a
seco.

PROPRIEDADES ÍNDICES
O solo é um material constituído por partículas sólidas e pelo espaço (vazios) entre elas, que
pode estar preenchido por água ou ar. Constitui assim um sistema de três fases: sólida, liquida
e gasosa.

- Fase Sólida: A fase sólida é constituída por grãos minerais, com ou sem presença de matéria
orgânica. As principais características a observar nos grãos são tamanho, peso específico,
forma e composição química.

- Fase Líquida: A água, sempre presente nos solos, é responsável por grande parte de suas
propriedades e do seu comportamento. Na gênese de um solo, a água atua física e
quimicamente, provocando ruptura de rochas ao congelar-se, erodindo e transportando
partículas, por dissolução e lixiviação, pela ação de ácidos nela presentes, por exemplo.

- Fase Gasosa: É constituída por ar, vapor d’água e carbono combinados. Tem interesse em
casos especiais de consolidação de aterros, no calculo de “pressões neutras” desenvolvidas em
decorrência da redução de volume da fase gasosa. Sua densidade é – aproximadamente –
0,0012 g / cm3.

MOVIMENTO DE TERRA- ATERRO E CORTE

Cortes: São movimentações de terra ou rocha cuja execução exige escavação do material que compõe o
terreno natural no interior dos limites das seções projetadas ( off-sets)

Empréstimos: São escavações destinadas a prover ou complementar o volume necessário á execução dos
aterros por insuficiência do volume dos cortes, por motivos de ordem tecnológica de seleção de materiais
ou razões de ordem econômica.

- Caminho de Serviço: Caminho aberto para o transporte dos equipamentos que levarão os materiais
retirados dos cortes para os aterros.
- Aterros: São áreas implantadas com o deposito e a compactação de materiais provenientes de cortes ou
empréstimos, no interior dos limites das seções do projeto ( off-sets)

- Offsets: Linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos serviços.

- Área ou local de “Bota Fora”: Local selecionado para deposito do material excedente resultante da
escavação dos cortes.

As Operações de Cortes compreendem:

 Escavação do terreno natural até o nível ( greide) da terraplanagem, indicado no projeto.


 Escavação do terreno natural, abaixo da greide da terraplanagem, na expessura de 40cm nos
cortes onde haja ocorrência de rochas sã ou em decomposição, para posterior substituição por
solos selecionados.
 Escavação do terreno natural, abaixo da greide da terraplanagem, na expessura de 60cm, nos
cortes onde haja ocorrência de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos
orgânicos, para posterior substituição por solos selecionados.
 Retirada de materiais de má qualidade com a finalidade de preparar as fundações dos aterros, de
acordo com as indicadas no projeto.
 Transporte dos materiais retirados para aterros, depósitos ou locais de “bota-fora”, indicados
pela Fiscalização ou previstos em projeto, de modo a não causar transtorno a obra, em caráter
temporário ou definitivo.

- A escavação será precedida pelos serviços de desmatamento, deslocamento e limpeza. Nenhum


movimento de terra poderá ser iniciado antes que estes serviços tenham sido totalmente concluídos, nas
áreas devidas.

Equipamentos utilizados para cortes: Corte em solo – Serão utilizados tratores de esteiras ou pneus,
equipados com lamina, moto-escravo-transportadores, pás carregadeiras, caminhões basculantes
tradicionais ou do tipo “fora-de-estrada”, ou outros tipos de equipamentos escavadores conjugados com
transportadores.

Cortes em Rocha – Serão utilizadas perfuratrizes pneumáticas ou elétricas ( tipo “wagon-drill”,


“crawler-drill” ou marteletes manuais), para o preparo das minas; tratores equipados com lamina, para a
limpeza da praça de trabalho, escavadeiras e/ou pás carregadeiras, caminhões basculantes tradicionais ou
do tipo “fora-de-estrada”, para a carga e transporte do material extraído. Neste tipo de escavação deverão
ser utilizados explosivos e acessórios de detonação adequados á natureza da rocha e ás condições de
segurança do canteiro de obra.

Cortes em solos Orgânicos, Turfa ou Similares: Serão empregadas escavadeiras do tipo “dragline”
complementadas por equipamentos citados acima.

As operações de execução de aterros compreendem:

 Descarga, espelhamento, homogeneização, conveniente umedecido ou aeração, compactação dos


materiais selecionados procedentes de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo de
aterro até a cota correspondente ao greide da terraplanagem.
 Descarga, espalhamento, conveniente umedecido ou aeração, e compactação dos materiais
procedentes de cortes ou empréstimos, destinados a substituir, eventualmente , os materiais de
qualidade inferior, previamente retirados, a fim de melhorar as fundações dos cortes ou aterros.

- O lançamento do material para a construção dos aterros deverá ser feito em camadas sucessivas, em toda
a largura da seção transversal, e em extensões tais, que permitam o seu umedecimento e compactação, de
acordo com o previsto nesta Especificação. Para o corpo dos aterros a espessura de camada solta ( não
compactada) não deverá ultrapassar 0,30cm. Para as camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar
0.20cm.

- A fim de proteger os taludes contra os efeitos erosivos da agua serão executadas as obras de drenagem e
de proteção mediante a plantação de gramíneas, estabilização betuminosa e/ou a construção de patamares.

RISCOS GEOLÓGICOS

É a situação de perigo, perda ou dano, ao homem e suas propriedades, em razão da


possibilidade de ocorrência de processos geológicos, induzidos ou não.

Formula: R = p x c
Sendo : R = risco geológico
P = Possibilidade de Ocorrência
C = consequências.
S=P
Suscetiblidade = Possibilidade de Ocorrencia.

 O risco será tanto maior quanto mais ocupada estiver a área afetada
 Os riscos geológicos antropogênicos foram fortemente amplificados desde a revolução
industrial
 O risco associado a determinado acontecimento tem aumentado de forma significativa com
a passagem do tempo (devido ao crescimento demográfico)

Diferentes Tipos de Riscos Geológicos


Tipo Exemplos
 cheias
 sismos
 vulcões
 deslizamentos
Riscos Naturais
 radioatividade natural
 elementos dissolvidos na água
 queda de meteoritos

 sismicidade induzida
 amplificação de cheias
Riscos Antropicamente
 contaminantes na cadeia
Amplificados
alimentar

 resíduos nucleares
Riscos Tecnológicos  produtos sintéticos

- Evento: Fato já ocorrido, no qual não foram registradas consequências sociais e/ou
econômicas relacionadas diretamente ao fato. Um evento é simplesmente uma ocorrência
natural.

- Acidente: Fato já ocorrido, no qual foram registradas consequências sociais e/ou econômicas
relacionadas diretamente ao fato. Um acidente ocorre quando o acontecimento se efetiva,
gerando danos.

- Risco: Condição potencial de ocorrência de um acidente. Os fenômenos naturais não são


riscos, eles tornam-se riscos por causa do homem, de sua ignorância ou sua negligencia.
Risco ( geológico ou de outra natureza) é o perigo potencial para a vida do homem e suas
propriedades.

Uma das classificações de risco existente baseia-se no estágio da ocupação humana em


determinada área, podendo ser :

 Risco Atual: em áreas já ocupadas, nas quais existe o risco de consequências


socioeconômicas.
 Risco Potencial: em áreas ainda não ocupadas, nas quais há a possibilidade de
ocorrência de processos geológicos que possam causar danos socioeconômicos.
O objetivo dessa diferenciação é permitir que os problemas já instalados possam ser
identificados e resolvidos (risco atual), bem como evitar que novas áreas de risco sejam
ocupadas (risco potencial), mostrando que essas são suscetíveis à ocorrência de processos
geológicos.

Os riscos geológicos são associados aos processos geológicos que podem estar relacionados
predominantemente à geodinâmica interna ou externa. Nesse sentido, surge a divisão dos
riscos geológicos, em riscos endógenos (terremotos, atividades vulcânicas, "tsunamis" =
associados à geodinâmica interna) e riscos exógenos (escorregamentos e processos correlatos,
erosão/assoreamento, subsidência e colapsos, solos expansivos, entre outros = associados à
geodinâmica externa).
RISCOS: Danos potenciais causados por eventos físicos, fenômenos ou atividade humana, que
podem
resultar em perdas de vidas ou ferimentos, danos à propriedade, rupturas sociais e
econômicas ou degradação ambiental

RISCOS NATURAIS : Processos ou fenômenos naturais que ocorrem na biosfera e podem


resultar em danos. podem ser
classificados de acordo com sua origem em: hidrometeorológicos, geológicos ou biológicos

Riscos Hidrometeorológicos : Processos naturais ou fenômenos de ordem atmosférica,


hidrológica e oceânica. Ex: inundações, fluxos de detritos ou de lama erosão hídrica e costeira,
ciclones tropicais, tempestades, ventos, chuvas e outros eventos climáticos severos, raios,
relâmpagos, secas, desertificação, incêndios florestais, ,
temperaturas extremas, tempestade de areia e poeira solos congelados (permafrost),
avalanches de neve

Riscos Geológicos: Fenômenos terrestres naturais associados a processos endógenos


tectônicos ou exógenos, como os movimentos de massa. Ex: terremotos, maremotos
(tsunamis)
atividade e emissões vulcânicas, movimentos de massa: deslizamentos, queda de rochas,
corridas de lama, deslizamentos submarinos ,colapsos e atividades de falhas geológicas

Riscos Biológicos: Processos de origem orgânica decorrentes de vetores biológicos, incluindo


exposição a microrganismos patogênicos, toxinas e substancias bioativas. Ex: surtos de
doenças epidêmicas, contágio por planta ou animal e infestações extensivas (pragas de
gafanhotos)

Riscos tecnológicos: Perigo associado a acidentes tecnológicos ou industriais, falhas


estruturais ou humanas que possam causar perdas de vidas, ferimentos, danos à propriedade,
ruptura social ou econômica, ou danos ambientais, quase sempre associados a riscos
antropogênicos. Exemplos: poluição industrial, emissão nuclear e radioatividade, lixos tóxicos,
ruptura de barragens, acidentes de transportes ou acidentes tecnológicos (explosões,
incêndios, derramamentos)

Degradação ambiental: Processos induzidos por comportamentos e atividades humanas (às


vezes combinados com riscos
naturais) que causam danos aos recursos naturais, impactam adversamente processos naturais
e ecossistemas. Os efeitos potenciais são variados e podem contribuir para o aumento da
vulnerabilidade, freqüência ou intensidade dos riscos naturais. Exemplos: degradação da terra,
desflorestamento, desertificação, incêndios florestais, perda da biodiversidade, poluição do ar
e das águas, mudanças climáticas, subida do nível do mar, depleção de ozônio.

ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE TALUDES

A análise de estabilidade envolve um conjunto de procedimentos visando a determinação de


um índice ou de uma grandeza que permita quantificar o quão próximo da ruptura um
determinado talude ou uma encosta se encontra, considerando um determinado conjunto de
condicionantes atuantes (poro pressões neutras, sobrecarga, geometria, natureza do
terreno, etc.).
Uma análise de estabilidade significa verificar se o talude é estável através da determinação
do fator de segurança associado a uma superfície potencial de deslizamento crítica.
Os métodos de análise de estabilidade podem ser divididos em três grupos principais :

• Métodos analíticos (equilíbrio-limite): envolvendo os baseados na teoria do equilíbrio-limite


e nos modelos matemáticos de tensão e deformação;
• Métodos experimentais: empregando modelos físicos de diferentes escalas;
• Métodos observacionais: baseados na experiência acumulada com a análise de rupturas
anteriores (retroanálise, ábacos de projeto, opinião de especialistas, etc

- Análise de Equilibrio Limite considera que as forças que tendem a induzir ruptura são
exatamente balanceadas pelos esforços resistentes.
- O fator de Segurança define o estado da estabilidade de uma encosta.Quando o fator de
segurança tem valor unitário, a encosta encontra-se na condição de equilíbrio limite.

𝑮𝒓𝒂𝒏𝒅𝒆𝒛𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒐𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒎 𝒏𝒂 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂 ( 𝑹)


Fator de Segurança: Fs =
𝑮𝒓𝒂𝒏𝒅𝒆𝒛𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒏𝒆𝒄𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒂𝒐 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒍𝒊𝒃𝒓𝒊𝒐 (𝑺)

Para que serve a análise da estabilidade de taludes?


•Desenhar taludes mediante o cálculo do fator de segurança e
•Definir o tipo de medidas corretivas ou estabilizadoras que devem ser aplicadas no caso de
roturas reais ou potenciais

O que é necessário?
•Conhecimento geológico e geomecânico dos materiais que formam o talude
•Conhecimento dos possíveis modelos ou mecanismos de rotura que podem ter lugar
•Conhecimento dos fatores que influenciam, condicionam e desencadeiam as instabilidades

PROTEÇÃO DE ENCOSTAS

Taludes: Compreende-se quaisquer superfícies inclinadas que limitam um maciço de terra, de


rocha ou de terra e rocha. Podem ser naturais, casos das encostas, ou artificiais, como os
taludes de cortes e aterros.

As encostas naturais são os taludes que estão em condição natural, ou seja, não sofreram
nenhum tipo de intervenção humana. Estes elementos estão sujeitos a situações de
escorregamentos naturais ou ocasionados pela ação antrópica.

A instabilidade das enconstas é consequência da própria dinâmica da evolução das encostas (


Tendência natural a planificação). Com o avanço dos processos físico-quimicos de alteração
de rochas( Intemperismo), o material torna-se menos resistente e com influencia da
topografia, geram-se condições de ruptura. Essas rupturas são denominados de movimentos
de massa. O movimento de massa é descrito como qualquer deslocamento de um
determinado volume do solo.
Classificação:

No entanto, a maioria das classificações tem caráter regional, em decorrências das


características climáticas e geológicas.
RASTEJO

ESCORREGAMENTO VERDADEIRO

Escorregamento verdadeiro é o deslizamento de volume de solo ( ou rocha) ao longo de uma


superfície de ruptura bem definida que pode ser planar ou circular, ou em cunha.
Esse tipo de movimento é o único que pode ser estudado, de maneira rigorosa, a partir da
analise de estabilidade utilizando os métodos de equilíbrio limite: Bishop, Fellenius ou
Método das Cunhas.

São causas principais dos escorregamentos verdadeiros

 Alteração na geometria do talude, tais como deslocamentos de pé, escavações, cortes


ou retaludamento.
 Colocação de sobrecarga no topo da encosta
 Infiltração da agua da chuva, que diminui a resistência efetiva do solo devido o
aumento da poropressão.
 Desmatamento dos taludes, causando aumento do escoamento superficial e efeito
das raízes.
 Rebaixamento do nível da agua
 Erosao interna
 Plantar vegetação desfavorável ( bananeira)

AVALANCHE DE DETRITOS

Também conhecidas como fluxo de detritos, Debris Flows, ou simplesmente “corridas”. São
fenômenos classificados como desastres naturais pelo seu alto poder de destruição.
Desenvolvem-se em períodos muito curto de tempo, tem elevadas velocidades de 5 a 20cm/s
e alta capacidade de erosão e grandes pressões de impacto.

DESLIZAMENTO DE TÁLUS E EROSÃO

O Tálus é o solo transportado por meio de ação gravitacional e que se concentra no pé de um


talude, é composto de solo e bloco de rocha. Esse solo, quando saturado, escoa como se fosse
um fluido viscoso, sem a existência de uma linha de ruptura definida, esse movimento é
associado a altura do talude ( ação gravitacional) e pressão neutra.

Em decorrência das ações antrópicas os processos erosivos tem sido deflagrados, causando
alterações nos taludes naturais e movimentando as camadas mais superficiais. No entanto
ressalta-se que o processo erosivo pode ocorrer de maneira natural.

O processo erosivo é classificado de duas formas:


 Voçoroca - processo erosivo em que a agua proveniente do processos erosivo é
subterrânea.
 Ravina - Processo erosivo em que a agua atua como agente de maneira superficial.
Fatores internos e externos que desenvolvem o processo erosivo.

Drenagem Superficial

O objetivo da drenagem é diminuir a infiltração de águas pluviais, captando as e escoando – as


por canaletas dispostas longitudinalmente, na crista do talude e em bermas, e ,
transversalmente, ao longo de linhas de maior declividade do talude. Para declividades
grandes, pode ser necessário recorrer a escadas de água, para minimizar a energia de
escoamento das águas.
Esta solução é de baixo custo e a mão de obra utilizada não precisa ser especializada
DREBAGEM PROFUNDA: A ideia principal da drenagem profunda é abaixar o niveo do lençol
freático e reduzir as pressoes neutras que atuam sobre o talude, e assim aumentar a
resistência e estabilidade do talude. Os mais utilizados são os DHP, drenos horizontais
profundos.

RETALUDAMENTO: Os retaludamentos consistem em alterar a geometria do talude, quando


houver espaço disponível, fazendo –se um jogo de pesos, de forma a alivia-los junto a crista e
acrescenta –losjunto ao pé do talude.
Assim, uma escavação ou corte feito junto a crista do talude diminui uma parcela do momento
atuante; analogamente, a colocação de um contrapeso junto ao pé do talude tem um efeito
contrário, estabilizador. A técnica possibilita aumentar a estabilidade sem remover e substituir
o material que constitui o talude.

MECANISMOS QUE LEVAM A RUPTURA: São aqueles que levam a um aumento dos esforços
atuantes ou a uma diminuição da resistência do material que compõe o talude ou do maciço
como um todo.
O material que compõe um talude tem a tendência natural de escorregar sob a influência da
força da gravidade, entre outras que são suportadas pela resistência ao cisalhamento do
próprio material.

Causas externas:

i. Mudança da geometria do talude (inclinação e/ou altura), devido a cortes ou aterros, no


talude ou em terrenos adjacentes;
ii. Aumento da carga atuante ;
iii. Atividades sísmicas, e outras...

Causas internas:

i.i. Variação do nível de água (N.A.), que pode gerar:


ii.a) Aumento do peso específico do material;
iii.b) Aumento da poro-pressão diminuição da pressão efetiva;
iv.c) A saturação em areias faz desaparecer a coesão fictícia;
v.d) Rebaixamento rápido do NA;
vi.c) Diminuição da resistência do solo.

NOÇÕES DE TOPOGRAFIA

O que é Topografia ?

Topografia é a descrição minuciosa de um trecho da Terra contendo informações de todos os

detalhes existentes como estradas, casas, montes, vales, rios, etc.

A palavra Topografia é de origem grega. TOPOS significa lugar e GRAFIA significa descrição.

Aplicações da Topografia

 Construção civil (edifícios, pontes, viadutos, túneis, etc);

 Urbanismo (loteamento, parcelamento do solo, etc);

 Geologia;

 Oceanografia;

 Mapeamento topográfico e cartográfico;

 Medição de propriedades rurais e urbanos;

 Entre outras.

Levantamento topográfico ou topometria

O levantamento topográfico deve representar as características da superfície de um terreno

bem como as dimensões dos lotes fornecendo dados confiáveis para que, depois de

interpretados e manipulados, possam contribuir nos projetos arquitetônico e de implantação.

Os levantamentos topográficos geralmente são apresentados através de desenhos de curvas

de nível e de perfis.

Os levantamentos topográficos podem ser divididos em: Levantamentos planimétricos e

levantamentos altimétricos.
Levantamento Planimétrico

Planimetria ou Placometria é a determinação das projeções horizontais dos pontos do terreno.

São determinadas as medidas corretas do terreno pois nem sempre as medidas indicadas na

escritura conferem com as medidas reais.

Levantamento Altimétrico

Altimetria ou Hipsometria é a determinação das alturas no relevo do solo. Estuda os

procedimentos, métodos e instrumentos de distâncias verticais ou diferenças de nível e

ângulos verticais (nivelamento).

TOPOLOGIA

Estuda as formas do relevo. Representa, através de curvas de nível e pontos cotados, o relevo

do terreno em planta.

Conceitos importantes

Escala

Uma planta topográfica nunca é feita em verdadeira grandeza. Imagine um desenho

topográfico de uma cidade sendo feito em folhas no tamanho real. Gastaríamos milhões de

folhas. Portanto, é adotada uma redução gráfica que chamamos de escala.

A escala é a relação entre a representação gráfica de um objeto e sua dimensão no terreno,

dada na forma de fração.

E = d/D

Onde:

 d : Dimensão gráfica

 D: Dimensão real
Quanto maior o denominador, ou seja, quanto maior a dimensão real, menor será a escala e o

desenho consequentemente será menor. Portanto, o número de detalhes no desenho será

menor.

Quanto menor o denominador, maior será a escala, ocasionando em um maior detalhamento

dos elementos na planta topográfica.

Exemplo: 10 cm no desenho feito na escala 1: 1.000 → E = d / D

1 / 1.000 = 10 cm / D → D = 1.000 x 10 cm → D = 10.000 cm → D = 100 metros

A escala pode ser classificada em escala gráfica e escala numérica.


Escala gráfica

Escala gráfica é uma régua desenhada na mesma escala da planta topográfica que representa a

escala numérica empregada. Geralmente são utilizadas em desenhos cartográficos onde o

denominador é um número elevado.

Escala Gráfica

Escala numérica

A escala numérica é o valor numérico da escala da planta topográfica em forma de fração de

número unitário.

 Escalas típicas para plantas de pequenos lotes urbanos: 1:100 e 1:200;

 Escalas de detalhes de terrenos urbanos: 1:50;

 Escala de planta de arruamentos e loteamentos urbanos: 1:500 e 1:1000;

 Escalas típicas para plantas de propriedades rurais: 1:1.000, 1:2.000 e 1:5.000;


 Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais ou industriais: 1:5.000,

1:10.000 e 1:25.000;

 Cartas de municípios: 1:50.000 e 1:100.000;

 Mapas de estados, países, continentes e etc.: 1:200.000 a 1:10.000.000.

GERENCIAMENTO DE CONTRATOS

OBRIGAÇÕES DO GESTOR DO CONTRATO


 Pautar sua atuação pela estrita observância da legalidade e da moralidade
administrativas, tendo como referências o equilíbrio contratual e os interesses do CNJ;
 Atuar sempre de forma clara, justa e de modo a preservar o patrimônio público;
 Zelar pelo bom relacionamento entre o CNJ e a empresa contratada, mantendo
comportamento ético, probo e cortês;
 Efetuar minucioso exame do processo de contratação (Projeto Básico ou Termo de
Referência; proposta da empresa; impugnações ao certame licitatório; manifestações
do Pregoeiro, da Comissão Permanente de Licitação, da Assessoria Jurídica, da
Secretaria de Controle Interno e da Diretoria-Geral) e do contrato, além de manter
consigo cópias dos referidos instrumentos;
 Solicitar, sempre que necessário, à Seção de Gestão de Contratos o esclarecimento de
dúvidas relacionadas ao instrumento de contrato ou à execução contratual;
 Providenciar, em momento imediatamente anterior ao início do fornecimento e/ou da
prestação de serviços, e, sempre que entender necessário, a realização de reunião
com a empresa contratada;

 Prestar cuidadosa análise quanto ao cumprimento da obrigação, por parte da


contratada, nas contratações em que esteja prevista apresentação de garantia técnica;
 Verificar continuamente a necessidade e a utilidade de modificação do contrato bem
como de prorrogação da vigência;
 Controlar o cumprimento de todos os prazos previstos nos diversos instrumentos
relacionados à contratação Termo de Referência, Edital, Contrato, Reuniões de
Alinhamento etc.);
 Verificar se a entrega dos materiais, a execução das obras, a prestação dos serviços, as
especificações, as quantidades e os prazos de entrega estão sendo cumpridos integral
ou parcialmente, de forma satisfatória, conforme estabelecido no ajuste;
 Receber, provisória e definitivamente, quando for o caso, o objeto contratado,
mediante termo circunstanciado;
 Verificar, ao receber documentos fiscais que lhe sejam apresentados pela contratada:
 Manter controle atualizado dos pagamentos efetuados, em ordem cronológica, de
modo que o valor contratado não seja ultrapassado;
 Informar à Secretaria de Orçamento e Finanças, até 10 de dezembro de cada ano, as
obrigações financeiras não liquidadas no exercício, com vistas à obtenção de reforço,
ao cancelamento de saldos de empenho ou à inscrição na conta de restos a pagar;
 Encaminhar à Secretaria de Orçamento e Finanças, até 15 de dezembro de cada
exercício, os pedidos de empenho para os contratos que ainda estarão em vigor no
exercício seguinte.
 Encaminhar à Secretaria de Administração os pedidos que eventualmente sejam
formulados pela contratada, acompanhados de manifestação acerca da
admissibilidade;
 Demonstrar, no processo administrativo, ao final da execução, a comparação entre o
serviço/fornecimento contratado e aquele efetivamente realizado;
 Cientificar a Seção de Gestão de Contratos para que seja emitido o Termo de
Encerramento do Contrato, a ser assinado pelas partes, para fins de liberação da
garantia financeira em favor da contratada, quando do encerramento da vigência ou
da rescisão da avença, e desde que não haja pendências no compromisso assumido;
 Manter permanentemente atualizado o Diário de Obra, com anotações claras e
objetivas, sem transcrições de relatórios ou pareceres técnicos;
 Apreciar e aprovar o canteiro de obras organizado pela contratada;
 Verificar a instalação da placa de identificação da obra;
 Verificar se a contratada constituiu ou não a Cipa;
 Avaliar as condições de segurança da obra, inclusive a existência de eventuais riscos a
terceiros;
 Avaliar as condições de vigilância da obra, atentando-se para o fato de que o serviço
pode ser terceirizado;
 Verificar se os empregados da contratada exercem suas funções com uso adequado
dos uniformes, crachás de identificação e equipamentos de proteção individual e com
observância das normas de segurança do trabalho;
 Manter vigília sobre a compatibilidade da execução da obra com o cronograma físico-
financeiro, observando- se, a todo tempo, os serviços previstos, os prazos e os serviços
realizados;
 Executar as medições juntamente com a contratada nas datas estipuladas;
 Notificar, sempre por escrito e mediante contra recibo, a contratada para que:
corrija, repare, remova, reconstrua ou substitua, às suas expensas, no todo ou
em parte, o objeto do contrato em que sejam identificados vícios, defeitos ou incorreções,
resultantes da execução ou dos materiais empregados

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA.

O que é um Projeto Arquitetônico ?

Conjunto de passos normativos, voltados para o planejamento formal de um edifício qualquer,


regulamentado por um conjunto de normas técnicas e por um código de obras.

fases:

– Estudo Preliminar
• Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a ser adotado para sua
apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à consulta prévia para aprovação em órgãos
governamentais.

– Anteprojeto
• Definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos,
considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc...). Nesta etapa, o
projeto deve receber aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e
possibilitar a contratação da obra.

– Projeto Executivo
• Apresenta, de forma clara e organizada, TODAS as informações necessárias
à execução da obra e todos os serviços inerentes.

Instrumentos e Materiais

- Traços
Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir
constraste umas com as outras.

- Espessura dos traços

Pesos e categorias de linhas

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou
do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de pena:

• Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos


complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção,
etc.
• Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista.
• Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram
imediatamente a frente da linha de corte.
• Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas
indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte,
como a pena anterior)

Tipos de traços

Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:

• Traço contínuo. São as linhas comuns.


• Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja, que esteja
além do plano de corte).
• Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.
Legenda

Usada para informação, indicação e identificação do desenho, a saber:


designação da firma, projetista, local, data, assinatura, conteúdo do desenho, escala,
número do desenho, símbolo de projeção, logotipo da firma, unidade empregada, escala,
etc.
- A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2, A3 e A4, e 175 mm nos
formatos A0 e A1.

ESCALAS
Norma ABNT NBR 8196, Dezembro 1999.
A designação de uma escala deve consistir na palavra ESCALA ou ESC, seguida da indicação da
relação:
ESCALA 1:1 para escala natural
ESCALA X:1 para escala de ampliação (X > 1)
ESCALA 1:X para escala de redução (X > 1)
A escala deve ser indicada na legenda. O valor de X deve ser igual a 2, 5 ou 10, ou múltiplos
destes. Por exemplo, 1:2, 50:1, 1:100.
• Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos:
• 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga)
• 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes, perspectivas
• 1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas, cortes, perspectivas, projeto para
Prefeitura
• 1:50 = execução (desenhos bem cotados)
• 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes
• 1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, instalações, etc.

Planta de Situação

Planta de Locação

Planta de Locação ou Localização: demonstra a localização da obra dentro do terreno, com


seus respectivos recuos frontais e laterais.
Vocabulário e normas básicas de construção e desenho de arquitetura:

PEITORIL - altura do chão ao início da janela.


PÉ-DIREITO - altura do chão até a laje.
CUMEEIRA - ponto mais alto da cobertura.
PLANTA - vista obtida após a retirada do plano de secção olhando de cima para baixo;
CORTE - vista obtida após a retirada da parte anterior ao plano de secção olhando de frente;
BREESES E MARQUISES: elementos construtivos que impedem a entrada de radiação solar
direta no interior da construção;

Normas Basicas de Construção

Recuo Frontal: maior ou igual a 4,00 m.


• Recuos laterais: maior ou igual a 1,50 m caso exista janela na parede.
• Pé-direito: mínimo de 2.50m para banheiros e corredores, sendo 2,80m o
exigido para as demais dependências.
• Portas: externas= 0,90 m, internas= 0,80 m, banheiros=0,70 m em geral
sendo que todas possuem altura de 2,10 m.
• Largura dos corredores = mínimo 0,90 m.
• Abertura mínima para ventilação iluminação = 1 / 6 da área do piso.
• Inclinação dos telhados: telha de barro= 30%, de fibrocimento= 12%
• Laje = espessura média 0,12 m.
• Paredes = de meio tijolo com reboco 0,15 m, de um tijolo 0,25 m.

Convenções e Símbolos

 PAREDES
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, mesmo que na
realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o uso de paredes de 20
cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É no entanto obrigatório o uso de
paredes de 20cm de espessura quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas
comerciais...).

Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que
será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes
convenções:

Portas

Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou
seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota.

Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas
diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo.
Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os
dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo
menos. Por esta razão as portas de sanitários desenham se como as externas.

Níveis

– São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada


Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero

– Regras:
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível;
• Indicar sempre em metros, na horizontal;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de desníveis iguais
(escada);

Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis •


Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”, ou seja, áreas dotadas de
equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc...
• O tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o
tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos.
MONTAGEM GRÁFICA DE UM PROJETO

O projeto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, acréscimo e modificação de


edificação, constará, conforme a própria natureza da obra que se vai executar, de uma série de
desenhos:

a. Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependências a construir, modificar ou


sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos e áreas de cada
compartimento e suas dimensões.
b. Desenho da elevação ou fachada ou fachadas voltadas para vias públicas. Num lote de meio
de quadra é obrigatória a representação de apenas uma fachada. No caso de lote de esquina é
obrigatória a representação de pelo menos duas fachadas.
c. A planta de situação em que seja indicado:
d. Posição do edifício em relação às linhas limites do lote
e. Orientação em relação ao norte magnético
f. Indicação da largura do logradouro e do passeio, localizando as árvores existentes no lote e
no trecho do logradouro, poste e outros dispositivos de serviços de instalações de utilidade
publica.
g. Cortes longitudinal e transversal do edifício projetado. No mínimo representam-se 2 cortes,
passando principalmente onde proporcione maiores detalhes

_ Escalas mais utilizadas:


a. Planta baixa.............. 1:50
b. Cortes........................ 1:50
c. Fachadas.................... 1:50
d. Situação..................... 1:200 / 1: 500
e. Localização................ 1:1000 / 1:2000
f. Cobertura................... 1:100

Beirais
São parte da cobertura que avançam além dos alinhamentos das paredes externas. Faz o papel
das abas de um chapéu: protege as paredes contra as águas da chuva. Geralmente tem largura
em torno de 60cm à 1.00m.

CONCEITOS BASICOS DE TOPOGRAFIA

“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma
porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da
esfericidade terrestre” ou seja a Topografia se limita à descrição de áreas restritas na
superfície terrestre, em torno de um raio de 50km.

O objetivo principal é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e


desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala
adequada. Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a
posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico.
A topografia pode ser dividida em:

Planimetria: Consiste a obtenção de ângulos e distâncias horizontais para determinar a


projeção do ponto no plano topográfico.
Altimetria: Consiste na obtenção das diferenças de níveis em relação ao terreno, no plano
vertical.

ESCALA

A escala representa a relação de medida entre o desenho e o real. A escala pode ser de
ampliação (10 : 1), natural (1 : 1) e redução (1 : 200). Para a área de topografia, utiliza-se a
escala de redução.
A representação de escala é E = d : D, onde E é a escala, d é a distância no papel e D é a
distância no terreno.

Ex.: 1/10.000, o numerador 1 indica o valor no papel, equanto o denominador 10.000 equivale
o valor real.

Definições:
Alinhamento topográfico: é um segmento de reta materializado por dois pontos nos seus
extremos. Tem extensão, sentido e orientação.

Ângulo horizontal: É o ângulo formado por dois alinhamentos consecutivos, podendo ser
interno ou externo.

Poligonal topográfica: Figura geométrica gerada pelos pontos percorridos da área em


estudo.

Irradiações: São todos os pontos cadastrados pela poligonal topográfica que servem para
representar a área em estudo.

Estação: É onde se instala o aparelho topográfico.

Ré: É um ponto de referência da estação.

Vante: É próximo ponto a ser instalado pelo aparelho.

Azimute: é o ângulo formado entre o Norte e o alinhamento em questão. É medido a partir


do Norte, no sentido horário, podendo variar de 0º a 360º.

Rumo: é o menor ângulo formado entre a linha Norte-Sul e o alinhamento em questão. O


Rumo varia de 0º a 90º e necessita a indicação do quadrante em que se encontra o
alinhamento.

Deflexão: é o ângulo formado entre o prolongamento do alinhamento anterior e o


alinhamento que segue. Varia de 0° a 180° e necessita da indicação da direita ou da esquerda.

TIPOS DE INSTRUMENTAÇÃO
NÍVEL: É O EQUIPAMENTO QUE PERMITE DEFINIR COM PRECISÃO UM PLANO HORIZONTAL
ORTOGONAL À VERTICAL DEFINIDA PELO EIXO PRINCIPAL DO EQUIPAMENTO. UTILIZADO PARA
MEDIÇÕES ALTIMÉTRICAS.

PODEM SER:
ÓTICO

DIGITAL
LASER

TEODOLITO: INSTRUMENTO DESTINADO A MEDIR ÂNGULOS HORIZONTAIS E VERTICAIS. SÃO


UTILIZADOS PARA LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS, ALTIMÉTRICOS E PLANIALTIMÉTRICOS.

PODEM SER:
MECÂNICOS

ELETRÔNICOS (DIGITAIS)

ESTAÇÃO TOTAL: SÃO TEODOLITOS ELETRÔNICOS (MEDIDA ANGULAR) COM


DISTANCIÔMETROS ELETRÔNICOS (MEDIDA LINEAR) E UM PROCESSADOR INCORPORADOS.
SÃO UTILIZADOS PARA LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS, ALTIMÉTRICOS E
PLANIALTIMÉTRICOS.

PODEM SER:
CONVENCIONAIS

SEM PRISMA

AUTOLOCK

SERVO MOTOR

ROBOTIZADA

GNSS: SÃO INSTRUMENTOS DESTINADOS PARA MEDIÇÃO DE COORDENADAS VIA SATÉLITES.


SÃO UTILIZADOS PARA LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS, ALTIMÉTRICOS E
PLANIALTIMÉTRICOS.

PODEM SER:
RECEPTOR DE NAVEGAÇÃO

RECPETOR PARA MAPEAMENTO/GIS

RECEPTOR L1

RECEPTOR L1/L2

RECEPTOR RTK

LASER SCANNER 3D: TECNOLOGIA APLICADA NAS MAIS DIVERSAS ÁREAS, COMO
RECONSTRUÇÃO DE ACIDENTES, CENAS DE CRIME E INVESTIGAÇÕES FORENSE, SUBESTAÇÕES
DE ENERGIA, AS-BUILD INDUSTRIAL, ARQUITETURA, GEOLOGIA E ARQUEOLOGIA, TOPOGRAFIA
CONVENCIONAL, DENTRE OUTRAS. SÃO UTILIZADOS PARA LEVANTAMENTOS ALTIMÉTRICOS E
PLANIALTIMÉTRICOS.
TIPOS DE LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS:
LEVANTAMENTO POR TRIANGULAÇÃO.

LEVANTAMENTO POR IRRADIAÇÃO.

LEVANTAMENTO POR INTERSEÇÃO.

LEVANTAMENTO POR POLIGONAÇÃO.

• LEVANTAMENTO POR TRIANGULAÇÃO


Nesse processo, aplicado para pequenas áreas, decompomos a figura em triângulos,
medindo com trena e balisa todas as distâncias.

A área de cada triângulo é calculada pela fórmula do semi-perímetro.

• LEVANTAMENTO POR IRRADIAÇÃO


Sistema de coordenadas polares;

Utilizado para levantamento de detalhes;

Recomendado para áreas pequenas e relativamente planas.

• LEVANTAMENTO POR INTERSEÇÃO


Método pouco utilizado;

Boa precisão;

São necessários dois pontos conhecidos ou arbitrados;

São medidos os ângulos das duas extremidades do alinhamento conhecido ao ponto a ser
levantado;

Recomendado para áreas pequenas e acidentadas.

• LEVANTAMENTO POR POLIGONAÇÃO


Nesse processo, executamos medidas lineares e angulares.

Podem ser classificadas quanto a figura e quanto ao controle.

• CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FIGURA


Podem ser aberta ou fechada.
Poligonal aberta: Parte de um ponto e finaliza em outro ponto.
ex.: Levantamento de rodovias.
Poligonal fechada: Parte de um ponto e retorna ao mesmo ponto.
ex.: Levantamento de fazenda

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CONTROLE:


Podem ser fechadas, enquadrada, semi-controlada e sem controle.
Poligonal fechada: Parte de um ponto com coordenadas conhecidas e finaliza no mesmo
ponto. Sua principal vantagem é permitir a verificação de erro de fechamento angular e linear.

Poligonal enquadrada: Parte de dois pontos de coordenadas conhecidas e termina em outros


dois pontos de coordenadas conhecidas. Também permite verificação de erro de fechamento
angular e linear
Poligonal semi-controlada: Parte de dois pontos de coordenadas conhecidas e chega em dois
pontos de coordenadas desconhecidas. Neste método tem o controle apenas do azimute
inicial.

Poligonal sem controle: Parte de dois pontos de coordenadas desconhecidas e chega em


dois pontos também de coordenadas desconhecidas. Neste método não tem controle de erro
de fechamento angular nem linear.

MEDIDA DE DISTÂNCIA
A medida entre dois pontos, em topografia, corresponde à medida da distância horizontal
entre esses dois pontos, mesmo que o terreno seja inclinado.
A medição de uma distância pode ser efetuada por processo direto, por processo indireto ou,
por processos eletrônicos, sendo este último o mais moderno e mais preciso.

ALTIMETRIA
Conceito: A altimetria ou hipsometria tem por finalidade a medida da diferença de nível
(distância vertical) entre dois ou mais pontos no terreno.
Chama-se nivelamento a operação realizada para determinar essas diferenças de nível
Outros conceitos:
Altitude: é a distância medida na vertical entre um ponto da superfície física da Terra e a
superfície de referência altimétrica (nível médio dos mares).
Cota: é a distância medida ao longo da vertical de um ponto até um plano de referência
qualquer
Curvas de nível: São curvas que ligam pontos de mesma altitude ou cota. Podem ser mestras
(a cada 5 curvas) ou intermediárias.
Referência de Nível (RN): são pontos fixos no terreno que correspondem as cotas ou
altitudes de um nivelamento.
Podem ser:
Artificiais: madeira de lei, concreto armado, etc.
Naturais: soleira da porta de edifícios.

PLANIALTIMETRIA
O levantamento planialtimétrico, tem por finalidade representar a superfície tanto no plano
como na altimetria. A superfície é representada em 3D, com níveis de detalhe, dependendo da
escala, que possa servir para projetos de engenharia em geral, como para infraestrutura,
construção civil, meio ambiente, entre outros.
A parte altimetria é representada pelas curvas de nível, que são linhas que ligam pontos, na
superfície do terreno, que têm a mesma cota (ou altitude).

PERFIL LONGITUDINAL
O Perfil Longitudinal, representa graficamente o nivelamento do terreno, tendo normalmente
o eixo das cotas exagerado em 10 vezes em relação ao eixo das estacas.
A linha horizontal (Abcissas), representa o alinhamento do traçado estudado.
A linha vertical (Ordenada), representa as cotas ou altitudes do terreno

GREIDE
Greide é a linha projetada que acompanha o perfil longitudinal, representado o terreno com as
suas cotas de projeto (pavimentação e terraplenagem), indicando quanto o terreno deve ser
cortado ou aterrado.
Cota Vermelha (CV) é a diferença entre a cota do Greide (CG) menos a cota do Terreno Natural
(CTN).
Ponto de Passagem (PP) é quanto a cota do Greide é igual a Cota do Terreno Natural.

SEÇÕES TRANSVERSAIS
As seções transversais, representam graficamente o nivelamento do
terreno no sentido transversal ao eixo do estaqueamento

LOCAÇÃO
Diferentemente do levantamento, onde são cadastrados pontos existentes no terreno, a
locação é uma atividade da topografia que consiste em implantar pontos no terreno com base
em projetos. Esses projetos podem ser de: construção civil, demarcações de divisões de
fazenda, loteamentos, barragens, rede elétrica, saneamento, construções de rodovias e
ferrovias, etc.
A locação pode ser apenas na planimetria, demarcando apenas as áreas, como pode ser
também na altimetria, onde se quer saber quanto vai cortar ou aterrar um terreno.

Geodésia é a ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra, a determinação de pontos


sobre a superfície ou próximos a ela, bem como seu campo gravitacional.
Diferentemente da Topografia, a Geodésia considera a curvatura da Terra, e não mais sendo
plana.

A Geodésia pode ser dividida em três partes :

Geodésia Geométrica: compreende o conjunto de operações geométricas, realizadas sobre a


superfície terrestre.
Geodésia Física: compreende o conjunto de medições gravimétricas que podem conduzir a
um conhecimento detalhado do campo gravitacional da Terra.
Geodésia Celeste: estuda o conjunto de conhecimentos necessários à determinação da
posição de pontos a superfície terrestre, através do uso de satélites artificiais.
Sistemas Geodésicos de Referencia

Atualmente o Brasil está em fase de transição para um sistema geocêntrico denominado de


SIRGAS 2000 (Sistema Geocêntrico de Referência para as Américas).

Tipos:

Córrego Alegre
Datum topocêntrico oficial do Brasil até a década de 70, localizado nas imediações de
Uberaba. Muitas cartas oficiais ainda estão referenciadas a este Datum.

SAD 69 (South American Datum 1969).


É um sistema regional, que teve a sua recomendação indicada em 1969 na XI Reunião pan-
americana de Consulta sobre Cartografia. Nem todos os países do continente seguiram a
recomendação e oficialmente somente em 1979, o Brasil o adotou oficialmente.

SIRGAS 2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas).


Foi estabelecido a partir de uma campanha GPS continental realizada de 10 a 19 de maio de
2000, quando 184 estações foram ocupadas nas Américas, das quais 21 situadas em território
brasileiro.

SISTEMA GEODÉSICO DE REFERÊNCIA UTILIZADO PELO GPS:


O Sistema de posicionamento Global (GPS) adota como referencial o sistema de referência
geodésico denominado WGS 84 (Word Geodetic System 1984). Após a tecnologia GPS, está na
sua terceira versão, denominada WGS 84 (G1150).

SOFTWARES COMERCIAIS PARA ORÇAMENTOS.

COMPOR 90

SIENGE – SISTEMA INTEGRADO DE ENGENHARIA

O SIENGE é um software que foi desenvolvido considerando todas as particularidades que o


segmento da construção civil exige. Através de sua utilização, é possível ter o controle geral
das obras em andamento. A partir da disponibilidade de informações em tempo real, as
decisões podem ser tomadas rapidamente, reduzindo os custos e aumentando a
produtividade.

O programa tem como objetivo padronizar processos, estabelecer rotinas, evitar re-trabalhos
e reduzir os custos na administração das construções e das empresas de construção civil. Com
o sistema, a empresa pode gerenciar os processos de forma totalmente integrada, otimizando
o trabalho e agregando diferencial competitivo ao seu negócio.

Estes objetivos são alcançados por meio de cinco módulos que compõe o programa, que são:
gerencial, comercial, financeiro, suprimentos e engenharia. Pode-se visualizar melhor os cinco
módulos e seus sistemas na figura abaixo.

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