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Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde

Escola Superior de Ciências da Saúde

Curso de Medicina

Flávia Jesus Pontel de Souza

1ª SEMANA DE GESTAÇÃO

FASES DA FERTILIZAÇÃO

- passagem do espermatozóide pela


corona radiata (ação da enzima
hialuronidase do acrossomo, movimentos
da cauda e enzima da tuba uterina).
- penetração na zona pelúcida pela ação
das enzimas: neuraminidase, esterases e
acrosina (mais importante, enzima
proteolítica); gerando a reação da zona
(mudança na permeabilidade da zona
pelúcida e da membrana do ovócito) e
impedindo a entrada de novos
espermatozóides.
- fusão das membranas do ovócito e do
espermatozóide (apenas a cabeça e a
cauda penetram).
- término da segunda divisão meiótica
(ovócito maduro + segundo corpo polar)
e formação do pronúcleo feminino.
- formação do pronúcleo masculino
(crescimento do núcleo e degeneração
da cauda).
- as membranas dos pronúcleos se
dissolvem, o material genético se
condensa e se prepara para a primeira
clivagem (mitose).

CLIVAGEM

- repetidas divisões mitóticas


do zigoto.
- ocorre durante a passagem
do zigoto ao longo da tuba
uterina.
- o zigoto fica dentro da zona
pelúcida, portanto há
aumento do número de
células, não do tamanho
delas.
- a formação dos
blastômeros acontece cerca
de 30 horas após a
fertilização.
- compactação (a partir de 9
células): blastômeros mudam de forma e se aderem firmemente.
- 12-15 blastômeros: mórula (agregado esférico celular que surge cerca de 3 dias após a
fertilização e penetra no útero).
BLASTOGÊNESE

- 4 dias após a fertilização, o fluido da cavidade uterina penetra a zona pelúcida e forma a
cavidade blastocística.
- há uma divisão entre blastômeros: trofoblasto (originará a parte embrionária da placenta) e
embrioblasto (massa celular interna, originará o embrião).
- esse estágio é denominado blastocisto.
- em 2 dias, a zona pelúcida degenera possibilitando rápido crescimento do blastocisto
(nutrição feita pela secreção uterina).
- 6 dias após a fertilização, o blastocisto
fixa-se ao endométrio e começa a
proliferação e a diferenciação do
trofoblasto em: citotrofoblasto (interno)
e sinciciotrofoblasto (externo).
- por volta do dia 6, sinciciotrofoblasto
(produz enzimas que permitem a
invasão do tecido) atravessa o epitélio
endometrial e invade o estroma (tecido
conjuntivo endometrial).
- por volta do dia 7, surge o hipoblasto
pela delaminação do embrioblasto.

RESUMO

O desenvolvimento humano começa na fertilização, mas vários eventos importantes


acontecem antes da ocorrência deste processo. O ovário produz ovócitos (ovogênese) e os
expele durante a ovulação. As fímbrias da tuba uterina varrem o ovócito para a ampola, onde
ele será fertilizado.
Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos do testículo (espermatogênese) e
armazenados no epidídimo. A ejaculação do sêmen durante a relação sexual resulta no
depósito de milhões de espermatozóides na vagina em torno do orifício externo do útero.
Várias centenas de espermatozóides passam pelo útero e penetram as tuba uterinas. Muitos
deles circundam o ovócito secundário, quando este está presente. O ovócito completa a
segunda divisão meiótica quando entra em contato com um espermatozóide. Em conseqüência
disto, formam-se um ovócito maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do ovócito maduro
constitui o pronúcleo feminino.
Depois de o espermatozóide penetrar no ovócito, sua cabeça separa-se da cauda e cresce,
tornando-se o pronúcleo masculino. A fertilização termina com a união dos dois pronúcleos, e
os cromossomas maternos e paternos se embaralham durante a metáfase da primeira divisão
mitótica do zigoto, a célula que é o primórdio de um ser humano. Ao avançar pela tuba uterina
em direção ao útero, o zigoto sofre a clivagem (uma série de divisões celulares mitóticas) que
dão origem a um certo número de células menores denominadas blastômeros. Cerca de três
dias após a fertilização, uma bola com 12 ou mais blastômeros, denominada mórula, penetra o
útero.
Logo se forma uma cavidade na mórula, convertendo-a em um blastocisto, que consiste em:
- uma massa celular interna, ou embrioblasto, que dá origem ao embrião e à parte dos tecidos
extra-embrionários;
- uma cavidade blastocística, espaço cheio de fluido;
- o trofoblasto, uma delgada camada externa de células.
O trofoblasto envolve a massa celular interna e a cavidade blastocística e, posteriormente,
forma estruturas extra-embrionárias e a parte embrionária da placenta. Quatro a cinco dias
após a fertilização, a zona pelúcida é descartada e o trofoblasto adjacente à massa celular
interna fixa-se ao epitélio endometrial. O trofoblasto adjacente ao pólo embrionário diferencia-
se em duas camadas, um sinciciotrofoblasto, externo, e um citotrofoblasto, interno. O
sinciciotrofoblasto invade o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo subjacente.
Concomitantemente, forma-se a camada cubóide do hipoblasto, na superfície interna da massa
celular interna. Ao fim da primeira semana, o blastocisto está implantado superficialmente ao
endométrio.

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