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Redes de Computação Industrial

PROTOCOLOS MAC
DETERMINÍSTICOS
Í

Gerson Barboza, M.Sc.


CX3C
gersonbarboZa@petrobras.com.br

Este material foi elaborado pelo professor Gerson Barboza e Pedro Vieira para o curso de redes de computação
ind strial nas instituições
industrial instit ições em que
q e lecionam.
lecionam O uso
so do presente material só é autorizado
a tori ado dentro da finalidade
específica do presente curso. Sua utilização, portanto, fora dessa finalidade específica constitui violação de
propriedade intelectual.
Revisão: 10/03/2011
2
Desligue a luz ao sair da sala.

3
4
Pensamento...

“Só as pessoas
inteligentes
procuram,
para auxiliá-
las pessoas
las,
mais
inteligentes
do que elas.”

(Baltasar Gracian
y Morales)

5
Pensamento...

Sua família produz,


produz em
um ano, um elefante de
lixo.
lixo

6
7
PROLEGÔMENOS

8
O Modelo de Referência OSI

CPU 1 Ligações
g ç lógicas
g CPU 2
7. Aplicação 7. Aplicação
6 Apresentação
6. 6 Apresentação
6.
5. Sessão 5. Sessão
4 Transporte
4. 4 Transporte
4.
3. Rede 3. Rede
2 Enlace
2. E l 2 Enlace
2. E l
1. Física 1. Física

Transmissão Física (Bit)


Camadas
C d orientadas
i t d a conexão ã
Camadas orientadas a aplicação
9
O RM-OSI e a Camada MAC

RM OSI
RM-OSI IEEE
802.1

LLC 802 2
802.2
ENLACE
MAC
FÍSICO 802.3 802.4 802.5 802.6

 A camada
d MAC (IEEE) é a parte
t iinferior
f i d da
camada de enlace (RM-OSI)

10
Classificação
ç dos Protocolos MAC

 Classificação dos Protocolos MAC


 Alocação fixa:
• alocam o meio às estações por determinados intervalos de
tempo, independentemente de haver ou não necessidade de
acesso (ex.: TDMA = Time Division Multiple Access);

 Alocação aleatória:
• permitem
it acesso aleatório
l tó i das
d estações
t õ ao meio i (ex.:
( CSMA =
Carrier Sense Multiple Access). Em caso de envio simultâneo por
mais de uma estação, ocorre uma colisão e as estações
envolvidas tem que transmitir suas mensagens após a resolução
do conflito resultante (protocolos de contenção);

11
Classificação
ç dos Protocolos MAC

 Classificação dos Protocolos MAC


 Alocação controlada:
• cada estação tem direito de acesso apenas quando de posse de
uma permissão, que é entregue às estações segundo alguma
seqüência predefinida (ex.: Token-Passing, Master-Slaves);
 Alocação por reserva:
• para poder usar o meio, as estações tem que reservar banda com
antecedência enviando pedidos a uma estação controladora
antecedência,
durante um intervalo de tempo pré-destinado e este fim (ex.:
CRMA = Cyclic Reservation Multiple Access);
 Híbridos:
• consistem de 2 ou mais das categorias anteriores.

12
Classificação
ç dos Protocolos MAC

 Classificação dos Protocolos MAC


 Classificação com relação ao comportamento
temporal:
• protocolos
p determinísticos: caracterizados p pela
possibilidade de definir um tempo limite para a entrega
de uma dada mensagem g ((mesmo q
que somente em
pior caso);
• protocolos não determinísticos: tempo de entrega
não determinável (aleatório ou probabilístico).

13
O PROTOCOLO CSMA

14
CSMA Persistente e Não
Persistente
 CSMA 1-persistente
1 persistente, p-persistente
p persistente e não persistente
 CSMA = Carrier Sense Multiple Access (Acesso Múltiplo por
Detecção
ç de p portadora))
 baseia-se no conceito de escuta do meio de transmissão
para a seleção
p ç do direito de acesso a este.
 CSMA p-persistente: estação que quer enviar dados escuta
meio. Se canal livre, envia quadro com probabilidade “p”.
Senão, aguarda na escuta até que o meio esteja livre.
 Caso particular: p=1.
 CSMA não persistente: idem anterior, mas se canal
ocupado, estação espera um período de tempo aleatório e
esc ta o canal no
escuta novamente.
amente
15
CSMA Persistente e Não
Persistente
 CSMA 1-persistente:
p faz melhor uso da banda,, mas tem
grande chance de gerar colisões
 CSMA não persistente: faz pior uso da banda, mas tem
menor probabilidade de gerar colisões
 CSMA p-persistente (0<p<1): compromisso entre as
soluções anteriores.

np

P-p

1-p

tempo

16
Rendimento do CSMA
Rendimento do CSMA:
 Probabilidade de colisão cresce
exponencialmente com tráfego
 Tráfego é influenciado por dois fatores: tráfego
individual de cada estação (bits por segundo) e
número de estações na rede

17
Rendimento do CSMA

Probabilidade
de colisão

Tráfego x número estações

18
O Protocolo CSMA
 Exemplo de transmissão com CSMA
 A estação 2 inicia a transmissão com
o canal livre
 A estação 4 escuta o canal ocupado e evita transmitir,
já que o canal está sendo utilizado pela estação 2
 Quando o canal é liberado, a estação 4 inicia a
transmissão
 O mesmo ocorre depois
d i com a estação
t ã 2 querendo d
transmitir novo quadro

19
CSMA/CD

20
CSMA/CD
/

 CSMA/CD: Carrier Sense Multiple Access with Collision


Detection
 A primeira estação que detectar a colisão interrompe transmissão,
reiniciando a após um tempo aleatório
reiniciando-a
 Resultados:
 Colisões detectadas num tempo
p mais curto
 Redução do desperdício do canal – maior disponibilidade
 Retransmissões persistentes ou não-persistentes
 Detecção de colisão:
 Redes cabeadas: medição da potência do sinal, comparação dos
sinais transmitidos e recebidos
 Redes sem fio: receptor desligado enquanto transmitindo –
solução: CSMA/CA (with Collision Avoidance)

21
CSMA/CD
/
 Exemplo de transmissão com CSMA/CD: colisão
 As estações 2 e 5 começam a transmissão quase
simultaneamente  colisão
 A colisão é detectada por ambas as estações, que
interrompem a transmissão
 Cada estação inicia um contador randômico
 A estação 2 retransmite e o protocolo CSMA continua
agindo
i d normalmente
l t

22
CSMA/CD
/
 Quanto tempo é necessário para detectar uma colisão?
 No pior caso: o dobro do tempo máximo de propagação
• Chamado tempo para dominação do canal (seize time)

A inicia a transmissão

B inicia a transmissão

B detecta a colisão

A detecta a colisão

 Restrições de tamanho mínimo de quadro (tempo de


dominação) e tamanho máximo de cabo (para o cálculo
anterior)
23
CSMA/CD
/

emissor receptor

emissor emissor

24
CSMA/CD
/
início
 Quando
começar a
retransmitir não
Estação
depois de uma Pronta?
colisão?
li ã ?
 Algoritmo de sim
Novo
escolha: nc = 0 Quadro?
exponential
não
backoff
 Não aumenta o Sîlêncio
Sî ê i nc++
tempo depois de na Rede?
não
limite = 2nc-1
10 tentativas sim
Wait=random
 Desiste depois transmitir [0,limite]
de 16 tentativas
não sim
Colisão?

25
Característica Temporal do
CSMA/CD
 Métodos de acesso CSMA convencionais: tempo de
reação não pode ser exatamente determinado (não
determinístico).
)
 Não se sabe de antemão:
 se haverão colisões;;
 quantas colisões seguidas podem ocorrer;
 o tempo
p ((aleatório)) de espera
p em caso de colisão.
 Tempo de espera é randomizado segundo
algoritmo
g BEB ((Binary
y Exponential
p Backoff))

Portanto o CSMA/CD,
CSMA/CD por si só,
só não
garante determinismo.
26
PROTOCOLOS MAC
DETERMINÍSTICOS

27
Protocolos MAC Determinísticos

Métodos de acesso determinísticos


 têm tempo de resposta limitado e determinável
( menos no pior
(ao i caso).
)
Podem ser classificados em:
 métodos com comando centralizado (ex.: Mestre-
Escravos árbitro de barramento)
Escravos,
 métodos com comando distribuído (ex.: Token-
Passing variantes deterministas do CSMA)
Passing, CSMA).

28
COMANDO CENTRALIZADO

29
Comando Centralizado: Mestre-
Escravo
MESTRE

escravo
escravo escravo
escravo escravo
escravo escravo
escravo

30
COMANDO DISTRIBUÍDO

31
Comando Distribuído: Token-Bus

receptor

f h
ficha emissor

32
Comando Distribuído: Token-Ring
g

33
COMANDO DISTRIBUÍDO
CSMA/NBA

34
Comando Distribuído: Forcing
Headers (CSMA/NBA)
 Variante determinística do CSMA ((CSMA/NBA = CSMA with
Nondestructive Bitwise Arbitration).
 Estações enviam bit a bit um identificador da mensagem,
que define prioridade da mesma
mesma.
 Cada mensagem tem que ter prioridade diferente das
demais.
 Se todos os bits do identificador são 0, prioridade máxima.
 Camada física executa AND sobre cada bit enviado ao
barramento (CD ativada ao enviar um 1 e desativado ao
enviar um 0).
 Transmissão interrompida quando um 1 é enviado e ocorrer
colisão (0 é lido)
lido).
 Se identificador transmitido até o fim sem colisão, resto da
mensagem
g é enviado.

35
Comando Distribuído: Forcing
Headers (CSMA/NBA)

100 dados
Header do frame
Frame a enviar
Nó 4

Nó 0 Nó 1 Nó 2 Nó 3

000 dados 001 dados 010 dados 011 dados

36
Comando Distribuído: Forcing
Headers (CSMA/NBA)
Estação possuidora da mensagem de alta
prioridade terá que esperar ao menos o envio
de uma mensagem de prioridade menor para
tomar o barramento para si novamente
A estação
t ã que envioui a mensagem,
mesmo que tenha havido uma colisão, a
quall não
ã foi
f i por ela
l percebida,
bid não
ã
precisou reiniciar a mensagem, uma vez
que a mensagem de d prioridade
i id d maior
i nãoã
é corrompida.

37
COMANDO DISTRIBUÍDO
COMPRIMENTO DE PREÂMBULO

38
Comando Distribuído:
Comprimento de Preâmbulo
 Variante determinista de CSMA/CD
 A cada mensagem é associado um preâmbulo com
comprimento diferente
diferente, que é transmitido com CD
desativada.
 A messagem com o maior preâmbulo tem a
prioridade mais alta
 Após término de envio do preâmbulo, CD reativada
 Se detectou colisão, existe outra mensagem mais
prioritária sendo enviada e estação fica a espera de
meio livre.

39
Comando Distribuído:
Comprimento de Preâmbulo

Preambulo do frame
Frame a enviar
Nó 4

Nó 0 Nó 1 Nó 2 Nó 3

40
Comando Distribuído:
Comprimento de Preâmbulo

41
COMANDO DISTRIBUÍDO
CSMA/DCR

42
Comando Distribuído: CSMA/DCR
/

 CSMA with Deterministic Collision Resolution


 determinismo garantido através de busca em árvore binária
balanceada
 prioridades são atribuídas a cada estação => “Índices”
 cada estação deve conhecer:
 status do barramento:
• livre
• ocupado
p com transmissão
• ocupado com colisão
 seu próprio índice
 número total de índices consecutivos alocados às fontes (Q)
 tamanho da árvore binária q = menor potência de 2 maior ou
igual
g a Q ((ex.: Q = 12, q = 16))

43
Comando Distribuído: CSMA/DCR
/

 operação como CSMA/CD até colisão


 em caso de colisão, iniciado período de resolução
por busca em árvore binária => “época”
 estações envolvidas se auto-classificam em dois grupos:
Winners (W) ou Losers (L):
• W = índices entre [0,q/2[
• L = índices entre [q/2,
[q/2 q]
 estações do grupo W tentam nova transmissão
 se nova colisão
colisão, nova divisão em grupos:
• W = [0,q/4[
• L = [q/4, q/2]

44
Comando Distribuído: CSMA/DCR
/

 se não ocorrer nova colisão ((só sobrou uma estação


ç no grupo
g p W), )
estação transmite seu frame de dados
 estações do grupo L desistem e aguardam término de transmissão
bem sucedida de outro nó seguida
g de meio livre
 se grupo W vazio, busca revertida => nova subdivisão de nós a partir
do último grupo L:
• W = [q/2,
[q/2 3q/4[
• L = [3q/4, q]
 Época encerrada quando todas as estações envolvidas na
colisão original conseguiram transmitir seus dados
 tempo de duração de uma época pode ser calculado =>
determinismo !
 seqüência de concessão de direito de acesso ao meio =
q
seqüência de índices crescentes => nós mais p
prioritários
transmitem primeiro !
45
Comando Distribuído: CSMA/DCR
Exemplo

Índice 2 Índice 3 Índice 5

Í di 12
Índice Í di 14
Índice Í di 15
Índice

 6 estações
t õ d de uma rede
d com 16 ffontes
t enviam
i fframes
simultaneamente
 Índices de cada estação conforme figura acima
 Q = 16
 q = 16 (24)
 altura da árvore binária = log2 16 = 4
46
Comando Distribuído: CSMA/DCR
Exemplo
[0,15]
[0 15]
1

[0,7] [8 15]
[8,15]

2 9

[0,3] [4,7] [8,11] [12,15]


3 6 10 13

4 5 7 8 11 12 14 15
[2,3] [4,5] [6,7] [8,9] [10,11] [12,13]

Árvore binária balanceada completa para Q = 16

47
Comando Distribuído: CSMA/DCR
Exemplo
0C
2,3,5,12,14,15
W= 2,3,5
L=12,14,15
1C 8C
2,3,5 12 14 15
12,14,15
W= 2,3 W=
L=5 L=12,14,15

2C 7T 9V 10 C
2,3 5 12,14,15
W= W= 12
L=2,3 L=14,15

3V 4C 12 C
2,3 11 T
12 14,15
W=2 W= 14
L=3 L=15

5T 6T
2 3 13 T 14 T
14 15

Evolução
ç do algoritmo
g

48
Comando Distribuído: CSMA/DCR
Exemplo
 O tempo
p até o inicio da transmissão da fonte com índice 5
será:
 4 colisões + 1 vazio = 5. slot-time
 2 transmissões = 2.(tamanho
2 (tamanho quadro em slot-times)
slot times)
 Assumindo que cada quadro tem um tamanho fixo de 6 slot-
times e considerando 1 slot-time como 40 microssegundos,
o tempo para início da transmissão da mensagem da fonte
com índice 5 seria:
 Tinicio 5 = 5.40 + 2.6.40 = 680 microssegundos (não é ainda pior
caso)
 O tempo de duração total da época será:
 7 colisões = 7.slot-time
 2 vazios = 2. slot-time
 6 transmissões = 6 .(tamanho do quadro em slot-times)
 Assumindo 1 slot-time
slot time = 40 microssegundos:
 T época = 7.40 + 2.40 + 6.6.40 = 1800 microssegundos = 1.8
49
Comando Distribuído: CSMA/DCR
/

 Cálculo do tempo de pior caso pode ser formalizado


como segue...
 Seja:
 F(v) = número de ramos da árvore binária percorridos
por uma mensagem g proveniente de um nó com índice v
 q = menor potência de 2 maior ou igual ao maior índice
disponível
 S(v)
S( ) = número de potências de 2 contidas em v
 s = 1 slot-time (2 vezes o tempo de propagação do sinal
na rede)
 M= tempo máximo de transmissão da uma mensagem no
meio físico ((depende
p do comprimento
p da mensagem
g em
bits e da taxa de transmissão)
50
Comando Distribuído: CSMA/DCR
/

 Para uma mensagem participando de uma dada época,


temos que:
 F (v) = log2 q + v - S(v)
 Tespera
T (v)
( ) = F(v).s
F( ) + v.M M
 Para o exemplo anterior, tomando uma mensagem da
estação com índice 5, temos:
 q =16
 v =5
 S(5) = 2 (5 = 2**2+2**0)
 F (5) = log2 16 + 5 - 2 = 7
 Tespera (5) = 7.s + 5.M
 Assumindo s = 40 microssegundos e M = 6.s = 240
microssegundos, obteremos para o pior caso de tempo de
espera da
d mensagem d da ffonte
t com índice
í di 5 o valor
l dde 1480
microssegundos
51
Comando Distribuído: CSMA/DCR
/

 O tempo de duração da época


época, no pior caso
caso, é dado por:

• Tépoca = F(q
F(q-1)
1).s
s+Q
Q.M
M

 Para uma mensagem que chega a fila de emissão de uma


fonte com índice v em um instante qualquer, o pior caso de
tempo
p de espera
p é maior, p
pois a nova mensagem
g p
pode
chegar na fila imediatamente após o inicio de uma época, da
qual ela ainda não faz parte.
 Neste caso, o pior caso do tempo de espera será dado por:

• T max espera (v) = Tépoca + F(v).s + v.M


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"Aquele
Aquele que não duvida de
nada, não sabe nada."
(Ditado Grego)

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Mate sua dúvida...

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