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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Disciplina: Física Experimental 3

Professor responsável:
Helinando P. de Oliveira
Aluno: Fabiano Pinheiro de Amorim

GERAÇÃO DE UMA TENSÃO INDUZIDA COM ELETROIMÃ

1 – Objetivos:

Construção de um galvanômetro (instrumento de medição de corrente) e seu


funcionamento, a partir das leis de indução e de Lenz.

2 – Introdução

O Fluxo magnético ɸB através de uma área A em um campo magnético B é definido


como
⃗ . 𝑑𝐴,
ɸ𝐵 = ∮ 𝐵 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 01
Onde a integral é calculada sobre a área. A unidade SI de fluxo magnético é o weber, onde
⃗ for perpendicular à área e uniforme sobre ela, a equação 01 se torna,
1 Wb = 1 T.m². Se 𝐵
ɸ𝐵 = 𝐵. 𝐴
Se o fluxo magnético ɸB através de uma área limitada por uma espira condutora
fechada varia com o tempo, uma corrente e uma fem são produzidas na espira; este processo
é chamado de indução. A fem induzida é
𝑑ɸ𝐵
𝜀= − (𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑦) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 02
𝑑𝑡
Se a espira for substituída por uma bobina compacta de N voltas, a fem induzida é
𝑑ɸ𝐵
𝜀 = −𝑁 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 03
𝑑𝑡
Lei de Lenz define-se em uma corrente induzida que possui um sentido tal que o campo
magnético da corrente se opõe à variação do fluxo magnético que produz a corrente. A fem induzida
possui o mesmo sentido que a corrente induzida.

3 – Procedimentos Experimentais:

Materiais: Fonte de alimentação, 0 a 12 V DC / 6 V, 12 V AC; Cabo de conexão,


azul, 32 A, 500 mm; Cabo de conexão, vermelho, 32 A, 500 mm; Escala para galvanômetro
39/240; Bobina, 400 voltas; Protoboard, plug de 4 mm; Chave liga/ desliga G1; Lâmpada
de filamento, 4 V/ 0,04 A, E10; Movimento de galvanômetro 39/240; Rolamento de
entalhe, com ligação; Suporte de lâmpada, E10, case G1.
Montagem: monte o modelo de galvanômetro conforme mostra nas fig. 1 e 4, e
conecte-o em um módulo conector com soquete. Monte o circuito conforme mostra em fig.
5 com o interruptor aberto e sem o núcleo de ferro na bobina de campo (400 voltas); utilize
dois cabos de conexão de 50 cm para conectar o galvanômetro à bobina de indução (1600
voltas); posicione a bobina de indução e a bobina de campo na frente do circuito t.

fig. 1 fig. 2 fig. 3

fig. 4 fig. 5 fig. 6

4 – Resultados e Discussão:

Após a montagem do circuito, com uma intensidade da corrente (I = 0,001 A),


verificaram-se as seguintes situações:
1 - Movimento entre a bobina de campo (sem núcleo) e a bobina de indução (sem
núcleo): Pode-se observar que a deflexão do galvanômetro é muito baixa, chegando a quase
nem mover o ponteiro.
2 - Movimento entre a bobina de campo e a bobina de indução (com núcleo):
Quanto maior a intensidade do movimento entre elas, maior será o valor da corrente
induzida, já o oposto, diminuirá significativamente o valor da corrente. Contudo, não são
geradas grandes deflexões, podendo-se observar deflexões moderadas (aumenta
instantaneamente).
3 - Ligando e desligando a corrente de campo; bobina de campo com núcleo: Ao se
gerar uma corrente na bobina de campo, a outra bobina gera corrente, e é percebida uma
deflexão no ponteiro da corrente induzida, mas muito pequena.
4 - Ligando e desligando a corrente de campo; bobinas de indução e de campo em
um núcleo comum: é observado que a deflexão do ponteiro é expressiva, oscilando além do
limite da escala.
5 - Ligando e desligando a corrente de campo; bobina de indução e de campo em
um núcleo em “U”: Com a conexão em U, o nível de deflexão no galvanômetro foi alto,
mas não chegou a ultrapassar os limites do mesmo.
6 - Reduzindo e aumentando a intensidade da corrente de campo: observou-se que
visivelmente não houve geração de corrente elétrica.
7 - Ligando e desligando a corrente de campo, bobina de indução e de campo em
um núcleo em ”U” com um núcleo em “I” (I = 100 mA): Ao conectar o núcleo I ao U,
utilizando uma certa frequência na chave liga e desliga, a corrente induzida altera muito
fazendo com que o galvanômetro alcance todos os extremos.
8 - Ligando e desligando a corrente de campo; bobina de campo e de indução em
um núcleo em “U” com um núcleo em “I” (I = 200 mA): Pode-se observar que a frequência
com que o ponteiro atinge os extremos do galvanômetro é mais regular e visivelmente
tende a ser constante.
9 - O núcleo agora é um imã que está acoplado a uma mola, que irá oscilar no centro
de uma bobina de indução: com o núcleo feito imã e conectado a uma mola, gerou-se uma
corrente alternada com intensidade máxima de aproximadamente 3 mA.

5 – Conclusões

Pode-se concluir que, trata-se da comprovação experimental das leis de Faraday e


Lenz, onde se espera, portanto, concluir que a variação do fluxo de indução magnética pode
induzir uma corrente elétrica em um condutor, assim como uma corrente elétrica é também
capaz de produzir efeitos magnéticos.
Pode-se também comprovar a Lei de Faraday, que quanto maior a taxa de variação
do fluxo de indução magnética, maior será a corrente induzida no circuito.
Através desse experimento foi possível verificar a indução de uma força
eletromotriz em uma bobina devido à variação de fluxo magnético. Esse está relacionado à
lei de Faraday, que explica que o valor da tensão induzida depende do número de
condutores ou espiras de uma bobina e da velocidade com que estes condutores interceptam
as linhas de força ou fluxo magnético. Tanto o condutor quanto o fluxo podem se deslocar.

6 – Referências Bibliográficas

HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. 8ed.


Editora: LTC, Rio de Janeiro, 2008, v3.
SEARS, Francis Weston; ZEMANSKY, Mark Waldo; YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN,
Roger A. Física. 12. ed. São Paulo, 2008. 329 p.
TIPLER, Paul A. Física moderna. 3. ed. Rio de Janeiro, 2006. 515 p.

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