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Profs.

Arthur Lima, Erick Alves e Victor Dalton


60 questões FCC 2018 Aula GRATUITA

60 QUESTÕES FCC 2018


Direito Administrativo, Informática e
Raciocínio Lógico
DIREÇÃO CONCURSOS

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60 questões FCC 2018 Aula GRATUITA

60 questões FCC de 2018


INTRODUÇÃO
Olá, tudo bem? Em mais um material gratuito do DIREÇÃO CONCURSOS, os professores Arthur Lima
(Raciocínio Lógico), Erick Alves (Direito Administrativo) e Victor Dalton (Informática) separaram 20 questões
recentes da banca FCC para que você possa praticar bastante. Esperamos que você goste de mais este
conteúdo!

Equipe Direção Concursos

Raciocínio Lógico – Prof. Arthur Lima

1. FCC – SEFAZ/GO – 2018)


Um dos diretores de uma pequena indústria têxtil fez a seguinte afirmação durante uma reunião da diretoria:
Se todas as matérias-primas forem entregues no prazo e nenhuma máquina de tingimento sofrer avaria,
então o setor de produção conseguirá atingir a meta de setembro. Ao final do mês, porém, constatou-se que
a meta de setembro não foi atingida pelo setor de produção. Considerando que a análise do diretor estava
certa, é correto concluir que, necessariamente,

(A) pelo menos uma matéria-prima não foi entregue no prazo ou uma máquina de tingimento sofreu avaria.
(B) nem todas as matérias-primas foram entregues no prazo e pelo menos uma máquina de tingimento sofreu
avaria.

(C) as matérias-primas não foram entregues no prazo ou todas as máquinas de tingimento sofreram avaria.
(D) nenhuma matéria-prima foi entregue no prazo e pelo menos uma máquina de tingimento sofreu avaria.
(E) algumas matérias-primas foram entregues fora prazo, mas nenhuma máquina de tingimento sofreu
avaria.

RESOLUÇÃO:
A proposição pode ser resumida assim:
(todas entregues E nenhuma avaria)  atinge a meta

Sabendo que a meta NÃO foi atingida, ou seja, que a segunda parte da condicional é FALSA, isto significa que
a primeira parte da condicional também deve ser falsa. Assim, a NEGAÇÃO da primeira parte deve ser
verdadeira. A negação de uma conjunção “E” é obtida negando-se as duas proposições e trocando o E pelo
OU:

“alguma não entregue OU alguma avaria”


Escrevendo a frase completa:
“Alguma uma matéria prima não foi entregue no prazo OU alguma máquina de tingimento sofreu avaria”.
A frase da alternativa C apresenta uma variação desta proposta, sendo ela o gabarito.

Resposta: A

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2. FCC – ALESE – 2018)


Em uma empresa, todos os funcionários devem receber vale-refeição mensalmente e nenhum deles pode
fazer mais do que 20 horas extras em um mesmo mês. O setor de recursos humanos da empresa identificou
que essa regra não foi cumprida em determinado mês. Dessa forma, é correto concluir que nesse mês,
necessariamente,
(A) nenhum funcionário recebeu vale-refeição e alguns deles fizeram mais do que 20 horas extras.
(B) alguns funcionários não receberam vale-refeição e pelo menos um deles fez mais do que 20 horas extras.

(C) aqueles funcionários que fizeram menos do que 20 horas extras não receberam vale-refeição.
(D) todos os funcionários deixaram de receber vale-refeição ou fizeram mais do que 20 horas extras.
(E) pelo menos um funcionário não recebeu vale-refeição ou fez mais do que 20 horas extras.
RESOLUÇÃO:

Temos a conjunção:
“Todos os funcionários devem receber vale-refeição mensalmente e nenhum deles pode fazer mais do que 20
horas extras em um mesmo mês”.

Se esta frase não foi cumprida, ou seja, é falsa, então a sua negação é verdadeira. Como se trata de uma
conjunção, basta negarmos os dois lados e trocar o “e” pelo “ou”, ficando com:
“Algum funcionário NÃO recebe vale-refeição mensalmente OU algum deles fez mais do que 20 horas extras
em um mesmo mês”

Temos isso na alternativa E.


Resposta: E

3. FCC – METRO/SP – 2018)


Se um retângulo tem as medidas de seus quatro lados iguais, então ele é chamado de quadrado.

A alternativa que contém uma negação lógica da afirmação anterior é:


(A) Um retângulo não tem as medidas de seus quatro lados iguais ou ele não é chamado de quadrado.
(B) Um retângulo é chamado de quadrado e ele tem as medidas de seus quatro lados iguais.
(C) Um retângulo tem as medidas de seus quatro lados iguais e ele não é chamado de quadrado.

(D) Se um retângulo não tem as medidas de seus quatro lados iguais, então ele não é chamado de quadrado.
(E) Se um retângulo não é chamado de quadrado, então ele não tem as medidas de seus quatro lados iguais.
RESOLUÇÃO:

Temos a seguinte condicional:


Retângulo tem as medidas de seus quatro lados iguais  ele é chamado de quadrado
A negação de uma condicional p  q é escrita da forma p e ~q. Logo:

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Um retângulo tem as medidas de seus quatro lados iguais E NÃO é chamado de quadrado.
Resposta: C

4. FCC – DETRAN/MA – 2018)

De acordo com a legislação de trânsito, se um motorista dirigir com a habilitação vencida há mais de 30 dias,
então ele terá cometido uma infração gravíssima. A partir dessa informação, conclui-se que,
necessariamente,
(A) se uma infração de trânsito é classificada como gravíssima, então ela se refere a dirigir com a habilitação
vencida há mais de 30 dias.
(B) se uma infração de trânsito não se refere a dirigir com a habilitação vencida há mais de 30 dias, então ela
não pode ser classificada como gravíssima.
(C) se um motorista tiver cometido uma infração gravíssima, então ele dirigiu com a habilitação vencida há
mais de 30 dias.
(D) se um motorista não dirigiu com a habilitação vencida há mais de 30 dias, então ele não cometeu qualquer
infração gravíssima.

(E) se um motorista não tiver cometido qualquer infração gravíssima, então ele não dirigiu com a habilitação
vencida há mais de 30 dias.
RESOLUÇÃO:
Vamos atribuir letras às afirmações:

p: motorista dirigir com a habilitação vencida há mais de 30 dias


q: cometer uma infração gravíssima
A proposição fica: p → q. Se essa afirmação é verdadeira, então qualquer afirmação equivalente a ela
também será verdadeira. Assim, estamos diante de um exercício sobre EQUIVALÊNCIAS de uma proposição
condicional.
Como todas as opções de resposta são do tipo condicional (“Se..., então...”), podemos lembrar da
contrapositiva ~q~p, que sabemos ser equivalente à condicional original pq. Veja que:

~p: motorista NÃO dirigir com a habilitação vencida há mais de 30 dias


~q: NÃO cometer uma infração gravíssima
Portanto, a frase ~q~p pode ser escrita mais ou menos assim:
se o motorista NÃO cometeu infração gravíssima, então ele NÃO dirigiu com a habilitação vencida há mais de 30
dias.
Resposta: E

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5. FCC – SEGEP/MA – 2018)


Uma afirmação que seja logicamente equivalente à afirmação ‘Se Luciana e Rafael se prepararam muito para
o concurso, então eles não precisam ficar nervosos’, é
(A) Se Luciana se preparou para o concurso e Rafael não se preparou, então eles precisam ficar nervosos.

(B) Se Luciana e Rafael precisam ficar nervosos, então eles não se prepararam muito para o concurso.
(C) Se Luciana e Rafael não precisam ficar nervosos, então eles se prepararam muito para o concurso.
(D) Se Luciana não se preparou muito e Rafael se preparou muito para o concurso, então Luciana precisa ficar
nervosa e Rafael não precisa ficar nervoso.
(E) Luciana e Rafael se prepararam muito para o concurso e mesmo assim ficaram nervosos.
RESOLUÇÃO:
A questão nos deu uma proposição condicional e pediu uma afirmação equivalente a ela.

A proposição do enunciado é pq, onde:


p = Luciana e Rafael se prepararam muito para o concurso
q = eles não precisam ficar nervosos

Sabemos que ela equivale a ~q~p e também a ~p ou q. Veja que:


~p = Luciana e Rafael NÃO se prepararam muito para o concurso
~q = eles PRECISAM ficar nervosos

Assim, as duas equivalências “manjadas” da proposição condicional são:


~q~p: “Se Luciana e Rafael precisam ficar nervosos, então eles não se prepararam muito para o concurso”.
~p ou q: “Luciana e Rafael NÃO se prepararam muito para o concurso OU eles não precisam ficar nervosos”.

Veja que a alternativa B apresenta a equivalência ~q~p.


Resposta: B

6. FCC – ISS/SÃO LUIS – 2018 – adaptada)


A rotina de treinamento de um maratonista é composta de ciclos consecutivos de cinco dias. Nos três
primeiros dias, ele realiza treinos diversificados, alternando corridas e exercícios de fortalecimento muscular.
Para evitar desgaste excessivo, os dois últimos são dias de folga, não sendo realizado qualquer tipo de treino.
Sempre que seus dois dias seguidos de folga caem em um sábado e em um domingo, e apenas nesses dias, o
maratonista visita seus pais, que moram em outra cidade, chegando no sábado e voltando no domingo. O
número de dias transcorridos entre duas visitas consecutivas do maratonista a seus pais é igual a
(A) 21
(B) 27

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(C) 28
(D) 35
(E) 33

RESOLUÇÃO:
Assim que retorna da casa dos pais, começamos um ciclo de treinamentos na segunda-feira. Precisamos
caminhar até chegar em um ciclo que termine no domingo. Temos o seguinte:
Ciclo 1: segunda a sexta-feira
Ciclo 2: sábado a quarta-feira

Ciclo 3: quinta a segunda-feira


Ciclo 4: terça a sábado
Ciclo 5: domingo a quinta-feira

Ciclo 6: sexta a terça-feira


Ciclo 7: quarta a domingo

Perceba que, após uma visita, temos 6 ciclos completos de 5 dias (totalizando 6x5 = 30 dias) e mais quarta,
quinta, sexta. No sábado ele já visitará os pais novamente. Assim, ENTRE as duas visitas nós temos 33 dias.
Resposta: E

7. FCC – ISS/SÃO LUIS – 2018)


Na primeira fase do Campeonato Brasileiro de futebol da série D, cada equipe disputa 6 partidas, recebendo,
em cada jogo, 3 pontos em caso de vitória, 1 ponto em caso de empate e nenhum ponto em caso de derrota.
Uma das equipes participantes marcou 4 gols e sofreu 4 gols nesses 6 jogos. O total de pontos que essa
equipe conquistou na primeira fase do campeonato pode ser, no máximo, igual a
(A) 13

(B) 8
(C) 11
(D) 7

(E) 14
RESOLUÇÃO:
Para ter feito o máximo de pontos, podemos imaginar que a equipe ganhou 4 jogos por 1x0, totalizando 4x3 =
12 pontos. Além disso, ela pode perder um jogo por 4x0 (pois assim já leva todos os gols de uma vez só). Até
aqui temos 5 jogos. O sexto jogo pode ter sido um empate em 0x0, que garante mais um ponto, chegando a
13 pontos.
Resposta: A

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8. FCC – ISS/SÃO LUIS – 2018)


Uma praça circular possui 5 entradas distribuídas em seu contorno de forma que a distância entre duas
entradas consecutivas seja sempre a mesma. Existem 10 caminhos retos espalhados pela praça, todos eles
começando em uma entrada e terminando em outra. Esses caminhos dividem o terreno da praça em um total
de
(A) 10 regiões.
(B) 11 regiões.

(C) 13 regiões.
(D) 15 regiões.
(E) 16 regiões.
RESOLUÇÃO:
Podemos imaginar a nossa praça com as 5 entradas e os caminhos retos entre as entradas:

Temos um total de 16 regiões delimitadas pelas linhas.


Resposta: E

9. FCC – SEGEP/MA – 2018)


Três irmãs − Linda, Berenice e Sofia − são estudantes universitárias em três cursos distintos: Matemática,
História e Direito, não necessariamente nessa ordem. Nas férias de verão, cada uma viajou para uma cidade
diferente: Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Sabe-se que: − Quem cursa História não foi a Salvador. −
Quem cursa Direito foi ao Rio de Janeiro. − Berenice não cursa Direito. − Sofia foi a Salvador. Então, Linda
estuda:
(A) História e foi ao Rio de Janeiro.
(B) Matemática e foi a Salvador.

(C) Direito e foi ao Rio de Janeiro.


(D) História e foi a Porto Alegre.
(E) Direito e foi a Porto Alegre.

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RESOLUÇÃO:
Vamos montar uma tabela para visualizar melhor as informações:

Irmã Curso Cidade

Linda Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Berenice Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Sofia Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Na prova, você pode montar essa tabela usando apenas as iniciais, para economizar tempo. Agora vamos usar
as informações dadas pelo enunciado. Vejamos:
- “Sofia foi a Salvador”

Aqui nós vemos que Sofia não cursa História, pois o enunciado disse que quem cursa História não foi a
Salvador. Podemos “cortar” História de Sofia, e também tirar Salvador das outras pessoas, ficando:

Irmã Curso Cidade

Linda Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Berenice Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Sofia Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

- “Berenice não cursa Direito”

Irmã Curso Cidade

Linda Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Berenice Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Sofia Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

- “Quem cursa Direito foi ao Rio de Janeiro”


Como Berenice não cursa Direito, ela não foi ao Rio de Janeiro. Vejamos como fica nossa tabela:

Irmã Curso Cidade

Linda Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

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Berenice Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Sofia Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Veja que só restou “Porto Alegre” para Berenice e, assim, Linda foi ao Rio de Janeiro:

Irmã Curso Cidade

Linda Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Berenice Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Sofia Matemática, História, Direito Salvador, Porto Alegre, RJ

Como quem cursa direito foi ao Rio de Janeiro, e sabemos que Linda foi ao Rio, podemos afirmar
que Linda cursa Direito.
Resposta: C

10. FCC – ALESE – 2018)


Uma tradicional loja de departamentos anunciou uma liquidação especial em comemoração ao seu
aniversário de 50 anos: durante 50 horas corridas, todos os produtos teriam 50% de desconto. Se a liquidação
começou às 8h de um sábado, então ela foi encerrada às
(A) 8h de uma segunda-feira.
(B) 10h de uma segunda-feira.

(C) 20h de uma segunda-feira.


(D) 22h de uma segunda-feira.
(E) 8h de uma terça-feira.

RESOLUÇÃO:
Veja que 50 horas = 48 horas + 2 horas = 2x24horas + 2 horas.

Ou seja, 50 horas correspondem a dois dias completos e mais 2 horas. Partindo do sábado às 8h, chegamos
no domingo às 8h (1 dia), segunda às 8h (2 dias), e com mais 2h chegamos às 10h de segunda-feira, que é o
encerramento da liquidação.

Resposta: B

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11.FCC – SEGEP/MA – 2018)


A imagem abaixo representa um mapa com cinco regiões, que devem ser coloridas de modo que aquelas que
fazem fronteira tenham cores distintas. As cores disponíveis para colorir tal mapa são: azul, vermelho,
amarelo e verde.

Se a região I for colorida com azul e a região V for colorida com vermelho, então a região II poderá ser colorida
APENAS com
(A) verde.
(B) vermelho.

(C) amarelo.
(D) verde ou amarelo.
(E) amarelo ou azul.

Resolução:
Vejamos como fica a figura:

Este tipo de questão trabalha a sua orientação espacial. São apresentados elementos (neste caso as cores a
serem preenchidas no círculo) e diversas informações que te permitem ordenar esses elementos respeitando
as condições.
Como as regiões de fronteira não podem ter a mesma cor, a região II não poderá ser pintada de azul. Note que
a região III faz fronteira com todas as outras regiões. Portanto, ela deve ter cores diferentes de II e IV.

A região IV não pode ser vermelha nem azul. Restam as cores amarelo ou verde. Supondo que seja verde, a
região III deve ser amarela. O contrário também poderá ocorrer: IV amarela e III verde. Em ambos os casos, II
só pode ser vermelho (já que não faz fronteira com V e não pode ser azul, nem amarelo, nem verde).
Resposta: B

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12. FCC – DETRAN/MA – 2018)


No almoxarifado do departamento de trânsito há 10 talões de formulários, sendo 7 do tipo azul e 3 do tipo
preto. Os talões estão embalados sem identificação, não sendo possível diferenciar os azuis dos pretos. Um
assistente, precisando sair a campo com um talão de formulários do tipo azul, pegou n talões no almoxarifado
sem identificar sua cor. Para que se possa afirmar com toda certeza que o assistente pegou pelo menos um
talão azul, o valor de n deve ser igual, no mínimo, a
(A) 6.

(B) 7.
(C) 3.
(D) 4.
(E) 5.

RESOLUÇÃO:
Nesse tipo de questão, temos que trabalhar com a situação mais extrema que poderia ocorrer. Para afirmar,
com certeza, que o assistente pegou um talão azul, devemos considerar que ele primeiro pegou todos os
talões pretos disponíveis.
Se são 3 os talões pretos, ao pegar o 4º talão, com certeza, seria da cor azul. Portanto, o valor mínimo para n é
de 4 talões.
Resposta: D

13. FCC – SABESP – 2018)


São frequentes os episódios em que Pedro ouve o barulho de algum objeto quebrando em seu apartamento e,
ao chegar ao local do acidente, encontra seus três cachorros, Totó, Milu e Brutus, em volta do objeto
quebrado. Toda vez que isso ocorre, Pedro pergunta para os cachorros em tom firme, apontando para o
objeto: Quem foi que quebrou isso? Ele notou que cada cachorro sempre age de uma forma específica,
dependendo se foi ou não o responsável pelo acidente e, caso não tenha sido o responsável, se testemunhou
ou não o acontecimento.

A tabela a seguir descreve o comportamento de cada cachorro ao ouvir a pergunta feita pelo dono:

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Em um desses episódios, Pedro chega ao local do acidente e pergunta Quem foi que quebrou isso?,
observando as seguintes reações:
- Totó olha fixamente para o dono;

- Milu aponta para Totó;


- Brutus olha fixamente para o dono.
Sabendo que o acidente foi causado por apenas um dos cachorros, Pedro pode concluir que
(A) qualquer um dos três cachorros pode ter sido o responsável, mas não é possível especificar qual dos três.

(B) Totó foi o responsável, certamente.


(C) Milu foi o responsável, certamente.
(D) Brutus foi o responsável, certamente.

(E) tanto Milu quanto Brutus podem ter sido os responsáveis, mas não é possível especificar qual dos dois.
RESOLUÇÃO:
Pela reação de Totó, quando ele olha fixamente para o dono, podemos verificar na 4a coluna nas linhas 1 e 2,
que ele não foi responsável por quebrar o objeto, nem testemunha quem é o autor do feito.
Desse modo, não foi Totó quem quebrou determinado objeto, sobrando apenas os cachorros Milu e Brutus
par fazer o devido julgamento.
Repare que “Milu aponta para Totó”, o que significa que podemos descartar a possibilidade na 3a coluna e 3a
linha, uma vez que não foi Totó que causou o acidente. Restando apenas as possibilidades constantes nas 2a e
4a colunas cruzando com as 1a e 3a linhas. Nessa linha de raciocínio, veja que Milu aponta aleatoriamente para
um dos cachorros, caso tenha sido o responsável por não. Até aqui, podemos concluir que Milu pode ter sido
ou não o responsável pelo acidente da quebra do objeto.
Cruzando as informações das 2a e 4a colunas com as 1a e 4a linha da tabela fornecida, depreende-se que se
Brutus olha fixamente para o dono, então ele pode ter sido o responsável ou não. Nessa perspectiva,
concluímos que Brutos pode ter sido ou não o responsável pelo acidente da quebra do objeto.
Assim, tanto Milu quanto Brutus podem ter sido os responsáveis, não sendo possível especificar qual deles.
RESPOSTA: E

14. FCC – SABESP – 2018)


De modo geral, um ano bissexto é todo aquele que é múltiplo de 4. Porém, essa regra tem uma exceção:
mesmo que o ano seja múltiplo de 4, se ele também for múltiplo de 100, ele deixa de ser bissexto. Essa última
regra tem outra exceção: se o ano for múltiplo de 100, mas também for múltiplo de 400, ele volta a ser
bissexto. Considerando essas informações, é correto afirmar que existem anos que são
(A) múltiplos de 400 e não são bissextos.
(B) múltiplos de 100 e são bissextos.
(C) bissextos e não são múltiplos de 4.

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(D) ímpares e são bissextos.


(E) bissextos e não são múltiplos de 2.
RESOLUÇÃO:
De acordo com a exceção, temos:

Um número que seja múltiplo de 4 e múltiplo de 100  NÃO é bissexto.


Mas essa exceção tem uma exceção:
Um número que seja múltiplo de 100 e múltiplo de 400  É bissexto.
Vamos organizar essas informações na forma de diagramas que representam os múltiplos de 4, 100 e 400.
Sabemos que todos os múltiplos de 400, são também múltiplos de 100 e 4. Da mesma forma, todos os
múltiplos de 100 são também múltiplos de 4. De acordo com as regras do enunciado, vamos preencher de
azul a interseção que corresponde aos números que não são bissextos:

Agora, vamos analisar as alternativas que afirmam existir:


(A) múltiplos de 400 e não são bissextos.  Falso, todos os múltiplos de 400 são bissextos.
(B) múltiplos de 100 e são bissextos.  Verdadeiro, os múltiplos de 400 são também múltiplos de 100 e são
bissextos.
(C) bissextos e não são múltiplos de 4.  Falso, bissexto é múltiplo de 4 (o próprio enunciado afirma isso).
(D) ímpares e são bissextos.  Falso. Como todo bissexto é múltiplo de 4, ele sempre será par.

(E) bissextos e não são múltiplos de 2.  Falso. Como todo bissexto é múltiplo de 4, ele sempre será múltiplo
de 2.
Resposta: B

15. FCC – CLDF – 2018)

Uma senha foi formada com três algarismos distintos, que foram escolhidos dentre os números inteiros de 1 a
6 e colocados em ordem crescente. Sabe-se que a soma do primeiro com o terceiro algarismo é igual a 7.
Nessas condições, se o segundo algarismo da senha for
a) 4, então o primeiro pode ser 2 ou 3.

b) 3, então o primeiro é necessariamente 1.

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c) 4, então o terceiro é necessariamente 6.


d) 3, então o terceiro pode ser 4 ou 5.
e) 5, então o primeiro é necessariamente 1.

RESOLUÇÃO:
Para termos a soma igual a 7 entre o primeiro e o terceiro números, as opções são:
1+6
2+5
3+4

Se o segundo algarismo da senha for 4, então o primeiro e o terceiro não podem ser 3 e 4 (pois não podemos
repetir o 4). Logo, o primeiro algarismo só pode ser 1 ou 2, enquanto o último só pode ser 6 ou 5.

Se o segundo algarismo da senha for 3, novamente o primeiro só poderá ser 1 ou 2. Já o terceiro poderá ser 6
ou 5.

Se o segundo algarismo for 5, então o primeiro algarismo poderia ser 1 ou 3. Já o terceiro algarismo não
poderia ser o 4, pois neste caso os números não estariam em ordem crescente, como manda o enunciado. Ou
seja, o último algarismo só poderia ser o 6. Isto é, se o segundo algarismo é 5, então o terceiro é
necessariamente 6, e o primeiro é necessariamente o 1.
Resposta: E

16. FCC – ALESE – 2018)


Um servidor público, no seu primeiro dia de trabalho, atendeu uma única
pessoa, o que se repetiu no segundo dia. A partir do terceiro, o número de pessoas atendidas
por ele sempre foi igual à soma dos números de pessoas atendidas nos dois dias anteriores.

Seu supervisor prometeu que, se houvesse um dia em que ele atendesse 50 ou mais pessoas,
ele ganharia uma folga extra. Considerando que o padrão de atendimentos descrito se
manteve, o servidor ganhou sua primeira folga extra ao final do

(A) oitavo dia de trabalho.


(B) décimo dia de trabalho.
(C) décimo segundo dia de trabalho.
(D) vigésimo dia de trabalho.

(E) vigésimo segundo dia de trabalho.


RESOLUÇÃO:

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Podemos anotar o número de atendimentos a cada dia em uma sequência que começa com 1,
depois 1 novamente (pois foi apenas um atendimento nos dois primeiros dias). A partir daqui,
devemos somar os dois números anteriores, chegando em 1+1 = 2. Temos:

1, 1, 2, ....
O próximo número será 2 + 1 = 3. E assim por diante, ficando a sequência:
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, ...
Veja que o 10º termo da sequência acima já é superior a 50. Este é o gabarito.

Resposta: B

17. FCC – SABESP – 2018)


O tabuleiro quadrado de nove casas representado a seguir deve ser colorido de acordo com as seguintes
regras:

− Quadrados que ocupam uma mesma linha horizontal não podem ter a mesma cor.
− Quadrados que ocupam uma mesma linha vertical não podem ter a mesma cor.
− Em cada uma das duas diagonais, pode haver, no máximo, dois quadrados com a mesma cor.

Para cobrir o tabuleiro de acordo com as regras, a quantidade mínima de cores necessária é
(A) 5.

(B) 4.
(C) 2.
(D) 6.
(E) 3.

RESOLUÇÃO:
Como uma linha não deve ter quadrados de mesma cor, temos, no mínimo, três cores diferentes. Para as
colunas, vamos analisar se poderíamos manter as mesmas três cores. Supondo A = azul, B = branco e P =
preto:

A B P

B P A

P A B

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Note que as linhas, separadamente, possuem cores diferentes. Da mesma forma, as colunas. Porém, ao
analisar as diagonais, uma possuirá 3 cores iguais (e o enunciado determina que sejam no máximo 2). Logo,
devemos ter mais uma cor. Vamos supor que seja R = roxo:

A B R

B P A

P A B

Veja que, agora, o quadrado atende aos requisitos do enunciado. Logo, deverão haver, no mínimo, 4 cores
diferentes.

Resposta: B

18.
FCC – CLDF – 2018)
Em um tabuleiro 3 x 3, todas as nove peças quadradas têm uma face branca e outra face preta. Essas peças
são placas móveis que giram em torno de um eixo, exibindo ora a face branca, ora a face preta. O objetivo de
um jogo que usa esse tabuleiro é, a partir de uma dada configuração inicial, fazer com que todas as peças
quadradas exibam sua face branca. Para isso, as únicas operações possíveis, a cada jogada, são:
– girar todas as peças de uma mesma linha, trocado a cor de cada uma ou

– girar todas as peças de uma mesma coluna, trocando a cor de cada uma.

Para a configuração inicial do tabuleiro dada acima, respeitando as regras, a quantidade mínima de jogadas
que permite atingir o objetivo do jogo é igual a
a) 5
b) 2
c) 4

d) 3
e) 6
RESOLUÇÃO:

Girando a primeira linha e a segunda linha, ficamos com:

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Girando a primeira coluna, ficamos com todas as células brancas. Portanto, são necessárias 3 jogadas.

Resposta: D

19. FCC – TRT/PE – 2018)


Considere a afirmação I como sendo FALSA e as outras três afirmações como sendo VERDADEIRAS.
I. Lucas é médico ou Marina não é enfermeira.

II. Se Arnaldo é advogado, então Lucas não é médico.


III. Ou Otávio é engenheiro, ou Marina é enfermeira, mas não ambos.
IV. Lucas é médico ou Paulo é arquiteto.

A partir dessas informações, é correto afirmar que


(A) Paulo não é arquiteto ou Marina não é enfermeira.
(B) Marina é enfermeira e Arnaldo não é advogado.
(C) Se Lucas não é médico, então Otávio é engenheiro.

(D) Otávio é engenheiro e Paulo não é arquiteto.


(E) Arnaldo é advogado ou Paulo é arquiteto
RESOLUÇÃO:
Como a primeira afirmação é uma disjunção, vamos negá-la:

~(Lucas é médico ou Marina não é enfermeira) = Lucas NÃO é médico e Marina é enfermeira
Veja que a premissa passou a ser uma conjunção. Logo, os dois termos devem ser verdadeiros:
Lucas NÃO é médico

Marina É enfermeira
Com isso, a frase II já fica verdadeira, independentemente de Arnaldo ser advogado ou não, pois a segunda
parte da condicional é V. Nada podemos concluir sobre Arnaldo.
Na frase III, como “Marina é enfermeira” é V, então o trecho “Otávio é engenheiro” deve ser F, pois esta é uma
disjunção exclusiva. Portanto, Otávio NÃO é engenheiro.
Na frase IV, como a primeira parte é F, a segunda deve ser V para deixar a disjunção simples verdadeira.
Portanto, Paulo é arquiteto.

Com as conclusões sublinhadas, podemos julgar as alternativas:


(A) Paulo não é arquiteto ou Marina não é enfermeira.
Aqui temos uma disjunção “F ou F”, que é falsa.
(B) Marina é enfermeira e Arnaldo não é advogado.

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Aqui temos uma conjunção “V e ?”, onde a interrogação significa que não sabemos o valor lógico referente a
Arnaldo. Não podemos marcar esta letra pois, se por acaso Arnaldo for advogado, a frase fica falsa.
(C) Se Lucas não é médico, então Otávio é engenheiro.

Aqui temos uma condicional do tipo V–>F, que é falsa.


(D) Otávio é engenheiro e Paulo não é arquiteto.
Aqui temos uma conjunção do tipo “F e F”, que é falsa.
(E) Arnaldo é advogado ou Paulo é arquiteto

Aqui temos uma disjunção simples do tipo “? ou V”, que é verdadeira. Não precisamos saber o valor da
interrogação, pois basta que uma informação seja verdadeira para que a disjunção simples assuma este valor
lógico.

Resposta: E

20. FCC – CLDF – 2018)


Considere a proposição: “Se um candidato estudar adequadamente, então ele passará em um concurso”.
Portanto, com base nesta proposição, é correto afirmar:

a) A maior parte dos candidatos que passam em um concurso estudam adequadamente.


b) Todos os candidatos que não estudam adequadamente não passam em um concurso.
c) Todos os candidatos que estudam adequadamente passam em um concurso.
d) Havendo candidatos que passam em um concurso, certamente estudam adequadamente.

e) É possível que existam candidatos que estudam adequadamente e não passam em um concurso.
RESOLUÇÃO:
Com base em uma proposição, podemos afirmar as suas equivalências. Foi dada a condicional pq onde:

p = um candidato estudar adequadamente


q = ele passará em um concurso

Essa proposição equivale a ~q~p e também a ~p ou q, isto é:

~q~p: Se um candidato NÃO passa em um concurso, então ele NÃO estudou adequadamente
~p ou q: Um candidato NÃO estuda adequadamente OU passará em um concurso

Não temos essas opções de resposta. Mas veja que, na alternativa C, temos uma OUTRA forma de
representar a condicional, utilizando a expressão “TODO”: todo candidato que estuda adequadamente passa
em um concurso. Este é o gabarito.
Resposta: C

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Direito Administrativo – Erick Alves

21. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Considere que um grupo de entes federados, dentre eles os municípios integrantes de determinada região
metropolitana, pretenda constituir um consórcio público para atuar no setor de serviço de transporte
intermunicipal. A viabilidade do consórcio pretendido

a) demanda autorização legislativa para que cada ente federado possa celebrar o protocolo de intenções
que disciplinará o consórcio, a forma e os valores que deverão ser repassados para a consecução das
atividades do órgão.

b) consiste na constituição de uma pessoa jurídica de direito privado, o que viabilizará a flexibilização das
contratações necessárias para exploração do serviço público, apartando-se do regime jurídico de direito
público obrigatório para os entes federados.

c) demanda, para sua constituição, autorização legislativa de cada um dos integrantes para ratificação do
protocolo de intenções, dependendo ainda de posterior celebração de contrato de rateio para que possam
repassar recursos à pessoa jurídica criada.

d) depende da celebração de contrato de programa, por meio do qual serão previstos os recursos que
serão repassados pelos entes integrantes do consórcio para que este possa prestar os serviços públicos em
questão, vedada a transferência dominial de bens imóveis.

e) admite a constituição da pessoa jurídica de direito público por um dos futuros integrantes do consórcio,
que fica criado com a adesão dos demais entes interessados na participação.

RESOLUÇÃO:

A questão trata de consórcios públicos, cuja contratação é regulamentada pela Lei 11.107/2005. Com base na
referida lei vamos analisar cada umas das alternativas:

(a) ERRADA. Em primeiro lugar, o contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante
lei, do protocolo de intenções; então a autorização legislativa não é prévia ao protocolo de intenções, o que a
alternativa dá a entender ao afirmar que a viabilidade do consórcio pretendido demanda autorização para a
sua celebração (art. 5º, Lei 11.107/2005).

Essa ratificação é dispensada apenas quando o ente da Federação, antes de subscrever o protocolo de
intenções, disciplina por lei a sua participação no consórcio público, mas essa é uma exceção e não a regra
sobre a autorização legislativa necessária (art. 5º, §4º, Lei 11.107/2005).

Ademais, a determinação dos valores e as das condições de transferências de recursos por parte de cada ente
consorciado é feita por meio de contrato de rateio (art. 13, Lei 11.107/2005).

(b) ERRADA. Os consórcios públicos são pessoas jurídicas e podem ter tanto personalidade jurídica de
direito privado quanto personalidade jurídica de direito público, assumindo, neste último caso, a forma de
associações públicas e natureza autárquica (art.6º, Lei 11.107).

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A discrepância relatada acima já é suficiente para identificar o erro na questão, mas note que, mesmo quando
assume personalidade jurídica de direito privado, não ocorre a flexibilização das contratações necessárias para
exploração do serviço público, apartando-se do regime jurídico de direito público obrigatório para os entes
federados, como descrito pela alternativa. No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado,
o consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação,
celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT (art. 6º, §2º, Lei 11.107/2005).

(c) CERTA. Os momentos principais da constituição de um consórcio são a subscrição do protocolo de


intenções, que é um instrumento por meio do qual os interessados manifestam a intenção de formar o
consórcio, não se assumindo direitos e obrigações, mas apenas definindo as cláusulas que serão observadas
no caso de o consórcio vir a ser formado. Após, temos a ratificação do protocolo pelo legislador total ou
parcialmente, seguida pela celebração do contrato de consórcio, personificação do consórcio e,
eventualmente, a celebração de contrato de rateio e contrato de programa (trata da gestão associada de
serviços públicos, mas não foi abordado pela alternativa, sendo uma possibilidade conferida aos entes pelo
legislador).

Como expomos anteriormente, o contrato de rateio é o instrumento adequado para que os entes
consorciados repassem recursos financeiros ao consórcio público, como descrito pela alternativa.

(d) ERRADA. O contrato de programa tem por objetivo constituir e regulamentar as obrigações que um
ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de
gestão associada de serviços públicos. O repasse de recursos, como explicado, depende do contrato de
rateio.

Note que a celebração de um contrato de programa é condição imprescindível para a prestação de serviços
públicos mediante cooperação federativa, mesmo que a prestação não se dê no âmbito de um convênio de
cooperação, nem no de um consórcio público, e, por outro lado, o consórcio público pode ter por objeto
qualquer outra relação de cooperação federativa que não seja, obrigatoriamente, a gestão associada de
serviços públicos. Como consequência a criação do consórcio não depende de contrato de programa em
todos os casos.

Por fim, é permitido no contrato de consórcio a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou
imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de serviços públicos
(art. 4º, §3º, Lei 11,107/2005).

(e) ERRADA. O consórcio adquire personalidade jurídica após a subscrição do protocolo de intenções, sua
ratificação por autorização legislativa seguida da celebração do contrato de consórcio. Apenas no passo
seguinte ele adquire personalidade jurídica não sendo mera pessoa jurídica criada por determinado ente com
adesão dos demais interessados.

É isso o que determina a lei ao dispor expressamente que o consórcio público será constituído por contrato
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções (art. 3º, Lei 11.107/2005).

Resposta: C

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22. FCC – SEFAZ/SC- 2018)


Um município que pretenda contratar uma concessão de serviço de transporte de ônibus regida pela Lei nº
8.987/1995, pode incluir, na modelagem do projeto, que

a) a prestação dos serviços pelo privado também poderá ser remunerada por meio de exploração de outras
receitas, alternativas ou acessórias, sem prejuízo do pagamento de tarifa diretamente pelos usuários do
transporte.

b) a delegação à iniciativa privada da titularidade do serviço público, para que, além do pagamento de
tarifas, seja permitida a cobrança de valores de outra natureza, tais como a exploração de receitas
acessórias.

c) haverá transferência da propriedade dos ativos afetados ao serviço público ao concessionário de serviço
público para complementação da remuneração pela prestação dos serviços.

d) sejam trespassados para o privado também os terminais de ônibus, com a garantia de que a
propriedade desses imóveis será adquirida pela concessionária ao término da concessão, caso haja
investimentos não amortizados para serem indenizados.

e) outros serviços públicos no objeto do contrato de concessão como forma de reequilíbrio econômico-
financeiro em favor do concessionário, desonerando o poder concedente de indenizar os investimentos
não amortizados.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada alternativa, buscando a opção correta:

(a) CERTA. O art. 11 da Lei 8.987/1995 admite outras formas de remuneração do concessionário de serviços
públicos. Vejamos:
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente prever, em
favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com
vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.

Fica claro, assim, que as fontes alternativas de receitas podem ser previstas em edital de licitação, não
impedindo a cobrança de tarifas e sim favorecendo a sua modicidade.

(b) ERRADA. Não é possível a delegação da titularidade do serviço público à iniciativa privada, ocorrendo,
tão somente, a delegação da execução dos serviços, que continuam sendo de titularidade do Estado.

(c) ERRADA. Após a extinção da concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis,
direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no
contrato. Inexiste previsão legal de transferência ao particular da propriedade dos ativos empregados no
serviço público como complementação de remuneração.

(d) ERRADA. Após o fim da concessão dos serviços públicos, o poder concedente volta a assumir a sua
prestação, devendo observar sempre o princípio da continuidade dos serviços públicos. Seguindo essa lógica

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a Lei 8.987/1995 estabeleceu a reversão, que é a transferência ao poder concedente dos bens do
concessionário, afetados ao serviço público e necessários à sua continuidade ao término do contrato de
concessão, devendo ser indicados no referido contrato e no edital da sua licitação (arts. 35 e 36 da Lei
8.987/1995).

Com base nisso, os terminais de ônibus devem ser revertidos ao poder concedente para assegurar a prestação
dos serviços de transporte após o fim da concessão, garantindo-se, é claro, a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados aos bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados.

(e) ERRADA. Não existe previsão legal de inclusão de outros serviços públicos no contrato de concessão
como forma de desonerar o poder público da obrigação de indenizar os investimentos não amortizados.

Resposta: A

23. FCC – SEFAZ/SC- 2018)


A atuação de agente público que venha a causar lesão ao erário

a) enseja sua responsabilização por ato de improbidade, desde que comprovada conduta dolosa.

b) possibilita a instauração de procedimento administrativo disciplinar, que ficará suspenso, contudo, caso
também tramite procedimento administrativo para apuração de ato de improbidade.

c) insere-se na prerrogativa de inviolabilidade dos atos e palavras dos agentes públicos quando se tratar de
conduta culposa.

d) acarreta sua responsabilidade objetiva pelo ressarcimento dos danos causados, o que impede
condenação pela prática de infração penal, mas não obsta a imputação de penalidade disciplinar.

e) enseja possível responsabilidade por ato de improbidade, com a consequente imputação do dever de
ressarcimento, sem prejuízo de possível sanção pela caracterização de infração disciplinar.

RESOLUÇÃO:

Primeiramente, lembre-se que existem seções na Lei 8.429/1992 sobre os atos de improbidade
administrativa.

Elas referem-se a atos: que importam enriquecimento ilícito (art. 9º); que causam prejuízo ao erário (art. 10);
decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 10-A); que atentam
contra os princípios da administração pública (art. 11). A questão pergunta especificamente sobre um ato que
causa prejuízo ao erário (art. 10). Com base nisso, vamos analisar cada umas das afirmativas:

(a) ERRADA. Os atos de improbidade administrativa dependem de dolo como elemento subjetivo para a sua
configuração e no caso específico de danos que causam prejuízo ao erário depende de dolo ou culpa, o que
foi ignorado pela alternativa (art. 10, caput, Lei 8.429/1992).

(b) ERRADA. A Lei 8.429/1992 ao tratar do procedimento administrativo autoriza qualquer pessoa a
representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar
a prática do ato de improbidade (art. 14, caput, Lei 8.429/1992).

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Caso sejam atendidos os requisitos da representação, a autoridade administrativa tem o dever de determinar
a imediata apuração dos fatos, mediante a instauração de um processo administrativo disciplinar. Sendo
investigado um servidor federal civil, por exemplo, o processo disciplinar seguirá a tramitação estabelecida na
Lei 8.112/1990.

Ou seja, a investigação administrativa prevista na Lei de Improbidade leva a instauração do processo


administrativo disciplinar, não havendo nenhum sentido em um suspender o outro.

(c) ERRADA. Combinando o enunciado e as alternativas, vemos que está sendo afirmado que: a atuação de
agente público que venha a causar lesão ao erário insere-se na prerrogativa de inviolabilidade dos atos e palavras
dos agentes públicos quando se tratar de conduta culposa.

Essa afirmativa está incorreta. Não existe prerrogativa de inviolabilidade dos atos e palavras do agente
público e, tratando-se de conduta culposa que causa lesão ao erário estamos diante de ato de improbidade
administrativa que conta com o elemento subjetivo culpa.

(d) ERRADA. A responsabilidade do agente é subjetiva e não há impedimentos a sua condenação por prática
de infração penal concomitantemente a condenação por prática de ato de improbidade com base no mesmo
fato.

(e) CERTA. O ato do agente público que causa lesão ao erário enseja a sua possível responsabilidade por
improbidade administrativa expressa nos incisos do art. 10 a depender da infração. Umas das consequências
do ato é o ressarcimento integral do dano, cuja aplicação não obsta a caracterização de infração disciplinar
e/ou penal (art. 12, caput, Lei 8.429/1992).

Resposta: E

24. FCC – SEFAZ/SC - 2018)

A decisão administrativa proferida em sede de processo administrativo, contra a qual não caibam mais
recursos

a) impede o exercício do poder de revisão dos atos pela própria Administração pública, considerando a
ocorrência de trânsito em julgado.

b) admite revisão apenas pelo poder Judiciário, seja para anulação, seja para revogação, desde que
fundada em prejuízo ao interesse público.

c) pode ser objeto de pedido de revisão pelo interessado, sendo possível à Administração pública fazê-lo,
observado o prazo prescricional.

d) pode ser alterada apenas diante de fato novo e superveniente, como mitigação à coisa julgada
administrativa.

e) admite revisão pelo Tribunal de Contas, tanto para anulação, quanto para revogação,
independentemente de prazo prescricional, por se tratar de controle externo

RESOLUÇÃO:

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Essa é uma questão polêmica pois trata de processo administrativo de forma genérica, o que nos remete a
aplicação da Lei Federal 9.784/1999, que estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no
âmbito da Administração Federal direta e indireta e aplica-se subsidiariamente a processos administrativos
específicos, assim como aos processos administrativos dos Estados da federação, se ausente lei própria que
regule o processo administrativo local como é o caso do Estado de Santa Catarina, nos termos do
entendimento do STJ1.
Por outro lado, a Lei Complementar 491/2010 estabelece normas sobre procedimento administrativo
disciplinar no âmbito da Administração Direta e Indireta do Estado de Santa Catarina, sendo esse um
procedimento específico, que não conta com as mesmas regras da lei federal, mas que não foi discriminado
pelo enunciado da questão.

Com isso em mente, vamos analisar as alternativas abaixo:

(a) ERRADA. O trânsito em julgado ocorre com o esgotamento das vias recursais, sendo uma figura típica do
processo judicial. De qualquer forma, no âmbito do processo administrativo, após os recursos serem
esgotados há a possibilidade do exercício da revisão, desde que cumpridos os requisitos legais.

Dessa forma, a decisão administrativa proferida em sede de processo administrativo, contra a qual não
caibam mais recursos pode ser revista pela Administração quando surgirem fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.

(b) ERRADA. A revisão é um instrumento previsto nos procedimentos administrativos, sendo operada pela
própria Administração Pública e tem como fundamento fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada e não o interesse público.

Lembre-se que cabe ao judiciário, apenas, anular atos administrativos ilegais, não sendo possível a revogação
dos atos administrativos por tal poder em função de razões de interesse ou oportunidade.

(c) CERTA. A alternativa foi considerada certa pela banca, mas faz referência a um prazo não previsto pela Lei
9.784/1999.

Explicando melhor, a lei que regulamenta o processo federal dispõe que os processos administrativos de que
resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos
novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65, Lei
9.784/1999). Dessa forma, ao contrário da afirmativa da questão, não deve ser observado um prazo extintivo.

Podemos conjeturar que a banca considerou outra norma sobre processo administrativo, como a Lei
Complementar 491/2010 do Estado de Santa Catarina citada anteriormente, que no seu art. 74, determina
que o direito de propor revisão se extingue em 2 (dois) anos contados do fim do prazo para interposição do
recurso hierárquico (trata-se, a rigor, de prazo decadencial, já que a prescrição tem como fundamento a

1 AgRg no REsp 1261695 / SC

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pretensão condenatória e estamos diante da desconstituição de uma decisão, tendo natureza constitutiva e
não condenatória). Ou ainda, podemos pensar que a banca tratou da possibilidade de decadência da revisão
em procedimentos administrativos de maneira genérica como uma possibilidade. Ainda assim, a afirmativa é
contrária à Lei 9.784/1999, o que a torna problemática.

As referências a prazos extintivos no Direito Administrativo, como a prescrição, decadência e preclusão, não
costumam observar as definições e características próprias dessas figuras, razão pela qual não nos apegamos
a isso ao analisar questões ou ao estudar a doutrina.

Note, por fim, que o enunciado faz referência expressa a decisão administrativa proferida em sede de
processo administrativo, contra a qual não caibam mais recursos e esse tipo de decisão tem norma específica
para a revisão, contando com critérios específicos e imprescritibilidade. Os demais atos administrativos
também são passíveis de revisão, seja através de anulação ou revogação e, nesse caso, obedecido o prazo
decadencial de cinco anos, mas essas duas figuras não se confundem e não são aplicáveis aos mesmos casos.

(d) ERRADA. A revisão decorre de fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada. A doutrina tradicional não explica a extensão dos fatos novos a que a
legislação se refere, restringindo-se a repetir as disposições da lei, mas podemos interpretar que os fatos
novos são aqueles não conhecidos à época do processo administrativo e não fatos posteriores, em regra.

A referência a coisa julgada, em si, não é um problema, já que apesar de ser um instituto próprio do processo
judicial é comum a referência a coisa julgada administrativa, que representa uma coisa julgada formal (nunca
material), em que a atividade decisória atinge um resultado útil e final no processo administrativo.

(e) ERRADA. Os Tribunais de Contas não tem como função a revisão de decisões administrativas.

Na realidade, tratam-se de tribunais administrativos que julgam as contas de administradores públicos e


demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, bem como as contas de qualquer pessoa que der
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário da sua área de atuação. É
também responsabilidade dos referidos tribunais apreciarem, para fins de registro, a legalidade dos atos de
pessoal no âmbito da administração direta e indireta – admissão, aposentadoria, reforma e pensão, além de
outras competências previstas pela Constituição e em leis específicas.

Resposta: C

25. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Quando a Administração pública atua executando atos materiais, como a edificação de um muro,
realização da poda de árvores ou, direta ou indiretamente, promovendo o recolhimento do lixo, pratica

a) atos administrativos desprovidos de objeto decisório, mas passíveis de controle externo.

b) fatos administrativos, que não têm conteúdo que expresse manifestação de vontade decisória, não
obstante possam gerar efeitos e consequências na esfera de direitos dos administrados.

c) atos e fatos administrativos desprovidos de conteúdo constitutivo, declaratório ou decisório, o que


restringe o poder de revisão ao controle interno.

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d) fatos administrativos, desprovidos de conteúdo decisório, o que impede a incidência da


responsabilidade objetiva constitucionalmente prevista.

e) atos jurídicos desprovidos de caráter administrativo, incidindo em sua execução o regime jurídico de
direito privado, ainda que com certa mitigação em razão da aplicação dos princípios constitucionais.

RESOLUÇÃO:
O enunciado trata de fatos administrativos, por isso é preciso deixar claro que atos administrativos e fatos
administrativos são coisas distintas. No próprio Direito Civil, por exemplo é comum a distinção entre atos e
fatos jurídicos, o que também é feito no Direito Administrativo.

Os diferentes doutrinadores trazem definições distintas de fatos administrativos, mas podemos afirmar, em
resumo, que seja qual for a definição adotada, os fatos administrativos não estão sujeitos à teoria geral dos
atos administrativos e, além disso, não têm como finalidade a produção de efeitos jurídicos, embora
possam deles eventualmente decorrer efeitos jurídicos e não há manifestação ou declaração de vontade,
com conteúdo jurídico, da administração pública.

Os chamados atos materiais correspondem a uma das definições possíveis de atos administrativos e são os
atos de mera execução de determinações administrativas (portanto, não têm como conteúdo uma
manifestação de vontade), a exemplo da varrição de uma praça, da dissolução de uma passeata, da
pavimentação de uma estrada, da demolição de um prédio que esteja ameaçando ruir.

Repare que podem decorrer efeitos jurídicos dos fatos administrativos, como definido acima, inclusive a
responsabilidade civil objetiva do Estado que tem como pressuposto os danos que seus agentes, nessa
qualidade, causam a terceiros e não um ato administrativo (art. 37, §6º, CFRB 1988).

Com base nisso, podemos concluir que apenas a alternativa ‘b’ está certa, eliminando todas as demais que
fazem referência a atos administrativos ou ao impedimento da incidência da responsabilidade objetiva da
administração.

Resposta: B

26. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Como formas de organização administrativa, um ente federado pode optar pela desconcentração e pela
descentralização,

a) acarretando, nos dois modelos, a delegação de competências próprias desse ente às pessoas jurídicas
criadas para exercer as funções executivas.

b) não sendo formas excludentes, pois a desconcentração envolve a criação de órgãos desprovidos de
personalidade jurídica, integrantes da estrutura da Administração direta, enquanto a descentralização
enseja a criação de pessoas jurídicas, que passam a integrar a Administração indireta.

c) envolvendo, no segundo modelo, a transferência de competências e de titularidade de serviços públicos


às pessoas jurídicas que forem criadas, independentemente do regime jurídico a que se sujeitam.

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d) não impedindo, nos dois modelos, a coexistência das pessoas jurídicas integrantes da Administração
indireta, submetidas ao regime jurídico de direito privado, com os entes que integram a Administração
direta.

e) dependendo, nos dois modelos, de lei para definição, distribuição de competências e de atribuições aos
entes, órgãos e pessoas jurídicas envolvidas.

RESOLUÇÃO:
Antes de analisar cada uma das alternativas vamos definir o que é desconcentração e descentralização em
Direito Administrativo.

Ao estudar organização administrativa aprendemos que essa ocorre, tradicionalmente, por meio de duas
técnicas: a desconcentração e a descentralização.

A desconcentração representa uma especialização de funções dentro da mesma estrutura, sem que isso
implique a criação de uma nova entidade. Em outras palavras, consiste em distribuição interna de atividades
dentro de uma mesma pessoa jurídica. O resultado desse fenômeno é a criação de centros de competências
como os órgãos públicos.

Por outro lado, a descentralização representa a transferência da atividade administrativa para outra pessoa,
física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal.

Exemplos são a descentralização por serviços com a criação de outra pessoa jurídica que integra a
administração indireta e a descentralização por colaboração, em que a transferência da execução de
atividades depende de ato administrativo unilateral ou contrato, como ocorre nos casos de concessão de
serviços públicos.

Feita essa introdução, vejamos as alternativas:

(a) ERRADA. Não existe a criação de outra pessoa jurídica na desconcentração. A título de informação, sobre
o uso do termo “função executiva” note que essa não é uma expressão comum na doutrina, mas é utilizada
por Maria Sylvia di Pietro como sinônima a “função administrativa”.

(b) CERTA. De fato, a desconcentração e a descentralização não são formas excludentes.

Como explicado introdutoriamente, a desconcentração envolve a criação de órgãos desprovidos de


personalidade jurídica enquanto a descentralização leva a criação de pessoas jurídicas que passam a integrar a
administração indireta no caso da descentralização por serviços. Isso significa que entidades criadas através
da descentralização podem se desconcentrar, como fundações públicas, que podem se dividir internamente
em órgãos.

Além disso, a desconcentração e a descentralização servem a propósitos distintos. Temos na


desconcentração uma reorganização que permite melhor funcionamento de determinada entidade e na
descentralização temos especialização na prática de atividades, o que depende de autonomia.

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Apesar de a alternativa afirmar especificamente que a desconcentração envolve a criação de órgãos


desprovidos de personalidade jurídica, integrantes da estrutura da Administração direta, o que não está
errado, em si, esses órgãos também podem integrar a estrutura das entidades da administração indireta.

(c) ERRADA. Tratando da descentralização por serviços temos sim a criação de pessoas jurídicas e podemos
ter a transferência de competências e titularidades de serviços às entidades criadas, tenham elas
personalidade jurídica de direito público ou privado, segundo a doutrina majoritária (excetua-se aqui José
dos Santos Carvalho Filho que não admite a transferência de titularidade dos serviços).

A banca, entretanto, considerou a alternativa errada e isso pode decorrer de algumas interpretações distintas.

A questão afirma que a descentralização, de forma genérica, envolve a transferência de competências e de


titularidade de serviços públicos às pessoas jurídicas que forem criadas, independentemente do regime
jurídico a que se sujeitam.

Em primeiro lugar, a descentralização pode ser por serviços com a criação de pessoas jurídicas distintas ou
pode ser por colaboração, não envolvendo a criação de outras entidades e a alternativa faz referência apenas
a características da descentralização por serviços.

Além disso, apenas a descentralização por serviços leva a transferência de titularidade não ocorrendo o
mesmo com a descentralização por colaboração que transfere apenas a execução de um serviço, geralmente
a pessoas privadas. É possível, então, que a banca tenha considerado tal generalização como errada ao tratar
da descentralização.

Por fim, o regime jurídico a que as pessoas jurídicas se sujeitam restringe as atividades e competências
transferidas. Não se transfere competência sancionatória ligada ao poder de polícia à pessoa jurídica de
direito privado da administração indireta, que conta com regime jurídico híbrido de direito privado e direito
público, e não se transfere exploração de atividade econômica em sentido amplo, com prestação de serviços
públicos, ou estrito às pessoas jurídicas de direito público que se submetem ao regime jurídico-administrativo,
como as autarquias. Ou seja, existe uma dependência entre a competência transferida e o regime jurídico a
que a entidade se submete, o que pode ter sido considerado pela banca.

(d) ERRADA. Existem pessoas jurídicas de direito público (autarquias e fundações públicas de direito público)
e pessoas jurídicas de direito privado na administração indireta (empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações públicas de direito privado).

(e) ERRADA. A descentralização por serviços depende de lei para a criação de pessoas jurídicas de direito
público ou autorização por lei para a criação de pessoas jurídicas de direito privado. A descentralização por
colaboração, por outro lado, é feita por contrato ou ato unilateral da administração.

Além disso, a desconcentração, com reorganização interna da estrutura de determinada entidade não
depende necessariamente de lei. Fique atento, pois a criação e extinção de Ministérios e órgãos da
administração pública federal dependem de leis de iniciativa do Presidente da República, nos termo do art.
61, §1º, II, ‘e’, cumulado com o art. 84, VI, da Constituição Federal, mas a reorganização de uma autarquia
específica, por exemplo, pode ser feita por normas infralegais expedidas no âmbito da própria autarquia. Essa
reorganização por resoluções, por exemplo, é comum em universidades públicas.

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Resposta: B

27. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


As diversas correntes e teorias que se ocuparam do tema dos serviços públicos pretendiam conceituar e
delimitar a natureza dessas atividades. Atualmente, as atividades consideradas como serviços públicos são

a) prestadas diretamente pela Administração direta ou pelo setor privado, por meio de concessão
administrativa ou concessão patrocinada, quando se tratar de serviços públicos em sentido estrito,
remunerados mediante tarifa.

b) assim previstas na legislação, sendo possível admitir o conceito de serviços públicos em sentido amplo
para fins de delegação à iniciativa privada por meio de concessão administrativa.

c) utilidades disponibilizadas à população mediante expressa previsão legislativa, não se admitindo a


delegação à iniciativa privada de serviços públicos essenciais, que têm exclusividade de trespasse para
pessoas jurídicas de direito público.

d) restritas aos serviços que possam ser prestados em caráter lucrativo e exclusivo sob regime jurídico de
direito privado.

e) sempre remuneradas diretamente pelo usuário, por meio de tarifa, aspecto que diferencia a atividade
como essencial e efetivamente necessária à população.

RESOLUÇÃO:
Não existe consenso doutrinário sobre o conceito de serviço público e esse conta com um sentido subjetivo
(que considera a pessoa que presta os serviços públicos) e objetivo (que considera a atividade em si). Temos
também critério formal e material, assim como concepções amplíssimas e restritíssimas.

O enunciado da questão faz referência às atividades consideradas como serviço público, o que nos traz
serviços públicos em sentido objetivo. Com base nisso procuramos entre as alternativas apenas aquela que
não contraria a doutrina majoritária de forma grave. Ou seja, procuramos a alternativa que revele algo que
pode razoavelmente ser afirmado sobre serviços públicos.

Seria desejável que o enunciado fosse mais específico sobre a doutrina seguida, pois as diferentes
classificações existentes levam a confusões sobre o tema, mas existe uma única opção que pode ser
razoavelmente considerada. Vejamos:

(a) ERRADA. Nem sempre os serviços públicos são remunerados mediante tarifa, o que já torna a questão
incorreta. Os serviços públicos podem ser custeados por impostos no caso de serviços uti universi (gerais) e,
sendo serviços uti singuli (individualizáveis) podem ser remunerados por taxa (regime tributário) ou por tarifa
(regime contratual).

Ademais, a execução dos serviços públicos pode ocorrer por prestação direta por órgãos da administração
direta ou entidades da administração indireta e por prestação indireta por concessão, autorização ou
permissão precedidas de licitação.

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(b) CERTA. Primeiramente, é o ordenamento jurídico que aponta quais atividades devem ser consideradas
como serviços públicos. Em outras palavras, são serviços públicos aqueles que a Constituição atribui às
pessoas políticas, bem como outras prestações que seguem o regime jurídico de direito público por imposição
legal, inexistindo uma lista taxativa de serviços públicos.

Além disso, ainda que exista mais de um conceito amplo de serviços públicos, Hely Lopes Meirelles, por
exemplo, adota uma acepção ampla e define o serviço público como “todo aquele prestado pela
Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades
essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado”. Assim é possível reconhecer
a correção desta alternativa.

(c) ERRADA. Os serviços públicos em geral são, em maior ou menor grau, essenciais e não é a essencialidade
que define a delegabilidade ou não dos serviços e sim a necessidade de exercício do poder estatal na sua
prestação. Nesse sentido, há diversos serviços públicos essenciais que são delegáveis a particulares.

(e) ERRADA. Nem sempre os serviços públicos são remunerados por tarifa. Temos o exemplo óbvio de
serviços uti universi que são remunerados por impostos.

Resposta: B

28. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


A realização de projeto de infraestrutura por ente federado municipal pode contar com apoio do ente
federado estadual que integra mediante

a) criação de sociedade de economia mista para prestação dos serviços públicos municipais, com
composição acionária dos dois entes federados, desde que o controle remanesça com o Estado.

b) celebração de convênio entre os entes, exclusivamente para repasse de recursos estaduais ao município,
vedada imposição de atribuições materiais ao estado, dada a ascendência hierárquica constitucionalmente
estabelecida.

c) celebração de convênio, por meio do qual deve ficar demonstrado o interesse público convergente entre
os entes, cabendo ao estado remunerar o município pelos serviços que este vier a prestar, porque
aproveitará a administrados municipais e estaduais.

d) instituição de agência reguladora estadual, cuja atuação deverá fiscalizar e orientar o serviço público
municipal a ser prestado, além de repassar recursos a este ente.

e) celebração de convênio entre os entes federados, devidamente identificado o interesse público


convergente, admitidos repasses de recursos pelo estado ao município para execução das obras
pretendidas, definida contrapartida do outro convenente, bem como vedado o caráter remuneratório pela
prestação dos serviços.

RESOLUÇÃO:

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O enunciado nos traz uma hipótese em que um município e um estado, dois entes autônomos da federação,
cooperam entre si. Com esse tópico em mente, algumas considerações introdutórias são necessárias para a
boa compreensão da questão.

Existem instrumentos específicos para a colaboração e gestão associada de serviços pleos os entes da
federação, não sendo possível edição de lei que modifique a competência definida constitucionalmente, mera
delegação ou criação de pessoa jurídica composta por apenas um dos cooperadores. Nesse sentido, a
Constituição Federal determina, em seu art. 241, que: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados,
autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.

Esclarecido esse ponto, vejamos as alternativas:

(a) ERRADA. A própria alternativa traz uma contradição interna insuperável. Não é possível criar uma
sociedade de economia mista para prestação dos serviços públicos municipais, cujo controle remanesça
com o Estado, ainda que o município componha tal empresa estatal. Essa hipótese traz clara usurpação de
competência com violação da autonomia do município. Ademais, existem instrumentos próprios para a
cooperação entre os entes, como explicado introdutoriamente.

(b) ERRADA. Antes de analisar a afirmativa, lembre-se que a aplicação dos convênios foi muito restringida
pela Lei 13.019/2014, mas é possível a sua celebração entre entes públicos. Dito isso, define-se o convênio
como forma de ajuste entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas para a realização de
objetivos de interesse comum, mediante mútua colaboração. Por essa razão, não é possível celebrar
convênio entre os entes, exclusivamente para repasse de recursos estaduais ao município dada a
necessidade de mútua colaboração. Além disso, não há ascendência hierárquica entre os entes federados.

(c) ERRADA. Nenhum ente que compõe o convênio é remunerado por sua participação. Sabemos que em um
contrato, o valor pago a título de remuneração passa a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu,
sendo irrelevante para o repassador a utilização que será feita de tais recursos. No convênio, por outro lado,
os valores recebidos pelo conveniado ficam vinculados à utilização prevista no ajuste.

Inclusive, quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos
financeiros remanescentes são devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos (art. 116, §6º, Lei
8.666/1993)

(d) ERRADA. O repasse de recursos depende de ajuste específico prévio, como convênio que destinará os
valores ao objeto de sua finalidade ou mesmo formação de um consórcio, que é pessoa jurídica, com
celebração de um contrato de rateio para transferência de recursos à entidade criada.

Ademais, a criação de agência reguladora para fiscalizar serviço público municipal pelo Estado constitui
invasão da competência do município de orientar e fiscalizar a prestação dos serviços de sua alçada, violando
a sua autonomia.

(e) CERTA. Exatamente como afirmado pela alternativa, é possível a celebração de convênio entre dois entes
públicos e ao contrário da lógica contratual, em que os interesses dos contratantes são antagônicos, nos

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convênios os partícipes objetivam a obtenção de um resultado comum, que deve ser alcançado através de
mútua colaboração, não sendo possível a remuneração dos participantes conforme explicado anteriormente.

Resposta: E

29. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Diante de conduta irregular praticada por concessionária de serviço público telefônico, a agência
reguladora do setor

a) deve recomendar ao poder concedente a rescisão do contrato de concessão em execução, para fins de
nova licitação para prestação dos serviços públicos nos padrões que reputa adequados.

b) pode iniciar procedimento para declaração de caducidade, durante o qual deverá demonstrar a má
execução dos serviços públicos à população, para remessa da conclusão ao poder concedente.

c) poderá impor multa à concessionária, como expressão de seu poder de polícia, demonstrado o
cabimento em procedimento para apuração da referida conduta.

d) deverá lavrar auto de infração e imposição de multa, conduta de natureza discricionária por parte da
agência reguladora.

e) tem competência para editar ato normativo impondo penalidade aos diretores da empresa, seguida da
apuração de responsabilidade para confirmação do sancionamento.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada alternativa, buscando a opção correta:

(a) ERRADA. Existe dois pontos essenciais a serem ressaltados sobre os erros dessa alternativa. O primeiro
diz respeito a competência da agência reguladora e o segundo a extinção da concessão.

As atribuições das agências reguladoras, em relação aos casos de delegação do serviço público resumem-se,
em tese, às funções que o poder concedente exerce nesses tipos de contratos ou atos de delegação. Isto
significa que a lei, ao criar a agência reguladora, está tirando do Poder Executivo todas essas atribuições e
transferindo-as para a agência, inclusive no que diz respeito a extinção contratual.

Em outras palavras, não é o poder concedente que decide e sim a própria agência, ao contrário do que a
alternativa afirma. Esse fato é confirmado pela própria Lei Geral das Telecomunicações, Lei 9.472/1997, que
criou a Anatel e trata das concessões de serviços de telecomunicação, apontando a referida agência
reguladora como responsável pela declaração de caducidade do contrato e sua anulação, por exemplo (art.
114 e 116, Lei 9.472/1997).

Em relação ao segundo ponto, note que o contrato de concessão é rescindido por iniciativa da
concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente o que não o
caso apresentado pelo enunciado. A inexecução total ou parcial do contrato pela concessionária leva, a
critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções

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contratuais (art. 38, caput e art. 39, caput, Lei 8.987/1995). A Lei Geral das Telecomunicações traz hipóteses
específicas de caducidade, mas para os fins da questão é o suficiente considerar a regra da Lei 8.987/1995.

(b) ERRADA. Conforme tratado na alternativa anterior é a própria agência reguladora que declara a
caducidade, que será precedida de procedimento administrativo, não necessariamente por má execução dos
serviços, já que existem outras hipóteses em que essa modalidade de extinção é admitida como a paralisação
dos serviços, por exemplo (art. 38, §1º, III, Lei 8.987/1995 e art. 114, IV, c/c art. 110, I, Lei 9.472/1997)

(c) CERTA. Conforme ensina a professora Maria Sylvia di Pietro, existem dois tipos de agências reguladoras
no Brasil: (i) as que exercem, com base em lei, típico poder de polícia, com a imposição de limitações
administrativas, previstas em lei e; (ii) as que regulam e controlam as atividades que constituem objeto de
concessão, permissão ou autorização de serviço público, como é o caso dos serviços de telecomunicação.

Nesse último caso, que é exatamente a hipótese trazida pelo enunciado, temos o exercício do poder
disciplinar com base em relação contratual específica entre o particular e a administração e não poder de
polícia. Dessa forma, o gabarito está incorreto, pois desconsidera esse fato.

(d) ERRADA. A Lei 8.987/1995 determina que a inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério
do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais,
então aparentemente há discricionariedade na escolha da sanção cabível, vez que a competência do poder
concedente é transferida para a agência reguladora. Lembre-se que a aplicação de sanção, em si, é
obrigatória.

A Lei Geral de Telecomunicações também é genérica ao descrever as sanções, existindo espaço discricionário
para a sua aplicação a depender da infração a ser considerada.

O único detalhe não previsto em lei é a lavratura de auto de infração, que é usualmente um documento que
impulsiona procedimentos administrativos conforme anexo da Portaria 468/2016 da Anatel. Essa averiguação
da infração não é discricionária e sim vinculada, ainda que a aplicação de determinada punição conte com
margem de discricionariedade.

A redação da alternativa é ambígua e contraditória, pois ela aduz ao mesmo tempo que a agência deverá
lavrar auto de infração e aplicar multa e descreve tais condutas como discricionárias.

(e) ERRADA. O procedimento administrativo é anterior a aplicação da sanção, que não se dá por ato
normativo.

Resposta: C

30. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Dentre os poderes atribuídos à Administração pública, o poder

a) regulamentar suscita maiores controvérsias, porque passível de ser atribuído à Administração direta,
incluídas as entidades paraestatais, para o desempenho regular de suas funções executivas.

b) normativo não pode ser exercido pelos entes que integram a Administração indireta, à exceção das
agências reguladoras, por conta de sua independência e autonomia.

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c) disciplinar é aplicável a todos os entes da Administração indireta, que se sujeitam à Administração


central para fins de processamento dos processos disciplinares instaurados contra seus servidores.

d) hierárquico pode implicar viés disciplinar, a exemplo da apuração de infrações cometidas por servidores
públicos integrantes dos quadros da Administração direta.

e) de polícia pode ser delegado somente aos entes integrantes da Administração indireta que tenham
personalidade jurídica de direito público, a exemplo das agências executivas no que concerne ao papel
fiscalizador que exercem sobre a prestação de serviços públicos.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada alternativa, buscando a opção correta:

(a) ERRADA. As entidades paraestatais não fazem parte da administração direta ou indireta. Além disso, a
maior parte da doutrina administrativista considera o poder regulamentar como exclusivo do chefe do poder
executivo.

(b) ERRADA. Diversas entidades da administração indireta exercem o poder normativo e não apenas
agências reguladoras. O INMETRO, por exemplo, é uma autarquia federal que trata de metrologia e da
avaliação da conformidade de produtos, não apenas fazendo testes, mas também expedindo normas
referentes a materiais e produtos industriais.

(c) ERRADA. O poder disciplinar, assim como o poder hierárquico de fato se estende aos entes da
administração indireta de forma interna, principalmente aos que obedecem ao regime administrativo de
forma mais acentuada. Exemplo: agências reguladoras aplicam sanções às concessionárias de serviço público
com base no poder disciplinar e sanções são aplicadas aos servidores da administração indireta de entidades
de direito público tendo como base o poder disciplinar mediante processo administrativo operado na própria
entidade.

Essa extensão do poder disciplinar não implica em subordinação das entidades da administração indireta à
administração central para fins de processamento de todos os processos disciplinares instaurados contra seus
servidores, já que isso depende da punição a ser aplicada. Advertência e suspensão de até 30 (trinta) dias no
processo administrativo disciplinar federal é aplicada pelo chefe da repartição ou outras autoridades na forma
dos respectivos regimentos ou regulamentos (art. 141, III, Lei 8.112/1990).

A pena de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor, por outro lado, leva o PAD à
administração central, já que tais sanções são aplicadas pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, ao servidor
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade (art. 141, I, Lei 8.112/1990).

Repare que nem todas as entidades da administração indireta contam com essa regra relativa a processos
disciplinares, já que as pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito privado (empresas estatais, por
exemplo) têm empregados celetistas, cuja demissão sequer depende de processo administrativo prévio.

(d) CERTA. Como a administração pública é estruturada hierarquicamente, os servidores têm o dever de
cumprir as ordens emanadas de seus superiores, ressalvada a hipótese de a ordem ser manifestamente ilegal.

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Dessa forma, os superiores têm prerrogativas, que são deveres simultaneamente, sobre os inferiores
hierárquicos, como dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar sanções, delegar competências e avocar
competências. Verificamos, então um viés disciplinar no poder hierárquico, que fundamenta indiretamente a
aplicação de sanções por superiores a seus subordinados.

(e) ERRADA. Muitos autores não consideram possível delegação do poder de polícia às pessoas jurídicas de
direito privado da administração indireta. Entretanto, o poder de polícia implica em diferentes fases e o STJ
admite a delegação a essas entidades das fases de “consentimento de polícia” e de “fiscalização de
polícia”, considerando indelegáveis a “ordem de polícia” e “sanção de polícia”.

Além disso, alternativa confunde os conceitos de agência reguladora, que fiscaliza a prestação de serviços
públicos e costumam ser constituídas como autarquias sob regime especial (portanto pessoa jurídica de
direito público e não de direito privado) e agência executiva, que é uma qualificação concedidas às autarquias
e fundações públicas que cumprem os requisitos legais.

Resposta: D

31. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


As relações e negócios jurídicos celebrados pela Administração pública são regidos pelo direito

a) público, ainda que se tratem de instrumentos ou institutos oriundos do direito privado, em razão da
predominância do critério subjetivo para definição do regime jurídico aplicável.

b) privado, quando se tratar de atividade de intervenção no domínio econômico ou delegação de serviços


públicos à iniciativa privada, a fim de não caracterizar tratamento diferenciado ou concorrência desleal.

c) público, tanto quanto pelo direito privado, pelo critério de prevalência de interesses,
independentemente do objeto, incidindo o princípio da supremacia do interesse público.

d) privado, quando uma das partes for empresa estatal, e pelo direito público, quando se tratar de
autarquias e fundações públicas.

e) público no que se refere ao exercício de suas funções típicas e prestação de serviços públicos, direta ou
indiretamente, o que não se aplica à atividade-fim para sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econômica, que atuam em regular competição no mercado.

RESOLUÇÃO:
A administração pública é composta por pessoas políticas e seus órgãos, assim como por entidades da
administração indireta que podem ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado e suas
relações jurídicas e negociais são regidas ora por um regime jurídico ora por outro a depender da pessoa
jurídica em questão, dos interesses em jogos e das disposições legais.

A contratação de servidores na administração direta e entidades de direito público da administração indireta,


por exemplo, segue o regime estatutário, que é próprio do direito administrativo, enquanto a contratação de
servidores das empresas estatais, ainda que dependa de concurso público, é regida pelo regime celetista, que
é de direito privado.

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Os contratos firmados pela Administração são outro ótimo exemplo. A maior parte da doutrina, expressa pela
Professora Maria Sylvia di Pietro, entende que os contratos celebrados pela Administração compreendem,
quanto ao regime jurídico, duas modalidades: (1) os contratos de direito privado, como a compra e venda, a
doação, o comodato, regidos pelo Código Civil, parcialmente derrogados por normas publicistas; (2) os
contratos administrativos, dentre os quais incluem-se: (a) os tipicamente administrativos, sem paralelo no
direito privado e inteiramente regidos pelo direito público, como a concessão de serviço público, de obra
pública e de uso de bem público; (b) os que têm paralelo no direito privado, mas são também regidos pelo
direito público, como o mandato, o empréstimo, o depósito, a empreitada.

Além disso, a administração obedece, em geral, as normas pertinentes sobre licitações, típicas de direito
público e o regime a que se submetem os seus bens depende da entidade a que pertencem e do objeto a
questão vinculados.

Com esses exemplos em mente, vejamos as alternativas

(a) ERRADA. Como vimos, aplica-se o Direito Público e Privado nas relações e contratações da Administração
com base em vários fatores.

(b) ERRADA. A intervenção no domínio econômico e a delegação de serviços públicos à iniciativa provada são
exemplos de duas atividades regidas pelo Direito Público.

(c) ERRADA. O objeto é essencial ao se definir qual o regime é aplicado no âmbito da administração pública,
como observamos introdutoriamente.

(d) ERRADA. Conforme demonstrado não é simplesmente o sujeito que define o ramo do Direito Aplicável.
As empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) se submetem ao direito público ao
realizar concurso público, licitar, firmar contratos administrativos e até os seus bens vinculados a prestação de
determinado serviço público podem se submeter a tal regime. A administração direta, assim como autarquias
e fundações, a seu lado, também podem firmar contratos com regime predominantemente privado.

(e) CERTA. Não há nenhum reparo a ser feito a essa afirmativa. De fato, no exercício de suas funções típicas e
prestação de serviços públicos, direta ou indiretamente, a Administração se submete ao Direito Público e as
empresas estatais atuando em regime de competição no mercado seguem predominantemente o Direito
Privado.

Resposta: E

32. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


De acordo com o disposto na Lei Complementar nº 442/2009, os auditores fiscais da Fazenda Estadual

a) têm direito subjetivo à remoção, de ofício ou a pedido, decorrido um ano de sua primeira lotação.

b) podem apresentar requerimento de remoção a pedido somente após cinco anos da nomeação e de sua
primeira lotação, para garantir imparcialidade na atuação.

c) podem concorrer à remoção a pedido, independentemente do tempo de lotação, quando apresentarem


razões fundadas, devendo a decisão se basear no critério objetivo de antiguidade.

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d) podem ser removidos de ofício quando a Administração demonstrar necessidade de pessoal, devendo
observar os critérios legais de escolha, dentre os quais se inserem a idade do servidor e o nível na carreira.

e) se submetem, quando removidos de ofício, aos critérios legalmente estabelecidos para escolha,
observados, obrigatoriamente, nessa ordem, o menor tempo de serviço público e a proximidade da
residência.

RESOLUÇÃO:
A questão pergunta sobre a remoção dos auditores-fiscais da fazenda estadual de Santa Catarina, tópico
previsto no art. 4º da Lei Complementar 442/2009. Vejamos:

Art. 4º A remoção, quando fundada na necessidade de pessoal, recairá, na seguinte ordem, sobre o funcionário:

I – de menor nível na carreira;

II – de menor tempo de serviço no nível;

III – de menor tempo de serviço na carreira;

IV - residente na localidade mais próxima;

V – de menor tempo de serviço público; e

VI – menos idoso.

Parágrafo Único – O servidor não poderá ser removido antes de decorridos dois anos na lotação.

Art. 5º A remoção a pedido será precedida de edital divulgado nas sedes das Gerências Regionais, com
antecedência mínima de trinta dias.

Parágrafo Único – Terá preferência para fins de remoção, na seguinte ordem, o servidor:

I – de nível mais elevado na carreira;

II – que tiver maior tempo de efetivo exercício no respectivo nível da carreira;

III – que tiver maior tempo de efetivo exercício nos cargos correspondentes, extintos pelo art. 1º da Lei
Complementar nº 189, de 2000;

IV – que tiver maior tempo de efetivo exercício no serviço público estadual; e

V – mais idoso.

Com base nos artigos de lei transcritos acima, vemos que apenas a letra ‘d’ está correta.

Resposta: D

33. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Quando um determinado administrador público edita um ato administrativo, mas este só começa a
produzir efeitos após ratificação ou homologação por outra autoridade, está-se diante de ato
administrativo

a) condicionado, cuja validade e vigência somente se iniciam após a ratificação ou homologação.

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b) bilateral, considerando que sua existência se consuma com a manifestação de vontade da segunda
autoridade.

c) composto, pois embora já exista e seja válido, não é exequível antes da manifestação da segunda
autoridade.

d) complexo ou composto, considerando que dependem da conjugação de vontade de uma ou mais


autoridades para sua validade e eficácia, embora já sejam considerados existentes.

e) subordinado, tendo em vista que, embora existente, válido e eficaz, só se aperfeiçoa com a
manifestação de vontade de outra autoridade, que pode, inclusive, revogá-lo.

RESOLUÇÃO:
Os atos jurídicos são classificados segundo diversos critérios, como quanto: as prerrogativas com que atua a
Administração, a função da declaração da vontade, a formação da vontade, aos destinatários, à
exequibilidade, aos efeitos e outros.

A questão aqui estudada trata da classificação dos atos administrativos quanto a formação da vontade e,
considerando tal critério, os atos podem ser simples, compostos ou complexos.

Os atos administrativos simples decorrem de uma única manifestação de vontade de um único órgão,
unipessoal ou colegiado.

Os atos administrativos complexo necessitam, para sua formação, da manifestação de vontade de dois ou
mais órgãos ou autoridades diferentes.

Por fim, os atos administrativos compostos resultam da manifestação de um só órgão, mas a sua edição ou
a produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove. O ato acessório não altera o conteúdo
do ato principal e, conforme o caso, esse ato acessório recebe a denominação de aprovação, autorização,
ratificação, visto, homologação, dentre outras. Essa é exatamente a hipótese trazida no enunciado, indicando
a correção da letra ‘c’. Vejamos as demais alternativas:

(a) ERRADA. Os atos administrativos não são classificados como condicionados e, ademais, estamos diante
de um ato composto, como afirmado acima. Ademais, como informado pelo próprio enunciado, o ato é
editado e ratificado ou homologado posteriormente, o que significa que estamos diante de um ato composto
em que o ato acessório tem a função de conferir eficácia, exequibilidade ao ato principal.

(b) ERRADA. Os atos administrativos stricto sensu não são bilaterais, o que temos nos atos compostos é um
ato principal e um ato acessório, com uma única manifestação de vontade.

(c) CERTA. Como explicamos introdutoriamente essa é a alternativa correta.

(d) ERRADA. O ato não pode ser complexo e composto ao mesmo tempo.

(e) ERRADA. Não temos a classificação de um “ato subordinado”, ademais o ato composto depende do ato
acessório para a sua eficácia, não havendo propriamente revogação do ato caso esse não seja editado.

Resposta: C

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34. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Um município celebrou contrato de parceria público-privada para expansão e otimização do serviço de
transporte de passageiros, exigindo da concessionária a aquisição de veículos novos, revisão dos já
existentes, adaptação para tecnologia com geração de menos poluentes e garantia de acessibilidade para
os usuários com necessidades especiais. Os investimentos alocados à concessionária eram de grande
monta, mas foi permitido à mesma complementar suas receitas com a exploração de publicidade nos
veículos. O modelo contratado

a) deve ser uma concessão administrativa, considerando que o transporte municipal de passageiros
compreende a cobrança de tarifa do usuário, ainda que o poder concedente precise também fazer aporte
de recursos.

b) é adequado a uma concessão patrocinada, modalidade que admite a cobrança de tarifa diretamente dos
usuários, sem prejuízo do pagamento de contraprestação pelo poder concedente e da possibilidade de
exploração de outras fontes de receita, a título acessório ou complementar.

c) é incompatível com uma parceria público-privada, pois esta não admite remuneração por parte do poder
concedente, cabendo à concessionária se remunerar mediante cobrança de tarifa e exploração de receitas
acessórias.

d) exige que o poder concedente participe com aporte de recursos para aquisição dos novos veículos,
independentemente da cobrança de tarifa dos usuários e do pagamento de contraprestação.

e) poderia ter sido realizado mediante concessão comum, considerando que as concessões administrativas
ou patrocinadas somente admitem a exploração de outras fontes de receitas se o valor ajustado para o
aporte se mostrar inferior à efetiva necessidade.

RESOLUÇÃO:

Estamos diante de uma pergunta sobre a forma de remuneração dos concessionários nas parcerias público-
privadas. Sobre essa questão, ressaltamos, de forma resumida, que a remuneração na PPP é ser feita
integralmente com dinheiro público (concessão administrativa) ou apenas parcialmente com recursos
orçamentários, caso em que haverá também o pagamento de tarifa pelo usuário (concessão patrocinada).

Com base nessas informações já é possível identificar que a letra ‘b’ está correta e as letras ‘a’, ‘c’ e ‘e’ estão
erradas.

Sobre a letra ‘d’, as previsões de pagamento pelo ente público são estabelecidas em contrato e no edital da
licitação, não partindo de previsão legal dessa forma tão rígida e, lembre-se que as contraprestações
costumam se precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada e, em
relação a aquisição de bens reversíveis, o aporte de recursos pode, também, ser realizado durante a fase dos
investimentos a cargo do parceiro privado, devendo guardar proporcionalidade com as etapas efetivamente
executadas desde que autorizado no edital.(art. 7º, Lei 11.074/2004)

Resposta: D

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35. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


Diante de um novo contrato firmado por uma autarquia, o administrador precisava designar o servidor
responsável pela coordenação das tarefas inerentes à execução da avença. Dentre os membros da equipe
competente para a execução do contrato, nenhum dos servidores se dispôs a assumir a coordenação, o
que levou o gestor público a designar, de ofício, aquele que tinha mais experiência no setor. A atuação do
administrador

a) se insere dentro do poder disciplinar que lhe é inerente, tendo em vista que a recusa dos servidores para
a coordenação do trabalho exigiu o sancionamento por parte da chefia.

b) é compatível como exercício do poder hierárquico, que implica o gerenciamento de tarefas e o


sancionamento discricionário diante da recusa dos servidores.

c) é expressão do poder normativo, considerando que o ato de designação do servidor para exercer as
funções de coordenador não tem natureza de ato administrativo.

d) adequa-se ao desempenho do poder hierárquico, que abrange a possibilidade de designação, de ofício,


de tarefas aos servidores integrantes do quadro, observado o respectivo âmbito de atuação.

e) está abrangida pelo poder de polícia em sentido amplo, que também inclui o gerenciamento e limitação
das condutas dos servidores a ele subordinados.

RESOLUÇÃO:
Decorre do poder hierárquico as prerrogativas, exercidas pelo superior sobre seus subordinados, de dar
ordens, fiscalizar, controlar, aplicar sanções, delegar e avocar competências.

Veja que as prerrogativas de dar ordens, por exemplo, garantem o adequado funcionamento dos serviços sob
a responsabilidade dos superiores hierárquicos e os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir tais
ordens, exceto quando manifestamente ilegais.

Ademais, a designação de ofício para o exercício de determinada função de confiança é tarefa confiada a
servidor em posição hierárquica compatível com tal prerrogativa, sendo a designação feita ofício já que segue
critérios de conveniência e oportunidade e não se subordina a prévia anuência do designado. Ainda assim,
não se esqueça que essa medida não suprime completamente a autonomia do servidor que pode
simplesmente pedir a dispensa de tal função. Por essa razão a alternativa correta é a letra ‘d’.

Resposta: D

36. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


A gratuidade da tarifa de serviços públicos para grupos determinados de usuários

a) pode ser imposta unilateralmente pelo poder concedente ao concessionário de serviço público após a
celebração do contrato, por meio de ato motivado e mediante reequilíbrio econômico-financeiro, se for o
caso.

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b) implica ofensa ao princípio da isonomia, prévia ou posteriormente à contratação, salvo se houver


previsão de reequilíbrio econômico-financeiro, por meio de indenização, em favor do prestador do serviço.

c) pode ser imposta unilateralmente pela Administração pública após a contratação da concessão de
serviço público, não admitindo reequilíbrio econômico-financeiro por se configurar evento previsível,
inserida na álea ordinária do contratado.

d) depende da observância de critérios que justifiquem a distinção entre os usuários, juízo que se insere na
discricionariedade do administrador, não admitindo controle externo.

e) deve estar previamente acordada em eventual contrato de concessão, sob pena de não ser permitido ao
poder concedente instituir novas isenções.

RESOLUÇÃO:
A doutrina ao tratar da modicidade das tarifas prevista na Lei 8.987/1995 ressalta que é possível prever a tarifa
gratuita em determinados casos, atendendo a isonomia e por opção política do poder concedente e
assegurado sempre o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. José dos Santos Carvalho Filho e Rafael
Carvalho Rezende Oliveira defendem essa possibilidade.

A legislação chancela essa possibilidade. Repare que o art. 12 da Lei 8.987/1995 foi vetado exatamente para
garantir esse controle ao poder concedente. O referido artigo vedava ao poder concedente, estabelecer
privilégios tarifários que beneficiem segmentos específicos de usuários do serviço concedido, exceto se no
cumprimento de lei que especifique as fontes de recursos. As razões do veto presidencial consideraram que o
impropriamente denominado tratamento privilegiado representa, na totalidade das vezes, medida de cunho
eminentemente social, que traduz formas compensatórias de distribuição de rendas através de preços
públicos, tendo por motivação os elevados princípios de justiça social que dimanam da Constituição.

Vemos essa isenção das tarifas na prática em concessões e permissões de serviços públicos de transporte
coletivo público, por exemplo, para os maiores de 65 anos, conforme previsão expressa no Estatuto do Idoso
(art. 39, Lei 10.741/2003)

Ainda assim o equilíbrio do contrato deve ser preservado por expressa disposição legal (art. 9º, §4º, Lei
8.987/1995). Dessa forma, a letra ‘a’ é a alternativa correta.

Resposta: A

37. FCC – SEFAZ/SC - 2018)


A não ocorrência de prejuízo aos cofres de uma empresa pública, constatada irregularidade no
procedimento de aquisição de equipamentos por um empregado público,

a) afasta a possibilidade de caracterização de ato de improbidade.

b) impede a instauração de procedimento para responsabilização do empregado em qualquer esfera, à


exceção da penal, caso sua conduta tipifique crime.

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c) não afasta a possibilidade de prática de ato de improbidade se a conduta tiver sido dolosa e se subsumir
a uma das demais hipóteses caracterizadoras de outra modalidade, que não exigem prejuízo ao erário para
tipificação.

d) não interfere na conclusão de processo em curso por ato de improbidade, tendo em vista que a
tipificação de qualquer das modalidades possíveis é legalmente prevista mediante conduta culposa e não
exige efetivo prejuízo ao erário público.

e) restringe a responsabilização do empregado à esfera disciplinar, pois as empresas públicas se submetem


ao regime jurídico de direito privado, não sendo possível configuração de ato de improbidade, salvo se em
concurso com detentor de cargo efetivo.

RESOLUÇÃO:
Os atos de improbidade administrativa previstos pela Lei 8.429/1992 são divididos entre aqueles: que
importam enriquecimento ilícito (art. 9º); que causam prejuízo ao erário (art. 10); decorrentes de concessão
ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 10-A); que atentam contra os princípios da
administração pública (art. 11).

O enunciado traz uma hipótese em que o ato de um empregado público representa irregularidade no
procedimento de aquisição de equipamentos, mas não provoca prejuízo ao erário, o que exclui a
possibilidade de incidência do art. 10 da Lei 8.429/1992, mas não exclui a configuração de outras
modalidades de ato de improbidade.

Lembre-se que as empresas públicas são um dos sujeitos passivos de atos de improbidade por expressa
disposição do art. 1º da Lei 8.429/1992, compondo a administração indireta e que todas as modalidades de
atos de improbidade exigem dolo como elemento subjetivo do tipo, sendo a culpa elemento subjetivo apenas
dos atos que causam prejuízo ao erário.

Dessa forma, sendo a conduta dolosa não há empecilhos a caracterização da improbidade desde que essa se
enquadre em umas das demais modalidades que não provocam prejuízo ao erário.

Resposta: C

38. FCC – SEFAZ/SC - 2018)

A anulação de um ato administrativo pela autoridade superior do servidor que o praticou, constatada a
existência de vício de legalidade,

a) configura regular exercício de controle externo, tendo em vista que o controle interno se restringe à
revisão dos atos praticados dentro do mesmo órgão na organização administrativa.

b) enseja reconhecimento automático de responsabilização objetiva da Administração pública, tendo em


vista a constatação de ilegalidade praticada por servidor público.

c) deve observar o lapso prescricional legalmente previsto para tanto, que não se aplica às hipóteses de
revogação, por se inserir em juízo discricionário do Administrador.

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d) não afasta a possibilidade de responsabilização objetiva do Estado se o administrado demonstrar o nexo


de causalidade entre a atuação do servidor e os danos que comprovar ter sofrido.

e) somente enseja responsabilização do Estado se restar demonstrado o nexo de causalidade e a conduta


dolosa por parte do servidor, hipótese em que este também sofrerá imputação de responsabilidade
objetiva.

RESOLUÇÃO:
Vamos comentar cada uma das alternativas abaixo:

(a) ERRADA. Controle externo é o controle quando exercido por um Poder sobre os atos administrativos
praticados por outro Poder. Alguns autores também consideram como externo o controle exercido pela
Administração Direta sobre entidades da Administração indireta, mas o caso apresentado trata de controle
realizado por superior hierárquico, sendo clássico exemplo de controle interno.

Note que existe contradição interna na alternativa, já que a revisão operada foi feita dentro da mesma
organização administrativa pela autoridade superior, o que a própria afirmativa traz como controle interno.

(b) ERRADA. A responsabilidade da administração pública é objetiva, mas não automática, já que depende
de dano e nexo causal entre esse e a conduta do agente público. Ademais, o ato ilícito não é um elemento da
responsabilidade objetiva estatal.

(c) ERRADA. Existem aqui duas interpretações possíveis. Em primeiro lugar o prazo a que a alternativa faz
referência é decadencial, pois trata da extinção do direito de extinguir o ato, e não prescricional, o que
pressupõe pretensão condenatória. Essa diferenciação é suficiente para justificar o erro da letra ‘c’.

Tenha mente que a anulação obedece o prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999 de cinco
anos. A referida lei não dispõe expressamente sobre um lapso temporal para a revogação de atos e a
doutrina tradicional não aborda essa possibilidade. As limitações para a revogação dos atos expressamente
defendidas pela doutrina referem-se a atos vinculados, preservação dos direitos adquiridos, atos
consumados, que já exauriram seus efeitos e outros casos específicos.

(d) CERTA. Exatamente como descrito a anulação de um ato não afasta a responsabilidade estatal desde que
os seus pressupostos estejam presentes, sendo eles a conduta do agente público, o dano e o nexo causal
entre ambos.

(e) ERRADA. Não é necessária conduta dolosa do servidor para a configuração da responsabilidade da
administração, na realidade não é necessário nem a culpa do agente. O direito de regresso, entretanto, é
condicionado a culpa em sentido amplo do servidor, sendo a sua responsabilidade sempre subjetiva.

Resposta: D

39. FCC – SEFAZ/GO - 2018)


A invalidação dos atos administrativos pode se dar por anulação ou revogação. O aproveitamento dos atos
administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação,

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(A) considerando que se trate de vício sanável, ou seja, competência, forma ou finalidade.

(B) desde que não se trate de ato que, por exemplo, tenha exaurido seus efeitos, de forma que o ato
convalidatório não produzirá qualquer outro efeito.

(C) inserta no juízo discricionário da Administração pública, razão pela qual aplicável apenas aos atos
discricionários.

(D) incabível para os atos discricionários, porque outro agente público não pode se imiscuir nas razões de
mérito da decisão, à exceção do juízo de reconsideração, porque restrito à mesma autoridade.

(E) salvo se não houver ação judicial ajuizada, hipótese em que a competência revisional desloca-se
exclusivamente para o Judiciário.

RESOLUÇÃO:
a) ERRADA. Os vícios sanáveis são apenas de competência e de forma. Os vícios de finalidade são
insanáveis.
b) CERTA. O exaurimento dos efeitos geralmente é apontado pela doutrina como uma limitação poder de
revogar. Contudo, de fato, se o ato já tiver exaurido os seus efeitos, também, à primeira vista, não faz sentido
se falar em convalidação. Ocorre que, ao contrário da revogação, que produz efeitos ex nunc, a convalidação
produz efeitos ex tunc, retroativos, de modo que, mesmo tendo exaurido seus efeitos, a convalidação poderia
retroagir e corrigir os vícios sanáveis eventualmente presentes no ato. De qualquer forma, não existe na
questão melhor alternativa que esta.

c) ERRADA. A convalidação pode incidir tanto sobre atos discricionários como sobre atos vinculados.
d) ERRADA. Como afirmado, a convalidação pode incidir tanto sobre atos discricionários como sobre atos
vinculados.
e) ERRADA. Pelo princípio da independência entre as instâncias, a interposição de ação judicial não retira a
competência revisional da Administração, ou seja, a Administração poderia rever o ato ainda que uma ação
judicial tenha sido interposta contra ele.
Resposta: B

40. FCC – SEFAZ/GO - 2018)


A encampação e a caducidade, no âmbito da delegação de serviços públicos a particulares, são

(A) hipóteses de rescisão unilateral dos contratos de concessão de serviço público que dependem de prévia
autorização legislativa, a fim de eximir o poder concedente dos impactos de eventual pedido indenizatório
por reequilíbrio econômico-financeiro.

(B) formas de solucionar a inviabilidade de reequilíbrio econômico-financeiro comprovadamente


necessário nos contratos de concessão, quando o poder concedente não aceite a via indenizatória como
prioritária, na forma da lei.

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(C) expressões do princípio da continuidade dos serviços públicos, pois conferem ao poder concedente a
prerrogativa de extinção dos contratos de concessão de serviço público para garantir sua adequada
prestação à população.

(D) formas de rescisão bilateral dos contratos de concessão de serviço público que se prestam a garantia
do princípio da continuidade dos referidos serviços, com prévio estabelecimento dos critérios
indenizatórios à concessionária.

(E) expressões dos princípios da supremacia do interesse público e da eficiência, positivados na legislação
que rege as concessões de serviço público de forma hierarquicamente superior aos demais, a fim de
garantir a prestação dos serviços ininterruptamente.

RESOLUÇÃO:
a) ERRADA. Apenas a encampação depende de autorização legislativa; a caducidade, não.

b) ERRADA. Encampação e caducidade não são formas de solucionar a inviabilidade do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato, e sim formas de extinção unilateral da avença por parte do poder concedente,
respectivamente, por razões de interesse público ou por descumprimento do contrato.
c) CERTA. Como afirmado, encampação e caducidade são formas de extinção unilateral da avença por parte
do poder concedente, respectivamente, por razões de interesse público ou por descumprimento do contrato.
Ambas podem ser consideradas instrumentos que o poder concedente possui para garantir a adequada
prestação do serviço público à população.

d) ERRADA. Encampação e caducidade são formas de extinção unilateral do contrato de concessão.


e) ERRADA. Não existe hierarquia entre princípios, de modo que os princípios da supremacia do interesse
público e da eficiência não são superiores a outros igualmente aplicáveis à prestação de serviços públicos,
como o princípio da continuidade.

Resposta: C

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Informática – Victor Dalton

41. FCC – TRT/PE – 2018)


A planilha abaixo foi editada no MS-Excel 2010 em português e é utilizada para calcular o desconto nos preços
dos itens.

Caso seja inserida a fórmula =SE(B2>50;B2-B2*C2;B2) na célula D2 e posteriormente arrastada para as


células D3 e D4, os valores nas células serão, respectivamente,

(A) 13,50; 45,00; 54,00.


(B) 13,50; 45,00; 60,00.
(C) 15,00; 45,00; 54,00.
(D) 15,00; 45,00; 60,00.

(E) 15,00; 50,00; 54,00.


RESOLUÇÃO:
A função SE essencialmente funciona assim:
=SE(condição;seforverdade;seforfalso)

Portanto, iniciemos o exercício percebendo claramente quais são os parâmetros:


=SE(B2>50; B2-B2*C2;B2)
Em função da referência relativa, ao deslocar a fórmula para D3 e D4, teremos as seguintes funções,
respectivamente:
=SE(B3>50; B3-B3*C3;B3)
=SE(B4>50; B4-B4*C4;B4)
Em D2, como B2 não é maior que 50, o resultado da função é o próprio B2, 15,00;

Em D3, como B3 não é maior que 50 (50 é igual a 50), o resultado da função é o próprio B3, 50,00;
Já em D4, como B4 é maior que 50, o resultado da função é B4-B4*C4.
60 – 60*10% -> primeiro a multiplicação, depois a subtração!

60 – 6 = 54.
Resposta: E

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42. FCC – TRT/PE – 2018)


A planilha abaixo, criada no Microsoft Excel 2010, em português, mostra o pagamento hipotético de
honorários periciais a um perito trabalhista.

Na célula E3 foi digitada uma fórmula que aplica ao valor contido na célula D3 o percentual de aumento
contido na célula E1.
Após a fórmula ser corretamente digitada, ela foi copiada puxando-se a alça da célula E3 para baixo, até a
célula E5, gerando os resultados corretos automaticamente. A fórmula digitada foi

(A) =SOMA((D3+D3)*E1)
(B) =D3+D3*E$1
(C) =AUMENTO(D3+D3;E1)
(D) =D3+(D3*$E1)

(E) =D3+D3*E1
RESOLUÇÃO:
É uma questão de raciocínio, com simples resolução.

Percebe-se, da planilha, que os valores que estão sendo lançados de E3 a E5 são os valores da coluna D,
acrescidos de uma correção percentual cujo valor está em E1.
Logo, cabe a nós encontrarmos uma função que faça isso!
E qual a “sacada” que devemos ter, para não perder tempo avaliando funções absurdas, ou com elementos
errados?
Seja qual for a fórmula correta, ao ser “arrastada” de E3 até E5, a célula referência E1 não pode ser
modificada!

Logo, ou devemos ter $E$1 na fórmula, ou pelo menos E$1, pois a trava na linha é suficiente.
Ao olhar para as alternativas, apenas a alternativa b) possui tal trava, e quando observamos a fórmula
=D3+D3*E$1, ela realiza o cálculo pedido.
Resposta: B

43. FCC – ALESE – 2018)


Considere a planilha abaixo, digitada no Excel 2010, em português.

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Para somar na célula D9 somente os valores da coluna D referentes ao credor TELEMAR NORTE LESTE S/A,
utiliza-se a fórmula

(A) =SOMA(D4:D7)
(B) =SE(C=”TELEMAR NORTE LESTE S/A”;SOMAR())
(C) =SOMASE(C4:C8;A9;D4:D8)
(D) =SOMA(D4:D8;”TELEMAR NORTE LESTE S/A”)

(E) =SOMASE(C4:C8;”TELEMAR NORTE LESTE S/A”;D4:D8)


RESOLUÇÃO:
Esta é uma questão clássica de SOMASE(intervalo;condição;intervalodasoma), na qual o intervalo a ser
avaliado está na coluna C e o intervalo a ser somado está na coluna D.
No contexto da questão, queremos avaliar o intervalo de C4 a C8, e saber quais deles coincidem com
“TELEMAR NORTE LESTE S/A”. Para aqueles que coincidirem, realizaremos o somatório do pagamento,
presentes de D4 a D8.

Portanto, deve-se escrever =SOMASE(C4:C8;”TELEMAR NORTE LESTE S/A”;D4:D8). Atenção para as


“aspas” na condição, que é um texto.
A alternativa e) escreve, com precisão, a fórmula correta.
Resposta: E

44. FCC – DETRAN/MA – 2018)


Considere a imagem abaixo, que corresponde ao trecho de uma planilha editada em Excel 2010, em
português.

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Caso as fórmulas =CONT.NÚM(A1:C3) e =SOMA(A1:C3) sejam inseridas nas células C4 e C5, nessa ordem, os
valores apresentados nessas células serão, respectivamente,

(A) #NUM! e #Valor!


(B) 21 e #NUM!
(C) 6 e 21

(D) 6 e #Valor!
(E) 9 e 24
RESOLUÇÃO:
CONT.NÚM conta a quantidade de células que contêm número em seu interior. de A1 a C3, temos seis
números, uma vez que A B e C não são números. SOMA, por sua vez, soma todos os números do intervalo,
ignorando os parâmetros que não são números. 1+4+2+6+5+3 = 21.
Resposta: C

45. FCC – TRT/PE – 2018)


Um Analista está escrevendo um relatório no Microsoft Word 2010, em português, e deseja numerar as
páginas a partir da terceira página, após a capa e o sumário, iniciando pelo número 1. Para isso, deverá
posicionar o cursor no final da segunda página e

(A) realizar uma quebra de página. Depois, deverá inserir número de página no cabeçalho ou rodapé,
formatando essa numeração para iniciar pelo número 3.
(B) clicar a opção Número de páginas da guia Inserir. Na janela que se abre ele terá que selecionar a opção
Iniciar numeração na próxima página e clicar no botão OK.

(C) inserir uma quebra de seção para iniciar a próxima seção na próxima página. Depois, deverá inserir a
numeração de páginas no cabeçalho ou rodapé da terceira página sem vínculo com a seção anterior.
(D) inserir uma quebra de página. Na página seguinte, deverá dar um duplo clique na área de cabeçalho ou
rodapé da página, digitar o número 1 no campo Número de página e clicar no botão OK.

(E) clicar na opção Cabeçalho e Rodapé da guia Inserir. Na janela que se abre, deverá clicar na opção Número
de Página, depois na opção Próxima página e, por fim, no botão OK.
RESOLUÇÃO:

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Para inserir uma ruptura na paginação de um documento, o melhor procedimento é utilizar a Quebra de
Seção. E a única alternativa que segue por este caminho é a alternativa c).
Resposta: C

46. FCC – ALESE – 2018)


Considere o seguinte trecho de texto digitado no Microsoft Word 2013, em português.
Parágrafo Único − Por motivo de relevância ou força maior, e deliberação da Mesa ad referendum da maioria
absoluta de seus Deputados, poderá a Assembleia Legislativa reunir-se temporariamente, em qualquer
cidade do Estado.
(Disponível em: http://www.al.se.gov.br/arq_transparencia/arq_regimento/regimento_interno.pdf)
O trecho “Parágrafo Único” está com a letra mais escura ou encorpada e o trecho “ad referendum” está com
a letra levemente inclinada para a direita. Para conseguir este efeito, após selecionar cada um dos trechos,
devem ser utilizadas, respectivamente, as teclas de atalho
(A) Ctrl + B e Ctrl + I
(B) Shift + B e Shift + T

(C) Ctrl + N e Ctrl + I


(D) Ctrl + Alt + N e Ctrl + Alt + T
(E) Alt + N e Alt + I
RESOLUÇÃO:

Surpreendentemente uma questão fácil de Word, coisa que a FCC não faz normalmente, rs. Letra encorpada
é negrito, letra inclinada para a direita é itálico. Comandos de atalho respectivos estão na alternativa c).
Resposta: C

47. FCC – SEGEP/MA – 2018)


Ao utilizar um navegador web típico para visitar os sites na internet, o usuário notou a existência do ícone
com um cadeado fechado na barra de endereços do navegador. A presença desse ícone indica que
(A) a comunicação entre o navegador e o site é criptografada.

(B) a página visitada é autêntica, ou seja, não é falsificada.


(C) é requerida uma senha para acessar os serviços do site.
(D) não há código malicioso inserido na página visitada.
(E) o site visitado está livre de vírus.

RESOLUÇÃO:
O cadeado indica a utilização do protocolo HTTPS, que assegura a existência de criptografia na comunicação
entre o navegador web e o servidor do site.

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Resposta: A

48. FCC – TRE/SP – 2017)


Um Técnico Judiciário precisa mudar o nome e a senha da rede wireless do escritório onde trabalha, pois
desconfia que ela está sendo utilizada por pessoas não autorizadas. Para isso, ele deve entrar na área de
configuração do modem que recebe a internet e que também é roteador. Para acessar essa área, no
computador ligado ao modem-roteador, deve abrir o navegador web e, na linha de endereço, digitar o
(A) comando http://ipconfig.

(B) endereço de memória do roteador.


(C) comando http://setup.
(D) comando http://settings.
(E) IP de acesso ao roteador.

RESOLUÇÃO:
Esta questão corrobora a intenção da FCC de cada vez mais cobrar conhecimentos da atualidade em
informática. Um roteador é um elemento que provavelmente todo aluno online já teve contato alguma vez na
vida, seja na sua residência ou em seu local de trabalho/estudo.
Para modificar as configurações de um roteador, é preciso acessá-lo. Para acessar um dispositivo na internet,
é preciso saber o seu NOME (para tradução pelo DNS), ou o seu ENDEREÇO IP. Pelo endereço IP, qualquer
recurso pode ser encontrado na Internet.

Resposta: E

49. FCC – TRT/PE – 2018)


Um funcionário do Tribunal Regional do Trabalho deseja configurar o Mozilla Firefox, versão 57, para que, ao
abrir o navegador, seja sempre acessado o portal do TRT6R.

(http://www.trt6.jus.br/portal/)
Para realizar a configuração, o funcionário deve acessar a Barra de menus e selecionar
(A) Configurações, localizar o item Nova página e inserir o URL.

(B) Opções, localizar o item Página inicial e inserir o URL.


(C) Configurações, localizar o item Inicialização, selecionar Abrir uma página específica e inserir o URL.
(D) Opções, localizar o item Inicialização e inserir o URL.
(E) Configurações, localizar o item Página inicial, selecionar Adicionar página e inserir o URL.

RESOLUÇÃO:
Para modificar a página inicial no Firefox, primeiro devemos ir em Opções:

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E, no menu que se apresenta, inserir a URL em Página Inicial.

Resposta: B

50. FCC – ALESE – 2018)


O ícone de uma estrela que aparece do lado direito, no interior da linha de endereço do navegador Google
Chrome (onde se digita o endereço dos sites que se quer visitar), serve para

(A) alterar as configurações do navegador.


(B) adicionar extensões, ou plug-ins, ao navegador.
(C) adicionar a página corrente à lista de sites favoritos.
(D) indicar que o site é patrocinado por alguma organização.

(E) exibir a lista de sites favoritos.


RESOLUÇÃO:
A estrela é símbolo universal de FAVORITOS em navegadores web. No Chrome, na linha de endereço, ela
possibilita adicionar/remover um site dos favoritos, bem como indicar visualmente se o site já é um favorito
ou não.
Resposta: C

51. FCC – DETRAN/MA – 2018)


O navegador para a internet Google Chrome, em sua versão mais atual, está instalado no disco C: de um
computador com sistema operacional Windows 7. Ao fazer um download de um arquivo utilizando o Chrome,
por padrão, o arquivo será armazenado na pasta:
(A) C:/home/<nome de usuário>/Downloads.

(B) C:\<nome de usuário>\Documentos\Downloads.


(C) C:\Área de Trabalho\<nome de usuário>\Downloads.
(D) C:\Usuários\<nome de usuário>\Downloads.
(E) C:\Usuários\<nome de usuário>\Área de Trabalho\Downloads.

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RESOLUÇÃO:
O Chrome, por padrão, guarda os downloads na pasta de downloads do usuário. No Windows, a pasta do
usuário fica dentro de C:\Usuários, de modo que as alternativas a), b) e c) já estão erradas, por não
começarem neste formato. A alternativa e) coloca a pasta de downloads dentro da Área de Trabalho, sendo
que ela não existe lá.
Resposta: D

52. FCC – ARTESP – 2017)


Ferramentas de correio eletrônico são de grande utilidade quando se considera o envio de e-mails. Sobre o
uso de e-mail, em uma mensagem
(A) sempre deve ser endereçada a pelo menos dois endereços, simultaneamente.
(B) não podem ser anexados arquivos com criptografia embutida.

(C) podem ser anexados, simultaneamente, mais de um arquivo com extensões diferentes entre si.
(D) há um número máximo de usuários (até 10) que podem ser endereçados em uma única mensagem.
(E) não pode ser enviada sem qualquer texto em seu corpo.

RESOLUÇÃO:
Analisemos as alternativas:
a) Não existe obrigação de endereçar um endereço a dois destinatários. É possível enviar o e-mail a apenas
um endereço;

b) Arquivos com criptografia podem ser anexados à mensagem;


c) Correto! Não há impedimento em anexar dois tipos de arquivos diferentes, com extensões diferentes,
como ,por exemplo, uma imagem PNG e um documento DOCX.

d) O GMAIL, por exemplo, limita uma mensagem a 2000 destinatários, sendo que esse número pode variar de
acordo com a política do provedor de e-mail. De qualquer forma, fica evidente que 10 destinatários é um
número muito pequeno.
e) Pode-se enviar uma mensagem sem texto em seu corpo. Os únicos campos obrigatórios são o remetente e
(ao menos) um destinatário.
Resposta: C

53. FCC – TRT/SP – 2018)


Um Analista estava utilizando um computador com o sistema operacional Windows 7, em português, e
desejava mudar o atributo do arquivo CNDT.pdf para somente leitura. Para isso, ele abriu o Windows
Explorer, localizou o arquivo na pasta,
(A) deu um duplo clique sobre o nome do arquivo e escolheu Salvar Como na janela que se abriu. Na aba
Geral da janela Salvar Como marcou Somente leitura, clicou em Aplicar e em OK.

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(B) clicou com o botão esquerdo do mouse sobre o nome do arquivo. Na janela que se abriu, escolheu Salvar
como… no menu Arquivo, selecionou Somente leitura e clicou em Salvar.
(C) clicou com o botão direito do mouse sobre o nome do arquivo, escolheu Propriedades na janela que se
abriu. Na aba Geral da janela Propriedades de CNDT.pdf marcou Somente leitura, clicou em Aplicar e em OK.
(D) clicou com o botão direito do mouse sobre o nome do arquivo, escolheu Abrir com o LibreOffice Writer na
janela que se abriu. Dentro do Writer escolheu Salvar como… no menu Arquivo, selecionou Somente leitura e
clicou em Salvar.

(E) deu um duplo clique sobre o nome do arquivo. Na janela que se abriu, escolheu Salvar como… no menu
Arquivo, selecionou Somente leitura e clicou em Salvar.
RESOLUÇÃO:

Para modificar as propriedades de um arquivo, deve-se clicar com o botão direito sobre ele e ir em suas
propriedades. A única alternativa que segue por este caminho é a alternativa c).
Resposta: C

54. FCC – ALESE – 2018)


Para desinstalar o Microsoft Office 2010 de um computador que usa o Windows 7, em português, a forma
correta é abrir
(A) o Painel de Controle, selecionar a opção para desinstalar um programa, selecionar o Microsoft Office 2010
na lista de softwares instalados, clicar na opção Desinstalar e executar os passos de confirmação da
desinstalação.
(B) o Gerenciador de Arquivos, selecionar o Microsoft Office 2010 na lista de softwares instalados e clicar na
opção Desinstalação segura. Em seguida, deve-se confirmar a desinstalação.

(C) as Ferramentas Administrativas, clicar em Desinstalar, digitar Microsoft Office 2010 no campo de pesquisa
e clicar na opção Desinstalação segura. Em seguida, basta confirmar clicando-se no botão OK.
(D) o Explorador de Arquivos do Windows 7, selecionar a pasta onde está o Microsoft Office 2010 e pressionar
a tecla Delete, confirmando, em seguida, a exclusão.

(E) o Gerenciador de Tarefas, clicar na opção Desinstalar, selecionar o Microsoft Office 2010 na lista de
softwares instalados, clicar no botão OK e executar os passos de confirmação da desinstalação.
RESOLUÇÃO:
A Categoria Programas, no Painel de Controle, possui como funcionalidade mais famosa a desinstalação de
programas, e a alternativa a) apresenta o caminho apropriado para a desinstalação.
Resposta: A

55. FCC – ALESE – 2018)


Um Técnico Administrativo percebe, ao executar suas tarefas de rotina, que seu computador, com o sistema
operacional Windows 7, travou. Tentou, inutilmente, clicar a combinação das teclas Ctrl + Alt + Del para

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acessar a área onde possíveis processos estariam causando o problema. Atribuiu, então, o travamento ao
acionamento acidental da tecla Break. Para que o computador volte a funcionar, o Técnico deve
(A) desligar o computador, mantendo pressionado o botão liga/desliga do gabinete por cerca de 5 segundos.
Depois, pressionar novamente o botão liga/desliga, aguardar o Windows inicializar e retomar suas tarefas de
rotina.
(B) tirar o computador da tomada e, após cessar o fornecimento de energia e o computador desligar, colocá-
lo na tomada novamente, ligá-lo, e retomar todas as tarefas do ponto onde parou, já que o Windows 7
recupera automaticamente tudo que estava sendo realizado antes do desligamento.
(C) chamar o suporte de Tecnologia da Informação, já que desligar o computador, nesse caso, irá danificá-lo
permanentemente, impossibilitando o acesso a todos os documentos gravados.

(D) pressionar a combinação de teclas Ctrl + R, pois o travamento ocorreu porque o computador entrou em
modo de bloqueio, decorrente do pressionamento inadvertido da tecla Break, que bloqueia as funções
principais do computador.
(E) desconectar o teclado e o mouse do gabinete do computador e, após 5 segundos, conectá-los novamente,
pois esse procedimento fará com que o Windows habilite novamente as funções destes componentes.
RESOLUÇÃO:
Esta com certeza é a questão mais confusa de informática que já vi nos últimos meses. O examinador quis
fazer o candidato raciocinar, mas acho que errou na dose.
Inicialmente, ele conta uma historinha para mostrar que o computador “travou de vez”. Tudo bem, isso
acontece, mas ele diz que o técnico atribuiu o travamento do computador ao acionamento acidental da tecla
BREAK. Veja bem, ele não diz que o motivo é o acionamento de BREAK, mas esse é o motivo que o técnico
ACREDITA. Mas BREAK não tem esse poder de travar o computador, isso seria um absurdo!
Abrindo um parênteses: PAUSE/BREAK é uma tecla que pode “pausar” o boot do computador; mas qualquer
outra tecla pode fazer essa inicialização continuar. No finado MS-DOS, você também consegue pausar a
execução de comandos básicos com essa tecla, mas qualquer tecla faz o comando continuar.

Voltando à questão, a banca gostaria que você percebesse o seguinte: o computador travou, e o técnico não
sabe o motivo. O que fazer? Olhando para as alternativas:
(A) desligar o computador, mantendo pressionado o botão liga/desliga do gabinete por cerca de 5 segundos.
Depois, pressionar novamente o botão liga/desliga, aguardar o Windows inicializar e retomar suas tarefas de
rotina. – procedimento perfeitamente comum quando o computador trava. É o item correto.
(B) tirar o computador da tomada e, após cessar o fornecimento de energia e o computador desligar, colocá-lo na
tomada novamente, ligá-lo, e retomar todas as tarefas do ponto onde parou, já que o Windows 7 recupera
automaticamente tudo que estava sendo realizado antes do desligamento. – olha, na real, tirar da tomada tem o
mesmo efeito prático da alternativa a), mas a banca mostra claramente que o item é errado quando diz que
dá pra retomar de onde parou, e que o Windows recupera automaticamente tudo que estava sendo
realizado… Ao travar, tudo que estava em execução e não foi salvo será perdido.

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(C) chamar o suporte de Tecnologia da Informação, já que desligar o computador, nesse caso, irá danificá-lo
permanentemente, impossibilitando o acesso a todos os documentos gravados. – Se isso fosse verdade,
ninguém mais usaria Windows, né? :)

(D) pressionar a combinação de teclas Ctrl + R, pois o travamento ocorreu porque o computador entrou em modo
de bloqueio, decorrente do pressionamento inadvertido da tecla Break, que bloqueia as funções principais do
computador. – Este eu acho que é o item mais maldoso, pois o candidato que acreditou na explicação errada
do técnico pode achar que esse item absurdo resolveria o problema.

(E) desconectar o teclado e o mouse do gabinete do computador e, após 5 segundos, conectá-los novamente, pois
esse procedimento fará com que o Windows habilite novamente as funções destes componentes. – Outra
explicação absurda. Tirar o teclado e o mouse não ajudará em nada a destravar o computador.

Resposta: A

56. FCC – DETRAN/MA – 2018)


O usuário de um computador com sistema operacional Windows 7 armazenou o arquivo Relatório Anual.docx
na pasta Documentos da sua pasta de arquivos pessoais. Para facilitar o acesso a esse arquivo, o usuário
decidiu criar um Atalho para esse arquivo na Área de Trabalho. Para isso ele deve, supondo o mouse em sua
configuração padrão, selecionar o arquivo Relatório Anual.docx na pasta Documentos, arrastá-lo para a Área
de Trabalho e soltá-lo, mantendo pressionados simultaneamente durante essa ação o botão esquerdo do
mouse e a tecla

(A) Tab.
(B) Esc.
(C) Shift.

(D) Alt.
(E) Ctrl.
RESOLUÇÃO:
Pressionar ALT, ou pressionar simultaneamente CTRL + SHIFT ao arrastar e soltar um arquivo cria um atalho
no local de destino.
Resposta: D

57. FCC – DETRAN/MA – 2018)


O sistema operacional Windows 7, por padrão, está configurado para realizar a reprodução automática em
todas as mídias e dispositivos, o que é um ponto vulnerável para a intrusão de vírus e malwares. Assim, e para
melhorar a segurança do computador, pode-se desativar a reprodução automática acessando, a partir do
Painel de Controle,
(A) Programas Padrão, Alterar configurações de Reprodução Automática e desabilitar o item Usar
Reprodução Automática em todas as mídias e dispositivos.

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(B) Programas e Recursos, Ativar ou desativar recursos do Windows e desabilitar o item Reprodução
Automática em todas as mídias e dispositivos.
(C) Ferramentas Administrativas, Configuração do Sistema e desabilitar o item Usar Reprodução Automática
em todas as mídias e dispositivos.
(D) Gerenciador de Dispositivos, Controladores USB e desabilitar o item Reprodução Automática de mídia
removível.
(E) Ferramentas Administrativas, Gerenciamento de Reprodução Automática e desabilitar o item
Reprodução Automática de mídia removível.
RESOLUÇÃO:
Na parte de Programas Padrão, no Painel de Controle, é possível alterar as configurações de reprodução
automática, desabilitando-a.

Resposta: A

58. FCC – TRT/SP – 2018)


Para conhecer a finalidade de um comando no Linux, um Técnico precisará digitar um primeiro comando
seguido do nome do comando que deseja conhecer. O primeiro comando que terá que utilizar, nesse caso, é o

(A) bash
(B) help
(C) man
(D) show

(E) ls
RESOLUÇÃO:
MAN é o comando para ver o manual de instruções do sistema operacional para um determinado comando
no Linux.
Resposta: C

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59. FCC – TRT/PE – 2018)


Um Analista recebeu um arquivo chamado funcionarios.txt contendo o nome e outras informações de cerca
de 10000 funcionários.
Ao ser solicitado a localizar os dados do funcionário Marconi Teixeira nesse arquivo, estando na pasta em que
se encontra o arquivo em um terminal Linux, digitou o comando
(A) get 'Marconi Teixeira' from funcionarios.txt
(B) grep 'Marconi Teixeira' funcionarios.txt

(C) ls 'Marconi Teixeira' in funcionarios.txt


(D) locate 'Marconi Teixeira' >> funcionarios.txt
(E) search 'Marconi Teixeira' funcionarios.txt
RESOLUÇÃO:

O comando Linux para localizar conteúdo dentro de um arquivo é GREP.


Resposta: B

60. FCC – TRT/SP – 2018)


Para visualizar o endereço IP do computador em linha de comando, no Windows e no Linux, o Analista deve
utilizar, respectivamente, as instruções
(A) ip /i mscomp e ip –i lxcomp
(B) net /ip e lan –ip

(C) show_ip this e get_ip lxcomp


(D) ipconfig e ifconfig
(E) ipWin e ipLx
RESOLUÇÃO:

IPCONFIG é o comando do Windows para visualizar as propriedades da conexão de rede. IFCONFIG é o


comando correspondente do Linux.
Resposta: D

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