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CONTRATOS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
Pró-Reitor de
Ensino de EAD
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
Diretoria de Graduação
e Pós-graduação este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe
de professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORES
LICITAÇÕES E CONTRATOS NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao livro de Licitações e Contratos na Adminis-
tração Pública. É com muito prazer que apresentamos a você este livro, que é resultado
de um trabalho em conjunto. Somos os professores Daniela Carla Monteiro e Juliano
Miqueletti Soncin, autores deste material, o qual preparamos com muito carinho para
que você adquira e/ou amplie conhecimentos sobre as licitações e os contratos admi-
nistrativos.
Certamente, o procedimento licitatório desperta inúmeras curiosidades, pois são pou-
cas as pessoas que conhecem/dominam o assunto. Apesar do ínfimo conhecimento das
pessoas sobre licitações e contratos administrativos, eles estão presentes o tempo todo
em nossas vidas.
Evidentemente não é nossa pretensão torná-lo(a) especialista em licitações e em seus
respectivos contratos, mas transferir a você aspectos teóricos e práticos da licitação.
Como você verá, a formação de um profissional nessa área requer, além de muita dedi-
cação, um estudo exaustivo sobre as Leis, Decretos, Instruções Normativas, entre outros,
que envolvem/regulamentam o procedimento. Seria impossível, no propósito desta
obra, abranger todas as particularidades da Licitação e dos contratos por elas origina-
dos.
Por outro lado, ressaltamos que aproveitaremos e muito, ainda que de maneira intro-
dutória, todos os fundamentos que foram possíveis abordar em nosso livro. Ademais,
veremos também, por meio do Saiba Mais, Reflita, Estudo de Caso, Fóruns, Atividades de
Estudo, entre outros, a grandiosidade e/ou representatividade das licitações no Brasil,
bem como seu desenvolvimento e os riscos que às envolve. Então, sugerimos que você
aproveite!
Em relação à estrutura geral do livro, para que você tenha uma noção do que abordare-
mos, vejamos uma breve apresentação das unidades.
Na unidade I, escrita pela Professora Me. Daniela Carla Monteiro, veremos aspectos ge-
rais das licitações na administração pública. Ela nos dará a base para avançarmos nos
conhecimentos que serão adquiridos nas unidades posteriores.
Na unidade II, escrita pela Professora Me. Daniela Carla Monteiro, veremos Modalidades
de Licitação, Tipos de Licitação e Sistema de Registro de Preços. Ela nos ensinará o quão
importante é, para a Administração Pública e Fornecedores, conhecer o que preveem as
Leis/Decretos/Instruções Normativas, entre outros, que balizam o procedimento licita-
tório, pois a inobservância dos mesmos tanto por parte do primeiro quanto por parte do
segundo podem invalidar o procedimento administrativo.
Sequencialmente, na unidade III, escrita pela Professora Me. Daniela Carla Monteiro, ve-
remos a importância da fase interna da licitação, pois a mesma, além de representar o
ponto de partida do procedimento, é apontada por muitos estudiosos do assunto como
o alicerce/base do procedimento licitatório.
APRESENTAÇÃO
Posteriormente, na unidade IV, escrita pela Professora Me. Daniela Carla Monteiro,
veremos a fase externa da licitação e todas as peculiaridades que a envolvem.
Por fim, na unidade V, escrita pelo Professor Esp. Juliano Miqueletti Soncin, você
aprenderá o que são Contratos Administrativos, bem como suas características, es-
trutura, execução e extinção. Tal aprendizagem é fundamental para o entendimento
dos Contratos Administrativos que vigoram nas licitações como um todo, tanto para
aqueles que estão do lado da administração pública, ou seja, que representam os
contratantes, quanto para aqueles que estão do lado dos contratados, quais sejam,
os possíveis e prováveis fornecedores.
Em suma, vale relembrar que este livro, caro(a) aluno(a), foi especialmente organi-
zado/produzido para você. Nesse sentido, fique atento aos conteúdos que serão
trabalhados e suas relações com as situações práticas existentes no mundo/país em
que vivemos.
Além disso, dedique-se a ler e a interagir com os textos, a fazer anotações, a esclare-
cer suas dúvidas, a verificar as indicações de leitura, a realizar novas pesquisas sobre
os assuntos abordados, a responder às atividades de autoestudo, entre outros.
Lembre-se que toda e qualquer informação/conhecimento adicional contribui para
a construção e a solidificação de sua formação.
E assim,caro(a) aluno(a), esperamos que esta introdução ao conhecimento das li-
citações e contratos administrativos seja de grande valia para sua vida enquanto
cidadão ativo em nosso país e para a sua formação profissional.
Em caso de dúvidas, nos encontramos a sua disposição juntamente com a equipe
Unicesumar.
Um forte Abraço!
Professora Me. Daniela Carla Monteiro
Professor Esp. Juliano Miqueletti Soncin
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
16 Conceitos e Finalidades
28 Os Princípios da Licitação
30 Considerações Finais
35 Gabarito
UNIDADE II
39 Introdução
40 Modalidades de Licitação
49 Tipos de Licitação
61 Considerações Finais
61 Gabarito
SUMÁRIO
UNIDADE III
71 Introdução
78 A Delimitação do Objeto
88 Considerações Finais
92 Gabarito
UNIDADE IV
97 Introdução
98 Da Abertura
125 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
129 Introdução
154 Gabarito
157 CONCLUSÃO
159 REFERÊNCIAS
Professora Me. Daniela Carla Monteiro.
I
LICITAÇÕES NA
UNIDADE
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
ASPECTOS GERAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender o que é licitação e suas finalidades para negócios/contratos
transparentes e vantajosos para a Administração Pública.
■■ Explicar quem são os obrigados a licitar e as situações/casos que
desobrigam licitar, bem como os impedidos de participarem das
licitações.
■■ Apresentar a legislação aplicável nos procedimentos licitatórios.
■■ Compreender a competência legislativa sobre licitações.
■■ Elencar os princípios norteadores da licitação cuja não observância
invalida o referido procedimento administrativo.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceitos e finalidades
■■ Os obrigados a licitar e as situações/casos que desobrigam licitar
■■ Os impedidos de participarem das licitações
■■ A legislação aplicável nos procedimentos licitatórios
■■ A competência para legislar sobre licitações
■■ Os princípios da licitação
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
CONCEITOS E FINALIDADES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desse menor preço e/ou melhor proposta é realizada com base em normas pre-
viamente definidas/estabelecidas e que se dá entre os interessados que visem
contratar com a Administração Pública e que atendam ao seu chamamento, pro-
movido por meio de instrumento convocatório e/ou edital. Assim sendo, para
efeito de avaliação/classificação, somente serão consideradas as propostas que
tenham feito parte ou atendido ao referido procedimento, mesmo que existam
propostas melhores fora do mesmo. O procedimento em questão é denomi-
nado licitação.
Pietro (2004, p.300) complementa a explicação acima esclarecendo que,
quando se fala em procedimento administrativo, está se fazendo menção a inú-
meros atos preparatórios do ato final objetivado pela Administração Pública e
que a licitação é “um procedimento integrado por atos e fatos da Administração e
atos e fatos dos licitantes, todos contribuindo para formar a vontade contratual”.
Aproveitando, na íntegra, o conceito de Meirelles (2008, p. 274), entende-
remos a licitação como “[...] procedimento administrativo mediante o qual a
administração pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de
seu interesse”.
Destarte, Gasparini (2011, p. 529), ratifica a licitação como um:
Procedimento administrativo através do qual a pessoa a isso juridica-
mente obrigada seleciona, em razão de critérios objetivos previamente
1
Públicas: União, Estado-Membro, Distrito federal, Município, Autarquia.
2
Governamentais: empresa pública, sociedade de economia mista, fundação.
3
Os obrigados e os desobrigados a licitar; bem como os impedidos de participar de licitações serão
discutidos mais adiante.
tal e/ou instrumento convocatório. Pietro (2004) nos ensina que, nesse contexto,
alguns fornecedores, diante do exigido, desistirão de apresentar propostas, mas
que outros apresentarão e que tais propostas corresponderão a uma aceitação/
obediência às condições do órgão, o qual se certificará de quais são mais conve-
nientes para resguardar o interesse público.
Quanto às finalidades do processo licitatório, vale destacar que, segundo
Maffini (2008, p. 131), teríamos inúmeras para discutir, dentre elas, a “trans-
parência nas relações convencionais da Administração Pública; a ampliação da
noção de publicidade; e o controle na seleção dos interessados em contratar com
o Poder Público”; no entanto, discutiremos aqui apenas as duas principais des-
tacadas pela Lei 8.666/93, quais sejam: a) a obtenção da proposta mais vantajosa
e b) a observância do princípio constitucional da isonomia.
Nas palavras de Mazza (2011, p. 305), as principais finalidades da licitação
visam:
[...] a) a busca pela melhor proposta, estimulando a competitividade
entre os potenciais contratados a fim de atingir o negócio mais vanta-
joso para a Administração; e b) o oferecimento de iguais condições a
todos que queiram contratar com a Administração, promovendo, em
nome da isonomia, a possibilidade de participação no certame licitató-
rio de quaisquer interessados que preencham as condições previamen-
te fixadas no instrumento convocatório (grifo nosso).
Conceitos e Finalidades
18 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OS OBRIGADOS A LICITAR E AS SITUAÇÕES/CASOS
QUE DESOBRIGAM LICITAR
De acordo com o artigo 1º, parágrafo único da Lei 8.666/93, está obrigado a licitar:
(...) Os órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autar-
quias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas direta ou indireta-
mente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (grifo nosso).
Logo, verifica-se que a licitação é regra geral e não exceção. Mas como toda regra
tem sua exceção, também nos procedimentos licitatórios existem as exceções
à regra geral, exceções essas previstas na Lei 8.666/93 no artigo 17, Licitação
Dispensada; no artigo 24, Licitação Dispensável; e no artigo 25, Licitação Inexigível.
(...)
(...)
(...)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A licitação será inexigível quando for inviável a competição. Ou seja, falamos
em inexigibilidade de licitação quando não há possibilidade de competição entre
possíveis/prováveis interessados. Logo, em tais casos, se deixa de exigir a licita-
ção, pois a mesma não tem razão de acontecer.
As(os) situações/casos de licitação inexigível estão descritas(os) no artigo 25 da
lei 8.666/95, vejamos alguns exemplos:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de com-
petição, em especial:
(...)
(...)
Para inteirar-se mais sobre os contratos sem licitação, acesse o site disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/poder/2014/04/1436864-petrobras-fecha-r-90-bi-em-contratos-sem-licitacao.
shtml>. Acesso em: 30 jul. 2014.
De acordo com o art. 9º da Lei de Licitações, Lei Federal n º. 8.666/93, não poderá
participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou ser-
viço e do fornecimento de bens a eles necessários:
I. o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsá-
vel técnico ou subcontratado;
Além dos casos citados no referido artigo, também estarão impedidos de par-
ticipar das licitações, segundo o art. 87 da Lei de Licitações, pela inexecução
total ou parcial do contrato, garantida a prévia defesa, aqueles que incorrem em:
(...)
(...)
(...)
Nessa direção, com base no art. 88 da Lei Federal n º. 8.666/93, poderão rece-
ber as sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior (87), em razão dos
contratos regidos por esta Lei, as empresas e/ou profissionais que:
I. tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios
dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; te-
nham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da li-
citação;
Ainda nessa vertente, temos, por meio das Lei do Pregão (Art. 7º da Lei nº 10.520,
de 2002), Lei de Improbidade Administrativa (Art. 12 da Lei nº 8.429, de 1992),
Lei Eleitoral (Art. 81, § 3º, da Lei nº 9.504, de 1997) e Lei Orgânica TCU(Art. 46
da Lei nº 8.443, de 1992), os impedidos de licitar e contratar
Vale ressaltar, que com a promulgação da Lei Anticorrupção – Lei n.
12.846/2013, faz-se obrigatório que todos os órgãos da Administração Pública
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL NOS PROCEDIMENTOS
LICITATÓRIOS
(...)
(...)
4
O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) é um banco de informações mantido pela
Controladoria-Geral da União (CGU) que tem como objetivo consolidar a relação das empresas e pessoas
físicas que sofreram sanções das quais decorra como efeito restrição ao direito de participar de licitações
ou de celebrar contratos com a Administração Pública (<http://www.portaldatransparencia.gov.br/ceis/
SaibaMais.seam>).
(...)
(...)
(...)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observados os princípios da administração pública; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
(...)
Nessa direção, a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e suas alterações, norma geral
que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição da República, institui nor-
mas gerais sobre licitações e contratos administrativos e dá outras providências.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ademais, temos, entre outros5, a Lei 10.5206, de 17 de julho de 2002 que insti-
tui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do
art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denomi-
nada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providência
se a Lei complementar 1237, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
5
Leis, Decretos e Instrução Normativa.
6
BRASIL, Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002.
7
BRASIL, Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
(GASPARINI, 2011).
Em outras palavras, de acordo
com o art. 22, inciso XXVII da
Constituição da República, com-
pete privativamente à União
legislar sobre:
(...)
(...)
8
Lei de âmbito nacional é aquela lei aplicada a todos os Entes da Federação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OS PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
9
A pessoa e/ou fornecedor que visa vencer a licitação e ser contratado e chamado de proponente.
Os Princípios da Licitação
30 UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pois bem, após aprender/discutir tais pontos podemos concluir esta parte de
nosso estudo com a certeza de que a licitação é um procedimento administrativo
extremamente importante, e que a mesma não é exceção e sim regra, sendo que
somente nos casos resguardados em Lei pode deixar de ser obrigatória.
Vale ressaltar que, quando a licitação acontece, atendendo o que determina a
Lei, a sociedade, de modo geral, acaba ganhando. Destaca-se que tais aquisições
públicas visam atender na maioria dos casos à sociedade. A título de exemplo,
temos os segmentos que são destinados à construção de escolas, creches, hospi-
tais, entre outros, bem como os segmentos voltados à aquisição de bens como
merenda e uniforme escolar.
Por fim, aprendemos/discutimos sobre a legislação aplicável nos procedi-
mentos licitatórios, competência para legislar e também sobre licitações e os
princípios da licitação.
Após aprendermos/discutirmos esses últimos pontos, resta-nos a certeza de
que existe uma legislação robusta sobre licitações e que a mesma deve ser cum-
prida/atendida na íntegra. Observamos, ainda, que é de suma importância que
os proponentes estejam atentos às legislações aplicáveis nos instrumentos con-
vocatórios e/ou editais que pretendam participar.
Espero que esta primeira unidade tenha sido proveitosa e que você tenha se
apaixonado por este maravilhoso procedimento administrativo que é a Licitação.
No Estado de São Paulo, a Lei n. 6.544, de 22-11-89, procurou fazer a adaptação da legis-
lação estadual à lei federal, reproduzindo as suas disposições, com pequenas alterações.
Está, agora, em vigor, a Lei Federal n. 8.666/93, de 21-6-93, que, revogando o Decreto-lei
n. 2.300/86, “regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outra providências”. Essa lei foi
parcialmente alterada pela lei n. 8.883, de 8-6-94, pela Lei n. 9.648, de 27-5-98, e pela Lei
n. 9.854, de 27-10-99.
(...)
Fonte: excerto extraído Di Pietro (2004, p. 300-301)
MATERIAL COMPLEMENTAR
DIREITO ADMINISTRATIVO
Autor: Diogenes Gasparini.
editora: Saraiva
Sinopse: Esta obra aborda com objetividade e clareza de
exposição toda a matéria do direito administrativo. Apresenta
uma análise didática, mas aprofundada, dos princípios do direito
administrativo, da administração pública, do ato administrativo, do
poder regulamentar e de polícia, dos agentes públicos, dos cargos
públicos, dos serviços públicos, da execução dos serviços públicos,
da fundação pública, da sociedade de economia mista, da licitação,
do contrato administrativo, da intervenção estatal no domínio econômico, da desapropriação, dos
bens públicos, do controle da administração pública, do processo administrativo, da sindicância
e da responsabilidade civil do Estado. A presente edição conta com referências à Lei das Micro e
Pequenas Empresas e ao Regulamento da Lei dos Consórcios Públicos.
35
GABARITO
LICITAÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO
II
UNIDADE
PÚBLICA: MODALIDADES, TIPOS E
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Explicar as modalidades de licitação previstas na Lei n. 8.666/93
e 10.520/2002, bem como a maneira/modo que é escolhida a
modalidade de licitação a ser adotada.
■■ Apresentar os tipos de licitação aplicáveis nos procedimentos
licitatórios.
■■ Entender o que é Sistema de Registro de Preços, bem como suas
vantagens e desvantagens tanto para a Administração Pública
quanto para fornecedores.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Modalidades de Licitação
■■ Tipos de Licitação
■■ O Sistema de Registro de Preços
39
INTRODUÇÃO
Introdução
40 UNIDADE II
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As modalidades de licitação referem-se aos procedimentos a serem adotados para
a condução dos certames licitatórios. Dessa forma, todas as licitações terão uma
modalidade, cujo fim será determinar o procedimento a ser seguido na busca pela
melhor proposta e/ou proposta mais vantajosa para a Administração Pública.
As referidas modalidades estão previstas nos artigos 22 e 23, da Lei Federal
n.º 8.666/93, sendo elas: I. Concorrência; II. Tomada de Preços; III. Convite; IV.
Concurso; e V. Leilão.
Com a promulgação da Lei n.º 10.5201, de 17.7.2002, foi instituída nos ter-
mos do art. 37, inciso XXI, da Constituição da República, uma nova modalidade
de licitação cuja denominação é VI. Pregão.
1
A Lei n.º 10.520/2002 (conversão da MP n.º 2.182-18, de 23.8.2001, sendo original a MP n.º 2.026, de
4.5.2000), instituiu a modalidade pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, regulamentado pelo
Decreto n.º 5.450, de 31.05.2005 – Decreto n.º 3.555, de 8.8.2000 (com as alterações dadas pelos Decretos
n.º 3.693, de 20.12.2000 e n.º 3.784, de 6.4.2001 e n.º 7.174, de 12.5.2010), aprova o Regulamento para esta
modalidade de licitação.
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
41
CONCORRÊNCIA
I. Modalidade: Concorrência
Intervalo entre a publicação e a entrega dos envelopes: 30 a 45 dias.
Para Obras e Serviços de Engenharia: acima de R$ 1.500.000,00
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conforme Prevê o Art. 22, § 1º da Lei Geral de Licitações, Lei n.º 8.666/93:
Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessa-
dos que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir
os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execu-
ção de seu objeto (grifo nosso).
Modalidades de Licitação
42 UNIDADE II
Ainda nessa vertente, o Art. 23, § 4º da referida lei, ratifica o parágrafo anterior
(§ 3º) nos colocando que “nos casos em que couber convite, a Administração
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Por fim, outra questão importante a ser analisada nessa modalidade é o
intervalo entre a publicação e a entrega dos envelopes, que será de 45(quarenta
e cinco) dias para regime de empreitada integral3 ou quando a licitação for do
tipo4 melhor técnica ou técnica e preço; e de 30 (trinta)dias para as licitações
que se enquadrarem em qualquer caso que não os acima mencionados.
TOMADA DE PREÇOS
2
Licitação com participação de empresas estrangeiras.
3
Empreitada integral: quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas
as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua
entrega ao contratante. (Art. 6º8.666/93).
4
Os tipos de licitação serão tratados mais adiante.
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
43
CONVITE
Modalidades de Licitação
44 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
resse com a antecedência prevista.
No entanto, é extremamente importante que o Administrador Público observe
e cumpra o que nos diz o § 6º do artigo 22 da lei 8.666/93.
Na hipótese do § 3º deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três)
possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto
idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais
um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas
últimas licitações (grifo nosso).
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
45
CONCURSO
Logo, aqueles que estiverem aptos a participarem dessa modalidade, haja vista que
a mesma é para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante prê-
mios e/ou remuneração, podem concorrer. Vale lembrar que o concurso público
é diferente do concurso – modalidade de licitação –, uma vez que o primeiro
objetiva preencher cargos e/ou vagas de emprego público (mediante pagamento
de salário), enquanto o segundo, conforme vimos, busca trabalho técnico, cien-
tífico ou artístico (mediante prêmio e/ou remuneração). No concurso, não há
determinação de valores e o intervalo entre a publicação e a entrega dos enve-
lopes é de 45 (quarenta e cinco) dias.
LEILÃO
V. Modalidade: Leilão
Intervalo entre a publicação e a entrega dos envelopes: 15 dias.
Para Obras e Serviços de Engenharia: não há determinação de valores.
Modalidades de Licitação
46 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os bens inservíveis são aqueles que ainda têm alguma ou muitas utilidades/serven-
tias para alguns, mais não mais para a Administração Pública; já os apreendidos
são aqueles que são decorrentes de crime, por exemplo, bens contrabandeados;
e os penhorados são os bens dados em penhor. Tratando-se de leilão, não há
determinação de valores6, e o prazo de intervalo mínimo entre a publicação e a
entrega dos envelopes é de 15 (quinze) dias. Como o próprio artigo e o parágrafo
lecionam, será o vencedor aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior
ao valor da avaliação.
PREGÃO
5
Ver artigo 53 da Lei Federal 8.666/93.
6
Ver artigo 17, § 6º da Lei 8.666/93.
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
47
Nessa direção, destaca-se que, por se tratar de uma modalidade para bens e ser-
viços comuns, o Pregão só se faz do tipo menor preço, ou seja, não se admite
técnica nessa modalidade. Ademais, o pregão pode ser presencial ou eletrônico,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para inteirar-se mais das modalidades de licitação, especialmente da modalidade carta convite
(devido as suas fragilidades), acesse o site disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/
site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2544>. Acesso em: 31 jul. 2014.
Modalidades de Licitação
48 UNIDADE II
Como vimos, as licitações devem ser publicadas. Tais publicações devem ocorrer
com antecedência ao menos uma vez, para que, assim, os possíveis fornecedores
tenham tempo para tomar conhecimento das mesmas e se preparem, dadas as
exigências discriminadas nos instrumentos convocatórios e/ou editais.
De acordo com o art. 21 da Lei Federal 8.666/93, os avisos contendo os resu-
mos dos editais deverão ser publicados no (em):
I. no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda,
quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com
recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
(...)
Tais avisos, conforme determina a lei, devem ser os mais consistentes possíveis,
ou seja, devem abranger todas as informações necessárias sobre a licitação, de
modo que o fornecedor não tenha dificuldades para ter acesso à mesma e para
que consiga se preparar a tempo.
Cumpre enfatizar que os prazos que compreendem o intervalo entre a publi-
cação e a entrega dos envelopes são contados a partir da última publicação do
edital ou da sua efetiva disponibilidade e se, dentro desse intervalo de tempo,
qualquer modificação no instrumento convocatório e/ou edital se fizerem neces-
sárias, tal modificação deverá, obrigatoriamente, ser informada da mesma(o)
forma/modo que se deu o texto original, “reabrindo-se o prazo inicialmente
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
49
TIPOS DE LICITAÇÃO
que por sua vez são empregados, juntamente com a modalidade de licitação, na
tentativa de realizar a contratação mais vantajosa possível para a Administração
Pública. Os tipos de licitação são: I. Menor preço; II. Melhor Técnica; III. Técnica
e Preço; e IV. Maior lance ou oferta e estão previstos no artigo 45 da Lei Geral
de Licitações. Vejamos cada um deles.
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão
de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade
com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos,
de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de
controle.
(...)
7
Ver artigo 52 da Lei 8.666/93.
Tipos de Licitação
50 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A DE MENOR PREÇO
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
51
aos preços praticados pelo mercado, poderão ter suas propostas desclassifica-
das por incorrer no contexto de preços inexequíveis.
De acordo com o artigo 48, inciso II, da Lei de Licitações, os preços inexequí-
veis são aqueles8 que não demonstram viabilidade por meio de documentação
que comprove que os “custos dos insumos são coerentes com os de mercado
e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do
objeto do contrato”.
Ainda nessa vertente, o art. 44§ 3º da Lei Federal n. 8.666/93 nos diz que:
Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários sim-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A DE MELHOR TÉCNICA
8
Para mais informações sobre como ter certeza se uma proposta é inexequível, ver Art. 48, § 1º da Lei de
Licitações.
Tipos de Licitação
52 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
derem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade
técnica da proposta, compreendendo metodologia, organização,
tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e
a qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para asua
execução;
V. (...)
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
53
Note que o consultor A foi desclassificado. Você sabe o motivo? Lembra que a
pontuação mínima exigida era de 10 pontos? Logo, esse é o motivo da desclassi-
ficação. O referido fornecedor não atingiu a pontuação mínima, pois conseguiu
apenas 5 pontos. Nesse cenário, quem será o vencedor da licitação? Considerando
que os consultores D, E e B foram habilitados e demonstraram ter capacidade
técnica suficiente para executar o objeto do contrato, o que realmente definirá
o vencedor?
Sequencialmente, tem-se a abertura dos envelopes que contêm as propostas de
preços. Considere que o resultado dessa etapa tenha sido o descrito no Quadro 4.
Tipos de Licitação
54 UNIDADE II
De acordo com o que determina a Lei Geral 8.666/93 (Art. 46, § 1º), a contra-
tação deverá ocorrer com a proposta de menor valor entre os fornecedores/
licitantes que apresentarem capacidade técnica suficiente. Logo, a proposta de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
menor valor é a do consultor E, ou seja, R$ 125.000,00, e esse será o valor que
deverá ser contratado. No entanto, note que o consultor E não é o melhor clas-
sificado na etapa técnica. Assim, sendo o consultor D o melhor classificado na
referida etapa, com um total de (25 pontos), caberá ao mesmo decidir se acei-
tará ou não contratar com a Administração Pública por R$ 125.000,00.
Caso o consultor D opte por não diminuir seu preço, o con-
sultor E será o vencedor, haja vista que o mesmo está classificado
em segundo lugar (com 15 pontos) e sua proposta é a de menor
valor, ou seja, R$ 125.000,00.
A DE TÉCNICA E PREÇO
§ 2o Nas licitações
do tipo “técnica e preço” será adotado, adicionalmente ao inciso I do
parágrafo anterior, o seguinte procedimento claramente explicitado no
instrumento convocatório (grifo nosso):
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
55
(...)
Note que, neste caso, não há pontuação mínima para ser atingida. Em con-
trapartida, as propostas de preço receberão uma pontuação, de acordo com os
parâmetros definidos no instrumento convocatório. O edital e/ou instrumento
convocatório deve(m) deixar explícito também o mecanismo/modo de cálculo
para definir o vencedor da licitação. Consideremos, nesse exemplo, a pontua-
ção demonstrada no Quadro 5 para as propostas de preços.
Tipos de Licitação
56 UNIDADE II
PROPOSTAS PONTUAÇÃO
Propostas até R$ 100.000,00 15 pontos
Propostas de R$ 100.000,01 até R$ 130.000,00 10 pontos
Propostas acima de R$ 130.000,00 5 pontos
Quadro 6: Pontuação para as propostas de preços
Fonte: elaborado pela autora a partir de Otero (2012, p.60)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
com expressividade um ao outro. Nesse exemplo, trabalhou-se com a seguinte
proporção:
Com efeito, a média para definir o vencedor nesse exemplo será no seguinte
formato:
Diante disso, vamos supor que estamos diante do cenário descrito no Quadro 6.
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
57
Esse tipo de licitação “a de maior lance ou oferta”, segundo a lei de licitações (art.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
45, § 1º, inciso IV), é utilizado nos “casos de alienação de bens ou concessão de
direito real de uso”. Assim, em licitações desse tipo, os possíveis e prováveis par-
ticipantes/vencedores oferecerão “vantagens” ao órgão licitante para ficarem
com a propriedade ou para ter a concessão dos bens em disputa. Daí o nome
maior lance ou oferta.
Tipos de Licitação
58 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto,
atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condi-
ções (grifo nosso):
9
BRASIL. Decreto nº 7.892 de 23 de janeiro de 2013.
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
59
VANTAGENS VANTAGENS
• Possibilidade de fracionamento das aquisições. • Fornecer durante 12 (doze) meses.
• Padronização dos preços. • Possibilidade de atender órgão ou
• Redução de volume de estoques. entidade da administração pública
que não seja o responsável pela
• Desnecessidade de dotação orçamentária.
licitação (carona1/adesão à ata de
• Redução dos gastos. registro de preços).
• Simplificação administrativa.
• Rapidez na contratação.
• Otimização dos gastos públicos, entre outros.
DESVANTAGENS DESVANTAGENS
• A complexidade da concorrência. • Diminuição do número de licita-
• O escasso número de servidores para serem ções.
utilizados no trabalho de atualização de tabelas. • Incerteza/vulnerabilidade frente aos
• A dificuldade de prever todos os itens e quanti- processos licitatórios.
dades das tabelas.
• A defasagem entre os dados do registro e a rea-
lidade do mercado, ou seja, podem surgir novos
produtos e os preços podem variar.
• Muitas vezes, o registro contempla produtos
com especificações ou qualidades genéricas
que não atendem às necessidades específicas.
Quadro 8: Vantagens e Desvantagens do SRP
Fonte: elaborado pela autora com base em Gonçalves (2013)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
LICITAÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Prazo de Modalidade Tipos Formas de Obras e Bens e
Publicidade contratação Engenharia Serviços
8 dias úteis Pregão Não há Não há
Menor Preço Registro valor máximo valor máximo
de preço Acima de R$ Acima de R$
30 a 45 dias Concorrência 1.500.000,00 650.000,00
Técnica
e
15 a 30 dias Tomada Preço Até R$ Até R$
de preço 1.500.000,00 650.000,00
5 dias Convite Menor preço 100% + 25% Até R$ Até 80.000,00
150.000,00
15 dias Leilão Maior Lance 100% - 25% Não há valor Não há valor
LICITAÇÕESNAADMINISTRAÇÃOPÚBLICA:MODALIDADES,TIPOSESISTEMADEREGISTRODEPREÇOS
61
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
1. Cite e explique as modalidades de licitação previstas na Lei n. 8.666/93 e na Lei
n. 10.520/2002.
2. Quais os documentos que podem ser exigidos dos licitantes interessados em
obter o cadastramento para participar da tomada de preços?
3. Explique sucintamente de que modo e onde as publicações das licitações devem
acontecer.
4. O que é Sistema de Registro de Preços? Quais são as vantagens e desvantagens
do mesmo para contratantes e contratados?
63
FINALIDADE DO PREGÃO
A finalidade do procedimento licitatório, no que se refere ao Pregão, sempre será o aten-
dimento ao interesse público por meio de contratações mais vantajosas. Podemos frag-
mentar o princípio da “Supremacia do Interesse Público” em:
• Celeridade, pois a rapidez e agilidade conferidas pelo Pregão são notoriamen-
te percebidas no prazo de publicidade (qualquer que seja o valor estimativo
da contratação) e na simplificação dos prazos legais de recurso e impugnação.
Exemplificando, um determinado Pregão poderá ser iniciado numa sessão e ser
concluído no mesmo dia, estando apto para a homologação.
• Seletividade: os proponentes deverão oferecer propostas escritas competitivas,
pois, caso contrário, poderão ser excluídos da etapa de lances, conforme a regra
prevista no artigo 4, VIII, da Lei n. 10.520/02.
• Competitividade: a fase de lances é uma etapa de disputa acirrada entre os com-
petidores, que poderão oferecer novos preços em relação à proposta escrita.
• Justo Preço: a etapa de lances leva os proponentes a reduzirem seus preços ori-
ginais, ofertando valores mais baixos e vantajosos à Administração Pública. Os
lances deverão ser sérios e firmes, propiciando a exeqüibilidade do contrato por
parte da licitante vencedora. O pregão se destina a garantir, por meio de disputa
justa entre os interessados, a compra mais econômica, segura e eficiente.
• Eficiência: o Pregão vai ao encontro da meta da Administração Pública preconi-
zada pela Emenda Constitucional n. 19/98. O procedimento licitatório ágil, cé-
lere, simplificado e que traz propostas mais vantajosas ao Poder Público é, sem
dúvida, uma ferramenta de eficiência administrativa colocada à disposição do
administrador.
De forma irrefutável, o Pregão traz celeridade e economicidade, portanto, agrega efici-
ência à máquina administrativa tão criticada por sua lentidão e burocracia.
A finalidade do Pregão é clara e congruente: trazer agilidade ao sistema de compras
governamentais (celeridade) e obter a proposta mais vantajosa ao poder público (eco-
nomicidade).
Fonte: excerto extraído de Peixoto (2006, p. 21-22)
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para se informar mais sobre como funciona, conforme o Decreto n. 7.892/2013, a figura do
“Carona”, acesse o site disponível em:<http://jus.com.br/artigos/23747/o-carona-no-sistema-
de-registro-de-precos-conforme-decreto-n-7-892-2013/2#ixzz356Wa9QQD>. Acesso em: 1 ago.
2014.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Autor: MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO
Editora: ATLAS
SINOPSE: Este livro desenvolve os vários temas do direito
administrativo de forma clara e didática e com a preocupação de
manter a disciplina atualizada diante das sucessivas inovações
constitucionais que vão imprimindo nova feição a esse importante
ramo da ciência jurídica. As constantes alterações no direito
positivo e as inovações que vão sendo introduzidas por conta das
frequentes reformas no âmbito da Administração Pública conduzem à necessidade de revisão
do livro, seja para atualizar a legislação mencionada, seja para introduzir novas ideias que se
vão formando à medida que os novos institutos vão sendo discutidos e aplicados na prática.
Nesta edição foi feita revisão geral da obra, na parte de legislação. Contudo, foram acrescentadas
algumas matérias novas, ou porque não tratadas anteriormente, ou porque passaram por
alguma evolução, ou porque cuidam de tema novo, introduzido por legislação recente. No
Capítulo 7, referente ao ato administrativo, o tema do mérito do ato administrativo, tratado no
item 7.8.4, foi consideravelmente ampliado, para análise e comentário da evolução pela qual
vêm passando o seu conceito e amplitude, no que diz respeito à sua relação com a ideia de
discricionariedade administrativa e aos limites do controle pelo Poder Judiciário. No Capítulo 9,
que trata das licitações, foi incluído o item 9.8, para analisar o Sistema de Registro de Preços, tal
como disciplinado pela Lei no 8.666/93 e novo Regulamento, aprovado pelo Decreto no 7.892,
de 23-1-13. No Capítulo 17, sobre controle da Administração Pública, foi atualizada a parte que
trata dos precatórios e incluído um item específico sobre o controle das políticas públicas pelo
Poder Judiciário, que também envolve aspectos pertinentes à discricionariedade do legislador
e da Administração Pública na definição e implementação das políticas públicas, bem como
aos limites do controle jurisdicional. E foi incluído um capítulo novo, de nº 19, para tratar do
tema da responsabilidade das pessoas jurídicas por danos causados à Administração Pública,
como decorrência da promulgação da Lei no 12.846, de 1o-8-13. Administrativo dos cursos de
graduação e pós-graduação em Direito.
Material Complementar
GABARITO
Simplificação administrativa.
Rapidez na contratação.
O escasso número de servidores para serem utili- Incerteza/vulnerabilidade frente aos processos li-
zados no trabalho de atualização de tabelas. citatórios.
LICITAÇÕES NA
III
UNIDADE
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A
FASE INTERNA DA LICITAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender o que é e para que serve o projeto básico e o termo de
referência.
■■ Explicar como se dá a delimitação do objeto, a estimativa de valor, a
aprovação prévia das despesas e a autorização para prosseguir.
■■ Apresentar de que modo/maneira deve ocorrer a elaboração da
minuta do edital e parecer jurídico.
■■ Compreender como se constitui a comissão de julgamento e a
abertura da licitação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A elaboração do projeto básico e/ou termo de referência
■■ A delimitação do objeto
■■ A estimativa de valor; aprovação prévia das despesas e autorização
para prosseguir
■■ A elaboração da Minuta do Edital e Parecer Jurídico
■■ A constituição da comissão de julgamento
■■ A abertura da licitação
71
INTRODUÇÃO
entre outras providências, sobre algumas das etapas da fase interna da licitação.
Tal aprendizagem/conhecimento é fundamental para o entendimento da
importância de se planejar quando se pretende abrir uma licitação, pois tal pla-
nejamento tem viabilizado uma diminuição nos erros/vícios que são encontrados
nas licitações quando as mesmas já se encontram na fase externa.
Assim, podemos dizer que, na fase interna, a administração pública se
encontra no momento de realizar levantamentos e/ou viabilidades para deter-
minada licitação, isto é, está no momento de alicerçar tal aquisição. Veremos
que esse alicerce favorece tanto a Administração Pública quanto os possíveis e
prováveis fornecedores.
Visando atingir os objetivos de aprendizagem já elencados, a unidade em
questão foi dividida em seis tópicos, sendo eles: I. A elaboração do projeto básico
e/ou termo de referência; II. A delimitação do objeto; III. A estimativa de valor;
aprovação prévia das despesas e autorização para prosseguir; IV. A elaboração
da Minuta do Edital e Parecer Jurídico; V. A constituição da comissão de julga-
mento e VI. A abertura da licitação.
No primeiro tópico, aprenderemos sobre a importância da elaboração do
projeto básico e/ou termo de referência. No segundo tópico, aprenderemos sobre
as dificuldades de delimitação do objeto. Sequencialmente, aprenderemos sobre
como estimar o valor de uma licitação, providenciar a aprovação prévia das des-
pesas e autorização para prosseguir, e também como deve ser elaborada a minuta
do edital e parecer jurídico, respectivamente. Por fim, aprenderemos como se
constitui uma comissão de julgamento e de que modo o procedimento da lici-
tação será iniciado.
Introdução
72 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A fase interna da licitação é composta por todos os atos administrativos pre-
paratórios para a realização da mesma, os quais devem ser cumpridos antes da
divulgação do instrumento convocatório, daí a denominação fase interna. Por
se tratar de uma fase preparatória, não há necessidade de se fazerem públicas as
ações que as envolvem.
Tais ações, dentre outras providências, visam promover: I. A elaboração do
projeto básico e/ou termo de referência; II. A delimitação do objeto; III. A esti-
mativa de valor; aprovação prévia das despesas e autorização para prosseguir;
IV. A elaboração da Minuta do Edital e Parecer Jurídico; e V. A Constituição da
comissão de julgamento.
A FASE INTERNA
A fase interna da licitação também é conhecida como o alicerce do referido
procedimento administrativo. Ela serve de base, de fundamento para o de-
senvolvimento da licitação. Daí a denominação alicerce. É importante frisar
que um alicerce/base/fundamento mal feito e/ou mal planejado tende a
comprometer/prejudicar todas as etapas posteriores que o envolve, poden-
do, em alguns casos, ser fatal. Assim, a busca por uma fase interna robusta e
consistente é fundamental, pois, se bem-sucedida, minimiza e muito vícios
e/ou erros na fase externa.
Para saber mais sobre a fase interna, acesse o link disponível em: <http://
www.artigonal.com/legislacao-artigos/conceitos-basicos-da-licitacao-pu-
blica-435503.html>. Acesso em: 4 ago. 2014.
Vejamos, ainda que sucintamente, cada uma das etapas aqui relacionadas
da fase interna/preparatória da licitação.
a) desenvolvimento da solução
escolhida de forma a forne-
cer visão global da obra e
identificar todos os seus ele-
mentos constitutivos com
clareza;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos,
as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;
(...)
Para inteirar-se mais sobre o termo de referência, acesse site disponível em: <http://www.viajus.
com.br/viajus.php?Pagina=artigos&id=4884>. Acesso em: 4 ago. 2014.
Assim sendo, cumpre enfatizar que, no caso do pregão eletrônico, tal obrigação
também se faz necessária. Vejamos o que leciona o Decreto n. 5.450, de 31 de
maio de 2005 que regulamenta o pregão na forma eletrônica para aquisição de
bens e serviços comuns e, dá outras providências em seu art. 9o.
Art. 9º. Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, será ob-
servado o seguinte:
I. elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com
indicação do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas
especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias,
limitem ou frustrem a competição ou sua realização;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II. aprovação do termo de referência pela autoridade competente;
III. apresentação de justificativa da necessidade da contratação;
IV. elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das pro-
postas;
V. definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, in-
clusive no que se refere aos prazos e às condições que, pelas suas
particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração
e execução do contrato e o atendimento das necessidades da ad-
ministração; e
VI. designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.
§ 1º A autoridade competente motivará os atos especificados nos in-
cisos II e III, indicando os elementos técnicos fundamentais que o
apóiam, bem como quanto aos elementos contidos no orçamento esti-
mativo e no cronograma físico-financeiro de desembolso, se for o caso,
elaborados pela administração.
§ 2º O termo de referência é o documento que deverá conter ele-
mentos capazes de propiciar avaliação do custo pela administração
diante de orçamento detalhado, definição dos métodos, estratégia
de suprimento, valor estimado em planilhas de acordo com o preço
de mercado, cronograma físico-financeiro, se for o caso, critério de
aceitação do objeto, deveres do contratado e do contratante, pro-
cedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato, prazo de
execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva (grifo nosso).
Note que o Decreto n. 5.450/2005 amplia a definição de termo de referência
apresentada pelo Decreto n. 3.555/2000, tamanha a sua importância e representa-
tividade para as licitações dessa modalidade. Observe também que sinteticamente
o termo de referência não é nada além de um rico detalhamento das necessidades
A DELIMITAÇÃO DO OBJETO
A Delimitação do Objeto
78 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Por outro lado, requerer/delimitar esse bem e/ou serviço por meio de uma
descrição que não direcione a licitação é algo extremamente complexo. É muito
comum, sempre que pensamos em comprar ou adquirir um bem e/ou serviço,
nos remetermos imediatamente a uma determinada Marca21, como a lei de lici-
tações veda tal possibilidade, delimitar/descrever um objeto cujas inúmeras
marcas possam atendê-lo não é um processo simples.
Muitas vezes, dependendo do objeto a ser requerido/delimitado, nem os
próprios interessados na compra/aquisição (por exemplo a secretaria requisi-
tante), sabem o que realmente querem e/ou necessitam em termos de descrição
do produto.
Cumpre enfatizar que essa delimitação/descrição do objeto deve ser reali-
zada por técnicos da Administração Pública que possuam conhecimento para
tal tarefa, haja vista que a descrição do objeto deve promover competitividade,
ou seja, deve proporcionar a inserção do maior número possível de participan-
tes. No entanto, na prática, é muito difícil capacitar técnicos para tais atividades,
pois o leque de produtos é muito grande e sua composição muda constantemente.
1
Ver Art. Art. 7o, § 5º da Lei 8.666/93.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
possíveis e prováveis interessados.
Destaca-se que, em situações em que as cotações acontecem da maneira
mais indicada, por meio de três possíveis fornecedores que considerem na ínte-
gra a descrição do produto que se pretende adquirir bem como todas as outras
peculiaridades da proposta de preços, as chances de frustração diminui muito.
Se diante dessas três cotações ocorrer uma divergência entre os preços muito
expressiva, é recomendável uma quarta cotação, já que geralmente a estimativa
de valor é originada por meio de média aritmética das cotações obtidas.
Alguns órgãos optam por estimar o valor da contração por meio da cotação
mais baixa ou por meio da mais alta. Vale frisar que tanto no primeiro quanto
no segundo caso os riscos de frustração aumentam.
Estimado o valor da contratação, faz-se necessário averiguar se existe ou
não dotação orçamentária para fazer frente a esse processo licitatório. Logo,
sequencialmente, a consulta à unidade responsável por tal questão deve aconte-
cer. Destarte, a indicação da dotação orçamentária deve constar no instrumento
convocatório, ao passo que tal indicação “assegura” o pagamento decorrente das
obrigações assumidas com o fornecedor.
Para que a licitação prossiga, faz-se necessário que a autoridade que tem com-
petência para tal ato o faça. O pedido para prosseguimento é feito por meio de
requerimento formal, que discrimine, entre outros, a necessidade e/ou justifica-
tiva para compra, estimativa de valor e disponibilidade de dotação orçamentária.
O que exatamente pode acontecer com uma licitação cuja estimativa de va-
lor é feita com base na cotação mais baixa e mais alta?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
me o caso;
X. critério de aceitabilidade dos preços unitários e global, conforme
o caso, vedada a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou
faixas de variação em relação a preços de referência; (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
X. o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme
o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de
preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em rela-
ção a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e
2º do art. 48; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
X. critério de reajuste, que deverá retratar a variação do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais,
desde a data da proposta ou do orçamento a que esta se referir
até a data do adimplemento de cada parcela;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II. a atualização financeira a que se refere a alínea “c” do inciso XIV
deste artigo, correspondente ao período compreendido entre as
datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que
não superior a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Note, por meio do artigo em questão, que são inúmeras as particularidades que
devem constituir a minuta do edital e posteriormente o próprio edital. Assim,
em se tratando de licitações mais comuns, a administração pública, visando oti-
mizar tempo e servidores, pode se valer de minutas-padrão e somente em casos
mais complexos desenvolver minutas/editais mais específicos.
Depois de redigida ou adaptada, a minuta do edital deve ser encaminhada
à autoridade competente (assessoria jurídica) para análise e parecer jurídico.
O objetivo é evitar/corrigir falhas ou vícios que possam comprometer o anda-
mento do processo licitatório.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não (grifo
nosso).
Art. 3º.
(...)
Cumpre enfatizar que o ato de nomeação deve ser juntado ao processo e que a
comissão permanente ou especial, ou o pregoeiro e equipe de apoio devem ter a
total convicção de que são os responsáveis pela condução de uma das etapas da
fase externa da licitação. Para um melhor aproveitamento da mesma, sendo os
mesmos designados ainda na fase interna, todos os envolvidos devem conhecer os
atos e fatos da preparação da licitação que vão no momento do certame conduzir.
Quais as reais implicações que podem ser promovidas por uma comissão de
licitação e/ou pregoeiro e equipe de apoio que desconhecem os atos e fatos
da licitação que vão no momento do certame conduzir?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
minadas e aprovadas pelo órgão de assessoria jurídica da unidade res-
ponsável pela licitação.
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos
contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente exami-
nadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Em suma, assim que findadas todas as etapas da fase interna, a abertura (pública)
do processo administrativo acontecerá. O próximo passo é tornar público o refe-
rido processo, da forma como já aprendemos na Unidade II. A partir daí inicia-se
a fase externa da licitação, que discutiremos na Unidade IV.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
como deve ser elaborada a minuta do edital e parecer jurídico; como se cons-
titui uma comissão de julgamento; e de que modo o procedimento da licitação
será iniciado.
Pois bem, após aprender/discutir tais pontos, podemos concluir a refe-
rida unidade com a certeza de que é extremamente importante tanto para a
Administração Pública quanto para os fornecedores um bom planejamento para
a abertura da licitação, haja vista que a fase interna não é nada além da fase em
que a Administração Pública descreve sua necessidade de compra; verifica a exis-
tência de recurso orçamentário; justifica sua necessidade de aquisição; nomeia a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
comissão tanto para julgamento quanto para gestão interna do processo; entre
outras providências. Isto é, constitui um alicerce, uma base.
Evidentemente, uma fase interna bem estruturada propiciará uma certa
tranquilidade na fase externa e minimizará as chances de insucesso em tais lici-
tações, principalmente quando o assunto é a elaboração do projeto básico e/ou
termo de referência.
Nessa direção, note que é de extrema importância que os proponentes e/ou
fornecedores estejam atentos às peculiaridades dos procedimentos licitatórios,
inclusive às particularidades dos projetos básicos e termos de referências, para
que assim estejam assegurados no momento de realizarem/assumirem o com-
promisso de venda aos órgãos.
Espero que esta terceira unidade tenha sido proveitosa e que você tenha gos-
tado de aprender, ainda que sucintamente, sobre o que acontece na fase interna
das licitações.
Considerações Finais
1. Cite e explique cada uma das etapas da fase interna da licitação discutidas nesta
unidade.
2. Explique sinteticamente de que modo o procedimento da licitação será iniciado.
3. Cite e explique alguns dos elementos/requisitos que devem estar presentes no
projeto básico e no termo de referência.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
GABARITO
1. Cite e explique cada uma das etapas da fase interna da licitação discutidas nesta
unidade.
Orientação de resposta: Páginas 68-82
A fase interna da licitação é composta por todos os atos administrativos pre-
paratórios para a realização da mesma, os quais devem ser cumpridos antes da
divulgação do instrumento convocatório, daí a denominação fase interna.
IV
LICITAÇÕES NA
UNIDADE
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
A FASE EXTERNA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender como ocorre a abertura, processamento e julgamento da
licitação.
■■ Explicar o que é e quando ocorre a Homologação e a Adjudicação
dos procedimentos licitatórios.
■■ Apresentar de que modo/maneira ocorre a fase externa da
modalidade pregão, tanto em sua forma presencial quanto
eletrônica.
■■ Compreender de que modo/maneira devem ocorrer as aquisições
públicas por meio da Lei Complementar 123/2006.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Abertura
■■ Processamento e julgamento da licitação
■■ Homologação e Adjudicação
■■ A fase externa da modalidade Pregão
■■ Lei Complementar 123/2006: Das Aquisições Públicas
97
INTRODUÇÃO
Introdução
98 UNIDADE IV
A FASE EXTERNA
Findada a fase interna da licitação, inicia-se a fase externa. O ato que marca
o início da referida fase é a publicação do edital. Como já discutimos sobre o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
intervalo entre a publicação e a entrega dos envelopes na unidade II em cada
modalidade de licitação, iniciaremos as discussões da fase externa com a etapa
abertura, partindo do pressuposto que o licitante já noticiou a abertura da licita-
ção e que aguarda a apresentação das propostas pelos eventuais interessados.
DA ABERTURA
Da Abertura
100 UNIDADE IV
Para inteirar-se mais sobre como e porquê os editais de licitação são impugnados, acesse o
site disponível em:<http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/116642-vereador-pede-
impugnacao-de-licitacao-do-transporte-coletivo-da-capital.html>. Acesso em: 5 ago. 2014.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Administração Pública dependerá da quantidade de licitantes e do tipo de lici-
tação. Vale ressaltar que esses envelopes deverão ser entregues impreterivelmente
lacrados, identificados e em data, horário e local, determinados pelo edital.
Em alguns casos, no momento de entrega de tais envelopes, é realizado/feito
o credenciamento. Em outros, o credenciamento é feito na abertura do certame.
Mas, afinal, o que é credenciamento?
O credenciamento é a etapa onde serão identificados aqueles que terão voz
ativa no momento do certame (e após o certame também). Existem inúmeras
maneiras de se credenciar, sendo tais representantes proprietários ou não da
empresa/firma em questão. Nesse sentido, é importante que os fornecedores
estejam sempre atentos sobre quando e como devem se credenciar. Tais infor-
mações estarão sempre disponíveis no instrumento convocatório.
De acordo com o Art. 43 da Lei 8.666/93, a licitação deverá ser processada e jul-
gada com a observância dos seguintes procedimentos:
I. abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à ha-
bilitação dos concorrentes, e sua apreciação (grifo nosso);
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer
fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou
a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior
de documento ou informação que deveria constar originariamente da
proposta.
ETAPA HABILITAÇÃO
SISTEMÁTICA DA LEI
REQUISITOS DE SISTEMÁTICA DA LEI
N°10.520/02 (INCISO XIII DO
HABILITAÇÃO N°8.666/93(ARTIGOS 27 A 32)
ARTIGO 4°)
Todos os documentos previs- Documentos a serem exi-
tos no artigo 28, exceto nos gidos no Edital, de acordo
casos de convite, concurso, com a avaliação dos agentes
Habilitação
leilão fornecimento de bens administrativos.
Jurídica
para pronta entrega, em que
parte dos documentos pode
ser dispensada.
Todos os documentos previs- Regularidade perante a
tos no artigo 29, exceto nos Fazenda Nacional, a Se-
casos de convite, concurso, guridade Social e o Fundo
Regularidade
leilão e fornecimento de bens de Garantia do Tempo de
Fiscal
para pronta entrega, em que Serviços –FGTS, e as Fazen-
parte dos documentos pode das Estaduais e Municipais,
ser dispensada. quando for o caso.
Todos os documentos previs- Documentos a serem exi-
tos no artigo 30, exceto nos gidos no Edital, de acordo
casos de convite, concurso, com a avaliação dos agentes
Capacitação
leilão e fornecimento de bens administrativos.
Técnica
para pronta entrega, em que
parte dos documentos pode
ser dispensada.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Florêncio (online)
CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO
(...)
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órgãos de controle.
(...)
RECURSO ADMINISTRATIVO
§ 2º O recurso previsto nas alíneas «a» e «b» do inciso I deste artigo terá
efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente
e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
deração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejam com
vista franqueada ao interessado.
DA HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO
atuação da Comissão de Licitação, o que por sua vez é um suporte a mais para
evitar vícios e/ou erros.
Já a Adjudicação é o “ato pelo qual a Administração, pela mesma autoridade
competente para homologar, atribui ao vencedor o objeto da licitação. É o ato
final do procedimento” (PIETRO, 2004, p. 341). Em outras palavras, essa etapa
trata do ato declaratório que não deve ser confundido com celebração de contrato.
De acordo com o artigo 64, § 3º, a Administração convocará para assinar
o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro
do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação.
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual
período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde
que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.
Vale frisar que os licitantes não podem, por vontade própria, desistir de contratar
com o órgão depois de vencer a licitação. Se assim o fizerem, sofrerão as penali-
dades descritas no artigo 87 da Lei 8.666/93. Vejamos quais são eles:
Da Homologação e Adjudicação
110 UNIDADE IV
I. advertência;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nistração Pública enquanto perdurarem os motivos determinan-
tes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a
própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base
no inciso anterior.
A FASE EXTERNA DA
MODALIDADE PREGÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
instrumento convocatório;
IX. não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições de-
finidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores
propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances
verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços ofereci-
dos;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Feita em sessão pública com a Feita a distância em ses-
presença (física) dos participan- são pública, por meio de
FORMA DE DISPUTA tes em local determinado pelo sistema que promova a
órgão licitante. comunicação pela Inter-
net (presença virtual).
O pregoeiro dirige-se direta e Toda e qualquer comu-
verbalmente ao licitante. Toda nicação entre pregoeiro
comunicação entre eles é feita e licitante deve ser feita
em sessão pública, de forma de forma eletrônica, a fim
transparente a todos os partici- de que todos os licitantes
COMUNICAÇÃO
pantes. tenham conhecimen-
ENTRE PREGOEIRO E
to. É vedado o contato
LICITANTE
particular (por exemplo:
através do telefone ou
outro meio de comuni-
cação), durante a sessão
pública.
Os licitantes credenciam-se Somente participam os
antes da abertura do Pregão, licitantes previamente
CREDENCIAMENTO exibindo os documentos de cadastrados e que pos-
representação legal. suam senha de acesso ao
sistema eletrônico.
A apresentação dos envelo- Os licitantes possuem
pes contendo as propostas ao um prazo que antecede
pregoeiro é feita no início da a abertura do pregão
PROPOSTAS
sessão pública. para apresentar (enviar)
as propostas de forma
eletrônica.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tura do envelope contendo os pregoeiro, a habilitação
documentos de habilitação do licitante que tenha
do licitante que apresentou oferecido o melhor preço,
a melhor oferta. A verificação conforme as exigências
da habilitação poderá ser feita contidas no edital. A
também através do sistema de análise da habilitação
credenciamento. será feita: a) através de
HABILITAÇÃO
sistema de credencia-
mento; b) via eletrônica;
ou c) atravésda docu-
mentação enviada por
fax. Necessariamente a
forma da apresentação
dos documentos de
habilitação deverá estar
prevista no edital.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
LEI COMPLEMENTAR 123/2006: DAS AQUISIÇÕES
PÚBLICAS
Instituída em 2006, a Lei Complementar 123/2006, lei que entre outras instituiu
o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, destinou
o capítulo V – do acesso aos mercados, para tratar das aquisições públicas. Antes
de discutirmos as peculiaridades de tais aquisições, vamos entender, segundo
a lei em questão, o que é microempresa e o que é empresa de pequeno porte.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se micro-
empresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limita-
da e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Regis-
tro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 139, de 10 de novembro de 2011) (Produção de efeitos – vide art.
7º da Lei Complementar nº 139, de 2011)
Assim, cumpre enfatizar que, como já dito no capítulo V dessa referida Lei,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem clas-
sificada.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
favor o objeto licitado;
Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municí-
pios, poderá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para
as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promo-
ção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e
regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo
à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legisla-
ção do respectivo ente.
III. em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
§1º O valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exce-
der a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada ano civil.
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Comple-
mentar quando:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do pregão e aquisições públicas por meio da Lei Complementar 123/2006.
Pois bem, após aprender/discutir tais pontos, podemos concluir a refe-
rida unidade com a certeza de que é extremamente importante tanto para a
Administração Pública quanto para os fornecedores se preparar para as licita-
ções como um todo. Destaca-se que, na fase externa, essa preparação ainda se
faz mais efetiva, pois é nessa fase que a interação entre Administração Pública e
Fornecedores se torna mais concreta.
Evidentemente, uma fase interna bem estruturada, propiciará uma certa
tranquilidade na fase externa e minimizará as chances de insucesso em tais lici-
tações, principalmente quando o assunto é a elaboração do projeto básico e/ou
termo de referência.
Nessa direção, note que é de extrema importância que os proponentes e/ou
fornecedores estejam atentos às peculiaridades dos procedimentos licitatórios,
inclusive às particularidades dos projetos básicos e termos de referências, para
que, assim, os mesmos estejam assegurados no momento de realizarem/assu-
mirem o compromisso de venda aos órgãos.
Espero que esta quarta unidade tenha sido proveitosa e que você tenha gos-
tado de aprender sobre o que acontece na fase externa das licitações.
Para informar-se mais sobre o quanto é vantajoso participar das licitações como microempresas
e empresas de pequeno porte, acesse o site disponível em: <http://www.weblicitacoes.com.
br/micro-e-pequena-empresa-nas-licitacoes-tratamento-diferenciado-e-vantajoso-para-seu-
negocio/>. Acesso em: 7 ago. 2014.
2. Segundo determina a Lei n. 8.666/93, quais as exigências que podem ser feitas
pelo poder público na fase de habilitação?
Orientação de resposta: Páginas 97 e 98.
O objetivo da etapa habilitação é verificar as condições jurídicas, téc¬nicas, eco-
nômico-financeira, fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art.
7º da Constituição Federal dos possíveis contratados, conforme exige o art. 27
da Lei 8.666/93. Logo, as exigência que podem ser feitas são as que constam no
quadro 10 da página 97.
V
LICITAÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO
UNIDADE
PÚBLICA: OS CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender o conceito e as características dos contratos
administrativos.
■■ Explicar a estrutura básica, formato e diferenciação em relação aos
contratos privados.
■■ Apresentar a forma de alteração, cláusulas exorbitantes, execução e
rescisão dos contratos administrativos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceito e Características dos Contratos Administrativos
■■ Formalização dos Contratos Administrativos
■■ Estrutura Básica dos Contratos Administrativos
■■ Execução dos Contratos Administrativos
■■ Extinção dos Contratos Administrativos
129
INTRODUÇÃO
Introdução
130 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS
Bilateralidade
Como em todos os contratos celebrados, sejam eles particulares ou públicos, o
contrato administrativo prevê deveres e obrigações para ambas as partes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Formalismo
Os contratos administrativos, em regra, devem ser escritos. Salvo os contratos
de pequenas compras de pronto pagamento feitas em regime de adiantamento,
como descreve o artigo 60, parágrafo único da Lei 8.666/93.
Art. 60 – Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repar-
tições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus
autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a di-
reitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado
em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe
deu origem.
Comutatividade
Os contratos administrativos estabelecem uma equivalência entre as obrigações
dos contratantes.
Mutabilidade
Os contratos administrativos podem ser modificados unilateralmente, pois a lei
assim os autoriza desde que tenham respaldo em causas supervenientes do inte-
resse público. É a exceção ao princípio do pacta sunt servanda, que estabelece
que as partes contratantes devem cumprir o contrato conforme foi pactuado.
A Administração tem prerrogativa, devido ao regime jurídico que rege os
contratos e por força do artigo 58, da Lei. 8.666/93:
I. modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalida-
des de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Confiança Recíproca
A regra é que os contratos administrativos
sejam personalíssimos, o que significa dizer
que qualquer alteração quanto à subcontra-
tação é motivo de rescisão contratual. No
entanto, essa regra não é absoluta, como
explica o art. 62, § 2º da Lei 8.666/93.
[...]
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, uma vez contratada determinada pessoa física ou jurídica, esta estará, em
regra, obrigada ao cumprimento da obrigação, com a exceção prevista acima.
II. seguro-garantia;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
teses em que poderá haver revisão da remuneração do contratado. Essa revisão
está intimamente pautada na teoria da Imprevisão. Diógenes Gasparini (2010,
p. 274) bem observou a Teoria da Imprevisão e a revisão do contrato:
Segundo essa teoria, fatos imprevisíveis, anormais, fora de cogitação
dos contratantes e que tornam o cumprimento do contrato ruinoso
para uma das partes, criam uma situação que não pode ser suportada
unicamente pelo contratante prejudicado e impõe a imediata revisão
do ajuste. Assim, justifica-se a revisão, sempre que circunstância extra-
ordinária e imprevisível comprometer o equilíbrio do contrato, em ge-
ral, e do contrato administrativo, em particular, para adequá-lo à nova
realidade, mediante a recomposição dos interesses pactuados.
[...]
No prazo estabelecido no edital, que pode ser prorrogado uma vez em caso
de motivo justo, a Administração deve convocar o vencedor da licitação para
assinar o contrato, em caso de não comparecimento, além da perda do direito,
podem ser aplicadas as sanções do artigo 81 da Lei 8.666/93 e fica a critério da
Administração convocar os licitantes remanescentes da licitação.
As condições oferecidas nas propostas devem ser assumidas por 60 (ses-
senta) dias contados a partir da data da entrega das mesmas. Após esse prazo,
ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DIFERENCIAÇÃO EM RELAÇÃO AOS CONTRATOS PRIVADOS
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por essa Lei.
Os limites legais são para acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras, de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atuali-
zado do contrato, e, no caso particular de reforma do edifício ou de equipamento,
até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do
contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio
econômico-financeiro inicial.
A alteração contratual por acordo entre as partes pode acontecer nos seguin-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tes casos:
a) Quando conveniente a substituição da garantia de execução.
b) Quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou ser-
viço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica
da inaplicabilidade dos termos contratuais originários.
c) Quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposi-
ção de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado,
vedada a antecipação do pagamento com relação ao cronograma finan-
ceiro fixado sem a correspondente contraprestação de fornecimento de
bens ou execução de obra ou serviço.
d) Para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre
os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manuten-
ção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese
de sobrevirem fatos impeditivos da execução do ajustado, ou ainda, em
caso de força maior ou caso fortuito, configurando área econômica extra-
ordinária e extracontratual.
Também por acordo entre as partes podem ocorrer supressões sem conside-
rar os limites acima expostos. A alteração das cláusulas econômico-financeiras
e monetárias dos contratos administrativos somente poderá ser realizada com
prévia concordância do contratado.
EXECUÇÃO DO CONTRATO
OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO
Execução do Contrato
142 UNIDADE V
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SUBCONTRATAÇÃO
Para inteirar-se mais sobre subcontratação, acesse o site disponível em: <http://www.direitonet.
com.br/artigos/exibir/8210/Admissibilidade-de-subcontrato-na-licitacao-publica-sob-a-otica-
dos-contratos-administrativos>. Acesso em: 7 ago. 2014.
diante recibo.
§3º O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso I deste artigo não
poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais,
devidamente justificados e previstos no edital.
Execução do Contrato
144 UNIDADE V
(dois) anos;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção ou cobrada judicialmente.
§2ºAs sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser
aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do
interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
A aplicação das sanções previstas em lei é uma autorização legislativa que encon-
tra respaldo nas cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos. No entanto,
só poderão ser aplicadas após a instauração de um processo administrativo com
observância do contraditório e ampla defesa.
[...]
ainda que provisoriamente. Durante esse período, se não tiver os bens neces-
sários para essa coleta, poderá ocupar provisoriamente os bens da contratada.
DURAÇÃO E PRORROGAÇÃO
Execução do Contrato
146 UNIDADE V
III. (VETADO)
III. (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
renta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
V. às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24,
cujos contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, caso
haja interesse da administração. (Incluído pela Medida Provisória nº
495, de 2010)
V. às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art.
24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte)
meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Lei nº
12.349, de 2010)
deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. (Incluído pela
Lei nº 9.648, de 1998)
Note que o prazo do contrato pode ser maior se o objeto dele estiver previsto no
plano plurianual (PPA). Ainda, no caso de acontecer prorrogação no prazo do
contrato, deverá a mesma ser justificada por escrito e previamente autorizada
pela autoridade competente.
Também pode haver um prazo maior quando for serviço de prestação con-
tínua, ou seja, aquela que se repete sem interrupção e que é indispensável à
Administração. Tal prazo poderá ter duração de até 60 meses, desde que seja inver-
samente proporcional ao preço, ou seja, quanto maior o prazo, menor o preço.
Uma outra exceção que pode ser indicada refere-se aos contratos que envol-
vam aluguéis de equipamentos ou programas de informática, que poderão ter
mais de 48 (quarenta e oito) meses.
Execução do Contrato
148 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IV. (VETADO)
§2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do arti-
go anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos
prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda
direito a:
I. devolução de garantia;
§3º (VETADO)
§4º (VETADO)
RESCISÃO ADMINISTRATIVA
É feita pela Administração de forma unilateral, seja por interesse público, seja
por descumprimento de alguma cláusula contratual, conforme estabelecido no
artigo 79 da Lei de Licitações. A Administração poderá rescindir o contrato ainda
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por razões de interesse público, todavia, terá que indenizar. Também é possí-
vel rescisão contratual quando o contratado estiver descumprindo o contrato.
RESCISÃO JUDICIAL
ANULAÇÃO
Já dizia Maria Sylvia (2001, p. 276), em uma de suas brilhantes obras, que
A Administração Pública, estando sujeita ao princípio da legalidade,
tem que exercer constante controle sobre seus próprios atos, caben-
do-lhe o poder-dever de anular aqueles que contrariam a Lei. Trata-se
da prerrogativa que muitos denominam de autotutela e que não deixa
de corresponder a um dos atributos dos atos administrativos, que diz
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ademais, como todo e qualquer processo, mister se faz observar o disposto no
princípio do contraditório e da ampla defesa, o qual deverá se aplicar na hipó-
tese de anulação.
Entretanto, de acordo com o disposto no art. 59, a declaração de nulidade
do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos
que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Ressalta-se, portanto, em consonância com o parágrafo único do artigo
supramencionado, que a nulidade aqui tratada não exonera a Administração do
dever de indenizar o contratado pela parte do contrato já executada, sob pena
de incorrer em enriquecimento ilícito.
Nota-se ainda que a Administração deverá promover a apuração da res-
ponsabilidade de quem deu causa ao vício que levou à invalidação do contrato.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
1. Conceitue Contrato Administrativo e apresente as suas características.
2. Apresente os critérios que distinguem/diferenciam os contratos Administrativos
dos contratos privados.
3. Apresente e explique ao menos duas cláusulas dos contratos administrativos
que são apontadas como exorbitantes.
4. A parte contratada, nos Contratos Administrativos, pode subcontratar? Explique.
5. Indique quais são as formas de extinção dos Contratos Administrativos, concei-
tuando cada uma delas.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
GABARITO
que são Contratos Administrativos, bem como suas características, estrutura, execu-
ção e extinção. Tal aprendizagem foi fundamental para o entendimento dos Contra-
tos Administrativos que vigoram nas licitações como um todo, tanto para aqueles
que estão do lado da administração pública, ou seja, que representam os contratan-
tes, quanto para aqueles que estão do lado dos contratados, quais sejam, os possí-
veis e prováveis fornecedores.
Ademais, ampliamos e fixamos os conhecimentos adquiridos por meio do Saiba
Mais, Reflita, Estudo de Caso, Fóruns, Atividades de Estudo, entre outros.
Assim, concluímos esta disciplina na certeza de que ela lhe será muito útil ao prestar
seus serviços tanto na área pública quanto na área privada. Nessa direção, continue
estudando sobre o assunto e permaneça sempre atento às mudanças.
Lembre-se de que toda e qualquer informação/conhecimento adicional contribui
para a solidificação de sua formação. É assim que você vai crescer profissionalmente.
Despedimo-nos com as palavras da Professora, escritora e palestrante na área de
Licitações e Contratos, Madeline Rocha Furtado (apud FLORÊNCIO, online):
O difícil não é ensinar, não é aprender. O difícil é estar disponível para ensinar e
aprender. Para ensinar, é preciso estar aberto e livre. Para aprender, também temos
de ser livres. Ensinar e aprender são atos recíprocos e simultâneos. Ensinar é com-
partilhar ideias e ter prazer nessa troca. Aprender é compartilhar ideias sem se sentir
menor por isso. Ensinar é proporcionar ao outro a possibilidade de compreender o
que dizemos e fazer com que o aprendiz se torne professor. Ensinar é ter humildade
de aprender a cada dia com quem pensamos não saber.
Até a próxima!
Professora Me. Daniela Carla Monteiro
Professor Esp. Juliano Miqueletti Soncin
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REFERÊNCIAS