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1.Japão: Seu desenvolvimento tomou impulso após a Segunda Guerra Mundial.

Principais parceiros econômicos (exportação): Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Hong Kong
• Principais parceiros econômicos (importação): China, Arábia Saudita, Austrália, Indonésia,

Ausência de recursos naturais, ocasionando em importação desses insumos. Devido a esse


fator, o Japão tende a exportar produtos de alto valor agregado, tecnologia.
Destaca-se na produção e exportação de veículos, equipamentos eletrônicos e artigos de
informática.  A metalurgia, siderurgia e produção naval também são destaques na economia
japonesa. Além de grandes empresas multinacionais, o Japão conta com um forte sistema
bancário.  A infraestrutura (portos, rodovias, geração de energia, etc) japonesa também é
muito desenvolvida, fator que colabora muito com o desenvolvimento econômico do país.

Era Meiji foi a principal época do início da industrialização japonesa, dando destaque a
formação dos zaibatsus, grupos familiares que possuíam o monopólio de certos setores
industriais do país.
O início do século XX foi marcado pelas duas Grandes Guerras e, ao fim da Segunda
Guerra Mundial, o Japão sai derrotado, com uma economia fragilizada. Para contornar
esse cenário, o país contou a ajuda dos EUA através do Plano Dodge, que teve como
objetivos promover a recuperação económica do Japão e garantir um aliado na região, o
que ajudaria a conter o avanço soviético nos países asiáticos.
Com a intervenção estadunidense na economia japonesa do pós-guerra, não tardou para
que o Japão iniciasse uma fase de rápido crescimento econômico, denominada de
“milagre japonês”; que permitiu que a economia japonesa se tornasse, nos dias de hoje,
uma grande potência na economia mundial.
Nas décadas seguintes, podemos ver indústrias que se tornaram essenciais para a
economia japonesa: automobilística, maquinários elétricos pesados, computadores e
indústrias petroquímicas. Estas indústrias foram consideradas “indústrias em
crescimento”, com alto potencial de crescimento ou retornos crescentes de escala, e cujo
os investimentos por parte do governo era alto.
O Japão alcançou um bom estágio de crescimento ao longo do século XX, crescendo em
taxas e tornando-se a segunda maior economia do planeta.
O país havia adotado uma linha de compressão do consumo e proteção estatal das grandes
empresas.
Na década de 1970, a economia japonesa sofreu os impactos do choque do petróleo, mas
demonstrou capacidade de resposta, avançando em setores como automobilística e
eletrônica e conquistando nichos nos mercados norte americano e europeu. No entanto,
mudanças significativas se seguiram, incluindo as transformações no contexto
internacional e o acirramento das pressões para que o Japão abrisse a sua economia.
As décadas de 1950 e 1960 foram marcadas pela consolidação de um projeto hegemônico
de desenvolvimento, baseado na adoção de políticas protecionistas e de intervenção
estatal nas empresas.
Esse regime foi abalado a partir da década de 1970, resultado tanto de transformações
domésticas como internacionais. Uma dimensão crítica foi a cisão entre os interesses
empresariais. A política industrial japonesa passou a voltar-se para o uso de mecanismos
de mercado e para as desregulamentações. A política industrial japonesa voltou-se para
questões internacionais; em particular, para as desregulamentações destinadas a
liberalizar o mercado.
Esse fator introduziu um forte grau de instabilidade na economia, que passou a contar com a
formação de bolhas especulativas e desregulamentação dos bancos japoneses. O governo, ao
adotar uma política monetária muito expansionista, contribuiu para o excesso de investimento
e para a formação da bolha. Devido a essas questões que podemos evidenciar o início da crise
japonesa nos anos 1990.
Podemos também afirmar que a crise se acentuou a partir da ascensão de alguns concorrentes
que começaram a ganhar mercados e a tomar espaços que antes eram hegemonizados pelo
mercado japonês, como a China e os Tigres Asiáticos.

Em 1997, a crise asiática acentuou a estagnação econômica que o Japão estava enfrentando e
esse período veio a ficar conhecido como a década perdida do Japão, aonde baixos níveis de
crescimento caracterizavam sua economia.

Mais de 25 anos após o início da quebra do mercado, o Japão ainda está sentindo os efeitos da
Década Perdida, acentuadas também com a crise de 2008.

Recentemente, após Shinzo Abe ser eleito como Primeiro-Ministro do Japão em 2013, Abe
introduziu um programa de reforma conhecido como Abenomics, que trata dos muitos
problemas surgidos com a Década Perdida japonesa. As três flechas da Abenomics são focadas
na despesa orçamental, desregulamentação de setores privilegiados da economia japonesa e
flexibilização monetária.
Tigres Asiáticos, formado por Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan, foram resultado
da expansão econômica japonesa durante a década de 70, que , transferiu suas tecnologias
intensivas em mão de obra e de valor agregado para a região.
São caracterizados como países asiáticos que apresentaram significativo desenvolvimento
econômico a partir da década de 1970, ao se consolidarem como plataformas de exportação.
A exportação de produtos com alto valor agregado – produtos eletrônicos, tecnológicos,
automóveis – proporcionaram, no decorrer dos anos, que os Tigres Asiáticos também
pudessem acumular capital.
Os Tigres Asiáticos oferecem: Incentivos fiscais, Mão-de-obra barata e qualificada, além de
uma infraestrutura moderna.
Durante o início da década de 2000 surge também “Novos Tigres Asiáticos” formado por
Tailândia, Filipinas, Indonésia e Malásia. Esses países embora tenham experimentado um
crescimento expressivo na atividade industrial, estão subordinados economicamente aos
países investidores. Além disso, o desenvolvimento econômico não foi acompanhado pelo
progresso nas áreas sociais, como ocorreu com a primeira geração dos Tigres Asiáticos. Ao
contrário, a desigualdade social, nos Novos Tigres Asiáticos foi intensificada após a expansão
econômico-industrial.
Em ambos casos, o modelo industrial desses países é caracterizado como IOE (Industrialização
Orientada para a Exportação).
Após décadas de uma performance econômica espetacular dos países asiáticos, em 1997
ocorre a grande crise asiática. Uma combinação de supervisão inadequada do setor financeiro,
excessiva confiança do mercado e massivo investimento externo não fiscalizado levou a um
forte declínios das moedas, bolsas de valores e nos preços dos ativos financeiros de vários
países asiáticos, cujos sistemas financeiros ficaram ameaçados. O impacto também chegou à
economia real, com falências, desemprego e agravamento de problemas sociais. Outros países
emergentes também foram pressionados. O crescimento da economia mundial foi freado nos
dois anos seguintes.
A relação de dependência dos investimentos externos – que ocorreu no início do crescimento
econômico desses países – então se enfraquece. O fortalecimento dos grupos econômico-
financeiro do próprio país, passam a necessitar expandir suas áreas de aplicação do capital
para além de suas fronteiras.
China e a Nova Rota Da Seda

O vertiginoso crescimento econômico da China das últimas décadas estabeleceu o país como
uma das grandes potências de primeira grandeza do sistema internacional. Mesmo com a
redução do ritmo do crescimento, estima-se que a China em breve se tornará a maior
economia do mundo. O registro histórico indica que a ascensão econômica da China será
acompanhada por sua ascensão política e militar.

A China buscará ampliar sua esfera de influência sobre seu entorno geográfico com o intuito
de estabelecer uma hegemonia regional. A iniciativa One Belt, One Road (OBOR) é a principal
ferramenta das autoridades em Pequim para estabelecer uma hegemonia chinesa sobre a
Eurásia.

Por meio do investimento em infraestrutura no grande continente, a China irá criar uma rede
de transporte terrestre e marítima que garantirá ao país acesso às principais rotas comerciais e
energéticas da Eurásia, reduzindo sua vulnerabilidade no que diz respeito ao escoamento de
suas exportações e ao acesso às importações de matérias primas.

A OBOR pode ser considerada a manifestação prática de uma estratégia de economia política
internacional cujo objetivo é consolidar a China como a primeira potência econômica da
Eurásia. A garantia de acesso a importações de commodities estratégicas, principalmente
energéticas, e de escoamento de bens manufaturados e de excesso de capacidade industrial é
de suma importância para o país sustentar seu desenvolvimento socioeconômico,
principalmente enquanto o país faz sua transição para o novo normal. Mas a OBOR é, também,
consequência natural do crescimento econômico chinês sem paralelos na história moderna, e
que agora se manifesta em termos geopolíticos e na balança de poder internacional.

Com o desenvolvimento e crescimento gradual de uma esfera de influência chinesa, atritos


internacionais serão inevitáveis. Mearsheimer vai além, e afirma que a China não ascenderá de
forma pacífica. Uma intensa competição de segurança com os Estados Unidos é o cenário mais
provável. A China tentará dominar a Ásia da mesma forma que os EUA dominam o hemisfério
ocidental. Mais especificamente, a China tentará maximizar o gap de poder entra ela e seus
vizinhos, principalmente Rússia, Japão e Índia, assim como tentará afastar a influência norte-
americana sobre a Ásia.

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