You are on page 1of 82

Engenheiro Civil - Conhecimento Específico

- FUNDAÇÕES

Serve para transmitir as cargas das estruturas para o solo.

Recalque: Movimento vertical descendente de um elemento estrutural. Quando for


ascendente é chamado de levantamento.

Conta de Arrasamento: Nível em que deve ser deixado o topo da estaca ou tubulão.

Nega: Penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação do golpe do pilão. Em
geral é medida por uma serie de 10 golpes.

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS OU DIRETAS : A transmissão da carga pelas pressões distribuídas


sob a base da fundação. Ex: Sapatas , blocos radier. Tem a profundidade de assentamento
Menor que 2x menor dimensão. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação
for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser menor que 1,5m. Em planta , as
sapatas ou blocos não devem ter dimensões menores que 60cm. ** Não deve ser utilizado
caso o terreno tenha um aterro mal compactado, argila mole, areia fofa e muito fofa e
existência de água onde o rebaixamento do lençol freático não se justifica economicamente*

SAPATA: Feita em concreto armado. Trabalham a flexão: Tensões de tração são resistidas pela
armadura. É necessário que o solo tenha uma alta capacidade de suporte. Antes da instalação
da sapata deve ser feita uma camada de concreto (magro) de no mínimo 5cm. Indicadas para
solos com alta capacidade de suporte e costumam ser mais econômicos que outros tipos de
fundação.

BLOCOS: Elementos de grande rigidez executados com concreto simples ou ciclópico. Não há
necessidade de armadura

RADIER : Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares ( como se fosse uma
placa de concreto construída sobre o terreno)

SAPATA ASSOCIADA OU RADIER PARCIAL: Sapata comum a vários pilares com centros não
alinhados

VIGA DE FUNDAÇÃO: Elementos da fundação comum a vários pilares com centros alinhados (
é uma viga grande p fundação com os pilares todos do lado nessa viga)

SAPATA CORRIDA: Sapata com carga distribuída linearmente ( é uma sapata alongada com os
pilares distribuídos em cima dele)

OBS:

SAPATA ISOLADA: Quando suporta apenas um pilar

VIGA DE FUNDAÇÃO: Quando Suporta 2 ou mais pilares, cujos centros, em planta, estejam
alinhados.

SAPATA DE DIVISA: Caso o pilar seja de divisa ( fronteira com o terreno do vizinho)
FUNDAÇÕES PROFUNDAS: Transmitem a carga pela base ( resistência de ponta) e pela sua
superfície ( resistência de fuste) . Ex: Estacas e Tubuloes . Profundidade é maior que o dobro
de sua menor dimensão em planta e no mínimo 3m.

ESTACAS: MOLDADAS IN LOCO: broca, Strauss , framki, raiz, hélice continua. Nas estacas não
há descida do operário em qualquer fase da execução.

- PRE-MOLDADAS : concreto, metálicas e de madeira

TUBULÕES: Escavação do furo feita Manual ou mecânica, com descida do pessoal para o
alargamento da base ou limpeza do fundo, quando não há base, pelo menos na sua etapa
final. As cargas são transmitidas essencialmente pela base. Podem ser executado com ou sem
revestimento.

PODEM SER DE CÉU ABERTO : É empregado acima do lençol freático, ou mesmo abaixo dele
nos casos em que o solo se mantenha estável sem risco de desmoronamento e seja possível
controlar a agua no interior do tubulão.

AR COMPRIMIDO (PNEUMÁTICO) :Utilizado quando é preciso utilizar o tubulão abaixo do


nível dágua em solos que não se mantem estáveis sem risco de desmoronamento e não seja
possível controlar a agua do interior do tubulão. Injeta-se ar comprimido de até 3atm
(0,3Mpa), Podem ser colocados até 30m do nível da água por conta da pressão. utilizam um
equipamento chamado campânula que serve para pressurizar o tubulão enquanto é
executado. É executado com ou sem revestimento.

** OBS: Os tubulões não podem ter a base com alturas superiores a 1,8m. Para tubulões de ar
comprimido as bases poderão ter altura de até 3m.

ESTACA RAIZ: Perfuração rotativa ou roto-percussiva ( auxiliada por circulação de agua), com
revestimento ( para suportar as paredes da escavação) , no trecho em solo, por tubos
metálicos. Armada em todo o comprimento. Material utilizado: Argamassa de cimento (
consumo de 600kg/m³ ) e areia. Golpes de ar comprimido e retirada do revestimento.

ESTACA ESCAVADA COM INJEÇÃO OU MICROESTACA: Perfuração rotativa com circulação de


agua. Armada e injetada com calda de cimento ou argamassa através de tubo manchete (
tubo introduzido que possui válvulas que conseguem injetar por meio de bomba a
argamassa com pressão, fazendo com que penetre nas laterais do solo) , que visa aumentar a
resistência do atrito lateral. Pode adotar tubo metálico estrutural com manchetes para a
injeção da argamassa ou ser armada com barras e a injeção feita por tudo de PVC com
manchetes. Injeções são feitas de baixo para cima.

ESTACA TIPO BROCA: Tipo de fundação profunda executada por perfuração com trado manual
e posterior concretagem, sempre acima do lençol freático, ou seja, é uma estaca escavada
mecanicamente (sem emprego de revestimento ou de fluido estabilizante). Em geral estas
estacas não são armadas, utilizando somente ferros de ligação com o bloco. Quando
necessário, ela pode ser armada para resistir os esforços da estrutura.

ESTACA STRAUSS : Escavação com sonda ( piteira) e introdução de revestimento metálico.


Lançamento de concreto e simultâneo apiloamento (bulbo) . Não indicada para areias
submersas e argilas moles – não indicada na presença de lençol freático. Indicada para locais
confinados e provoca pouca vibração.
ESTACA FRANKI: Cravação por um tubo de ponta fechada por uma bucha seca de pedra e
areia. ( estaca de deslocamento pois ele não retira o solo e sim desloca) Expulsão da bucha,
execução da base alargada, instalação da armadura e execução do fuste de concreto apiloado
com retirada simultânea do revestimento. Causa muita vibração. É toda armada.

ESTACA HÉLICE CONTÍNUA: Escavação por trado helicoidal continuo e concretagem pela
haste central da haste simultaneamente á sua retirada. Colocação da armadura após a
concretagem . Execução não ocasiona vibração e ruído excessivos.

ESTACAS PRÉ-MOLDADAS: Cravação por percussão, prensagem ou vibração. Fazem parte do


grupo das Estacas de deslocamento. Feitas de madeira, aço , concreto armado ou protendido.

ESTACAS DE REAÇÃO OU TIPO MEGA: Também conhecidas como Estacas Prensadas. São
cravadas com auxilio de macaco hidráulico. Usadas como reforço de fundação.

ESTACAS BARRETE OU ESTAÇÃO: é um tipo de estaca moldada in loco, escavada por clam-
shell, que se caracteriza por apresentar seção transversal retangular.

OBRAS DE CONTENÇÃO

Muros são estruturas corridas de contenção de parede vertical ou quase vertical, apoiadas em
uma fundação rasa ou profunda. Podem ser construídos em alvenaria (tijolos ou pedras) ou em
concreto (simples ou armado), ou ainda, de elementos especiais. Os muros de arrimo podem
ser de vários tipos: gravidade (construídos de alvenaria, concreto, gabiões ou pneus), de flexão
(com ou sem contraforte) e com ou sem tirantes.

As estruturas de arrimo são utilizadas quando se necessita manter uma diferença de nível na
superfície do terreno, mas o espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível através
de taludes.

As estruturas podem ser:


- rígidas: a forma da estrutura não se altera com a pressão lateral de terra e experimenta,
somente, rotação e translação como um todo.
- flexíveis: estruturas que apresentam distorções decorrentes da pressão de terra.

Muros de Concreto Ciclópico ou Concreto ( muro de Gravidade )

Muros de Gravidade são estruturas corridas que se opõem aos empuxos horizontais pelo peso
próprio. Geralmente, são utilizadas para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a
cerca de 5m. Os muros de gravidade podem ser construídos de pedra ou concreto (simples ou
armado), gabiões ou ainda, pneus usados. Necessita de sistema de drenagem.
Muros de alvenaria de pedra
No caso de muro de pedras arrumadas manualmente, a resistência do muro resulta
unicamente do embricamento dos blocos de pedras. Este muro apresenta como vantagens a
simplicidade de construção e a dispensa de dispositivos de drenagem, pois o material do muro
é drenante. Outra vantagem é o custo reduzido, especialmente quando os blocos de pedras
são disponíveis no local.
No entanto, a estabilidade interna do muro requer que os blocos tenham dimensões
aproximadamente regulares, o que causa um valor menor do atrito entre as pedras.
Muros de pedra sem argamassa devem ser recomendados unicamente para a contenção de
taludes com alturas de até 2m. A base do muro deve ter largura mínima de 0,5 a 1,0m e deve
ser apoiada em uma cota inferior à da superfície do terreno, de modo a reduzir o risco de
ruptura por deslizamento no contato muro-fundação.
Quanto a taludes de maior altura (cerca de uns 3m), deve-se empregar argamassa de
cimento e areia para preencher os vazios dos blocos de pedras. Neste caso, podem ser
utilizados blocos de dimensões variadas. A argamassa provoca uma maior rigidez no muro,
porém elimina a sua capacidade drenante.
Muros de gabião

São constituídos por gaiolas metálicas preenchidas com pedras arrumadas manualmente e
construídas com fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção. As dimensões
usuais dos gabiões são: comprimento de 2m e seção transversal quadrada com 1m de aresta.
No caso de muros de grande altura, gabiões mais baixos (altura = 0,5m), que apresentam
maior rigidez e resistência, devem ser posicionados nas camadas inferiores, onde as tensões
de compressão são mais significativas. Para muros muito longos, gabiões com comprimento de
até 4m podem ser utilizados para agilizar a construção.

São estruturas ; Monoliticas ; Resistentes ; Duráveis ; Armadas ; Flexíveis ; Permeáveis ; de


Baixo Impacto Ambiental ; Econômicas.

- Gabião Tipo Caixa

É uma estrutura metálica, em forma de paralelepípedo, produzida a partir de um único pano


de malha hexagonal de dupla torção, que forma a base, a tampa e as paredes frontal e traseira

As dimensões são padronizadas:


- Comprimento, sempre múltiplo de 1m, varia de 1 a 4 m, com exceção de gabião de 1,5m.
- Largura sempre 1m
- Altura pode variar de 0,5m a 1m

- Gabião Tipo Saco

É uma estrutura metálica, com forma de cilindro, constituídos por um único pano de malha
hexagonal, de dupla torção que, em suas bordas livres, apresenta um arame especial que
passa alternadamente pelas malhas para permitir a montagem da peça do canteiro.
- Gabião Tipo Colchão Reno

É uma estrutura metálica, em forma de paralelepípedo, de grande área e pequena espessura. É


formado por 2 elementos separados, a base e a tampa , ambos produzidos com malha
hexagonal de dupla torção.

São estruturas flexíveis adequadas para a construção de obras complementares tais como
plataforma de deformação para proteger a base dos muros, canaletas de drenagem,
revestimentos de taludes, além de sua função principal, que é atuar como revestimento
flexível as margens e fundo de cursos dágua.

Muros de Flexao

Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas com seção transversal em forma de “L” que
resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço, que se apóia
sobre a base do “L”, para manter-se em equilíbrio. Em geral, são construídos em concreto
armado, tornando-se anti-econômicos para alturas acima de 5 a 7m. A laje de base em geral
apresenta largura entre 50 e 70% da altura do muro. A face trabalha à flexão e se necessário
pode empregar vigas de enrijecimento, no caso alturas maiores.
Muros de Sacos de Solo- Cimento

São constituídas por camadas formadas por sacos de poliéster ou similares, preenchidos por
uma mistura cimento-solo.
Após a homogeneização, a mistura é colocada em sacos, com preenchimento até cerca de dois
terços do volume útil do saco.
O ensacamento do material facilita o transporte para o local da obra e torna dispensável a
utilização de fôrmas para a execução do muro

CORROSÃO NAS ARMADURAS DE CONCRETO ARMADO

A corrosão é a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação química ou


eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços mecânicos. Como consequência da
interação entre o material e o meio originam-se alterações prejudiciais indesejáveis que tornam
o material inadequado para o uso.
No interior do concreto o aço está protegido por uma camada passivadora que envolve o aço,
esta camada é formada e mantida devido ao elevado pH na solução dos poros do concreto.
Desta forma, para que haja corrosão é necessário que a camada passivadora seja destruída
(despassivação). Agentes agressivos como os íons cloretos e a carbonatação podem promover
a despassivação, deixando o aço susceptível ao processo corrosivo. No concreto armado a
corrosão é considerada eletroquímica, que ocorre em meio aquoso, necessita de um eletrólito,
uma diferença de potencial, oxigênio e agentes agressivos. A corrosão afeta diretamente a
durabilidade reduzindo desta forma a vida útil da estrutura.

Passivação Das Armaduras No Concreto

O concreto proporciona a armadura uma dupla proteção. Primeiro uma proteção física,
impedindo o contato direto como o exterior e, segundo, uma proteção química, conferida pelo
elevado pH do concreto, que promove a formação de uma película passivadora que envolve o
aço.

Esta película passivadora protetora do aço é gerada a partir de uma rápida e extensa reação
eletroquímica que resulta na formação de uma fina camada de óxidos, transparente e aderente
ao aço.

A elevada alcalinidade da solução dos poros do concreto favorece a formação e manutenção da


camada passivante do aço no interior do concreto.

Existem algumas teorias para explicar a composição da película passivadora, a mais aceita
aponta a formação de uma película composta de duas camadas: uma mais interna, composta
principalmente por magnetita e outra mais externa, composta por óxidos férricos.

Para um pH de 12,5 a 13,5 (meio altamente alcalino do concreto, em condições normais, que
fornece às armaduras um alto grau de proteção contra corrosão) e para uma faixa usual de
potencial de corrosão no concreto da ordem de +100mV a -400mV em relação ao eletrodo
padrão de hidrogênio, as reações do eletrodo verificadas no ferro são de passivação

Despassivação e Carbonatação

A película passivadora mantém o aço protegido, desta forma, para haver corrosão é necessária
a destruição desta camada, ou seja, despassivação da armadura. O ataque de íons cloretos e, a
carbonatação são os principais agentes despassivadores.

A despassivação por carbonatação é à ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da


armadura.

Nas estruturas de concreto armado, a corrosão é caracterizada por ser um processo


eletroquímico. Que pode ser causado pela carbonatação, que provoca uma diminuição do pH
causando por consequência a despassivação da armadura, por ação de íons cloretos
contribuindo com a diminuição da resistividade do concreto e com o ataque da camada
passivadora.
A carbonatação é um processo físico-químico entre os compostos hidratados do cimento e o
CO2 atmosférico que, não prejudica o concreto simples, más no concreto armado pode provocar
prejuízos consideráveis como agente despassivador das armaduras, que pode desencadear um
processo de corrosão generalizada. No entanto, mesmo após a despassivação do aço, para que
haja corrosão é necessário a presença de um eletrólito, diferença de potencial e oxigênio.

A qualidade e a espessura do cobrimento do concreto, juntamente com o teor CO2 e valores da


umidade relativa do ambiente entre 50 e 70%, são fatores que podem acelerar a carbonatação,
e por consequência a corrosão.

o processo de carbonatação se inicia na superfície do concreto, formando uma frente de


carbonatação, separando duas zonas distintas de pH, uma com valores na faixa de 12 e a outra
na faixa de 8. Essa frente avança paulatinamente para o interior do material e, ao atingir a
armadura, desestabiliza o filme óxido passivante, promovendo a despassivação, o que propicia
o início de um processo de corrosão generalizada. Esse avanço da frente de carbonatação é
melhor representado através da figura abaixo:

Variáveis que influem na carbonatação dos concretos

A velocidade e a profundidade de carbonatação do concreto armado dependem de fatores


relacionados com o meio ambiente e as características do concreto endurecido, conforme
tabela abaixo:

Principais fatores que condicionam a velocidade de penetração da frente de carbonatação


Condições De Exposição

a) Umidade relativa do ambiente e saturação dos poros

a umidade relativa afeta a carbonatação, sendo em condições de baixa umidade (inferiores


a 50%) a carbonatação menor, porque não haverá água para dissolver o CO2, e em
condições de saturação de água dos poros, a carbonatação também será menor, porque a
difusão de CO2 é muito pequena. A carbonatação ocorre de forma mais acelerada em
concretos de baixa qualidade e em ambientes com umidade relativa variando entre 50 e
70%.

b) Temperatura

A difusão do CO2 como o principal fator que rege a velocidade da carbonatação, o qual segundo
os autores é muito pouco afetado pela temperatura.

c) Concentração de CO2

Quando o ambiente possui elevada concentração de CO2 a velocidade de carbonatação


aumenta, principalmente em concretos com elevada relação a/c.

Por ser um fenômeno regido pela difusão do CO2 para o interior do concreto, quanto maior a
concentração externa mais veloz será a carbonatação do concreto

Corrosão

A corrosão das armaduras é a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por
reação química ou eletroquímica. Para que haja o início da corrosão é determinante a
despassivação da armadura, o que ocorre frente a pelo menos uma das duas condições básicas
seguintes: presença de quantidade suficiente de cloretos ou diminuição da alcalinidade do
concreto, esta última causada principalmente pelas reações de carbonatação do concreto.

O processo de corrosão das armaduras no interior do concreto pode ser classificado como
corrosão eletroquímica, que por sua vez ocorre em meio aquoso, havendo a necessidade de um
eletrólito, diferença de potencial, oxigênio e agentes agressivos.

Mesmo após a despassivação da armadura, só irá haver corrosão se as seguintes condições


estiverem presentes:

- Eletrólito: Deve existir água suficiente no interior do concreto para atuar como eletrólito capaz
de transportar os íons das reações de corrosão.

- Diferença de potencial elétrico: deve existir uma diferença de potencial elétrico entre regiões
da armadura. A diferença de potencial na armadura se deve à formação de células diferencias
de umidade, aeração, concentração salina, tensão mecânica ou heterogeneidades na
constituição do aço.

- Oxigênio: é necessário que exista oxigênio para a reação de corrosão. o processo de corrosão
de armaduras é a transformação de aço metálico em ferrugem acompanhado por um aumento
no volume de até 600% do volume original do metal. Esse aumento de volume é atribuído como
principal causa da expansão e fissuração do concreto.

Métodos Para Proteção Contra A Corrosão

Mesmo que a estrutura seja projetada e construída dentro dos critérios de durabilidade exigidos
nas normas, existem ambientes suficientemente agressivos que acabam por atacar a armadura
do concreto. Em casos como este, se faz necessário a utilização de métodos complementares de
proteção da armadura.

Os métodos complementares de proteção são divididos em dois grandes grupos: os que atual
sobre o aço, e os que atuam sobre o concreto:

Outra divisão para os sistemas de proteção das armaduras é proposta na figura abaixo, onde
as técnicas são divididas em eletroquímicas, revestimentos, armaduras especiais e inibidores
de corrosão.
- As técnicas eletroquímicas são três: proteção catódica, extração de cloretos e realcalinização.
Estas técnicas consistem em aplicar uma corrente elétrica contínua entre a armadura, que
funciona como catodo, e um eletrodo auxiliar externo, que funciona como anodo. As principais
diferenças estão na densidade de corrente e na duração do tratamento.

- A proteção física da armadura através de revestimentos a armadura poderá ser protegida


contra a corrosão com a utilização de revestimentos em sua superfície. Esses revestimentos
podem ser de metais mais resistentes ou de materiais orgânicos, à base de epóxi.

- Quanto ao uso de armaduras especiais, com o surgimento das armaduras resistentes à


corrosão, mudam-se os conceitos em relação à durabilidade da estrutura. Fala-se agora de
materiais que não estão sujeitos à corrosão, ou apresentam períodos de iniciação muito longos
e taxas de corrosão desprezíveis. Pode-se atingir com relativa facilidade vida útil de 100-120
anos;

- Inibidor de corrosão é um composto químico que quando introduzido no concreto em


quantidades reduzidas, pode evitar ou diminuir corrosão das armaduras sem afetar
negativamente as propriedades físicas ou microestrutura do concreto. O mecanismo de
proteção por inibição é conseguido pelo uso de inibidores de corrosão anódicos, catódicos ou
mistos, como, por exemplo, os nitritos de cálcio ou sódio e as aminas.

- IMPERMEABILIZAÇÃO

É o produto resultante de um conjunto de componentes e serviços que objetivam proteger as


construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade.-

- Os sistemas de impermeabilização podem ser rígidos ou flexíveis; e aderidos, semi-aderidos


ou não aderidos a base.

Os sistemas de impermeabilização consistem, basicamente, nos seguintes serviços:


- regularização;
- caimentos;
- a impermeabilização propriamente dita; e
- proteção mecânica
- Membranas Flexíveis Moldadas in Loco: Emulsões asfálticas; Soluções asfálticas; Emulsões
acrílicas; Asfaltos oxidados + Estrutura; Asfaltos modificados + Estrutura + Elastômeros em
solução (Neoprene/Hypalon)
- Mantas Flexíveis Pré-Fabricadas: Mantas asfálticas;
Mantas elastoméricas (Butil / EPDM); Mantas poliméricas (PVC).
- Membranas Rígidas Moldadas in Loco: Cristalização; Argamassa rígida.
- São argamassas que são aplicados aditivos que impermeabilizam a argamassa e o concreto.
- Os sistemas de impermeabilização rígida destinam-se a estruturas sem movimentação ou
oscilações térmicas tais como cortinas de subsolo e reservatórios subterrâneos, fundações.

Conforme visto acima, os sistemas de impermeabilização podem ser rígidos ou flexíveis.

Camadas da Impermeabilização:

(item I) camada de proteção mecânica: Estrato com a função de absorver e dissipar os


esforços estáticos ou dinâmicos atuantes por sobre a camada impermeável, de modo a
protegê-la contra a ação deletéria destes esforços.

(item II) camada de proteção térmica: Estrato com a função de reduzir o gradiente de
temperatura atuante sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra os efeitos
danosos do calor excessivo.

(item III) camada impermeável: Estrato com a função de prover uma barreira contra a
passagem de fluidos.

(item IV) camada de regularização: Estrato com as funções de regularizar o substrato,


proporcionando uma superfície uniforme de apoio adequado à camada impermeável, e
fornecer a ela uma certa declividade, quando esta for necessária.

(item V) corresponde ao substrato de concreto a ser impermeabilizado

Ex:2

Camada 1: Isolante Térmico. Nesse caso, interessa ressaltar que o isolamento destina-se à
laje,conforme destaca o comando da questão, a fim de propiciar conforto térmico no interior
da edificação, e não à impermeabilização.
Camada 2: Camada Impermeável .
Camada 3: Proteção Mecânica. Estrato com a função de absorver e dissipar os esforços
estáticos ou dinâmicos atuantes por sobre a camada impermeável.
Camada 4: Pedra, Brita ou Pedregulho. Por se tratar de laje de cobertura, normalmente de
acesso restrito,

** - Manta: material impermeável, industrializado, obtido por calandragem, extensão ou


outros processos, com características definidas. É um produto pré-fabricado.

** - Membrana: Produto impermeabilizante, moldado no local, in loco, com ou sem


estruturante.

- O projeto de impermeabilização deve atender aos seguintes detalhes construtivos:


- a inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser no mínimo de 1% em direção aos
coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%

1 - Sistemas Rígidos

O sistema rígido de impermeabilização, também denominado sistema contínuo de


impermeabilização com emprego de argamassas, é aplicável a estruturas sujeitas a mínimas
variações térmicas, pequenas vibrações e/ou exposição solar.

São normalmente empregados em reservatórios inferiores, subsolos, piscinas enterradas etc.


Costuma apresentar-se em sistemas monocapa (aplicação uma única vez). A argamassa
impermeável e o concreto impermeável também são sistemas rígidos.

- Deve ser feita com argamassa impermeável com aditivo hidrófugo

A impermeabilização do tipo rígido deve ser de:

a) argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;


b) argamassa modificada com polímero;
c) argamassa polimérica;
d) cimento cristalizante para pressão negativa;
e) cimento modificado com polímero;
f) membrana epoxídica.

2 - Sistemas Flexíveis

- Os sistemas flexíveis caracterizam-se pela aplicação de produto de impermeabilização flexível


e são aplicáveis a estruturas sujeitas a variações térmicas diferenciadas e/ou grandes
vibrações, cargas dinâmicas, recalques e/ou forte exposição solar.
- São normalmente empregados em: terraços, lajes etc. Podem apresentar-se em camadas
simples ou múltiplas, estruturadas ou não, aderentes ao substrato ou flutuantes.
- Dentre as diversas opções, destacam-se as mantas poliméricas de PVC e as mantas asfálticas,
de simples aplicação e menor custo.
- As mantas asfálticas costumam ter estruturação intermediária de fibras de vidro, poliéster ou
outras fibras, inclusive naturais.
3 - Sistema Semirrígido

- São sistemas que suportam micro-fissuras e, também, grandes deformações estruturais. São
exemplos: argamassa polimérica e epóxi.

Conceitos Importantes de Impermeabilização

- Argamassa Impermeável (Rígida): sistema de impermeabilização, aplicado em superfície de


alvenaria ou concreto, constituído de areia, cimento, aditivo impermeabilizante e água,
formando uma argamassa que, endurecida, apresenta propriedades impermeabilizantes

- Camada Berço: camada destinada a servir de apoio e proteção da impermeabilização.

- Elastômero: polímeros naturais ou sintéticos que se caracterizam por apresentar módulo de


elasticidade inicial e deformação permanente baixos.

- Armadura ou Estruturante: Elemento flexível, de forma plana, destinado a absorver esforços,


conferindo resistência mecânica aos sistemas de impermeabilização.

- Feltro: material usado como armadura ou proteção, constituído pela interligação de fibras ou
fios de origem natural ou sintética, obtido por processo mecânico adequado, porém, sem
fiação ou tecelagem.

- Imprimação: também denominada por primer ou pintura primária. É a pintura aplicada á


superfície a ser impermeabilizada, com a finalidade de favorecer a aderência do material
constituinte do sistema de impermeabilização.

- Impermeabilização por Pintura: são executadas in loco, pela intercalação de várias camadas
de asfalto, armadas ou não, com materiais diversos, tais como tecidos de feltro asfálticos,
tecidos de vidro etc.
-
Impermeabilização Rígida: conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes
construtivas não sujeitas à fissuração.

Etapas de Execução Manta Asfáltica (aplicação com Asfalto Quente)


concreto (base)
1º) regularização (cimento e areia, traço 1:3 em volume)
2º) primer
3º) asfalto oxidado
4º) manta asfáltica
5º) proteção mecânica.

** Após a aplicação da manta feche as saídas e encha o local com uma lâmina de água, por 72
horas no mínimo, verificando assim se a impermeabilização está perfeita.

- As mantas asfálticas podem ser estruturadas com poliéster ou com fibras de vidro. As telas
poliéster não possuem emendas. A colagem das mantas asfálticas se dá por maçarico a gás.
São comercializadas nas espessuras de 3 mm, 4 mm e 5 mm.

As emendas das mantas de PVC são feitas com pistola de ar quente.

Em resumo temos:
- Membranas - sistemas moldados in loco

- aplicação à quente: asfaltos


- aplicação a frio:
- base água: emulsão asfáltica, acrílico etc.
- base solvente: poliméricos, asfaltos etc.
- isento de solvente: epóxi, poliuretano etc.

- Mantas - sistemas pré-fabricados: mantas asfálticas, PVC, EPDM, butil, PEAD etc.

Aditivo Impermeabilizante:

Propriedades:

- em forma de emulsão pastosa: impermeabiliza concretos e argamassas por hidrofugação do


sistema capilar: não impede a respiração dos materiais;

- em forma líquida: provoca forte aceleração no enrijecimento do cimento portland e


impermeabilidade aos líquidos. A aceleração ocorre de acordo com o consumo;

- em forma de pó: provoca forte aceleração no enrijecimento do cimento portland


(aproximadamente 15 s) e impermeabilidade aos líquidos.

APLICAÇÃO:

- em forma de emulsão pastosa: para revestimentos impermeáveis em reservatórios de água;


para revestimentos externos expostos ao tempo; para revestimentos impermeáveis em
pisos e paredes em contato com a umidade do solo; para assentamento de tijolos em
alicerces; para concreto impermeável;
- em forma de líquido: para estancamento de água sob pressão; para revestimento
impermeável de superfícies molhadas; para concretagem em presença de água; em
chumbamentos urgentes com penetração de água;
- em forma de pó: proporciona maior rendimento no estancamento de água sob grande
pressão.

Proteção Mecânica

É uma argamassa com traço 1:3 ou 1:4 cimento/areia aplicada sobre a manta já aderida. Deve
perfazer de 2,5 a 3cm de espessura quando definitiva ou 1,5cm em situações transitórias antes
de receber a camada ou piso que a complete.

- Tem a Função de proteger a manta recém-aplicada de danos mecânicos. A camada


impermeabilizante (a manta) será eficaz se for mantida íntegra. Caso ela seja furada, rasgada,
danificada, raspada, a eficácia do sistema é perdida.

Em segundo plano, para proteger dos raios ultra-violeta do sol. Caso eles incidam sobre a manta,
eles promovem a contínua polimerização da manta e de seus aditivos poliméricos. Quanto mais
submetida ao sol, mais dura e menos elástica ela fica, e portanto menos resistente às tensões e
dilatações.

- Normalmente a massa de proteção mecânica não precisa ser armada, a não ser que a superfície
seja vertical (paredes de piscina, por exemplo), ou quando a expectativa de dano mecânico é
realmente grande.

Longevidade dos Sistemas de Impermeabilização

Isolamento Térmico

O isolamento térmico consiste em proteger as superfícies aquecidas, como a parede de um


forno, ou resfriadas, como a parede de um refrigerador, através da aplicacão de materiais de
baixa condutividade térmica (k). OBJETIVO minimizar os fluxos de calor, quer por problemas
técnicos (segurança, evitar condensação), quer por problemas econômicos (economizar
energia), ou ainda por critério de conforto térmico

MATERIAIS ISOLANTES BÁSICOS

A maioria dos isolantes usados industrialmente são feitos dos seguintes materiais : amianto,
carbonato de magnésio, sílica diatomácea, vermiculita, lã de rocha, lã de vidro, cortiça, plásticos
expandidos, aglomerados de fibras vegetais, silicato de cálcio.

O amianto é um mineral que possui uma estrutura fibrosa, do qual se obtém fibras individuais.
O amianto de boa qualidade deve possuir fibras longas e finas e além disto, infusibilidade,
resistência e flexibilidade.

O carbonato de magnésio é obtido do mineral "dolomita", e deve sua baixa condutividade ao


grande número de microscópicas células de ar que contém.

A sílica diatomácea consiste de pequenos animais marinhos cuja carapaça se depositou no


fundo dos lagos e mares.
A vermiculita é uma "mica" que possui a propriedade de se dilatar em um só sentido durante o
aquecimento. O ar aprisionado em bolsas entre as camadas de mica torna este material um bom
isolante térmico.

A lã de rocha ou lã mineral, assim como a lã de vidro, são obtidas fundindo minerais de sílica
em um forno e vertendo a massa fundida em um jato de vapor a grande velocidade. O produto
resultante, parecido com a lã, é quimicamente inerte e incombustível, e apresenta baixa
condutividade térmica devido aos espaços com ar entre as fibras.

A cortiça é proveniente de uma casca de uma árvore e apresenta uma estrutura celular com ar
encerrado entre as células.

Os plásticos expandidos são essencialmente poliestireno expandido e poliuretano expandido,


que são produzidos destas matérias plásticas, que durante a fabricação sofrem uma expansão
com formação de bolhas internas microscópicas.

** PONTOS FUNDAMENTAIS PARA AVALIAÇÃO

os pontos fundamentais para avaliação são:

1 - Impermeabilização dos materiais.


2 - Resiliência dos materiais.
3 - Longevidade dos sistemas de impermeabilização
4 - Proteção mecânica e proteção térmica.
5 - Custo.
1 - IMPERMEABILIZAÇÃO DOS MATERIAIS

Para esta avaliação, adotaremos o conceito de absorção d’água dos materiais, uma vez que este
valor é de fácil obtenção em laboratório, através do método de ensaio ASTM D 471, que a
própria ABNT já especificou para vários materiais de impermeabilização.

Temos então, que absorção é dada em porcentagem de água absorvida pelo peso seco do
material, sendo especificado a temperatura de água e o tempo de imersão e adotando-se
sempre igual espessura de material para ensaios comparativos, conforme ilustra a Tabela
abaixo:
Assim, como se definiu medir a impermeabilização dos materiais através da absorção, uma
análise análoga poderia ser feito, levando-se em conta a resistência dos materiais à passagem
da água e à passagem de vapor, cujos resultados conceituais, para a finalidade em avaliação,
não discrepantes.

2 - RECILIÊNCIA DOS MATERIAIS

Chamamos, então de reciliência de um material, a capacidade que o mesmo tem de voltar às


suas dimensões iniciais, uma vez cessada a causa que provocou a deformação, seja ela de origem
térmica ou mecânica, e após vários ciclos de repetição do fenômeno em questão.

Consideramos, para efeitos de comparação dos diversos sistemas, os valores de alongamento à


tração, que estão especificados nas Normas Brasileiras, para os materiais ou sistema em
avaliação, conforme ilustra a Tabela abaixo:

3 - LONGIVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Este é o mais subjetivo dos enfoques que estão sendo considerados para avaliação dos sistemas
de impermeabilização, por depender da localização de sua aplicação.

Para o tempo de vida de impermeabilização, menor que 25 anos, atribuiremos números de


conceitos proporcionalmente menores.

Os valores do quadro abaixo estão considerados para os sistemas de impermeabilização


normalizados pela ABNT e instalados com aqueles valores mínimos e estão expressos pela
experiência notória no tempo de sua utilização.

Utilizando-se nas impermeabilizações asfaltos modificados, enriquecidos com elastômeros


sintéticos compatíveis às altas temperaturas da adição (mistura), a vida útil e o conceito serão
aumentados em de 25%.

A Tabela abaixo ilustra a longevidade dos sistemas de impermeabilização.


4 - PROTEÇÃO MECÂNICA E ISOLAÇÃO TÉRMICA

Estes dois aspectos são muito importantes no que diz respeito ao desempenho do sistema de
impermeabilização.

Aconselhamos aos projetistas e aos calculistas que exijam para a cobertura plana, no mínimo,
uma correção térmica de estabilidade estrutural. A menos nas obras nas quais se exija por
motivos técnicos ou estéticos que a impermeabilização seja exposta, nas demais é executada
uma proteção mecânica para impedir a danificação do material impermeabilizante: pela ação
do tráfico de pessoal, que durante o serviço, quer a pós a execução, e pela incidência de
radiações solares diretas, que provoca a evaporação da porção volátil dos materiais,
diretamente responsável pela elasticidade dos mesmos

A isolação térmica tem grande importância na vida útil de um impermeabilizante, especialmente


pela diminuição dos diferenciais de temperaturas sobre a estrutura, com a conseqüente
diminuição das tensões provocadas sobre a camada de impermeabilizante, pela movimentação
da estrutura, e ainda índice de conforto interno e pela economia de KW,h no equilíbrio térmico
do ambiente

5 – CUSTOS

Cabe aqui ressaltar, que o custo inicial de uma impermeabilização, mesmo aparentemente
elevado, tem consideração insignificante em conforto com o todo da obra e aos custos de
futuras manutenções.

Da impermeabilização o custo propriamente dito, não considerando outros confortos ou


benefício pretendido, oscila entre 1% a 3 % do valor da obra. Abaixo, para os diversos sistemas
em estudo, foram compostas seguintes as indicações de materiais, mão de obra e BDI.

Para critério de conceituação utilizaremos: o menor preço obtido: conceito 20 (vinte) e o maior
preço obtido: conceito 0 (zero), conforme ilustra a Tabela abaixo.
PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Planejamento Técnico

O setor de planejamento técnica surge exatamente desta necessidade de organização, deste


complexo que é um empreendimento de construção predial.

Com relação as empresas de construção, o setor de planejamento técnico interliga-se com


quase todos os outros setores da empresa. Para que se conheça como esta engrenagem
funciona, descreveremos a seguir o relacionamento do planejamento com os outros setores.

a) Setor de Planejamento e Setor de Arquitetura

A primeira influencia exercida pelo setor de planejamento no setor de arquitetura é no que


tange á escolha de especificações a serem adotadas nas obras. Isto porque as facilidades ou
dificuldades encontradas pela obra na execução de determinados materiais, como, por
exemplo, se os materiais são de boa qualidade ou mais baratos que os similares, são
informações e atribuições do setor de planejamento técnico.

A perfeita coordenação do projeto arquitetônico com outros projetos ( calculo estrutural,


instalações e outros) também é atribuição do planejamento. A responsabilidade na procura de
novos materiais e serviços aliados á economia nos custos são atribuições que o planejamento
deve dividir com o setor de arquitetura.

b) Setor de Planejamento e Setor Financeiro

No setor financeiro, o planejamento geralmente fornece informações quanto a viabilidade


econômica do empreendimento referente ao custo de construção obtido pelo orçamento
detalhado da obra, pelo cronograma físico-financeiro e pelo custo da construção de cada
unidade do empreendimento obtido pela execução da NBR 12721.

Além disso, o planejamento também fornece as previsões de despesas da construção em


períodos de interesse e as documentações técnicas necessárias ao pedido do financiamento.

c) Setor de Planejamento e Setor Contabil.

É no setor contábil que o planejamento recebe os dados relativos ás despesas reais da


construção, para que possa avaliar, planejar e controlar os custos das obras. Também apropria
todas as despesas de construção num sistema de codificações por item de serviços e o envia
mensalmente ao setor de planejamento.

O setor de planejamento pode, também, fornecer dados ao setor referentes ás construções,


sempre que for necessário, como no auxilio de dados de fiscalização contábil.
d) Setor de Planejamento e Setor de Processamento de Dados

Os computadores eletrônicos são de grande valia para o setor de planejamento,


principalmente na execução de serviços, tais como: orçamento, cronogramas físico-
financeiros , nbr 12721, controle de materiais e serviços, controle de despesas da construção,
concorrências, previsões financeiras, projetos, gestão de contratos, relatórios gerenciais físico-
financeiros.

e) Setor de Planejamento e Setor de Tesouraria

É função do setor de planejamento enviar previsões de despesas ao setor de tesouraria, para o


bom comprimento das obrigações financeiras da empresa.

f) Setor de Planejamento e Setor Juridico

O planejamento é responsável pelo envio da documentação técnica, que sera anexada ao


dossiê entregue nas repartições competentes para que o empreendimento seja efetivado.
Entre outros, temos: orçamento ; cronograma físico-financeiro ; nbr 12721, especificações e
cronograma detalhado.

g) Setor de Planejamento e o Setor de Compras

O setor de planejamento é em relação ao setor de compras o seu braço direito. Tanto serve de
fornecedor como de controlador.

h) Setor de Planejamento e o Setor de Engenharia-obras

Finalmente, o planejamento afeta diretamente o fim ultimo do empreendimento, ou seja, a


execução da obra. Existem empresas que procuram criar um setor de planejamento nas
próprias obras, o que é correto no caso em que o porte destas não comporte ainda um setor
nos seus escritórios.

O SETOR DE PLANEJAMENTO TECNICO NA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO

- Responsável pelo estudo de viabilidade técnico-economica do empreendimento


- Responsável pelo planejamento técnico-econômico das obras
- Responsável pelo controle técnico-econômico das obras em andamento
- Responsável pela obtenção e análise dos resultados técnico-econômicos do empreendimento

CADASTRO DE FORNECEDORES

O cadastro de fornecedores, assim como qualquer cadastro, deverá ter apenas os dados
realmente necessários á consulta, evitando-se sempre que possível excessos de dados.

Podemos citar como exemplo, um cadastro de fornecedores que seja composto dos seguintes
dados:

- Código do fornecedor
- Nome do fornecedor
- Endereço
- Cidade
- Estado
- CEP
- Contato
- Telefone
- Fax
- Email
- Codigo de Consumo

Sob a forma da planilha, pode ficar da seguinte maneira:

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

As especificações técnicas, que devem ser determinadas ainda na fase de planejamento da


obra ( portanto, antes do inicio da construção), são aquelas que definem métodos e técnicas
para a execução de serviço de construção, descritos ou não nos projetos.
Essas informações são primordiais para a elaboração de um orçamento de obra, para fins de
acompanhamento físico-financeiro. A falta destas informações leva o orçamentista a fazer
considerações a respeito das características técnicas da obra, que , muitas vezes , fogem
bastante da realidade construtiva.

ORÇAMENTOS

Orçamento por Estimativas

O orçamento da obra é uma das primeiras informações que o empreendedor deseja conhecer
ao estudar determinado projeto.

O orçamento por estimativas nada mais é que um orçamento simplificado da obra. Ele tem
como objetivo obter o custo de construção da obra levando em conta apenas os dados
técnicos que ela possa dispor, assim como obter os resultados em tempo consideravelmente
inferior ao que seria obtido, caso fosse executado o orçamento detalhado.

O fato de o orçamento por estimativas não poder dispor, e considerar vários aspectos de
ordem técnica por não estarem ainda definidos, leva o trabalho a uma margem de incerteza
que deve ser levada em conta no estudo de viabilidade do empreendimento.

São duas formas possíveis de serem obtidos os custos da construção por orçamentos
expedidos, são eles:

1 - Cálculo simplificado, obtido pelo custo unitário do metro quadrado da construção.

Trata-se de um orçamento estimativo, obtido através da multiplicação de dois fatores:

a) Área equivalente da construção. É a somatória das áreas equivalentes de todos os


pavimentos da construção.
b) Custo unitário do metro quadrado de construção. É o custo unitário, obtido de revistas
técnicas, sindicatos da construção e empresas de consultoria, que fornecem
mensalmente o custo por metro quadrado da área equivalente de construção de
diversos casos de edificação, inclusive para os variados padrões de especificação.

2 – Orçamento por estimativas , segundo os principais itens e serviços da construção:

Trata-se de um orçamento estimativo, levando-se em conta os principais serviços de


construção, calculando-se seus custos de maneira simplificada e rápida. Neste caso, faz-se
necessário um arquivo com valores unitários históricos e atuais de determinados serviços, a
fim de que os cálculos unitários não sejam trabalhosos pois, caso contrario, tal solução não
atenderá aos objetivos desejados.

Entre outros , podemos dar o seguinte tratamento para a obtenção do orçamento estimativo:

a) Projetos: O calculo deste item pode ser obtido através da multiplicação da área total
da construção pelo custo por metro² dos projetos.
b) Instalação da obra: O calculo estimado do custo deste item pode ser obtido através da
área total do terreno multiplicada pelo custo unitário desta mesma área.
c) Serviços Gerais: O valor estimado do custo de serviços gerais pode ser obtido através
do custo unitário mensal do item pelo prazo total da obra.
d) Trabalhos em terra: Pode ser estimado com base numa estimativa em volume de
escavação mecânica multiplicado pelo preço unitário do metro³ de escavação.
e) Fundação: O valor estimado para o custo deste item pode ser obtido através do custo
unitário de concreto armado, multiplicado pelo volume estimado de concreto para
fundação.
f) Estrutura: O custo da estrutura pode ser obtido da multiplicação do custo unitário do
metro³ de concreto pelo valor estimativo do volume total da estrutura.
g) Instalações: O valor estimado deste item pode ser obtido pela multiplicação do
numero de unidades existentes em projeto pelo valor unitário de instalações ( material
e mão de obra) correspondente á unidade. Caso haja elevadores, pode-se calcular o
custo unitário da parada de elevador multiplicando pelo numero de paradas
existentes.
h) Alvenaria: O calculo do valor estimativo de alvenaria pode ser feito através da
multiplicação do custo unitário de alvenaria pelo quantitativo estimado.
i) Cobertura: O calculo do custo deste item pode ser feito através do custo unitário do
serviço multiplicado pela quantidade estimada.
j) Tratamentos: O calculo estimado para a obtenção dos custos de tratamentos se faz
através da multiplicação do custo unitário do serviço pela quantidade estimada.
k) Esquadrias: Obtém-se o valor estimado do serviço através das estimativas de
quantidades multiplicadas por seus respectivos custos unitários.
l) Revestimentos: O calculo de estimativa deste item pode ser feito através de
estimativas de quantidades multiplicadas por seus respectivos custos unitários. Outra
alternativa é a de ser comparada a custos de outros serviços, levando-se em conta a
proporção de custos, como por exemplo as esquadrias.
m) Pavimentação: O valor estimado de custos deste item pode ser obtido através da
estimativa de quantidades multiplicadas pelos correspondentes custos unitários.
n) Rodapé, Soleira e Peitoril: Uma alternativa possível para estimativa de seu custo é
através da avaliação de um percentual de custos em relação a outros serviços, por
exemplo, pavimentação.
o) Ferragens: Pode-se calcular o custo deste item pela multiplicação do numero de
unidades do empreendimento pelo seu custo unitário.
p) Pintura: Calcula-se o valor estimativo de pintura, multiplicando-se o preço por unidade
do serviço pelo total de unidades do empreendimento.
q) Vidros: Multiplicando-se a quantidade total de vidros pelos custos unitários
correspondentes, obtemos, portanto, o seu custo estimado.
r) Aparelhos: O calculo do custo pode ser obtido pela multiplicação do custo de
aparelhos por apartamento pelo numero de unidades do empreendimento.
s) Complementação: Em função do padrão da obra, estima-se uma verba para as
despesas com complementação da obra.
t) Limpeza: Para avaliação deste serviço multiplica-se o numero de unidades do
empreendimento pelo custo de limpeza por apartamento.
u) Remuneração da Construtora: Quando não fornecido, o percentual de remuneração
em relação ao custo da construção é estimado em função da área da obra, do porte da
construtora e do volume de dinheiro envolvido.

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou equipamentos necessários á realização de uma


obra ou serviço bem como os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos.

O orçamento pode ser observado sob duas óticas: como processo ou como produto

Como processo, quando o objetivo é definir metas empresariais em termos de custo,


faturamento e desempenho, donde participam na elaboração e se compromete com sua
realização todo o corpo gerencial da empresa. Além disso, um processo orçamentário
possibilita efetuar as projeções futuras dos balancetes mensais, permitindo elaborar o balanço
projetado do exercício ou de exercícios futuros, o que contribui para a empresa conhecer ou
avaliar os lucros futuros.

Como produto, o orçamento tem por objetivo definir o custo e, em decorrência, o preço de
algum produto da empresa, seja a construção de algum bem ou a realização de qualquer
serviço.

Tipos de Orçamento Produto

O orçamento pode ser elaborado visando definir o custo e, por extensão, o preço de bens e
serviços tais como:

• Elaboração de projetos
• Elaboração de orçamentos , cadernos de encargos, especificações
• Elaboração de Laudos Técnicos
• Serviços de Fiscalização , auditoria ou assessoria técnica
• Orçamento de Serviços ou mão de obra
• Orçamento de construção ou empreitada
• Orçamento de canteiro de obras ou obras complementares
• Etc
Análise Orçamentária

Os orçamentos de obras públicas apresentam-se por meio de planilhas, discriminadas nos seus
diversos serviços com os respectivos quantitativos, custos unitários e custos totais, e por uma
parcela, em geral, percentual, denominada Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) ou Lucro e
Despesas Indiretas (LDI), composta por itens percentuais. O custo total dos serviços acrescido
da taxa de BDI resulta no preço global da obra.

“A taxa de Bonificação de Despesas Indiretas (BDI ou LDI), aplicada sobre o custo direto total
da obra, deverá contemplar somente as seguintes despesas:
a) Taxa de rateio da Administração Central;
b) Taxa das despesas indiretas;
c) Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento;
d) Taxa de tributos (Cofíns, Pis e ISS);
e) Margem ou lucro.

- Custo direto dos serviços – representa a soma dos custos dos insumos (equipamentos,
materiais e mão-de-obra, inclusive transportes) necessários à realização dos serviços de todos
os itens da planilha.
- Custos indiretos – Compreendem ao PIS, CONFINS, ISS, Administração central, custos
financeiros, margem.
- Custo direto total – compreende a soma do custo direto dos serviços com os custos da
instalação de canteiro e acampamento e das despesas de mobilização e desmobilização.
- Preço = custo Direto x (1+ BDI)
- Canteiro e acampamento – denomina-se de canteiro e acampamento o conjunto de
instalações destinadas a apoiar as atividades de construção. Não existem padrões fixos para
esses tipos de instalações. Elas são funções do porte e das peculiaridades do
empreendimento, das circunstâncias locais em que ocorrerá a construção e das alternativas
tecnológicas e estratégicas para sua realização.
- Mobilização e desmobilização - a mobilização e desmobilização são constituídas pelo
conjunto de providências e operações que o executor dos serviços tem que efetivar, a fim de
levar seus recursos, em pessoal e equipamento, até o local da obra e, inversamente, para fazê-
los retornar ao seu ponto de origem, ao término dos trabalhos. A mobilização e
desmobilização são,
essencialmente, operações de transportes.

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

conceitua BDI como ‘o resultado de uma operação matemática para indicar a margem que é
cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e logicamente sua
remuneração pela realização de um empreendimento.

Compreendida como uma relação matemática entre os custos indireto e direto para formação
do preço da obra, essa incidência pode ser explicitada pela seguinte fórmula:

PV = CD(1 + LDI)

onde PV = preço de venda;


CD = custo direto;
LDI = taxa de lucro e despesas indiretas.
𝐶𝐷 = 𝑐𝑑 + (𝐻 + 𝐼) + 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝐿𝑜𝑐𝑎𝑙
𝑃𝑉 = 𝐶𝐷 + (𝐴 + 𝐵 + 𝐷 + 𝐸 + 𝐹 + 𝐺)
Onde os símbolos têm o seguinte significado:

PV= Preço de Venda CD= Custo Direto Cd= custo direto dos serviços

A= PIS B= CONFINS D= ISS E= Administração Central F= Custos Financeiros

G= Margem H= Canteiro e Acampamento I= Mobilização e Desmobilização

Sendo:

- ISS (Imposto Sobre Serviços)= um tributo municipal; assim sendo, sua alíquota não é a
mesma para todo o País. Ela varia, conforme o Município, desde aqueles que isentam a
construção civil
do tributo até os que a taxam com percentuais, que variam na faixa de 2,0% a 5,0% sobre o
valor da obra. Tendo em vista essa circunstância, o SICRO adota alíquota média de 3,5%, para
fazer face a esta despesa.

- Administração Central - Cada operação que o executor realiza deve absorver uma parcela
dos custos relativos à sua administração central. Tais custos envolvem, entre outros:
honorários
de diretoria, despesas comerciais e de representação, administração central de pessoal,
administração do patrimônio, aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente,
treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal lotado na sede etc.

- Administração Local – Compreende o conjunto de atividades realizadas no local do


empreendimento pelo executor, necessárias à condução da obra e à administração do
contrato. É
exercida por pessoal técnico e administrativo, em caráter de exclusividade. Seu custo é
representado pelo somatório dos salários e encargos dos componentes da respectiva equipe,
que inclui pessoal de serviços gerais e de apoio.
A administração local deve exercer certo número de atividades básicas, que são: Chefia da
Obra, Administração do Contrato, Engenharia e Planejamento, Segurança do Trabalho,
Produção,
Manutenção de Equipamento, Gestão de Materiais, Gestão de Recursos Humanos,
Administração da Obra.
Despesas Diversas: veículos leves para transporte de pessoal, combustível e manutenção;
energia elétrica para iluminação pública e domiciliar; cópias xerográficas e heliográficas;
telefonemas; telex; fotografias; fax; material de escritório; medicamentos; consultoria
externa; aluguéis; segurança: polícia e vigilância; seguro saúde.

- Custos Financeiros – Resultam da necessidade de financiamento da obra por parte do


executor, que ocorre quando os desembolsos mensais acumulados forem superiores às
receitas
acumuladas. Tais custos são calculados como um percentual equivalente à taxa de juros
básicos do Banco Central (SELIC), aplicado sobre o preço de venda menos a margem, durante
um mês.
As despesas financeiras decorrentes de inadimplência do contratante, por serem eventuais,
não podem ser consideradas na elaboração dos custos referenciais do DNIT.
O Acórdão TCU 2622/2013-Plenário definiu faixas aceitáveis para valores de taxas de BDI
específicas para cada tipo de obras pública e para a aquisição de materiais e equipamentos
relevantes, com utilização de critérios contábeis e estatísticos, assim como controle da
representatividade das amostras selecionadas.
Seguem os valores definidos por este acórdão:

- Os coeficientes de consumo dos insumos são obtidos por meio de apropriações resultantes
da experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou por meio dos sistemas
referenciais ou publicações especializadas, tais como Sinapi, Sicro2, TCPO (Tabelas de
Composições de Preços e Orçamentos) da Editora PINI, entre outras.

ENCARGOS SOCIAIS
Os encargos sociais são encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de
Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores, representados por uma parcela
percentual que pode variar de acordo com a região e com as peculiaridades da obra.
Os encargos sociais dividem-se em três níveis: encargos básicos e obrigatórios; encargos
incidentes e reincidentes; e encargos complementares.

os encargos sociais são divididos em 4 (quatro) grupos:

- Grupo A: neste grupo estão incluídas as obrigações, que incidem diretamente sobre a folha
de pagamento e que são regulamentadas de acordo com a legislação.
- Grupo B: neste grupo são considerados os dias em que não há prestação de serviço, mas que
o funcionário tem direito de receber sua remuneração. Sobre estes dias incidem também os
encargos do grupo A.
- Grupo C: neste grupo estão os encargos pagos diretamente aos empregados e, assim sendo,
os que não incidem sobre eles os encargos do Grupo A.
- Grupo D: neste grupo estão os encargos referentes à incidência sobre outros encargos:
incidência do Grupo A sobre B e incidência de multa do FGTS sobre o 13° salário.

SINAPI

- O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi é o


referencial oficial adotado para balizar os preços dos serviços e insumos pagos com recursos
de origem do Orçamento da União.
- O Sinapi é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil
e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela
divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de
referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados
pelo SINAPI.
- A rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção,
equipamentos e salários das categorias profissionais, junto, respectivamente, a
estabelecimentos comerciais, industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da
Federação.
-A partir da ponderação dos custos de projetos residenciais no padrão normal de acabamento,
são calculados os custos médios para cada Unidade da Federação - UF. Ponderando-se os
custos obtidos nas UF’s são determinados os custos regionais e a partir destes, o custo
nacional, que dão origem aos índices por UF, Região e Brasil.

** O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e xecutados com recursos dos
orçamentos da União, será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no
projeto, menores ou iguais a mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, mantido e divulgado, na internet,
pela Caixa Economica Federal e pelo IBGE, e , no caso de obras e serviços rodoviários, á tabela
do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – SICRO, escutados os itens caracterizados como
montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

SICRO – SISTEMA DE CUSTOS RODOVIÁRIOS

O SICRO é um sistema de cálculo dos custos unitários dos insumos e serviços necessários à
execução das obras de construção, restauração e sinalização rodoviária e dos serviços de
conservação rodoviária e foi desenvolvido para servir como referencial de custos para as
licitações de obras rodoviárias.
- os preços dos insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) são pesquisados
mensalmente nas capitais dos estados. Os preços são apresentados com abrangência estadual
e regional.

Custos Unitários dos Insumos

Custos da Mão-de-obra
A coleta dos custos da mão-de-obra deve ser feita, em todos os estados, através de:
- Pisos salariais acordados nas Convenções Coletivas de Trabalho, celebradas entre os
Sindicatos dos Trabalhadores e Patronais, da Construção Pesada e, na ausência desta, no da
Construção Civil.
- Para as categorias não contempladas nas Convenções Coletivas, realiza-se pesquisa dos
valores médios praticados, obtidos junto aos sindicatos regionais ou em outras fontes.

O estabelecimento do salário ocorre da seguinte forma:

- Para as categorias de serventes e operários qualificados, que têm o piso básico determinado
nas convenções coletivas de trabalho, são adotados, para a região, o maior valor encontrado
nos diversos estados que o compõem, conforme vimos anteriormente.
-O custo da mão de obra é calculado pelo SICRO considerando todo o trabalho desenvolvido
em horas normais. Não serão incluídos no sistema os cálculos do custo da mão-de-obra em
horas
extraordinárias e em trabalho noturno.
- Equipamento de Proteção Individual: Percentual mínimo de equipamento de proteção
individual de segurança sobre a mão-de obra é de 1,12%.

- Transporte:
- percentual do transporte em relação ao salário médio: 6,8%
- participação dos empregados de acordo com art. 9, inciso I, do decreto 95.247/87 = 6%
- percentual de dedução fiscal de acordo com instrução do MAJUR de 1996 = 25%
Transporte = [0,068 x (1-0,06)] X ( 1-0,25) X 100% = 4,79%

- Alimentação:
- percentual do custo médio de alimentação em relação ao salário médio - 16%
- percentual da participação máxima do trabalhador permitida de acordo com a Lei 6.321, de
14 de abril de1976 - 20%
- percentual de dedução fiscal (instrução do MAJUR de 1996) - 25%
Alimentação = [0,16 x (1-0,20) ] X (1-0,25) X 100% = 9,60%

- Ferramentas Manuais
- percentual sobre a mão-de-obra do custo com ferramentas manuais, necessária a execução
de determinados serviços, é de 5,00%.

Custo dos Materiais


Os custos dos materiais devem corresponder aos preços de aquisição dos materiais levantados
pela pesquisa e que atendem às seguintes condições:
- Se refiram a preços para condições de pagamento à vista;
- Contenham toda a carga tributária que sobre eles incide;

- Nos estados onde se realizam pesquisas, são coletadas informações de preço para cada
material, em pelo menos três estabelecimentos.

-Os preços dos materiais, levantados pelo sistema de coleta, não incluem fretes para seu
transporte até o local da obra, uma vez que estes se destinam à inclusão nas tabelas do
SICRO2, para uso genérico e não para o caso de qualquer obra em particular.

- O custo horário de um equipamento é a soma dos custos de propriedade, manutenção e


operação referidos à unidade de tempo (hora).

- O SICRO2 considera, a título de Seguros e Impostos, somente o IPVA e o Seguro Obrigatório


necessário para a regularização do veículo.

- O IPVA, (Imposto de Propriedade de Veículos Auto Motores), imposto estadual relativo a


licenciamento de veículos, varia com a idade do mesmo, segundo regras próprias para cada
Estado, além do Seguro Obrigatório, ligado a ele, seriam os únicos valores a serem
considerados nessa rubrica, totalizando incidência total de 2,5% sobre o investimento médio
em veículos.

CONTROLE DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO

Muitos são os métodos possíveis de controle. Em geral não existe um “pacote” prefixado de
como adotar o sistema ideal de controle. Cada serviço, em cada caso ou em cada empresa,
poderá ter uma maneira própria de ser controlado. E a resolução da maneira mais apropriada
de controle deve ser aquela que puder resultar em respostas mais precisas as questões
formuladas. Para um bom controle, deve-se conhecer tudo o que acontece em torno dos
serviços a controlar. Portanto devem ser conhecidas as especificações técnicas e de
acabamentos, os projetos, o orçamento detalhado, o cronograma físico-financeiro e o de
execução, os detalhes construtivos e outros elementos que porventura possam afetar direta
ou indiretamente o andamento ou custo da obra.

O controle tem um papel importante a cumprir junto ao planejamento, que é o de, em tempo
e hora, fornecer os subsídios físico-financeiros para a analise do serviço. Isto permite que, caso
haja funcionando mal, possa ser sanado em pouco tempo, não permitindo que este mal
prossiga ate o final do serviço e que possa trazer resultados negativos.

O Controle dos Serviços requer quase sempre desmembramentos em :

a) Materiais que serão utilizados na execução dos serviços;


b) Os equipamentos auxiliares para execução;
c) As ferramentas de trabalho dos operários;
d) A mão-de-obra necessária á execução;
e) O prazo de execução do serviço;
f) Considerações sobre o método de trabalho empregado
g) A quantidade produzida do serviço;
h) Os custos correspondentes a cada insumo.

Para que o controle possa ser eficiente, é necessário que a obra disponha de condições
favoráveis á obtenção criteriosa dos itens discriminados anteriormente. Chamamos de
condições favoráveis o apoio incondicional da diretoria da empresa, do setor de produção
propriamente dito, da capacidade profissional dos elementos que trabalharão diretamente no
controle e a organização nas apropriações dos serviços.

a) Materiais de Utilização nos Serviços

Os materiais de utilização serão definidos e especificados ainda em fase de planejamento do


empreendimento. Os insumos serão levantados segundo os locais especificado, para a
utilização no planejamento e controle. De posse do material quantificado, monta-se um
quadro do qual poderão constar:

Previsão
- previsão orçamentaria da quantidade
- previsão das datas de inicio e termino do serviço
- previsão do prazo do serviço

Execução
- quantidade efetivamente executada
- as datas de inicio e término reais do serviço
- o prazo efetivamente utilizado para execução do serviço

Exemplo: Analisar a situação do material azulejo, de acordo com o quadro adiante


discriminado;
Análise:
1°) A obra gastou 550m² de azulejo contra 500m² previstos no orçamento. Isto corresponde a
um consumo de 10% superior ao previsto
2°) O serviço teve inicio na mesma data que o previsto. Quanto ao término, a obra levou 10
dias a menos do previsto, o que corresponde a cerca de 11% ( ver quadro comparativo de
materiais)

b) Equipamentos

Para a previsão de equipamentos, o profissional responsável deve selecionar ainda em fase de


planejamento os equipamentos que melhor seriam aproveitados para a execução dos serviços.
O controle físico é feito de maneira similar ao dos materiais, ou seja, por meio de comparações
entre o planejado e o executado do quantitativo físico, das datas de inicio e termino e
finalmente do prazo de execução.

c) Ferramentas

Da mesma forma que os equipamentos, a seleção das ferramentas deverá ser feita por
profissional que conheça as possibilidades e aproveitamentos que cada ferramenta
proporciona. A cada período novas ferramentas e métodos de trabalho surgem no mercado. É
importante estar atento para este avanço tecnológico.

d) Mão-de-Obra

A mão de obra nos serviços de construção possibilita, em certas ocasiões, bons resultados
práticos nos custos dos serviços, mas em proporção muitas vezes superior, os gastos são
maiores, provocando até o comprometimento de viabilidade econômica do empreendimento.
Na realidade, o problema todo se resume em se estruturar, de tal ordem que , com um
controle razoável de mão-de-obra, seja possível obter, em tempo e hora, as informações
necessárias e a avaliação dos gastos. São constatadas nas avaliações diferenças indesejadas, é
possível que sejam corrigidas sem que estas deformações possam comprometer todo o
trabalho.
No quadro de controle, muito semelhante ao elaborado para materiais , devem constar:
- previsão orçamentaria da quantidade de horas consumidas por profissional
- previsão das datas de inicio e termino do serviço.
- previsão do prazo de duração do serviço.
- quantidade de horas efetivamente gastas.
- as datas de inicio e termino reais do serviço.
- o prazo efetivamente utilizado para execução.

Exemplo da mão de obra da colocação de azulejo:

Análise:
1°) A obra consumiu com ladrilheiro 1.300 horas, quanto o orçamento previa 1.250 horas. Isso
corresponde a um consumo superior a 4% do previsto
2°) A obra consumiu com ajudante 1.200 horas, enquanto o orçamento previa 1.250 horas.
Isso correspondeu a um consumo inferior a 4% do previsto.
3°) O serviço teve inicio na data prevista. Quanto ao termino, a obra ficou pronta dez dias
antes do previsto, o que corresponde a uma redução de prazo de cerca 11%.

e) Prazo de Execução
A cada serviço o profissional de planejamento avaliará as condições da atividade para
determinar o prazo técnico compatível. O ideal é que a execução cumpra o serviço de acordo
com o prazo técnico determinado.

f) Considerações sobre o Método de Trabalho Empregado


Podemos dizer que as novas técnicas que as novas técnicas que vem sendo criadas, tendem
a otimizar o trabalho, trazendo o barateamento dos custos, simplificando soluções, reduzindo
prazos e atendendo necessidades do mercado. As pesquisas de novos métodos podem ser
feitas através de livros técnicos, revistas técnicas especializadas, etc.

g) Quantidade produzida do Serviço

Para se controlar a quantidade produzida por serviço, primeiro é necessário que se escolha um
profissional que tenha condições de cumprir de forma eficiente a tarefa. Isso porque o
controle de quantidade envolve algumas tarefas especificas, tais como:

- organização de planilha de controle por lotes;


- bem entrosamento com os elementos administrativos, tais como mestre, encarregado, etc.
- percorrer periodicamente a obra, indicando, seja em projeto ou no local, os serviços
executados de tal forma que, ao final do serviço, estas indicações possam ser transformadas
nas quantidades executadas reais.
- obter as quantidades desejadas em tempo hábil;
- ser perseverante e preciso nas anotações de serviços.
h) Custos Correspondentes a cada Insumo
Esse controle é feito com base no controle contábil da obra. Todos os materiais terão
um código numérico, segundo o plano de contas de construção, e serão lançados
numa planilha contábil conforme o seu consumo.
O controle se dará através da comparação dos custos realmente gastos com os
previstos em orçamento, levando-se em conta as correções correspondentes para a
época. Além disso, o controle também é feito por meio da comparação entre o custo
unitário de cada serviço, calculado através da divisão dos gastos pelas quantidades
executadas, e os custos unitários de mercado, obtidos por informações de
fornecedores, empreiteiros, revistas técnicas ou empresas de consultoria.

AVALIAÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS

- Custo Unitário Básico

É a parte do custo por m² da construção do projeto-padrão considerado, calculada de acordo


com a norma, pelo Sindicato Estadual da Construção Civil. No calculo do valor do custo unitário
básico não são consideradas as despesas relativas ás fundações especiais, elevadores,
instalações e equipamentos diversos, obras complementares, impostos e taxas, honorários
profissionais com projetos e outros.
Para atender aos objetivos, a NBR 12721 é composta por oito quadros para preenchimento
das informações correspondentes á edificação, que servirão de informações para arquivo de
Registro de Imóveis. São eles:
Quadro I : Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas globais;
Quadro II: Cálculo das áreas das unidades autônomas;
Quadro III: Avaliação do custo global da construção e do preço por m² da construção;
Quadro IV: Avaliação do custo de construção de cada unidade autônoma;
Quadro V: Informações gerais;
Quadro VI: Memorial descritivo dos equipamentos;
Quadro VII: Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso privativo;
Quadro VIII: Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso comum.

Comentários dos Quadros Preenchidos

Quadro I: Tem o objetivo de destacar as diversas áreas do empreendimento, totalizando-as


por pavimento.
Quadro II: Destaca as áreas do empreendimento, segundo as unidades autônimas, e de forque
elas são rateadas proporcionalmente.
Quadro III: Faz uma avaliação global da construção e do preço por m² da construção. As
informações preliminares destacam as características do empreendimento em relação ás
designadas pela norma, o custo unitário básico por m² fornecido pelo Sindicato Regional e as
suas principais áreas do projeto segundo os quadros I e II, referentes ao empreendimento.
Na avaliação do custo global e preço por m² de construção é calculado o valor da construção
obtido pelo custo unitário básico, somado aos valores complementares não constantes do
custo unitário básico. O total do custo da construção dividido pela área de construção global
resultará no custo de construção por m².
Quadro IV: Trata da avaliação do custo da construção de cada unidade autônoma. Isto é feito
pela combinação do quadro II, através das áreas de construção de cada unidade, com as
informações do quadro III, relativo ao valor do custo global de construção. As informações das
áreas de construção possibilitam calcular o coeficiente de construção relativo a cada unidade.
Por sua vez, o custo global da obra multiplicado pelo coeficiente de cada unidade resultará no
valor de construção da unidade.
Quadro V: Trata das informações gerais do empreendimento, tais como o tipo de edificação e
os responsáveis pelo empreendimento e projetos, e faz uma descrição sumaria dos
compartimentos de cada pavimento, relacionando-os com as áreas obtidas nos quadros I e II.
Quadro VI: Destaca o memorial descritivo dos equipamentos componentes da edificação. É
formado pela descrição dos equipamentos, pelo tipo ou marca do equipamento, as
características relativas ao seu acabamento e finalmente os detalhes gerais.
Quadro VII: Tem como objetivo descrever as especificações de acabamentos relativas ás
dependências de uso privativo. Essa discriminação é feita por dependência, abordando os
acabamentos de pisos, paredes, tetos e complementos como rodapé, soleira e peitoril.
Quadro VIII: Tem o objetivo de descrever as especificações de acabamentos relativas ás
dependências de uso comum da edificação. Essa discriminação é feita da mesma forma que a
do quadro VII.

RISCOS AMBIENTAIS

Agentes de Risco

a) Agentes físicos: são aqueles decorrentes de processos e equipamentos produtivos e podem


ser:

• Ruído e vibrações;
• Pressões anormais em relação à pressão atmosférica;
• Temperaturas extremas (altas e baixas);
• Radiações ionizantes e radiações não ionizantes. bem como o infra-som e o ultra-som;

b) Agentes químicos: São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão;

c) Agentes biológicos: são aqueles oriundos da manipulação, transformação e modificação de


seres vivos microscópicos, dentre eles: Genes, bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, e outros.

Objetivos do programa (PPRA)

A NR-09 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os


empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos ambientais são aqueles existentes nos ambientes de trabalho, causados por agentes
físicos, químicos ou biológicos, capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

Esta Norma Regulamentadora – NR 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,
visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o
disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.

Segundo os parâmetros mínimos e diretrizes gerais estabelecidos pela NR-9, o PPRA deve conter
no mínimo a seguinte estrutura:

a. planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;


b. estratégia e metodologia de ação;
c. forma de registro, manutenção e divulgação dos dados;
d. periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano deve ser feita uma análise global do
PPRA para avaliação de seu desenvolvimento e realização de ajustes necessários, e
estabelecimento de novas metas e prioridades.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;


b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

O desenvolvimento do PPRA, deve conter as seguinte etapas:

a. antecipação e conhecimento dos riscos;


b. estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c. avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d. implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia
e. monitoramento da exposição aos riscos;
f. registro e divulgação dos dados.
Das responsabilidades

Do empregador:

I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente


da empresa ou instituição.

9.4.2 Dos trabalhadores:

I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;


II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam
implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

Na existência de algumas situações previstas na NR-9, no item 9.3.5.1, deverão ser adotadas
medidas de controle necessárias e suficientes para a eliminação, minimização ou controle dos
riscos ambientais.

Para os fins da NR-9, nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas
de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambienteis ultrapassem
os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a
informação aos trabalhadores e o controle médico.

A instituição ou empregador deverá manter um registro de dados que constituirão um histórico


técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. Esses dados deverão ser mantidos por
no mínimo 20 anos e estarem sempre disponíveis para os trabalhadores interessados, seus
representantes ou autoridades competentes.

Se tratando das responsabilidades referentes ao PPRA, cabe ao empregador estabelecer,


implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como atividade permanente da empresa ou
instituição e aos trabalhadores colaborar e participar da implementação e execução do PPRA,
seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA e informar o seu
superior hierárquico direto acontecimento que no seu ponto de vista oferecem riscos à saúde
dos trabalhadores.

No caso de vários empregadores realizarem atividades no mesmo local, o dever desses executar
ações integradas para que as medidas previstas no PPRA vise a proteção de todos os
trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados. Deve-se levar em consideração o
conhecimento e a percepção dos trabalhadores em relação ao processo de trabalho e dos riscos
ambientais existentes para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.

O empregador deverá garantir, que no caso da existência de riscos ambientais que coloquem
em risco grave e iminente um ou mais trabalhadores, haja interrupção imediata de suas
atividades, e comunicação ao seu superior hierárquico direto, para que as devidas providências
sejam tomadas.
CONDIÇÕES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL:

- NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

- COMUNICAÇÃO PRÉVIA

a) Endereço da obra.
b) Endereço do contratante, empregador ou condomínio e qualificação (CEI, CGC, ou CPF)
c) Tipo de obra.
d) Data prevista do início e conclusão.
e) Número máximo de trabalhadores.

PCMAT – PROGRAMA DE CONTROLE E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO

Obrigatórios nos estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores.

a) Memorial sobre condições e meio de trabalho nas atividades e operações.


b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de
execução da obra.
c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais.
d) Cronograma de implantação das medidas preventivas.
e) Layout inicial do canteiro de obras, com previsão da área de vivência.
f) Programa educativo contemplando a temática (Integração feita n o 1º dia).

- Demolição

-Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia elétrica, água,


inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de
escoamento de água devem ser desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas, respeitando-se
as normas e determinações em vigor.

-As construções vizinhas à obra de demolição devem ser examinadas, prévia e periodicamente,
no sentido de ser preservada sua estabilidade e a integridade física de terceiros.

-Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados, estuques e outros
elementos frágeis

-As escadas devem ser mantidas desimpedidas e livres para a circulação de emergência e
somente serão demolidas à medida em que forem sendo retirados os materiais dos
pavimentos superiores.

-Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o emprego de dispositivos


mecânicos, ficando proibido o lançamento em queda livre de qualquer material.

-A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material
resistente, com inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à edificação em
todos os pavimentos.

-Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no máximo, a 2 (dois)


pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de retenção de entulhos, com
dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e inclinação de 45º
(quarenta e cinco graus), em todo o perímetro a obra.
-Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, devem ser previamente
umedecidos.

-As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando esta for metálica ou de
concreto armado.

- Escavações e Fundações

- A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados
solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando
houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços

- Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação
devem ser escorados.

- Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações, as
mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado. Na impossibilidade de
desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto à concessionária.

- As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade
devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próx- imas aos postos de trabalho, a fim de
permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores,

- Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à


metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.

- Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) devem ter
estabilidade garantida.

- Carpintaria

- Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivo empurrador e guia de
alinhamento.

- As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra impactos


provenientes da projeção de partículas.

- A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura capaz de
proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries.

-Armações de Aço

- A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou
plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não
escorregadias, afastadas da área de circulação de trabalhadores

- As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas


contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões.

- É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações


nas fôrmas, para a circulação de operários.

- É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas.


- Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.

- Estruturas de Concreto

- As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de
serviço.

- Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem


por trabalhador qualificado.

- As armações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento.

- Durante as operações de protensão de cabos de aço, é proibida a permanência de


trabalhadores atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros dispositivos de protensão, devendo
a área ser isolada e sinalizada.

- No local onde se executa a concretagem, somente deve permanecer a equipe indispensável


para a execução dessa tarefa.

- Os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação e os cabos de ligação ser
protegidos contra choques mecânicos e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados
antes e durante a utilização.

- As caçambas transportadoras de concreto devem ter dispositivos de segurança que impeçam


o seu descarregamento acidental.

-Estruturas Metálicas

- As peças devem estar previamente fixadas antes de serem soldadas, rebitadas ou


parafusadas.

- Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços de rebitagem, parafusagem ou


soldagem, deve ser mantido piso provisório, abrangendo toda a área de trabalho situada no
piso imediatamente inferior. O piso provisório deve ser montado sem frestas, a fim de se
evitar queda de materiais ou equipamentos.

- O piso provisório deve ser montado sem frestas, a fim de se evitar queda de materiais ou
equipamentos.

- As peças estruturais pré-fabricadas devem ter pesos e dimensões compatíveis com os


equipamentos de transportar e guindar.

- Os elementos componentes da estrutura metálica não devem possuir rebarbas.

- A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda suspensos pelo
equipamento de guindar, se executem a prumagem, marcação e fixação das peças.

-Andaimes

- A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda suspensos pelo
equipamento de guindar, se executem a prumagem, marcação e fixação das peças.

-Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as
cargas de trabalho a que estarão sujeitos.
- Somente empresas regularmente inscritas no CREA, com profissional legalmente habilitado
pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar andaimes completos
ou quaisquer componentes estruturais.

- As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento que não permita seu
deslocamento ou desencaixe.

- Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, deve-se observar que:

a) todos os trabalhadores sejam qualificados e recebam treinamento específico para o tipo de


andaime em operação;

b) é obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com duplo talabarte que
possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava;

c) as ferramentas utilizadas devem ser exclusivamente manuais e com amarração que impeça
sua queda acidental; e

d) os trabalhadores devem portar crachá de identificação e qualificação, do qual conste a data


de seu último exame médico ocupacional e treinamento.

- É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de escadas e outros meios para
se atingirem lugares mais altos.

-Andaimes Simplesmente Apoiados

- Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada
capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas

- É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a
2,00m (dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros).

- É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja proteção


tecnicamente adequada, fixada a estrutura da mesma.

- Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura devem
possuir escadas ou rampas.
- Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou
altura equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado.

- As torres de andaimes não podem exceder, em altura, quatro vezes a menor dimensão da
base de apoio, quando não estaiadas.

- Andaimes Fachadeiros

- Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada a sua
própria estrutura ou por meio de torre de acesso.

- A movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/ou desmontagem


de andaime fachadeiro deve ser feita por meio de cordas ou por sistema próprio de içamento.

- Os montantes do andaime fachadeiro devem ter seus encaixes travados com parafusos,
contrapinos, braçadeiras ou similar.

- Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como
travamento, após encaixados nos montantes, devem ser contrapinados ou travados com
parafusos, braçadeiras ou similar.

- Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que
apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos.
- Andaimes Móveis

- Os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos
acidentais.

- Os andaimes tubulares móveis podem ser utilizados somente sobre superfície plana, que
resista a seus esforços e permita a sua segura movimentação através de rodízios.

- Andaimes em Balanço

- Os andaimes em balanço devem ter sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de


suportar três vezes os esforços solicitantes.

- A estrutura do andaime deve ser convenientemente contraventada e ancorada, de tal forma


a eliminar quaisquer oscilações.
Andaimes Suspensos

- Os andaimes suspensos devem possuir placa de identificação, colocada em local visível, onde
conste a carga máxima de trabalho permitida

- O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas de


segurança este, ligado a cabo-guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e
sustentação do andaime suspenso.

- A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou
outras estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço
solicitante.

- A sustentação dos andaimes suspensos somente pode ser apoiada ou fixada em elemento
estrutural.

- É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia,
pedras ou qualquer outro meio similar.

- Em caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda ou beiral da edificação, essa


deve ser precedida de estudos de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional
legalmente habilitado.

- Na utilização do sistema contrapeso como forma de fixação da estrutura de sustentação dos


andaimes suspensos, este deve atender as seguintes especificações mínimas:

a) ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto;


b) ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes;
c) ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso conhecido e marcado de
forma indelével em cada peça; e,
d) ter contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal.
-

- É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andaimes
suspensos.

- Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente verificados pelos usuários e pelo


responsável pela obra, antes de iniciados os trabalhos.

- É proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado de andaimes suspensos.

- Sobre os andaimes suspensos somente é permitido depositar material para uso imediato.

- É proibida a utilização de andaimes suspensos para transporte de pessoas ou materiais que


não estejam vinculados aos serviços em execução.

- É vedada a utilização de guinchos tipo catraca dos andaimes suspenso para prédios acima de
oito pavimentos, a partir do térreo, ou altura equivalente.

- A largura mínima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos deve ser de
sessenta e cinco centímetros.

- A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos, quando utilizado
um guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros.

- Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento máximo de 8,00
(oito metros).

- Andaimes Suspensos Motorizados

- Na utilização de andaimes suspensos motorizados deverá ser observada a instalação dos


seguintes dispositivos:

a) cabos de alimentação de dupla isolação;


b) plugs/tomadas blindadas;
c) aterramento elétrico;
d) dispositivo Diferencial Residual (DR); e,
e) fim de curso superior e batente.

- O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que acionará
automaticamente em caso de pane elétrica de forma a manter a plataforma de trabalho
parada em altura e, quando acionado, permitir a descida segura até o ponto de apoio inferior.
- Os andaimes motorizados devem ser dotados de dispositivos que impeçam sua
movimentação, quando sua inclinação for superior a 15º (quinze graus), devendo permanecer
nivelados no ponto de trabalho

RESUMO ANDAIMES:
-Andaime Simplesmente Apoiado
• Proibido o uso de andaime apoiado sobre cavaletes que possuem mais que 2m e
largura inferior a 90cm
• Proibido o uso na periferia da edificação sem proteção fixada na estrutura da mesma
• Possuir escadas ou rampas quando o piso do trabalho estiver a mais de 1,50m de
altura.
• Proibido o uso de andaime de madeira em obras com mais de 3 pavimentos ou altura
proporcional, podendo ter lado interno apoiado na edificação.
• Torres andaimes não pode exercer a altura 4x a menor dimensão da base não
estaiadas.

-Andaimes Fachadeiros
• Acessos verticais em escada incorporada a própria estrutura
• Dispor de proteção com tela de arame galvanizado desde a 1° plataforma de acesso
até pelo menos 2m acima da ultima plataforma

-Andaimes Móveis

• Usado apenas em superfície plana


• Providas de travas para evitar o deslocamento acidental.

-Andaime em Balanço

• Deve ter sistema de fixação á estrutura da edificação capaz de suportar 3x o maior


esforço solicitante
• Contraventada e ancorada para eliminar oscilações

-Andaime Suspenso Mecânico

• O trabalhador deverá utilizar um cinto tipo paraquedista, ligado ao trava-quedas e


fixado a estrutura independente do andaime suspenso.
• A sustentação deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou outras metálicas, que
suporte no mínimo 3x o maior esforço solicitante.
• Quando necessário utilizar contrapeso, deverá ser invariável no peso e forma, fixado á
estrutura de sustentação dos andaimes, e ser de concreto ou aço, com seu peso
marcado.
• Proibido o uso de cabos de fibras naturais
• Os cabos de aço devem restar 6 voltas no tambor quando estiver na posição mais
baixa.
• Largura mínima de 65cm e máxima de 90cm
• A plataforma deve resistir a 200kgf em qualquer ponto.

- Andaime Suspenso Motorizado

• Dispositivo mecânico de emergência, acionado automaticamente no caso de pane


elétrica mantendo parada na altura, e permitir a descida segura.
• Dotado de dispositivo que impeça a inclinação superior a 15°.

ALVENARIA, REVESITIMENTOS E ACABAMENTOS

- Devem ser utilizadas técnicas que garantam a estabilidade das paredes de alvenaria da
periferia.

- Os quadros fixos de tomadas energizadas devem ser protegidos sempre que no local forem
executados serviços de revestimento e acabamento.
- Os locais abaixo das áreas de colocação de vidro devem ser interditados ou protegidos contra
queda de material.

- Após a colocação, os vidros devem ser marcados de maneira visível.

ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS

- A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa
qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca,
sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

- As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais


devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé.

- A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve
ser feita por meio de escadas ou rampas.

-Escadas

- As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de


trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros), devendo ter
pelo menos a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar
intermediário.

- Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura


da escada.

- A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno
porte.

- As escadas de mão poderão ter até 7,00m (sete metros) de extensão e o espaçamento
entre os degraus deve ser uniforme, variando entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) a
0,30m (trinta centímetros).

- A escada de mão deve:

a) ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior;


b) ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo que impeça o seu
escorregamento;
c) ser dotada de degraus antiderrapantes;
d) ser apoiada em piso resistente.

- A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com
abertura constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m (seis metros), quando
fechada.

Rampas e Passarelas

- As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30º
(trinta graus) de inclinação em relação ao piso
- Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18º (dezoito graus), devem ser fixadas
peças transversais, espaçadas em 0,40m (quarenta centímetros), no máximo, para apoio dos
pés.

-INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

- Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente poderá ser executado
após terem sido adotadas as medidas de proteção complementares, sendo obrigatório o uso
de ferramentas apropriadas e equipamentos de proteção individual.

- É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos.

- As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de:

a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada
no quadro principal de distribuição.
b) chave individual para cada circuito de derivação;
c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;
d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.

- Os transformadores e estações abaixadoras de tensão devem ser instalados em local isolado,


sendo permitido somente acesso do profissional legalmente habilitado ou trabalhador
qualificado.

- As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas.

- Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados, sendo seus circuitos
identificados.

- Ao religar chaves blindadas no quadro geral de distribuição, todos os equipamentos devem


estar desligados.

- Máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por intermédio de


conjunto de plugue e tomada.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

- Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da
construção.

- Nos locais confinados e onde são executados pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis
de parede e similares, com emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e emprego
de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, devem ser
tomadas as seguintes medidas de segurança:

a) proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material que
possa produzir faísca ou chama;
b) evitar, nas proximidades, a execução de operação com risco de centelhamento, inclusive
por impacto entre peças;
c) utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão;
d) instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases, vapores
inflamáveis ou explosivos do ambiente;
e) colocar nos locais de acesso placas com a inscrição "Risco de Incêndio" ou "Risco de
Explosão";
f) manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros;
g) quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de
fôrmas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou
explosivas.

- Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas


no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;


b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das
máquinas e equipamentos.
e) advertir quanto a risco de queda;
f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a
devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;
g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua,
guincho e guindaste;
h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m
(um metro e oitenta centímetros);
j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.
ordem e limpeza; Equipamento de proteção individual;

- É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o


trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e
frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais.

- A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas,
pedestres e em conformidade com as determinações do órgão competente.

ORDEM E LIMPEZA

- O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e removidos.


Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira
excessiva e eventuais riscos.

- Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser
realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas.

- É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.


- É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados do canteiro
de obras.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

- A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e


em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições contidas na NR
6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI.

- O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e
em situações em que funcione como limitador de movimentação.

- O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m
(dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador.

- Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo pára-quedista devem possuir argolas e


mosquetões de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço forjado ou material
de resistência e durabilidade equivalentes.

NR15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


- LIMITE DE TOLERÂNCIA

Entende-se como limite de tolerância, para os fins desta norma, a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não
causará dano á saúde do trabalhador, durante sua vida laboral.

- O exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador a percepção


de adicional, incidente sobre o salario mínimo da região, equivalente a:

a) 40%, para insalubridade de grau máximo;


b) 20%, para insalubridade de grau médio;
c) 10% para insalubridade de grau mínimo.
- No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de
grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
- Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de
Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.

- Os níveis de ruído continuo ou intermitente, devem ser medidos em decibéis(dB) com


instrumentos de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito
de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

- Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos.

LIMITES DE TOLERANCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

- Entende-se como ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo

- As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, e avaliados em decibéis(dB).


O limite de tolerância para ruído de impacto sera de 130dB(linear). Nos intervalos entre os
picos, o ruído existente devera ser avaliado como ruído continuo.

- Em caso de não dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de resposta para
impacto, será valida a leitura feita no circulo de resposta rápida ( FAST) e circuito de
compensação “C”. Neste caso, o limite de tolerância será de 120dB(C)
Manganês e Seus Compostos:

- O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referentes a


extração, tratamento, moagem, transporte de minério, ou ainda a outras operações com
exposição a poeiras do manganês ou de seus compostos é de até 5mg/m³ no ar, para a jornada
de 8 horas por dia.

- o limite de tolerância para as operações com manganês referentes á metalurgia de materiais


de manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas,
fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda , dabricacao
de produtos químicos, tintas, e fertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a fumos
de manganês ou de seus compostos é de 1mg/m³ no a, para jornadas de 8 horas por dia.

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR

- A exposição ao calor deve ser avaliada através do “ Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo” – IBUTG.
- Os aparelhos que deve ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural,
termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.
- As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, á altura da região
do corpo mais atingida.

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PINDAÍ

Da Organização Politico Administrativa

São objetivos fundamentais dos cidadãos deste município e de seus representantes:


• assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária;
• contribuir para o desenvolvimento municipal, estadual e nacional;
• erradicar a pobreza e a marginalização, e reduzir as desigualdades sociais na área
urbana e rural;
• promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, religião e
quaisquer outras formas de discriminação.

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

- O dia 07 de abril é a data histórica da emancipação político administrativa do Município, que


se registrou no ano de 1962, e é considerado Feriado Municipal.

- O Município poderá dividir-se, para fins exclusivamente administrativos em bairros e


distritos.
I. Denominam-se bairros as porções contínuas e contíguas do território da sede, com
denominação própria, representando meras divisões geográficas desta.
II. É facultada a descentralização administrativa com a criação nos bairros, de sub sedes da
Prefeitura, na forma de lei de iniciativa do Poder Executivo.
III. Distrito é a parte do território do Município dividido para fins administrativos de
circunscrição territorial e jurisdição municipal, com denominação própria.

- O distrito pode ser criado mediante fusão de dois ou mais distritos, aplicando-se, neste caso,
as normas estaduais e municipais cabíveis relativas à criação e à supressão.

- São requisitos para a criação de distritos:


I. população, eleitorado e arrecadação não inferiores à sexta parte exigida para a 6 criação
de Município;
II. existência no povoado sede, de pelo menos, cinquenta moradias, escola pública, posto
policial e posto de saúde.

- Na fixação das divisas distritais devem ser observadas as seguintes normas:


I. sempre que possível serão evitadas formas assimétricas, estrangulamentos e
alongamentos exagerados;
II. preferência para a delimitação das linhas naturais facilmente identificáveis;
III. na existência de linhas naturais, utilização de linha reta, em que os pontos naturais ou
não sejam facilmente identificáveis;
IV. é vedada a interrupção da continuidade territorial do Município ou do distrito de origem.

Parágrafo único. As divisas distritais devem ser descritas trecho a trecho, salvo para evitar
duplicidade, aquelas em que coincidirem com os limites municipais.

- São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.

- O servidor público estável só perderá o cargo:


I. em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II. mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III. mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.

- O número de Vereadores deste Município será de 09 observados os parâmetros


estabelecidos na Constituição Federal e o levantamento populacional realizado pelo IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

- A Câmara Municipal reunir-se-á anual e ordinariamente, na Sede do Município, de 2 de


fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, podendo reunir-se também por
convocação extraordinária.

- As Sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário, por voto de dois terços (2/3) dos
Vereadores, adotado em razão de motivo relevante.

- As Sessões somente serão abertas com a presença de, no mínimo 1/3 (um terço) dos
Membros da Câmara, não podendo, neste caso, haver deliberação.

- A Câmara reunir-se-á em 1º de janeiro, no primeiro ano da legislatura, para posse de seus


Membros e eleição da Mesa.

- O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:


I. emendas à Lei Orgânica Municipal;
II. leis complementares;
III. leis ordinárias;
IV. leis delegadas;
V. resoluções;
VI. decretos legislativos.

-Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e


consolidação das leis.
- A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:
I. de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II. do Prefeito Municipal;
III. dos cidadãos, subscrita por, no mínimo, 5% (cinco) por cento do eleitorado do Município.

- A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município será


exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo municipal, instituídos em lei.

- O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão, sem licença da


Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a 15 (quinze) dias, sob pena
de perda do cargo.

- DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem prévia
elaboração do plano respectivo, devendo obrigatoriamente constar:
I. a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse
comum;
II. os pormenores para a sua execução;
III. os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV. os prazos para início e conclusão, acompanhados da respectiva justificativa.

- Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, será executado
sem prévio orçamento de seu custo.
- As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e demais
entidades da administração indireta, bem como por terceiros, mediante licitação.

- A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.

- São isentos de tributos os veículos de tração animal e os demais instrumentos de trabalho do


pequeno agricultor, empregados no serviço da própria lavoura ou no transporte de seus
produtos.

- Aquele que possuir como sua área urbana de até 250 (duzentos e cinquenta) metros
quadrados, por 5 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, a utilizando para sua
moradia ou de sua família, será adquirido o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.

- Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

LINGUA PORTUGUESA

Leitura, compreensão e interpretação de textos (ficcionais e/ou não ficcionais);

Texto: um texto é uma união de muitas palavras com o objetivo de passar uma determinada
informação para um leitor, o texto em si é um código enquanto sua interpretação é uma forma
de decodificar.

Contexto: um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido

Intertexto: são as referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações.

Texto dissertativo: busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no


desenvolvimento de um tema.

Texto argumentativo: tem como objetivo convencer alguém das nossas ideias. Deve ser claro
e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto.

Texto dissertativo- argumentativo: Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor,


convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de coerente argumentação, exemplos, fatos.
Texto Narrativo : “ Era uma vez” . historias narradas no passado. Verbos no passado, o foco da
narrativa de fatos passados. É um tipo de texto que esboça as ações de personagens num
determinado tempo e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e
acontecimentos. Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e
fábula

Texto Descritivo: é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de um objeto,
pessoa, animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo, transmitir para o leitor as
impressões e as qualidades de algo.

Texto Expositivo: pretende apresentar um tema, a partir de recursos como a conceituação, a


definição, a descrição, a comparação, a informação e enumeração.
Dessa forma, uma palestra, seminário ou entrevista são consideradas textos expositivos, cujo
objetivo central do emissor é explanar, discutir, explicar sobre um assunto.

Texto Injuntivo: ou instrucional está pautado na explicação e no método para a realização de


algo. Temos como exemplos: uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções e
propagandas.

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL.

Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a


mensagem pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Na construção de um texto,
assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que
é dito ou lido.

Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do
texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que
um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA é a relação lógica entre as ideias, fazendo com
que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo
que é o texto.

** Semântica é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras, frases e textos
de uma língua.

Semântica = Sentido = Valor semântico = entendimento

- Coesão Textual

Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que
permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras,
frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:

Referências e reiterações: este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a
outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma
palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica.
Substituições lexicais: este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro
dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou
hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).

Conectores: estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre


os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.

Correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização


dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que
irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.

- Coerência Textual

Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais
dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso,
porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:

“As ruas estão molhadas porque não choveu”

Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos,
enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o
que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas
estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter
chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.

ORTOGRAFIA, ACENTUAÇÃO, PONTUAÇÃO.

A ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia


correta das palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação.

Acentuação

A acentuação está relacionada com a ortografia, sistema convencional que representa a


correta escrita da língua, e com a prosódia, estudo que trata do conhecimento da sílaba
predominante, chamada sílaba tônica.

Nós só acentuamos as três últimas sílabas de cada palavra. Só há uma sílaba tônica em cada
palavra.

Sílaba TÔNICA: + FORTE


Sílaba ÁTONA: + FRACA

- Monossílabos Tônicos

Apenas uma silaba Acentuamos todos os monossílabos terminados em: A(s), E(s), O(s)

Ex: Pá, é , só.

- Oxítonas

Última silaba tônica. Acentuamos todas terminadas em A(s),E(s),O(s),EM,ENS


EX: Amapá, Café, Cipó, Parabéns

- Paroxítonas

Penúltima silaba tônica. Acentuamos todas Menos a da regra da oxítona.

Ex: táxi, míni, louvável, secretária, importância.

- Proparoxítonas

Antepenúltima silaba tônica. TODAS são acentuadas.

Ex: ônibus, Lâmpada, óculos.

-Regras Especiais

Acentuamos ditongos abertos: éi,éu,ói;

** Não acentuamos as paroxítonas com ditongo aberto.

Ex: Herói, ideia, heroico, véu, céu, etc.

- Regra do I e do U

Acentuamos I e U tônicos quando estão nos hiatos e sozinhos na silaba.

Ex: saúde, instruí-lo

No caso do i :

Sempre acentuamos se for acompanhado com o “s” : Ex: país

Não acentuamos se estiver seguido de “nh”: EX: Rainha

** Cuidados Especiais:

ELE TEM (singular) x ELES TÊM (plural)


ELE VÊ (singular) x ELES VEEM (plural)
ELE VEM (singular) x ELES VÊM (plural)
ELE MANTÉM (singular) x ELES MANTÊM (plural)
ELE PREVÊ (singular) x ELES PREVEEM (plural)
ELE INTERVÉM (singular) x ELES INTERVÊM (plural)

Pontuação

PONTUAÇÃO DO PERÍODO SIMPLES

Atenção para a ordem dos elementos:

ORDEM DIRETA: sujeito + verbo + complementos + adjuntos


ORDEM INVERSA: qualquer alteração dos elementos acima
REGRA GERAL: Não se separa sujeito do predicado, ou seja, não se separa sujeito do verbo

EXPRESSÕES EXPLICATIVAS / CORRETIVAS

É o caso de “ou seja”, “ou melhor”, “isto é”: sempre serão com vírgulas.
Ex.: Vasco é professor de Artes, ou melhor, de Física.
OBJETOS PLEONÁSTICOS
É a repetição dos objetos. Sempre é com vírgula e pronome oblíquo.
Ex.: Os alunos, sempre os apoiamos.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS.

Formação de Palavras:

Palavras primitivas: são palavras que servem como base para a formação de outra e que não
foram formadas a partir de outro radical da língua.
Exemplos: pedra, flor, casa.

Palavras derivadas: são palavras formadas a partir de outros radicais.


Exemplos: pedreiro, floricultura, casebre.

No português, os principais processos para formar palavras novas são dois: derivação
e composição.

DERIVAÇÃO

É a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva.


Exemplos: inútil = prefixo in + radical útil.

- Derivação Prefixal

Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva.


Exemplos: desfazer, refazer.

- Derivação Sufixal

Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva.


Exemplos: alegremente, carinhoso.

- Derivação Parassintética

Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva.


Exemplos: desalmado, entristecer.

- Derivação Regressiva

Faz-se pela redução da palavra primitiva.


Exemplos: trabalho (trabalhar), choro (chorar).
O processo de derivação regressiva produz os substantivos deverbais, esses são substantivos
derivados a partir de verbos.

- Derivação Imprópria

Forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja
alterada.
Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo torna-se substantivo).
Não aceito um não como resposta. (advérbio torna-se substantivo, o artigo um substantiva o
advérbio).

COMPOSIÇÃO

O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais radicais.


Exemplos: guarda-roupa, pombo-correio.

Há dois tipos de composição: aglutinação e justaposição.

- Composição por Aglutinação

Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações.


Exemplos: planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora).

- Composição por Justaposição

Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações.


Exemplos: pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol.

- Hibridismo

Ocorre quando os elementos que formam a palavra são de idiomas diferentes.


Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim), televisão (tele= grego, visão=latim).

- Onomatopeia

Acontece nas palavras que simbolizam a reprodução de determinados sons.


Exemplos: tique-taque, zunzum.

- Redução ou Abreviação

Esse processo se manifesta quando uma palavra é muito longa, pois forma novas palavras a
partir da redução ou abreviação de palavras já existentes.
Exemplos: pornô (pornográfico), moto (motocicleta), pneu (pneumático).

- Neologismo

É a criação de novas palavras para atender às necessidades dos falantes em contextos


específicos.
Veja os neologismos num trecho do poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade:

Que pode uma criatura senão,


senão entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
CLASSES GRAMATICAIS

Classes gramaticais = funcionamento das palavras no texto.

AS 10 CLASSES GRAMATICAIS SÃO:

•Variáveis:
• Invariáveis:
1.Substantivo;
2.Artigo; 1.Advérbio;
3.Adjetivo; 2.Preposição;
4.Numeral; 3.Conjunção;
5.Pronome; 4.Interjeição.
6.Verbo.

SUBSTANTIVO é a classe gramatical que nomeia os seres:

 Objetos: O avião chegou.


 Pessoas: João vai estudar.
 Lugares: Moro em Campinas.
 Sentimentos: O amor nos engrandece.
 Estados: Todos necessitam de alegria.
 Qualidades: A honestidade é essencial.
 Ações: A pescaria foi divertida.
 Fenômenos da natureza: Chuva é importante

Classificação dos Substantivos

 Comum: indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie.


Ex: casa, homem, cidade, rio.

 Coletivos: entre os substantivos comuns encontram-se os “Coletivos”, que, embora estejam


no singular, indicam uma multiplicidade da mesma espécie.

Ex: Boiada: muitos bois


Cardume: muitos peixes
Ramalhete: muitas flores

 Próprio: é aquele que particulariza um ser da espécie (pessoas, cidades, estados, países, rios,
nomes de animais domésticos e outros):

Ex: Marcelo, São Paulo, Brasil.

 Concreto: indica seres reais ou imaginários, de existência independente de outros seres.


Ex: Casa (ser real) Bruxa (ser imaginário)

 Abstrato: indica seres dependentes de outros seres.


Ex: ódio trabalho solidão

Esses seres existem em função de outros seres:


- o ódio é sentido por alguém: sentimento;
- o trabalho é realizado por alguém: ação;
- a solidão é o estado em que alguém se encontra : estado.

Formação dos Substantivos:

 Primitivo: é aquele que dá origem a outras palavras.

Ex: pedra, terra

 Derivado: é aquele que se forma de outras palavras.

Ex: pedreira, terreno

 Simples: é aquele formado por um radical.

Ex: flor, maçã, couve

 Composto: é aquele formado por mais de um radical.

Ex: banana-maçã (composto de banana + maçã)

couve-flor ( composto por couve + flor)

ARTIGO

É a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo e se classifica em:

Definido: é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida (precisa): o, a, os,
as

Ex: O menino foi ao parque. (menino específico).

Indefinido: é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida (vaga,


imprecisa): um, uma, uns, umas.

Ex: Um menino foi ao parque. (qualquer menino)

ADJETIVO

É a palavra que caracteriza o substantivo.

Exemplos:  O bom homem me ajudou.


 A vizinha estava alegre.
 O cidadão brasileiro escolheu seu presidente

LOCUÇÃO ADJETIVA

É uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo.

Exemplos:
 Sapatos sem meias.
Touca de bolinha.
Período da manhã.
Faixa de idade.

NUMERAL

É a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número.

Exemplos:
 Choveu durante quatro semanas.
 O terceiro aluno da fila era o mais alto.
 Comeu meia maçã.

- Classificação do Numeral

 Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres: um, dois...


 Ordinal: indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série: primeiro, segundo...
 Multiplicativo: expressa idéia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi
aumentada: dobro, triplo...
 Fracionário: expressa idéia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi
dividida: meio, terço...

PRONOME

É a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso.

Ex: Paulo sorriu. Finalmente as coisas tomavam o rumo que ele desejava.

- Classificação do Pronome

Pronomes Pessoais: substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles:


retos, oblíquos e de tratamento.

 Pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as).

 Pronomes pessoais do caso oblíquo: Me, mim, comigo Te, ti, contigo O, a, lhe, se, si, consigo
Nos, conosco Vos, convosco Os, as, lhes, se, si, consigo

 Pronomes pessoais de Tratamento: representam a forma de se tratar as pessoas, trato cortês


(cerimonioso) ou informal (íntimo). Os mais usados são:
Pronomes Possessivos: São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor),
acrescentam a ela a idéia de posse de algo (coisa possuída):

Ex: Eu reagi quando tocaram no meu braço.

São eles: Meu, minha, meus, minhas Teu, tua, teus, tuas, Seu, sua, seus, suas Nosso, nossa,
nossos, nossas ,Vosso, vossa, vossos, vossas Seu, sua, seus, suas

Pronomes Demonstrativos: São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de


um ser em relação às pessoas do discurso.

Posição no espaço:

 Este caderno é meu.


 Este: indica que o caderno está próximo da pessoa que fala.

 Esse caderno aí é teu.


 Esse: indica que o caderno está próximo da pessoa que ouve.

 Não sabemos de quem é aquele caderno lá.


 Aquele: indica o caderno distante de ambas as pessoas

Pronomes Indefinidos: São palavras que se referem à 3ª pessoa do discurso, dando-lhe


sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada.

Ex: Alguém está chegando. (Alguém refere-se à 3ª pessoa sem identificá-la).


Compareceram muitos pais à reunião. (Muitos refere-se à 3ª pessoa sem determinar o número
exato).

São eles:
 Algum, alguma, alguns, algumas, algo
 Nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, alguém
 Todo, toda, todos, todas, nada
 Muito, muita, muitos, muitas, ninguém
 Pouco, pouca, poucos, poucas, tudo
 Certo, certa, certos, certas, cada
 Outro, outra, outros, outras, outrem
 Quanto, quanta, quantos, quantas, quem
 Tanto, tanta, tantos, tantas, mais
 Vário, vária, vários, várias, menos
 Diverso, diversa, diversos, diversas, demais
 Um, uma, uns, umas
 Qual, quais
 Bastante, bastantes

Locuções Pronominais: São locuções pronominais indefinidas duas ou mais palavras que
equivalem a um pronome indefinido.

Exemplos:

Apenas uma ou outra pessoa parava para ver o espetáculo.


Qualquer um poderá participar do concurso

Algumas locuções pronominais indefinidas:

Cada qual
Cada um
Quem quer que seja
Seja quem for
Qualquer um
Todo aquele que
Tal e qual

Pronomes Interrogativos: São aqueles usados na formulação de uma pergunta direta ou


indireta. Assim como os indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso:

Ex:

 Diga-me que dia é hoje.(interrogativa indireta)


 Quem fez isso? (interrogativa direta)
São eles: Que, quem, qual (e variação), quanto ( e variação)

Pronomes Relativos: São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e


com os quais se relacionam. Além disso, o nome mencionado anteriormente é o antecedente
do pronome.
 Os livros que estou lendo são muito bons.
Livros é o termo antecedente e que é o pronome relativo
 O sobrado onde morava fora deixado pelo avô.
Sobrado é o termo antecedente e onde é o pronome relativo.
 Pronomes relativos variáveis: O qual, a qual os quais, as quais Cujo, cuja, cujos, cujas
Quanto, quanta, quantos, quantas
 Pronomes relativos invariáveis: Que, quem, onde

Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo

Pronome Substantivo é aquele que substitui o substantivo ao qual se refere.


Pronome Adjetivo é aquele que acompanha o substantivo com o qual se relaciona.
Exemplo:

Alguns alunos estudam o suficiente, outros (alunos) não.

Alguns = pronome adjetivo


Outros = pronome substantivo

VERBO

Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o momento em
que ela ocorre, é o Verbo.

Formas Nominais

- Infinitivo: Verbos Terminados em “ ar, er, ir”


- Gerúndio: Verbos Terminados em “ndo”
- Particípio: Verbos Terminados em “ ado, ido”

Tempo e Modo

 Presente: O garoto estuda.


 Pretérito perfeito: O garoto estudou.
 Pretérito imperfeito: O garoto estudava.
 Pretérito mais-que-perfeito: O garoto estudara.
 Futuro do presente: O garoto estudará.
 Futuro do pretérito: O garoto estudaria, se tivesse condições

Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar CERTEZA, DÚVIDA, ORDEM.

 Fato certo: Marcos estuda todos os dias.


 Fato duvidoso: Se Marcos estudasse...
 Ordem: Estude, Marcos!

As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais:

Modo Indicativo: exprime certeza.


Modo Subjuntivo: exprime dúvida.
Modo Imperativo: exprime ordem, conselho ou pedido

Locução Verbal: É o conjunto formado por dois ou mais verbos que expressam uma idéia (um
verbo auxiliar + um verbo principal).
Ex: Você terá de trabalhar muito.
Terá = verbo auxiliar
Trabalhar = verbo principal

Adverbio: São palavras que indicam as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
Ex:
 Ontem, fomos ao cinema.
Ontem = circunstância de tempo
 As crianças saíram depressa.
Depressa = circunstância de modo

- Classificação do Adverbio:
 Tempo: ontem, hoje, amanhã, logo, antes, depois....
 Lugar: aqui, ali, lá, perto, longe,...
 Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, suavemente,...
 Afirmação: sim, certamente, realmente,...
 Negação: não, absolutamente, tampouco.
 Dúvida: quiçá, acaso, talvez,...
 Intensidade: muito, pouco, mais, menos,...

- Locução Adverbial: É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio.

Ex:

 De repente, as garotas chegaram.


 Márcia saiu às pressas.
 Com certeza, vamos participar.

Preposição: É a palavra invariável que liga dois termos. Nessa ligação, há uma relação de
subordinação (dependência) em que o segundo termo se subordina ao primeiro.

Ex:
Voltei para Campinas ontem.
Voltei = termo regente
para = preposição Campinas = termo subordinado

 Preposições essenciais (aquelas que sempre foram preposições):


A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob,
sobre, trás.

 Preposições acidentais (aquelas que passam a ser preposições, mas são provenientes de
outras classes gramaticais):
Conforme, consoante, segundo, durante, mediante, como, salvo, fora, que, etc.

- Locução Prepositiva: É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição.


Ex: Não estou a par do assunto.
As principais:
Abaixo de, além de, Apesar de, graças a, junto através de, De encontro a,
acerca de, Acima de, a, Ao invés de, diante de, em frente de, Sob pena
antes de, a par de, A fim em via de, Em vez de, de, a respeito de
de, diante de, depois de, junto de, Defronte de,

Conjunção: É a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma
oração.
Ex: O mascate juntou a mercadoria e fugiu quando viu os fiscais.

- Conjunção Coordenativa: ligam orações independentes.

Ex: Os filhos reuniram os familiares e fizeram uma festa para os pais.

- Aditivas: e, nem, mas também etc


-Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto etc
-Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, seja...seja etc.
-Explicativas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).
-Conclusivas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois ( proposto o verbo)

- Conjunção Subordinativas: ligam orações dependentes.


Ex: Acho que virei.

-Temporais: quando, enquanto, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, até
que, assim que etc
-Causais: porque, que, porquanto, já que, visto que, uma vez que, como (no início da frase),
desde que etc.
-Condicionais: se, caso, salvo se, contanto que, a não ser que etc.
-Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos etc.
-Finais: para que, a fim de que etc.
-Consecutivas: (consequência) que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de modo que, sem
que, de sorte que etc.
-Concessivas: (ideia de contrariedade) embora, conquanto que, ainda que, mesmo que etc
-Comparativas: como, assim como, que ou do que (precedidos de mais, menos, maior, menor,
melhor, pior) etc.
- Conformativas: conforme, segundo, consoante etc
- Integrantes: que, se.

Interjeição: São palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções, admiração.

Ex: Ah! Que alegria!


Ih! Que encrenca!

Alguns exemplos: Ufa! Oi! Parabens! Socorro! Obrigado! Psiu! ( ambos são acompanhados de
!)
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, PARÔNIMOS, HOMÔNIMOS.

Sinônimos: As palavras sinônimas são dois ou mais vocábulos que têm um significado
semelhante ou o mesmo significado. Exemplos:

• Casa/lar/moradia/residência
• Longe/distante
• Delicioso/saboroso
• Carro/automóvel
• Triste/melancólico
• Resgatar/recuperar

Antônimos: As palavras antônimas são duas ou mais palavras que os seus significados se
opõem. Exemplos:

• Amor/ódio
• Luz/trevas
• Mal/bem
• Ausência/presença
• Fraco/forte
• Bonito/feio
• Cheio/vazio

Parônimos: São palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escrita e na
pronúncia. Exemplos:
• Infligir/infringir
• Retificar/ratificar
• Vultoso/vultuoso

Homônimos: As palavras homônimas são duas ou mais palavras que apresentam a mesma
grafia e a mesma pronúncia, mas possuem significados diferentes. Exemplos:

• Vou colocar “extrato” de tomate no molho do macarrão.


• Vou ao banco retirar o “extrato”.
• Eu “rio” tanto.
• Da minha casa posso ver o “rio”.

VOZES VERBAIS (ATIVA, PASSIVA, REFLEXIVA).

Existem três vozes verbais no português: ativa, passiva e reflexiva.


Voz ativa: Eu vi o menino no parque.
Voz passiva: O menino foi visto por mim.
Voz reflexiva: Eu vi-me ao espelho.

Voz ativa

A voz ativa é usada quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal. Indica, assim, que o
sujeito gramatical é o agente da ação.
- Frases na voz ativa

• Eu comi o bolo.
• Meu filho comprou o chapéu.
• Os alunos leram os livros.

Voz passiva
A voz passiva é usada quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal. Indica, assim, que o
sujeito gramatical é o paciente de uma ação que é praticada pelo agente da passiva.
Conforme o seu processo de formação, a voz passiva pode ser classificada em voz passiva
analítica e voz passiva sintética.

Voz passiva analítica: Na voz passiva analítica, as frases apresentam a seguinte estrutura:
sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva

Frases na voz passiva analítica:

• O bolo foi comido por mim.


• O chapéu foi comprado pelo meu filho.
• Os livros foram lidos pelos alunos.

Voz passiva sintética


Na voz passiva sintética, as frases apresentam a seguinte estrutura:
verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente
Frases na voz passiva sintética:

• Comeu-se o bolo.
• Comprou-se o chapéu.
• Leram-se os livros.

Voz reflexiva
A voz reflexiva é usada quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. Indica assim
que o sujeito gramatical é ao mesmo tempo o agente e o paciente da ação. Apresenta,
obrigatoriamente, um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se) que atua como
objeto de um verbo na voz ativa.
A voz reflexiva é considerada recíproca quando estão presentes dois sujeitos que praticam e
sofrem a ação um do outro.
Frases na voz reflexiva

• Ele se feriu com a tesoura.


• Alimento-me sempre de forma saudável.
• Eles olharam-se longamente.

ESTRUTURA DO PERÍODO, DA ORAÇÃO E DA FRASE.

FRASE
A frase pode ser definida por seu propósito comunicativo. Isso significa que Frase é todo
enunciado capaz de transmitir, de traduzir sentidos completos em um contexto de
comunicação, de interação verbal.

Tipos de Frases

• Frases interrogativas: Entonação de pergunta. Geralmente, é finalizada com ponto de


interrogação (?). Exemplo: Que dia você volta?
• Frases exclamativas: Entonação expressiva, reação mais exaltada. Geralmente, finalizada
com ponto de exclamação ou reticências (! …). Exemplo: Que horror!
• Frases declarativas: Não são marcadas pela entonação expressiva ou intencional.
Geralmente apresentam declarações afirmativas ou negativas e são finalizadas com o
ponto final (.). Exemplo: Amanhã não poderei levantar.
• Frases imperativas: Enunciado que traz um verbo no modo imperativo. Geralmente sugere
uma ordem e é finalizado pelos pontos de exclamação e final (! .). Exemplo: Fale mais
baixo!

ORAÇÃO

A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja estrutura


caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na verdade, a oração é
caracterizada, sintaticamente, pela presença de um predicado, o qual é introduzido na língua
portuguesa pela presença de um verbo. Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos
essenciais, integrantes ou acessórios.

Predicado: termo da oração que se refere ao sujeito. (Verbo + Complemento)

Observe alguns exemplos de orações:

– Corra!
– Esses doces parecem muito gostosos.
– Chove muito no inverno.

PERÍODO

O período é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado construído por uma ou mais
orações e possui sentido completo. Na fala, o início e o final do período são marcados pela
entonação e, na escrita, são marcados pela letra maiúscula inicial e a pontuação específica que
delimita sua extensão. Os períodos podem ser simples ou compostos. Vejamos cada um deles:

• Período simples

Os períodos simples são aqueles constituídos por uma oração, ou seja, um enunciado com
apenas um verbo e sentido completo. Exemplo: Os dias de verão são muito longos! (verbo ser)

• Período composto

Os períodos compostos são aqueles constituídos por mais de uma oração, ou seja, dois ou mais
verbos. Exemplo: Mariana me ligou para dizer que não virá mais tarde. (Período composto por
três orações: verbos ligar, dizer e vir.)

PERÍODOS COMPOSTOS POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

As orações coordenadas e subordinadas fazem parte do período composto, ou seja, o período


em que temos duas ou mais orações. Essas orações são ligadas por conjunções que são termos
de coesão (=ligação).

Conjunção: é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical.
Ex: e, mas, ou, logo, pois, que, como, porque

- ORAÇÕES COORDENADAS OU COORDENATIVAS

São divididas em:

COORDENADAS ASSINDÉTICAS: sem conjunção.


COORDENADAS SINDÉTICAS: com conjunção
Classificam-se em:
— ADITIVAS (adição-soma) Ex.: Eles não só cantam, MAS TAMBÉM dançam.
— ADVERSATIVAS (oposição) Ex.: Correram muito, MAS perderam o ônibus.
— ALTERNATIVAS (alternância) Ex.: Léo ORA estuda, ORA trabalha
— CONCLUSIVAS (conclusão) Ex.: Não gastamos o dinheiro, PORTANTO iremos viajar.
— EXPLICATIVAS (explicação, geralmente com verbos no imperativo) Ex.: Estudem, PORQUE a
prova está próxima.
ORAÇÕES SUBORDINADAS

As orações subordinadas são divididas em:

ORAÇÃO PRINCIPAL: sem conectivo.

ORAÇÃO SUBORDINADA: com conectivo. As orações subordinadas podem ser:

SUBSTANTIVAS : exercem função sintática e são introduzidas por: que/se (conjunções


integrantes), pronomes interrogativos ou advérbios interrogativos. ATENÇÃO: podemos
substituir esses conectivos pela palavra isso/disso.

— SUBJETIVA: função de sujeito. Sempre que a oração principal iniciar com: V.T.D. + se ou V.L.
+ predicativo ou verbo na 3ª pessoa do singular. Ex.: É importante QUE façamos uma boa
prova.

— OBJETIVA DIRETA: função de objeto direto. Ex.: Não sabemos SE iremos à festa.

— OBJETIVA INDIRETA: função de objeto indireto. Ex.: Lembrem-se DE QUE iremos à festa. —
— COMPLETIVA NOMINAL: função de complemento nominal. Ex.: Não temos medo DE QUE
você falhe.

— PREDICATIVA: função de predicativo do sujeito. Ex.: O certo é QUE faremos uma ótima
prova.

— APOSITIVA: função de aposto. É a única com pontuação (ou dois pontos, ou vírgula). Ex.:
Nós só temos certeza de uma coisa: QUE você é brilhante.

ADJETIVAS : exercem a função do adjetivo. São adjuntos adnominais e são sempre uma
característica. São introduzidas por pronomes relativos.

— RESTRITIVAS: sem vírgula.

Ex.: Os homens QUE se importam com as mulheres são os melhores.

— EXPLICATIVAS: com vírgula.

Ex.: O Brasil, QUE é um país diversificado, apresenta boas ideias para a socialização.
ADVERBIAIS: exercem a função do advérbio.
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL

É estabelecida entre o núcleo de um sintagma nominal e suas flexões de gênero ( masc e


femin) e núcleo ( plural , singular) e todos os termos que o determinam.

Observe o exemplo:

As tigelas dos gatos são antigas


Núcleo
do sintagma

- Regra Geral de Concordância Nominal

Os adjetivos, pronomes, artigos, numerais e particípios (sintagmas nominais determinantes)


concordam em gênero e número com o núcleo do sintagma nominal que determinam, isto é,
flexionam-se em gênero e número de acordo com as flexões do elemento substantivo
(substantivo, pronome ou numeral substantivo) a que se referem.

Lembre-se de que os sintagmas nominais determinantes concordam em gênero e número com


os sintagmas nominais determinados. Veja o exemplo:

Bonitas são as flores do meu jardim.

CONCORDÂNCIA VERBAL

A concordância verbal é estabelecida entre o verbo, em suas flexões de número (plural e


singular) e pessoa (1ª, 2ª e 3ª), e o sujeito da oração com o qual ele se relaciona.
Observe o exemplo:

SINTAGMA VERBAL

Em alguns casos, o sujeito aparece após o verbo, o que não afeta as relações de concordância.
O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

Observe o exemplo:

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal é a relação entre o verbo e seu complemento, além do uso ou não de
algumas preposições. Cuidado com o SENTIDO dos verbos e o uso no CONTEXTO!

Ex:
ASPIRAR com sentido de:

— Inalar = V.T.D. (sem preposição)

Ex.: Aspiramos o cheiro das flores.

— Desejar = V.T.I. (com preposição: A, À, AO)

Ex.: Aspiramos à vaga na faculdade

AGRADAR com sentido de:

— Acariciar = V.T.D. (sem preposição)

Ex.: A garotinha agradou o cachorrinho.

— Satisfazer = V.T.I. (com preposição: A, À, AO)

Ex.: O palestrante agradou ao público.

PREFERIR

É V.T.D.I. Cuidado: Esse verbo é usado com a preposição A. Então, nunca escreva assim: Prefiro
churrasco do que sushi. O correto é: Prefiro churrasco a sushi
O.D O.I

REGÊNCIA NOMINAL

A regência nominal é a relação entre substantivos, adjetivos e advérbios e o seu grau de


complementação. Sempre atente ao uso das preposições e quais preposições.

Ex:

Acostumado a, com
Aflito com, por
Alheio a
Ambicioso de Amizade a, por, com
Anterior a Apaixonado de, por
Etc..
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (PRÓCLISE, MESÓCLISE; ÊNCLISE).

A principal questão da colocação pronominal é saber onde colocar o pronome oblíquo em


relação ao verbo. Os principais pronomes oblíquos são: O, A, ME, TE, LHE, SE, LO, LA, NO, NA...

Temos 3 tipos de colocação pronominal: próclise (pronome antes do verbo); mesóclise


(pronome no meio do verbo); e ênclise (pronome depois do verbo).

- PRÓCLISE

Pronome antes do verbo. Nunca se usa em início de frase e após vírgula. Os casos que mais
aparecem são de próclise.

PRÓCLISE OBRIGATÓRIA COM PALAVRAS ATRATIVAS

— advérbios e locuções adverbiais


— pronomes
— conjunções subordinadas

Ex: Não lhe devo satisfações


Quem nos explicará as regras?

-MESÓCLISE

Pronome no meio do verbo. Só se usa com verbos no futuro.


Ex.: Dar-TE-ei um presente
Assim que oportuno, contar-lhe-ei detalhes da cerimônia

- ÊNCLISE

Pronome depois do verbo. Nunca se usa em três casos:


— verbos no futuro
— verbos no particípio
— quando a próclise for obrigatória

Ex: Alunos, sentem-se, por gentileza


Saiu apressadamente, esquecendo-se de seu celular.

PRONOMES DE TRATAMENTO (USOS E ADEQUAÇÕES)

São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente.


Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser
feita com a terceira pessoa
ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM (DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO)

Denotações - uso gerais, comuns, literal, finalidade práticas, utilitárias, objetivas, usuais.

Ex.: A corrente estava pendurada na porta.

corrente- cadeira de metal, grilhão (dicionário /Aurélio)

Conotação (sentido figurado) - uso expressivo, figurado, diferente daquele empregado no dia-
a-dia, depende do contexto.

Ex.:" A gente vai contra a corrente, até não poder resistir." (Chico Buarque)

Entendemos “corrente” como a “opinião da maioria das pessoas”.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Processo de comunicação

• Aquele que emite a mensagem, codificando-a em palavras chama-se EMISSOR.


• Quem recebe a mensagem e a decodifica, ou seja, apreende a ideia, é chamado
de RECEPTOR.
• Aquilo que é comunicado, o conteúdo da comunicação é chamado de MENSAGEM.
• CÓDIGO é o sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da
mensagem.
• REFERENTE, por sua vez, é o contexto em que se encontram o emissor e o receptor.
• O meio pelo qual esta mensagem é transmitida é nomeado CANAL.

São seis as funções básicas da linguagem verbal:

Função Emotiva/Expressiva: centralizada no emissor, tem o papel de exprimir emoções,


impressões pessoais a respeito de determinado assunto. Vem escrita em primeira pessoa e de
forma bem subjetiva. Em textos que utilizam a função emotiva há uma presença marcante de
Figuras de linguagem, mensagens subentendidas, elementos nas entrelinhas. Os textos que
mais comumente se utilizam desse tipo de linguagem são as cartas, as poesias líricas, as
memórias, as biografias, entre outros.

Função Referencial/Denotativa: esse tipo de linguagem é centralizada no referente. O


objetivo é transmitir a mensagem da melhor maneira possível, recorrendo a conceitos gerais,
vocabulário simples e claro, ou, dependendo do público alvo, com palavras que melhor se
adeque a ele. É chamada de denotativa devido à objetividade das informações, à clareza das
ideias. Há uma prevalência do uso da terceira pessoa, o que torna o texto ainda mais
impessoal, por exemplo: textos jornalísticos e os científicos.
Função Apelativa/Conativa: essa função serve para fazer apelos, pedidos, para comover ou
convencer alguém a respeito do que se diz. Centralizada no receptor, procura influenciá-lo em
seus pensamentos ou ações. É bastante frequente o uso da segunda pessoa, dos vocativos e
dos imperativos. É aplicada particularmente nas propagandas ou outros textos publicitários,
e também em campanhas sociais, com o objetivo de comover o leitor.
Função fática: centraliza-se no canal. Tem o objetivo de estabelecer um contato ou
comunicação, não necessariamente com uma carga semântica aparente. É utilizada em
saudações, cumprimentos do dia a dia, expressões idiomáticas, marcas orais.
Função poética: caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáforas e
demais figuras de linguagem, também em rima e métrica poética. É semelhante à linguagem
emotiva, sendo que não necessariamente revela sentimentos ou impressões a respeito do
mundo. É aplicada em poesias, músicas e algumas obras literárias.
Função metalinguística: está presente principalmente em dicionários. Caracteriza-se por
trazer consigo uma explicação da própria língua.Pode ocorrer também em poesias e obras
literárias.

CONHECIMENTOS GERAIS E ATUALIDADES

PINDAÍ – HISTORIA DA CIDADE

- Antigamente chamada de Duas Barras, a primeira sede de Duas Barras foi Arraial de
Umburanas, antiga aldeia dos índios.
- Por força da Lei Provincial nº 2.661, de 8 de julho de 1889, foi o Arraial elevado à Vila e criado
o Município de Caetité, dando a sua sede a denominação de Vila Bela das Umburanas.
- O Município foi posto a funcionar em 1º de outubro de 1890. No ano 1911 houve uma
divisão administrativa do Brasil e o Município de Vila Bela das Umburanas passa a
denominar-se Umburanas, subdividindo-se em cinco distritos: o da sede e os de Furados,
Gentio, Duas Barras e Brejinho das Ametistas.
- Assim é que Urandi aparece com o distrito do seu nome (sede) e com os de Guirapá (ex.
Umburanas), Pindaí (ex. Gameleira) e Tatuapé (ex. Piedade), constituição esta que
permaneceu no quadro territorial para o qüinqüênio 1954- 1958 fixado pela Lei Estadual
nº 628 de 30 de dezembro de 1953.
- A cidade de Pindaí está localizada na Região da Serra Geral, sudoeste do estado da Bahia.
O município, que possui uma área de 715, 482 km², faz divisa com as cidades de
Guanambi, Urandi, Candiba, Caetité, Licínio de Almeida e Sebastião Laranjeiras.
- Cidade de pequeno porte, Pindaí tem 16.708 habitantes, segundo estimativa do IBGE de
2013. Desse total somente um terço vive na zona urbana, ou seja, o município tem uma
extensa zona rural, fato que contribue para que a economia tenha sua base na cultura
agrícola. A distância de Pindaí a capital do estado é de 843km.
- Pindaí tem 56 anos de município
- No ano de 1911 houve a divisão administrativa do Brasil e o município de Vila Bela
das Umburanas para a denominar-se Umburanas, subdividindo-se em 5 distritos: O da
Sede e os Furados, Gentio, Duas Barras e Brejinho das Ametistas. Com a Lei Estadual
numero 1276, de 10 de agosto de 1918, a sede do municio foi transferia para a
povoação de Duas Barras, elevada a vila com o nome de Urandi.
- O nome Pindaí foi dado pela professora Eponita Zita, de Caetité, que na época
trabalhava em Urandi.
- Pindaí desmembrou-se de Urandi em 1962.
- Pindaí é totalmente abrangido pelo polígono das secas, com predominância de clima
semiárido. O período das chuvas mais frequentes no município é no mês de outubro a
janeiro e os meses mais quentes são agosto, setembro e outubro, ate a vinda das
chuvas. O mês mais frio é junho com a chegada do inverno.
- No que se diz a respeito a agricultura, a lavoura predominante é do tipo temporária,
destacando o algodão herbáceo, sendo as demais, quase sempre de subsistência, a
chamada de agricultura familiar, como o milho, arroz, feijão e mamona. Sobressaem
ainda as plantações de mandioca para o fabrico de farinha, a do fumo e da banana.
- Há uma preocupação na exploração dos produtos agrícolas, como por exemplo, da
mamona, que é uma matéria prima importante para a produção do biodiesel. Para
desenvolver-se esse potencial, experiencias estão sendo feitas pela Secretaria
Municipal de Agricultura em parceira com a COOTEBA – Cooperativa de Trabalho do
Estado da Bahia e com a PETROBRAS, que entra com a semente e garante a compra da
produção, a Cooteba fornece a assistência técnica necessária e o município faz a
preparação do solo.
- O algodão teve seu período áureo em Pindaí e, representou por muito tempo, a
única economia municipal, desenvolvendo uma situação de monopólio. No entanto, o
surgimento de pragas, a escassez de chuvas e a falta de uma estrutura que garantisse
melhor o apoio aos agricultores, concorreram para que viesse a decadência dessa
produção. Há a pratica da Caprinocultura ( criação de cabritos ) e da Apicultura (
extração do mel).
- No município foi descoberto potencial de exploração de minério de ferro e d Bahia
Mineração (BAMIN), estará fazendo a extração dessa importante matéria prima para a
indústria siderúrgica, concorrendo para uma nova etapa de desenvolvimento
econômico e social no âmbito de nossa comunidade , através do projeto Pedra de
Ferro, implantado na região que abrange também, outro municípios além do nosso.
- Outra iniciativa da Bahia Mineração é a execução do projeto Mina de Talentos,
que foi apresentado ao município de Pindai em fevereiro de 2011, que visa a
preparação de pessoas para o mercado de trabalho, com a promoção de cursos
gratuitos que permitirão a qualificação profissional para as comunidades onde vai
atuar, já que o déficit qualitativo gera apagão de mão de obra, que é a existência de
vagas, sem a condições de preenchimento, pela inexistência de pessoas preparadas
para ocupa-las.

You might also like