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CURSO DE DIREITO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO VII (TRIBUNAL DO JÚRI)

ATIVIDADE SOBRE PRONÚNCIA

O MP ofereceu denúncia pelo crime de homicidio qualificado. Analisando a acusação e a defesa, o


magistrado, decidiu pronunciar o réu pelo homicídio simples, excluindo a qualificadora.
Qualificadoras de ordem subjetiva (dependem da intencao/vontade do réu, ex: motivo fútil/torpe, feminicídio):
são incompatíveis com certas previsões do ordenamento jurídico. (Ex: Homicidio privilegiado: pai que mata
estuprador da filha).
Qualificadora de ordem objetiva: ex: emprego de fogo.
Homicidio qualificado crime hediondo. Mínimo de 12 anos. Regime fechado. Progressão passa de 1/6 para
2/5 (primário) ou 3/5 reincidente.
Homicidio simples: não é hediondo, progressão com 1/6
Relevante valor moral ou social: flagrante adultério. Não combina com qualificadoras subjetivas, apenas
objetivas.
De acordo com o CPP, o quesito referente ao homicídio privilegiado deve vir antes do quesito da
qualificadora. Se o conselho de sentença reconhecer o privilégio, a qualificadora subjetiva fica prejudicada.

O promotor deve colocar o máximo de qualificadoras possíveis para o caso pois, se uma for derrubada, ainda
existirão outras capazes de manter o caráter hediondo do crime.

No processo foram pedidas:


1. A absolvição sumária, com base na legítima defesa. Não cabia, pois o juiz deveria ter certeza plena
que ocorreu desta forma. Na dúvida, deve pronunciar para que o conselho de sentença decida (In
dúbio pro societate). Como a parte foi sucumbente neste pedido, abriu margem para recorrer até
chegar no STF, postergando o processo caso a parte deseje. Daí a importância de fazer os pedidos
sucessivos.
2. Sucessivamente (não sendo acolhido o pedido anterior), desqualificar.

No curso do processo, o réu pode ser preso preventivamente

1) Quais foram as pretensões da acusação?


A pronúncia do acusado, como incurso no art. 121, § 2º, inciso II, do Código Penal.

2) Se todas as pretensões da acusação fossem acolhidas, a decisão mudaria?


A decisão continuaria sendo de pronúncia, mas, nesse caso, levaria a questão da incidência da qualificadora
de motivo fútil para a apreciação do conselho de sentença.

3) Se o MP estiver insatisfeito com a decisão caberá algum recurso? Qual? Por quê?
Sim. Caberá Recurso em Sentido Estrito ao Tribunal de Justiça de Goiás, conforme Art. 581, IV, uma vez que
as qualificadoras foram excluídas na decisão de pronúncia.

4) Qual prazo o MP terá para fazer tal recurso? Em qual dia terá início a contagem de tal prazo?
Nos termos do Art. 586, CPP, o prazo para interposição do RESE é de 5 dias, depois mais um prazo de 2 dias
pra juntar as razões e outros 2 dias para as contrarrazões. A contagem terá início após a intimação pessoal
do MP.

5) Quais são as pretensões suscitadas pela defesa?


Absolvição sumária ou, subsidiariamente, a exclusão da qualificadora.

6) A defesa perdeu alguma? Em caso de resposta afirmativa, o que a defesa poderá fazer para mudar o
entendimento do juiz?
A defesa perdeu em relação ao pedido de absolvição sumária. Poderá impetrar Recurso em Sentido Estrito
contra a decisão de pronúncia.

7) Caso sejam acolhidas todas as pretensões da defesa, qual será a decisão a ser proferida pelo juiz?
Uma sentença absolutória.

8) Qual o prazo e a partir de qual data a defesa poderá recorrer de tal decisão?
A defesa poderá recorrer no prazo de 05 dias, contados da intimação da decisão.

Confirmação na segunda instancia da condenacao na primeira.

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