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CURSO DE
BRINCADEIRAS E JOGOS INFANTIS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
CURSO DE
BRINCADEIRAS E JOGOS INFANTIS
MÓDULO I
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 BRINCADEIRA INFANTIL
1.1 INTRODUÇÃO: O BRINCAR E A CRIANÇA
2 A CRIANÇA E O BRINCAR
3 DEFINIÇÃO DOS TERMOS BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO
3.1 O QUE É BRINQUEDO?
3.2 O QUE É BRINCADEIRA?
3.3 O QUE É JOGO?
3.4 OS DIFERENTES SIGNIFICADOS DO BRINCAR
4 PAPEL DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO LÚDICA
5 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
6 PSICOMOTRICIDADE
6.1 EDUCAÇÃO PSICOMOTORA
6.2 ATIVIDADES LÚDICAS QUE AUXILIAM NA PSICOMOTRICIDADE
7 A INFLUÊNCIA DA BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
7.1 A BRINCADEIRA NA ESCOLA
7.2 JOGOS NA APRENDIZAGEM
7.3 OS JOGOS E AS REGRAS
7.4 BRINCAR NA ESCOLA
8 CRIANÇA E INFÂNCIA
MÓDULO II
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11 COMPREENDENDO O UNIVERSO LÚDICO
12 EDUCAÇÃO LÚDICA
12.1 PIAGET
12.2 VYGOTSKY
13 O USO DE JOGOS E BRINCADEIRAS PARA O DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
14 ATIVIDADES LÚDICAS ÀS DIVERSAS FAIXAS ETÁRIAS
15 JOGOS E BRINCADEIRAS NO ESTÍMULO DE SENTIDOS
15.1 O ESTÍMULO DOS SENTIDOS DE 0 a 6 ANOS
MÓDULO III
MÓDULO IV
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MÓDULO I
1 BRINCADEIRA INFANTIL
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que vê o jogo como uma forma de compreender melhor o funcionamento da psique,
enfim, das emoções, da personalidade dos indivíduos.
E afinal, por que é tão importante brincar? As brincadeiras e jogos que vão
surgindo gradativamente na vida das pessoas - desde os mais funcionais até os de
regras, mais elaborados - são os elementos que lhe proporcionarão estas
experiências, possibilitando a conquista da sua identidade. A respeito disso,
Bettelheim (1988) diz que os primeiros esforços para se tornar um eu, jogando
coisas do berço – isto é – evidenciando a si próprio que pode fazer coisas –, são
seguidos pelo estágio do acesso de raiva, que é causado pelo fracasso de seu
esforço para demonstrar a si mesmo que pode fazer coisas para si próprio.
Essas mesmas atividades permitem que as crianças excedam sentimentos e
fatos, concordando-os entre si, reelaborando-os criativamente e construindo novas
possibilidades de interpretação e de reprodução do real, de acordo com suas
afeições, suas necessidades, seus anseios e suas paixões. De acordo com Piaget:
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As situações de brincadeiras liberam, também, às crianças, o encontro com
seus pares, fazendo com que interajam socialmente, quer seja no espaço escolar ou
não. No grupo, desvendam que não são os únicos sujeitos da ação, e que para
alcançar seus objetivos necessitam levar em consideração o fato de que outros
também têm objetivos próprios que querem satisfazer. Os jogos infantis, na visão de
Piaget (1994), constituem-se “admiráveis instituições sociais” e por meio deles as
crianças vão desenvolvendo a noção de autonomia e de reciprocidade, de ordem e
de ritmo.
Ao ajustar, extensivamente, sobre o tipo de jogo que querem utilizar, as
condições do ambiente para que aconteça, bem como as regras que devem ser
sobrepostas, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar
(isto ao verificar o que é e o que não é apropriado ao momento), de argumentar, de
como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isso é importante para dar
início à atividade em si.
Segundo Bettelheim (1988, p. 248), “aprender isso tudo é infinitamente mais
relevante para o desenvolvimento da criança como ser humano do que qualquer
capacidade que possa desenvolver no jogo em si”.
Consentir à criança ambiente para brincar, proporcionando-lhe interações
que vêm, realmente, ao encontro do que ela é, aliado as nossas tentativas no
sentido de compreendê-la, efetivamente, nestas atividades, é dar-lhes mostras de
“respeito”. Assim, fica-nos manifesta a importância do brincar no âmbito escolar.
Essa certeza, no entanto, nos estimula a rever a situação dos educadores:
será que estão dispostos a lidar com essas questões do mundo infantil? Ao levar em
consideração o papel do educador, não se deve estabelecer uma visão única da
relação ensino-aprendizagem, todavia, é clara, para nós, a responsabilidade do
educador no processo educativo.
As composições conscientes e/ou inconscientes existentes nesse adulto que
ensina se cogitam, essencialmente, na sua prática. Desse modo, um professor que
não sabe e/ou não contempla brincar, dificilmente desenvolverá um “olhar sensível”
para a prática lúdica do seu aluno, tão pouco distinguirá o valor das brincadeiras na
vida da criança.
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Para que o professor utilize as brincadeiras no campo escolar de forma
coerente, analisando a importância de que ele reflita na e sobre a prática, pois o
educador deve saber relacionar o processo de desenvolvimento infantil ao
surgimento das brincadeiras, ponderando que o brincar vai além das questões
estritamente cognitivas, sendo, culturalmente, uma atividade humana.
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educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o
gozo deste direito".
Saúde:
o Brincar é essencial para a saúde física e mental das crianças.
Educação:
o Brincar faz parte do processo da formação educativa do ser humano.
Planejamento:
o As necessidades da criança devem ter prioridade no planejamento do
equipamento social.
Perante o exposto verifica-se que nem sempre a teoria pode ser aplicada na
prática, pois, muitas vezes, o país não tem dado aos pequenos a devida
importância, principalmente no que se refere ao direito de brincar. Deve-se lembrar
que o brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. Além disso, é uma
experiência humana, rica e complexa. Se o brincar é um direito, devemos ter,
estimular e cobrar políticas públicas dirigidas em quatro eixos básicos:
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I. Criação de espaços lúdicos estruturados para jogos, brinquedos e
brincadeiras;
II. Organização sistemática de ações de formação lúdica de recursos
humanos em diferentes níveis;
III. Campanhas formativas e informativas sobre a importância do brincar;
IV. Criação de centros de pesquisa, de documentação e assessoria sobre
jogos, brinquedos e brincadeiras e outros materiais lúdicos.
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Os conhecimentos da criança provêm da imitação de alguém ou de algo
conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes,
do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão,
no cinema ou narradas em livros etc.
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O brincar pode, de acordo com alguns estudos, ser dividido em duas
grandes categorias:
O brincar tradicional;
O brincar de faz de conta;
O brincar de construção;
O brincar educativo.
Comportamento desocupado;
Comportamento observador;
Atividade independente (solitária);
Atividade paralela;
Atividade associativa;
Atividade cooperativa ou organizada suplementar.
É necessário saber que existem cinco grandes pilares básicos nas ações
lúdicas das crianças em seus jogos, brinquedos e brincadeiras, estes pilares são:
I. A imitação
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II. O espaço
III. A fantasia
IV. As regras
V. Os valores
2 A CRIANÇA E O BRINCAR
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Normalmente, as crianças dão vazante ao ódio e à agressão nas
brincadeiras, como se a agressão fosse alguma substância má de que fosse
possível uma pessoa livrar-se.
O ressentimento reprimido e os resultados de experiências furiosas podem
ser enfrentados pela criança como algo ruim. Todavia, é importante que a criança
entenda que os impulsos coléricos ou agressivos podem exprimir-se em um meio
conhecido, sem o retorno do ódio e da violência do meio para a criança. Um bom
ambiente deve ser capaz de tolerar os sentimentos agressivos, se esses fossem
expressos de uma forma aceitável. Deve-se aceitar a presença da agressividade na
brincadeira da criança, pois ela pode sentir-se desonesta se o que está presente
tiver de ser escondido ou negado (WINNICOTT, 1985).
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grave à vista. Se nessas brincadeiras for agregada uma fértil imaginação e se, além
disso, o prazer que houver nelas depender de uma apropriada percepção da
realidade externa, então os pais poderão sentir-se bastante felizes, mesmo que a
criança em questão urine na cama, gagueje, demonstrando explosões de mau
humor, ou repetidamente sofra de ataques ou depressão.
Suas brincadeiras revelam que essa criança é capaz, dado um ambiente
razoavelmente bom e estável, de ampliar um modo de vida pessoal e, finalmente,
converter-se em um ser humano integral, desejado como tal e favoravelmente
acolhido pelo mundo em geral (WINNICOTT, 1985).
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Os brinquedos não estruturados não são provenientes de indústrias, assim
são simples objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem
novo significado, podendo transformar-se em um brinquedo. A pedra se transforma
em comidinha e o pau se transforma em cavalinho. Desse modo, os brinquedos
podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou da
alteração criativa da criança sobre o objeto.
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FIGURA 8
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FONTE: Disponível em: <http://daypurobalanco.blogspot.com/2010/02/brincadeiras-de-ruas_21.html>.
Acesso em: 29 out. 2011.
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FIGURA 10
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FONTE: Disponível em: <http://blogmail.com.br/jogos-infantis-quebra-cabeca/>.
Acesso em: 29 out. 2011.
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FIGURA 12
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FONTE: Disponível em: <http://www.ead.pucrs.br/biblioteca/bibliotecadigital/jogosinfantis4.htm>.
Acesso em: 29 out. 2011.
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Arco e Flecha: Objeto que pode ser empregado como brinquedo em uma
cultura, mas em outra cultura é um objeto no qual se aparelha às crianças para a
caça e a pesca visando à sobrevivência.
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Entre os cinco e seis anos, preferem brinquedos de montar.
Próximo aos dez anos, passam a gostar de jogos de computador e
videogame.
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Se o tamanho é adequado à faixa etária (quanto menor a criança maior o
brinquedo);
Se é seguro, ou seja, se há itens pequenos que a criança possa colocar
na boca e engolir.
I. Formação teórica
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A duração do envolvimento em um determinado jogo;
As competências dos jogadores envolvidos;
O grau de iniciativa, criatividade, autonomia e criticidade que o jogo
proporciona ao participante;
A verbalização e linguagem que acompanham o jogo;
O grau de interesse, motivação, satisfação, tensão aparente durante o
jogo (emoções, afetividade etc.);
Constituição do conhecimento (raciocínio, argumentação etc.);
Ênfases de comportamento social (cooperação, colaboração, conflito,
competição, integração etc.).
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Todavia, no brincar conduzido podem-se sugerir provocações a partir da
escolha de jogos, brinquedos ou brincadeiras definidas por um adulto ou
responsável. Estes jogos orientados podem ser arranjados com propósitos claros de
promover o acesso a aprendizagens de conhecimentos específicos com objetivos
predefinidos, como: matemáticos, linguísticos, científicos, históricos, físicos,
culturais, naturais, morais etc. Outra finalidade é ajudar no desenvolvimento
cognitivo, afetivo, social, linguístico e na construção da moralidade (nos valores).
Para Almeida (1987), a educação lúdica pode ter duas implicações,
dependendo de ser bem ou mal utilizada:
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Organizar e estruturar o espaço de forma a instigar na criança a
necessidade de brincar, além de facilitar a seleção das brincadeiras.
Desenvolver nos jogos de regras atitudes cooperativas entre as crianças,
enfatizando que o mais importante é participar das brincadeiras e dos
jogos.
Deve-se respeitar o direito da criança participar ou não de um jogo. Nesse
momento, o educador tem que instituir uma situação diferente de
participação dela nas atividades como: auxiliar com materiais, fazer
observações, emitir opiniões etc.
Em uma situação de jogo ou brincadeira é importante que o educador
esclareça de forma clara e objetiva as regras às crianças. E se for
necessário pode mudá-las ou adaptá-las de acordo com as faixas etárias.
Instigar nas crianças a socialização do espaço lúdico e dos brinquedos,
desenvolvendo assim o hábito de cooperação, conservação e
manutenção dos jogos e brinquedos.
Estimular a imaginação infantil. Para isso o professor deve oferecer
materiais dos mais simples aos mais complexos, podendo estes
brinquedos ou jogos ser estruturados (fabricados) ou brinquedos e jogos
confeccionados com material reciclado (material descartado como lixo),
por exemplo: pedaço de madeira; papel; folha seca; tampa de garrafa;
latas secas e limpas; garrafa plástica; pedaço de pano etc.
É conveniente que o educador providencie que as crianças tenham
espaço para brincar (área livre), e que possam movimentar-se, montar
casinhas, fazer cabanas etc.
Rizzo (1996, p. 27 e 29) em seu livro "Jogos Inteligentes" analisa com muita
propriedade alguns aspectos necessários para que um bom educador possa realizar
sua atividade com crianças pequenas. Para a autora o educador:
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Deve ser um líder democrático, que propicia, coordena e mantém um
clima de liberdade para a ação do aluno, limitado apenas pelos direitos
naturais dos outros.
Deve atuar em sintonia com a criança para estabelecer a necessária
cooperação mútua.
Precisa ter antes construído a sua autonomia intelectual e segurança
afetiva.
Precisa aliar a teoria à prática e valorizar o conhecimento produzido a
partir desta.
Deve jogar com as crianças e participar ativamente de suas brincadeiras,
talvez seja o caminho mais seguro para obter informações e
conhecimentos sobre o mundo infantil.
5 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
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Porque, brincando, aprende a participar das atividades, gratuitamente,
pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas
adquirindo o hábito de estar ocupada, fazendo alguma coisa inteligente e
criativa;
Porque, brincando, prepara-se para o futuro, experimentando o mundo ao
seu redor dentro dos limites que a sua condição atual permite;
Porque, brincando, a criança está nutrindo sua vida interior, descobrindo
sua vocação e buscando um sentido para sua vida.
Precisam trabalhar;
Precisam estudar e conseguir notas altas;
São tratadas como adultos em miniatura;
Não podem atrapalhar os adultos;
Não têm com o que brincar;
Não têm espaços (em cidades) apropriados para brincar;
Porque é preciso aprender e ser inteligente.
É fato que nem sempre a teoria pode ser aplicada à prática. Em razão de,
muitas vezes, não ser dado às crianças o devido tratamento.
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De acordo com Cunha (1994), geralmente, é o que atende às necessidades
da criança. Para que sejam atendidas as reais necessidades dos sujeitos envolvidos
na ação lúdica é importante que alguns itens estejam nítidos.
O brinquedo poderá ser novo e sofisticado, todavia não terá importância
alguma se não despertar interesse e prazer à criança, pois sua aprovação é o
interesse da criança que irá determinar. Brinquedo interessante é o que convida a
criança a brincar, é o que provoca seu pensamento, é o que mobiliza sua
inteligência, proporcionando experiências e descobertas.
Para distintos momentos, diferentes brinquedos poderão ser mais indicados.
Um brinquedo que instiga a ação, outro que possibilite uma aprendizagem, ou que
agrade a imaginação e a fantasia da criança; às vezes, apenas um carrinho ou uma
boneca que lhe faça companhia.
... O brinquedo vale pelo que ele significa para a criança: um desafio à
sua curiosidade de fazer e desfazer, como criar histórias, como organizar o seu
pequeno mundo e ir consequentemente organizando sua mente.
É brincando que a criança experimenta situações e emoções da vida
adulta. O faz de conta é vital para o desenvolvimento humano...
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Por representar status, como no caso dos brinquedos anunciados na
televisão ou importados.
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pensamento lógico é estimulado pelo manejo dos jogos de montar, nos quais a
criança tem propriedade de compor e observar a sequência para a montagem
correta.
As cores mais intensas e as formas mais simples seduzem mais as
crianças pequenas. Já as maiores elegem as cores naturais e formas mais
sofisticadas. Todavia, a variedade no colorido, na forma e na textura irá colaborar
para a estimulação sensorial de ambas, aprimorando sua experiência.
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6 PSICOMOTRICIDADE
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6.1 EDUCAÇÃO PSICOMOTORA
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A Psicocinética, como método pedagógico, compõe um meio educativo
fundamental às primeiras etapas de desenvolvimento do ser humano, aos olhos de
seu criador (Jean Le Boulch), bem como uma forma de desenvolvimento da tomada
de consciência sobre seu próprio corpo e as adaptações posturais indispensáveis
durante a aprendizagem nas demais fases evolutivas do ser humano. Na faixa etária
que corresponde de zero a doze anos de idade da criança, a educação psicocinética
compreende-se como uma legítima educação psicomotora.
Usualmente, toda ação educativa pressupõe tomada de posições quanto à
sua finalidade, assim sendo este método tem por objetivo beneficiar o
desenvolvimento condicional do ser e formar um indivíduo capaz de situar-se e atuar
em um mundo em constante transformação, por meio de (LE BOULCH, 1983):
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A educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de qualquer coisa
um conhecimento ativo de comparação com o meio. O auxílio educativo originário
dos pais e do meio escolar tem a finalidade não de ensinar à criança
comportamentos motores, mas sim de consentir-lhe desempenhar sua função de
ajustamento, individualmente ou com outras crianças.
Propriedades psicomotoras desenvolvidas nas sessões de Psicomotricidade
Educativa ou Psicocinética:
ESPAÇO TEMPORAL
PERCEPÇÃO CORPORAL
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Não é apenas uma percepção, uma representação mental do nosso corpo,
todavia, uma integração de vários gestalts1, todos em contínua modificação. Forma o
esquema corporal, além da noção do próprio corpo, a conexão das noções de
relação com o exterior em suas duas expressões de espaço e tempo, e a conexão
com outras pessoas, por meio do contato corporal, do progresso do gesto e da
linguagem. É a comunicação consigo mesmo e com o meio.
Uma boa formação corporal implica boa evolução da motricidade, das
percepções espaciais e temporais, bem como da afetividade. A construção do
esquema corporal (imagem, uso e controle do seu próprio corpo) se realiza
usualmente de uma forma global no decurso do desenvolvimento da criança, graças
aos seus movimentos, deslocamentos, ações, jogos, etc. Exemplo de atividades
psicomotoras: brincar com bolões, rolando o corpo sobre a bola. Jogar o bolão para
cima, sentar nele, correr junto com ele, etc.
EQUILÍBRIO
1
Para se entender o que é uma gestalt, um exemplo simples: quando olhamos uma paisagem como um mar e
passa uma gaivota, forma-se uma situação gestáltica. A gaivota representa a figura da gestalt, o que está em
primeiro plano da observação; o mar, as nuvens e o céu correspondem ao fundo, que representa algo secundário
no momento. Quando a gaivota desaparece do campo de visão, fecha-se então aquela gestalt.
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LATERALIDADE
RITMO
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Exercícios de ritmo: Permanecer na ponta dos pés, enquanto se conta até
dez. Levantar e baixar na ponta dos pés. Andar sobre linhas marcadas no chão:
retas, quebradas, curvas, sinuosas, círculos, mistas. Bater palmas no ritmo do
professor (rápido, lento, forte, fraco). Bater bola com a mão seguindo o ritmo
marcado pelo professor.
COORDENAÇÃO VISOMOTORA
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com uma das mãos; pegá-la de volta com a outra. Passá-la para a mão de
arremesso e executar um circuito contínuo e regular.
AGILIDADE
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Exercícios de Agilidade: fazer uma fila, colocar cones enfileirados e pedir
que alunos corram em velocidade, esquivando dos cones. Aula de queimada. Os
alunos com bolas de plástico no meio da quadra vão arremessar as bolas em um
aluno que estará no gol, esse precisará livrar-se das bolas que serão arremessadas.
Brincar de pega-pega, brincar de pico-bandeira ou jogos de esquiva.
TONICIDADE
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Coordenação motora ampla: é o trabalho que vai apurar os movimentos
dos membros superiores (braços, ombros, pescoço e cabeça) e inferiores (pernas,
pés, quadris). As atividades envolvidas nesta prática dizem respeito à organização
geral do ritmo, ao desenvolvimento e às percepções gerais da criança.
ATIVIDADES:
1) Saltar a corda:
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2) Cobrinha:
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Material: corda.
Desenvolvimento: o professor deverá fazer cobrinha com a corda, deverá
saltar sem tocar na corda.
Variação: dois segurando a corda fazem um leve balanceio de um lado para
o outro.
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3) Lançar:
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4) Deslocamento:
5) Deslocamento:
6) Abraçados:
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8) O presente:
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Material: bola.
Formação: assentados em coluna.
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada lateralmente.
12) Minhocão:
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equipe que terminar primeiro. (Coloca-se o jornal no tórax, deve correr sem segurar
o jornal).
Coordenação motora fina: diz respeito aos trabalhos mais finos, aqueles
que podem ser executados com o auxílio das mãos e dedos, especificamente
aqueles com grande importância entre mãos e olhos. O bom desenvolvimento da
coordenação fina garantirá um bom traço de letra e será observado quando, por
exemplo, a criança pega água em um copo plástico sem derramar ou equilibrando a
força necessária para colorir desenhos nas mais diferentes texturas e superfícies.
ATIVIDADES:
1) Amassar e desamassar:
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FONTE: Disponível em: <http://quinquilhariadama.blogspot.com/2009/08/passo-passo.html>.
Acesso em: 29 out. 2011.
2) Amarrado:
3) Tampa e destampa:
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4) Empilhar e desempilhar:
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5) Bola de gude.
6) Dominós.
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Lateralidade
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b) Encher um copo de água, a mão dominante abre a torneira e a outra
segura o copo;
c) Pentear o cabelo;
d) Organizar seu material na mochila.
ATIVIDADES
1) Brincar de Robô:
Material: humano.
Formação: duplas.
Objetivo: desenvolver a lateralidade.
Desenvolvimento: uma criança é o robô, e seu parceiro é o guia. Auxiliados
pela professora, combinam sinais de movimentação do robô. Por exemplo, se o guia
tocar o lado esquerdo da cabeça do robô, este vira para a esquerda; se tocar o lado
direito, vira à direita; se tocar o alto da cabeça, o robô abaixa, e assim por diante.
Algum tempo depois, invertem-se os papéis, sendo que o guia vira robô, e o robô
vira guia. Depois disso, a brincadeira é feita com deslocamentos. As duplas
combinam os sinais de movimentação. Por exemplo, um toque na parte de trás da
cabeça é sinal para o robô ir adiante; um toque nos ombros é sinal para que ele
pare.
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2) Controlar o jornal no pé:
3) Tempestade:
Material: giz.
Formação: círculo.
Objetivo: desenvolver a lateralidade.
Desenvolvimento: desenha-se círculos no chão. O número de círculos deve
ser um a menos que o total de participantes. Todos devem ficar dentro dos círculos,
com exceção de um integrante. O integrante do centro deve dizer: direita – todos
devem dar um passo para a direita (trocando de lugar); esquerda – todos devem dar
um passo para a esquerda (trocando de lugar). Quando o integrante do centro disser
TEMPESTADE, todos devem trocar de lugar, sendo que um integrante ficará de
fora. E assim sucessivamente.
Material: humano.
Formação: círculo.
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Objetivo: desenvolver a lateralidade.
Desenvolvimento: todos os participantes deverão ficar em pé, no centro da
sala, em círculo. O professor poderá iniciar o jogo, ficando no centro da roda, de pé,
para que os alunos possam ver como se faz a brincadeira. Ao ouvir a música os
alunos deverão acompanhar o professor com os movimentos de direita e esquerda.
Quando parar a música, o professor deverá apontar para um aluno e dizer “ZIP”,
então o aluno deverá falar o nome do amigo que estiver no seu lado direito (para
melhor compreensão ele ficará com uma fita vermelha na mão direita e azul na
esquerda). Se o professor disser “ZAP”, o aluno deverá dizer o nome do colega da
esquerda. Se disser “ZOP”, o aluno responderá seu próprio nome. Quando disser
“ZIP, ZAP, ZOP”, todos deverão trocar de lugar no círculo, ficando ao lado de
pessoas diferentes, para que possam também conhecer outros alunos e o professor
poderá perceber se ele está absorvendo a ideia de direita e esquerda. O professor
convidará outro aluno para ficar no centro e sempre que alguém errar a resposta
ficará no centro do círculo.
5) Cãozinho FLIP:
Material: humano.
Formação: duplas.
Objetivo: desenvolver a lateralidade.
Desenvolvimento: atividade consiste em montar um círculo com todos os
alunos sentados. Um aluno voluntário, de olhos vendados, ficará sentado em uma
cadeira no meio deste círculo (este representará o cãozinho FLIP). Abaixo da
cadeira deverá conter um objeto que faça barulho ao ser manipulado (um molho de
chaves, por exemplo). Ao sinal do professor, determinado aluno do círculo, deverá
pegar a chave abaixo da cadeira do cãozinho, de modo a fazer o mínimo de barulho
possível. O cãozinho (aluno de olhos vendados), percebendo o movimento, deverá
latir para o lado onde o som foi emitido. (direita, esquerda, frente ou atrás).
Descobrindo o local do som, a sua posição será trocada, ocupando o lugar de
cãozinho o aluno que pegou o objeto. A atividade assim dará a sequência.
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6) Caminho:
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7) Chique-Choque:
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8) O cachorro e o osso:
9) O rabo do leão:
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MÚSICAS:
1) Cavalo trotando:
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Começa a bater os dois pés no chão e mexendo os braços.
Quando quiseres do frio esquentar
Monte em um cavalo e sai a trotar
Cavalo trotando
Uma mão, a outra, um pé, outro, a cabeça
2) Automóvel:
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Desenvolvimento da percepção espacial:
ATIVIDADES:
1) Túnel:
Controle espacial:
Material: bola e pino de boliche.
Formação: em fila com as pernas abertas (em pé).
Desenvolvimento: uma criança em pé na frente do círculo com uma bola na
mão, rola a bola no chão por entre as pernas das crianças tentando acertar o pino,
após realizar o rolamento entra na fila e outra criança rola a bola por entre as pernas
de seus colegas. Continua a atividade até que todos da equipe tenham rolado a
bola.
Controle espacial:
Formação: em coluna.
Desenvolvimento: à frente de cada fila estarão quatro arcos, o aluno deverá
deslocar, passar dentro dos arcos, voltar fazendo o mesmo, tocar no colega que
realizará o mesmo e assim sucessivamente.
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3) Arco em pé:
Controle espacial:
Formação: em coluna.
Desenvolvimento: a frente de cada fila, o professor irá segurar o arco em pé,
o aluno deverá passar dentro do arco.
Controle espacial:
Formação: coluna.
Desenvolvimento: dois seguram nas extremidades da corda e balançam, a
uma altura de 1m a 1,20m. As crianças deverão passar de um lado para o outro sem
tocar ou encostar na corda.
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9) Perto e longe:
Controle espacial:
Material: apito.
Formação: livres pelo espaço.
Desenvolvimento: o professor apita uma vez e os alunos devem correr para
perto do professor e dizer perto, quando o professor apitar duas vezes os alunos
devem se distanciar do professor dizendo longe.
MÚSICA:
1) História da serpente :
“Essa é a história da serpente que desceu do morro, para procurar um
pedaço do seu rabo. Você também, você também, faz parte do seu rabão.”
Forma-se uma serpente, que quando for escolhida deverá passar por
debaixo das pernas dos integrantes.
2) O galo e a galinha:
Dois a dois, um de frente para o outro.
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Desenvolvimento da percepção temporal:
Trabalhar o tempo com a criança é uma das mais difíceis habilidades, uma
vez que a mesma tem enorme dificuldade em distinguir o tempo ficcional (aquele
contado nas histórias) e o tempo real em que ela vive. É a noção de tempo que
desenvolve na criança os hábitos cotidianos como hora de dormir, de comer, tomar
banho, etc.
Orientação temporal:
ATIVIDADES
1) Correr no ritmo:
Controle espacial:
Formação: livres no espaço.
Material: apito.
Desenvolvimento: os alunos deverão correr de acordo com o apito do
professor (no ritmo).
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2) Bater palma:
Controle temporal:
Formação: coluna.
Desenvolvimento: deslocar lançando a bolinha para cima e bater uma palma.
Ir e voltar fazendo o mesmo trajeto, não pode deixar a bolinha cair no chão, passar a
bolinha para o próximo da coluna e assim sucessivamente.
3) Lançar a bola:
Controle temporal:
Formação: coluna.
Desenvolvimento: em deslocamento, lançar a bola em pé pegar assentado.
Variação: lançar assentado e pegar em pé.
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ATIVIDADES:
1) Meu corpo:
Espaço: Sala ampla ou jardim.
Idade: A partir de 1 ano.
Material: Colchonetes ou tapetes de vinil para colocar sobre o chão ou o
gramado.
Objetivos: Relaxar; estimular o sentido do tato e o autoconhecimento
corporal; e descobrir o prazer no movimento.
Descrição: Estimule as crianças a deitar em diferentes posições para
perceber partes do corpo. Faça perguntas como: O que está encostando no chão?
Quem está sentindo a perna? Quem está com o braço todo apoiado?
Esquema corporal.
Material: giz.
4) Contornar o pé:
Esquema corporal.
Material: giz.
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5) Contornar a mão:
Esquema corporal.
Material: giz.
6) Contornar:
Esquema corporal.
Material: bola.
Desenvolvimento: individualmente, assentado com as pernas cruzadas e
fletidas, rolar a bola em torno do corpo de um lado para o outro.
7) Banho de jornal:
Expressão corporal.
Material: jornal.
Desenvolvimento: distribuir uma folha de jornal para cada aluno, amassar o
papel com se fosse um sabonete, fazer o movimento de tirar a roupa, abrir o
chuveiro e começar a tomar o banho, esfregando as partes indicadas: o lado de
cima da cabeça, a parte de trás da cabeça, as orelhas, o rosto, os ombros, os
braços, as mãos, o tronco, as pernas, os pés. Depois disso vamos secar, vamos
desamassar o papel e fazer dele uma toalha e: secar a cabeça, as orelhas, o
pescoço, os braços, o tronco – frente e costa, as pernas e os pés.
Equilíbrio:
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ATIVIDADES:
2) Pés amarrados:
Equilíbrio.
Formação: coluna.
Material: barbante.
FIGURA 29
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A importância do brincar para o desenvolvimento infantil, um item
imprescindível e básico ao desenvolvimento de aspectos físico-motor, intelectual,
afetivo-emocional, e social da criança, buscando conferir o papel da família e, além
disso, dos educadores no procedimento de inclusão do brincar na vida do mesmo e
oferecer as influências e vantagens que essas brincadeiras trazem para que tal
desenvolvimento aconteça de forma apropriada.
A partir de seus primeiros meses de vida, a criança pratica múltiplas
tentativas de ver, de sentir, enfim, de descobrir o mundo à sua volta. Ela procura, por
meio de seu corpo, explorar o ambiente onde está situado. Segundo Piaget (2003), o
bebê realiza o processo adaptativo básico de tentar compreender o mundo que o
cerca. Ele assimila as informações que lhe chegam na limitada série de esquemas
sensório-motores com que nasceu – como olhar, escutar, sugar, agarrar – e
acomoda esses esquemas baseado em suas experiências. Para o autor, esse é o
ponto de partida de todo o processo de desenvolvimento cognitivo (PIAGET, 2003).
Esses períodos de exploração são muito importantes para treinar o esquema
corporal, a lateralidade, a percepção e outras potencialidades imprescindíveis no
transcorrer da vida, assim não se deve evitar a criança de praticá-los, porque será a
partir deles que ela irá treinar seus movimentos motores, aumentar sua
independência, amadurecimento e vivenciar novas condições.
FIGURA 30
http://www.priscillaalbuquerque.com.br/psicologia/2011/06/a-importancia-do-brincar/>.
Acesso em: 30 out. 2011.
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Na fase pré-escolar, a ação de brincar exerce intenso fator na socialização
da criança, porque ela começa a interagir com seus professores e colegas de
classe. Esse tipo de circunstância fará com que a criança aprenda a se comportar de
forma apropriada em situações específicas, aprenderá que para se ter uma boa
relação, é preciso acatar regras, respeitar o espaço, opiniões e ideias de outras
pessoas, mesmo que discorde das mesmas.
O jogo e o brinquedo possibilitam a interação ideal entre alunos e
educadores. Desse modo, é preciso que eles sejam incluídos como sujeitos do
aprendizado, na preparação dos objetivos pedagógicos utilizados, conforme a
realidade dos educandos.
Atualmente, nem sempre as brincadeiras e jogos são levados em
consideração pelos educadores, e quando são, aparecem apenas como recreação
ou liberação de energia durante alguns minutos do tempo da criança na escola.
Existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável, como por
exemplo, predominantemente no fim da idade pré-escolar, jogos que só
dão prazer à criança se ela considera o resultado interessante. Os jogos
esportivos (não somente os esportes atléticos, mas também outros jogos
que podem ser ganhos e perdidos) são, com muita frequência
acompanhados de desprazer, quando o resultado é desfavorável para a
criança (VYGOTSKY, 1984, p. 107).
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7.2 JOGOS NA APRENDIZAGEM
FIGURA 31
http://jogosmatematicosxxx.blogspot.com/2010/08/importancia-dos-jogos-na-aprendizagem.html>.
Acesso em: 30 out. 2011.
A ação de jogar pode ser considerada uma atividade lúdica porque o jogo
pode proporcionar isso, institui uma situação imaginária. Assim, o jogo pode ser
considerado um meio para o desenvolvimento do pensamento abstrato.
É de extraordinária importância que a criança permaneça inserida neste
ambiente de brincar e ao mesmo tempo procurar hipóteses, reflexões, análise e
criação. Refere-se ao termo criação, pois ao empregar a reflexão e a fantasia em um
jogo a criança está sendo criativa também.
O jogo, a partir do momento que favorece a imaginação da criança, passa a
ajudá-la a ampliar a sua capacidade de, não só resolver problemas, mas de
encontrar várias maneiras de resolvê-los.
A partir do brinquedo, do jogo, e, portanto, da imaginação, as crianças
ampliam suas habilidades conceituais. Ao brincar, as crianças estão sempre acima
de sua idade e de seu comportamento diário. Quando a criança brinca de imitar os
mais velhos, ela está gerando oportunidades para seu desenvolvimento intelectual.
De tal modo, o jogo e a instrução escolar concebem o mesmo papel no que
diz respeito ao desenvolvimento das aptidões e conhecimentos.
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No transcorrer do jogo, ocorre uma transformação de um processo
interpessoal em um intrapessoal, no momento em que consideramos a ação do jogo
como um diálogo do indivíduo com ele mesmo, pois o outro é seu adversário.
Piaget propõe que se estruturem os jogos nas formas de exercício, símbolo
e regra, observando o desenvolvimento da criança nestes jogos e em seu estágio de
desenvolvimento cognitivo.
Nos jogos de regras, a criança abandona seu egocentrismo e passa a ser
social, pois as regras impostas pelo grupo devem ser respeitadas sendo que, o não
cumprimento desta implica no fim do jogo social. Este jogo engloba os dois
anteriores à medida que é herdeiro das regularidades presentes na estrutura dos
jogos de exercício e simbólico.
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isso direciona a criança a seguir regras sociais já estabelecidas pelo mundo dos
adultos. A outra parte são regras que não estão propriamente ditadas, porém
entende-se que são necessárias para a continuidade do jogo, no exemplo citado
acima, não se coloca que as crianças não podem sair do local da brincadeira (como
exemplo, uma quadra), por conseguinte as regras implícitas oferecem à criança uma
noção de entendimento às regras ocultas, mas necessárias.
FIGURA 32
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E, muitas vezes, avaliada como um prejuízo de tempo, não acrescentando nada ao
aspecto cognitivo. E até no recreio, a criança necessita habituar-se a várias
proibições, como também ocorre nos prédios, residências, condomínios, clubes, etc.
Todavia, outras escolas dão o devido valor ao Brincar, trazendo aos
ambientes escolares brinquedos - sala de aula. Além de prover os profissionais de
conhecimentos para que possam perceber e interpretar o Brincar, assim como
utilizá-lo para que ajude na constituição do aprendizado da criança. Para que isso
incida, o adulto deve estar presente e participante nas ocasiões lúdicas.
Segundo Piaget (1978), as atividades lúdicas atingem um caráter educativo,
tanto na formação psicomotora, como também na formação da personalidade das
crianças. Desse modo, valores morais como honestidade, fidelidade, perseverança,
hombridade, respeito ao social e aos outros são adquiridos.
“Brincar com crianças, não é perder tempo, é ganhá-lo, se é triste ver meninos sem
escolas, mais triste ainda é vê-los sentados sem ar, com exercícios estéreis sem
valor para a formação do homem” (Carlos Drummond de Andrade).
FIGURA 33
FIGURA 34
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FONTE: Brincadeiras lúdicas. Disponível em: <http://facusumare.blogspot.com/>.
Acesso em: 30 out. 2011.
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Desse modo, o aluno se autorrealizará ao atingir seus objetivos
preestabelecidos com o máximo de resultado e o mínimo de investimento de
energia.
Assim, quando o educador estabelecer suas atividades de aula, deve preferir
aquelas mais expressivas para seus alunos. Em seguida, o educador deve instituir
condições para que estas atividades significativas sejam realizadas. Sobressai-se a
importância dos alunos trabalharem na sala de aula em grupos, interagindo uns com
outros, e este trabalho coletivo facilitará o próprio autodesenvolvimento.
Brincadeira e aprendizagem são consideradas ações com finalidades
bastante distintas e não podem residir o mesmo espaço e tempo. Isso não está
certo! O educador é quem cria oportunidades para que o Brincar ocorra, sem perder
as aulas. São os recreios, os momentos livres ou as horas de descanso.
Contudo, verifica-se que é por meio das brincadeiras que a criança imagina
o discurso externo e o interioriza, construindo seu próprio pensamento. O adulto
imprime à criança certa maneira de ver o mundo. Ao apresentar múltiplos fatos ao
mesmo tempo, ou então por pouco tempo ou excessivo, a criança ficará
desestimulada e não desenvolverá a atitude de observação.
Para que a criança aprenda a observar deve-se selecionar o momento
adequado para apresentar-lhe o objeto, motivá-la e dar-lhe tempo satisfatório para
que sua percepção adentre no objeto, respeitando o seu interesse.
Além disso, não é saudável persistir quando a criança já está cansada, pois
é possível propiciar o aparecimento de certas reações negativas. Aprender a ver é o
primeiro passo para o processo de descoberta. É o adulto quem ajusta as
oportunidades para a criança ver coisas atraentes, porém é imprescindível acatar o
momento de descoberta da criança para que ela possa ampliar a capacidade de
centralização.
Desse modo, como a criatividade da pessoa interage com a criança, poderá
torná-la criativa, a paciência e a quietude do adulto influenciarão também o aumento
da capacidade de analisar e de concentrar a atenção.
Ao brincar juntos os laços afetivos são consolidados, sendo uma forma de
tornar-se visível o amor e o respeito à criança. As crianças gostam de brincar com os
professores, pais, irmãos e avós. A participação do adulto na brincadeira com a
criança aumenta o nível de interesse pelo enriquecimento que proporciona, além de
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contribuir para o esclarecimento de dúvidas concernentes às regras das
brincadeiras. A criança sente-se ao mesmo tempo valorizada e desafiada quando o
parceiro da brincadeira é um adulto. O conhecimento surge não dos objetos nem da
criança, mas das interações entre a criança e os objetos (PIAGET, 1976).
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Dessa maneira, o educador estará permitindo às crianças uma forma de
assimilar à cultura e modos de vida adultos, de maneira criativa, social e
compartilhada. Além disso, transmitirá valores e uma imagem da cultura como
produção e não apenas consumo.
É imperativo que desde a pré-escola, as crianças tenham condições de
compartilharem de atividades que deixem manifestar o lúdico.
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Assim, a brincadeira é resultado da aprendizagem, e dependendo de uma
ação educacional tornada ao sujeito social “criança”, desse modo, acredita-se, que
adotar jogos e brincadeiras como metodologia curricular, permite à criança alicerce
para subjetividade e concepção da realidade concreta.
É necessário que os educadores se ponham como partícipes,
acompanhando todo o processo da atividade, intercedendo os conhecimentos por
meio da brincadeira e do jogo, para que esses possam ser reelaborados de forma
rica e prazerosa.
Desse modo, os estímulos devem estar adequados ao estágio de
desenvolvimento em que a criança se encontra, para que as experiências vividas
possam constituir em aprendizagens ricas e duradouras.
Comprova-se que o brincar transformado em ferramenta pedagógica na
Educação, beneficiará a formação da criança para desempenhar seu papel social, e
mais tarde na vida adulta.
8 CRIANÇA E INFÂNCIA
FIGURA 35
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ser compreendida dentro do seu estágio de vida. Igualmente, a escola não conclui
ou molda a criança, todavia, adéquam condições para que se desenvolva
inteiramente. É um conceito mutável e que se estabelece nas dimensões
psicológica, social e afetiva.
Ao submergir no caminho da atualidade depara-se com uma série de
mudanças em curso, aperfeiçoando novas proposições e desencadeando diferentes
concepções e olhares sobre a infância.
A criança da atualidade possui novas características, necessidades não
encontradas antigamente, aspirações essas fruto da recente ordem estabelecida
mediante os pareceres da globalização, em consequência em grande parte das
tecnologias e das mídias.
Atualmente, as mídias apresentam-se como meios que produzem uma
abundante quantidade de conhecimentos, disponíveis por meio de distintos
suportes. O que colabora, direta e indiretamente, na constituição dessa nova fase da
infância, na qual a criança é vista como um sujeito receptor e consumidor em
potencial.
A mídia, sobretudo a televisão, ocupa um lugar de destaque, compondo-se
em um dos principais meios de divulgação das informações e de acesso ao mundo.
O que atinge todas as classes sociais e faixas etárias há muito tempo.
Os fabricantes corporativos da cultura infantil submergem a vida privada das
crianças. Isso ocorre pelo enorme poder dos meios de comunicação e informação,
acometem a vulnerabilidade infantil ampliando uma grande porção de produtos para
apreender a essa faixa etária, estabelecendo necessidades para este público
consumidor e instigando a aquisição acentuada dos produtos ligados pelas mídias.
Ao mesmo tempo, ressalta-se outro problema, específico da atualidade: as
pessoas estão cada vez mais individualistas. Em razão da crescente busca pela
ascensão profissional, muitos pais mantêm seus filhos em casa, na maioria das
vezes sozinhos, onde a principal companhia é a televisão, a qual se encontra
totalmente organizada com seus apelos comerciais, acabam invadindo a vida das
crianças e se adicionando na própria constituição, determinando valores, regras,
modismos, formas de ver e agir no mundo.
Dessa forma, ocorre uma desestrutura das analogias culturais, permitindo
que o sujeito contemporâneo se perca, fique sem direcionamentos bem-definidos,
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tornando-se um mero consumidor. Essa concepção dos fatos transforma
completamente a noção de infância construída até então.
FIM DO MÓDULO I
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