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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O EXAME DE


SUFICIÊNCIA DO CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE - TEORIA X PRÁTICA
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DISCIPLINAS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LEGISLAÇÃO, NORMAS, RESOLUÇÕES E PRONUNCIAMENTOS


TEORIA DA CONTABILIDADE 01
CONTABILIDADE GERAL 01
CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE GERENCIAL 99
CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO 131
CONTROLADORIA 157
AUDITORIA CONTÁBIL 183
BIBLIOGRAFIA 212

Neste material abordaremos os principais assuntos das disciplinas com maior peso
no Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), baseando-se
em grandes pesquisadores, autores e professores de Contabilidade, como também
nas principais alterações ocorridas na Contabilidade a partir das Leis 11.638/07,
11.941/09, Resoluções e Pronunciamentos Contábeis que regem a matéria.
No desenvolvimento da apostila, apresentaremos questões dos exames anteriores
(Lei 12.249/2010) e questões similares de Concursos Públicos. Os assuntos serão
apresentados com as devidas resoluções, comentários e conceitos básicos,
intermediários e avançados da Ciência Contábil. Dessa forma, aliando Teoria x
Prática o estudo será mais produtivo e o aluno poderá compreender de forma prática
e objetiva. Bons estudos!
TEORIA DA CONTABILIDADE, LEGISLAÇÃO E CONTABILIDADE GERAL

CONTEXTUALIZAÇÃO

A Contabilidade é uma Ciência Social que estuda o comportamento das riquezas que se
integram a Patrimônio. É o grande instrumento que auxilia a administração, pois é a linguagem
dos negócios que mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando
as diretrizes para as tomadas de decisões.

Noutro conceito, a contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos
no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação
desses fatos. A Contabilidade tem como função fornecer informação útil para a tomada de
Decisões.

A Contabilidade vêm apresentando grandes evoluções e significativas mudanças nos últimos


anos. No Brasil, destaca-se a adoção de normas internacionais de contabilidade (Convergência
Contábil). No país foi criado em decorrência da alteração da Lei 6.404/76, pela 11.638/2007 o
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

A busca pela Convergência Contábil tornou-se o grande debate no Brasil e no mundo


(principalmente em países desenvolvidos e emergentes), pois existem diversas vantagens na
convergência. Talvez a principal ocorra quando o sistema contábil adotado no país é inferior às
normas internacionais, nesse sentido a convergência pode apresentar m benefício significativo
para a contabilidade atualmente praticada.

Ainda no sentido das vantagens, pode-se afirmar que o aspecto da comparabilidade das
informações entre diferentes países é um elemento extremamente positivo para a adoção das
normas internacionais. Logo, a credibilidade e a qualidade das informações contábeis são
fatores que também caminham para o sucesso no processo de convergência.

Como todo processo, também existem os pontos negativos, nesse caso especialistas apontam
dois problemas: a dificuldade da convergência, já que existem as particularidades de cada país e
os problemas políticos e culturais de cada nação, afinal quando determinado país adota a
convergência abre mão das suas próprias normas.

A adoção através da Lei 11.638/07, fez com que o Brasil ingressasse no clube de países que
passam a observar as normas contábeis elaboradas pelo International Accounting Standards
Board (IASB), não somente para as companhias abertas, como também para todas as
sociedades por ações. Observa-se que isso se aplica tanto para as demonstrações contábeis
consolidadas quanto paras as individuais.

O Campo de Aplicação da Contabilidade é a Azienda - Entidade econômico-administrativa,


assim chamadas aquelas que, para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam
bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo, ou ainda, toda Pessoa Física ou
Jurídica que tem um Patrimônio e sobre ele detém o poder decisório.
Os Usuários da Contabilidade são: INTERNOS - são os que utilizam a contabilidade com a
finalidade de controle e planejamento. Este usuário é preferencial. Exemplos: Administradores,
Gerentes, Diretores, etc, e EXTERNOS - são aqueles que estão fora da empresa. Eles não têm
acesso aos documentos que deram origem à informação contábil. Exemplos: Bancos,
Fornecedores, Clientes, Investidores, Governo, etc.

Antes de entrarmos mais intensamente na Contabildade precisamos revisar a sua história, suas
escolas e a evolução dessa Ciência.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

A História da Contabilidade é tão antiga quanto a história da própria civilização. Ela surgiu 6.000
anos a.C. dos povos Sumero-Babilônicos, Feníncios, Egípcios, Gregos, Cretenses, Romanos,
etc. A contabilidade passou por uma época chamada "Época Empírica" (6.000 a 1202 a.C.) que
se caracterizou pela ausência da sistematização dos registros e pela ausência dos estudos de
natureza científica e metodológica. A Contabilidade surgiu das necessidades que as pessoas
tinham de controlar aquilo que possuíam, gastavam ou deviam. Sempre procurando encontrar
numa maneira simples de aumentar suas posses. Logo com as primeiras administrações, surge
a necessidade de controle, que seria totalmente impossível sem a aplicação dos registros. Os
vestígios de contabilidade dos Incas se davam através de nós dados em cordas penduradas,
que registravam os seus bens.

No Egito, era anotado a medição e o transporte do trigo. Entre hieroglíficos se encontra a figura
de um pastor registrando as suas ovelhas, através de pedrinhas. Pelos achados nota-se que a
contabilidade consistia em simples anotações a fim de evitar lapsos de memória, como em
relatórios de trocas de bens e serviços. Quando inadvertidamente uma matilha de lobos ataca, e
após uma enorme confusão causa um considerável prejuízo, com um misto de raiva e
resignação, ele faz a recontagem das ovelhas e atira fora as pedrinhas excedentes.

Auxiliada pela própria natureza, acaba de ser inventada a Contabilidade. Na Babilônia, a


escrituração era feita em tábuas de argila retangulares ou ovais bem rudimentares. As mais
famosas são URUK, JENDET-NASR e UR ARCAICA. Os templos possuíam escriturários
próprios, denominados DUB-SAR e o chefe de escrituração era chamado DUB-SARMAG ou PA-
DUB-SAR.

A fim de evitar adulterações, já tinham o "SELO DO SIGILO" do templo. Alcançando-se assim,


uma nova fase de evolução no controle e nas administrações. Foi nesta fase que apareceram o
Diário e Memorial. As revisões ou complicações da escrita eram depois arquivadas, ou seja,
depositadas em vasos ou caixas, feitos de argila ou vime, que eram lacrados e colocado
etiquetas que resumiam o conteúdo.

No Antigo Egito, havia muitos armazéns, também chamado casa das contas e tesourarias, onde
trabalhavam vários escriturários. O Inventário tinha grande influência na vida do povo, pois
servia para registrar os bens móveis e imóveis. No império Médio, encontramos um livro
escriturário, onde era feito o registro diário da entrada de bens.

Esse registro era feito pelo secretário da Corte. O Egito muito colaborou para a história da
contabilidade, quer pelo amor que tinham pela escrita, como pela evolução que conseguiram
imprimir. Milhares de anos se passaram, pouco mudou os lobos e as ovelhas. Na Antiguidade,
as trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas
as cobranças de impostos na Babilônia, já se faziam com escrituração, embora rudimentar.
Tábuas de barro cozido e placas de madeira ou de pedra eram usadas para os registros de
pagamentos de serviços. Uma escriba egípcia contabilizou os negócios efetuados pelo governo
do seu país, no ano 2000 a.C.

Sistemas de escritas contábeis foram bastante utilizados nas Ilhas Britânicas. Empregavam-se
ramos de árvores assinalados com talhos como provas de dívida ou de quitação. As escritas
governamentais da república romana (200 a.C.) já traziam as receitas de caixa classificadas em
rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e divisões. Os
gestores, funcionários do Estado tinham como atribuição examinar as contas dos governos
provinciais. O imperador Augusto foi talvez, o primeiro governante da história a estabelecer um
orçamento público.

No período medieval, diversas inovações na técnica da contabilidade foram introduzidas por


governos locais e pela Igreja. O imperador Carlos Magno determinou, por volta do ano 800, na
Capitulare de Villis, na realização de um inventário anual de propriedade, em livros especiais as
receitas e despesas. Em 831, um "contador" assinou a escritura de uma propriedade transferida
por santo Ambrósio a um nobre italiano. Exames de livros de contabilidade foram efetuados na
Inglaterra, durante o reinado de Henrique I, no século XII.

Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram no


desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores
e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e
os empregados. O aumento de volume dos negócios registrado após a Revolução Industrial fez
surgir na necessidade de exames contábeis das experiências financeiras das empresas, como
base para empréstimos e inversões de capitais.

O governo passou a reconhecer como contadores, somente pessoas qualificadas para o


exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio
internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que causaram numerosas
falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros
entre credores e devedores. Já no século atual, o extraordinário crescimento dos negócios exigiu
a criação de serviços especiais e um aprendizado legal. Este trabalho teve por objetivo precípuo
sintonizar a Contabilidade, através de sua evolução histórica, como um ferramental insubstituível
do Administrador de negócios na organização como um todo, destinada a informar os múltiplos
usuários nos seus aspectos mais relevantes à tomada de decisões.

O pesquisador ao longo de sua carreira profissional vivenciada em empresas transnacionais


constatou as mudanças e aplicativos de cada demonstrativo e a sua real utilidade para envio aos
interessados não somente para decidir, mas, sobretudo para criar mecanismos que pudessem
minimizar o impacto das obrigações tributárias em detrimento do retorno de seus investimentos,
e para também poderem analisar o comportamento de seus delegados à frente de suas
Companhias sobre o modo como foram aplicados os recursos destinados à manutenção e ao
enriquecimento do capital.
PRINCIPAIS ESCOLAS DO PENSAMENTO CONTÁBIL

CONTISMO

Apesar de não ser considerada uma corrente científica, foi escola precursora da teoria de serem
as contas o objeto de estudo da contabilidade e influenciou grandes contadores, principalmente
os da Itália. A partir de 1818, o principal líder do Contismo foi Giuseppe Bornaccini.

Antes dela, a Teoria das Cinco Contas Gerais de Degranges, em 1795, já se preocupa em
estudar o instrumento utilizado para compilar os dados do comportamento da riqueza aziendal,
dividindo inicialmente as contas em: (1) Mercadorias Gerais;(2) Caixa; (3) Contas a Receber; (4)
Contas a Pagar e (5). Lucros e Perdas. Posteriormente acrescentou a sexta conta, denominada
Diversas Contas.

Entre outras contribuições, Degranges estabeleceu a norma de que se deve Debitar Aquele Que
Recebe e Creditar Aquele Que Dá (débiter celui Qui reçoit et créditer celui Qui donne).

A primeira tentativa do Contismo data de 1803, quando Nicolo D’Anastasio publicou o seu livro
La scrittura doppia ridotta a scienza; depois dele apareceu um grande estudioso, Giuseppe
Bornaccini, que deu maior seriedade ao assunto no livro Idee teoritiche e pratiche di ragioneria e
doppia registrazione. Surgem depois dois grandes estudiosos: Angelo Galli (Instituzioni di
contabilitá, 1837) e Ludovico Giuseppe Cripa (1838) com a sua La scienza dei conti.

O Contismo perdeu influência entre os estudiosos da ciência devido à falta de suporte de sua
enunciação. A conta não é a causa, mas o efeito que expressa o fenômeno patrimonial. Logo,
uma ciência não se dedica ao estudo do efeito, mas da causa como objeto de observação,
elaboração, exposição e análise.

O Contismo tentou sobreviver com as novas tendências de observação que Fábio Besta
elaborou, mas não conseguiu impedir o desenvolvimento do Personalismo, que o iria substituir
entre os intelectuais de nossa Ciência, além da oposição do materialismo substancial de Villa.

PERSONALISMO

Esta escola, com profundas raízes jurídicas, de séria reação ao Contismo transformou a conta
em Pessoa, capaz de direitos e obrigações Baseada na responsabilidade pessoal entre os
gestores e a substância patrimonial, com cunho administrativo-jurídico, cujo maior líder foi
Giuseppe Cerboni e o maior gênio Giovanni Rossi (com as obras mais destacadas a partir de
1873), este tratava a Contabilidade como pessoal, de ficção, e aquele dava o caráter científico à
corrente, em que colocara responsabilidade na propriedade, no proprietário, no administrador e
na matéria administrada, teve como grande opositora a Escola Materialista de Fábio Besta.

O Personalismo teve sua origem científica com o francês Hypolitte Vannier, com sua obra
editada em Paris, em 1844, que refutava o Contismo e apresentava, com coloração científica, o
Personalismo. Mas foi Francesco Marchi quem lançou as bases de um Personalismo científico,
abrindo caminho para outros pensadores como Cerboni. Não só combateu a corrente de
Degranges como também apresentou as idéias que viriam posteriormente a substituir as do
Contismo.

Marchi estabeleceu, não obstante sua oposição aos contistas, uma teoria das contas que
distinguia quatro grandes grupos: (1) contas do proprietário; (2) contas dos gerentes ou
administradores; (3) contas dos consignatários; e (4) contas dos correspondentes, que se
resumiam em (a) contas patronais, (b) contas dos gerentes e (c) contas pessoais ou dos
correspondentes.
Cerboni, que teve grande influência com a Escola Toscana, escreve, em 1873, a tese com o
título Primi saggi di logismigrafia e em 1886 sua mais importante obra La ragioneria scientífica e
le sue relazione con le discipline amministrative e sociali.

Muitos foram os seguidores do Personalismo, porém os pilares dessa brilhante corrente de


pensamento foram Marchi, Varnnier, Cerboni e o gênio Giovanni Rossi.

Partiam do raciocínio de que as relações que motivam os direitos e as obrigações são


importantes objetos de estudo; por essa razão, tem-se como conceito mais difundido de
patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações.

Esse pensamento difere do materialismo, pois estuda as relações pessoais que agem na
substância patrimonial.

CONTROLISMO

A Escola Veneziana de Fábio Besta, que seguiu os estudos de Villa, promoveu grande reação às
idéias personalistas de Cerboni.

O mestre Fábio Besta, antes de enunciar o Controlismo, já se valia de grande influencia com o
Neocontismo, que, como corrente que retomava o Contismo, dando-lhe vestes novas (de caráter
científico e não mais o empírico de Bornacinni) e como a primeira reação ao Personalismo, se
preocupava mais em saber o que significava a conta e qual a sua verdadeira expressão em meio
dos estudos contábeis do que com a forma de apresentação da mesma conta, ou seja,
preocupava-se com o conteúdo da conta, reagindo contra os postulados de Cerboni.
À medida que ganhava terreno, Fábio Besta abandonava a tradicional Escola do Contismo e
estabelecia seus próprios princípios, os da Escola Controlista.

Fábio Besta pôde propagar suas idéias nos debates do Congresso de Contabilidade realizado
em 1879, em Roma, onde se encontravam, dentre outros, Giuseppe Cerboni e Giovanni Rossi.

Em 1880, quando da abertura do ano acadêmico 1880-1881, em seu memorável discurso,


apresentou a ciência contábil como aquela que trazia como objeto de estudo o “controle
econômico das aziendas”, dividindo este em três funções a saber: controle antecedente, controle
concomitante e controle subseqüente.

Um dos grandes pontos de divergências entre as escolas de Besta e Cerboni era quanto à
delimitação do patrimônio aziendal. Como já dito, para Cerboni o patrimônio não era apenas os
Bens, somando-se a estes os Direitos e as Obrigações; para Besta, o patrimônio é o agregado
de valores atribuíveis aos bens, negando o conjunto de direitos e obrigações como conceito,
conforme podemos atestar:

- O direito de possuir uma coisa ou de havê-lo por isto só não vale. O legítimo proprietário
conserva todos os direitos sobre as coisas ainda quando estas lhe são roubadas, mas, se não
há nenhuma possibilidade de recuperá-las, aquelas coisas nada podem valer.

- Quem tem direito de exigir uma soma, conserva aquele direito integral ainda que o devedor
seja insolvente, mas se não há nenhuma possibilidade de o credor recuperar em todo ou em
parte o que lhe é devido, aquele direito em nada aumenta a sua riqueza.

As idéias de Besta, apesar de seus seguidores, dentre eles Vittorio Alfieri, Pietro Rigobon,
Francesco de Gobbis, Vincenzo Vianelo, Pietro D’Alvise e o mais importante de todos, Carlo
Ghidiglia, não encontraram grandes repercussões na Itália, berço de todas suas argumentações,
nem em outros países. O maior mérito foi a reação provocada contra o Personalismo procurando
dar o máximo à riqueza patrimonial como algo concreto, real, objeto de indagações próprias,
ainda que, por finalidade, a entendesse como controle; a localização da Contabilidade no campo
material e do valor enfatiza a necessidade de abandonar-se o raciocínio jurídico dos
personalistas para situar-se em uma realidade materialista de maior significação.

Assim como o Personalismo teve seu grande gênio, Giovanni Rossi, o Controlismo teve Carlo
Ghidiglia, que admitia a Contabilidade como ciência, tendo a seu cargo regular todas as ações
que se relacionam com a riqueza e com as necessidades humanas, estabelecendo uma
hierarquia para o estudo dos fenômenos: estudo da riqueza, estudo das funções da riqueza e
estudo dos agregados da riqueza.

REDITUALISMO

Desenvolveu-se principalmente na Alemanha, tendo como principal líder Eugen Schmalenbach


e, entre outros seguidores, W. Malhberg, E. Geldmacher, M. R. Lehmannn, E. Walb e Frederich
Leiter com seu reditualismo específico.

Era a corrente de pensamento que enunciava ser o resultado (lucro ou prejuízo) o objeto de
estudo da contabilidade, ou seja, o reconhecimento da perda ou do lucro como fonte principal da
continuidade da atividade empresarial.

Os reditualistas estudavam a dinâmica da riqueza patrimonial, mas desprezavam a estrutura dos


elementos patrimoniais. Conseguiram desenvolver-se num país socialista, embora a corrente
estivesse voltada para o capitalismo.

Schmalenbach visualizava os fenômenos circulatórios da riqueza patrimonial em sua dinâmica,


dando a essa dinâmica o aspecto temporal não coincidente com o ano calendário, mas com o
ciclo operacional.

O julgamento do rédito deve ser uma medida relativa entre o que o capital oferece ao
empreendedor e o que a azienda oferece à sociedade em que se encontra. Os reditualistas
tiveram a propriedade de reconhecer o valor da consideração dos fluxos em contabilidade, ou
seja, do estudo de uma dinâmica patrimonial, da relatividade do lucro, da realidade empresarial.
Eembora admitissem sob a denominação de economia da empresa todos esses princípios, em
realidade não fizeram senão desenvolver seus principais raciocínios sob a ótica patrimonial,
contábil, inclusive com um sem número de exemplos práticos.

O reditualismo não ganhou força como escola pois diversos apreciadores das enunciações de
Schmalenbach criticavam seu objeto de estudo argumentando que o rédito é o efeito da
dinâmica patrimonial e não a causa.

AZIENDALISMO

Motivados pela ansiedade de se encontrar o campo e o objeto de estudos da Ciência Contábil,


os pesquisadores da época evidenciaram o surgimento de nova corrente que enunciava
existirem os sistemas de ciências que cuidavam de fenômenos ocorridos nesse mundo
particular, o que inspirou o Aziendalismo.

O Aziendalismo, antes de se desenvolver como grande escola de pensamento italiano, teve suas
origens com pesquisadores de outras partes do mundo: da França, Courcelle-Seneuil; da
Rússia, Leo Gomberg; da Suíça, Johann Friedrich Schar; e da Alemanha H. Nicklisch e Rudolf
Dietrich.

Courcelle acenou para um complexo entendimento de toda a empresa como objeto comum
científico, que anteriormente já era preconizado por Cerboni e sustentado por Rossi, quando
admitiam um raciocínio de unidade de funções dentro da azienda.

Foi Gomberg o primeiro a despertar para uma economia aziendal, que mais tarde se tornaria, na
Itália, a corrente aziendalista. Gomberg tomou como objeto de estudos a riqueza impessoal ou
administrativa, deu foco à economia e denominou a Contabilidade como Economologia, tendo
como função estudar todos os fatos da gestão patrimonial.

Gomberg estabeleceu a relação de causa e efeito para os fenômenos patrimoniais, relacionando


o efeito ao débito e a causa ao crédito. Enunciava também que o Ativo era o efeito do Passivo,
que por sua estrutura era a causa.

Rudolf Dietrich acrescentou, em seus estudos do aziendalismo socialista, a visão de dinâmica


patrimonial.

Em sua visão idealista, entendia que os fatores homem, natureza e trabalho só poderiam estar
organizados para atender o social, e que o lucro deveria ser considerado como um fator
patológico.

Tendo como base a economia aziendal, a Escola Veneziana enunciava o Aziendalismo, com
Alberto Ceccherelli e com seu principal líder italiano, Gino Zappa, que teve suas raízes nos
pensadores alemães.

Os aziendalistas se preocupavam em estudar o conjunto de ciências que tratavam da azienda


como campo de aplicação. Compunha-se da Administração, da Organização e da Contabilidade,
sendo cada ciência apenas parte desse conjunto.

De acordo com seus adeptos, os fenômenos a estudar são os aziendais, e admite a


Contabilidade apenas como levantamento de fatos patrimoniais, restringindo-lhe o campo.

PATRIMONIALISMO

Sua primeira formulação se deu em 1923, com Vincenzo Masi, que considerava como objeto de
estudo da Contabilidade os fenômenos do patrimônio aziendal, dividindo seus estudos em
estática patrimonial, dinâmica patrimonial e relevação ou levantamento patrimonial.

Para ele, a estática patrimonial examinava a estrutura do grande sistema da riqueza aziendal, a
dinâmica patrimonial tratava da movimentação dessa estrutura, quer sob o aspecto quer de
qualidade dos elementos, quer de suas expressões de valor, sendo o levantamento patrimonial,
a base racional que permitia ter informações sobre tais relações e aspectos, mas de maneira
científica.

Em 1924 com seu artigo “A pretesa bancarotta scientifica della Ragioneria”, publicado na Revista
Italiana di Ragioneria, escreveu:

- Se examinarmos os fenômenos fundamentais de contabilidade, não podemos deixar de


reconhecer que requerem indagações acuradas; não se pode negar que se torna necessário
observá-los, expô-los procurar explicá-los; depois, munidos dos ensinamentos oferecidos pelas
pesquisas feitas com o subsídio de métodos especiais de investigação, próprios das ciências
experimentais, daí retirar normas de prática aplicação a casos concretos. Ora, os fenômenos dos
custos, das receitas, do rédito, das entradas e saídas financeiras, para lembrar só alguns do
mais evidentes fenômenos contábeis já por nós referidos, são todos investigados em suas fases
de constituição e de evolução e apresentam problemas que sempre se apresentaram e sempre
se apresentarão.

Em 1926, na Revista Italiana di Ragioneria, publica o artigo “A Contabilidade como Ciência do


Patrimônio”.

Masi teve como inspiração as obras de Besta, embora enunciasse seu próprio objeto de estudo.
O Patrimonialismo só tomou forma apurada e teve divulgação, que lhe foi peculiar, fora da Itália,
pois o ambiente da época não lhe favorecia com tantas idéias preconizadas pelos aziendalistas
que formaram uma forte escola.

Masi adotava a posição de que o mais importante como objeto de estudo é a essência dos fatos
e não a sua forma de apresentação, divergindo com essa idéia fundamental os estudos feitos
pelas demais escolas de pensamento.
Masi argumentava:

- A concepção de Contabilidade como ciência do patrimônio não destrói, de fato, as pesquisas


do passado mas, confiando a Contabilidade não só o estudo do levantamento patrimonial, mas
também e sobretudo aquele do objeto deste levantamento - o patrimônio aziendal, observado
nos seus aspectos estático e dinâmico -, acresce ao conteúdo a importância e a dignidade
científica.

- A Contabilidade, de fato, sempre estudou o patrimônio, mas as suas indagações foram no


campo teórico, primeiramente limitadas aos estudos dos instrumentos de levantamento
patrimonial e sucessivamente se passou ao estudo do objeto de tais levantamentos.

Masi enunciava que se deve dar importância não somente ao aspecto quantitativo do patrimônio
como também ao qualitativo, evidenciando que muito se extrai da informação sobre o estado
patrimonial se forem observados os aspectos citados cumulativamente, não se fazendo distinção
entre eles.

Outra importância dada por Masi era a distinção dos tipos de aziendas em empresas, aquelas
destinadas à obtenção do lucro e as instituições com fins ideais. Também se preocupou em
conceituar o capital como um fundo de riqueza em constante movimentação, dividindo sua
estrutura em capital fixo, que é destinado ao uso produtivo, e circulante que é destinado à
realização do objetivo aziendal, evidenciando as suas origens sob a forma de capital de terceiros
ou de próprios.

Outros pensadores se destacaram além de Masi, embora grande parte deles se referenciem às
idéias precursoras do grande gênio dessa escola.

NEOPATRIMONIALISMO

Pouco se conhece dessa nova tendência do objeto de estudo para a Contabilidade. O


Neopatrimonialismo teve sua origem com o Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá. Foi divulgado pela
primeira vez ao público no XIII Congresso Brasileiro de Contabilidade (1988); depois em 1990,
na Universidade de Málaga, em 1992, com a edição da obra Teoria Geral do Conhecimento, e
em 1997 a convite da Universidade de Servilha, Espanha.
O Neopatrimonialismo, segundo Antônio Lopes de Sá, ainda não se constitui numa escola de
pensamento, pois muito ainda deve ser estudado e divulgado para que se possa admitir a
formação de tal escola.

Para o citado professor. o fenômeno patrimonial, como objeto de indagação, não foge à norma
que requer a compreensão da essencialidade, como ponto de partida de um entendimento
racional.

Os estudos concentram-se em obter uma filosofia do fenômeno patrimonial, organizando


logicamente as relações que são responsáveis pelas causas dos fatos, distinguido-as em
relações lógicas dos seguintes tipos: essenciais, dimensionais e ambientais, tendo como axioma
a eficácia.

As relações essenciais compreendem a necessidade, a finalidade, o meio patrimonial e a


função. As dimensionais, se referem às relações de causa, efeito, tempo, espaço, qualidade e
quantidade. Já as ambientais são formadas pelas relações de natureza administrativa, pessoal,
econômica etc.

O Prof. Lopes de Sá procura fazer uma classificação dos sistemas por hierarquia de
necessidades, tendo então os seguintes sistemas:

1. Básico: compreende os sistemas de liquidez, rentabilidade, estabilidade e


economicidade;
2. Auxiliar: compreende os sistemas de produtividade e invulnerabilidade;
3. Complementar: sistema de elasticidade.

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Conforme a Resolução CFC nº. 750/93 e alterações pela Resolução CFC nº. 1282/10

Todas as ciências apresentam nos seus núcleos princípios. Estes são fontes que norteiam sua
qualidade de ciência. A Contabilidade como ciência também tem seus princípios que servem
como “vigas mestras” da ciência social da qual é atuante.

A palavra “princípio” significa origem, causa primária, preceito, regra geral. Em análise simplista
os Princípios Fundamentais de Contabilidade são proposições, juízos de uma ciência.

Assim as regras gerais da ciência contábil no Brasil são os Princípios de Contabilidade e está
regulamentada pela Resolução CFC nº 750/93 com atualização da Resolução CFC 1282/10.
Segue a exposição da regra que todos os contabilistas têm de seguir como ponto inicial da
profissão:

I) da ENTIDADE: O Principio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade.


A contabilidade é autônoma e o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes não
poderá ser confundido, portanto o Patrimônio da entidade não se confunde com aquele de seus
sócios ou proprietários.

II) da CONTINUIDADE: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em


operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
levam em conta esta circunstância.

III) da OPORTUNIDADE: O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da informação.

IV) do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: O Princípio do Registro pelo Valor Original
determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao


longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa
ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na
data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais,


ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa,
os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data
ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos
pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos
valores dos componentes patrimoniais.

V) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda


nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento
da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

VI ) da COMPETÊNCIA: – O Princípio da Competência determina que os efeitos das


transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.”

VII) da PRUDÊNCIA: O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o
Patrimônio Líquido.

Faz-se necessário compreender um tema relevante da Ciência Contábil, a Evidenciação


(disclosure), a saber:

EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL

As Ciências Contábeis têm como finalidade principal informar sobre seu objeto de estudo aos
diversos tipos de usuários. Essa informação é fornecida através de evidenciação, que pode ser
conceituada como a qualidade ou o caráter do que é incontestável.

Os usuários das informações contábeis, internos ou externos, necessitam que estas sejam
produzidas com maior qualidade, tempestividade e utilidade.

Hoje a necessidade do usuário não é somente pelas informações contidas nas demonstrações
obrigatórias pela legislação. Busca-se outras informações nos relatórios auxiliares ou
facultativos, como por exemplo, a Demonstração do Fluxo de Caixa e os Orçamentos: financeiro,
operacional e de capital.

A Contabilidade deve estudar o modelo ideal de informação para cada classe de usuários e fazer
com que esse modelo obedeça aos princípios fundamentais de contabilidade bem como a outros
aspectos qualitativos de conteúdo informativo.

É bom salientar que por mais que se queira evidenciar os demonstrativos contábeis, tornando-os
muito explicativos, a contabilidade não pode deixar de obedecer suas técnicas de elaboração.
Com isso, se faz necessário que o usuário tenha algum domínio de interpretação dos
demonstrativos contábeis e dos documentos complementares ou tenha um assessoramento de
um analista experimentado, principalmente para as grandes tomadas de decisões, pois por mais
que se queira evidenciar e facilitar a interpretação, a contabilidade não é a responsável pela
tomada de decisão.

Evidenciação (disclosure) não se trata de uma convenção. Na verdade, o disclosure está ligado
aos objetivos da contabilidade, ao garantir as informações diferenciadas para os diversos tipos
de usuários. Não se pode esperar e seria tolice pensar que boas decisões de investimentos
pudessem emanar de um leitor com vagas noções de contabilidade e de negócios. A
interpretação dos demonstrativos contábeis é tarefa única e exclusivamente reservada aos
experts em contabilidade e finanças, que deveriam ser os intermediários entre as empresas e os
donos de recursos, assessorando esse último nas análises. Isto não significa que devam ser
truncados os esforços para que o leitor médio se torne possuidor de melhores conhecimentos na
área contábil e financeira. Entretanto, pelo menos nas interpretações mais profundas, a entrada
em ação dos verdadeiros experts é indispensável. Os relatórios contábeis não são capítulos de
novelas empresarias que qualquer pessoa mobralizada possa entender, mas o resumo de um
processo, de uma forma de pensar da contabilidade que, é muito mais complexa do que possa
parecer à primeira vista.

A informação qualitativa (não quantitativa) é muito mais difícil de ser avaliada pois envolve vários
julgamentos extremamente subjetivos. É muito difícil estabelecer o “ponto de corte” em que uma
consideração não quantificável deixa de ser importante no processo decisório de forma que
justifique a omissão da evidenciação. Normalmente, a relevância de alguns itens qualitativos
emerge de seu relacionamento direto com os quantitativos.
Se uma parte da propriedade do imobilizado, por exemplo, foi penhorada em garantia de
empréstimos, este penhor deve ser evidenciado se o valor do imobilizado ao qual se refere for
relevante; caso contrário, não deveria ser evidenciado. Entretanto, note o perigo de
confundirmos, novamente, relevância com desprezo pelo detalhe; a penhora anual, progressiva,
de uma pequena parte do imobilizado pode levar a uma situação não favorável para entidade.

É importante lembrar a máxima: forneça a informação relevante para o usuário, mas não
pretenda invadir o campo do investidor, substituindo-o em todas as avaliações subjetivas do
modelo decisório e do risco.

Os quadros demonstrativos obrigatórios brasileiros são complicados de serem lidos. Primeiro,


por abrangerem dois modelos em um só – legislação e correção integral. Segundo,
compreendem dois tipos: controladora e consolidado; ano corrente e ano anterior. Por último,
mudanças frequentes de normas legais e de índices de correção acabam produzindo um
excesso de colunas e de quadros explicativos, nem sempre compreensíveis, elaborados de
maneira integrada.

As qualidades mais importantes da informação contábil, segundo ainda o citado professor, são a
relevância e a confiabilidade. Se faltar qualquer dos dois atributos a informação não será útil.

Para haver relevância o relatório tem que ser pontual, servir para efetuar previsão ou para medir
a previsão feita no passado.

Informação confiável requer representatividade, ser passível de verificação independente e ser


neutra.

A comparabilidade é também uma qualidade importante da informação contábil, porém


secundária. Interage com a relevância e a confiabilidade, que por sua vez contribuem para a
utilidade. Finalmente, todas as qualidades citadas estão sujeitas ao conceito de materialidade, a
maior limitação ao trabalho contábil.
Vejamos melhor cada dos citados parâmetros:

a) Relevância:
Informação relevante é aquela relacionada ao evento examinado.
Em contabilidade, toda informação que possibilite a realização de estimativas ou permita
confirmar outras anteriormente feitas, facilita a tomada de decisão. Sem o conhecimento do
passado, retira-se a base para a previsão, e sem um interesse no futuro investigar a história é
um processo estéril.

b) Confiabilidade:
A informação contábil é confiável, na medida em que seu usuário acredite que ela represente
adequadamente os eventos, transações e condições econômicas de uma entidade. Uma
informação confiável deve ser representativa do fenômeno a qual pretende espelhar.

O segundo elemento da confiabilidade é que a informação seja passível de verificação, que


assegure ao usuário a ausência de vício da mensuração dos eventos econômicos.

O último elemento de qualidade exigido para uma informação ser confiável é a neutralidade.
Significa que o contador responsável por estabelecer os critérios de contabilização de sua
empresa, não deve faze-lo pensando em defender um interesse particular, mas sim trazer a tona
fatos relevantes e confiáveis.

c) Comparabilidade:
Comparabilidade é composta de dois elementos: uniformidade e consistência. O primeiro indica
que transações iguais serão contabilizadas do mesmo modo. O segundo se refere ao uso por
uma empresa dos mesmos procedimentos e regras contábeis de um período para outro. O
significado de qualquer informação, especialmente dados quantitativos, depende muito de
podermos relacioná-los a uma outra variável ou critério. A informação contábil cresce em
utilidade quando pode ser comparada com a de empresas similares ou com a de anos anteriores
na mesma empresa.

d) Materialidade:
Materialidade é exercida diariamente por aqueles que tomam decisões contábeis e pelos
auditores que efetuam julgamentos sobre a correção dos relatórios financeiros. As avaliações no
campo da materilidade são basicamente de natureza quantitativa. O problema é que a natureza
da transação quase sempre afeta a resposta, ou seja, um item pode ser de valor insignificante
no meio de transações rotineiras, porém importante se estiver ocorrendo pela primeira vez em
circunstancias anormais.

APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

A Contabilidade é sempre bem influenciada pelos limites e critérios fiscais, particularmente os da


legislação do Imposto de Renda. As companhias abertas são subordinadas às disposições da
Lei 6.404/1976 e suas atualizações, as Leis 11.638/2007 e 11.941/2009.

A contabilidade tem como finalidade:

a) Planejar o desenvolvimento econômico e financeiro da Entidade;


b) Controlar o Patrimônio das Entidades;
c) Apurar o resultado das operações da Entidade, também conhecida como apurar o redito;
d) Prestar informações aos interessados sobre a situação da Entidade no
âmbito econômico, financeiro, tributário, societário, dentre outros.

Patrimônio - O que é Patrimônio? Para essa resposta observe o quadro a seguir:

BENS: mesa, cadeira, veículo, dinheiro, marcas, patentes, etc.


Os bens são classificados em:

a) Tangíveis: São bens materiais, concretos, ou seja, são bens corpóreos; Exemplos:
Terrenos, Veículos, Dinheiro em Caixa, etc.

b) Intangíveis: São bens imateriais, abstratos, Exemplos: Software , Marcas (Coca-Cola),


licenças, propriedade intelectual, etc.

DIREITOS: são valores de propriedade da Entidade a receber de terceiros por força de aplicação
monetária (como exemplo aplicação de dinheiro no Banco); ou valores a serem recebidos de
terceiros por venda a prazo.

OBRIGAÇÕES: são compromissos exigíveis da Entidade que em data prevista deverão ser
liquidados, ou seja, quitados. Os compromissos poderão ser dívidas ou exigibilidades perante
terceiros ou ainda bens que estiverem em posse da Entidade que sejam de terceiros. Exemplos:
Fornecedores (compromisso); Impostos a Recolher (exigibilidade); Receitas Antecipadas
(compromisso).

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição financeira e patrimonial


de uma entidade são os ativos, passivos e patrimônio líquido.

Ativo: A definição de ativo apresenta três elementos: (a) é um recurso controlado pela entidade;
(b) como resultado de acontecimentos passados; (c) e que os benefícios econômicos serão
canalizados e fluirão para a entidade no presente ou em períodos futuros.

A definição enfatiza o aspecto econômico e não sua forma legal.

O processo de reconhecimento diz respeito a incorporar, nas demonstrações contábeis, um item


que se enquadre na definição. Além disso, deve ser mensurado de forma confiável.

Os benefícios incorporados em um determinado ativo são representados pela sua contribuição


(direta ou indiretamente) para o fluxo de caixa da entidade. Esses benefícios são gerados pela
produção de bens ou prestação de serviços, ou pela capacidade de reduzir os custos de
produção de uma entidade.

Muitos ativos, como exemplo, imóveis, instalações, equipamentos têm uma forma física. A forma
física não é essencial para a existência de um ativo. Um exemplo são marcas, patentes e
direitos autorais, que são classificados como ativos intangíveis, desde que os benefícios
econômicos fluam e sejam controlados pela entidade.

É importante não confundir a base confiável de mensuração com a existência de estimativa de


valores contábeis. Certos itens podem ser estimados, como é o caso de uma ação judicial que a
empresa possui da qual haja uma razoável jurisprudência a respeito.

Desse modo, existindo uma estimativa razoável de valor, ela deve ser reconhecida no balanço.

Passivo: é uma obrigação presente resultante de acontecimentos passados cuja liquidação será
o pagamento da obrigação no presente ou em períodos futuros.

Uma característica essencial de um passivo é a de que a entidade possui uma obrigação


presente. As obrigações podem ser executórias, como consequência de um contrato vinculativo
ou obrigação legal. Este é normalmente o caso dos montantes a pagar pelas mercadorias e
serviços recebidos. Obrigações surgem a partir de uma prática comercial normal, em
relacionamento de compra e venda de ativos e serviços entre outras operações comerciais.

Assim como no ativo, a definição do passivo deve estar separada do seu reconhecimento.
Alguns passivos só são mensurados por estimativas.

Em relação a incerteza do passivo, uma obrigação pode ser classificada em quatro categorias:

a) O passivo é conhecido, assim como seu montante – nesse caso, não existe motivo para
que o passivo não seja evidenciado. Exemplo: fornecedores;

b) O passivo é conhecido, mas não seu montante – o passivo é conhecido por estimativas,
devendo ser considerado pela entidade. É o caso do 13º salário, em que o valor preciso
só é obtido, pela entidade, no pagamento;

c) O passivo é incerto, mas o pagamento pode ser estimado – caso das milhas aéreas;

d) O passivo é incerto e seu montante também – representa a contingência.

Patrimônio Líquido: Um elemento do patrimônio liquido é o interesse residual nos ativos, após
dedução de todos os passivos (ou componente do patrimônio liquido originado de um
instrumento financeiro composto ou instrumento que atenda à definição de um componente do
patrimônio liquido em sua totalidade).

O patrimônio líquido ainda é definido, de forma simples, como a diferença entre o ativo e o
passivo. Como é possível perceber, o valor do patrimônio líquido depende da mensuração do
ativo e do passivo. Em razão das limitações do processo de reconhecimento e mensuração, o
patrimônio líquido não corresponde ao valor de mercado das ações.

O patrimônio líquido de uma entidade possui diversos componentes:

1) Capital social representado pelo aporte dos acionistas;


2) Lucros acumulados;
3) Reservas de lucros, que representam apropriações de resultados retidos de períodos
anteriores ou atual;
4) Outras reservas; e
5) Participação dos minoritários (ou participação de acionistas não controladores).

Aspecto qualitativo e quantitativo do patrimônio

Aspecto qualitativo: Este aspecto consiste em qualificar os bens, Direitos e Obrigações. Por
aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a natureza dos elementos que o compõem, como
dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais
ou de mercadorias, entre outros.

Aspecto quantitativo: Este aspecto consiste em dar a esses Bens, Direitos e Obrigações seus
respectivos valores, levando-nos a conhecer o valor do Patrimônio da Organização. O atributo
quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores, o que demanda
que a Contabilidade assuma posição sobre o que seja "Valor", porquanto os conceitos sobre a
matéria são extremamente variados.

Representação gráfica do patrimônio


Para tornar mais fácil a compreensão do Patrimônio, a partir de agora vamos representá-lo em
um gráfico simplificado, em forme de T:

O T, como vemos, tem dois lados. No lado esquerdo, colocamos os Bens e os Direitos e do lado
direito as Obrigações e o Patrimônio Líquido (Capital, lucros).

Na representação gráfica apresentada temos, de um lado, os Bens e os Direitos, que formam o


grupo dos elementos positivos e, do outro lado, as Obrigações, que formam o grupo dos
elementos negativos. Assim temos:

Patrimônio
Elementos Positivos Elementos Negativos
Bens Obrigações

Móveis e Utensílios Fornecedores


Estoque de Mercadorias Salários a Pagar
Caixa (numerário) Impostos a Pagar
Bancos
Direitos
Duplicatas a Receber
Títulos a Receber

Os elementos positivos são denominados Componentes Ativos e o seu conjunto ATIVO e os


elementos negativos são denominados Componentes Passivos e o seu conjunto PASSIVO.

Patrimônio Líquido

Patrimônio Líquido é o quarto grupo de elementos patrimoniais que juntamente com os Bens,
Direitos e Obrigações, completará a Demonstração Contábil denominada Balanço Patrimonial.

No Balanço Patrimonial, esse grupo aparece sempre do lado direito, juntamente com as
Obrigações:

Patrimônio
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido

Equação básica da contabilidade.

(Bens+Direitos) – (Obrigações) = Patrimônio Líquido


Quando o resultado da equação é negativo, convenciona-se denominá-lo de "Passivo a
Descoberto".

O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade para com seus sócios ou acionistas, pois
estes não emprestam recursos para que possa ter vida própria, mas, sim, os entregam, para que
com eles forme o Patrimônio da Entidade.

O conhecimento que a Contabilidade tem do seu objeto está em constante desenvolvimento


como, aliás, ocorre nas demais ciências em relação aos respectivos objetos. Por esta razão,
deve-se aceitar como natural o fato da existência de possíveis componentes do patrimônio cuja
apreensão ou avaliação se apresenta difícil ou inviável em determinado momento.

Atos e fatos contábeis (permutativos, modificativos e mistos).

Atos Contábeis: são os atos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do
Resultado, portanto não interessam a Contabilidade.

Fatos Contábeis: são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio das
entidades, quer sob o aspecto qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. Ex.: emissão de
cheques, depósitos bancários, compra de veículos, compra de materiais.

Fatos Permutativos: são fatos que alteram o patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio
líquido. Refletem trocas entre os elementos patrimoniais. Ex.: - compra de mercadorias à vista
(bens por bens); compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações); recebimento de valor
pela quitação de uma duplicata; aumento do capital social com lucros acumulados;

Fatos Modificativos: são aqueles que alteram o patrimônio da entidade e o patrimônio líquido,
aumentando (fato modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo diminutivo) a
riqueza própria do patrimônio.

Fatos Mistos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos. Podem
ser aumentativos ou diminutivos, conforme alterem para maior ou menor o patrimônio líquido.

FATOS CONTÁBEIS

PERMUTATIVO MODIFICATIVO MISTOS

Provocam Provocam alterações Provocam alterações qualitativas


alterações quantitativas e quantitativas
qualitativas

Representam DIMINUTIVO AUMENTATIVO DIMINUTIVO AUMENTATIVO


permutações
entre os Reduzem o Aumentam o Reduzem o Aumentam o
elementos valor do PL valor do PL valor do PL valor do PL
patrimoniais
Comprar à vista Pagamento Recebimento de Recebimento Recebimento de
de despesas receitas de duplicata duplicata com
Comprar à prazo com desconto juros
Apropriação Prescrição de
Pagameto de de salários dívida Pagamento de Pagamento de
duplicatas duplicata com duplicata com
juros desconto
Pagamento o IR
dos empregados Reforma de Reforma de
dívida com dívida com
Aumento do CS juros desconto
com uso de
reservas de Emissão de Emissão de
capital debêndures debêndures
abaixo do par acima do par
(com deságio) (com ágio)

Capital Social:

Capital é um termo de origem inglesa, que significa patrimônio em sentido puro, ou seja, que se
origina de contribuições feitas por sócios. Capital é o bem em dinheiro ou espécie que produz
outros bens e espécies.

Na contabilidade, podem ser considerados quatro conceitos:

1) Capital nominal: investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa que é registrado
pela contabilidade numa "conta" denominada capital. Este o capital nominal, que corresponde ao
patrimônio líquido inicial. O capital nominal só será alterado quando os proprietários realizarem
investimentos adicionais (aumentos de capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital).
2) Capital próprio: que corresponde ao conceito de patrimônio líquido, abrangendo o capital
inicial e suas variações.
3) Capital de terceiros: que corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos
provenientes de terceiros.
4) Capital total à disposição da empresa: em acepção mais ampla, pode-se conceituar o capital
como sendo o conjunto dos valores disponíveis pela empresa em dado momento.

Assim, Capital social é o fundo em dinheiro, em bens ou em trabalho e indústria, para garantir os
fins previstos pela sociedade e deve ser previsto nos contratos sociais das sociedades
comerciais e nos Estatutos Sociais das Sociedades por Ações. O capital é constituído pelas
contribuições individuais dos sócios e divide-se em partes ou em frações.

Ou ainda, Capital social é o montante que a sociedade declara em seus atos constitutivos". Daí
concluí-se ser a soma da participação de todos os sócios na sociedade.
O capital social numa sociedade pode ser subscrito ou integralizado. O capital social subscrito é
a parcela em que o sócio se compromete no futuro restituir para a formação da sociedade. O
capital social integralizado é a parcela total restituída para o patrimônio social.
A formação desse capital social, de como será a parcela de cada sócio, como entrará na
sociedade esses recursos, valor das ações, valor nominal, ágio, prazo para o capital subscrito, e
outras decisões relativas ao patrimônio social da pessoa jurídica, será deliberado entre os
sócios. Há três formas de integralizar o capital social numa sociedade: dinheiro; bens ou crédito.
O mais usado e menos complexo é o dinheiro, o sócio manifesta sua vontade em pagar à
companhia, à vista ou nos prazos determinado, a emissão de ações.

Para a integralização de bens (móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos), é necessário uma


avaliação desses bens, dentro das formalidades legais, com uma votação em assembléia geral,
de laudo técnico feito por empresa especializada ou três peritos.

Para a formação pela cessão de créditos, o sócio acionista transfere à sociedade os direitos de
crédito que possui perante terceiros, por nota promissória, duplicata, contratos ou qualquer outro
título, executivo ou não, para a sociedade. Essa forma de capitalização depende da
concordância da companhia, o sócio subscritor responde pela existência do crédito e pela
solvência do devedor, e enquanto não cessar essa obrigação, a companhia está proibida de
expedir o certificado da ação correspondente.
Registros de mutações patrimoniais e apuração do resultado (receitas e despesas):

A demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a evidenciar as


mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade, num determinado
período de tempo.

A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará:


a) os saldos no início do período;
b) os ajustes de exercícios anteriores;
c) as reversões e transferências de reservas e lucros;
d) os aumentos de capital, discriminando sua natureza;
e) a redução de capital;
f) as destinações do lucro líquido do período;
g) as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos
correspondentes;
h) o resultado líquido do período;
i) as compensações de prejuízos;
j) os lucros distribuídos;
l) os saldos no final do período.

Para apurar o resultado (lucro ou prejuízo) obtido pela empresa no período, é necessário
encerrar as contas de resultado (receitas e despesas).

As contas de resultado devem ser encerradas porque elas servem apenas para apurar o
resultado de um período, seus saldos precisam ser zerados para que, no período seguinte, volte
acumular valores daquele exercício.

Contas Patrimoniais - São as contas que representam os bens, direitos,


obrigações e a situação líquida das entidades, ou seja: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
Estas contas permanecem com o seu saldo no momento da apuração do resultado.
Contas de Resultado - São as contas que representam as receitas, custos e despesas. Estas
contas devem ser sempre encerradas (tornar o saldo zero e transferi-lo a apuração do resultado)
na apuração do resultado ou do exercício social, são incorporadas ao Balanço Patrimonial via
Patrimônio Líquido.

Funções da Contabilidade

As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e


acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a
empresa exerce no contexto econômico.
Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
Organizar: um sistema de controle adequado à empresa;
Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de
demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração dos resultados
obtidos pela empresa;
Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a
serem realizadas, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais
problemas.
Para que isso ocorra, primeiramente é necessário registrar todas as operações que ocorrem na
empresa tais como compras, vendas, recebimentos, pagamentos,
etc.

Livros Contábeis

Livro Diário - Contém a escrituração contábil, ou seja, os registros devidamente documentados,


conciliados de forma completa, em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, com
individuação e clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem
entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens conforme Decreto nº.
64.567/69 e DL 486/69. Este livro deve ser registrado na Junta Comercial quando em papel
conforme IN DNRC nº. 65/97.
Entretanto as pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real farão a entrega da ECD – Escrituração
Contabil Digital, sendo o livro registrado eletronicamente conforme IN RFB nº. 787/07.

Livro Razão - Contém toda escrituração contábil por elementos patrimoniais, de resultado, dentre
outros, que possam existir. Sua origem é o Livro Diário.
O Livro Razão tem as mesmas formalidades do Livro Diário, porém não tem obrigatoriedade de
registro quando em papel. Porem as pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real fará a entrega
da ECD – Escrituração Contabil Digital, sendo o livro Razão auxiliar registrado eletronicamente
conforme IN RFB 787/07.

Escrituração de fatos contábeis

Os fatos contábeis deverão ser escriturados no Livro Diário e deverá atender a


NBC T 2 :
NBC T 2 – DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
NBC T 2.1 - DAS FORMALIDADES DA
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

“2.1.1 – A Entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos
administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico.

2.1.2 – A escrituração será executada:


a) em idioma e moeda corrente nacionais;
b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes
para as margens;
e)com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que
comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.”
Além dos requisitos destacados, o Livro Diário deverá conter o termo de Abertura e de Termo de
Encerramento com as informações da empresa.
Balancete de Verificação - Depois de efetuados os lançamentos no Livro Diário e no Livro Razão
o contabilista deverá apurar os saldos de todas as contas. Ou sejam, obtém-se o saldo de uma
determinada conta pela diferença entre o total dos débitos e o total dos créditos.
O método das partidas dobradas apresenta o conceito que “para todo débito existe um crédito de
igual valor” assim os saldos de todas as contas devedoras serão iguais aos saldos de todas as
contas credoras. O relatório denominado Balancete de Verificação do Livro Razão apresenta a
relação de cada saldo das contas envolvidas em determinado exercício. Para tanto, basta apurar
os saldos das contas no Livro Razão e transferi-los para o Balancete de verificação.

Escrituração Contábil - De acordo com as normas apresentadas pela Resolução CFC nº.
1.330/11, a scrituração tem suas formalidades intrínsecas (internas) e as extrínsecas (externas).
A seguir serão apresentadas diversas formas de contabilizações de fatos contábeis das quais
não alcança todas as rotinas necessárias, mas forte base para conhecimento do leitor.

Partidas Dobradas - Para desenvolver a escrituração contábil são adotados pela Contabilidade o
Método das Partidas Dobradas. Esse método tem como conceito que um registro de qualquer
peração que ocorra na Entidade implica em um ou mais débito(s) e corresponde
automaticamente em um ou mais credito(s).

Débito, Crédito e Saldo - Débito: as contas com naturezas devedoras representam aplicações
de recursos com objetivo de retorno.

NOTA: São exemplos de contas de natureza devedora todos os bens, direitos, despesas e
custos.

Assim, ao observar o Balanço Patrimonial afirmamos que todo o ATIVO É DEVEDOR.

Em contrapartida, ao observar a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) todas as


Despesas e Custos são de natureza devedora.

Crédito: as contas com natureza credora representam as origens de recursos.


NOTA: São exemplos as obrigações, o patrimônio líquido e as receitas.

Assim, ao observar o Balanço Patrimonial afirmamos que todo o PASSIVO É CREDOR.

Em contrapartida, ao observar a DRE todas as Receitas são de natureza credora.

Saldo de Conta

É a diferença entre o valor do débito e o valor do crédito sendo que o resultado poderá ser
devedor, credor ou nulo.

Lançamento Contábil e o mecanismo do débito e do Crédito.

Para registrar um fato necessário, como já estudado, uma aplicação e uma origem, ou seja, um
OU MAIS DÉBITO(S) E UM OU MAIS CRÉDITO(S), e essas classificações provocam
modificação na composição patrimonial bem como no resultado do exercício.

As contas do ATIVO são aumentadas quando debitadas, pois sua natureza é devedora e são
diminuídas quando creditadas. Exemplo: Aumento de numerários em caixa é débito e
pagamento a vista de uma despesa com dinheiro do caixa é crédito. Assim também acontecem
com as despesas e custos, pois, quando aumentadas, são débito e diminuídas, são créditos.

Já as contas do PASSIVO são aumentadas quando creditadas, pois sua natureza é credora,
indicando origem. Já a diminuição das contas do Passivo são devedoras. Exemplo compra a
prazo de mercadorias, assim a origem será Fornecedores, sendo essa conta aumentada, assim
aumenta o crédito. Quando há o pagamento ao fornecedor, a diminuição desse valor é débito.
Assim também são as receitas, que quando aumentadas são créditos e quando diminuídas são
débitos.

Balanço Patrimonial - O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil obrigatória para todas
as empresas e entidades independente do porte ou forma de constituição.

Essa demonstração contábil apresenta os bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido de


forma segregada, ordenada e conforme a sua natureza. Um Balanço Patrimonial tem regras
estabelecidas pela Lei 6.404/76, Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09 e CPC PME (Bens, Direitos e
Obrigações são representados pelas nomenclaturas abaixo):

Ativo Circulante

(a) Disponível: são os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da entidade,
compreendendo os meios de pagamento em moeda corrente nacional e em outras espécies, os
depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata;
(b) Crédito: são os títulos de crédito, valores mobiliários e outros direitos;
(c) Estoque: são os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em
elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e
outros valores relacionados às atividades-fim da entidade;
(d) Despesa Antecipada: são as aplicações em gastos que tenham realização no curso do
período subseqüente à data do balanço patrimonial;
(e) Outros Valores e Bens: São os não relacionados às atividades-fim da entidade.

O Ativo Não Circulante compõe-se de:


(a) Realizável a Longo Prazo: são os ativos cujos prazos esperados de realização situem-se
após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial,
(b) Investimento: são as participações permanentes em outras sociedades, além dos bens e
direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fim da entidade,
(c) Imobilizado: são os bens e direitos corpóreos, utilizados na consecução das atividades-fim da
entidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à entidade os benefícios, riscos
e controle desses bens,
(d) Intangível: são os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive
o fundo de comércio adquirido.

O Passivo é composto pelos grupos Circulante e Não Circulante e o Patrimônio Liquido:

No Passivo Circulante, são registradas as obrigações conhecidas e os encargos estimados,


cujos prazos estabelecidos ou esperados situam-se no curso do exercício subseqüente à data
do balanço patrimonial.
No Passivo Não circulante, são registradas as obrigações conhecidas e os encargos estimados,
cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à
data do balanço patrimonial.

O Patrimônio Líquido compõe-se de:


(a) Capital: são os valores aportados pelo titular, sócio ou acionista e os decorrentes de
incorporação de reservas e lucros;
(b) Reservas de Capital: são contribuições de acionistas por ágio na subscrição de ações,
alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição e outros valores previstos na legislação
societária;
(c) Ajustes de Avaliação Patrimonial: são as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor
justo, nos casos previstos na legislação societária, enquanto não computados no resultado em
obediência ao regime de competência;
(d) Reservas de Lucros: são parcelas de lucros destinados à reserva por determinação legal ou
estatutária;
(e) Ações em Tesouraria: são os valores correspondentes a ações da própria entidade, por esta
adquirida, para posterior destinação, apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido;
(f) Prejuízos Acumulados: são prejuízos ainda não compensados, apresentados como parcela
redutora do Patrimônio Líquido.

Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração do resultado do exercício - DRE serve para informar aos usuários da


contabilidade como foi que a empresa obteve seu resultado (lucro ou prejuízo) em um
determinado exercício.

A demonstração do resultado compreende:

(a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento, obtidas no


curso das atividades ordinárias da entidade;
(b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a esses
ganhos e receitas;
(c) os ganhos e as perdas extraordinários ocorridos no período de apuração.
Plano de Contas

O Plano de Contas é o elenco de todas as contas utilizadas pelo contabilista e criado de acordo
com a natureza da entidade. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, o plano de
contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece
o banco de dados com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais
como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e Análises,
além de outros.

Observadas as regras e explicações acima, para que sejam estruturadas um Sistema Contábil
adequado é necessário um plano de contas que atenda de fato os requisitos da Entidade. Deve-
se analisar não apenas o momento atual da Entidade, mas prever como será o seu futuro,
bem como seu possível crescimento, possíveis negociações com terceiros, tributação, despesas,
custos, etc, ou seja, o Plano de Contas deverá contemplar nomenclaturas para as mais variadas
situações que necessitem contabilização. E com o passar do tempo o plano de contas recebem
adaptações necessárias em conformidade com novos negócios ou fatos que possam ocorrer na
Entidade.

Conforme o Conselho Federal Contabilidade – CFC, as contas do Plano de Contas tem como
objetivo homogeneizar o sistema de escrituração contábil, classificação dos documentos,
tratamento e análise dos resultados e dos fatos contábeis.
Assim, neste modelo, apresentamos um plano de contas de 5 (cinco graus) ou seja, com cinco
níveis onde:

1o Nível (x) - Identifica os Grandes Grupos Ativo, Passivo, Receitas, Despesas e Contas de
Apuração.
2o Nível (x.x) - Identifica os Grupos específicos em que se dividem os grandes grupos.
3o Nível (x.x.x) - Identifica os subgrupos em que se dividem os grupos.
4o Nível (x.x.x.x) - Identifica as contas SINTÉTICAS agregadas das contas analíticas que
representam os elementos do patrimônio.
5o Nível (x.x.x.x.x) - Representa as contas ANALÍTICAS que identificam os bens, direitos,
obrigações, receitas e despesas. É o nível que receberá os lançamentos contábeis.

O objetivo da contabilidade é apresentar relatórios para que os usuários da contabilidade


possam compreender e tomar decisões com base nas informações apresentadas nesses
documentos. A Lei 6.404/76, art. 176, a Lei 11.638 art. 1º juntamente com a Lei 10.406/02 C.C. e
RIR/99, dentre outras normas obrigam a apresentação de uma ou mais demonstrações
contábeis de acordo com seus objetivos.

A Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/07 retratam que ao final de cada exercício social, ou seja, de
acordo com o ciclo operacional da Entidade, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - Balanço Patrimonial; (BP)


II - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; (DLPA)
III - Demonstração do Resultado do Exercício;(DRE) e
IV - Demonstração dos Fluxos de Caixa; (DFC)
V - se companhia aberta, elaborar Demonstração do Valor Adicionado. (DVA).
VI – Notas Explicativas.
A CVM (Comissão de valores Mobiliários) por força de norma expedida, obrigam as Companhias
abertas (aquelas que têm ações negociadas em bolsa) de apresentar a DMPL (Demonstração
das Mutações do patrimônio Líquido). Vale ressaltar que se qualquer Entidade fizer a DMPL está
desobrigada de elaborar a DLPA .

PRÁTICA X TEORIA

Adiante, veremos questões resolvidas e comentadas de forma mais desenvolvida com os


devidos conceitos e exemplos. Essas resoluções, comentários e conceitos objetivam trazer para
o aluno um entendimento mais aprofundado da Ciência Contábil e suas alterações. Notem que
são exercícios de provas anteriores do Exame de Suficiência e Concursos Públicos do mesmo
nível. Recomendamos o desenvolvimento da leitura e da prática de cada questão passo a passo
para um aproveitamento eficiente. O conteúdo cobrado pelo Conselho Federal de Contabilidade
é aqui aplicado de forma teórica e prática.

OBS: Como as outras disciplinas, via de regra, estão dentro da Contabilidade Geral e suas
Teorias, o desenvolvimento das questões e os devidos comentários abordarão: Teoria da
Contabilidade, Legislação Contábil, Pronunciamentos e Resoluções Contábeis, Análise das
Demonstrações Contábeis, dentre outras, dessa forma ficam os assuntos correlacionados, o que
auxilia sobremaneira no aprendizado aplicado. Eventualmente um conceito abordado nas
teorias, pode ser mencionado novamente, em outro momento para uma melhor compreensão e
para exemplificar a solução da questão.

QUESTÃO: Classifique os métodos de avaliação do Ativo a seguir enumerados, como valor de


entrada ou saída:

- Custo Histórico
- Valor de Liquidação
- Valor Realizável Líquido
- Custo Corrente de Reposição
A sequência CORRETA é:

a) entrada, saída, entrada, entrada.


b) entrada, saída, saída, entrada.
c) saída, entrada, saída, entrada.
d) saída, saída, saída, entrada.

RESOLUÇÃO:

Custo histórico - valor do ativo adquirido sem considerar a variações de preços gerais ou
específicos. ENTRADA

Valor de Liquidação - sendo que dos recursos obtidos com esta venda deve se descontar o valor
das obrigações da empresa com seus credores e acionistas. SAÍDA
Valor Realizável Líquido - é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido
dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se
concretizar a venda. Pode ser também o valor realizável líquido é consistente com o ponto de
vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se
espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. SAÍDA

Custo Corrente de Reposição - custo corrente de reposição (correspondente ao tipo e


quantidade normalmente adquiridos pela entidade) no caso de matérias-primas e materiais de
almoxarifado. ENTRADA

Resposta B

QUESTÃO: Em 31 de dezembro de 2010, uma determinada companhia publicou a seguinte


demonstração contábil:
ATIVO 88.400,00 107.000,00 PASSIVO E PL 88.400,00 107.000,00

Ativo 57.400,00 61.800,00 Passivo 36.600,00 43.400,00


Circulante Circulante

Disponível 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00

Clientes 24.000,00 27.200,00 Contas a Pagar 5.600,00 9.400,00

Estoques 32.000,00 28.000,00 Empréstimos 9.000,00 6.000,00

Ativo Não 31.000,00 45.200,00 Passivo Não 21.800,00 30.000,00


Circulante Circulante

Realizável a 12.000,00 18.000,00 Empréstimos 21.800,00 30.000,00


Longo Prazo

Imobilizado 19.000,00 27.200,00 Patrimônio 30.000,00 33.600,00


Líquido

Capital 30.000,00 33.600,00

Com relação ao Balanço Patrimonial acima, assinale a opção CORRETA:

a) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$2.400,00 e o Quociente de Liquidez Corrente


foi reduzido em 0,15.
b) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$4.600,00 e o Quociente de Liquidez Corrente
foi reduzido em 0,10.
c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de Liquidez
Corrente foi reduzido em 0,15.
d) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$4.600,00 e o Quociente de Liquidez Corrente
foi reduzido em 0,10.

Resolução

A questão trata de dois temas interligados:


1o. – Capital Circulante Líquido;
2o. – Quociente de Liquidez Corrente

Vamos primeiro entender esses termos e depois resolver a questão


Capital Circulante Líquido é o que sobra entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
Quando nós temos um Ativo Circulante maior que o Passivo Circulante significa dizer que temos
Capital Circulante Líquido, porém se o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante nós
teremos um Capital Circulante Negativo, vejamos os exemplos;

Empresa “A”
Ativo Circulante = 23.550,00
Passivo Circulante = 18.350,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 5.200,00

Empresa “B”
Ativo Circulante = 17.150,00
Passivo Circulante = 28.350,00
CAPITAL CIRCULANTE NEGATIVO =( 11.200,00)

Quociente de Liquidez Corrente é um cálculo utilizado para medir em índice a capacidade de


pagamento de curto prazo. O cálculo é feito dividindo-se o Ativo Circulante pelo Passivo
Circulante, e o resultado significará o valor disponível no Ativo Circulante para pagar o Passivo
Circulante a cada 1,00 (um real). Exemplificando:

Empresa “A”

Ativo Circulante = 23.550,00 ÷ Passivo Circulante = 18.350,00 = 1,28

Significado: Para cada R$1,00 (um real) de dívida (Passivo Circulante) a empresa possui
R$1,28 (um real e vinte e oito centavos) de Ativos Disponíveis para realização (Ativo Circulante).

Empresa “B”
Ativo Circulante = 17.150,00 ÷ Passivo Circulante = 28.350,00 = 0,60

Significado: Para cada R$1,00 (um real) de dívida (Passivo Circulante) a empresa possui
R$0,60 (sessenta centavos) de Ativos Disponíveis para realização (Ativo Circulante).

RESOLVENDO A QUESTÃO

As respostas da questão falam sobre a variação positiva ou negativa desses dois conceitos, do
ano de 2009 para o ano de 2010, então vamos calcular a variação do Capital Circulante Líquido
e do Quociente de Liquidez Corrente de 2009 para 2010, e encontrar a afirmativa correta

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO DE 2009

Ativo Circulante = 57.400,00


Passivo Circulante = 36.600,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 20.800,00

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO DE 2010

Ativo Circulante = 61.800,00


Passivo Circulante = 43.400,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 18.400,00

De 2009 para 2010, o CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO reduziu em 2.400,00 (20.800,00 -


18.400,00)

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE 2009

Ativo Circulante = 57.400,00 ÷ Passivo Circulante = 36.600,00 = 1,57

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE 2010

Ativo Circulante = 61.800,00 ÷ Passivo Circulante = 43.400,00 = 1,42

De 2009 para 2010, o QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE reduziu em 0,15 (1,57 - 1,42)

RESPOSTA C - O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de


Liquidez Corrente foi reduzido em 0,15.

QUESTÃO: Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00,
neste valor incluído ICMS de R$1.000,00. No mesmo período, revendeu toda a mercadoria
adquirida por R$9.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.800,00. A sociedade empresária
registrou, no período, despesas com representação comercial no montante de R$1.200,00 e
depreciação de veículos de R$200,00.

Na Demonstração do Valor Adicionado - DVA, elaborada a partir dos dados fornecidos, o valor
adicionado a distribuir é igual a:

a) R$1.800,00.
b) R$2.600,00.
c) R$3.200,00.
d) R$4.000,00.

Apenas com o objetivo de ajudar na solução, vamos apresentar a Demonstração do Resultado


do Exercício, que é uma Demonstração mais conhecida

RECEITAS 9.000,00

(-) IMPOSTOS (1.800,00)

RECEITA LÍQUIDA 7.200,00

(-) CMV (4.000,00)

LUCRO BRUTO 3.200,00

(-) DESPESAS COMERCIAIS (1.200,00)

(-) DEPRECIAÇÃO (200,00)

RESULTADO 1.800,00
A Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada de forma dedutiva, ordenando Receitas
e Despesas, apurando o resultado econômico ao final.

A Demonstração do Valor Adicionado – DVA, demonstra a riqueza gerada (valor adicionado)


através da operação principal da empresa (compra, produção e venda), e a distribuição dessa
riqueza basicamente em quatro grupos: Governo; Funcionários, Instituições Financeiras e Sócios

Vejamos então a DVA

RECEITAS

Vendas de Mercadorias 9.000,00

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

Custo das Mercadorias Vendidas (5.000,00)

Serviços de Terceiros – Representantes Comerciais (1.200,00)


VALOR ADICIONADO BRUTO 2.800,00

RETENÇÕES

Depreciação, Amortização e Exaustão (200,00)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 2.600,00

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 2.600,00

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2.600,00

Impostos 800,00

Lucros Retidos / Prejuízos Acumulados 1.800,00

Como pudemos ver, o Valor Adicionado foi gerado pela operação normal da empresa. Neste
caso, essa riqueza gerada é distribuída ao Governo, através dos Impostos e aos Sócios, através
do Lucro.

Apenas a título de esclarecimento, vamos detalhar os impostos distribuídos, a saber:


Sobre as entradas = 1.000,00 (crédito contábil)
Sobre as saídas = 1.800,00 (débito contábil)

Líquido = 800,00 (saldo contábil devedor, portanto reduz o resultado)


Resposta: B

QUESTÃO: Uma companhia efetuou, em dezembro de 2010, a venda de mercadorias para


recebimento com prazo de 13 meses, considerando uma taxa de juros de 10% no período. O
valor da nota fiscal foi de R$110.000,00.
O registro contábil CORRETO no ato da transação é:

a) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito:Receita Bruta de Vendas R$110.000,00

b) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira R$10.000,00

c) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$100.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00

d) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira a Apropriar (Ativo Não Circulante) R$10.000,00

RESOLUÇÃO

Primeiramente vamos entender os detalhes da questão. A venda foi feita com o compromisso de
recebimento à prazo, e por este motivo foi adicionado ao valor da mercadoria um custo
financeiro de 10%, assim temos:

VALOR DA MERCADORIA = R$100.000,00

CUSTO FINANCEIRO (embutido) = R$10.000,00 (ou seja, R$100.000,00 x 10%)

Podemos então entender que R$100.000,00 é o valor à vista, ou seja, o valor presente, e
R$110.000,00 é o valor futuro, ou seja, o valor a prazo, cujo vencimento será daqui a 13 meses.

Nesta operação, estão envolvidos dois princípios contábeis, a saber:

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS:

Registro pelo Valor Original e Competência

Texto atual conforme Resolução CFC 1.282/10


PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda
nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas,


ao longo do tempo, de diferentes formas:

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de


receitas e de despesas correlatas.

Conforme determina os princípios contábeis, e as Novas normas contábeis,com base nos IFRS,
toda operação de longo prazo, deverá ser contabilizada pelo seu valor presente, ou seja, pelo
valor à vista, separando assim os custos financeiros, que deverão ser contabilizados no
resultado de acordo com o período de competência.

SUGESTÃO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA

Pela Venda
Débito – Contas a Receber (Ativo não Circulante) 110.000,00
Crédito – Receita Bruta com Vendas 100.000,00
Crédito – Encargos Financeiros a Apropriar 10.000,00

Pela Apropriação dos juros mensais


Débito – Encargos Financeiros a Apropriar 770,00
Crédito – Receita com financiamento de vendas 770,00
Como fica demonstrado no ativo Circulante não Circulante

Contas a Receber 110.000,00

(-) Encargos Financeiros a Apropriar (10.000,00)

OBS.: A apropriação dos juros não é proposta pela questão, mas fizemos apenas para
completar o raciocínio. Este é um lançamento que deve ser feito mensalmente até o
vencimento da duplicata.

Pela resolução, fica claro que as receitas financeiras de vendas a prazo, devem ser
contabilizadas no resultado somente no período em que elas são auferidas, e devem ser
consideradas em conta própria de Receita Financeira, demonstrando na Receita de Vendas,
apenas o valor de Venda de Mercadorias.
Resposta: D

d) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira a Apropriar (Ativo Não Circulante) R$10.000,00

QUESTÃO: Uma determinada sociedade empresária, em 31.12.2010, apresentou os seguintes


saldos:
Caixa R$ 6.500,00

Bancos Conta Movimento R$ 14.000,00

Capital Social R$ 20.000,00

Custo das Mercadorias Vendidas R$ 56.000,00

Depreciação Acumulada R$ 1.500,00

Despesas Gerais R$ 23.600,00

Fornecedores R$ 9.300,00

Duplicatas a Receber em 60 dias R$ 20.900,00

Equipamentos R$ 10.000,00
Reserva de Lucros R$ 3.000,00

Estoque de Mercadorias R$ 4.000,00


Receitas de Vendas R$ 97.700,00

Salários a Pagar R$ 3.500,00


Após a apuração do Resultado do Período e antes da sua destinação, o total do Patrimônio
Líquido e o total do Ativo Circulante são, respectivamente:

a) R$37.100,00 e R$41.400,00.
b) R$37.100,00 e R$46.100,00.
c) R$41.100,00 e R$45.400,00.
d) R$41.100,00 e R$50.400,00.

RESOLUÇÃO

Primeiramente vamos separar as contas contábeis, de acordo com a origem de cada uma

CONTAS R$ ATIVO PASSIVO PATR. RESULTAD


CONTÁBEIS CIRCULANTE CIRCULAN LIQUIDO O
TE

Caixa 6.500,00 6.500,00

Bancos Conta 14.000,00 14.000,00


Movimento

Capital Social 20.000,00 20.000,00


Custo das 56.000,00 56.000,00
Mercadorias
Vendidas

Depreciação 1.500,00
Acumulada

Despesas 23.600,00 23.600,00


Gerais

Fornecedores 9.300,00 9.300,00

Duplicatas a 20.900,00 20.900,00


Receber em 60
dias

Equipaments 10.000,00

Reserva de 3.000,00 3.000,00


Lucros

Estoque de 4.000,00 4.000,00


Mercadorias

Receitas de 97.700,00 97.700,00


Vendas

Salários a 3.500,00 3.500,00


Pagar

TOTAIS 45.400,00 12.800,00 23.000,00 18.100,00

Para termos o saldo final do Patrimônio Líquido,devemos primeiro apurar o resultado e depois
incorporá-lo ao Patrimônio Líquido, para apurarmos o saldo final.

APURAÇÃO DO RESULTADO

RECEITA 97.700,00

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (56.000,00)

DESPESAS GERAIS (23.600,00)

RESULTADO ANTES DA DESTINAÇÃO 18.100,00

SALDO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO:


PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 41.100,00 (23.000,00 + 18.100,00)

SALDO DO ATIVO CIRCULANTE = 45.400,00, conforme demonstrado acima

Resposta: c) R$41.100,00 e R$45.400,00.

QUESTÃO: A movimentação ocorrida nas contas de Reservas de Lucros em um determinado


período é evidenciada na seguinte demonstração contábil:
a) Balanço Patrimonial
b) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa
d) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

RESOLUÇÃO
Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis, a saber:

Balanço Patrimonial.

Demonstra o saldo de todas as contas patrimoniais: Bens, Direitos e Obrigações, em


determinada data, portanto é um demonstrativo estático, como se fosse uma foto da situação
patrimonial tirada numa data específica, não apresenta movimentações.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido:

Demonstrativo que apresenta todas as contas que compõe o Patrimônio Líquido,


individualmente, cujo conteúdo é exatamente a movimentação ocorrida durante o exercício a
que se quer demonstrar. O nome mutações é justamente porque apresenta as movimentações
por data uma a uma.

Demonstração dos Fluxos de Caixa:


Este demonstrativo pode ser feito de duas formas: Método Direto ou Método Indireto

Método Direto
Demonstra a movimentação resumida das operações que afetaram o caixa, separando-as por
Operacionais, Financeiras e de Investimentos. Os valores apresentados são totais do
período,por operação

Método Indireto
Demonstração a alteração do saldo do disponível de período para o outro, através dos aumentos
ou diminuições ocorridas nas contas do Balanço Patrimonial

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados


Demonstra uma a uma as movimentações ocorridas somente na conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados durante o exercício.

Como a questão está pedindo o nome do Demonstrativo que tenha a movimentação ocorrida
nas contas de Reservas de Lucros em um determinado período, e essa conta faz parte do
Patrimônio Líquido, a resposta correta é:

Resposta: b) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

QUESTÃO: Uma determinada sociedade empresária apresentou os seguintes dados extraídos


da folha de pagamento:
Empregados Salário mensal

Empregado A R$1.500,00

Empregado B R$1.200,00
Foi solicitado que a empresa elaborasse as demonstrações contábeis para janeiro de 2011.

Considerando os dados da folha de pagamento e a premissa de que o percentual total dos


Encargos Sociais é de 20%, em janeiro de 2011, a empresa deverá registrar um gasto total com
o 13º Salário e Encargos Sociais no montante de:

a) R$112,50.
b) R$225,00.
c) R$270,00.
d) R$540,00.

Resolução
Antes de resolver, vamos rever o conceito de Provisão:

PROVISÕES: São cálculos matemáticos feitos na maioria das vezes com embasamento
histórico, e serve de base para se contabilizar uma variação patrimonial ocorrida, cujo valor
exato ainda não conhecemos, ou seja, temos a certeza do acontecimento mas a incerteza do
valor envolvido.

PROVISÃO DE 13o. SALÁRIO: Calcula-se mensalmente 1/12 sobre o salário dos funcionários,
e os encargos inerentes. Esta contabilização se justifica pelo direito adquirido pelo funcionário a
cada mês trabalhado. Em respeito aos princípios de Competência e Oportunidade, temos que
efetuar a contabilização a cada mês em que o funcionário adquiri o direito, e não o valor total do
13o. salário no momento do pagamento, pois assim estaríamos onerando um período com
despesas que dizem respeito a outros períodos. A contabilização é feita por provisão, pois no
momento em que se faz, não se tem o conhecimento do valor real a que o funcionário terá direito
no momento de usufruir das férias, pois alguns fatores poderão alterar este valor, como por
exemplo: Reajuste salarial; Faltas injustificadas e outros.

Calculando:
Total dos salários = R$2.700,00 (Empregado A + Empregado B)
1/12 = R$2.700,00 ÷ 12 = R$225,00
Encargos = 20% sobre R$225,00 = R$45,00

Total de gastos com 13o. Salário e Encargos:


R$225,00 + R$45,00 = R$270,00

Resposta correta
c) R$270,00.

QUESTÃO: Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua controladora
por R$300.000,00, auferindo um lucro de R$50.000,00. No final do exercício, remanescia no
estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste
referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:

a) R$25.000,00.
b) R$50.000,00.
c) R$150.000,00.
d) R$300.000,00.

Resolução

Esta situação está prevista na Lei das Sociedades por Ações, no item I do art. 248, onde
estabelece que, no valor do patrimônio da coligada ou controlada, “não serão computados os
resultados não realizados decorrentes de negócios com companhia, ou com outras sociedades
coligadas à companhia, ou por ela controladas”.

Por que esta definição?


Isto acontece porque, de fato, somente se deve reconhecer lucro em operações com terceiros,
porque em termos de grupo empresarial, as vendas ocorridas entre coligadas, controladas e
controladoras, não geram efetivamente lucro para o grupo, uma vez que as diferenças de preços
ficam dentro do grupo.

Dessa maneira, todas as vezes em que tivermos uma venda de uma coligada ou controlada,
para a controladora, só poderemos reconhecer como lucro na controladora a parte desse
estoque que for vendida a terceiros.

Antes de solucionar a questão, vejamos um exemplo mais didático:

A empresa BETA, é coligada da empresa ALFA.

BETA vende para ALFA, mercadorias pelo valor de 100.000,00, porém essas mercadorias
haviam sido adquiridas por 65.000,00 e BETA ainda incorreu em custos equivalentes a
10.000,00 até o momento da venda, neste caso a venda está com um lucro embutido de
25.000,00.

ALFA por sua vez, registra em seu estoque estas mercadorias pelo valor de 100.000,00, ou seja,
valor de compra.

Como BETA e ALFA participam do mesmo grupo empresarial (coligada e controladora,


respectivamente), no momento de fazermos a equivalência patrimonial, o lucro auferido por
BETA (25.000,00) nessa transação, só será considerado, se ALFA tiver vendido todo o estoque
(100.000,00) para terceiros, caso contrário o lucro de 25.000,00 será considerado como “não
realizado”. Isso funciona para parte do estoque também.
Vamos considerar que do estoque comprado por ALFA (100.000,00), ela conseguiu vender 40%
até a data do fechamento do balanço. Neste caso vamos considerar como lucro não realizado, o
equivalente ao estoque que permanece com ALFA, a saber

Estoque remanescente em ALFA = 60.000,00 (60% de 100.000,00)

Lucro de BETA na transação = 25.000,00

LUCRO NÃO REALIZADO = 25.000,00 x 60% = 15.000,00

Outras contextualizações e resolução da questão:

Conceito de Equivalência Patrimonial

A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento


ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da
sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do
exercício.
O valor do investimento, portanto, será determinado mediante a aplicação da porcentagem de
participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou
controlada.

Obrigatoriedade da avaliação de investimentos pelo valor do Patrimônio Líquido

Estão obrigadas a proceder à avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido as


sociedades anônimas ou não que tenham participações societárias relevantes em:
a) sociedades controladas;
b) sociedades coligadas sobre cuja administração a sociedade investidora tenha influência;
c) sociedades coligadas de que a sociedade investidora participe com 20% (vinte por cento) ou
mais do capital social.

De acordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º do artigo 243 da Lei 6.404/1976 (Lei das S/A),
consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% ou mais, do capital da
outra, sem controlá-la e controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através
de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Regras a partir da Lei 11.638/2007

Por força da Lei 11.638/2007, a partir de 01.01.2008, a obrigatoriedade de avaliar pelo método
da equivalência patrimonial atinge os investimentos em coligadas sobre cuja administração
tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital
votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
estejam sob controle comum. (Portal de Contabilidade).

Comentários acerca da questão

A metade da mercadoria já tinha sido comercializada, permanecendo assim em estoque a outra


metade, isso inclui um lucro a realizar também de 50%, ou seja, R$ 50.000,00 x 50% = R$
25.000,00.

Para Ferreira (2011) na alienação de ativos da controlada para a controladora ou entre


controladas, a eliminação do lucro não realizado para fins de equivalência patrimonial é feita
deduzindo-se, do percentual de participação da controladora sobre o resultado da controlada,
100% do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico.

Resposta: a) R$25.000,00

QUESTÃO: Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado
contabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos. Espera-se que o
ativo, ao final dos cinco anos, possa ser vendido por R$3.000,00. Utilizando-se o método linear
para cálculo da depreciação e supondo-se que não houve modificação na vida útil estimada e
nem no valor residual, ao final do ano de 2010, o valor contábil do ativo líquido será de:

a) R$7.200,00.
b) R$9.000,00.
c) R$10.200,00.
d) R$12.000,00.

Resolução

Todo Ativo Imobilizado deve ser registrado pelo seu valor de aquisição em conta específica, no
grupo Imobilizado, no Ativo Não Circulante, de acordo com o Princípio do Registro pelo Valor
Original.

Com base no Princípio da Competência e no Princípio da Oportunidade, a empresa deve


calcular e contabilizar o valor correspondente a Depreciação, mensalmente. Para o cálculo,
poderá ser utilizado um, dentre vários tipos de cálculos existentes, porém o valor a ser
depreciado (base de cálculo) deve ser o Valor Original subtraído do Valor Residual.

Métodos de cálculo da Depreciação:


Método das Quotas Constantes (Método Linear);
Método da Soma dos Dígitos dos Anos;
Método de Unidades Produzidas;
Método de Horas Trabalhadas.

Valor Residual: Refere-se ao valor estimado de venda do imobilizado após o término de sua
vida útil, ou seja, por quanto conseguiremos vender o imobilizado depois de estar 100%
depreciado.

Calculando:

Considerando:

Valor Residual Estimado = 3.000,00


Vida útil = 5 anos
Método de depreciação = Linear (Quotas Constantes)

Temos:

R$15.000,00 - R3.000,00 = R$12.000,00 = Valor a ser Depreciado


R$12.000,00 ÷ 5 (vida útil) = R$2.400,00 Depreciação Anual
R$2.400,00 x 2 (dois anos, 2009 e 2010) = R$4.800,00 = Depreciação Total

Valor do Imobilizado = R$15.000,00


Depreciação Acumulada = R$ 4.800,00
Valor contábil do Ativo Líquido = R$10.200,00
Resposta: c) R$10.200,00.

QUESTÃO: indústrpresenta, em 31.12.2010, os seguintes saldos de contas:


CONTAS Saldos
(R$)

Ações de Outras Empresas – Para Negociação Imediata 400,00

Ações em Tesouraria 300,00

Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor) 900,00

Aplicações em Fundos de Investimento com Liquidez Diária 2.600,00

Bancos Conta Movimento 6.000,00

Caixa 700,00

Capital Social 40.000,00

Clientes – Vencimento em março/2011 12.000,00

Clientes – Vencimento em março/2012 6.600,00


Clientes – Vencimento em março/2013 4.000,00

Depreciação Acumulada 8.800,00

Despesas Pagas Antecipadamente (prêmio de seguro com vigência até 300,00


dezembro/2011)

Estoque de Matéria-Prima 5.000,00

Financiamento Bancário (a ser pago em 12 parcelas mensais de igual 30.000,00


valor, vencendo a primeira em janeiro de 2011)
Fornecedores 19.000,00

ICMS a Recuperar 600,00

Imóveis de Uso 26.000,00

Impostos a Pagar (Vencimento em janeiro/2011) 6.400,00

Máquinas 18.000,00

Obras de Arte 4.000,00

Participação Societária em Empresas Controladas 14.000,00

Participações Permanentes no Capital de Outras Empresas 1.000,00

Reserva Legal 4.000,00


Reservas de Capital 2.200,00

Veículos 8.000,00
No Balanço Patrimonial, o saldo do Ativo Circulante é igual a:

a) R$24.300,00.
b) R$25.000,00.
c) R$27.200,00.
d) R$27.600,00.

Resolução

Para a resolução desta questão é necessário classificar cada conta dentro de seu grupo
correspondente, no Balanço Patrimonial.

Para a correta classificação, vide o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO PME, CONTABILIDADE


PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, em
http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_PMEeGlossario_R1.pdf

Como a questão menciona o ATIVO CIRCULANTE vamos apresentar apenas a definição do


Ativo Circulante, conforme o pronunciamento supra citado.

Distinção entre circulante e não circulante

4.4 A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não
circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os itens
4.5 a 4.8, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação
confiável e mais relevante.

Quando essa exceção se aplicar, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem
de liquidez (ascendente ou descendente), obedecida a legislação vigente.

Ativo Circulante
4.5 A entidade deve classificar um ativo como circulante quando:

(a) espera realizar o ativo, ou pretender vendê-lo ou consumi-lo durante o ciclo operacional
normal da entidade;

(b) o ativo for mantido essencialmente com a finalidade de negociação;

(c) esperar realizar o ativo no período de até doze meses após a data das demonstrações
contábeis; ou

(d) o ativo for caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de
passivo seja restrita durante pelo menos doze meses após a data das demonstrações
contábeis.

4.6 A entidade deve classificar todos os outros ativos como não circulantes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente identificável, presume-se que sua duração
seja de doze meses.

Entre outras palavras, Ativo Circulante deve conter as contas cujos saldos irão se realizar no
prazo de até um ano, ou ciclo operacional, dos dois o maior, a partir da data do fechamento do
balanço patrimonial.

Vamos agora esclarecer o significado de algumas contas, e em seguida classificar as contas


elencadas na questão, de acordo com os respectivos grupos de conta, considerando as
seguintes siglas:

AT.CIRC. = Ativo Circulante;


AT.N.CIRC. = Ativo Não Circulante;
PASS.CIRC. = Passivo Circulante;
PATR.LIQ. = Patrimônio Líquido.

ESCLARECIMENTOS SOBRE ALGUMAS CONTAS APARENTEMENTE NÃO MUITO


COMUNS.

Ações em Tesouraria: Referem-se a ações da sociedade que forem adquiridas pela própria
sociedade. As operações com as próprias ações estão previstas no art. 30 da Lei no. 6.404/76

Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor): Esta conta foi introduzida pela Lei 11.638/07,
com o objetivo de registrar a contrapartida dos aumentos ou diminuições contabilizadas nas
contas Ativas e Passivas, em função da avaliação destas ao Valor Justo, antes de computar
esses aumentos e diminuições no resultado do exercício conforme o regime de competência.

Despesas Pagas Antecipadamente: São despesas cujos benefícios ou prestação de serviços


tem início após o período de contratação e pagamento, como por exemplo Apólice de Seguros
com vigência de 12 meses. Mesmo que a apólice venha a ser paga parceladamente, a
apropriação da despesa será feita pelo prazo do contrato, que é o prazo do benefício, e não
pelas parcelas pagas.
Ações de Outras Empresas – Para Negociação 400,00 AT.CIRC.
Imediata

Ações em Tesouraria 300,00 PATR.LIQ.

Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor) 900,00 PATR.LIQ.

Aplicações em Fundos de Investimento com 2.600,00 AT.CIRC.


Liquidez Diária

Bancos Conta Movimento 6.000,00 AT.CIRC.

Caixa 700,00 AT.CIRC.

Capital Social 40.000,00 PATR.LIQ.

Clientes – Vencimento em março/2011 12.000,00 AT.CIRC.

Clientes – Vencimento em março/2012 6.600,00 AT.N.CIRC.

Clientes – Vencimento em março/2013 4.000,00 AT.N.CIRC.

Depreciação Acumulada 8.800,00 AT.N.CIRC.

Despesas Pagas Antecipadamente (prêmio de 300,00 AT.CIRC.


seguro com vigência até dezembro/2011)
Estoque de Matéria-Prima 5.000,00 AT.CIRC.

Financiamento Bancário (a ser pago em 12 30.000,00 PASS.CIRC.


parcelas mensais de igual valor, vencendo a
primeira em janeiro de 2011)

Fornecedores 19.000,00 PASS.CIRC.

ICMS a Recuperar 600,00 AT.CIRC.

Imóveis de Uso 26.000,00 AT.N.CIRC.

Impostos a Pagar (Vencimento em janeiro/2011) 6.400,00 PASS.CIRC.

Máquinas 18.000,00 AT.N.CIRC.

Obras de Arte 4.000,00 AT.N.CIRC.

Participação Societária em Empresas Controladas 14.000,00 AT.N.CIRC.

Participações Permanentes no Capital de Outras 1.000,00 AT.N.CIRC.


Empresas

Reserva Legal 4.000,00 PATR.LIQ.

Reservas de Capital 2.200,00 PATR.LIQ.

Veículos 8.000,00 AT.N.CIRC.

ATIVO CIRCULANTE 27.600,00


Bancos Conta Movimento 6.000,00

Caixa
700,00

Clientes – Vencimento em março/2011 12.000,00

Estoque de Matéria-Prima 5.000,00

ICMS a Recuperar
600,00

Despesas Pagas Antecipadamente (prêmio de seguro com


vigência até dezembro/2011) 300,00

Ações de Outras Empresas – Para Negociação Imediata


400,00

Aplicações em Fundos de Investimento com Liquidez Diária 2.600,00

ATIVO NÃO CIRCULANTE 72.800,00

Realizável a Longo Prazo

Clientes – Vencimento em março/2012 6.600,00

Clientes – Vencimento em março/2013 4.000,00

Investimentos

Participação Societária em Empresas Controladas 14.000,00

Participações Permanentes no Capital de Outras Empresas 1.000,00

Obras de Arte 4.000,00

Imobilizado

Imóveis de Uso 26.000,00

Máquinas 18.000,00

Veículos 8.000,00

Depreciação Acumulada - 8.800,00

TOTAL DO ATIVO 100.400,00

PASSIVO CIRCULANTE 55.400,00


Fornecedores 19.000,00

Impostos a Pagar (Vencimento em janeiro/2011) 6.400,00

Financiamento Bancário (a ser pago em 12 parcelas


mensais de igual valor, vencendo a primeira em janeiro de 30.000,00
2011)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 45.000,00

Capital Social 40.000,00

Reserva Legal 4.000,00

Reservas de Capital 2.200,00

Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor) - 900,00

Ações em Tesouraria - 300,00

TOTAL DO PASSIVO 100.400,00

Resposta: D = 27.600,00

QUESTÃO: Uma sociedade empresária apresentou, no exercício de 2010, uma variação positiva
no saldo de caixa e equivalentes de caixa no valor de R$18.000,00. Sabendo-se que o caixa
gerado pelas atividades operacionais foi de R$28.000,00 e o caixa consumido pelas atividades
de investimento foi de R$25.000,00, as atividades de financiamento:

a) geraram um caixa de R$21.0000,00.


b) consumiram um caixa de R$15.000,00.
c) consumiram um caixa de R$21.000,00.
d) geraram um caixa de R$15.000,00.

Resolução

A resolução desta questão passa pelo entendimento na elaboração da Demonstração dos


Fluxos de Caixa, ou seja a DFC.

A DFC pode ser elaborada pelo método direto ou indireto, porém em ambos os casos a estrutura
da demonstração é a mesma conforme exemplo abaixo:

DFC – MÉTODO INDIRETO


1 – ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido

(-) Aumento Estoques


(-) Aumento Clientes
(+) Aumento Salarios Encargos a pagar
(+) Aumento Ctas pagar operacional
(+) Aumento Tributos a pagar
(+) Aumento Fornecedores
= Fluxo de caixa operacional líquido

2 – ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Terrenos
Obras civis
Moveis e utensilios
Maquinas e equipamentos
Veiculos de uso
Computadores / software
(-) Investimentos a pagar
= Fluxo de caixa da atividade de investimentos

3 – ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Recursos proprios (capital) 280.000
Financiamentos leasing
= Fluxo de caixa da atividade de Financiamentos

= (1 + 2 + 3) Caixa líquido do período


Saldo inicial de disponibilidades
Saldo final de disponibilidades

Resolução:

DADOS DO ENUNCIADO

- variação positiva no saldo de caixa e equivalentes de caixa no valor de R$18.000,00


- caixa gerado pelas atividades operacionais foi de R$28.000,0
- caixa consumido pelas atividades de investimento foi de R$25.000,00

Fluxo de caixa operacional 28.000,00

Fluxo de caixa Investimentos -25.000,00

Fluxo de caixa Financiamento ?

Variação positiva no saldo do caixa 3.000,00


A SOLUÇÃO AGORA É MATEMÁTICA:
Fluxo de caixa operacional 28.000,00
Fluxo de caixa Investimentos -25.000,00

Fluxo de caixa Financiamento 15.000,00

Variação positiva no saldo do caixa 18.000,00

OBS.: A interpretação importante para a solução desta questão é quanto aos termos utilizados:

 Quando o autor menciona “caixa gerado” devemos interpretar como saldo positivo (caso
das atividades operacionais);
 Quando o autor menciona “caixa consumido” devemos interpretar como saldo negativo
(caso das atividades de investimentos)

Resposta D geraram um caixa de R$15.000,00.

QUESTÃO: Uma empresa pagou, em janeiro de 2010, o aluguel do galpão destinado à área de
produção, relativo ao mês de dezembro de 2009. O lançamento correspondente ao pagamento
do aluguel irá provocar:

a) um aumento nas Despesas e uma redução de igual valor no Ativo.


b) um aumento nos Custos e uma redução de igual valor no Ativo.
c) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Passivo.
d) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Patrimônio Líquido.

Resolução

Para responder a questão é necessário estar ciente que o Resultado do exercício, é apurado
segundo o regime de competência, ou seja, todas as despesas e receitas devem ser
contabilizadas no momento em que são incorridas (despesas) e geradas (receitas).

Neste caso, se o pagamento feito em Janeiro de 2010 refere-se ao aluguel de dezembro de


2009, significa dizer que a dívida do aluguel já foi contabilizada em dezembro, e
consequentemente a despesa também, vejamos então como foi contabilizado em Dezembro de
2009. Vamos considerar o valor de R$1.000,00 apenas para melhorar a interpretação.

DÉBITO Despesas com aluguel (despesas) R$ 1.000,00

CRÉDITO Aluguéis a pagar (passivo) R$ 1.000,00

Despesa de aluguel do mês

Como em dezembro de 2009 já foi reconhecida a despesa e a dívida (passivo), o pagamento


feito em janeiro deve baixar esta dívida e não reconhecer despesa novamente, então vejamos
como fica a contabilização em janeiro de 2010.
2
DÉBITO Aluguéis a pagar (passivo) R$ 1.000,00

CRÉDITO Caixa ou Bancos (ativo) R$ 1.000,00

Pagamento de despesa de aluguel do


mês de dezembro de 2009

A contabilização do pagamento irá gerar uma diminuição da dívida (Aluguéis a pagar), ou seja,
do Passivo, e uma diminuição do Ativo (caixa ou bancos) pelo mesmo valor.
Sendo assim, a resposta correta é:

Resposta C uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Passivo.

QUESTÃO: De acordo com os dados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final de Mercadorias
totaliza R$350.000,00, em 31.12.2010, o Resultado Líquido é de:
Contas Valor

Caixa R$ 80.000,00

Capital Social R$ 50.000,00

Compras de Mercadorias R$ 800.000,00

Depreciação Acumulada R$ 65.000,00

Despesas com Juros R$ 110.000,00

Despesas Gerais R$ 150.000,00

Duplicatas a Pagar R$ 355.000,00

Duplicatas a Receber R$ 140.000,00

Estoque Inicial de Mercadorias R$ 200.000,00

Móveis e Utensílios R$ 70.000,00

Receita com Juros R$ 80.000,00

Receitas com Vendas R$ 1.000.000,00


a) R$170.000,00.
b) R$240.000,00.
c) R$350.000,00.
d) R$390.000,00.

Resolução

A questão pede o Resultado Líquido, então temos primeiro que identificar as contas que farão
parte da elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
A DRE é um demonstrativo elaborado de forma dedutiva, que apresenta as Receitas, Despesas
e Custos do período, e consequentemente o Resultado Líquido do Exercício.

Resultado Líquido = Receitas (-) Despesas (-) Custos

Vamos agora classificar as contas apresentadas na questão, objetivando separar aquelas que
farão parte da DRE:
CONTAS B.P. DRE

Caixa 80.000,00

Capital Social 50.000,00

Compras de Mercadorias 800.000,00

Depreciação Acumulada 65.000,00

Despesas com Juros 110.000,00

Despesas Gerais 150.000,00

Duplicatas a Pagar 355.000,00

Duplicatas a Receber 140.000,00

Estoque Inicial de Mercadorias 200.000,00

Móveis e Utensílios 70.000,00

Receita com Juros 80.000,00

Receitas com Vendas 1.000.000,00

Como resultado da separação das contas, temos na coluna B.P. as contas patrimoniais, ou seja,
fazem parte do Balanço Patrimonial, observando que Estoque Inicial, Estoque Final e Compras
de Mercadorias, fazem parte da movimentação dos estoques.

Na coluna DRE estão as contas de resultado, ou seja, Receitas, Despesas e Custos. Estas são
as contas que nos interessam para apurar o resultado.

Vejamos agora como fica a apuração do resultado considerando estas contas

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receita com Vendas 1.000.000,00

(-) Custo das Vendas ?


= Lucro Bruto

(-) Despesas Operacionais - 180.000,00

(-) Despesas Gerais 150.000,00

(-) Despesas com Juros 110.000,00

+ Receita com Juros 80.000,00

= Resultado Líquido

Mesmo tendo alocado todas as contas de resultado que encontramos, não conseguimos apurar
o resultado líquido, por que?

Porque é necessário saber qual foi o custo da venda do período, ou seja o C.M.V. (Custo da
Mercadoria Vendida). Esta conta não está apresentada na relação de contas porque muitas
empresas, que não mantém um controle de estoque a cada operação, só conseguem apurar o
custo das vendas quando efetuam o procedimento de contagem de estoque, ou seja, o
inventário. Após saber qual é o estoque final (através do inventário), é possível, através da
movimentação dos estoque, saber o valor do custo das mercadorias que foram vendidas, e o
cálculo é feito da seguinte maneira:

CMV = E.I. + COMPRAS – E.F.

CMV = 200.000,00 + 800.000,00 - 350.000,00

CMV = 650.000,00

LEGENDA:

C.M.V. = Custo das Mercadorias Vendidas

E.I. = Estoque Inicial

E.F. = Estoque Final

Após apurarmos o custo das mercadorias vendidas, já é possível apurar o resultado líquido do
exercícios, pois teremos todos os elementos da DRE, quais sejam: Receitas, Despesas e
Custos. Vejamos então como fica.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receita com Vendas 1.000.000,00

(-) Custo das Vendas - 650.000,00

= Lucro Bruto 350.000,00

(-) Despesas Operacionais - 180.000,00

(-) Despesas Gerais 150.000,00

(-) Despesas com Juros 110.000,00

+ Receita com Juros 80.000,00

= Resultado Líquido 170.000,00


A resposta correta então será

Resposta A R$170.000,00.

QUESTÃO: Acerca das demonstrações contábeis, julgue os itens abaixo e, em seguida,


assinale a opção CORRETA.
I. O recebimento de caixa resultante da venda de Ativo Imobilizado e Intangível é apresentado
na Demonstração dos Fluxos de Caixa como atividade operacional.
II. No Balanço Patrimonial, os ativos mantidos com o propósito de serem negociados classificam-
se no grupo do Ativo Circulante.
III. Uma empresa que realize uma operação de venda do seu estoque por R$21.000,00, que foi
adquirido por R$11.000,00 e que, ainda, tenha incorrido em comissões sobre venda no valor
total de R$2.000,00 apresentará na Demonstração do Resultado um Lucro Bruto de R$8.000,00.

Está(ão) certo(s) apenas o(s) item(ns):

a) I e II.
b) II e III.
c) II.
d) III.

Resolução

Vamos entender cada afirmação

I. O recebimento de caixa resultante da venda de Ativo Imobilizado e Intangível é


apresentado na Demonstração dos Fluxos de Caixa como atividade operacional.
Atividades Operacionais são aquelas que tem relação direta com a atividade fim da empresa, e
normalmente estão ligadas a recebimento de Clientes (à vista ou a prazo) ou adiantamento a
fornecedores, e pagamentos de: Fornecedores, Funcionários, Impostos e outros ligados a
operação principal da empresa.

As movimentações financeiras relativas a Ativo Imobilizado, Intangível e Investimentos, são


consideradas Atividades de Investimentos, pois não tem relação direta com a atividade fim da
empresa, embora saibamos que o imobilizado é utilizado na operação, na verdade o é de forma
indireta, pois a operação da empresa (objeto social) é a compra e venda de produtos ou
serviços, que podem ou não ser produzidos e/ou comercializados através destes imobilizados.
O Imobilizado, o Intangível e os Investimentos não existem com a finalidade de realização em
dinheiro, por este motivo são considerados atividades de Investimento.

Esta afirmativa está incorreta

II. No Balanço Patrimonial, os ativos mantidos com o propósito de serem negociados


classificam-se no grupo do Ativo Circulante.

Esta afirmativa está correta. O Ativo Circulante, por definição, é um grupo que classifica todas
as contas representativas de Caixa ou equivalentes de Caixa que serão, ou deverão ser
negociados, realizados, até o final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo

III. Uma empresa que realize uma operação de venda do seu estoque por R$21.000,00, que
foi adquirido por R$11.000,00 e que, ainda, tenha incorrido em comissões sobre venda no
valor total de R$2.000,00 apresentará na Demonstração do Resultado um Lucro Bruto de
R$8.000,00.

Temos que entender primeiro o que é, ou como se apura o Lucro Bruto, a saber:

+ Receita Bruta com Vendas

(-) Deduções:Impostos sobre as vendas


Devoluções
Abatimentos

= Receita Líquida com Vendas

(-) Custo das Mercadorias Vendidas

= Lucro Bruto

Na afirmativa, temos a informação do Valor da Venda, do valor de aquisição do produto (que é o


Custo da Mercadoria Vendida) e o valor da comissão.

Comissão é uma despesa comercial, e não faz parte do custo da mercadoria, sendo assim, a
demonstração de apuração do Lucro Bruto, será:

+ Receita Bruta com Vendas 21.000,00

(-) Deduções:Impostos sobre as vendas 0,00


Devoluções
Abatimentos

= Receita Líquida com Vendas 21.000,00


(-) Custo das Mercadorias Vendidas 11.000,00

= Lucro Bruto 10.000,00

Está afirmativa está incorreta.

Resposta C - II.

QUESTÃO: Uma indústria de alimentos pagou em 1º de dezembro de 2010 o valor de R$


4.800,00 pela contratação de prêmio de seguro dos veículos utilizados para entrega dos
produtos vendidos, vigente de dezembro de 2010 a novembro de 2011.

Em janeiro de 2011, o registro contábil correspondente ao gasto com seguros gerou um aumento
de:

a) R$400,00 em Despesa.
b) R$400,00 em Custo de Produção.
c) R$4.400,00 em Despesa.
d) R$4.400,00 em Custo de Produção.

Resolução:

Para resolver a questão, devemos primeiro entender o Princípio da Competência, que rege este
tipo de operação.

Segundo o Princípio da Competência, todas as Despesas e Receitas devem ser contabilizadas


no momento em que são incorridas e no momento em que são geradas, respectivamente,
independentemente da condição de pagamento, se à vista ou a prazo. O movimento de caixa
não interfere no reconhecimento da Despesa ou da Receita, segundo o Princípio da
Competência.

Neste caso, a apólice de seguro refere-se a uma despesa, porém é uma despesa contratada em
Dez/10 (vale o período de vigência), que trará benefícios até Nov/11, quando do encerramento
da vigência do contrato.

Como o benefício desta despesa se estende a períodos futuros, seria injusto e inadequado
atribuir toda a despesa (4.800,00) somente para o mês de contratação, ou seja, Dez/10. Quando
ocorre a contratação de uma despesa, que gere benefícios futuros, é correto, segundo o
Princípio de Competência, contabilizá-la por todo o período de vigência do benefício, dessa
maneira esta apólice de seguro deveria ter a despesa lançada a cada mês durante todo o prazo
de vigência.

Vejamos como seria o cálculo de apropriação mensal:

Valor total da apólice R$4.800,00

(÷)Prazo do contrato (Dez/10 a Nov/11) (÷)


12 meses

= Valor mensal a ser apropriado R$400,00

Como ficam os lançamentos contábeis?


1º. De dezembro de 2010
Pela contratação e pagamento

Débito Seguros a Apropriar 4.800,00

Crédito Caixa 4.800,00

31 de dezembro de 2010

Pela apropriação da despesa relativa a Dezembro/2010

Débito Despesa com seguros 400,00

Crédito Seguros a apropriar 400,00

31 de janeiro de 2011
Pela apropriação da despesa relativa a Janeiro/2011

Débito Despesa com seguros 400,00

Crédito Seguros a apropriar 400,00

Resposta A - R$400,00 em Despesa.

QUESTÃO: Uma sociedade empresária que tem como atividade operacional a prestação de
serviços registrou as seguintes transações no mês de agosto de 2011.

Aquisição de peças para reposição no valor de R$10.000,00 para serem utilizadas na prestação
de serviços do mês de setembro de 2011.

Prestação de serviços no valor total de R$80.000,00 para diversos clientes. Para a execução
desses serviços, a sociedade utilizou-se de peças que haviam custado R$5.000,00 e o custo
total com pessoal totalizou R$25.000,00.

Pagamento do valor de R$100,00 referente à comissão sobre as vendas do mês de julho de


2011.

Obtenção de empréstimo bancário no início do mês de agosto de 2011, no valor de


R$40.000,00, a ser pago no fim do mês de agosto de 2011 acrescidos de juros de 3% para o
período.

Despesa com o pessoal administrativo no valor de R$1.000,00 a ser pago em setembro de 2011.

Recebimento do valor de R$60.000,00 referente aos serviços prestados no mês de maio de


2011.

Pagamento de salários referente à folha do mês de julho de 2011 no valor de R$20.000,00.

Considerando as transações do mês de agosto de 2011, o Resultado do Período apurado é:


a) R$78.900,00.
b) R$49.000,00.
c) R$47.800,00.
d) R$37.800,00.

Resolução:

Entre as transações mencionadas acima, algumas alteram o resultado do período por tratarem
de despesas, custos e/ou receitas, mas outras transações tratam apenas de Contas Patrimoniais
e não afetam o resultado, sendo assim, para apurarmos o Resultado do período, conforme
solicitado pela questão, teremos que contabilizar cada transação e considerar para apuração do
resultado somente aquelas que envolvam as contas de resultado.

Resolvendo:

Aquisição de peças para reposição no valor de R$10.000,00 para serem utilizadas na


prestação de serviços do mês de setembro de 2011.

DÉBITO Estoque de Peças para reposição 10.000,00

CRÉDITO Caixa, ou Bancos, ou Fornecedores 10.000,00

Prestação de serviços no valor total de R$80.000,00 para diversos clientes. Para a


execução desses serviços, a sociedade utilizou-se de peças que haviam custado
R$5.000,00 e o custo total com pessoal totalizou R$25.000,00.

1º. Reconhecimento da Receita


DÉBITO Caixa, ou Bancos, ou Clientes 80.000,00

CRÉDITO Receita Bruta com Serviços 80.000,00

2º. Apropriação do custo com as peças utilizadas


DÉBITO Custo dos Serviços Prestados 5.000,00

CRÉDITO Estoque de Peças 5.000,00

3º. Apropriação do custo com Mão de Obra


DÉBITO Custo dos Serviços Prestados 25.000,00

CRÉDITO Caixa, ou Bancos, ou Salários a Pagar 25.000,00

Pagamento do valor de R$100,00 referente à comissão sobre as vendas do mês de julho


de 2011.

Como a comissão é relativa a Julho/11, quer dizer que a apropriação da despesa e a


contabilização no Passivo (Comissões a pagar) foi feito em Julho/11.

Aqui contabiliza-se somente o pagamento


DÉBITO Comissões a Pagar 100,00

CRÉDITO Caixa, ou Bancos 100,00


Obtenção de empréstimo bancário no início do mês de agosto de 2011, no valor de
R$40.000,00, a ser pago no fim do mês de agosto de 2011 acrescidos de juros de 3% para
o período.

1º. Obtenção do empréstimo


DÉBITO Bancos 40.000,00

CRÉDITO Empréstimos a Pagar 40.000,00

2º. Pagamento do empréstimo com juros


DÉBITO Despesa com juros (3% x R$40.000,00) 1.200,00

DÉBITO Empréstimos a Pagar 40.000,00

CRÉDITO Bancos 41.200,00


Despesa com o pessoal administrativo no valor de R$1.000,00 a ser pago em setembro de
2011.

DÉBITO Despesa com salários 1.000,00


CRÉDITO Salários a Pagar 1.000,00

Recebimento do valor de R$60.000,00 referente aos serviços prestados no mês de maio de


2011.

DÉBITO Caixa ou Bancos 60.000,00

CRÉDITO Clientes 60.000,00


Pagamento de salários referente à folha do mês de julho de 2011 no valor de R$20.000,00.

Como os salários referem-se a folha de julho/2011, significa dizer que a despesa com salários já
foi contabilizada em Julho/2011, cuja contra partida foi Salários a Pagar, sendo assim no mês de
Agosto cabe apenas a contabilização do pagamento, a débito de Salários a Pagar

DÉBITO Salários a Pagar 20.000,00

CRÉDITO Caixa ou Bancos 20.000,00

Quais os lançamentos que envolveram contas de resultado?

DÉBITO Caixa, ou Bancos, ou Clientes 80.000,00

CRÉDITO Receita Bruta com Serviços 80.000,00

DÉBITO Custo dos Serviços Prestados 5.000,00


CRÉDITO Estoque de Peças 5.000,00

DÉBITO Custo dos Serviços Prestados 25.000,00

CRÉDITO Caixa, ou Bancos, ou Salários a Pagar 25.000,00

DÉBITO Despesa com juros 1.200,00

DÉBITO Empréstimos a Pagar 40.000,00

CRÉDITO Bancos 41.200,00

DÉBITO Despesa com salários 1.000,00

CRÉDITO Salários a Pagar 1.000,00

Receita Bruta com Serviços 80.000,00

(-) Custo dos Serviços Prestados (30.000,00)


= Lucro Bruto 50.000,00

(-) Despesas Administrativas 1.000,00

= Resultado antes das Desp. Financeiras 49.000,00

(-) Despesas Financeiras 1.200,00

= Resultado Operacional 47.800,00


Resposta C - R$ 47.800,00.

QUESTÃO: Uma sociedade empresária apresenta no seu Ativo Não Circulante investimento em
uma Subsidiária Integral. Em 31 de dezembro de 2010, foi apresentado o seguinte papel de
trabalho para que fossem identificados os registros de eliminações e os saldos consolidados.
Não existem lucros não realizados decorrentes de transações entre as companhias.
A partir da elaboração do Balanço Patrimonial Consolidado, assinale a opção INCORRETA.

a) O Ativo Circulante consolidado é de R$650.000,00.


b) O Ativo Não Circulante consolidado é de R$350.000,00.
c) O Patrimônio Líquido consolidado é de R$550.000,00.
d) O Ativo consolidado é de R$1.100.000,00.

CONCEITOS E RESOLUÇÃO

ATIVO CIRCULANTE

O ativo circulante abrange valores realizáveis no exercício social subsequente. Assim, por
exemplo, uma empresa cujo exercício social encerre em 31 de dezembro, ao realizar o
encerramento do exercício de 31 de dezembro de 2010, deverá classificar no Ativo Circulante
todos os valores realizáveis até 31 de dezembro de 2011.

Na empresa cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no
circulante ou longo prazo terá por base o prazo deste ciclo. Raramente, porém, é usado esta
classificação mais extensa, de forma que, como padrão, pode-se adotar a classificação das
contas como circulante se forem realizáveis ou exigíveis no prazo de 1 (um) ano.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao


funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos
exercidos com essa finalidade.

O Balanço Patrimonial é constituído pelo:

Ativo
Compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade,
capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.

Passivo
Compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros,
resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação.

Patrimônio Líquido
Compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do
Ativo e o valor do Passivo.

Entendimento….

Qual o objetivo da consolidação?


O objetivo da consolidação é apresentar aos usuários da informação contábil, principalmente
acionistas e credores, os resultados das operações e a posição financeira da sociedade
controladora e de suas controladas, como se o grupo econômico fosse uma única entidade. Isso
permite uma visão mais geral e abrangente e melhor compreensão do que inúmeros balanços
isolados de cada empresa do grupo.

Como se faz a consolidação?


Consolidação é matéria complexa e com regras próprias. Para entendermos com profundidade o
tema, é necessária a leitura do CPC 36, porém para que possamos apenas resolver esta
questão podemos simplificar dizendo que consolidação é o somatório de saldos das contas
patrimoniais dos balanços da controladora e das controladas, porém o balanço consolidado deve
representar a situação financeira e patrimonial do grupo econômico considerando apenas
transações realizadas com terceiros, dessa forma ao somar os saldos contábeis das contas
patrimoniais deveremos fazer ajustes (eliminações) entre as contas que representam transações
entre controladora e controlada.

Na prática:
Pela questão apresentada, temos uma apresentação dos balanços da controladora e da
controlada, que apresentam saldos representando transações entre elas, e que pela regra da
consolidação devem ser eliminados. Dessa forma identificamos primeiro na controladora a conta
“Clientes – Subsidiária”, ou seja, uma conta que representa o direito de receber valores de sua
controlada. Por outro lado temos o saldo da conta “Fornecedores – Controladora”, no balanço da
controlada que representa a contra partida da primeira, ou seja, representa o quanto a
controlada deve para a controladora. Identificadas as contas, devemos fazer a eliminação, como
segue:
Além de contas a receber e contas a pagar entre as empresas do mesmo grupo, temos também
a conta de Investimentos. Ao adquirir a participação societária de outra empresa, contabilizamos
a mesma na conta de Investimentos, e seu valor será o desembolso efetuado, que normalmente
é o percentual de participação multiplicado pelo patrimônio líquido da investida, dessa forma se a
Investidora adquiriu 100% da investida (como é o caso da questão apresentada), seu
investimento será exatamente igual ao valor do Patrimônio Líquido da Investida (neste caso,
controlada), sendo assim, deveremos fazer a eliminação como segue:

As eliminações realizadas, não geram lançamentos contábeis em diário em nenhuma das


empresas, pois é apenas um papel de trabalho que serve apenas para a apuração extra contábil
do balanço consolidado.
Após os ajustes de eliminação, teremos o seguinte papel de trabalho com os saldos
consolidados

Com o Balanço consolidado apurado deveremos responder ao questionamento

A partir da elaboração do Balanço Patrimonial Consolidado, assinale a opção INCORRETA.

a) O Ativo Circulante consolidado é de R$650.000,00.


b) O Ativo Não Circulante consolidado é de R$350.000,00.
c) O Patrimônio Líquido consolidado é de R$550.000,00.
d) O Ativo consolidado é de R$1.100.000,00.

Resposta D - O Ativo consolidado é de R$1.100.000,00.

QUESTÃO: Uma empresa industrial possui um Ativo Imobilizado cujo custo histórico é igual a
R$50.000,00 e cuja depreciação acumulada equivale a R$12.000,00. A empresa apurou, para
esse ativo, um valor justo líquido de despesas de venda de R$10.000,00 e um valor em uso de
R$20.000,00.

Com base nos dados informados, considerando a NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável
de Ativos –, o valor a ser registrado como perda por desvalorização do Ativo Imobilizado será de:
a) R$18.000,00.
b) R$28.000,00.
c) R$30.000,00.
d) R$40.000,00.

Resolução:

A base para responder a esta questão está no PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1)
Redução ao Valor Recuperável de Ativos
Tal pronunciamento menciona:
“Mensuração do valor recuperável”

18. Este Pronunciamento define valor recuperável como o maior valor entre o valor justo
líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em
uso. Os itens 19 a 57 estabelecem as exigências para mensuração do valor recuperável. “Essas
exigências usam o termo “um ativo”, muito embora se apliquem igualmente a um ativo individual
ou a uma unidade geradora de caixa.”

19. Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de um
ativo e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes exceder o valor contábil do ativo,
este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor.

20. (…)

21. Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda materialmente seu
valor justo líquido de despesas de venda, o valor justo líquido de despesas de venda do ativo
pode ser considerado como seu valor recuperável. Esse será frequentemente o caso para um
ativo que é mantido para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de ativo mantido para
alienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez que os futuros
fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa, provavelmente serão irrisórios.”

“Valor recuperável e valor contábil de unidade geradora de caixa

74. O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo
líquido de despesas de venda e o valor em uso. “Para o propósito de determinar o montante
recuperável de uma unidade geradora de caixa, qualquer referência a “um ativo”, constante dos
itens 19 a 57 deve ser lida como referência a “uma unidade geradora de caixa”.”

Resolvendo

Então, como vimos no texto do Pronunciamento, haverá desvalorização quando na comparação


do Valor Contábil do Ativo com seu Valor Recuperável, aquele (Valor Contábil) for maior.

Primeiro devemos saber qual é o Valor Recuperável que utilizaremos para comparar com o Valor
Contábil.

Muito bem, deveremos utilizar sempre o maior valor entre o Valor justo líquido das despesas
com vendas, com o valor em uso.

Segundo o enunciado os valores respectivos são:

Valor justo líquido das despesas com vendas = 10.000,00


Valor em uso = 20.000,00

Valor Recuperável = 20.000,00

Neste caso, para sabermos o valor da desvalorização, vamos comparar o Valor Contábil com o
Valor Recuperável
Calculando o valor contábil:
Valor Contábil = Custo histórico menos depreciação acumulada
Valor Contábil = 50.000,00 - 12.000,00 = 38.000,00
Calculando a perda por desvalorização
Valor contábil menos Valor em uso (neste caso)
38.000,00 - 20.000,00 = 18.000,00

Resposta A - R$18.000,00.

QUESTÃO: Uma sociedade empresária apresentou o seguinte quadro, construído a partir da


identificação de diversas obrigações presentes decorrentes de eventos passados, cujas
probabilidades de saída de recurso foram classificadas como prováveis ou possíveis.

De acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, o valor


de provisões a ser constituído e apresentado no Balanço Patrimonial será de:

a) R$400.000,00.
b) R$850.000,00.
c) R$860.000,00.
d) R$1.250.000,00.

Resolução:

Para resolver esta questão devemos apenas ler o que está definido na NBC TG 25, conforme
esclarece o próprio enunciado, a saber:

13. Esta Norma distingue entre:


(a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma
estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos
que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e
(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são:
(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos; ou
(ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento desta Norma
(porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios
econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente
confiável do valor da obrigação).

Reconhecimento

Provisão
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de
evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

Esclarecendo e resolvendo.

Como podemos ver, a Provisão será contabilizada apenas quando a saída de recursos for
Provável e baseada em Estimativas confiáveis.
Na questão apresentada, apenas duas situações atendem essas condições, pois as demais
situações referem-se a saída possível, ou provável com inexistência de estimativa confiável

Sendo assim o valor das provisões a serem constituídas será de R$850.000,00


Resposta B

QUESTÃO: Uma sociedade empresária mantém no seu estoque de mercadorias para revenda
três tipos de mercadorias: I, II e III. O valor total do custo de aquisição, preço de vendas e gastos
com vendas, em 31.12.2010, estão detalhados a seguir:
Tipo de Estoque Custo Preço de Venda Gastos com
vendas

I R$660,00 R$820,00 R$100,00

II R$385,00 R$366,00 R$38,00

III R$800,00 R$750,00 R$45,00


No Balanço Patrimonial em 31.12.2010, o saldo de Estoque de acordo com a NBC TG 16 é de:
a) R$1.693,00.
b) R$1.753,00.
c) R$1.845,00.
d) R$1.936,00.

Resolução

A partir do processo de convergência contábil às Normas Internacionais – IFRS, foi emitido o


Pronunciamento Contábil (CPC) nr. 16, que trata dos critérios de valoração e registro dos
Estoques.

No item 9 do pronunciamento, relativo a Mensuração dos estoques, está escrito:

O CPC nr 16 estabele em vários itens os critérios utilizados para a devida apuração do custo do
estoque, porém no item 10, temos uma definição mais genérica, que nos ajuda a resolver esta
questão, a saber:
“Custos do estoque

10. “O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação,
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.”

Sobre o Valor Realizável Líquido, o tratamento é dado nos itens 28 a 33 do referido CPC 16,
porém em resumo significa o valor de mercado subtraído de todas as despesas comerciais
inerentes a venda do produto em análise, como por exemplo: comissões, fretes etc.

Para a resolução da questão, temos que fazer um confronto entre o Custo e o Valor Realizável
Líquido de cada item, e considerar para efeito de saldo de estoque o valor menor entre os dois.

Produto I

Preço de venda líquido = R$820,00 - R$100,00 = R$720,00

Custo = R$660,00

Valor a ser considerado para estoque = R$660,00 (o menor valor entre o custo e o valor
de mercado líquido)
Produto II

Preço de venda líquido = R$366,00 - R$38,00 = R$328,00

Custo = R$366,00

Valor a ser considerado para estoque = R$328,00 (o menor valor entre o custo e o valor
de mercado líquido)

Produto III

Preço de venda líquido = R$750,00 - R$45,00 = R$705,00

Custo = R$800,00

Valor a ser considerado para estoque = R$705,00 (o menor valor entre o custo e o valor
de mercado líquido)

Valor total dos estoques:

Produto I = R$660,00
Produto II = R$328,00
Produto III = R$705,00

TOTAL = R$1.693,00

Resposta A - R$ 1.693,00.
QUESTÃO: Uma sociedade empresária “A” apresentou em seu Balanço Patrimonial, no grupo
de Passivo Circulante, a quantia de R$1.000.000,00 a titulo de Dividendos Propostos e, na
Demonstração de Resultado, um Lucro do Período no valor de R$4.000.000,00.
Considerando que uma determinada sociedade investidora “B” participa do Capital dessa
empresa com um percentual de 10% e que apresenta no Ativo Não Circulante a participação na
sociedade “A”, classificada como Investimento avaliado pelo método de custo, por ser a forma
adequada de classificação, o registro contábil desta mutação patrimonial na investidora “B”,
será:
a) Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00

Crédito Receitas de Dividendos R$100.000,00

b) Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00

Débito Investimentos R$400.000,00

Crédito Ganho por Equivalência Patrimonial R$500.000,00

c) Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00

Crédito Investimentos R$100.000,00

d) Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00

Débito Investimentos R$300.000,00

Crédito Ganho por Equivalência Patrimonial R$400.000,00

Resolução

Para resolver esta questão é preciso entender que os Investimentos Permanentes podem ser
avaliados de duas maneiras: Pelo método de Equivalência Patrimonial, aplicado aos
investimentos em Coligadas, Controladas e Grupo Econômico, conforme determina o
Pronunciamento Contábil CPC 18 e NBC TG 18, ou método de custo, a ser aplicado aos demais
investimentos permanentes.

Nesta questão apresentada, já está definido que o método de valorização e contabilização é o


método de custo. Por este método, as receitas dos investimentos são reconhecidas pelos
dividendos, sendo assim o recebimento ou reconhecimento dos dividendos a receber serão
contabilizados em contra partida a uma conta de Receita Operacional nos termos da legislação,
porém será feito em grupo de contas em separado das demais receitas operacionais, ou seja,
em Outras Receitas e Despesas Operacionais.

A investida, ao obter a informação do reconhecimento dos Dividendos Propostos pela


Investidora, deverá providenciar o reconhecimento deste direito, em seu balanço, contabilizando
o mesmo em Receita de Dividendos, no Subgrupo Outras Receitas e Despesas Operacionais, a
saber:

Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00

Crédito Receitas de Dividendos R$100.000,00


Resposta correta:
a) Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00

Crédito Receitas de Dividendos R$100.000,00


Resposta A

De outra forma:

Passivo Circulante

1.000.000,00 dividendos propostos


10% 100.000

Demonstração de Resultado

Lucro no período

4.000.000,00

Os investimentos avaliados pelo método de custo são mantidos por seu valor histórico. A
investidora não altera o valor contábil do investimento em função da investida ter apurado lucro
ou prejuízo. Os dividendos declarados pela investida são contabilizado como receitas na
investidora.

D Dividendos propostos a receber 100.000,00


C Receitas com Dividendos 100.000,00

Resposta A

QUESTÃO: Uma sociedade empresária foi constituída em 31.12.2010 com capital de


R$100.000,00, dos quais R$10.000,00 foram integralizados em dinheiro naquela data. Em
janeiro de 2011, os sócios entregaram mais R$30.000,00 em dinheiro e R$40.000,00 em
terrenos. Ainda em janeiro, a sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por
R$32.000,00, metade à vista e metade para pagamento em 30 dias.

Desconsiderando a incidência de tributos e com base nos dados informados, é CORRETO


afirmar que, na Demonstração dos Fluxos de Caixa relativa ao mês de janeiro de 2011:

a) as atividades de financiamento geraram caixa no valor de R$70.000,00.


b) as atividades de financiamento geraram caixa no valor de R$80.000,00.
c) as atividades de investimento consumiram caixa no valor de R$40.000,00.
d) as atividades operacionais consumiram caixa no valor de R$16.000,00.

Resolução:

Lançamentos contábeis

Pela constituição e integralização do Capital:


31.12.2010
Débito Caixa R$10.000,00
Débito Capital a Integralizar R$90.000,00

Crédito Capital Social R$100.000,00

Pela 2ª. parte da integralização:

Janeiro de 2011

Débito Caixa R$30.000,00

Débito Terrenos R$40.000,00

Crédito Capital a Integralizar R$70.000,0

Aquisição de mercadorias para revenda:


Janeiro de 2011

Débito Estoque Mercadorias para Revenda R$32.000,00

Crédito Caixa R$16.000,00

Crédito Fornecedores R$16.000,00

Para responder a questão é necessário entender quais tipos de atividades foram movimentadas
nos lançamentos realizados em Janeiro de 2011, considerando que para a Demonstração dos
Fluxos de Caixa, as atividades são separadas em três tipos: Operacionais, Investimentos e
Financeiras, a saber:

Operacionais: Normalmente referem-se as atividades relacionadas diretamente com o objeto


social da empresa, ou seja, atividades de produção, venda, e administração.

Investimentos: Normalmente estas atividades estão relacionadas a aumentos e ou diminuições


de Ativos não circulantes que não estejam diretamente relacionados com a atividade fim da
empresa, como por exemplo investimentos em outras empresas, ou Ativos que estejam
relacionados com a atividade fima, mas cujo objetivo e a produção de bens e serviços, como por
exemplo o imobilizado.

Financiamentos: Nesta atividade são comuns as transações relacionadas a obtenção de créditos


para suprir necessidade de financiamentos complementares, e podem estar relacionadas a
empréstimos de credores ou investidores.

Depois de definidos os conceitos de cada atividade, vamos elaborar a DFC de janeiro de 2011

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

ATIVIDADES OPERACIONAIS - R$16.000,00

Pagamento a fornecedores - R$16.000,00

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS R$30.000,00

Integralização de Capital R$30.000,00

Resposta D - as atividades operacionais consumiram caixa no valor de R$16.000,00.

QUESTÃO: Uma empresa realizou seu inventário físico em 1º.8.2011, identificando em seu
estoque de mercadorias 8.000 unidades, avaliadas ao custo médio unitário de R$180,00. Em
5.8.2011 vendeu 6.000 unidades, à vista, por R$1.650.000,00, numa operação isenta de tributos
de qualquer natureza. O comprador, no dia 10.8.2011, devolveu 20% da compra e ainda
conseguiu obter um abatimento de 20% no preço. Considerando essas transações as únicas do
mês de agosto, a empresa apresentou um estoque em 31.8.2011 de:

a) 3.200 unidades a R$144,00, totalizando R$460.800,00.


b) 3.200 unidades a R$166,50, totalizando R$532.800,00.
c) 3.200 unidades a R$180,00, totalizando R$576.000,00.
d) 3.200 unidades a R$193,50, totalizando R$619.200,00.

Resolução

Para resolver, é necessário montar o mapa de movimentação dos estoques, a saber

A movimentação dos estoques foi registrada segundo o método da Média Ponderada Móvel. Por
este método o saldo é apurado a cada movimentação, dividindo-se o saldo em Reais pelo saldo
em Quantidade. As saídas devem ser registradas pelo último custo apurado, e as devoluções
devem ser registradas pelo mesmo valor do lançamento original (venda ou compra).

Observação: Consideramos a devolução de vendas como valor negativo na coluna de saída,


porque apesar de ser uma entrada de mercadorias (nosso cliente devolveu), refere-se a uma
movimentação relacionada a venda e por isso altera o CMV (Custo da Mercadoria Vendida),
portanto se quisermos saber qual é o valor do CMV do período é só somar a coluna de Saídas,
ou seja, fizemos isso apenas para facilitar uma informação.

No caso desta questão o custo médio unitário não foi alterado porque não houve nenhuma
entrada de mercadorias com valor diferente, a partir do saldo inicial de 01.08.2011

Resposta C - 3.200 unidades a R$180,00, totalizando R$576.000,00.


QUESTÃO: Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balancete de
Verificação em 30 de junho de 2011, em milhões de reais:
Grupos de Contas 1º.1.2011 30.6.2011

Ativo Circulante R$17.500.000,00 R$39.625.000,00

Passivo Circulante R$9.500.000,00 R$20.500.000,00


Em relação à variação do Capital Circulante Líquido da empresa, no primeiro semestre de 2011,
assinale a opção CORRETA.

a) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no montante de


R$11.125.000,00.
b) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante de
R$11.125,000,00.
c) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no montante de
R$19.125.000,00.
d) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante de
R$19.125.000,00.

Resolução:

Para resolvermos esta questão, precisamos entender o Capital Circulante Líquido

Capital Circulante Líquido, é a diferença positiva entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante,
exemplificando:

Ativo Circulante = R$128.450,00


(-) Passivo Circulante = R$112.350,00
Capital Circulante Líquido = R$16.100,00

Nesta questão o que se quer é achar a variação do Capital Circulante Líquido, de 01/01/2011 à
30/06/2011

Calculando:
Capital Circulante Líquido em 01/01/2011
Ativo Circulante = R$17.500.000,00
(-) Passivo Circulante = R$9.500.000,00
Capital Circulante Líquido = R$8.000.000,00

Capital Circulante Líquido em 30/06/2011


Ativo Circulante = R$39.625.000,00
(-) Passivo Circulante = R$20.500.000,00
Capital Circulante Líquido = R$19.125.000,00

Variação do Capital Circulante Líquido de 01/01/2011 à 30/06/2011


Calculando:
Capital Circulante Líquido 30/06/2011 = R$19.125.000,00
(-) Capital Circulante Líquido 01/01/2011 = R$8.000.000,00
Variação positiva de R$11.125.000,00

Resposta B - A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante
de R$11.125,000,00.
QUESTÃO: Relacione o Indicador Econômico Financeiro descrito na primeira coluna com
exemplos de indicadores na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Indicadores de Capacidade (1) Liquidez Corrente, Liquidez Seca,
de Pagamento Liquidez Imediata, Liquidez Geral e
Endividamento.

(2) Indicadores de Atividade (2) Prazo Médio de Recebimento, Prazo


Médio de Pagamento, Giro de
Estoques, Giro do Ativo Total.

(3) Indicadores de (3) Margem Operacional sobre Vendas,


Rentabilidade Margem Líquida sobre Vendas,
Rentabilidade do Ativo Total e
Rentabilidade do Patrimônio Líquido.
A sequência CORRETA é:
a) 2, 3, 1.
b) 3, 1, 2.
c) 1, 3, 2.
d) 1, 2, 3.

Resolução:

Para responder a questão é necessário saber o significado de cada grupo de indicadores, a


saber:

Indicadores de Capacidade de Pagamento: Analisam a relação entre Ativos e Passivos,


identificando a capacidade de pagamento a Curto Prazo, a Longo Prazo e o total de
endividamento. Os cálculos são feitos através dos índices de Líquidez.

Indicadores de Atividade: Também conhecidos como Indicadores de Produtividade, medem a


rotatividade das contas com Ativo e do Passivo. A resposta será em número de dias ou número
de vezes.

Indicadores de Rentabilidade: Medem o ganho das Vendas, e a capacidade de produzir


lucro de todo o Ativo Investido.

Resposta D - 1, 2, 3.

QUESTÃO: De acordo com as formas de reorganização societária e suas características,


relacione a primeira coluna à segunda, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Incorporação (1 ) Operação pela qual
uma ou mais
sociedades são
absorvidas por outra,
que lhes sucede em
todos os direitos e
obrigações.
(2) Fusão ( 3) Operação pela qual a
companhia transfere
parcelas do seu
patrimônio para uma ou
mais sociedades,
constituídas para esse
fim ou já existentes.
(3) Cisão ( 2) Operação pela qual se
unem duas ou mais
sociedades para formar
sociedade nova, que
lhes sucederá em todos
os direitos e
obrigações.
A sequência CORRETA é:
a) 2, 3, 1.
b) 1, 3, 2.
c) 2, 1, 3.
d) 1, 2, 3.

Com base no código civil:

1 Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para
os respectivos tipos.

2 Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade
nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.

Na lei 6.404/76
1 Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.

2 Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

3 Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se
parcial a versão.

Resposta B - 1 - 3 - 2

QUESTÃO: Uma sociedade adquiriu em 2.1.2010 um veículo para ser utilizado na sua atividade
operacional por R$70.000,00. Na data da aquisição, a empresa apresentou estudo no qual
demonstrou que a vida útil do veiculo é de 10 anos e que o valor justo líquido de despesa de
venda no momento de sua desativação, trazida a valor presente, será de R$10.000,00.

Em 31.12.2010, a empresa aplicou NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos e


apresentou estudo onde o valor recuperável deste bem é de R$55.000,00.

O valor do Imobilizado, líquido da depreciação acumulada, em 31.12.2010, é de:

a) R$45.000,00.
b) R$54.000,00.
c) R$55.000,00.
d) R$64.000,00.

Resolução:

A base para responder a esta questão está no PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1)
Redução ao Valor Recuperável de Ativos

Tal pronunciamento menciona:

“Reconhecimento e mensuração de perda por desvalorização

58. Os itens 59 a 64 estabelecem as exigências para reconhecer e mensurar perdas por


desvalorização para um ativo individual com exceção do ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill). O reconhecimento e a mensuração de perdas por desvalorização para uma
unidade geradora de caixa e para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) são
tratados nos itens 65 a 108.

59. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor
contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma
perda por desvalorização do ativo.”

Resolvendo
Então, como vimos no texto do Pronunciamento, haverá desvalorização quando na comparação
do Valor Contábil do Ativo com seu Valor Recuperável, aquele (Valor Contábil) for maior, ou
seja, em outras palavras significa que o valor que deverá permanecer no balanço será o
menor entre o Valor Recuperável e o Valor Contábil
Nesta questão o valor recuperável já é informado, a saber: R$ 55.000,00

Resta então calcular o valor contábil

Valor contábil neste caso, é igual ao valor de custo subtraído da depreciação acumulada, como
segue:

Valor de custo = R$70.000,00

Depreciação acumulada:
R$ 70.000,00 ÷ 10 anos (vida útil) = R$ 7.000,00 (depreciação anual)
Aquisição = 02.01.2010
Balanço patrimonial = 31.12.2010
Depreciação acumulada em 31.12.2010 = R$ 7.000,00

Valor contábil =
R$ 70.000,00 (custo) - R$ 7.000,00 (deprec. Acumulada) = R$ 63.000,00
Valor do Imobilizado, líquido da depreciação acumulada, em 31.12.2010, segundo a
NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

O MENOR VALOR ENTRE VALOR CONTÁBIL E VALOR RECUPERÁVEL:

Valor Contábil = R$ 63.000,00


Valor Recuperável = R$ 55.000,00

Resposta C - R$55.000,00.
QUESTAO 03. Uma sociedade empresária, no encerramento do exercício de 2010, obteve as
seguintes informações:

O valor total do Ativo no Balanço Patrimonial é de:


a) R$71.000,00
b) R$73.000,00
c) R$74.000,00
d) R$75.000,00

Resolução

O Balanço Patrimonial é a representação gráfica das contas contábeis que representam o


patrimônio da entidade. O patrimônio por sua vez é representado por Bens, Direitos e
Obrigações, assim as contas serão divididas entre ATIVO e PASSIVO, sendo que o ATIVO será
representado pelo Bens e Direitos, e o PASSIVO pelas obrigações.

Para resolver a questão, devemos identificar no elenco de contas quais delas são Bens e
Direitos pois compreendem o Ativo

Classificação

B = Bens
D = Direitos
O = Obrigações

Redutora = As contas redutoras estão sempre vinculadas a uma conta de origem. No caso da
Depreciação, Exaustão e Amortização acumulada, em geral a vinculação é com as contas do
Imobilizado, portanto apesar de não serem diretamente Bens ou Direitos, serão classificadas no
Ativo abaixo de sua conta de Origem, Exemplo:

Ativo Imobilizado = Conta que representa um bem

(-) Depreciação Acumulada = Representa desgaste físico e/ou Econômicos do bem e portanto é
sua redutora

Classificando as contas da questão


Resposta B - R$73.000,00

8. Uma entidade apresentou, em 31.12.2010, os seguintes saldos de contas:

Contas Saldos

Ações de Outras Empresas – para negociação R$ 2.300,00


Ações em Tesouraria R$ 500,00
Bancos Conta Movimento R$ 7.500,00
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 26.500,00
Depreciação Acumulada R$ 11.000,00
Estoque de Mercadoria para Revenda R$ 6.200,00
Fornecedores – Vencimento em setembro de 2011 R$ 24.000,00
Imóveis de Uso R$ 32.500,00
Impostos a Pagar – Vencimento em janeiro de 2011 R$ 8.000,00
Propriedades para Investimento R$ 5.000,00
Participação Societária em Empresas Controladas R$ 17.500,00
Participações Permanentes no Capital de Outras Empresas R$1.500,00
Reserva Legal R$ 4.500,00

No Balanço Patrimonial, o saldo do grupo Investimentos do Ativo Não Circulante é igual a:

a) R$21.300,00.
b) R$23.000,00.
c) R$24.000,00.
d) R$26.300,00.

RESOLUÇÃO

ATIVO NÃO CIRCULANTE

São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao


funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos
exercidos com essa finalidade.

O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos:


Ativo Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
INVESTIMENTOS

No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem ser classificadas as participações


societárias permanentes, assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e
outros títulos de participação societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente,
seja para se obter o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, como fonte
permanente de renda.

De acordo com a Lei 6.404/76, no seu art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de


qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção
da atividade da companhia ou da empresa;

CPC 28 - As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para
valorização do capital ou para ambas, e por isso classificadas no subgrupo Investimentos, dentro
do Ativo Não Circulante.

Propriedades para investimento R$ 5.000,00

Participação Societária em empresas controladas R$ 17.500,00

Participação Permanentes no Capital de Outras Empresas R$ 1.500,00

Valor do Ativo não circulante são de R$ 24.000,00

Resposta C

QUESTÃO: Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que deverá sofrer
o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo
ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:

1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;


2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00;
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $ 62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos
associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no
processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z por ano pelos
próximos 3 anos;
6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Z é $8,00;
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

a) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00


b) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00
c) entre $ –5.000,00 e $ –1,00
d) zero
e) entre $1,00 e $2.000,00

Resolução:

Nos termos do CPC 01:

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre:


 o seu valor justo líquido de despesa de venda
 o seu valor em uso.

Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou
de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras
e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um
ativo ou de unidade geradora de caixa. Significa dizer: se o equipamento continuasse
funcionando, quanto geraria de lucro? Esse valor é calculado por estimativa.

Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução
de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.

O Teste de Recuperabilidade visa reduzir o valor do ativo, quando for maior, ao seu valor justo
(valor de venda) ou valor em uso.

A Lei 6404/76 obriga o teste de recuperabilidade para itens do ativo imobilizado e no intangível,
entretanto, a CPC 01 faz referência a todos os ativos.

A redução de valores do ativo ao valor recuperável é um nome mais elegante para o velho
jargão contábil: custo ou mercado, dos dois o menor. Quando o valor de mercado (valor justo) for
superior ao valor contábil reduzimos o valor do ativo por meio de constituição de provisão.

Essa regra serve bem aos ativos destinados a venda, entretanto, para itens não destinados à
venda a regra custo ou mercado, dos dois o menor pode não fazer muito sentido (o bem não
está destinado à venda, por exemplo, um bem do imobilizado). Assim, a necessidade de
levarmos em conta o valor de mercado, e também consideramos seu valor econômico
decorrente de seu uso.

A conta para reduzir o valor do ativo ao seu valor recuperável é “perdas estimadas por redução
ao valor recuperável”, semelhante a depreciação acumulada ou provisão. Se o valor contábil for
inferior ao valor em uso ou justo, não há necessidade de constituir a provisão para perdas
(perdas estimadas por redução ao valor recuperável).

1 – Cálculo do valor contábil:

Valor do equipamento 100.000


(-) Depreciação Acumulada (40.000)
(=) Valor Contábil 60.000

2 - Cálculo do preço de venda líquido (valor justo): corresponde ao preço de venda


diminuídas das despesas com a venda:

Preço de venda 62.000


(-) Despesas com vendas (13.000)
(=) Valor justo (preço de venda líquido) 49.000

3 – Cálculo do valor em uso do equipamento (valor que o equipamento produziria em


funcionamento):

Preço de venda unitário 10


(-) Gastos incorridos na produção (8)
(=) Lucro unitário 2
(x) Quantidade produzida 10.000 unidades
(=) Lucro Anual 20.000

Considerando os três anos a empresa teria 60.000 de lucro. Como a questão nos dá o custo do
capital empregado, consideramos que nesse lucro já está embutido esse custo.

Nesse ponto, então, devemos levar os 3 valores (20.000 por ano) à data do teste considerando o
custo de capital dado no problema (10% ao ano). Aqui usaremos a fórmula de juros compostos:

M = C (1+ i)n
Assim, C = M/ (1+i)n
C = Capital na data atual
M = Montante, Capital na data futura (20.000)
i = taxa de custo do capital (10% = 0,1)
n = período de tempo.

Desse modo:

1° ano 20.000/ (1+ 0,1) = 20.000/1,1 = 18.182


2° ano 20.000/ (1+ 0,1)2 = 20.000/1,21 = 16.529
3° ano 20.000/ (1+ 0,1)3 = 20.000/1,331 = 15.026
Total valor em uso 49.737

4 – Determinação do valor recuperável:

O valor recuperável é o maior dentre o valor justo (49.000) e o valor em uso (49.737). Assim, o
valor recuperável é de 49.737.

5 – Determinar se há que se fazer provisão (para perdas estimadas):

A provisão deverá ser feita quando o valor contábil (60.000) é maior que o valor recuperável
(49.737). No nosso problema foi o que ocorreu.

Dessa forma o valor da provisão seria: 60.000 – 49.737 = 10.263


O lançamento contábil seria:
D – Perda por Desvalorização (conta de resultado)
C – Perdas pelo valor não recuperável (retificadora Imobilizado) (10.263)

Resposta B
QUESTÃO: Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, os juros recebidos de aplicações financeiras
e a amortização de empréstimos obtidos são classificados, respectivamente, como caixa das
atividades:

(A) das operações e de financiamento (Resposta Correta).


(B) das operações e de investimento.
(C) de investimento e de investimento.
(D) de investimento e de financiamento.
(E) de financiamento e de financiamento.

Questão relacionada ao CPC 03 (R2) - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03


(R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa

Objetivo

Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários
das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de
caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua
ocorrência e do grau de certeza de sua geração.

Benefícios da informação dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações
contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem as mudanças nos
ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua
capacidade para mudar os montantes e a 4 CPC_03(R2) época de ocorrência dos fluxos de
caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações
sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar
o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades. A demonstração dos fluxos
de caixa também concorre para o incremento da comparabilidade na apresentação do
desempenho operacional por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso
de diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos.

Em relação à resposta temos:

Caixa das atividades de operações (Operacionais).


Item 33 CPC 03 (R2). Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital
próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em
instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa
para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital
próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles
entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros,
os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados,
respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento,
porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre investimentos.
Para reforçar a resposta recorremos ao item 14 letra A das atividades operacionais:
Item 14 CPC 03 (R2). Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são
basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade.
Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram na apuração
do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades
operacionais são:

(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;


(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas.
(juros recebidos é uma receita financeira, grifo nosso);
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros,
anuidades e outros benefícios da apólice;
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que
possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento
ou de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação
imediata ou disponíveis para venda futura.

Caixa das atividades de financiamento


Atividades de financiamento

Item 17 CPC 03 (R2). A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades
de financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos futuros de
caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de fluxos de caixa
advindos das atividades de financiamento são:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;


(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias,
outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo
prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a
arrendamento mercantil financeiro.

Resposta A

QUESTÃO. Em relação à aplicação do Princípio do Registro pelo Valor Original, assinale a


opção CORRETA.

a) A aplicação do Princípio do Registro pelo Valor Original implica que os ativos e passivos
sejam registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa, não sendo admitida
outras bases de mensuração, tais como valor realizável, valor presente e valor justo.
b) A atualização monetária representa nova avaliação, mediante a aplicação de indexadores
ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda em um dado
período, constituindo-se, portanto, em um descumprimento do Princípio do Registro pelo
Valor Original.
c) A atualização monetária representa o ajustamento dos valores originais para
determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período, não
representando um descumprimento Princípio ao Registro pelo Valor Original.
d) A redação atualizada da Resolução CFC n.º 750/93, que trata dos Princípios de
Contabilidade, feita pela Resolução n.º 1.282/10, aboliu o Princípio do Registro pelo Valor
Original por estar em desacordo com as novas normas contábeis brasileiras, convergentes
às normas internacionais de contabilidade.

RESOLUÇÃO

A) Incorreto

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda
nacional.

B) Incorreto

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros
elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado
período.

C) Correto

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou
outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em
um dado período.”
Não representa o descumprimento do princípio.

D) Incorreto

Artigo 7º da norma.
Resposta C

QUESTAO: Considerando os conceitos de passivos e provisões, julgue os itens abaixo como


Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. Provisões são passivos com prazo ou valor incertos.
II. Passivos são obrigações presentes.
III. Passivos podem representar obrigações formais ou legalmente exigíveis ou obrigações
decorrentes de práticas negociais costumeiras.
IV. Provisões estão relacionadas a perdas operacionais futuras.

A sequência CORRETA é:

a) F, F, V, F.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, V.
d) V, V, V, F.
Resolução:

Para resolver esta questão devemos ler o que está definido no PRONUNCIAMENTO
CONCEITUAL BÁSICO (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro e sua correspondente NBC TG Estrutura Conceitual – Resolução nº.
1.374/11, bem como o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 25 Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes e sua correspondente NBC TG 25 – Resolução nº. 1.180/09

Sobre a definição de Passivo, conforme texto do PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO


(R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro

Passivos

4.15. Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de
desempenhar uma dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente
exigíveis em consequência de contrato ou de exigências estatutárias. Esse é normalmente o
caso, por exemplo, das contas a pagar por bens e serviços recebidos. Entretanto, obrigações
surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de manter
boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Desse modo, se, por exemplo, a
entidade que decida, por questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em
seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois da expiração
do período da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos
constituem passivos.”

OBS.: O texto foi retirado do pronunciamento, sem alterações, porém nós fizemos os destaques
pra salientar as respostas às questões.

Sobre a definição de Provisões segundo o texto do PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 25


Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Definições

10. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados especificados:

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Passivo é uma obrigação presente da


entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de
recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

OBS.: O texto foi retirado do pronunciamento, sem alterações, porém nós fizemos os destaques
pra salientar as respostas às questões.

Com base nos textos dos pronunciamentos, ressaltados os destaques feitos por nós, podemos
concluir a resposta correta:

Resposta D - V, V, V, F.

QUESTÃO: Em relação à aplicação do Princípio da Oportunidade, assinale a opção


INCORRETA.

a) A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil


pode ocasionar a perda de sua relevância.
b) É necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, de
forma a tentar equilibrar as duas qualidades.
c) É necessário considerar que a confiabilidade tem prioridade em relação à
tempestividade da informação produzida, sendo sempre preferível sacrificar a
tempestividade em prol da confiabilidade.
d) Este Princípio de Contabilidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

RESOLUÇÃO

Resolução CFC n.º 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Assinale a opção incorreta

a) Correto

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil


pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da informação.

b) Correto

por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

c) Incorreto, o princípio não informa isso.

d) Correto - diz isso sim

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas

Resposta C

QUESTÃO: Relacione a base de mensuração na primeira coluna com a descrição respectiva na


segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

A sequência CORRETA é:

a) 2, 1, 3.
b) 2, 3, 1.
c) 3, 2, 1.
d) 3, 1, 2.

RESOLUÇÃO

A resposta a esta questão está apresentada no conteúdo do PRONUNCIAMENTO


CONCEITUAL BÁSICO (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, emitido pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e pela NBC TG
Estrutura Conceitual – Resolução no. 1.374/11.
Vamos então verificar o que diz o texto do Pronunciamento a respeito dos critérios de
mensuração.

“Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis


4.54. Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio
dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados
no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da
base específica de mensuração.

4.55. Um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes graus e em


variadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o que segue:

(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os
passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das
operações.

(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do
balanço.

(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.

(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros
de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das
operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de
saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso
normal das operações.”

Tentando evitar o entendimento do texto por mera “decoreba”, vamos resumir as formas
de mensuração de uma maneira mais simples.

Custo histórico. É o valor da negociação efetuada, tanto para contas do Ativo quanto para
contas do Passivo. É o valor nominal do contrato, da Nota Fiscal, da negociação.

Custo corrente. É o valor atualizado do Item, seja Ativo ou Passivo. No caso do Ativo é como se
eu atualizasse meus estoques por exemplo pelo valor de compra na data do balanço. No
Passivo é como se eu atualizasse as dívidas para a data do balanço, o que poderia incorrer em
acréscimos de valores até a data do balanço.

Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). É o valor atual de mercado. Em outras


palavras é o valor que eu conseguiria obter se me desfizesse do Ativo na data do balanço. No
caso do Passivo funciona a mesma sistemática.

Valor presente. Tanto para o Ativo quanto para o Passivo refere-se ao valor histórico subtraído
dos ônus financeiros adicionados na data da contratação. Como exemplo, podemos citar as
compras e vendas a prazo, pois toda compra ou venda a prazo está adicionada de custo
financeiro, porém contabilizamos sempre o valor total da nota fiscal como Contas a Pagar ou
Contas a Receber respectivamente. O valor presente é o Valor total da Nota Fiscal subtraído do
custo financeiro embutido nela.

Resposta A - 2, 1, 3.

QUESTAO: Em relação às características qualitativas das informações contábeis, assinale a


opção INCORRETA.

a) A mensuração e a apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e


outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, e mudanças em políticas
contábeis somente são admitidas quando requeridas pela introdução de normas contábeis
aperfeiçoadas.
b) As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos
usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou
confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.
c) Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra,
isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou apresentação
da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou julgamento específico, visando atingir um
resultado ou desfecho predeterminado.
d) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é
que elas sejam compreendidas pelos usuários. Para tanto, presume-se que os usuários tenham
um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição
de estudar as informações com razoável diligência.

RESOLUÇÃO

A resposta a esta questão está apresentada no conteúdo do PRONUNCIAMENTO


CONCEITUAL BÁSICO (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, emitido pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), pela
correspondente NBC TG Estrutura Conceitual – Resolução no. 1.374/11., e pelo Pronunciamento
CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro e sua correspondente
NBC TG 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro – Resolução no.
1.179/09

Para facilitar a resolução e o entendimento vamos comentar cada alternativa com base nos
pronunciamentos referenciados anteriormente.

a) A mensuração e a apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes


e outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, e mudanças em
políticas contábeis somente são admitidas quando requeridas pela introdução de normas
contábeis aperfeiçoadas.

Segundo o CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, emitido


pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

“Mudança nas políticas contábeis”

14. A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança:


(a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou
(b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os
efeitos das transações, outros eventos ou condições acerca da posição patrimonial e financeira,
do desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade.

15. Os usuários das demonstrações contábeis devem ter a possibilidade de comparar as


demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo para identificar tendências na sua
posição patrimonial e financeira, no seu desempenho e nos seus fluxos de caixa. Por isso,
devem ser aplicadas as mesmas políticas contábeis em cada período e de um período para o
outro, a menos que uma mudança em política contábil esteja em conformidade com um dos
critérios enunciados no item 14.”

Alternativa incorreta, pois além de novas normas ou normas aperfeiçoadas, as mudanças


das políticas contábeis podem acontecer pelos motivos elencados no item 14 b do
pronunciamento CPC 23

b) As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas


dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros
ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.

De acordo com o PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO

“Características qualitativas fundamentais

QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.

Relevância

QC6. Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões
que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em
uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já
tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.
QC7. A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos.

QC8. A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de
entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados. A
informação contábil-financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua
valor preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada pelos usuários
ao fazerem suas próprias predições.

QC9. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-alimentar – servir de


feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).

QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-financeira estão inter-


relacionados. A informação que tem valor preditivo muitas vezes também tem valor
confirmatório. Por exemplo, a informação sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser
utilizada como base para predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada com
predições de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os resultados
dessas comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a melhorarem os processos que
foram utilizados para fazer tais predições.”

Alternativa correta,

c) Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser
neutra, isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou
apresentação da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou julgamento
específico, visando atingir um resultado ou desfecho predeterminado.

De acordo com o PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO

“QC14. Um retrato neutro da realidade econômica é desprovido de viés na seleção ou na


apresentação da informação contábil-financeira. Um retrato neutro não deve ser distorcido com
contornos que possa receber dando a ele maior ou menor peso, ênfase maior ou menor, ou
qualquer outro tipo de manipulação que aumente a probabilidade de a informação contábil-
financeira ser recebida pelos seus usuários de modo favorável ou desfavorável. Informação
neutra não significa informação sem propósito ou sem influência no comportamento dos
usuários. A bem da verdade, informação contábil-financeira relevante, por definição, é aquela
capaz de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários.”

Alternativa correta,

d) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações


contábeis é que elas sejam compreendidas pelos usuários. Para tanto, presume-se que os
usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e
contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência.

De acordo com o PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO


“QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento
razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e analisem a informação
diligentemente. Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a
necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação sobre um
fenômeno econômico complexo.”

Resposta A
QUESTAO: Redução ao Valor Recuperável de Ativos se aplica a todos os ativos a seguir,
EXCETO a:

a) Ativo Intangível.
b) Estoque.
c) Imobilizado.
d) Investimento em Controlada

Resolução
Esta questão diz respeito ao PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1) Redução ao Valor
Recuperável de Ativos e a correspondente NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, aprovada pela RESOLUÇÃO CFC N.º 1.292/10
Neste Pronunciamento, leia-se:

Alcance

2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por
desvalorização de todos os ativos, exceto:

(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques);


(b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico CPC 17 –
Contratos de Construção);
(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro);
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento Técnico CPC
33 – Benefícios a Empregados);
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do CPC
que disciplinam instrumentos financeiros;
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver Pronunciamento
Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento);
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo
líquido de despesas de venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto
Agrícola);
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de
companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento
Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como
mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não
Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada.
3. Este Pronunciamento Técnico não se aplica a estoques, ativos advindos de contratos de
construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de benefícios a empregados ou
ativos classificados como mantidos para venda (ou incluídos em grupo de ativos que seja
classificado como disponível para venda) em decorrência de os Pronunciamentos Técnicos do
CPC vigentes aplicáveis a esses ativos conterem disposições orientadoras para reconhecimento
e mensuração desses ativos.”

Resposta B, conforme letra “a” item 2 do Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1)

Questão 09
9. Em relação às Notas Explicativas e às Demonstrações Contábeis, assinale a opção
INCORRETA.
a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas as fontes principais da incerteza das
estimativas à data do balanço que tenham risco significativo de provocar modificação material
nos valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo.
b) A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas as bases de
mensuração utilizadas na elaboração das demonstrações contábeis e outras políticas contábeis
utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis.
c) Informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas
que seja relevante para sua compreensão, deve ser apresentada nas notas explicativas.
d) Políticas contábeis inadequadas podem ser retificadas por meio da divulgação das
políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa.

RESOLUÇÃO

a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas as fontes principais da incerteza das
estimativas à data do balanço que tenham risco significativo de provocar modificação material
nos valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo.
O que diz a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Principais fontes da incerteza das estimativas
125. A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos principais
pressupostos relativos ao futuro, e outras fontes principais da incerteza das estimativas à data
do balanço, que tenham risco significativo de provocar modificação material nos valores
contábeis de ativos e passivos durante o próximo. Com respeito a esses ativos e passivos, as
notas explicativas devem incluir detalhes informativos acerca:
(a) da sua natureza; e
(b) do seu valor contábil à data do balanço.

b) A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas as bases de


mensuração utilizadas na elaboração das demonstrações contábeis e outras políticas contábeis
utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis.
O que diz a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Divulgação de políticas contábeis
117. A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:
(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das demonstrações contábeis;
e
(b) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das
demonstrações contábeis.

c) Informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas que
seja relevante para sua compreensão, deve ser apresentada nas notas explicativas.
O que diz a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Estrutura
112. As notas explicativas devem:
(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e
das políticas contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens 117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelas normas, interpretações e comunicados técnicos que
não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis,
mas que seja relevante para sua compreensão.

d) Políticas contábeis inadequadas podem ser retificadas por meio da divulgação das políticas
contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa.
Não há, na NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis menção sobre esta
afirmativa, portanto é uma afirmativa incorreta
Resposta D

QUESTÃO: Presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou
necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente
e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.
A afirmação acima tem por base o Princípio da:

a) Continuidade.
b) Oportunidade.
c) Prudência.
d) Relevância.

Resolução

É de fundamental importância conhecer todos os Princípios Contábeis, pois eles são a base, a
linha mestra de nossa ciência. Para resolver esta questão, vamos ao menos verificar o que está
publicado nas Normas Técnicas a respeito de cada Princípio mencionado nas alternativas.

Texto atual conforme Resolução CFC 1.282/10

Continuidade:

“Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro


e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.”

Pelo princípio da continuidade, deve existir uma diferenciação na valorização de Ativos e


Passivos dependendo da continuidade ou não das atividades da empresa. Uma empresa em
continuidade deve avaliar seus Ativos e Passivos pelo seu valor original, enquanto que uma
empresa em liquidação, deve avaliar seus Ativos e Passivos ao valor de realização futura.

Oportunidade:

“Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. “A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da


informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a
relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.”

O Princípio da Oportunidade existe para garantir que toda variação patrimonial seja contabilizada
no momento em que ela acontece, independentemente inclusive de documentos
comprobatórios, desde haja uma condição e um critério técnico de apuração.

Prudência:

“Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no
sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não
sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais.”

Este Princípio está presente sempre em que houver dúvida entre dois valores, ou dois critérios
de mensuração. Neste caso ser prudente significa contabilizar o menor valor para Ativos e o
maior valor para Passivos.

Relevância:

Relevância não é um Princípio Contábil, e sim uma característica qualitativa da informação


contábil.
São quatro as características qualitativas da informação contábil: Compreensibilidade,
Relevância, Confiabilidade e Comparabilidade

Resposta A - Continuidade.

QUESTÃO: Em relação ao Passivo, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção


CORRETA.

I. Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.


II. Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são reconhecidas por não
ser possível mensurá-las de forma confiável.
III. A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.

Resolução

A questão fala sobre a definição de Passivo, dessa maneira, vamos ler o que está escrito na
NBC TG – ESTRUTURA CONCEITUAL, publicada pela Resolução CFC no. 1.121/08.

Posição Patrimonial e Financeira

49. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e


financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:

(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade;

(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;

(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos.
50. As definições de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não tentam
especificar os critérios que precisam ser atendidos para que possam ser reconhecidos no
balanço patrimonial. Assim, as definições abrangem itens que não são reconhecidos como ativos
ou passivos no balanço porque não satisfazem aos critérios de reconhecimento discutidos nos
itens 82 a 98. Especificamente, a expectativa de que futuros benefícios econômicos fluam para a
entidade ou deixem a entidade deve ser suficientemente certa para que seja atendido o critério
de probabilidade do item 83, antes que um ativo ou um passivo seja reconhecido.

51. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-
se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. Assim, por
exemplo, no caso do arrendamento financeiro, a essência e a realidade econômica são que o
arrendatário adquire os benefícios econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da
sua vida útil, como contraprestação de aceitar a obrigação de pagar por esse direito um valor
próximo do valor justo do ativo e o respectivo encargo financeiro. Dessa forma, o arrendamento
financeiro dá origem a itens que satisfazem a definição de um ativo e um passivo e, portanto,
são reconhecidos como tais no balanço patrimonial do arrendatário.

51. Balanços patrimoniais elaborados de acordo com as normas devem incluir como ativo ou
passivo itens que satisfaçam a essas definições.

“Passivos
53. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de uma
certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em conseqüência de um contrato
ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por
mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas usuais de negócios,
usos e costumes e o desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira eqüitativa.
Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma questão de política mercadológica ou de
imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado
conhecidos depois que expirou o período da garantia, as importâncias que espera gastar com os
produtos já vendidos constituem-se passivos.

54. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso futuro. A
decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos no futuro não constitui, por si só,
uma obrigação presente. A obrigação normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou
a entidade assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo. Neste último caso, a natureza
irrevogável do acordo significa que as conseqüências econômicas de deixar de cumprir a
obrigação, por exemplo, por causa da existência de uma penalidade significativa, deixem a
entidade com pouca ou nenhuma alternativa para evitar o desembolso de recursos em favor da
outra parte.

55. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, pela entidade, de
recursos capazes de gerar benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A
extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio
de:

(a) pagamento em dinheiro;


(b) transferência de outros ativos;
(c) prestação de serviços;
(d) substituição da obrigação por outra; ou
(e) conversão da obrigação em capital.
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou
pela perda dos seus direitos creditícios.

56. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a
aquisição de mercadorias e o uso de serviços resultam em contas a pagar (a não ser que pagos
adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de um empréstimo resulta na obrigação de
liquidá-lo. Ou uma entidade pode ter a necessidade de reconhecer como passivo futuros
abatimentos baseados no volume das compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda das
mercadorias no passado é a transação da qual deriva o passivo.

57. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de
estimativa. No Brasil esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo,
constante do item 49, tem um enfoque amplo e assim, se a provisão envolve uma obrigação
presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha
que ser estimado. Exemplos incluem provisões por pagamentos a serem feitos para satisfazer
acordos com garantias em vigor e provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria.”

OBS.: Obviamente a definição de Passivos é complexa e merece a leitura de todos os ítens


acima, mas para sermos objetivos em relação a questão, identificaremos abaixo cada alternativa
de resposta, com o item exposto acima conforme a NBC TG – ESTRUTURA CONCEITUAL,
publicada pela Resolução CFC no. 1.121/08

Opção “I”
“Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.”
Ler na NBCT TG os itens 49 b, e 53

Opção “II”
“Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são reconhecidas por não
ser possível mensurá-las de forma confiável.”
Ler na NBCT TG o ítem 57
Neste caso devemos entender que, se não houver condições de mensurar, não será feita a
provisão, mas isso não descaracteriza o passivo. Nos casos em que o fato se mostrar relevante,
deve-se ao menos colocar em nota explicativa.

Opção “III”
A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.
Ler na NBCT TG o ítem 55 c

Resposta A - I, II e III.

QUESTÃO: Relacione a situação descrita na primeira coluna com o procedimento a ser adotado
na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Há obrigação presente que, (2) Nenhuma provisão é
provavelmente, requer uma saída reconhecida, mas é exigida
de recursos. divulgação para o passivo
contingente.
(2) Há obrigação possível ou (3) Nenhuma provisão é
obrigação presente que pode reconhecida e nenhuma
requerer, mas provavelmente não divulgação é exigida.
irá requerer uma saída de
recursos.

(3) Há obrigação possível ou (1) A provisão é reconhecida e é


obrigação presente cuja exigida divulgação para a
probabilidade de uma saída de provisão.
recursos é remota.
A sequência CORRETA é:
a) 2, 3, 1.
b) 1, 3, 2.
c) 2, 1, 3.
d) 1, 2, 3.

Resolução:

Para entendimento da resolução é necessário a leitura do itens abaixo, extraídos do


Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes

“…Provisão e outros passivos

11. As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos
derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o
valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por contraste:

(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou
recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e

(b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são passivos a pagar por
bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou
formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por
exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja
necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do
que nas provisões.

Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são frequentemente


divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas
separadamente.

Relação entre provisão e passivo contingente

12. Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu
prazo ou valor. Porém, neste Pronunciamento Técnico o termo “contingente” é usado para
passivos e ativos que não sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada
pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da
entidade. Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado para passivos que não
satisfaçam os critérios de reconhecimento.

13. Este Pronunciamento Técnico distingue entre:


(a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma
estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos
que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e

(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são:

(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos, ou

(ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste


Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos
que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma
estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação).

Reconhecimento

Provisão

14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:


(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento
passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. Obrigação
presente 15. Em casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente. Nesses
casos, presume-se que um evento passado dá origem a uma obrigação presente se, levando em
consideração toda a evidência disponível, é mais provável que sim do que não que existe uma
obrigação presente na data do balanço…”

Baseado na leitura acima, teremos a seguinte resposta:

(2) Nenhuma provisão é reconhecida, mas é exigida divulgação para o passivo


contingente.

(3) Nenhuma provisão é reconhecida e nenhuma divulgação é exigida.

(1) A provisão é reconhecida e é exigida divulgação para a provisão.


Resposta A - 2, 3, 1.

QUESTÃO: A Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações


Contábeis estabelece os conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de
demonstrações contábeis destinadas a usuários externos.
Com base nessa observação, julgue os itens a seguir como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em
seguida, assinale a opção CORRETA.
(V) Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações financeiras elaboradas
para fins exclusivamente fiscais.

(F) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações


contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Por esta razão,
informações sobre assuntos complexos devem ser excluídas por serem de difícil
entendimento para usuários que não conheçam as particularidades do negócio.

(V) Regime de Competência e Continuidade são apresentados na Estrutura Conceitual


para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis como pressupostos
básicos.

(F) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade são apresentadas


na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis como pressupostos básicos.
A sequência CORRETA é:

a) F, F, F, F.
b) F, F, V, F.
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, F.

Resolução

A resolução desta questão está no texto da NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura


Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis., portanto, para
cada alternativa iremos identificar imediatamente abaixo o item correspondente na Norma,
esclarecendo a opção de Falso ou Verdadeiro.

() Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações financeiras


elaboradas para fins exclusivamente fiscais.

Segundo a NBCT TG
“…Alcance

5. Esta Estrutura Conceitual aborda:

(a) o objetivo das demonstrações contábeis;


(b) as características qualitativas que determinam a utilidade das informações contidas nas
demonstrações contábeis;
(c) a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que compõem as
demonstrações contábeis; e
(d) os conceitos de capital e de manutenção do capital.

6. Esta Estrutura Conceitual trata das demonstrações contábeis para fins gerais (daqui por
diante designadas como “demonstrações contábeis”), inclusive das demonstrações contábeis
consolidadas. Tais demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas pelo menos
anualmente e visam atender às necessidades comuns de informações de um grande número de
usuários. Alguns desses usuários talvez necessitem de informações, e tenham o poder de obtê-
las, além daquelas contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários, todavia, têm de
confiar nas demonstrações contábeis como a principal fonte de informações financeiras. Tais
demonstrações, portanto, devem ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas
necessidades. Estão fora do alcance desta Estrutura Conceitual informações financeiras
elaboradas para fins especiais, como, por exemplo, aquelas incluídas em prospectos para
lançamentos de ações no mercado e ou elaboradas exclusivamente para fins fiscais. Não
obstante, esta Estrutura Conceitual pode ser aplicada na preparação dessas demonstrações
para fins especiais, quando as exigências de tais demonstrações o permitirem….”

Alternativa VERDADEIRA

() Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações


contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Por esta
razão, informações sobre assuntos complexos devem ser excluídas por serem
de difícil entendimento para usuários que não conheçam as particularidades do
negócio.

Segundo a NBCT TG

“…Compreensibilidade
25. Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que
elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários
tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a
disposição de estudar as informações com razoável diligência. Todavia, informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis por causa da sua
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários não devem ser excluídas
em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos usuários as
entenderem….”

Alternativa FALSA

() Regime de Competência e Continuidade são apresentados na Estrutura


Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
como pressupostos básicos.

Segundo a NBCT TG

“…Pressupostos Básicos

Regime de Competência

22. A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime
contábil de competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são
reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos
ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis
dos períodos a que se referem. As demonstrações contábeis preparadas pelo regime de
competência informam aos usuários não somente sobre transações passadas envolvendo o
pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas também sobre
obrigações de pagamento no futuro e sobre recursos que serão recebidos no futuro. Dessa
forma, apresentam informações sobre transações passadas e outros eventos que sejam as mais
úteis aos usuários na tomada de decisões econômicas. O regime de competência pressupõe a
confrontação entre receitas e despesas que é destacada nos itens 95 e 96.

Continuidade

23. As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a


entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade
não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a
escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis
têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.

Alternativa VERDADEIRA

() Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade são


apresentadas na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis como pressupostos básicos.

Segundo a NBCT TG

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 24 –


46

Compreensibilidade 25

Relevância 26 –
30

Materialidade 29 –
30

Confiabilidade 31 –
38

Representação adequada 33 –
34

Primazia da essência sobre a forma 35

Neutralidade 36

Prudência 37

Integridade 38

Comparabilidade 39 –
42
Alternativa FALSA

Resposta C - V, F, V, F.
CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL

CONTABILIDADE DE CUSTOS

CONCEITO
Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos
gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma
mercadoria ou um serviço.
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e
interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da
organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro,
para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisão.

ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial, e tinha como objetivos:

a) Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e de produtos vendidos,


tudo ao final de um determinado período.

Estoques iniciais
(+) Compras
(-) Estoques finais
(=) Custo das Mercadorias Vendidas

b) Verificar os resultados obtidos pelas empresas como consequência da fabricação e venda de


seus produtos.

Nessa época, as empresas possuíam processos produtivos basicamente artesanais, e


conseqüentemente os únicos custos produtivos considerados eram o valor das matérias-primas
consumidas e da mão-de-obra utilizada.

Como consequência do crescimento das organizações, da intensificação da concorrência e da


crescente escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de
planejamento e controle das atividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de
utilização dos fatores de produção determinam uma variedade quase infinita no comportamento
dos custos resultantes. É, então, imprescindível, para qualquer empresa ter um sistema de
custos, ainda mais numa economia capitalista e concorrencial como a nossa. É difícil tomar
decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o conhecimento dos
custos do modo mais real possível.

Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde
que apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta
administrativa da mais alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se,
gradativamente, num verdadeiro sistema de informações gerenciais, de vital importância para a
administração das organizações empresariais. Essas informações constituem um subsídio
básico para o processo de tomada de decisões, bem como para o planejamento e controle das
atividades empresariais.

FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição dos


custos, sendo que os custos coletados servem a três finalidades principais:

a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques.
b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da
empresa.
c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões.

Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informações para:

1 - A determinação dos custos dos fatores de produção;


2 - A determinação dos custos de qualquer natureza;
3 - A determinação dos custos dos setores de uma organização
4 - A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da empresa;
5 - À Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou solucionar
problemas especiais;
6 - O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da capacidade
ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário para conserto, dos
serviços de garantia dos produtos;
7 - A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, quando as
despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios advindos da utilização do
equipamento;
8 - A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo dos
estoques mínimos, do lote econômico de compra e da época de compra;
9 - O estabelecimento dos orçamentos;
10 - A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços.

TERMINOLOGIA UTILIZADA

a) Gasto - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou
serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).

b) Investimento - Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a


futuro(s) período(s).
c) Custo - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. É
reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção, para a fabricação de um
produto ou execução de um serviço. Ex.: Matéria prima, energia elétrica.

d) Despesa - Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.


Ex.: Comissão de vendedor.

e) Desembolso - Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.

f) Perda - Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária.


Ex.: Gasto com mão-de-obra durante período de greve.
Material deteriorado por um defeito anormal no equipamento.

2. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

1º Passo - A separação entre custos e despesas

2º Passo - A apropriação dos custos diretos

3º Passo - A apropriação (rateio) dos custos indiretos

FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS

CUSTOS DEPESAS
DESPESAS

INDIRETOS DIRETOS

RATEIO
PRODUTO A VENDAS

PRODUTO B

PRODUTO C

ESTOQUES

CUSTO PRODUTOS VENDIDOS

RESULTADO

Custos e Despesas incorridos num mesmo período só irão para Resultado desse período caso
toda produção elaborada seja vendida e não haja estoques iniciais e finais.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO E CENTROS DE CUSTOS

Departamento: É a unidade administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por


homens e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas.

Centros de Custos: Na maioria das vezes um departamento é um Centro de Custos, ou seja,


nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos ou a outros
departamentos. Podem receber a classificação de Produtivos, não produtivos/serviços/auxiliares,
etc.

Esta técnica de departamentalizar a entidade em centros acumuladores de custos é o que


denominamos de custeamento ou custos por responsabilidade, que serve para melhor
identificar, as responsabilidades, autoridade, custos, objetivos e metas dos centros específicos,
possibilitando o controle dos gastos e realizações pelos próprios responsáveis.

Porque Departamentalizar ?

Para uma racional distribuição dos custos indiretos, pois a simples alocação aos produtos, em
determinadas empresas, não espelha a correta apropriação dos custos aos produtos.

Síntese do Esquema Básico Completo

1º Passo - Separação entre custos e Despesas.


2º Passo - Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos.
3º Passo - Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos De-
partamentos, agrupando, à parte, os comuns.
4º Passo - Rateio dos Custos Indiretos comuns e dos da Administração Geral da produção
aos diversos Departamentos, quer de produção quer de serviços.
5º Passo - Escolha da seqüência de rateio dos Custos acumulados nos Departamentos de
Serviços e sua distribuição aos demais Departamentos.
6º Passo - Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos de
Produção aos produtos segundo critérios fixados.
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS EM EMPRESAS POR DEPARTAMENTO
Despesas de Adm. de
Custos de Produção
Vendas e Financeira

Indiretos Diretos

Alocáveis
R Comuns Diretamente
aos Depart.

Depart.
Serviço A

Vendas
R

Depart.
Serviço B

Depart.
Serviço C

R Produto
X

Depart.
Serviço D

R Produto
Y

Estoques

R = R a te io Custos dos Produtos Vendidos

RESULTADO

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS MATERIAIS

Preço Médio
O critério mais utilizado no Brasil é o do Preço Médio para avaliação dos estoques. Podemos, no
entanto, fixar pelo menos dois tipos diferentes de Preço Médio: Móvel e Fixo.
Preço Médio Ponderado Móvel: É assim chamado aquele mantido pela empresa com controle
constante dos seus estoques e que por isso atualiza seu preço médio após cada aquisição.

Preço Médio Ponderado Fixo: Utilizado quando a empresa calcula o preço médio apenas após
o encerramento do período ou quando decide apropriar a todos os produtos elaborados no
período um único preço por unidade.
A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio ponderado fixo se for
calculado com base nas compras de um período maior que o prazo de rotação do estoque.
Realmente não faz sentido avaliar pelo preço médio das compras do ano os estoques adquiridos
nos últimos três meses, por exemplo.

Critérios de Avaliação dos Materiais: PEPS (FIFO)


Neste critério é custeado pelos preços mais antigos, permanecendo os mais recentes em
estoques. O primeiro a entrar é o primeiro a sair (first-in, first-out).
Com o uso desse método, há uma tendência de o produto ficar avaliado por custo menor do que
quando do custo médio, tendo-se em vista a situação normal de preços crescentes. Ao se utilizar
o PEPS, acaba-se por apropriar ao produto, via de regra, o menor valor existente do material nos
estoques. Essa sub avaliação do custo do produto elaborado acaba por apropriar um resultado
contábil maior para o exercício em que for vendido. É lógico que o material estocado, avaliado
por preços maiores, será apropriado no futuro à produção, mas é provável que então o preço de
venda também seja maior.

Critérios de Avaliação dos Materiais: UEPS (LIFO)

O método de último a entrar primeiro a sair (last-in, first-out) provoca efeitos contrários ao PEPS.
Com a adoção do UEPS, há tendência de se apropriar custos mais recentes aos produtos feitos,
o que provoca normalmente redução do lucro contábil. Provavelmente por essa razão, essa
forma de apropriação, apesar de aceita pelos princípios contábeis, não é admitida pelo Imposto
de Renda brasileiro.

CONTABILIDADE GERENCIAL

DEFINIÇÕES DA CONTABILIDADE GERENCIAL

No que diz respeito à contabilidade gerencial, como conceito básico, pode-se dizer que é o
método que orientará o conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto
da ciência sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões.

A contabilidade gerencial é, pois uma organização de conhecimentos científicos para conseguir


efeitos práticos na direção dos empreendimentos, quer sejam eles lucrativos, quer visem a suprir
apenas idéias. Não se constrói, portanto, uma outra contabilidade; utiliza-se da doutrina e da
técnica existente para encaminhá-las na observação de uma finalidade definida, qual seja a da
correta administração do patrimônio.

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada superficialmente como:


um enfoque especial, conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e
tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira de
balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, um grau de detalhe mais analítico ou numa
forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das
entidades em seu processo decisório. A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo,
está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir suas
informações que se encaixam de maneira válida e efetiva no modelo decisório do
administrador.

CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSOS DA CONTABILIDADE GERENCIAL

PROCESSO CARACTERISTICAS
 IDENTIFICAÇÃO Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e
outros eventos econômicos para ação contábil apropriada.
Quantificação, incluindo estimativas, transações
impresariais ou outros eventos econômicos que têm
 MENSURAÇÃO
ocorrido ou previsões dos que podem acontecer.
Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes
para registrar e classificar transações empresariais
 ACUMULAÇÃO
apropriadas e outros eventos econômicos.
 ANÁLISE Determinação das razões para reportar a atividade e sua
relação com outros eventos econômicos e circunstanciais.
 PREPARAÇÃO E Coordenação e planejamento de dados contábeis,
INTERPRETAÇÃO provendo informações apresentadas logicamente, o que
inclui, se apropriado, as conclusões referentes a esses
dados.
 COMUNICAÇÃO Informação pertinente para a administração e outros para
usos internos e externos.
Quantificação e interpretação dos efeitos de transações
planejadas e outros eventos econômicos na empresa;
inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e
requer que o contador forneça informações quantitativas,
históricas e prospectivas para facilitá-la; isso inclui,
 PLANEJAMENTO
também, participação no desenvolvimento do sistema de
planejamento, estabelecendo metas alcançáveis e
escolhendo meios apropriados de monitorar o progresso
em direção às metas.
Julgamento das implicações de eventos históricos e
esperados e ajuda na escolha do curso ótimo de ação;
 AVALIAÇÃO
inclui a tradução de dados em tendências e relações:
comunicação das conclusões derivadas, efetivamente e
prontamente, das análises.
Assegurar a integridade da informação financeira relativa
às atividades e aos recursos e aos recursos da empresa;
monitoramento e medição do desempenho e indução a
 CONTROLE qualquer ação corretiva exigida para retornar a atividade a
seu curso intencional; fornecimento de informações aos
executivos que operam em áreas funcionais que possam
usá-las para alcançarem o desempenho desejável.
 ASSEGURAR Implementar um sistema de reportar o que está alinhado
RECURSOS DE com as responsabilidades organizacionais e contribuir para
RESPONSABILIDA o uso efetivo de recursos e de medidas de desempenho da
DE administração; transmitir os objetivos e as metas da
administração ao longo da empresa na forma de
responsabilidades nomeadas, que são base para identificar
responsabilidades; sistema que fornece, contabiliza,
reporta e que acumulará e informará receitas apropriadas,
despesas, ativos, obrigações e informação Quantitativa
relacionada para gerentes que terão, então, melhor
controle sobre estes elementos.
Preparação de relatórios financeiros baseados em
princípios de contabilidade geralmente aceitos, ou em
 RELATÓRIOS
outras bases apropriadas, para grupos não administrativos,
como acionistas, credores, agências regulamentadoras e
autoridades tributárias; participação no processo de
desenvolver os princípios de contabilidade que estão
subjacentes ao relatório externo.

A Contabilidade Gerencial consiste em preparar, de forma simples e objetiva, as informações


financeiras para o processo de gestão da empresa, com conhecimento e acompanhamento
amplo do contador gerencial nos processos de planejamento, execução e controle, apurando as
variações ocorridas e suas possíveis causas.

Demais conceitos, a seguir, aliando à teoria x prática, nas questões comentadas.

TEORIA X PRÁTICA

QUESTÃO: Os gastos com fretes e seguros:

a) quando incorridos pelo vendedor na entrega de mercadorias vendidas, devem ser


classificados como custo de mercadorias vendidas.

b) quando incorridos pelo vendedor na entrega de mercadorias vendidas, não alteram o


resultado do período.

c) quando incorridos pelo comprador na aquisição de mercadorias para revenda, devem


ser classificados como custo de aquisição de mercadorias.

d) quando incorridos pelo comprador na aquisição de mercadorias para revenda, devem ser
classificados como despesas comerciais.

Conceitos e Exemplos
De grande importância para a gestão de negócios, a correta diferenciação dos gastos em custos
e despesas se faz necessária já que a contabilidade trata ambas de formas distintas.
Contabilmente os custos integram diretamente o valor dos estoques, já as despesas são
deduzidas do resultado apenas na Demonstração do Resultado do Exercício.

Custo
De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários
para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou
produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na
elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da
entidade, ou realizados de qualquer outra forma.”

Desta forma, custo é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros bens e
serviços. Exemplos: matéria prima, energia aplicada na produção de bens, salários e encargos
do pessoal da produção.

Despesa
Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como
aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais
de escritório, Salários da administração.

Como diferenciar?
Os custos tem a capacidade de serem atribuídos ao produto final, despesas são de caráter
geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.

Se ainda restar dúvida proponho a seguinte pergunta para esclarecimento da natureza do gasto:

Se hipoteticamente eu eliminar este gasto a produção ou obtenção de estoques seria


diretamente afetada?

Se a resposta for afirmativa trata-se de um custo, pois está vinculado a produção, caso contrário
temos uma despesa.

Exemplo de aplicação:
Gasto com propaganda e publicidade é custo ou despesa?
Aplicando a análise acima veremos que ao cortar gastos com publicidade e propaganda não
teríamos alteração na produção de estoques, somente uma possível queda nas vendas.
Portanto trata-se de uma despesa.

Quadro Comparativo: Custos x Despesas

Custos Despesas
Gastos de produção Gastos administrativos e de vendas
Vinculados diretamente aos Produtos/Serviços Não se identificam diretamente à produção
Gastos com o objeto de exploração da Gastos outras atividades não exploradas pela
empresa (atividade-afim) empresa (atividade meio)

Comentários acerca da questão

Segundo Ferreira (2011) integram o custo de aquisição apenas os gastos necessários a que se
tenham as mercadorias disponíveis para a venda, tais como o valor pago pelas mercadorias, o
frete, o seguro do frete, os impostos não recuperáveis. Os gastos não relacionados à compra
das mercadorias não fazem parte do seu custo de aquisição.

Resposta C

QUESTÃO: Uma empresa apresenta duas propostas de orçamento para o segundo semestre de
2012.
Orçamento % Orçamento %
1 2

Vendas R$8.550.000,00 100 R$14.400.000,00 100

Custos R$5.130.000,00 60 R$5.760.000,00 40


Variáveis

Margem R$3.420.000,00 40 R$8.640.000,00 60


Contribuição

Custos R$1.795.500,00 21 R$4.752.000,00 33


Fixos

Lucro R$1.624.500,00 19 R$3.888.000,00 27


Líquido
Os pontos de equilíbrio contábil dos Orçamentos 1 e 2, em valores monetários, são,
respectivamente:

a) R$9.450.000,00 e R$17.600.000,00.
b) R$7.735.714,29 e R$11.781.818,18.
c) R$4.488.750,00 e R$7.920.000,00.
d) R$4.061.250,00 e R$6.480.000,00.

Resolução:
Para a solução desta questão é necessário esclarecer dois conceitos: Margem de Contribuição e
Ponto de Equilíbrio Contábil

1) Margem de Contribuição: Simplificando, margem de contribuição é representada pelo valor


da venda menos os custos e despesas variáveis, e que contribuirá para o pagamento dos custos
e despesas fixas. Podemos demonstrar da seguinte maneira

RECEITA BRUTA COM VENDAS

- Custos Variáveis: aqueles que estão diretamente relacionados com o volume


de produção e vendas, como por exemplo: Matéria prima e insumos

- Despesas Variáveis: aquelas que estão diretamente relacionadas com o


volume de vendas, como por exemplo: Comissões e Impostos

= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
o que sobra, para pagar os custos e despesas fixas
2) Ponto de Equilíbrio: Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os
gastos, ou seja, Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem
lucro, nem prejuízo.

A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo
percentual de margem de contribuição.

Com base na teoria apresentada vamos efetuar os cálculos e solucionar a questão.

Ponto de Equilíbrio:
Custo Fixo ÷ Percentual de Margem de Contribuição

Calculando:

Orçamento 1
R$1.795.500,00 ÷ 40% (informado no enunciado) = R$4.488.750,00

Orçamento 2
R$4.752.000,00 ÷ 60% (informado no enunciado) = R$7.920.000,00

Resposta C - R$4.488.750,00 e R$7.920.000,00.

QUESTÃO: Uma empresa apresenta seu orçamento de produção estimado para 2012, com um
total de vendas de 1.485.000 unidades; um estoque estimado no início do ano de 412.500
unidades; e um estoque desejado no final do ano de 294.000 unidades. A produção anual total
indicada no orçamento de produção em unidades será de:

a) 778.500 unidades.
b) 1.366.500 unidades.
c) 1.603.500 unidades.
d) 2.191.500 unidades

Resolução:
Esta questão diz respeito a movimentação de estoque, onde é necessário calcular a quantidade
correta de produção para um estoque desejado.
Para fazermos isso deveremos utilizar uma derivação da fórmula de cálculo do C.P.V., para
calcularmos a quantidade de produção (entradas no estoque).

Calculando:
Fórmula para cálculo do C.P.V.
Estoque Inicial + Compras (entradas) – Estoque Final = C.P.V. (vendas)
Substituindo pelos dados do enunciado
412.500 + ? produção (precisamos calcular) – 294.000 = 1.485.000
Derivando a fórmula
Produção = Vendas + Estoque Final – Estoque Inicial
Produção = 1.485.000 + 294.000 - 412.500
Produção = 1.366.500

Resposta B - 1.366.500 unidades.


QUESTÃO: No primeiro semestre de 2011, uma determinada indústria tem os seguintes custos
indiretos em seu departamento de colocação de tampas em garrafas.
Mão de Obra Indireta R$11.200,00

Lubrificantes R$2.450,00

Energia Elétrica R$3.325,00

Depreciação R$1.750,00

Custos Indiretos Diversos R$4.200,00


Neste primeiro semestre, foram produzidas 24.500 dúzias de garrafas de 0,5 litro, 28.000 dúzias
de garrafas de 1,0 litro e 17.500 dúzias de garrafas de 1,5 litro.

Com base na quantidade produzida, assinale a opção que apresenta o rateio dos custos
indiretos das garrafas.

a) A garrafa de 1,0 litro totalizou custos indiretos na ordem de R$9.651,43.


b) A garrafa de 1,5 litro totalizou custos indiretos na ordem de R$9.050,79.
c) As garrafas de 0,5 e 1,0 litro totalizaram custos indiretos na ordem de R$17.193,75.
d) As garrafas de 1,0 e 1,5 litro totalizaram custos indiretos na ordem de R$18.702,22.

RESOLUÇÃO:

Como estamos falando de Custos Indiretos, a apuração por produto deverá ser feita através de
rateio. Os critérios de rateio podem ser diversos, porém neste caso consideramos que o trabalho
de colocação de tampas independe do tamanho das garrafas, pois o trabalho é o mesmo
independentemente se colocarmos tampa em uma garrafa de 0,5 litro ou 1,5 litro. Sendo assim,
faremos o rateio baseado na quantidade produzida de cada tipo de garrafa.

CALCULANDO:
Custos Indiretos

Mão de Obra Indireta R$11.200,00

Lubrificantes R$2.450,00

Energia Elétrica R$3.325,00


Depreciação R$1.750,00

Custos Indiretos Diversos R$4.200,00


TOTAL R$22.925,00

Garrafas Produzidas
24.500 garrafas de 0,5 litro;
28.000 garrafas de 1,0 litro;
17.500 garrafas de 1,5 litro.
70.000 garrafas produzidas no total.

Cálculo do custo unitário


R$22.925,00 (custo indireto total)
÷ 70.000 (total de garrafas produzidas)
= R$0,3275 , de custo indireto por garrafa
Custo por tipo de garrafa
0,5 litro = 24.500 unidades x R$0,3275 = 8,023,75
1,0 litro = 28.000 unidades x R$0,3275 = 9.170,00
1,5 litro = 17.500 unidades x R$0,3275 = 5.731,25

AVALIANDO AS RESPOSTAS

a) A garrafa de 1,0 litro totalizou custos indiretos na ordem de R$9.651,43.


O correto é R$9.170,00

b) A garrafa de 1,5 litro totalizou custos indiretos na ordem de R$9.050,79.


O correto é R$5.731,15

c) As garrafas de 0,5 e 1,0 litro totalizaram custos indiretos na ordem de R$17.193,75.


Resposta correta

d) As garrafas de 1,0 e 1,5 litro totalizaram custos indiretos na ordem de R$18.702,22.


O correto é R$14.901,25 (R$9.170,00 + R$5.731,25)

Resposta C - As garrafas de 0,5 e 1,0 litro totalizaram custos indiretos na ordem de


R$17.193,75.

0,5 litro = 24.500 unidades x R$0,3275 = 8,023,75


1,0 litro = 28.000 unidades x R$0,3275 = 9.170,00
TOTAL 17.193,75

QUESTÃO: As seguintes informações foram extraídas do departamento de escuderia de uma


indústria, no mês de junho 2011, que utiliza o Sistema de Custeio ABC:
Produto MATERIAIS MÃO DE Pedidos de Quilowatt-
DIRETOS OBRA alterações de hora
DIRETA engenharia

A R$22.000,00 R$8.000,00 15 7.000 W

B R$28.000,00 R$12.000,00 25 13.000 W

Total R$50.000,00 R$20.000,00 40 20.000 W

Foram identificadas as seguintes atividades relevantes:

ATIVIDADE DIRECIONADOR DE CUSTO

Realizar engenharia Pedidos de alterações de engenharia

Energizar Quilowatt-hora

Os custos indiretos de manufatura para o mês foram:


Realizar engenharia R$84.000

Energizar R$15.000

Total dos custos indiretos de manufatura R$99.000


Com base nos dados apresentados, assinale a opção que apresenta o custo total do Produto “A”
e do Produto “B”, utilizando o método ABC, respectivamente:

a) R$66.750,00 e R$102.250,00.
b) R$69.600,00 e R$99.400,00.
c) R$72.429,00 e R$96.571,00.
d) R$73.560,00 e R$ 95.440,00.

Resolução:

Para encontrarmos o Custo Total de cada produto, teremos que somar os Custos Diretos
(Materiais e Mão de Obra) + Custos Indiretos (Realizar Engenharia e Energizar). Os Custos
Diretos já são apropriados a cada produtos (diretamente), mas os Custos Indiretos deverão ser
rateados de acordo com o consumo de cada direcionador de custo.

Vamos então calcular primeiramente o rateio dos Custos Indiretos, e posteriormente somar os
Custos Diretos.

Rateio dos Custos Indiretos

Rateio do Custo de Realizar Engenharia:


R$84.000 ÷ 40 (Total de pedidos de alteração de engenharia)
= R$2.100,00 por pedido de alteração de engenharia
Custo de Realizar Engenharia produto A
15 (nr. De pedidos de alteração de engenharia) X R$2.100,00
= R$31.500,00

Custo de Realizar Engenharia produto B


25 (nr. De pedidos de alteração de engenharia) X R$2.100,00
= R$52.500,00

Rateio do Custo de Energizar:


R$15.000 ÷ 20.000 (Quilowatt-hora)
= R$0,75 por Quilowatt-hora

Custo de Energizar produto A


7.000 (Quantidade de Quilowatt-hora) X R$0,75
= R$5.250,00

Custo de Realizar Engenharia produto B


13.000 (Quantidade de Quilowatt-hora) X R$0,75
= R$9.750,00
Agora que nós já calculamos os Custos Indiretos de cada produto, vamos somá-los com os
Custos Diretos (informado no enunciado), e apurar o Custo total

CUSTOS PRODUTO PRODUTO TOTAL


“A” “B”
Custo Indireto de Realizar R$31.500,00 R$52.500,00 R$84.000,00
Engenharia

Custo Indireto de Energizar R$5.250,00 R$9,750,00 R$15.000,00

Custo Materiais Diretos R$22.000,00 R$28.000,00 R$50.000,00

Custo Mão de Obra Direta R$8.000,00 R$12.000,00 R$20.000,00

R$66.750,00 R$102.250,00 R$169.000,00

Resposta A - R$66.750,00 e R$102.250,00.

QUESTÃO: De acordo com a terminologia de custos, julgue os itens abaixo como Verdadeiros
(V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A depreciação de equipamentos que são utilizados em mais de um produto é classificada


como custos indiretos de fabricação.
II. Quando uma indústria produz apenas um produto, não existe alocação de custos indiretos de
fabricação.
III. O valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção
são incluídos como custo do período.
IV. O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos
primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem
em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos.
V. De acordo com o critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a
partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo
dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período.

A sequência CORRETA é:
a) V, F, V, F, F.
b) V, F, V, F, V.
c) V, V, F, V, F.
d) V, V, F, V, V.

Resolução

Para responder essa questão será necessário a definição de alguns termos, a saber:

Custos Indiretos de Fabricação: São aqueles que não podem ser identificados diretamente ao
produto o serviços no momento de sua aplicação, necessitando de um critério de rateio para
apropriá-lo. Como exemplos, podemos citar: Custos de Mão de Obra de supervisores, que não
podem ser apropriados diretamente a um produto ou serviço, mas pode ser rateado por um
critério de horas/homem, por exemplo; Custos com energia também são muito difíceis para
apropriar diretamente a um produto ou serviço, mas podem ser rateados por exemplo por
horas/máquina
Desperdício de materiais: Desperdício são gastos não usuais, não fazem parte do processo
normal de produção e devem então ser considerados como perda, e como tal, devem ser
contabilizados diretamente em resultado (DRE), e não no custo do produto.

PEPS: É um critério de valorização dos estoques. Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que
Sai, ou seja, no momento de registrar a baixa iremos considerar o custo do primeiro lote
comprado, até o limite de quantidades desse lote e assim sucessivamente. Desta maneira, o
estoque ficará sempre valorizado pelos últimos lotes adquiridos, ou seja, o estoque terá sempre
o valor mais atualizado.

Média Ponderada: Também é um critério de valorização dos estoques. Por este método a baixa
dos estoques é feita pelo último custo calculado, e o cálculo é feito dividindo-se o saldo

Em Reais pelo saldo em quantidade.

Após a definição dos termos, vamos analisar cada alternativa.

1. A depreciação de equipamentos que são utilizados em mais de um produto é classificada


como custos indiretos de fabricação.
Alternativa verdadeira, pois neste caso não é possível apropriar o custo de depreciação
diretamente ao produto

1. Quando uma indústria produz apenas um produto, não existe alocação de custos
indiretos de fabricação.
Alternativa verdadeira, pois como se trata de um único produto, todos os custos serão
relacionados a este produto, ou seja, serão custos diretos

1. O valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de


produção são incluídos como custo do período.

Alternativa falsa, pois por serem desperdícios anormais são considerados perda, e portanto
contabilizados diretamente em resultado.

1. O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos
primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que
permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou
produzidos.
Alternativa verdadeira

1. De acordo com o critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado
a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e
do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período.
Alternativa verdadeira

Resposta D - V, V, F, V, V.

QUESTÃO: Uma indústria apresenta os seguintes dados:


Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00
Aluguel do setor de produção R$ 56.000,00
Depreciação da área de produção R$ 38.000,00

Mão de Obra Direta de produção R$ 100.000,00

Mão de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00

Material requisitado: diretos R$ 82.000,00

Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00

Salários da diretoria de vendas R$ 34.000,00

Seguro da área de produção R$ 38.000,00


Analisando-se os dados acima, assinale a opção CORRETA.

a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de


transformação é a soma da mão de obra direta e custos Indiretos de fabricação.

b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa é a soma de


todos os itens de sua atividade.

c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa é a soma de


todos os itens apresentados.

d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário leva em


consideração a soma da mão de obra e do material direto.

Resolução

Para responder esta questão é necessário primeiramente o entendimento conceitual dos termos
utilizados nas respostas, a saber:

- Custo de Transformação
- Custo do período
- Custo primário da indústria

Custo de Transformação:

Segundo o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16(R1) ESTOQUES, em seu item 12, o


conceito de Custo de Transformação é

“Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as


unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão-de-obra
direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e
variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos
indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes
independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de
edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica.
Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase
diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão-de-
obra indireta.”

Custo do Período:
Refere-se a todos os custos de produção incorridos no período analisado, independentemente
de sua classificação em Direto, Indireto, Fixo ou Variável.
Custo Primário da Indústria:
É o somatório da Mão de Obra Direta e da Matéria Prima, utilizados na produção.

Todas as alternativas de respostas apresentadas, mencionam custos, portanto a primeira coisa a


fazer é separar as contas apresentadas em Custos e Despesas, a saber:
CONTAS DESPESAS CUSTOS

Aluguel de setor
80.000,00
administrativo

Aluguel do setor de
56.000,00
produção

Depreciação da área de
38.000,00
produção

Mão de Obra Direta de


100.000,00
produção

Mão de Obra Direta de


26.000,00
vendas

Material requisitado: diretos 82.000,00

Material requisitado:
70.000,00
indiretos

Salários da diretoria de
34.000,00
vendas

Seguro da área de
38.000,00
produção
Com base nas definições conceituais, e na separação das contas, vamos analisar cada
alternativa proposta para a solução da questão:

a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformação


é a soma da mão de obra direta e custos Indiretos de fabricação.

Resposta correta,

Conforme definição, o custo de transformação deve somar a Mão de Obra Direta com os custos
indiretos de produção que, segundo os dados apresentados, serão:

CONTAS DESPESAS CUSTOS

Aluguel do setor de
56.000,00
produção

Depreciação da área de
38.000,00
produção
Mão de Obra Direta de
100.000,00
produção

Material requisitado:
70.000,00
indiretos

Seguro da área de
38.000,00
produção

302.000,00

b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa é a soma de


todos os itens de sua atividade.

c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa é a soma de


todos os itens apresentados.

A definição desta resposta já está equivocada, pois o custo do período não é a soma de todos os
itens da atividade, e também não é a soma de todos os itens apresentados, e sim o total de
todos os custos de produção, independentemente das classificações, conforme demonstramos
abaixo:

CONTAS CUSTOS

Aluguel do setor de produção 56.000,00

Depreciação da área de produção 38.000,00

Mão de Obra Direta de produção 100.000,00

Material requisitado: diretos 82.000,00

Material requisitado: indiretos 70.000,00

Seguro da área de produção 38.000,00

384.000,00

d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário leva em


consideração a soma da mão de obra e do material direto.

Teoricamente a resposta está correta, ou seja, o conceito é este: Mão de Obra direta somada
ao material direto, porém o valor está errado, conforme demonstrado abaixo:
CONTAS DESPESAS CUSTOS

Mão de Obra Direta de


100.000,00
produção
Material requisitado: diretos 82.000,00

182.000,00

QUESTÃO: No mês de setembro de 2010, foi iniciada a produção de 1.500 unidades de um


determinado produto. Ao final do mês, 1.200 unidades estavam totalmente concluídas e
restaram 300 unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em processo é de
65%. O custo total de produção do período foi de R$558.000,00. O Custo de Produção dos
Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente:

a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.

Resolução

Neste caso, a solução é muito mais matemática do que contábil na verdade. Para resolver,
vamos ter que usar o critério de equivalência

1o. vamos calcular a equivalência dos produtos em processo em relação aos produtos
acabados, ou seja, 300 produtos em processo equivalem a quantos produtos acabados. Isso é
necessário, para valorizarmos os produtos, uma vez que o custo está apresentado por total.
Calculando:

300 (total de produtos em processo) x 65% percentual de acabamento = 195 produtos


acabados

300 produtos com percentual de 65% de acabamento, equivalem a 195 produtos com 100% de
acabamento, ou seja, totalmente acabados.

Vamos agora calcular o custo individual, considerando que todos estivessem acabados.

558.000,00 ÷ 1.395 produtos acabados (1.200 + 195)

= 400,00 Este é o valor unitário de um produto acabado.

Como alguns produtos estão semi-acabados, vamos multiplicar o valor do produto acabado pelo
percentual de acabamento dos produtos em processo (semi-acabados), a saber:
400,00 x 65% = 260,00 Este é o custo unitário dos produtos em processo

Agora que temos o custo unitário dos produtos acabados e dos produtos em processo, podemos
responder a questão.

1.200 produtos acabados x 400,00 (custo unitário) = 480.000,00

300 produtos em processo x 260,00 (custo unitário) = 78.000,00


Resposta correta,
Resposta B R$480.000,00 e R$78.000,00.

QUESTÃO: Uma matéria-prima foi adquirida por R$3.000,00, incluídos nesse valor R$150,00
referentes a IPI e R$342,00 relativos a ICMS. O frete de R$306,00 foi pago pelo vendedor, que
enviou o material via aérea, mas a empresa compradora teve que arcar com o transporte entre o
aeroporto e a fábrica, que custou R$204,00. Considerando-se que os impostos são
recuperáveis, o valor registrado em estoques será:

a) R$2.508,00.
b) R$2.712,00.
c) R$3.018,00.
d) R$3.204,00.

Resolução

O registro do estoque deve ser o valor da nota fiscal, subtraído de todos os impostos
recuperáveis, e adicionado de todas as despesas incorridas para deixá-lo disponível na unidade
compradora.

Pelo enunciado da questão, podemos imaginar a seguinte nota fiscal:

Valor da mercadoria 2.850,00

I.P.I. 150,00

Valor total da nota fiscal 3.000,00

I.C.M.S. 342,00

Além do valor da nota fiscal, a empresa compradora ainda teve um gasto com o frete rodoviário,
no valor de 204,00

Para apurar o valor registrado do estoque, faremos o seguinte cálculo:

Valor da Nota Fiscal 3.000,00

(-) I.P.I (recuperável) - 150,00

(-) I.CM.S (recuperável) - 342,00

Valor da Nota Fiscal liq. dos impostos 2.508,00

+ frete rodoviário 204,00


Valor a ser registrado no estoque 2.712,00

Apenas para melhorar o entendimento, colocamos abaixo os lançamentos contábeis

Débito Estoque de Matéria Prima 2.508,00

Débito I.P.I. a Recuperar 150,00

Débito I.C.M.S. a Recuperar 342,00

Crédito Fornecedores ou Caixa ou Bancos

Débito Estoque de Matéria Prima 204,00

Crédito Fretes a pagar ou Caixa ou Bancos 204,00


Resposta: B

QUESTÃO: O comprador de uma indústria tem a opção de compra de 5.000kg de matéria-prima


por R$2,00 o quilo, à vista, ou R$2,20 o quilo, para pagamento em dois meses. Em ambos os
casos, incidirá IPI à alíquota de 10% e ICMS à alíquota de 12%, recuperáveis em 1 (um) mês.
Considerando uma taxa de juros de 10% ao mês, a melhor opção de compra para a empresa é:

a) à vista, pois resulta em valor presente de R$9.000,00, enquanto a compra a prazo resulta em
valor presente de R$9.900,00.
b) à vista, pois resulta em valor presente de R$8.800,00, enquanto a compra a prazo resulta em
valor presente de R$9.680,00.
c) a prazo, pois resulta em valor presente de R$8.000,00, enquanto a compra à vista resulta em
valor presente de R$9.000,00.
d) a prazo, pois resulta em valor presente de R$7.800,00, enquanto a compra à vista
resulta em valor presente de R$9.000,00.

Dados do Problema:

IPI recuperável - 10%

ICMS recuperável - 12 %

Taxa de Juros - 10 %

Volume - 5.000

Preço a Vista - 2,00

Preço a Prazo - 2,20

Análise a Vista

5.000,00 x 2,00 = 10.000,00

Valor Presente VP = 10000,00 x 10%


Valor Presente 9.000,00

Análise a Prazo

5.000,00 x 2,20 = 11.000,00

IPI - 10% 11.000,00 = 1.100,00

ICMS - 12 % 11.000,00 = 1320,00

Total de Impostos - 2.420,00

Impostos recuperáveis = 11.000,00 - 2.420,00 = 8.580,00

n 1
VP = FC / (1 + n ) = 8.580,00 / ( 1 + 0,10) = 7. 800,00

Resposta D

QUESTÃO: Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados referentes ao ano de


2010:

- Estoque inicial igual a zero.


- Produção anual de 500 unidades com venda de 400 unidades.
- Custo Variável unitário de R$15,00.
- Preço de Venda unitário de R$20,00.
- Custo Fixo anual de R$2.000,00.
- Despesas Fixas anuais de R$350,00.
- Despesa Variável unitária de R$1,50 para cada unidade vendida.

Sabendo-se que a empresa utiliza o Custeio por Absorção, seu Lucro Bruto e o Resultado
Líquido em 2010, são, respectivamente:

a) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Lucro Líquido de R$1.050,00.


b) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Prejuízo de R$950,00.
c) Lucro Bruto de R$400,00 e Lucro Líquido de R$50,00.
d) Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.

Resolução

Neste caso, teremos que fazer o Demonstrativo de Resultado (DRE), e para isso teremos que
calcular os custos das vendas, bem como as despesas variáveis, pois a despesa fixa já tem seu
valor definido anualmente.

Uma informação importante para resolver a questão é o método de custeio, ou seja, Custeio por
absorção, isso significa que todos os custos incorridos no período serão absorvidos pela
produção realizada, ou seja, serão apropriados aos produtos acabados (e em elaboração, se
fosse o caso), independentemente de serem fixos; variáveis, diretos ou indiretos
(subclassificação dos custos).

Vamos primeiramente calcular qual será o valor do custo de produção unitário.


Custo variável = 15,00 (informado no enunciado)
Custo fixo = 2.000,00 dividido por 500 unidades produzidas = 4,00 cada

Agora vamos calcular o Custo do Produto Vendido, que será importante para chegarmos ao
resultado

Quantidade vendida = 400

Custo variável dos produtos vendidos


= 400 unidades x 15,00 por unidade = 6.000,00

Custo fixo, dos produtos vendidos


= 400 unidades x 4,00 por unidade = 1.600,00

TOTAL DO CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (CPV) =

6.000,00 (custo variável) + 1.600,00 (custo fixo) = 7.600,00

Com a apuração do CPV, já podemos ter o valor do Lucro bruto, que é a Receita Bruta com
Vendas, menos o Custo co Produto Vendido (CPV), a saber:

RECEITA BRUTA COM VENDAS = 8.000,00


400 unidades vendidas x 20,00 (valor unitário da venda)

(-) C.P.V. (Custo do Produto Vendido) = 7.600,00


Calculado acima

LUCRO BRUTO = 400,00

Para terminarmos de responder a questão, precisamos apurar o Resultado Líquido, que será
igual ao Lucro Bruto, menos as Despesas Operacionais (fixas e variáveis).

Calculando:

Despesas Fixas = 350,00 (valor informado no enunciado)

Despesas Variáveis = 1,50 para cada unidade vendida (informado no enunciado)

400 unidades vendidas x 1,50 por unidade = 600,00 = total de despesas variáveis

TOTAL DAS DESPESAS (fixas e variáveis) = 350,00 + 600,00 = 950,00

Calculando o Resultado Líquido (completo)

RECEITA BRUTA COM VENDAS = 8.000,00


400 x 20,00 (valor unitário da venda)

(-) C.P.V. (Custo do Produto Vendido) = 7.600,00

LUCRO BRUTO = 400,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS = 950,00


Fixas + variáveis
= RESULTADO LÍQUIDO = (550,00)

Resposta D Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.

QUESTÃO: Uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, apresentou custos com
materiais diretos no valor de R$30,00 por unidade e custos com mão de obra direta no valor de
R$28,00 por unidade. Os custos fixos totais do período foram de R$160.000,00. Sabendo-se que
a empresa produziu no mês 10.000 unidades totalmente acabadas, o custo unitário de produção
pelo Método do Custeio por Absorção e Custeio Variável é, respectivamente:

a) R$46,00 e R$44,00.
b) R$58,00 e R$46,00.
c) R$74,00 e R$58,00.
d) R$74,00 e R$74,00.

Resolução
Para respondermos a questão temos que entender os conceitos relativos a: Custeio por
Absorção e Custeio Variável

Custeio por absorção: é o método de custeio pelo qual todos os custos incorridos no período
serão absorvidos pela produção realizada, ou seja, todos os custos serão apropriados aos
produtos acabados (e em elaboração, se fosse o caso), independentemente de serem fixos;
variáveis, diretos ou indiretos.

Custeio Variável: Neste método, o custo unitário de produção do período será o total de custo
variável dividido pela quantidade produzida, e o custo fixo será apropriado direto ao resultado do
exercício, não passa pelo estoque.

Talvez para melhorar o entendimento seja necessário esclarecer custo variável e custo fixo, a
saber

Custo Variável = São os custos que existem dependendo do volume de produção ou vendas.
Quanto mais vender ou produzir, mais teremos custos variáveis, como por exemplo:

Matéria prima e Insumos (água, energia etc).

Custo Fixo = São os custos que não dependem do volume de atividade (produção ou venda)
para sofrerem alterações para mais ou para menos, ou seja, existem independentemente do
volume, como por exemplo: Mão de Obra Indireta; Aluguel; Depreciação, etc.

Entendidos os conceitos, vamos calcular:

CUSTEIO POR ABSORÇÃO


Custos variáveis + Custos fixos =

Custos variáveis =
30,00 (materiais diretos) + 28,00 (m.o. direta) = 58,00 por unidade
58,00 x 10.000 unidades produzidos = 580.000,00

Custos Fixos = 160.000,00 (informado no enunciado)

Total dos custos, por absorção = 580.000,00 + 160.000,00 = 740.000,00


Custo unitário pelo Custeio por Absorção =

740.000,00 (total dos custos) dividido por 10.000 unidades produzidas = 74,00

CUSTEIO VARIÁVEL

Conforme vimos no conceito, devemos considerar apenas os custos variáveis, cujo valor unitário
já foi informado no enunciado

Custos variáveis =
30,00 (materiais diretos) + 28,00 (m.o. direta) = 58,00 por unidade
Resposta C - R$74,00 e R$58,00.

QUESTÃO: Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de agosto de 2010,
R$50.000,00 de matéria-prima, R$40.000,00 de mão de obra direta e R$30.000,00 de gastos
gerais de fabricação. O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 31.7.2010, era no
valor de R$15.000,00 e, em 31.8.2010, de R$20.000,00.

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de agosto, foi de R$80.000,00 e não havia Estoque de
Produtos Acabados em 31.7.2010. Com base nas informações, assinale a opção que apresenta
o saldo final, em 31.8.2010, dos Estoques de Produtos Acabados.

a) R$35.000,00.
b) R$55.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$135.000,00.

Resolução
Esta questão trata principalmente da movimentação de estoques de produtos em processo e
produtos acabados, e exige de nós um entendimento sobre o fluxo dessa movimentação, então
vejamos:

O estoque de produto em processo, se movimenta basicamente por entrada de insumos de


produção, e saída para produtos acabados.

O estoque de Produtos acabados, se movimenta por entradas de produtos acabados (vindos do


estoque de produtos em processo) e saídas por vendas.

Dessa maneira, o que precisamos construir é essa movimentação em termos numéricos, vamos
lá.

MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE DE PRODUTOS EM PROCESSO

Estoque inicial em 31/07/2010 = 15.000,00 (informado no enunciado)

Adições (entradas):

Toda a produção do mês (em valores), ou seja:


50.000,00 de matéria prima
40.000,00 de mão de obra
30.000,00 de gastos gerais de fabricação

Subtrações (saídas)

Transferência da produção para produto acabado


Esta informação não foi fornecida, mas informaram qual foi o estoque de Produtos em processo
que sobrou (saldo final) no final do mês (31/08/2010), isso nos ajuda a calcular a produção de
acabados do mês por diferença, a saber:

Saldo inicial = 15.000,00


+ Entradas = 120.000,00 (Matéria prima + mão de obra + gastos gerais de fabr.)
- Saídas = ? (transferência para produto acabado, não informado)
.
= Saldo Final = 20.000,00

Calculando o valor da transferência para produto acabado

20.000,00 - 120.000,00 - 15.000,00 = -115.000,00

Agora que temos o valor da transferência dos produtos em processo, para os produtos
acabados, podemos calcular o estoque final dos produtos acabados

MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS

Estoque inicial em 31/07/2010 = 0,00 (informado no enunciado)

Adições (entradas):

Toda a produção de acabados do mês (em valores), ou seja, os valores que foram transferidos
do estoque de produtos em processo.

Subtrações (saídas)
Referem-se aos produtos que foram vendidos, ou seja, o valor do custo dos produtos vendidos

Calculando a movimentação e o estoque final:


Saldo inicial = 0,00 (informado no enunciado)
+ Entradas = 115.000,00 (transf. de produtos em processo para prod.acabados)
- Saídas = 80.000,00 (Custo das vendas, informado no enunciado)
.
= Saldo Final = 35.000,00

Resposta A - R$ 35.000,00.

QUESTÃO: Uma empresa de treinamento está planejando um curso de especialização. Os


custos previstos são: Custos Variáveis de R$1.200,00 por aluno e Custos Fixos de R$72.000,00,
dos quais R$4.800,00 referem-se à depreciação de equipamentos a serem utilizados. O curso
será vendido a R$6.000,00 por aluno. O Ponto de Equilíbrio Contábil se dá com:

a) 10 alunos.
b) 12 alunos.
c) 14 alunos.
d) 15 alunos.

Resolução

Para a solução desta questão é necessário esclarecer dois conceitos: Margem de Contribuição e
Ponto de Equilíbrio Contábil

1) Margem de Contribuição: Simplificando, margem de contribuição é representada pelo valor


da venda menos os custos e despesas variáveis, e que contribuirá para o pagamento dos custos
e despesas fixas. Podemos demonstrar da seguinte maneira

+ RECEITA BRUTA COM VENDAS


- Custos Variáveis: aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção e vendas, como
por exemplo: Matéria prima e insumos

- Despesas Variáveis: aquelas que estão diretamente relacionadas com o volume de vendas, como por
exemplo: Comissões e Impostos

= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃOo que sobra, para pagar os custos e despesas fixas

2) Ponto de Equilíbrio: Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os


gastos, ou seja, Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem
lucro, nem prejuízo.

A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo
percentual de margem de contribuição.

Com base na teoria apresentada vamos efetuar os cálculos e solucionar a questão.

Calculando a Margem de Contribuição unitária:

Valor de venda unitário = 6.000,00


(-) Custos variáveis por aluno = 1.200,00

=MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA = 4.800,00

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL

= 80% (4.800,00 ÷ 6.000,00)

Calculando o Ponto de Equilíbrio

Total de Custos e Despesas Fixas, dividido pelo percentual de Margem de contribuição, a saber:

72.000,00 ÷ 0,80 (80%) = 90.000,00

Esse é o valor do faturamento total no ponto de Equilíbrio, porém a questão pede o Ponto de
Equilíbrio em número de alunos. Neste caso devemos dividir o total de faturamento no ponto de
equilíbrio, pelo valor do curso (individual).

90.000,00 ÷ 6.000,00 = 15 alunos

Resposta D - 15 alunos.
QUESTÃO: Uma fábrica de camisetas produz e vende, mensalmente, 3.500 camisetas ao preço
de R$5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos
variáveis são de R$1,20 por unidade. A fábrica tem capacidade para produzir 5.000 camisetas
por mês, sem alterações no custo fixo atual de R$6.000,00. Uma pesquisa de mercado revelou
que ao preço de R$4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 6.000 unidades por mês.

Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda, mantendo a
estrutura atual de custos fixos e capacidade produtiva, o resultado final da empresa:

a) aumentará em R$2.200,00.
b) aumentará em R$200,00.
c) reduzirá em R$3.500,00.
d) reduzirá em R$800,00.

Resolução

Para resolver a questão devemos preparar dois demonstrativos de resultado, sendo um com a
situação atual, e outro com a situação proposta.

Demonstrativo de Resultado com a situação atual:

Dados:
Venda mensal de 3.500 camisetas ao preço de 5,00 cada = 17.500,00
Custo variável de 1,20 cada camiseta = 4.200,00 (3.500 x 1,20)
Despesa Variável de 20% do preço = 3.500,00 (20% x 17.500,00)
Custo Fixo = 6.000,00

Demonstrativo

Receita Bruta com Vendas 17.500,00

(-) Custo Variável 4.200,00

(-) Despesa Variável 3.500,00

(-) Custo Fixo 6.000,00

RESULTADO FINAL 3.800,00

Demonstrativo de Resultado com a situação proposta:


Antes de fazermos este demonstrativo, é preciso entender qual a quantidade de camisetas
devem ser consideradas para a venda.

No enunciado é mencionado “Uma pesquisa de mercado revelou que ao preço de R$4,00 a


unidade, haveria demanda no mercado para 6.000 unidades por mês”, mas isso não quer dizer
que serão vendidas 6.000 unidades, este é o volume da demanda apenas, pois a quantidade a
ser vendida está limitada a capacidade de produção, que no caso é de 5.000, ou seja, não
podemos vender mais do que poderemos produzir. Desta forma o demonstrativo será feito
levando-se em consideração uma venda de 5.000 camisetas

Dados:
Venda mensal de 5.000 camisetas ao preço de 4,00 cada = 20.000,00
Custo variável de 1,20 cada camiseta = 6.000,00 (5.000 x 1,20)
Despesa Variável de 20% do preço = 4.000,00 (20% x 20.000,00)
Custo Fixo = 6.000,00

Receita Bruta com Vendas 20.000,00


(-) Custo Variável 6.000,00

(-) Despesa Variável 4.000,00

(-) Custo Fixo 6.000,00

RESULTADO FINAL 4.000,00

Na questão o que se quer saber é quanto variou o resultado da situação atual para a situação
proposta, e para isso vamos comparar os dois resultados, a saber:

Item sit.atual Sit. Prop. Variação

Receita Bruta com Vendas 17.500,00 20.000,00 2.500,00

(-) Custo Variável 4.200,00 6.000,00 1.800,00

(-) Despesa Variável 3.500,00 4.000,00 500,00

(-) Custo Fixo 6.000,00 6.000,00 0

RESULTADO FINAL 3.800,00 4.000,00 200,00

Conforme podemos ver, o Resultado líquido aumentou em 200,00

Resposta B - aumentará em R$200,00.

QUESTÃO: Um analista de custos resolveu aplicar as técnicas de análise do Ponto de Equilíbrio


Contábil para verificar o desempenho de uma determinada empresa. Sabia que a empresa vinha
vendendo, nos últimos meses, 30.000 pacotes de produtos/mês, à base de R$35,00 por pacote.
Seus custos e despesas fixas têm sido de R$472.500,00 ao mês e os custos e despesas
variáveis, de R$15,00 por pacote.
A margem de segurança é de:

a) R$223.125,00.
b) R$270.000,00.
c) R$826.875,00.
d) R$1.050.000,00.

Resolução

A solução desta questão exije o entendimento de dois conceitos: Ponto de Equilíbrio Contábil e
Margem de Segurança Operacional, a saber:
Ponto de Equilíbrio: Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os
gastos, ou seja, Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem
lucro, nem prejuízo.
A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo
percentual de margem de contribuição.

Margem de Segurança Operacional: Refere-se a diferença entre a quantidade atual de venda


e a quantidade de venda no ponto de equilíbrio, quando a quantidade atual de venda for maior,
ou seja, a quantidade de margem de segurança, garante uma venda com lucro já que o ponto de
equilíbrio não dá nem lucro nem prejuízo.

Para resolvermos a questão temos que calcular primeiro o ponto de equilíbrio em quantidades,
depois a quantidade correspondente a margem de segurança operacional, e por último a
margem de segurança operacional em valores.

Ponto de Equilíbrio em quantidades:

Custos e Despesas Fixas ÷ (Valor de venda unitário - Custos e Despesas Variáveis unitário) =

Custos e Despesas Fixas = 472.500,00;


Valor de venda unitário = 35,00
Custos e Despesas Variáveis por unidade = 15,00
P.E. = 472.500,00 ÷ (35,00 - 15,00) =

P.E. = 472.500,00 ÷ 20,00 =

P.E. = 23.625,00 (ponto de equilíbrio por unidade)

Margem de Segurança Operacional em quantidades:

30.000 unidades vendidas - 23.625 unidades no ponto de equilíbrio =

= 6.375 unidades de margem de segurança operacional

6.375 x 35,00 =

223.125,00 Margem de Segurança Operacional em Reais

Resposta A - R$ 223.125,00.
CONTABILIDADE PÚBLICA

CONCEITO

A Contabilidade Aplicada à Administração Pública, seja na área Federal, Estadual, Municipal ou


no Distrito Federal, tem, como fio condutor, a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui
normas gerais de direito financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Costumamos dizer que a Lei no 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração
Pública assim como a Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, está para a Contabilidade
aplicada à atividade empresarial.

OBJETO

O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio. O da Contabilidade Pública é o Patrimônio


Público, exceto os bens de domínio público, como: lagos, lagoas, rios, praças, estradas,
logradores, ruas etc..

Pela definição dada, vemos com clareza, que a Contabilidade Pública não está interessada,
somente, no Patrimônio e suas variações, mas também, no Orçamento e sua execução
(Previsão e Arrecadação da Receita e a Fixação e Execução da Despesa).

A Contabilidade Púbica, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e


mistos), registra, também, os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar
qualitativa ou quantitativamente o patrimônio.
A Contabilidade Pública está interessada nos atos e fatos de natureza orçamentária, visto que o
orçamento, sendo um dos primeiros atos praticados pelo administrador, tem um papel
importantíssimo na Contabilidade Pública, pois, praticamente, quase tudo se origina no
orçamento.

OBJETIVO

O objetivo da Contabilidade Aplicada à Administração Pública é o de fornecer informações


atualizadas e exatas à Administração para subsidiar as tomadas de decisões e aos Órgãos de
Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislação, bem como às instituições
governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições.
Recentemente foram apresentadas as principais mudanças e inovações para a Contabilidade
pública decorrentes da aprovação das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor
Público (NBCASP),a saber:

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO –


NBCASP

Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação

Esta norma conceitua a contabilidade aplicada ao setor público como o ramo da ciência contábil
que aplica, no processo gerador de informações, os princípios fundamentais de contabilidade e
as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Delimita
como seu objeto o patrimônio público, e caracteriza como sua função social evidenciar
informações de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade
do setor público como forma de apoio: à tomada de decisões, à prestação de contas da gestão e
à instrumentalização do controle social.

A NBC T 16.1 caracteriza em sentido amplo como entidade do setor público os órgãos, fundos e
pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado,
recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de
suas atividades, e equipara, para fins contábeis, as pessoas físicas que recebam de órgão
público subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício.

Nesse sentido, a norma institui que o campo de aplicação contabilidade aplicada ao setor público
abrange todas as entidades anteriormente citadas, no entanto, faz uma separação
no tocante a observância e aplicação das normas contábeis públicas, as quais devem ser
integralmente seguidas pelas entidades governamentais, serviços sociais e conselhos
profissionais, e parcialmente observadas pelas demais entidades (aquelas que recebam,
guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas
atividades) no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas.

Ainda quanto ao campo de aplicação, a NBCASP reforça o disposto no artigo 83 da Lei Federal
nº 4.320/64, onde determina que a contabilidade deve evidenciar as operações realizadas por
quaisquer pessoas que arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens
pertencentes ou confiados à Administração Pública.

Esta norma apresenta como inovação o conceito de Unidade Contábil, caracterizado pela soma,
agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público e suas
classificações. Subdivide as Unidades Contábeis em:
• Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas
jurídicas;

• Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil Originária;

• Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades


Contábeis Descentralizadas;

• Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades


Contábeis Originárias.

Cabe destacar que o conceito de Unidade Contábil Originária apresenta relação com a Unidade
Orçamentária caracterizada no artigo 14 da Lei Federal nº 4.320/64 que diz “Art. 14.

Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou


repartição a que serão consignadas dotações próprias”.

No tocante ao controle contábil segregado por Unidade Contábil Originária, o artigo 50, inciso III
da LRF determina que as demonstrações contábeis devem compreender, isolada
e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da
administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.

A criação de Unidades Contábeis Descentralizadas, Unificadas e Consolidadas segundo a NBC


T 16.1 será realizada nos seguintes casos:

• Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em
atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e
instrumentalização do controle social;

• Unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis


descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados;

• Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou


necessidades gerenciais.

A LRF prevê em seus artigos 19 e 20 a verificação do limite com gastos com Pessoal, a ser
realizada de forma segregada entre os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério
Público. Para auxiliar no cumprimento dessa tarefa, cabe a criação de Unidade Contábil
Consolidada por Poder, conforme previsto na NBCASP.

Patrimônio e Sistemas Contábeis

Esta norma estabelece a definição de patrimônio público e a classificação dos elementos


patrimoniais sob o aspecto contábil, além de apresentar o conceito de sistema e de subsistemas
de informações contábeis para as entidades públicas. No tocante a classificação dos elementos
patrimoniais, a NBC T 16.2 estabelece critérios para a classificação do Ativo e Passivo em
Circulante e Não-Circulante, com base nos atributos de Conversibilidade (transformação de bem
ou direito em moeda) e Exigibilidade (classificação das obrigações por prazo de vencimento).

A NBCASP carateriza o sistema contábil público como a estrutura de informações sobre


identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da
gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a
prestação de contas e a instrumentalização do controle social.
A norma segrega o Sistema Contábil Público em 5 (cinco) Subsistemas de Informações
Contábeis: Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e de Compensação, e traz como inovação a
criação do subsistema de Custos.

• Orçamentário – registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento


e à execução orçamentária;

• Financeiro – registra, processa e evidencia os fatos relacionados aos ingressos e aos


desembolsos financeiros, bem como as disponibilidades no início e final do período;

• Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos não financeiros relacionados com as


variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público;

• Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados
à sociedade pela entidade pública;

• Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir
modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções
específicas de controle.

O subsistema Financeiro assume papel importante no cumprimento do artigo 50, inciso I da


LRF, onde prevê a escrituração de forma individualizada da disponibilidade de caixa, com o
intuito de permitir a identificação dos recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória.

O subsistema de Compensação previsto na NBC T 16.2 tem como uma de suas funções
evidenciar os atos que possam vir a afetar o patrimônio público (atos potenciais), de forma que
atende o artigo 105 da Lei Federal nº 4.320/64, onde prevê que o Balanço Patrimonial deve
demonstrar em contas de compensação os bens, valores, obrigações e situações que, imediata
ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.

A norma traz como inovação a criação do subsistema de Custos, a ser implementado para
coletar, processar e apurar os custos da gestão de políticas públicas. Nesse sentido, a Lei
Federal nº 4.320/64 determina em seu artigo 99 a adoção de contabilidade especifica para
apurar os custos dos serviços industriais. A LRF, artigo 50, § 3º, amplia para toda a
Administração Pública a necessidade de implementação de sistema de custos.

Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil

Esta norma estabelece as bases para controle contábil sobre o planejamento das entidades do
setor público, planejamento este expresso em planos hierarquicamente interligados. A NBC T
16.3 define Plano como o conjunto de documentos elaborados com a finalidade de materializar o
planejamento por meio de programas e ações, compreendendo desde o nível estratégico até o
nível operacional, bem como propiciar a avaliação e a instrumentalização do controle.

Na Administração Pública Brasileira os planos os hierarquicamente interligados se traduzem no


Plano Plurianual – PPA (nível estratégico, definições de metas para períodos de quatro anos),
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (orientações para a elaboração dos orçamentos anuais),
e Lei Orçamentária Anual – LOA (nível operacional, tradução em metas físicas e financeiras dos
objetivos da Administração Pública para o período de um ano).

A norma traz como inovação a ampliação do controle contábil sobre os instrumentos de


planejamento, onde além de evidenciar a execução orçamentária anual (LOA), pretende-se
acompanhar a cumprimento das metas estratégicas contidas no PPA.
Transações no Setor Público

A NBC T 16.4 caracteriza como transação no Setor Público os atos e os fatos que promovem
alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades do
setor público, e enfatiza que o registro contábil deve observar os Princípios de Contabilidade e
às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor
Público. A norma segrega as transações, conforme sua natureza em:

• Econômico-financeira – aquelas originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em


decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou
quantitativas, efetivas ou potenciais. Exemplos: recebimento de bens por doação (aumento do
patrimônio sem a necessidade de utilização de recursos orçamentários, portanto
extraorçamentário); arrecadação de receita de Impostos (aumento do patrimônio decorrente de
ingresso de receita orçamentária);

• Administrativa – corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas


de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em
funcionamento as atividades da entidade do setor público.

Registro em contas de compensação dos contratos firmados com fornecedores de bens e


serviços; controle contábil sobre os bens em poder de terceiros.

A norma também trata das transações que envolvem valores de terceiros, caracterizadas como
sendo aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não
afetam o seu patrimônio líquido, devendo ser demonstradas de forma segregada. Como
exemplo, tem-se a retenção do Imposto sobre Serviços – ISS efetuado por Entidade Pública no
momento do pagamento para prestador de serviço (nesse instante a entidade pública figura
como mera depositária do ISS pertencente à Prefeitura Municipal). Posteriormente, a entidade
pública deve repassar os recursos de ISS retido à Prefeitura Municipal que possui a competência
de arrecadação do imposto. 2.5 NBC T 16.5 – .

Registro Contábil

Esta norma estabelece critérios para o registro contábil dos atos e fatos que afetam ou possam
vir a afetar o patrimônio público, apresenta as características do registro e das informações
contábeis no setor público, trata da estrutura do plano de contas contábil, e abre a possibilidade
de escrituração contábil eletrônica.

A NBC T 16.5 dá ênfase à estruturação do sistema de informação contábil no momento em cita


que este deve possuir Plano de contas que contemple:

• Terminologia das contas e sua adequada codificação, identificação do subsistema a que


pertence, a natureza e o grau de desdobramento, de forma que possibilite os registros de
valores e a integração dos subsistemas;

• Função e o funcionamento a cada uma das contas (circunstâncias de débito e crédito, inversão
ou não de saldos, se transporta saldo para o exercício seguinte, etc.);

• Utilização do método das partidas dobradas em todos os registros dos atos e dos fatos que
afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, de acordo com sua
natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação nos respectivos subsistemas
contábeis;
• Contas específicas que possibilitem a apuração de custos;

• Tabela de codificação de registro que identifique o tipo de transação, as contas envolvidas, a


movimentação a débito e a crédito e os subsistemas utilizados.

No tocante aos documentos de sustentação aos registros contábeis, a NBCASP considera como
documento de suporte qualquer documento hábil, físico ou eletrônico que
comprove a transação na entidade do setor público, utilizado para sustentação ou comprovação
do registro contábil. Ao tratar das formalidades do registro contábil, a NBCASP discorre que a
entidade do setor público deve manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio
de processo manual, mecanizado ou eletrônico, podendo ser utilizados livros ou meios
eletrônicos que permitam a identificação e o seu arquivamento de forma segura. Nesse aspecto,
enfatiza-se a possibilidade aberta pela norma de implementação de escrituração contábil
eletrônica, bem como a permissão de digitalização e armazenamento em meio eletrônico ou
magnético dos documentos em papel.

A NBCASP destaca que as transações no setor público devem ser reconhecidas e registradas
integralmente no momento em que ocorrerem, vindo ao encontro do Principio de Contabilidade
da Oportunidade.

A Norma cita que os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados
nas demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto,
pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução orçamentária.
Esse posicionamento da NBCASP demonstra um desprendimento do foco estritamente
orçamentário, e serve como reforço para a implementação de uma contabilidade pública com
visão patrimonial, que evidencie a totalidade dos os atos e fatos, orçamentários e
extraorcamentários, previstos ou não em legislação, de modo que prevaleça a essência da
Ciência Contábil, qual seja a de evidenciar as alterações no patrimônio da entidade.

Por fim, a NBC T 16.5 orienta que na ausência de norma contábil aplicado ao setor púbico, o
profissional da contabilidade deve utilizar, subsidiariamente, e nesta ordem, as normas nacionais
e internacionais que tratem de temas similares, evidenciando o procedimento e os impactos em
notas explicativas.

Demonstrações Contábeis

Esta norma estabelece como Demonstrações Contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas
entidades públicas: Balanço Patrimonial; Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro;
Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração dos Fluxos de Caixa; e
Demonstração do Resultado Econômico.

Nesse sentido, a norma além de atender o disposto no art. 101 da Lei Federal nº 4.320/64, onde
determina a publicação dos Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e da
Demonstração das Variações Patrimoniais, traz como inovação a Demonstração do Fluxo de
Caixa e a Demonstração do Resultado Econômico, ampliando o rol de demonstrativos a serem
elaborados pela Contabilidade.

Ao tratar da Demonstração do Fluxo de Caixa, a NBCASP esclarece que se deve evidenciar as


movimentações de caixa e equivalentes segregadas nos fluxos:

• Fluxo de caixa das operações: compreende os ingressos, inclusive decorrentes de receitas


originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os demais fluxos
que não se qualificam como de investimento ou financiamento;
• Fluxo de caixa dos investimentos: recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo não
circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização
de empréstimos concedidos e outras operações da mesma natureza;

• Fluxo de caixa dos financiamentos: recursos relacionados à captação e à amortização de


empréstimos e financiamentos.

Quanto à previsão de elaboração da Demonstração do Resultado Econômico, a NBC T 16.6


detalha que deve conter a seguinte estrutura:

• Receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos;

• Custos e despesas identificados com a execução da ação pública;

• Resultado econômico apurado.

Para o cálculo da Receita econômica, a norma determina como sendo a quantidade de serviços
prestados multiplicada pelo custo de oportunidade. Como custo de oportunidade caracteriza
como o valor que seria desembolsado na alternativa desprezada de menor valor entre aquelas
consideradas possíveis para a execução da ação pública. No entanto, cabe destacar a ausência
de informações nos sistemas contábeis atuais sobre o custo de oportunidade, o que resulta em
grande desafio e dificuldade para a implementação do referido demonstrativo.

Nesse aspecto, a NBCASP proporciona um auxílio para atender a um dos pressupostos da LRF,
qual seja a transparência da gestão fiscal, e mais especificamente o disposto nos artigos 48 e
49, os quais tratam dos instrumentos de transparência da gestão e de sua forma de acesso e
divulgação para a sociedade.

Consolidação das Demonstrações Contábeis.

A NBC T 16.7 conceitua Unidade Contábil Consolidada como a soma ou a agregação de saldos
ou grupos de contas de duas ou mais unidades contábeis originárias, excluídas as transações
entre elas. A LRF prevê em seu artigo 56 que as Contas do Poder Executivo incluirão os
Poderes Legislativo, Judiciário e o Ministério Público, o que cria a necessidade da elaboração do
Balanço Consolidado do Ente. No entanto, a LRF determina que as Contas dos Poderes
supracitados devem ser analisadas separadamente pelos Tribunais de Contas, o que resulta na
elaboração de Balanços Consolidados para cada Poder. Para auxiliar no cumprimento dessa
tarefa, cabe a criação de Unidade Contábil Consolidada para cada Poder e Unidade Contábil
Consolidada Geral (abrangendo todos os Poderes), conforme previsto na NBCASP.

Segundo a NBCASP, a consolidação das demonstrações contábeis objetiva o conhecimento e a


disponibilização de macroagregados do setor público, a visão global do resultado e a
instrumentalização do controle social. Nesse sentido, a norma contribui para o atendimento ao
disposto nos artigos 111 Lei Federal nº 4.320/64 e 51 da LRF, que determinam que compete à
União promover a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da
Federação.

No tocante aos procedimentos para consolidação previstos na NBCASP, cabe destacar que os
ajustes e as eliminações devem ser realizados em documentos auxiliares, não originando
nenhum tipo de lançamento na escrituração das entidades que formam a unidade contábil. Além
disso, as demonstrações contábeis consolidadas devem ser complementadas por notas
explicativas que contenham, pelo menos, identificação e características das entidades do setor
público incluídas na consolidação, os procedimentos adotados na consolidação, a natureza e
montantes dos ajustes efetuados, e os eventos subseqüentes à data de encerramento do
exercício que possam ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis consolidadas.

Controle Interno

A NBC T 16.8 trata do controle interno aplicável as entidades públicas, objetivando garantir
razoável grau de eficiência e eficácia do sistema de informação contábil. Segundo a norma o
controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de recursos, métodos,
procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com a finalidade de:

• Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais;

• Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;

• Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;

• Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;

• Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;

• Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes, malversação,


abusos, desvios e outras inadequações.

Nesse sentido, a NBCASP apresenta do modo amplo o campo de atuação do Controle Interno
Contábil, visto que este deve abranger todo o patrimônio da entidade, diferentemente da visão
estritamente orçamentária imposta pela Lei Federal nº 4.320/64, que dispõe no artigo 77 que o
controle interno deve verificar de forma prévia, concomitante e subseqüente a legalidade dos
atos da execução orçamentária.

Sob esse aspecto, a NBCASP reforça o disposto no artigo 59 da LRF, onde determina que o
controle interno deve fiscalizar o cumprimento das metas previstas na LDO e os limites: das
dívidas consolidada e mobiliária; das despesas com pessoal; para a contratação de operações
de crédito; para a concessão de garantias e para a inscrição em restos a pagar.

Depreciação, Amortização e Exaustão

Esta norma estabelece critérios e procedimentos para o registro contábil da depreciação,


amortização e exaustão. No tocante ao registro, a NBC T 16.9 estabelece que valor depreciado,
amortizado ou exaurido deve ser apurado mensalmente, com o devido registro nas contas de
resultado do exercício, e deve ser reconhecido até que o valor líquido contábil do ativo seja igual
ao valor residual. Cita ainda que o valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser
revisados, pelo menos, no final de cada exercício.

A NBCASP arrola os ativos que não estão sujeitos ao regime de depreciação:

• Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antigüidades, documentos, bens
com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

• Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados


tecnicamente, de vida útil indeterminada;

• Animais que se destinam à exposição e à preservação;


• Terrenos rurais e urbanos.

Por fim, dentre os métodos de depreciação, a NBCASP sugere a adoção dos seguintes: método
das quotas constantes; método das somas dos dígitos; método das unidades produzidas.

Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público

Estabelece critérios e procedimentos para a avaliação e mensuração de ativos e passivos


integrantes do patrimônio de entidades do setor público. Destaca-se a previsão de contabilização
no Ativo Permanente dos Bens de Uso Comum (tais como praças, estradas, etc.).

A norma apresenta conceitos importantes para fins de avaliação patrimonial, destacando-se:

• Avaliação patrimonial: a atribuição de valor monetário a itens do ativo e do passivo decorrentes


de julgamento fundamentado em consenso entre as partes e que traduza, com razoabilidade, a
evidenciação dos atos e dos fatos administrativos.

• Redução ao valor recuperável (impairment): o ajuste ao valor de mercado ou de consenso


entre as partes para bens do ativo, quando esse for inferior ao valor líquido contábil.

• Valor de mercado ou valor justo (fair value): o valor pelo qual um ativo pode ser intercambiado
ou um passivo pode ser liquidado entre partes interessadas que atuam em condições
independentes e isentas ou conhecedoras do mercado. No tocante a avaliação dos elementos
patrimoniais, a NBCASP estabelece critérios para cada um dos grupos: disponibilidades,
créditos e dívidas, estoques, investimentos permanentes, imobilizado, intangível e diferido.
Quanto às disponibilidades, aos créditos e dívidas, estabelece a avaliação pelo valor original,
feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço
Patrimonial. Dessa forma, atende ao disposto no artigo 106, inciso I da Lei Federal nº 4.320/64.

Quando trata da avaliação dos estoques a norma estabelece para mensuração e avaliação das
saídas dos estoques o custo médio ponderado, em conformidade com o artigo 106, inciso III da
Lei Federal nº 4.320/64. A NBCASP adota como base o valor de aquisição ou no valor de
produção ou de construção, ou o valor de mercado, caso este último seja o menor.

A NBC T 16.10 ao tratar da avaliação do ativo imobilizado, determina a mensuração ou


avaliação com base no valor de aquisição, produção ou construção, e traz uma grande inovação,
ao propor a contabilização dos bens de uso comum, tais como praças e rodovias.

A norma dispõe que os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou
aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da
entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua
atividade operacional. Ou seja, segundo a NBCASP, a contabilidade deve incorporar ao
patrimônio público e efetivar controle sobre os bens de uso comum construídos com recursos ou
sob a responsabilidade da Administração Pública. A implementação do controle contábil sobre
esses bens permitirá a implementação de acompanhamento dos custos, com a possibilidade de
verificar, por exemplo, o valor anual aplicado na manutenção de uma determinada rodovia.

A NBCASP também estabelece regras para a realização de reavaliações dos componentes


patrimoniais, onde se deve utilizar o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento
do Balanço Patrimonial. Alem disso, estipula prazos para que seja procedida reavaliação,
conforme segue:

• Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variar


significativamente em relação aos valores anteriormente registrados;
• A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público são importante para a


implementação de dispositivos contidos na LRF e Lei 4.320/64, tais como a implementação de
sistema de custos, ampliação do controle contábil sobre o cumprimento das metas estabelecidas
no planejamento governamental (PPA, LDO e LOA).

Em sentido amplo as novas normas são um instrumento para elevar a eficácia e efetividade das
Leis quanto aos seus objetivos de promover o planejamento, a transparência e responsabilidade
da gestão fiscal. Especificamente, há inovações no reconhecimento de receitas e despesas sob
a ótica do regime da competência. Alem disso, foi dado destaque a instrumentos de
transparência e de registro de operações similares a contabilidade comercial, como o
estabelecimento de atributos específicos da informação contábil do setor público, relatório de
fluxo de caixa, previsão de depreciação e da contabilização dos bens de uso comum,
caminhando para a correção da visão da contabilidade aplicada ao setor público estritamente
ligada à execução dos orçamentos públicos. Espera-se que a implementação das normas
provoque uma melhoria nos controles internos para a proteção do patrimônio público, além de
apresentar maior transparência à aplicação de recursos da sociedade. O tema ainda carece de
discussão, sobretudo da validação empírica dos pressupostos contidos em cada uma das
normas. A Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central de normatização no Brasil, deve
buscar instrumentos de difusão das normas, em especial nos estados e municípios, visando a
harmonização de entendimento e aplicação das normas.

PATRIMÔNIO PÚBLICO

Patrimônio Público é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não,


adquiridos, formados ou mantidos com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer
entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios
futuros inerentes à prestação de serviços públicos.

PATRIMÔNIO PÚBLICO SOB O ENFOQUE CONTÁBIL

O Patrimônio Público é estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Liquido:

(a) o Ativo compreende as disponibilidades, os bens e os direitos que possam gerar benefícios
econômicos ou potencial de serviço.

(b) o Passivo compreende as obrigações, as contingências e as provisões.

(c) o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e o Passivo.

No Patrimônio Líquido deve ser evidenciado o resultado do exercício segregado dos resultados
acumulados de exercícios anteriores.

A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em circulante e não-


circulante, com base em seus atributos de conversibilidade, exigibilidade e interesse social.

Os ativos são classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes


critérios:

(a) estarem disponíveis para utilização imediata;


(b) serem realizados ou terem a expectativa de realização, consumo ou venda até o final do
exercício financeiro subseqüente.

(i) Os outros ativos são classificados como não-circulante.

Os passivos são classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes critérios:

(a) corresponderem a valores exigíveis até o final do exercício financeiro subseqüente;

(b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade


pública for a fiel depositária.

(i) Os outros passivos são classificados como não-circulante.

SISTEMA CONTÁBIL PÚBLICO

O sistema contábil público representa a macroestrutura de informações sobre registro,


avaliação, evidenciação e transparência dos atos e dos fatos da gestão pública com o objetivo
de orientar, suprir o processo de decisão e a correta prestação de contas.

ABRANGÊNCIA DO SISTEMA CONTÁBIL PÚBLICO

O ciclo da administração pública é composto pelas etapas de planejamento, execução, controle


e avaliação.

A função social da contabilidade deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração


pública para evidenciar informações públicas necessárias à tomada de decisões e à prestação
de contas ao cidadão. A contabilidade pública é organizada na forma de sistema de informações,
cujas partes ou subsistemas, conquanto possam oferecer produtos diferentes em razão da
respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação geral sobre o
Patrimônio Público.

O sistema contábil público estrutura-se nos seguintes subsistemas:

(a) Subsistema de Informações Orçamentárias – registra e evidencia, por meio de


Demonstrações Contábeis próprias, os atos e os fatos relacionados ao orçamento e à sua
execução, que subsidia a administração com informações sobre:

(i) orçamento;

(ii) programação e execução orçamentária;

(iii)alterações orçamentárias; e

(iv)resultado orçamentário.

(b) Subsistema de Informações Financeiras – registra e evidencia, por meio de Demonstrações


Contábeis próprias, os fatos relacionados aos ingressos e aos desembolsos financeiros, bem
como a situação das disponibilidades no início e no final do período, que subsidia a
administração com informações sobre:
(i) fluxo de caixa;

(ii) resultado primário; e

(iii) receita corrente líquida.

(c) Subsistema de Informações Patrimoniais – registra, avalia e evidencia, por meio de


Demonstrações Contábeis próprias, a situação estática dos elementos patrimoniais e a apuração
do resultado do exercício, que subsidia a administração com informações sobre:
(i) alterações nos elementos patrimoniais;

(ii) resultado econômico; e

(iii) resultado nominal. (d) Subsistema de Custos – coleta, processa e apura, por meio de
sistema próprio, os custos da gestão de políticas públicas, gerando relatórios que subsidiam a
administração com informações sobre:

(i) custos dos programas, dos projetos e das atividades desenvolvidas;

(ii) otimização dos recursos públicos; e

(iii) custos das unidades contábeis.

(e) Subsistema de Compensação – registra e evidencia por meio de contas específicas, os atos
de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade, que subsidia a
administração com informações sobre:

(i) alterações potenciais nos elementos patrimoniais; e

(ii) acordos, garantias e responsabilidades.

Os subsistemas contábeis devem ser integrados a outros subsistemas de informações de modo


a subsidiar a administração pública sobre:

(a) o desempenho da organização no cumprimento da sua missão;

(b) a avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho com relação à
economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade;

(c) a avaliação das metas fiscais estabelecidas nas diretrizes orçamentária; e

(d) a avaliação dos riscos e das contingências fiscais.

BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial, estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, tem por objetivo
evidenciar qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública:

(a) o Ativo compreende as disponibilidades, os bens e os direitos que possam gerar benefícios
econômicos ou potencial de serviço;

(b) o Passivo compreende as obrigações, as contingências e as provisões;

(c) o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e o Passivo.


(i) No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do exercício segregado dos
resultados acumulados de exercícios anteriores.

A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em circulante e não-


circulante, com base em seus atributos de conversibilidade, exigibilidade e interesse social.

Os ativos devem classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes critérios:

(a) estarem disponíveis para utilização imediata;


(b) serem realizados ou terem a expectativa de realização, consumo ou venda até o final do
exercício financeiro subseqüente.

(i) Os outros ativos devem ser classificados como não-circulante.

Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes
critérios:

(a) corresponderem a valores exigíveis até o final do exercício financeiro subseqüente;

(b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade


pública for a fiel depositária.

(i) Os outros passivos devem ser classificados como nãocirculante.

As contas do ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de seu grau de liquidez; as
contas do passivo, em ordem decrescente de seu grau de exigibilidade.

Devem ser demonstrados no compensado os valores decorrentes de atos que possam afetar o
patrimônio, bem como aqueles com função precípua de controle.

BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

O Balanço Orçamentário tem por objetivo evidenciar o orçamento inicial, suas alterações,
incorporação de superávit e suas reestimativas, confrontando-os, individualizadamente, com a
execução da receita e da despesa.

O Balanço Orçamentário é estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento


e a execução orçamentária.

BALANÇO FINANCEIRO

O Balanço Financeiro demonstra a movimentação de disponibilidades da entidade no período a


que se refere, evidenciando:

(a) a receita orçamentária arrecadada;


(b) a despesa orçamentária paga;
(c) os recebimentos e os pagamentos extra-orçamentários;
(d) o saldo inicial e o saldo final das disponibilidades.

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS


A Demonstração das Variações Patrimoniais tem por objetivo apurar o resultado patrimonial e
evidenciar as variações patrimoniais qualitativas e quantitativas resultantes e independentes da
execução orçamentária.

Para fins de apresentação na Demonstração das Variações Patrimoniais, as variações descritas


na NBC T 16.4 – Transações no Setor Público são agrupadas em ativas e passivas:

(a) Variações Patrimoniais Ativas são aquelas que proporcionam aumento da situação
patrimonial da entidade.

(b) Variações Patrimoniais Passivas são aquelas que proporcionam redução da situação
patrimonial da entidade.

(c) O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais
ativas e passivas.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

A Demonstração do Fluxo de Caixa apresenta a movimentação financeira histórica da entidade


pública, programa, projeto, fundo ou outra unidade de acumulação relevante, permitindo aos
usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais
mudanças em torno da capacidade da entidade de manter o regular financiamento dos serviços
públicos sob sua responsabilidade, bem como outros cenários de solvência, liquidez e graus de
probabilidade da permanência de itens que representam entradas e saídas de caixa.

A Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser elaborada pelos métodos direto ou indireto e deve,
pelo menos, evidenciar as movimentações em três grandes grupos, a saber:

(a) fluxo de caixa das operações;


(b) fluxo de caixa dos investimentos; e
(c) fluxo de caixa dos financiamentos.

O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos e os desembolsos relacionados com a


ação pública, e os demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento.

O fluxo de caixa dos investimentos inclui os fluxos de recursos relacionados à aquisição e à


alienação de ativo não-circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de
adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma
natureza.

O fluxo de caixa dos financiamentos inclui os fluxos de recursos relacionados à captação e à


amortização de empréstimos e financiamentos.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO

A Demonstração do Resultado Econômico evidencia o resultado econômico, em cada nível de


prestação de serviços, fornecimento de bens ou produtos pela entidade pública, obtido do
confronto entre a receita econômica e os itens de custos e despesas dos serviços, dos bens ou
dos produtos, oriundos dos sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial em cada período.

A Demonstração do Resultado Econômico deve ser elaborada considerando a interligação


sistêmica com o Plano Plurianual e apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a seguinte
estrutura:
(a) receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos
fornecidos;

(b) custos e despesas identificados com a execução da ação pública; e (c) resultado econômico
apurado.

A receita econômica é o valor medido a partir dos benefícios futuros gerados à sociedade pela
ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de serviços prestados, bens ou
produtos fornecidos, pelo custo de oportunidade.

Custo de oportunidade é o valor que seria desembolsado na alternativa desprezada de menor


valor, entre aquelas consideradas possíveis para a execução da ação pública.

NOTAS EXPLICATIVAS

Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

As informações contidas nas Notas Explicativas devem ser relevantes, complementares ou


suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não-constantes nas
Demonstrações Contábeis.

As Notas Explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das Demonstrações


Contábeis, das informações de naturezas patrimonial, orçamentária, econômica, financeira,
legal, física, social e de desempenho, bem como eventos subseqüentes ao encerramento do
período a que se refere.

A seguir apresentamos algumas questões práticas e teóricas para uma melhor compreensão da
disciplina.

TEORIA X PRÁTICA

QUESTÃO: Em 31 de dezembro de 2010, um determinado órgão público publicou a seguinte


Demonstração de Resultado Econômico:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO


Receita Econômica dos Serviços Prestados R$ 4.900.000,00
(-) Custos de Execução Diretos (R$ 4.886.000,00)
= Margem Bruta R$ 14.000,00
(-) Custos de Execução Indiretos (R$ 480.000,00)
= Resultado Econômico Apurado (R$ 466.000,00)

Acerca da análise da Demonstração do Resultado Econômico, em conformidade com a NBC T


SP 16.6 e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assinale a opção CORRETA.

a) A apresentação desta demonstração permite a este órgão público avaliar os custos dos
serviços prestados, a transparência sobre aspectos qualitativos, quantitativos e ampliar
mecanismos de controle da sociedade sobre a atuação governamental no campo
orçamentário, financeiro e patrimonial.
b) A avaliação da gestão deste órgão público não pode ser verificada pela avaliação dos custos
de serviços prestados e da receita econômica apresentada nesta demonstração, pois a não
obrigatoriedade da demonstração financeira e patrimonial deixa a execução orçamentária fora
dos parâmetros diante da falta do sistema de controle interno.

c) A Constituição Federal de 1988 afirma que a apresentação da aplicação de recursos públicos


nos órgãos federais é fator de comprovação da eficácia e eficiência da gestão orçamentária,
portanto, dispensando a apresentação do financeiro e patrimonial.

d) Este órgão público está apresentando um controle financeiro e patrimonial que deve ser
apenas analisado pela gestão interna, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a
Administração Pública mantenha sistema de custos que permita a avaliação e o
acompanhamento da gestão orçamentária e, não, do financeiro e patrimonial.

a) Correta.

O demonstrativo do resultado econômico possibilita a realização de diversos estudos voltados


para o processo decisório pois permite que os administradores enxerguem além da simples
execução orçamentária em que as únicas informações estão representadas pela execução da
receita e despesa nas suas diversas etapas. Segundo o professor Lino Martins da Silva

A Demonstração do Resultado Econômico evidencia o resultado econômico, em cada nível de


prestação de serviços, fornecimento de bens ou produtos pela entidade pública, obtido do
confronto entre a receita econômica e os itens de custos e despesas dos serviços, dos bens ou
dos produtos, oriundos dos sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial em cada período.
NBC 16.6

b) Errado. Completamente errado. “ não obrigatoriedade da demonstração financeira e


patrimonial de a execução orçamentária fora dos parâmetros diante da falta do sistema do
controle interno.”

c) Errado . A Constituição Federal de 1988 não afirma isso.

d) Errado. Nas questão apresentou um não. Financeiro e Patrimonial é obrigatório!

LRF – LC 101/ 00 - Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a
escrituração das contas públicas observará as seguintes:

§ 3º A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o


acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

QUESTÃO: Relacione a classe descrita na primeira coluna com exemplos de grupo de contas
na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Variação (2 ) Tributos e
Patrimonial Contribuições, Venda de
Diminutiva Mercadorias,
Valorização e Ganhos
de Ativos, Planejamento
Aprovado, Orçamento
Aprovado, Inscrição de
Restos a Pagar.
(2) Variação ( 5) Execução dos Atos
Patrimonial Potenciais, Execução
Aumentativa da Administração
Financeira, Execução
da Dívida Ativa,
Execução dos Riscos
Fiscais, Apuração de
Custos.
(3) Controles da ( 1) Pessoal e Encargos,
Execução do Benefícios
Planejamento e Previdenciários,
Orçamento Tributos e
Contribuições, Uso de
Bens, Serviços e
Consumo de Capital
Fixo.
(4) Controles ( 4) Atos Potenciais,
Devedores Administração
Financeira, Dívida
Ativa, Riscos Fiscais,
Custos.
(5) Controles ( 3) Execução do
Credores Planejamento,
Execução do
Orçamento, Execução
de Restos a Pagar.
A sequência CORRETA é:
a) 2, 5, 3, 4, 1.
b) 2, 5, 1, 4, 3.
c) 2, 4, 1, 5, 3.
d) 2, 3, 1, 4, 5.

RESOLUÇÃO

Planos de Contas Aplicado ao Setor Público

MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO


Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
Válido para o exercício de 2010, de forma facultativa e obrigatoriamente em 2011 para a
União, 2012 para os Estados e 2013 para os Municípios.
(Portaria STN nº467, de 6 de agosto de 2009)

MANUAL TÉCNICO DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO


Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
(Portaria STN nº XXXX, de 2009)

1ª edição

ITEM 1- Variação Patrimonial Diminutiva


A variação patrimonial diminutiva pode ser classificada:

a) Quanto à entidade que apropria a despesa:

- Variação patrimonial diminutiva pública – aquela efetuada por entidade pública.


- Variação patrimonial diminutiva privada – aquela efetuada pela entidade privada.

b) Quanto à dependência da execução orçamentária:

- Variação patrimonial diminutiva resultante da execução orçamentária – aquela que depende


de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: despesa com salário, despesa com
serviço, etc.

- Variação patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária – aquela que


independe de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: constituição de provisão,
despesa com depreciação, etc.

c) Quanto às ações executadas pelo setor público:

- Pessoal – Trata da remuneração de pessoal do governo e seus encargos.

- Benefícios Sociais – Caracterizados em geral por espécies de transferências com o


objetivo de proteger a população ou segmentos dela contra certos riscos sociais.

- Uso de Bens e Serviços – Consistem de serviços, insumos e matérias-primas


empregados na produção de bens e serviços acrescidos de mercadorias compradas para
revenda menos a variação líquida de inventários de produtos em elaboração, bens
acabados e mercadoria para revenda.

- Operações Financeiras – Tratam de despesas com juros, descontos concedidos, etc.

- Transferências – Incluem doações, subvenções, subsídios, auxílios, transferências


intergovernamentais e intragovernamentais concedidas, entre outros.

- Outras Variações Diminutivas – Outras variações patrimoniais diminutivas não classificadas


nos grupos anteriores.

ITEM 2- Variação Patrimonial Aumentativa

Segundo os princípios contábeis, a variação patrimonial aumentativa deve ser registrada no


momento da ocorrência do seu fato gerador, independentemente de recebimento.

A variação patrimonial aumentativa pode ser classificada:

a) Quanto à entidade que apropria a variação patrimonial aumentativa:

- Variação patrimonial aumentativa pública – aquela auferida por entidade pública.

- Variação patrimonial aumentativa privada – aquela auferida por entidade privada.

b) Quanto à dependência da execução orçamentária:


- Variação patrimonial aumentativa resultante da execução orçamentária – são receitas
orçamentárias efetivas arrecadadas, de propriedade do ente, que resultam em aumento do
patrimônio líquido. Exemplo: receita de tributos.

- Variação patrimonial aumentativa independente da execução orçamentária – são fatos que


resultam em aumento do patrimônio líquido, que ocorrem independentemente da execução
orçamentária. Exemplo: incorporação de bens (doações recebidas).

c) De acordo com as características e peculiaridades das entidades:

- Governamentais – Abrangem tributos e contribuições.

- Empresariais – Tratam de venda de bens e serviços.

- Financeiras – Versam sobre receitas de juros, dividendos, descontos obtidos etc.

- Transferências – Incluem doações, subvenções, subsídios, auxílios, transferências


intergovernamentais e intragovernamentais recebidas, entre outras.

- Outras Variações Aumentativas – Outras variações patrimoniais aumentativas não


classificadas nos grupos anteriores

ITEM 3- Controles da Execução do Planejamento e Orçamento


Conforme o Plano de Contas do Manual Aplicado ao Setor Público

6. Controles da Execução do Planejamento e Orçamento


Planejamento e Orçamento
6.1 Execução do Planejamento
6.2 Execução do Orçamento
6.3 Execução de Restos a Pagar

A classe de CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO


compreende as seguintes grupos de contas:

6.1 Planejamento – registra o somatório dos valores financeiros previstos para execução
dos programas e ações estabelecidos no Plano Plurianual e Projeto de Lei Orçamentária
Anual.

6.2 LOA – Previsão e Fixação - registra a receita prevista no orçamento geral, bem com a
previsão adicional. Registra os valores oriundos da receita inicial e adicional a realizar e sua
realização, segundo a natureza da receita ou fonte de recurso

6.3 Variações Patrimonias Decorrentes do Orçamento - registra as variações qualitativas e


quantitativas decorrentes da execução do orçamento.

6.4 Inscrição de Restos a Pagar – registra o valor da inscrição e integração das despesas
empenhadas e não pagas até o último dia do ano financeiro

ITEM 4 - Controles Devedores

7. Controles Devedores
7.1 Atos Potenciais
7.2 Administração Financeira
7.3 Dívida Ativa
7.4 Riscos Fiscais
7.8 Custos

ITEM 5 - Controle Credores

8. Controles Credores

8.1 Execução dos Atos Potenciais


8.2 Execução da Administração Financeira
8.3 Execução da Dívida Ativa
8.4 Execução dos Riscos Fiscais
8.8 Apuração de Custos

Resposta B – 2 - 5 - 1 - 4 - 3

QUESTÃO:. Com base em um contrato continuado de serviço de manutenção de aparelhos


com o fornecimento de peças incluso no mesmo contrato, sem distinção dos objetos de gasto no
Setor Público, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale
a opção CORRETA.

I. O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros
prestados sob qualquer forma e outros de que a administração pública se serve para a
consecução de seus fins.

II. Para a emissão do empenho, deve-se identificar o objeto do gasto, que, no caso, é a
prestação de serviços com base no contrato de manutenção de aparelhos, já que não é possível
no contrato fazer a distinção entre os objetos de gasto.

III. É desnecessária a emissão de dois empenhos, sendo emitido apenas um na Natureza da


Despesa, pois o fornecimento de peças está incluso e não altera o valor do contrato.

A sequência CORRETA é:

a) F, F, F.
b) F, F, V.
c) V, F, F.
d) V, V, V.

RESOLUÇÃO

Item I - correto
Segundo a portaria ministerial 163/01, que dispõe sobre normas gerais de consolidação das
Contas públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras
providências, informa :

Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:

§ 3º O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros
prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e
material permanente, auxílios, amortização e outros de que a administração pública se
serve para a consecução de seus fins.

No Manual Aplicado ao Setor Público de 2010, do Ministério da Fazenda, também fundamenta:

Conforme definição constante deste manual, o elemento de despesa tem por finalidade
identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias,
material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma e outros de
que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.

Item II - Correto

No mesmo caso anterior o manual complementa:

Portanto, para emissão do empenho deve-se identificar o objeto do gasto que, no caso, é
a prestação de serviços com base no contrato de manutenção de aparelhos, já que não é
possível no contrato fazer a distinção entre os objetos de gasto.

Item III - Correto

E, ainda, complementa o parágrafo anterior o manual.

Assim, torna-se desnecessária a emissão de dois empenhos, sendo emitido apenas um na ND


3.3.90.39,
pois o fornecimento de peças está incluso e não altera o valor do contrato

Resposta D – V V V

QUESTÃO: Uma instituição social recebe recursos públicos e, portanto, está dentro do campo
de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, devendo seguir o Princípio da
Competência. A referida instituição tem ainda como fonte de receita a contribuição mensal de
seus associados, que se reuniram e resolveram pagar de uma só vez o valor de R$30.000,00
correspondente a três exercícios, com o objetivo de formar um fundo financeiro. Nos três
exercícios, essa organização tem custos de impressão de folhetos informativos da ordem de
R$5.000,00 em cada ano e, no segundo ano, resolveu fazer um seguro cujo prêmio foi pago em
dinheiro no valor de R$3.000,00 com cobertura para o segundo e o terceiro anos. Com base nos
valores informados e nos conceitos relativos ao Princípio de Competência, é CORRETO afirmar
que a instituição irá apurar:

a) déficit de R$8.000,00 em todos os exercícios.


b) déficit de R$8.000,00 no segundo e de R$5.000,00 no terceiro ano; superávit de R$25.000,00
no primeiro ano.
c) superávit de R$5.000,00 no primeiro ano e de R$3.500,00 no segundo e no terceiro
anos.
d) superávit de R$8.000,00 em todos os exercícios.

Contabilidade Pública

Receita de 30.000,00 para três períodos


Custos de R$ 5.000,00

Contrato de seguro para dois períodos R$ 3.000,00

Aplicação do Princípio da Competência

Algumas observações -

Na contabilidade pública existem três regimes: de caixa, competência e misto.

No Brasil, a lei 4.320 /64 informa no art. 34

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I - as receitas nêle arrecadadas;
II - as despesas nêle legalmente empenhadas.

Porém, já existe uma portaria conjunta nº 3 de 14/10/08, no art. 6, migra do regime misto para o
regime de competência o reconhecimento das receitas e despesas, ou seja, começa uma
mudança de sistema.

Art. 6º A despesa e a receita serão reconhecidas por critério de competência patrimonial,


visando conduzir a contabilidade do setor público brasileiro aos padrões internacionais e ampliar
a transparência sobre as contas públicas.

Mas em análise o exercício pediu o regime de competência.

Assim, vamos fixar a competência de cada exercício tanto para as despesas quanto para as
receitas:

Ano 1 Ano 2 Ano 3

Receita 10.000,00 10.000,00 10.000,00

Despesas 5.000,00 5.000,00 5.000,00

Seguro 1.500,00 1.500,00

5.000,00 3.500,00 3.500,00

Resposta C

QUESTÃO: A Lei no. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor. Com relação
à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias, assinale a opção CORRETA.
a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos geradores
tenham ocorrido a partir de 1°.1.2011, devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da
Tipicidade Cerrada.
b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida majoração
somente poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após noventa dias da
sua publicação.
c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos fatos geradores
ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se submete ao Princípio da Anterioridade.
d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores ocorridos após
quarenta e cinco dias da publicação na Lei no. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao
Código Civil, já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor.

Problema

1 - Aumento da alíquota de IPI por uma lei nova

2- Respeita o princípio da anterioridade ou não

Pela redação do § 1º do art. 150 da CF/88, o IPI não respeita a anterioridade,


mas tem de entrar na vacatio de noventa dias.

Assim, pode-se falar anterioridade nonagesimal.

Aplica-se a regra do art. 150, III, c da CF/88

Resposta B

QUESTÃO: No que diz respeito ao parcelamento disposto no Código Tributário Nacional,


assinale a opção CORRETA.

a) O parcelamento afasta o cumprimento da obrigação acessória.


b) O parcelamento constitui uma das modalidades de extinção dos créditos tributários prescritas
pelo Código Tributário Nacional.
c) O parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
d) O parcelamento extingue o crédito tributário de forma fracionada e continuada, quando a
legislação tributária não dispuser a respeito.

No que diz respeito ao parcelamento disposto no CTN.

a- ERRADA A obrigação acessória e a obrigação principal têm natureza distintas.


Cito: BERNARDO RIBEIRO DE MORAES: “ Com razão, a suspensão da exigibilidade do crédito
tributário não pode prejudicar o controle de outros créditos tributários, razão pela qual não se
pode suspender, também, as obrigações tributárias acessórias, previstas no interesse
da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

b- ERRADA A Lei Complementar 104/2001 estabelece parcelamento como forma de suspensão


da exigibilidade do crédito tributário no art. 155-A.

c- CERTA Sim. O parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade. Inclusive já


discutido pelo STJ.

STJ - “Súmula 437. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário superior a quinhentos mil
reais para opção pelo Refis pressupõe a homologação expressa do comitê gestor e a
constituição de garantia por meio de arrolamento de bens.”

d- ERRADA . O CTN, em seu artigo 156, apresenta onze incisos, com doze hipóteses distintas
de extinção do crédito tributário.

Que são :

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo


150 e seus §§ 1º e 4º;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,


que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.


(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

Resposta C

QUESTÃO: Uma despesa orçamentária efetiva é aquela decorrente de

(A) auxílio financeiro a estudantes.


(B) aquisição de material de consumo.
(C) cobrança da dívida ativa tributária.
(D) aquisição de bens móveis.
(E) amortização da dívida fundada interna.

Para responder essa questão se faz necessário buscar o conceito de despesas orçamentárias:

Segundo Niyama e Silva (org) (2011, p. 341) “as despesas orçamentárias são os gastos da
entidade governamental para o funcionamento dos serviços públicos. Podem ser classificadas
como despesas correntes (respondem pela manutenção das atividades da entidade
governamental, como as despesas de pessoal) e despesas de capital (que contribuem
diretamente para formação ou aquisição de um bem de capital, como obras e aquisição de bens
permanentes).

A Lei 4.320/64 estabelece como estágios da execução da despesa orçamentária: o empenho


(ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento,
pendente ou não de implemento de condição); a liquidação (verificação do direito adquirido pelo
credor tanto por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito); e o
pagamento (entrega de numerário ao credor após a regular liquidação da despesa).

Para Rocha (2011) a Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo
diminutivo.

Em geral, a Despesa Orçamentária Efetiva coincide com a Despesa Corrente. Entretanto, há


despesa corrente não-efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para
estoque e a despesa com adiantamento, que representam fatos permutativos.

Essa questão está diretamente relacionada à Lei 4.320/64, vejam abaixo exemplos de despesas,
se não tivesse a palavra efetiva na questão, outras alternativas estariam corretas. Fomos buscar
no artigo 16 da referida lei para responder a pergunta, como também na Lei de
Responsabilidade Fiscal 101/2000, além de uma tabela auxiliar de CLASSIFICAÇÃO DAS
NATUREZAS DE DESPESA do Portal do Planejamento do Governo:

Das Despesas Correntes


SUBSEÇÃO ÚNICA
Das Transferências Correntes

I) Das Subvenções Sociais


Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de
subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica
e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses
objetivos, revelar-se mais econômica.

Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em
unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados
obedecidos os padrões mínimos de eficiência prèviamente fixados.

O auxílio financeiro a estudantes trata-se de uma subvenção social que é uma despesa
orçamentária.

Reforçando:

A Lei n° 4.320/64 classifica a despesa em duas categorias econômicas: as despesas correntes e


as despesas de capital. As primeiras se subdividem em despesas de custeio e transferências
correntes, ao passo que, a segunda categoria econômica se subdivide em despesas de
investimentos, de inversões financeiras e transferências de capital (art. 12).

As subvenções correspondem às despesas referentes às transferências destinadas a


cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas (§ 3°, do art. 12).

A Lei n° 4.320/64 classifica a despesa em duas categorias econômicas: as despesas correntes e


asdespesas de capital. As primeiras se subdividem em despesas de custeio e transferências
correntes, ao passo que, a segunda categoria econômica se subdivide em despesas de
investimentos, de inversões financeiras e transferências de capital (art. 12).

As subvenções correspondem às despesas referentes às transferências destinadas a


cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas (§ 3°, do art. 12).

Auxílio Financeiro a Estudantes - Despesa com ajuda financeira concedida pelo Estado a
estudantes comprovadamente carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento de
estudos e pesquisas de natureza científica, realizadas por pessoas físicas na condição de
estudante, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar nº 101, de 2000.

Resposta A

CONTROLADORIA
DEFINIÇÃO DE CONTROLADORIA

Para esclarecer, mais especificamente, o sentido da palavra Controladoria, a razão de sua


existência na empresa, poder-se-ia citar, como exemplo, a terminologia da navegação do livro
Controllership, onde caracterizam a controladoria da seguinte maneira:

A controladoria não compete o comando do navio, pois essa é tarefa do primeiro executivo:
representa, entretanto, o navegador que cuida dos mapas de navegação. É sua tarefa manter
informado quanto à distância percorrida, ao local em que se encontra e a velocidade da
embarcação, à resistência encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos
caminhos traçados nos mapas, para que o navio cheque ao destino.

A síntese da controladoria e a sua importância de chegar ao porto de destino sem o concurso do


navegador é mera casualidade. De nada adianta Ter um navegador, com todo o um
instrumental, indicando precisamente onde estamos, quando não sabemos a que porto
queremos chegar. Neste ponto, poder-se-ia então dizer :

Objetivo é o porto de destino;

Planejamento é rota ;
Controle são os instrumentos de navegação;
A controladoria assegura a chegada ao porto objetivando, na rota prevista.
Em síntese: Para praticar o controle, precisa-se de objetivo;
Para atingir o objetivo, precisa-se de controle.

Ela funciona como um órgão de controle, de suporte e apoio à decisão, no qual está diretamente
ligada ao cumprimento dos objetivos da organização.

Atualmente, diante das grandes inovações do mundo gerencial, a contabilidade não pode ficar
alheia a estes avanços; é preciso que ela ocupe um espaço atuante e preciso. Daí a
necessidade de se dar um novo enfoque: o de não apenas registrar números, mas de controlar,
mostrar caminhos, direções.

A contabilidade como controladoria é, sem dúvida, algo essencial para o gerenciamento da


empresa. A controladoria é, na verdade, um departamento que registra fatos ocorridos; e sua
inovação é no sentido de que, registrando esses fatos, consiga projetar a situação real da
empresa, visando sempre os pontos estratégicos presente e futuros, auxiliando, assim, na
tomada de decisões da empresa.

O controle e planejamento são processos integrados que afetam todos os aspectos


operacionais, incluindo a determinação dos objetivos e o desenvolvimento de planos de longo e
curto prazos.

A controladoria pode atuar como órgão administrativo, vindo a garantir a qualidade das
informações e a auxiliar os administradores e gestores em suas áreas, abrindo caminhos para
que estes atinjam os objetivos pretendidos.

Atua também como ramo do conhecimento na conceituação e teoria em apoio à contabilidade,


na elaboração e continuidade do sistema de informações, dando suporte à contabilidade e à
gestão da empresa.

MISSÃO DA CONTROLADORIA

A empresa de pequeno porte pode ser controlada e dirigida por uma mesma pessoa. Nas
empresas de médio e de grande portes, impõe-se a divisão de tarefas em áreas distintas. No
contexto empresarial, a controladoria serve como órgão de observação e controle da cúpula
administrativa. É ela que fornece os dados e informações, que planeja e pesquisa, visando
sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos estratégicos presente e futuros que põem em
perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa.

O controle é função que excede os limites da controladoria, visto que toda cúpula administrativa
se dedica a controlar as operações empresariais, abrangendo todos os setores, funções e
momentos da organização. Examina as origens mais remotas dos atos da gestão, acompanha e
registra toda a evolução e efeitos, constatando a sua efetiva incorporação aos resultados da
empresa. Cabe à controladoria pôr em evidência não só os efeitos, como também participar na
busca das causas, colaborando assim, no perfeito desempenho das atividades de uma entidade.
Manter os gestores informados e atualizados com o sistema de informações é a missão da
controladoria, que atua como base sólida, evidenciando e transparecendo a realidade dos
relatórios para a gestão da empresa, assegurando a continuidade, desempenho e otimizando
seus resultados.

Dessa forma, a missão da controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa, para


garantir a sua continuidade, através da integração dos esforços das diversas áreas.

Assim, como em todas as áreas, é de responsabilidade da controladoria a veracidade das


informações, é devido a ela garantir os dados em exame que são importantes e imprescindíveis
na continuidade da organização, fazendo o melhor uso dos recursos disponíveis, de acordo com
os materiais coletados. Não significa que dará a solução perfeita, mas buscar o melhor caminho
a seguir para decisão empresarial.

A missão da Controladoria é assegurar a otimização do resultado econômico da organização,


com a responsabilidade de tornar as informações úteis para breves ou futuras e importantes
mudanças no cenário empresarial.

OBJETIVOS E META

O alvo da empresa é o maior lucro possível, conciliável com seu crescimento a longo prazo e
também com o bem-estar da coletividade, mediante o atendimento das suas necessidades. Para
atingir esse objetivo, a tarefa da empresa seria a de determinar quais as necessidades ou
desejos desta mesma coletividade, para depois organizar-se do ponto de vista da produção e da
comercialização. Essa tarefa é contínua, pois as necessidades e os desejos dos homens sofrem
alterações permanentes.

Para que a empresa consiga alcançar seus objetivos, cada setor de atividade deverá procurar
aplicar métodos eficientes, a partir de uma análise cuidadosamente elaborada. Para
desempenhar convenientemente as funções que lhe são inerentes, a empresa recorrerá à
técnica da controladoria, a qual tem métodos próprios de trabalho, baseados num conjunto de
princípios com flexibilidade de aplicação.

O departamento de controladoria busca a forma eficiente e eficaz do conhecimento dos fatos


atuais e da previsão dos acontecimentos futuros, tendo como objetivo prestar informações para
a empresa, visando inovações e correção de atitudes indevidas. Gera, assim, o controle que dá
suporte à gestão de negócios da empresa, de modo a assegurar que esta atinja seus objetivos
da empresa, participando das tomadas de decisões a respeito destes, tendo em vista os
objetivos setoriais fazem parte do objetivo global da empresa.

Através dos processos de planejamento e execução dos relatórios, a controladoria indica os


pontos que apresentam problemas e acompanha o desenvolvimento do processo decisório,
observando todos aspectos favoráveis da organização; acompanha o desenvolvimento dos
planos em andamento e aponta soluções que conduzam aos resultados desejados segundo os
gestores.

A função envolve ajudar a adequação do processo à realidade da empresa ante seu meio
ambiente. Estará sendo materializada tanto no suporte à estruturação do processo de gestão
como pelo efetivo apoio às fases do processo de gestão, por meio de um sistema de informação
que permita simulações e projeções sobre eventos econômicos no processo de tomada de
decisão.
Contudo, o objetivo e responsabilidade da controladoria são avaliar
e acompanhar o desenvolvimento dos gestores ou das áreas de responsabilidade.

O CONTROLLER E SUAS FUNÇÕES

O título de controller se aplica a diversos cargos na área de contabilidade, cujo nível e cujas
responsabilidades variam de uma empresa para outra (...) O termo controller (às vezes escrito
com p, comp-troller, derivado do francês, compte, que quer dizer conta) significa o principal
executivo da área de contabilidade administrativa. Já vimos que o controller moderno não faz
controle algum em termos de autoridade de linha, exceto em seu próprio departamento.

OBJETIVO: ser um dos estrategistas da empresa, coletando e organizando dados, elaborando e


mapeando informações relevantes a alta direção. Deve influenciar na tomada de decisões de
maneira lógica, coerente e consistente com a missão e visão da organização.

Contudo, o conceito moderno de controladoria sustenta que, num sentido especial, o controller
realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes, o controller exerce uma
força ou influência ou projeta uma atitude que impele a administração rumo a decisões lógicas e
compatíveis com os objetivos.

A essência da função de controller, é uma visão proativa, permanentemente voltada para o


futuro. Essencial para a compreensão apropriada da função de controladoria é uma atitude
mental que energiza e vitaliza os dados financeiros por aplicá-los ao futuro das atividades da
companhia. É um conceito de olhar para a frente - um enfoque analiticamente treinado, que traz
balanço entre o planejamento administrativo e o sistema de controle.

Conforme os mesmos autores, as funções do controller são as seguintes:

• A função de planejamento.
• A função de controle.
• A função de reporte.
• A função contábil.

Horngren e outros entendem que as funções do controller incluem:

• Planejamento e controle.
• Relatórios internos.
• Avaliação e consultoria.
• Relatórios externos.
• Proteção dos ativos.
• Avaliação econômica.

Podemos dizer que hoje é a Controladoria a grande responsável pela coordenação de esforços
com vista à otimização da gestão de negócios das empresas e pela criação, implantação,
operação e manutenção de sistemas de informação que dêem suporte ao processo de
planejamento e controle.

CONTROLLER E CONTABILISTAS

O contador é responsável pelas informações contábeis da empresas e o Controller pelas


informações para tomada de decisões.
É tarefa dos contadores transformar dados em informações, pois os dados são simplesmente um
conjunto de fatos expressos como símbolos ou caracteres, incapazes de influenciar decisões,
até serem transformados em informações.

O Controller é o gestor encarregado do departamento de Controladoria; seu papel é, por meio do


gerenciamento de um eficiente sistema de informação, zelar pela continuidade da empresa,
viabilizando as sinergias existentes, fazendo com que as atividades desenvolvidas
conjuntamente alcancem resultados superiores aos que alcançariam se trabalhassem
independentemente.

O Controller tem como tarefa manter o executivo principal da companhia informado sobre os
rumos que ela deve tomar, aonde pode ir e quais os caminhos que devem ser seguidos.

ESTRUTURA DA CONTROLADORIA

A Controladoria basicamente é responsável Sistema de Informação Contábil Gerencial da


empresa sua função é assegurar o resultado da companhia, para tanto, ela deve atuar
fortemente em todas as etapas do processo de gestão da empresa, sob pena de não exercer
adequadamente sua função de controle e reporte na direção do planejamento. Ela não pode se
furtar das suas funções de execução das tarefas regulamentares.

Assim, além das gerenciais, deve assumir as funções regulatórias, normalmente vinculadas aos
aspectos contábeis societária e de legislação fiscal. Além disso, a sua estrutura deve estar
ligada aos sistemas de informações necessários à gestão.

Podemos estruturar Controladoria em duas grandes áreas:

• A área contábil e fiscal: que é responsável pelas informações societárias, fiscais e funções de
guarda de ativos, tais como: demonstrativos a serem publicados, controle patrimonial e seguros,
gestão de impostos, controle de inventários etc.

• A área de planejamento e controle: que incorpora a questão orçamentária, projeções e


simulações, custos, e a contabilidade por responsabilidade. Dentro da Controladoria, é
imprescindível um setor que se responsabilize pelo que denominamos de acompanhamento do
negócio. Este setor é responsável pêlos dados estatísticos para análise de mercado, análise
ambiental, análise conjuntural e projeção de cenários, elaboração e acompanhamento de
projetos, análise de investimentos etc. Utiliza-se pesadamente dos sistemas de informações de
apoio às operações e é o setor que possibilita ao controller sua efetiva participação no processo
de Planejamento Estratégico.

A INFLUÊNCIA DA CONTROLADORIA NA GESTÃO EMPRESARIAL

No atual mundo dos negócios, o termo gestão empresarial ganha cada vez mais destaque
dentro das organizações, melhorando o desempenho e buscando alternativas que indiquem a
boa administração e adequação dos recursos disponíveis.

As organizações têm necessidade de fazer as coisas acontecerem dentro de uma gestão tão
qualitativa quanto quantitativa, no desejo de atingir seus objetivos, desde a mais simples
atividade até a mais complexa e conquistar a integração da empresa como um todo.
A abordagem do conceito de gestão empresarial requer o conhecimento da etimologia da
palavra gestão, a qual deriva do latim gestione, que quer dizer ato de gerir, gerência,
administração. Portanto, gestão e administração são sinônimos (...) Gerir é fazer as coisas
acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos.

De acordo com os valores da organização, será estabelecido o processo de gestão, que seguem
normas estabelecidas que levam ao cumprimento do objetivo principal da empresa. ou seja, o
relacionamento entre acionistas e gestores, refletindo a forma como será aplicado o modelo de
gestão.

O modelo de gestão representa os princípios básicos que norteiam uma organização e serve
como referencial para orientar os gestores nos processos de planejamento, tomada de decisões
e controle. A empresa (...) deverá cumprir sua missão para garantir sua continuidade.

O processo de gestão assegura o cumprimento da missão, conduzindo os gestores no


planejamento, desenvolvimento e acompanhamento da empresa e sua continuidade.

O processo de gestão, também denominado processo decisório (...) é composto de três etapas:
o planejamento, a execução e o controle. O modelo de gestão da empresa inclui sua estrutura
organizacional, ou seja, os diversos segmentos que perfazem o todo, os quais são denominados
de órgãos. A missão de todas as áreas de uma empresa é dar suporte à gestão de modo a
assegurar que a mesma atinja seus objetivos.

A controladoria fornece as informações exatas para tomada de decisões, atuando de acordo


com o modelo de gestão que é influenciado pela cultura da empresa e as variáveis ambientais.

A tarefa da controladoria requer aplicação de princípios sadios, os quais abrangem todas as


atividades empresariais, desde o planejamento inicial até a obtenção do resultado final. Por
planejamento entende-se que o controller deve medir as possibilidades de sua empresa, perante
as realidades externas, para fixar objetivos, estabelecer políticas básicas, elaborar o
organograma com responsabilidades definidas para cada posição dentro da sua própria
organização, estabelecer padrão de controle, desenvolver métodos eficientes de comunicação e
manter um sistema adequado de relatórios.

O planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade com que


esta função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas operações.
Planejamento pode ser definido como o processo de reflexão que precede a ação e é
dirigido para tomada de decisão agora com vistas no futuro.

O planejamento é a primeira fase do processo decisório e envolve os seguintes passos:

Projeção de cenário, ou seja, demonstrado o estado da organização, de que maneira está


operando, considerando inclusive os fatores externos, como está e o que precisa mudar;

Definição dos objetivos a serem alcançados, o que se pretende obter especificando-o e aonde
se pretende chegar;

Verificação dos pontos fortes e fracos da empresa, identificar onde a empresa tem maior
desempenho podendo utilizar os recursos e mudar os pontos que precisam de melhorias;

Avaliação das ameaças e oportunidades ambientais, fala-se do ambiente externo, sua atual
posição no mercado e a influência na organização;

Formulação e avaliação de planos alternativos, ou seja, elaborar e avaliar os procedimentos e


apresentar soluções viáveis;
Implementação do melhor plano alternativo, que é a escolha do plano que irá beneficiar e dar
solução eficaz para processo decisório.

A finalidade de controle é assegurar que os resultados daquilo que foi planejado,


organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente
estabelecidos. A essência do controle reside na verificação se a atividade controlada
está ou não alcançando os objetivos ou resultados desejados. O controle consiste
fundamentalmente em um processo que guia a atividade exercida para um fim
previamente determinado.

Ao apresentar as possíveis variações das diversas atividades, o controle


analisa se estas fogem do padrão de normalidade, podendo alguma delas serem
propícias ao desempenho atual e futuro da empresa e corrigir os erros e desvios no
processo organizacional.

O controle representa o acompanhamento, monitoração e avaliação do desempenho


organizacional para verificar se as coisas estão acontecendo de acordo com o que foi planejado,
organizado e dirigido. Controle é a função administrativa relacionada com a monitoração das
atividades a fim de manter a organização no caminho adequado para o alcance dos objetivos e
permitir a correção necessárias para atenuar os desvios.

O controle é um processo que assegura que as atividades atuais estejam em conformidade com
as atividades planejadas. Quanto mais completos, definidos e coordenados forem os planos,
tanto mais fácil será o controle e a implementação de ações corretivas se necessárias no
processo.

Destaca-se que o processo de monitorar, avaliar e melhorar o desempenho da empresa para


alcançar seus objetivos é normalmente chamado controle organizacional..(...) Um sistema está
sob controle se ele está no caminho para alcançar seus objetivos. Caso contrário, o sistema está
fora de controle. Três papeis importantes do contador gerencial, são:

1 – Ajudar uma empresa a ficar sob controle.

2 – Identificar quando o processo está fora de controle.

3 – dar suporte à aprendizagem da empresa, com apoio ao planejamento e a tomada de


decisão.

O processo de manter uma empresa sob controle envolve cinco passos:

PLANEJAMENTO
Consiste no desenvolvimento dos
objetivos primários e secundários
da empresa e na identificação dos
processos que o completam.
EXECUÇÃO
CORREÇÃO
Consiste na realização de
Consiste em implementar qualquer ação corretiva
o plano necessária para trazer o
sistema sob controle

MONITORAÇÃO AVALIAÇÃO
Consiste na comparação do nível
atual de desempenho do sistema
Consiste em mensurar o nível para identificar qualquer variância
atual de desempenho do entre os objetivos do sistema e o
sistema desempenho efetivo e decidir sobre
ações corretivas

Para o processo de controle fazer sentido, a empresa deve ter conhecimento e habilidades par
detectar as situações que exigem correções, em determinados passos, aplicar as ações
corretivas necessárias para acerto do processo de controle objetivando o alcance do objetivo
proposto.
O controle visa assegura, por meio de correções de rumos , que os resultados planejados sejam
efetivamente realizados, apoiando-se na avaliação de resultados e desempenhos. O processo
de controle compreende a comparação entre os resultados realizados e os planejados, a
identificação de desvios e suas respectivas causas, e a decisão quanto às ações a serem
implementadas. O processo de controle consiste em ações corretivas, tanto no desempenho que
vem sendo realizado quanto em programas de curto prazo, planos de médio e longo prazos e
diretrizes estratégicas se for o caso.
As decisões envolvidas na área de controle, surgem de duas atividades maiores: primeiro,
comparar o desempenho real com o que foi planejado; segundo, determinar se o plano deve
ser modificado com ações de melhoria para atingir o resultado.

Características dos aspectos do processo de controle:

ASPECTOS CARACTERÍSTICAS
O controle deve apoiar planos estratégicos e
focalizar as atividades essenciais que fazem a
 ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA
real diferença para a organização.
PARA RESULTADOS

O controle deve apoiar o processo de tomada


de decisão apresentando dados em Termos
 COMPREENSÃO
compreensíveis. O controle deve evitar
relatórios complicados e estatísticas
enganosas.

O controle deve indicar os desvios


rapidamente, através de uma visão
 ORIENTAÇÃO RÁPIDA PARA
panorâmica sobre o local em que as
AS EXCEÇÕES
variações estão ocorrendo, e o que deve ser
feito para corrigi-los adequadamente.

O controle deve proporcionar um julgamento


individual e que possa ser modificado para
 FLEXIBILIDADE
adaptar-se a novas circunstâncias e
situações.

O controle deve proporcionar confiabilidade,


boa comunicação e participação entre as
 AUTOCONTROLE
pessoas envolvidas.

O controle deve enfatizar o desenvolvimento,


mudança e melhoria. Deve alavancar a
 NATUREZA POSITIVA
iniciativa das pessoas e minimizar o papel da
penalidade das punições.

O controle deve ser imparcial e acurado para


todos. Deve ser respeitado como um
 CLAREZA E OBJETIVIDADE
propósito fundamental : a melhoria do
desempenho.

O objetivo do controle é manter as operações dentro dos padrões estabelecidos a fim de que os
objetivos sejam alcançados com envolvimento da equipe. Assim, as variações, erros ou desvios
devem serem corrigidos para que as operações sejam normalizadas, sem ficar a procura de
culpados e de penalidades, mas sim de aplicações de ações corretivas que visa manter o
desempenho dentro do nível dos padrões estabelecidos, visando que tudo seja feito exatamente
de acordo com o que se pretendia fazer.
O processo decisório é influenciado pela atuação da Controladoria através das informações de
planejamento e controle, que exigem sistemas de informações que suportem estas decisões. A
missão da controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa através da definição
de um modelo de informação baseado no modelo de gestão. O papel da controladoria, portanto,
é assessorar a gestão da empresa, fornecendo mensuração das alternativas econômicas e,
através da visão sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo decisório.
A controladoria desempenha papel atuante no fornecimento de informações gerenciais
integradas para apoio aos gestores no processo de informações baseada em modelo de gestão
que facilita o processo de tomada de decisões, com visão sistêmica para a obtenção de
resultados.
A controladoria utiliza-se das informações e relatórios das áreas a serem controladas para
iniciar o trabalho de interpretação, avaliação e conclusão. A informação é uma ferramenta para
o desenvolvimento do planejamento, execução e do controle.

O sistema de relatórios faz parte do plano de controle da empresa. Após o planejamento, inicia-
se a fase de controle. Após esta, segue-se a tarefa de analisar os resultados obtidos. Depois os
resultados são relatados aos respectivos responsáveis, através dos canais preestabelecidos,
para que sejam tomadas determinadas decisões.

DIFERENÇA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL

O Planejamento Estratégico diz respeito à organização como um todo. Logo, ao elaborar um


plano estratégico, aconselha-se levar em consideração os ambientes internos e externos como
fatores econômico-financeiros globais, fatores políticos e até sociais. Faz-se também necessário
ter uma visão integrada desenvolvida.

O planejamento tático, por sua vez, esta relacionado com as diferentes áreas da instituição.
Portanto, uma empresa que possui uma área financeira e uma área comercial traça planos
financeiros e planos comerciais. Esses são os planejamentos táticos.

Os planejamentos operacionais servem para orientar a alocação de recursos para as várias


partes dos planos táticos.

Assim sendo, o planejamento estratégico (estende-se ao longo prazo) é desdobrado em vários


planejamentos táticos (médio prazo). Estes, por sua vez, se desdobram em planos operacionais
(curto prazo) para a sua devida realização.

O PROCESSO DE GESTÃO

A seqüência de decisões exigidas dos gestores em função das variáveis ambientais e dos
objetivos e metas determinados deve ser consistente, fundamentadas e sistematizadas de forma
lógica.

Esta sequência deve ser consubstanciada em um processo de gestão que deve direcionar os
esforços das áreas especialistas, no cumprimento da missão da empresa.

O processo de gestão consiste de uma série de processos ou subprocessos, que têm por
objetivo garantir que a empresa atinja uma situação objetivada, a partir da situação atual. Após a
concepção da empresa, do modelo de gestão, e identificação de sua missão, deve haver o
estabelecimento de planos de ação que englobem as áreas e atividades que serão
desenvolvidas.

A seqüência se inicia pelo planejamento estratégico, passa pelas fases de pré-planejamento


(simulações), planejamento e programação do planejamento operacional, pela fase de execução
e, finalmente, pela fase do controle gerencial.
Como vemos na figura, a empresa está inserida no ecossistema, onde são identificadas as
variáveis econômicas, sociais, políticas, culturais, éticas, tecnológicas, etc., e realiza constante
interação interna e externa, através da aquisição de recursos dos fornecedores e
disponibilização de produtos aos clientes.

A missão e o modelo de gestão, que são definidos a partir do conjunto de crenças e valores dos
proprietários do empreendimento, estabelecem a forma como a empresa deverá ser gerida. O
modelo de gestão deve definir a forma de ação dos gestores no processo de gestão: seu papel,
sua postura e o estilo de sua participação. Da atuação dos gestores dependerá totalmente o
desempenho de cada área e da empresa. Neste sentido, o modelo de gestão adequado é aquele
que define o estilo dos gestores, o de buscar maior interação interna e externa, e assuma a
responsabilidade de todas as decisões que impactam o resultado de sua área de
responsabilidade. O papel esperado deve ser o de dono da área como se essa fosse uma
empresa independente, haja vista o maior grau de comprometimento neste papel. Quanto à
postura, deve ser a de empreendedor, aproveitando as oportunidades que surgem e
precavendo-se em relação às ameaças, haja vista o ambiente de turbulência que vive a empresa
moderna, bem como a rapidez com que novos desafios aparecem.

O Planejamento Estratégico, é a fase em que as diretrizes estratégicas, em nível global, e as


diretrizes táticas, em nível de áreas, são formuladas. O estabelecimento de diretrizes claras,
objetivas, consistentes e flexíveis é de importância vital, haja vista o número de empresas que
estão sucumbindo às mudanças na economia nacional.

O Planejamento Operacional, cujo objetivo é a otimização do desempenho da empresa, refere-


se à fase em que são previstas a realização das atividades nas áreas, seja ela de marketing,
finanças, produção ou controladoria. Nesta fase devem ser usados modelos de simulação e
orçamentação realizando-se um pré-planejamento para escolha do conjunto de melhores
alternativas de cada área.

Neste sentido, o melhor controle sobre as operações executadas não é aquele que aponta onde
os erros ocorreram, mas sim aquele que aponta onde os erros podem ocorrer. Controlar a
execução de atividades antes mesmo de serem executadas, através de adequados modelos de
simulação, é logicamente mais econômico e eficiente para a empresa. Após o pré-planejamento
é necessário o planejamento das operações que deverão ser realizadas nos próximos períodos
(longo, médio, curto e imediato, se necessários). O objetivo é garantir a eficácia, com a decisão
privilegiando as alternativas que otimizem o resultado econômico das atividades.

As fases de execução e controle atendem e verificam se os planos aprovados atingiram os


objetivos esperados. Nestas fases do processo de gestão, a atenção deve ser dada à efetiva
realização das operações previstas. É nesta fase que se consolida a eficácia das atividades.

MAIS SOBRE O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

A primeira fase de planejamento no processo de gestão deve ser voltada ao entendimento do


cenário onde a empresa está operando. O produto deste planejamento é a formulação das linhas
mestras de ação, do plano com as diretrizes estratégicas, que irão nortear o planejamento
operacional. A esse respeito, afirmamos que no que se refere à velocidade e descontinuidade
das mudanças, surge como elemento indispensável ao planejamento organizacional a análise
profunda e sistemática da ambiência sócio-econômica na qual a organização opera.

O cenário onde a empresa opera é constituído por variáveis ambientais que impactam favorável
ou desfavoravelmente a missão da empresa e podem levá-la à descontinuidade. Quando
identificadas no ambiente externo, representam oportunidades ou ameaças. A preocupação do
gestor com tais variáveis deve ser no sentido de identificar a intensidade e o momento em que
poderão surgir (oportunidades), ou que representem real perigo (ameaças) para os negócios da
empresa. Ocorrências climáticas, por exemplo, não são provocadas por nenhum gestor. Porém,
estes devem tomar decisões no sentido de amenizar seus efeitos ou tirar deles o melhor
resultado (proteção de ativos, aquisição de produtos com risco de escassez, etc.). Todo evento,
natural ou provocado, terá um gestor responsável por suas conseqüências.

As variáveis do ambiente interno à empresa, normalmente conhecidas por forças e debilidades,


representam os pontos fortes e fracos em relação à missão. São exemplos destas variáveis,
capacidade de produção, qualidade, tempo de produção, nível de satisfação das pessoas,
qualificação profissional dos funcionários, etc.

Relaciona-se as variáveis ambientais, internas e externas, conforme a Figura abaixo.


Como vemos na figura acima, as empresas concorrem tanto por recursos, os quais necessitam
para suas atividades, quanto por produtos que oferecem a seus clientes e consumidores. Assim,
tudo o que impacta o cumprimento da missão é estratégico para a empresa. Meios de obtenção
e oferecimento, quantidade e qualidade de materiais, matérias-primas, pessoal, dinheiro,
tecnologia, são exemplos de itens estratégicos, que irão determinar o nível de eficácia que a
empresa conseguirá em suas operações.

Como a empresa atua em um ambiente turbulento e de mudanças descontínuas, o processo que


melhor atende à necessidade de estabelecimento de melhores diretrizes e planos que garantam
o cumprimento da missão e assegurem a continuidade da empresa é o Planejamento
Estratégico.

Assim, podemos definir o Planejamento Estratégico como o processo de gestão pelo qual a
organização identifica ou constrói o cenário em que atua, as oportunidades e ameaças, suas
forças e debilidades, como resultado da análise das variáveis ambientais, produzindo diretrizes
estratégicas que orientem o cumprimento da missão e garantam a continuidade da empresa. O
Planejamento Estratégico tem como objetivo a determinação de diretrizes estratégicas em nível
macro, e diretrizes táticas em nível de áreas.

O planejamento estratégico se volta para o alcance de resultados, através de um processo


contínuo e sistemático de antecipar mudanças futuras, tirando vantagem das oportunidades que
surgem, examinando os pontos fortes e fracos da organização, estabelecendo e corrigindo
cursos de ação a longo prazo. Portanto, é essencialmente um processo gerencial, que se
concentra nos níveis hierárquicos mais elevados da organização e que não pode ser concebido
como atividade clássica de planejamento, delegável a comissões ou grupos de planejamento.
Constitui a essência da gerência de alto nível sobre a qual recai o maior peso da
responsabilidade externa e interna pelos rumos da organização.

A empresa deve conseguir estabelecer um alto grau de congruência e efetividade entre o


sistema de valores do ambiente externo, com o sistema de valores da organização, bem como
um alto grau de congruência, que resulta em eficiência e eficácia, entre o sistema de valores da
organização e o sistema de valores dos subsistemas organizacionais.

Os níveis de congruência, citados acima, é que irão garantir a continuidade da empresa, pois
irão capacitá-la a perceber mudanças em valores ambientais desejáveis e transformá-los em
objetivos organizacionais relevantes.

Nestas afirmações percebe-se que o planejamento estratégico, através de uma metodologia


apropriada, deve provocar um envolvimento dos gestores de todas as áreas e de seus
subordinados especialistas, levando-os a um pensar estratégico constante.

A Figura abaixo apresenta o processo de Planejamento Estratégico. Onde se pode ver as


interações com o modelo de gestão, a missão, crenças e valores, o sistema de informações
sobre variáveis ambientais bem como as principais etapas do processo.

O principal input do processo é a análise das variáveis ambientais, internas e externas, a partir
da qual é definido ou construído o cenário em que a empresa atua. O Plano contendo as
diretrizes deve garantir a continuidade da empresa, contemplando o espaço de tempo que as
informações utilizadas na construção do cenário garantirem confiabilidade.

FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Devido à rapidez e descontinuidade das mudanças no ambiente, o processo de planejamento


estratégico deve ser estabelecido como um processo permanente. O sistema de informações
sobre as variáveis ambientais deve a todo momento, ou sempre que estas se modificarem,
provocar revisão das estratégias. Não se pode perder de vista a missão e a continuidade da
área de responsabilidade e da empresa. A metodologia de obtenção das melhores diretrizes
deve permitir o envolvimento das pessoas com condições reais de contribuir nas discussões.
Além dos gestores das áreas, especialistas externos e internos devem ser incluídos entre
aqueles que irão participar do processo.

O processo de Planejamento Estratégico, em nossa opinião, é ocorrência de maior importância


para a empresa. Este processo executa dupla função. A primeira, a de buscar as melhores
formas de ação (diretrizes) para enfrentar as turbulências advindas do ambiente; a segunda,
porque se constitui em um ritual de escopo e abrangência sem igual em todo o processo de
gestão, no qual toda a organização é direcionada a pensar e repensar sobre a sua própria
identidade. Devido ao nível de questionamento e discussão sobre as variáveis ambientais, o
processo leva as pessoas a uma revisão constante da missão de cada área e da empresa,
aperfeiçoando o entendimento dos diversos papéis no contexto da organização.Não existe uma
receita pronta para o Planejamento Estratégico. A realidade de cada empresa é que determinará
a melhor seqüência de fases, bem como o envolvimento das pessoas. A seqüência das fases e
o envolvimento dos diversos níveis organizacionais devem ser adequados à capacidade de cada
participante ou gestor, dar contribuições efetivas nas análises e discussões, com vistas às
diretrizes que deverão ser validadas. Se, por exemplo, os gestores de nível operacional não
tiverem capacidade de visualização e entendimento dos relacionamentos complexos das
variáveis ambientais, o planejamento estratégico deve ser discutido somente em nível da alta
administração, cabendo aos demais gestores tomar conhecimento das diretrizes aprovadas e
implementá-las na operacionalização das atividades.

Tendo em vista as características quanto ao papel, postura e estilo do gestor, discutidos no início
deste trabalho, apresentaremos a melhor seqüência de fases para a implementação do
Planejamento Estratégico que resultará na definição das melhores diretrizes estratégicas e
táticas. A visualização desta seqüência conforme, a Figura abaixo, permite melhorar o seu
entendimento.

ORÇAMENTO

O orçamento é a expressão quantitativa de um plano de ação e ajuda na coordenação e


implementação deste plano. Numa visão mais ampla, o orçamento é o instrumento gerencial que
busca otimizar o resultado econômico das atividades de cada uma das áreas funcionais da
empresa, sejam elas operacionais ou de suporte, através de um processo de planejamento que
indique os parâmetros de eficiência e eficácia para a execução daquelas atividades, tendo
sempre em vista a missão e objetivos da empresa.
O orçamento pode ser global ou parcial, sendo que o orçamento global atinge todas as unidades
e atividades da empresa, e orçamento parcial, somente aquelas em que há previsões e
programas para certos aspectos das atividades. Esse último tipo de orçamento tem como
desvantagem não permitir a projeção da demonstração de resultado e do balanço patrimonial.

Mas, por outro lado, o orçamento parcial incorre em menores custos, direcionando esforços para
planejar e controlar apenas os aspectos mais importantes das operações da empresa.

Os orçamentos também podem ser classificados em orçamento de desempenho ou orçamento


de recursos. O orçamento de desempenho refere-se a objetivos de lucratividade, receita e
despesa, enquanto o orçamento de recursos diz respeito às fontes e épocas em que os meios
necessários poderão ser obtidos ou não.

O planejamento e o orçamento são ferramentas utilizadas para se chegar aos objetivos da


empresa de forma mais eficaz. Como não há planejamento adequado sem controle, e o
orçamento é uma quantificação do planejamento, é imprescindível o controle orçamentário. O
controle orçamentário é baseado na emissão de relatórios, comparando e avaliando
constantemente os resultados reais alcançados, tendo em vista o previsto ou programado, e
gera medidas corretivas quando necessário, uma vez que as condições do empreendimento
estão sempre mudando.

Uma abordagem adequada do planejamento de negócios é aquela que considera o orçamento


como a forma de controle do resultado futuro. O controle é fundamental para o entendimento do
grau de desempenho atingido e quão próximo o resultado almejado situou-se em relação ao
planejado.

CONTROLADORIA X ORÇAMENTO

A responsabilidade pela condução do processo orçamentário é da controladoria. O principal


motivo reside no fato de que o orçamento deve ser estruturado com base no sistema de
Contabilidade geral ou de contabilidade societária, que também é responsabilidade do
Controller.

Análise orçamentária se dá por análise das variações do valor orçado versus o valor realizado.
Como o valor realizado é obtido no sistema de contabilidade geral, há a necessidade de
otimização dos sistemas de informações, que também é responsabilidade do Controller.

Finanças tem a responsabilidade da efetivação financeira das transações, a captação de


recursos financeiros e a aplicação dos excedentes temporários, ou seja, não englobam o
orçamento.

A elaboração do orçamento é tarefa de toda a organização. Cada área será responsável por
alcançar determinadas metas, as quais deverão estar harmonizadas com as metas da entidade
toda.

O processo orçamentário é um dos instrumentos que permitem acompanhar o desempenho da


empresa e assegurar que os desvios do plano sejam analisados e adequadamente controlados.

Definição de Orçamento:

1. É a Expressão monetária de um plano operacional


2. É a etapa final de um processo de planejamento
3. É um compromisso de realização
4. É um instrumento de acompanhamento e contínua avaliação de desempenho das
atividades e dos departamentos

Vantagens

1. Formaliza as responsabilidades pelo planejamento, obrigando os administradores a


pensar a frente e encorajando o estabelecimento de objetivos de lucros.
2. Estabelece expectativas definidas, o que o torna a melhor base de avaliação do
desempenho posterior
3. Auxilia os administradores a coordenar seus esforços de forma que os objetivos da
organização em sua totalidade se harmonizem com os objetivos de suas partes,
permitindo a integração das atividades, departamentos e função dentro da empresa.
4. Formalizar um instrumento de comunicação. Cada funcionário deve observar como suas
atividades contribuem para as metas diárias e para o objetivo global da empresa.

Objetivos

1. Orientar a execução das atividades


2. Otimizar o resultado global da empresa
3. Reduzir os riscos operacionais
4. Projetar de forma integrada e estruturada o resultado econômico financeiro de um
processo de planejamento.
5. Controlar o desempenho em face dos objetivos e metas definidas (acompanhamento
orçamentário)

Comitê Orçamentário

1. Rever e definir o modelo de processo orçamentário


2. Consolidar o cronograma
3. Selecionar o cenário a ser utilizado
4. Explicar os objetivos e as metas estratégicas
5. Rever e definir os tipos de orçamento a serem utilizados
6. Definir as premissas gerais orçamentárias

CONTROLE

Sem planejamento não há padrões, sem padrões não há controle e sem controle o planejamento
não tem sentido. Planejamento e controle devem andar sempre juntos e para controlar é
necessário que existam padrões preestabelecidos, e que estes sirvam de parâmetros para
averiguar o andamento de planejamento.

O planejamento diz respeito à tomada de decisões, enquanto que o controle é uma fase do
processo decisório em que, através da comparação entre as situações alcançadas e as previstas
com base no sistema de informação, é avaliada a eficácia empresarial de cada área, resultando
em ações que se destinam a corrigir eventuais distorções, inclusive aquelas de não fazer, desde
que tenham sido implementadas. Nesse sentido, a função do controle é assegurar que o
desempenho real possibilite o alcance dos objetivos que foram anteriormente estabelecidos.

Um pré-requisito indispensável para o bom desempenho do controle é um eficiente sistema de


informações, pois o produto final do processo de controle é a informação. O sistema de
informações não pode ser muito simplório, pois pode impedir que os gestores tenham
conhecimento detalhado das causas das variações ocorridas, tornado incapaz a implementação
de ações corretivas em tempo apropriado.

O controle deve ser feito desde a verificação das relações da empresa com ambiente até o
cumprimento da metas estabelecidas no plano operacional das áreas e da empresa como um
todo, devendo ser realizado antes, durante e após da ocorrência do evento ou fato que se
pretende controlar. O pré-controle tem como objetivo prevenir ou impedir a ocorrência de atos
indesejáveis; enquanto que o controle corrente tem por finalidade ajustar o desempenho ainda
em curso a fim de alcançar o objetivo. O pós-controle determina as causas dos desvios e
ajusta os parâmetros do sistema para operações futuras. O processo de controle abrange as
seguintes atividades:

a) estabelecimento de objetivos, metas e padrões;


b) observação do desempenho de maneira sistemática e coerente com os objetivos,
metas e padrões estabelecidos;
c) comparação do desempenho real com o esperado;
d) comunicação do desempenho com as alternativas de ação em decorrência de variações
relevantes;
e) ação corretiva;
f) acompanhamento da ação corretiva.

O controle efetivo implica em um sistema de controle que pode se adaptar às mudanças


necessárias. Como afirmado anteriormente, o produto final do controle é a informação obtida
através de um modelo de desempenho, servindo como fonte para a ação corretiva, e de
feedback para a reavaliação da missão e dos objetivos da empresa.

A avaliação do desempenho propicia um vínculo crítico entre planejamento, que identifica os


objetivos da empresa e desenvolve as estratégias e os processos para alcançá-los, e o controle,
que faz os membros da empresa mantê-lo no caminho em direção ao alcance de seus objetivos.

O Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta de medição de resultados e desempenho, que,


além de se basear em dados financeiros e não financeiros (Indicadores – 4 perspectivas), auxilia
na gestão estratégica dos diversos setores de uma organização na busca do atendimento de
objetivos e metas em longo prazo. Além disso, o Balanced Scorecard tem se mostrado, segundo
seus autores, como uma ferramenta de comunicação interna eficiente no que diz respeito à
comunicação da estratégia quanto a sua efetiva implantação e controle.

CONTROLADORIA E O SISTEMA DE INFORMAÇÃO

À medida que uma empresa cresce, suas atividades tornam-se mais complexas. Para dirigi-la, a
cúpula administrativa necessita de informações para inteirar-se dos acontecimentos importantes
nas respectivas áreas de atuação. É mediante esse fluxo de informações que ela consegue
administrar sua empresa. A tomada de decisões depende, em grande parte da quantidade e da
qualidade das informações recebidas. A tarefa de coletar dados, selecioná-los, analisá-los e
retratá-los é muito importante para que a empresa alcance seus objetivos.

Em síntese, os relatórios visam fornecer à empresa melhores condições para que possa :

Calcular o lucro e as vantagens obtidas em relação aos planos estabelecidos;


Melhor controlar as operações correntes e tomar decisões necessárias;
Avaliar o desempenho por área e responsabilidade;
Fornecer base para o planejamento futuro.

Portanto, a condição primordial de um bom relatório é a clareza. Um bom relatório indica


claramente a situação passada e a tendência futura do fenômeno observado. Uma informação
clara e objetiva permite a compreensão, a qual conduz à confiança e ao sucesso. Em um bom
relatório as informações são classificadas em função de usa relevância ; as de pouca
importância são relegadas ao final ou eliminadas. Deverá ser evitado um número exagerado de
cifras e tabelas complicadas.

COMO E O QUE RELATAR ?

O conteúdo do relatório, bem como a maneira de apresentá-lo varia em função das


circunstâncias. Eis algumas sugestões práticas :

Limpeza na apresentação - o relatório é um trabalho escrito semelhante a outros documentos. A


sua apresentação exterior é muito importante. O relatório deve ser sucinto e objetivo. O bom
relatório é, em geral, mais curto ;

Entrega a tempo - um relatório entregue com atraso significa dinheiro perdido ; retarda as
decisões ou as medidas corretivas necessárias;

Estímulo à ação - a finalidade do relatório é incentivar a ação. Para isso, a sua função não se
limita aos fatos passados, mas fornece sempre uma indicação para o futuro, que permite uma
tomada de decisão pelo responsável;

Padrão definido - as modificações, se freqüentes, afetam a comparação entre os dados e a


compreensão daqueles que os recebem.

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE RELATÓRIO

Como falado anteriormente, o sistema de relatórios faz parte do sistema de controle da empresa.
Assim sendo, não pode haver relatório sem Ter havido um sistema de controle e de
planejamento devidamente implantado e consolidado. Como ponto fundamental desse sistema,
a implantação do sistema de relatórios tem os seguintes objetivos :

Elaborar o planejamento anual, baseado nas estimativas das receitas ;

Separar os custos e as despesas por centro de responsabilidade, o que possibilitará localizar as


causas dos grandes desvios ;

Estabelecer os níveis de responsabilidade individuais em função de um padrão de lucro ou de


retorno sobre o investimento ;

Idealizar um sistema de revisão e avaliação de relatórios para que haja o desenvolvimento do


planejamento da empresa.

TIPOS DE RELATÓRIOS

Tendo cada empresa necessidades específicas, o sistema de relatórios deverá ser elaborado de
modo a atender tais necessidades. Há praticamente uma infinidade de tipos de relatórios. Dentre
eles, poder-se-ia destacar :

Relatórios para supervisores - são os relatórios que dizem à respeito da produtividade de um


número reduzido de trabalhadores sob a responsabilidade de um supervisor. Tais relatórios
evidenciam a atuação real em comparação com a planejada, bem como as causas de tais
variações. Isto auxilia os supervisores no controle das suas atividades presentes e no
planejamento das futuras ;

Relatórios para superintendentes - à medida que se passa para escalões superiores à hierarquia
da administração, os relatórios deverão ser menos detalhados. Os dados devem ser fornecidos
diária ou semanalmente, a fim de que tenham noção da situação geral da empresa e possam
tomar decisões e tempo, quando for preciso ;

Relatório para gerente - estes relatórios devem ser diários e comparados com os dados
planejados no mês ou ano anterior ;

Relatórios para vice-presidente e diretores - a cúpula administrativa não se interessa pelos


detalhes, visto que os resultados globais constituem a meta final da empresa.

Característica da boa Informação dos relatórios contábil-gerenciais

DEFINIÇÕES
CARACTERÍSTIC
AS

A informação precisa não tem erros. Em alguns casos, a


informação imprecisa é gerada pela entrada de dados
PRECISA
incorretos no processo de transformação. Isto é
comumente chamado de entra lixo, sai lixo (ELSL).

A informação completa contém todos os fatos importantes.


Por exemplo, um relatório de investimento que não inclui
COMPLETA
todos os custos importantes não está completo.

A informação também deve ser de produção relativamente


econômica. Os tomadores de decisões devem sempre
ECONÔMICA
fazer um balanço do valor da informação com o custo de
sua produção.

A informação flexível pode ser usada para diversas


finalidades. Por exemplo, a informação de quanto se tem
de estoque disponível de uma determinada peça pode ser
FLEXIVEL usada por representantes de vendas no fechamento de
uma venda, por um gerente de produção para determinar
se mais estoque é necessário, e por um diretor financeiro
para determinar o valor total que a empresa tem investido
em estoques.
A informação confiável pode ser dependente. Em muitos
casos, a confiabilidade da informação depende da
CONFIÁVEL
confiabilidade do método de coleta dos dados. Quer dizer,
a confiabilidade depende da fonte da informação.

A informação relevante é importante para o tomador de


decisões. A informação de que os preços da madeira de
RELEVANTE
construção devem cair, pode não ser relevante para o
fabricante de chips de computador.

A informação deverá ser simples, não deve ser


exageradamente complexa. A informação sofisticada e
detalhada pode não ser necessária. Na verdade,
SIMPLES informações em excesso pode causar sobrecarga de
informações, quando um tomador de decisões tem
informações demais e não consegue determinar o que
realmente é importante.

A informação em tempo certo é enviada quando


necessária. Saber as condições do tempo da semana
EM TEMPO
passada não ajudará a decidir qual agasalho deve vestir
hoje
.

Finalmente, a informação deve ser verificável. Isto significa


que pode-se checá-la para saber se está correta, talvez
VERIFICÁVEL
checando várias fontes da mesma informação

É necessário usar tecnologia da informação como instrumento de suporte ao desenvolvimento


do sistema de organização, ou seja, a tecnologia usada deve estar alinhada com o plano
estratégico e diretamente ligada ao dia- a- dia da organização, como forma de garantir que cada
atividade do sistema seja executada da melhor forma possível. Para poder ajudar na tarefa da
escolha da melhor tecnologia da informação, aquela que melhor se ajuste às necessidades da
empresa...,é necessário aprender uma metodologia que possibilite planejar e executar um
plano...e agir com correções, sendo: OPERAR

 Organizar as necessidades para que cada uma delas possa ser considerada dentro de
um contexto de importância e prioridade
 Planejar cada uma das soluções com base na análise das necessidades.
 Executar os planos sem atropelos.
 Revisar periodicamente a execução do plano para que as correções de rumo sejam
tomadas imediatamente às necessidades.
 Agir sobre toda e qualquer ocorrência. Jamais esperar que as soluções aconteçam por
geração espontânea.
 Realizar o plano original, atualizando-o com as correções que se fizerem necessárias.

Para implantação de um sistema de informações na empresa, faz-se necessário utilizar recursos


tecnológico, bem como o planejamentos e procedimentos que deverão serem executados pelo
sistema, com acompanhamento constante dos resultados, envolvimento e treinamento da
equipe e aplicações de ações corretivas quando necessário.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBIL GERENCIAIS

A informação contábil precisa ser compreensiva, isto é, completa, e retratar todos os aspectos
contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos ou operações. Não se devem
compensar créditos com débitos, ou direitos e obrigações. Todos os aspectos de uma operação
que afeta o patrimônio precisa ser levado em conta.

A forma de apresentação da informação contábil para o processo de gestão nas empresas


deverá ser apresentada de forma clara, simples e objetiva, abrangendo os aspectos
operacionais, econômicos e financeiros da empresa.

Conforme apresentado as metas do sistema gerencial e de controle são as seguintes:

a) Auxiliar a empresa a planejar para o futuro.


b) Monitorar os eventos do ambiente externo e seus efeitos no projeto e funcionamento
do Sistema de contabilidade gerencial e de controle.
c) Medir e registrar os resultados das atividades que ocorrem dentro da empresa para
assegurar que os tomadores de decisões estejam bem informados.
d) Avaliar o desempenho dos funcionários e grupos da empresa.

Como as pessoas estão envolvidas com cada uma dessas metas, o estudo dos métodos e
sistemas da contabilidade gerencial, devem estar conectados ao estudo do comportamento
humano com envolvimento e a participação da equipe, na implantação e desenvolvimento do
planejamento e objetivos do sistema de informação gerencial da empresa, oferecendo
estimulo e ouvindo e considerando as opiniões pode ser uma forma de incentivar a equipe ao
envolvimento e concentração de esforços para atingirem seus objetivos, proporcionando
assim, melhor desempenho das atividades e melhorias do resultado geral da empresa.

As características gerais das informações, contidas ou geradas pelos sistemas contábeis,


podem ser dados financeiros ou dados d desempenho, de maneira que cabe a gerência, por
meio de suas necessidades de planejamento e controle, expressar e analisar as condições de
uso e torná-las compatíveis aos diversos setores, para decisão.

Os pressupostos básicos dos aspectos principais e mais relevantes, que devem ser
observados na elaboração de um Sistema de informação Contábil Gerencial, bem como as
características e procedimentos para sua utilização adequada são apresentadas conforme
quadro abaixo

PRESSUPOSTOS BÁSICOS NA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES


CONTÁBIL-GERENCIAIS
PROCEDIMENTOS CARACTERISTICAS

Necessidade de Informação a necessidade da informação alinhada ao absoluto respaldo


ao contador e a seus sistema, é o elemento vital para o
sucesso de um sistema de informação contábil. Caso esses
conceitos de utilidade e necessidade da informação contábil
não estejam imediatamente presentes no ambiente da
cúpula administrativa da entidade, é tarefa do contador fazer
nascer e crescer essa mentalidade gerencial. Para isso, é
necessário apenas o conhecimento profundo da Ciência
Contábil e de seu papel informativo – gerencial.

Planejamento e Controle O sistema de informação exige planejamento para produção


dos relatórios, para atender plenamente aos usuários. Ë
necessário saber o conhecimento contábil de todos os
usuários, e construir relatórios com enfoques diferentes para
os diferentes níveis de usuários. Dessa forma, será possível
efetuar o controle posterior. Só poderá ser controlado aquilo
que é aceito e entendido. Além disso, se o sistema de
informações gerenciais não for atualizado periodicamente,
poderá ficar numa situação de descrédito perante seus
usuários.

Um processo de implantação de um sistema de contabilidade gerencial, deverá ser planejado


para estabelecer a relação dos dados necessários, gerando assim, informações que deverão
serem controladas para o atendimento da real necessidade do usuário, e quando necessário,
implantadas ações corretivas para melhor aproveitamento do sistema.
A informação contábil deve pois, necessariamente, ser significativa para os problemas decisórias
do usuário (relevância) e não custar mais para ser produzida do que o valor esperado de sua
utilização (economicamente). Por outro lado, como uma atividade decisória específica determina
as necessidades, a relevância está em direta inter-relação (adaptação) com o contexto decisório
dessa decisão e com as atitudes e preferências de quem assumirá a decisão.
A informação contábil na apresentação de relatórios precisos no processo de tomada de
decisões como medidores de rentabilidade e produtividade na empresa, deverá também
apresentar qual é o valor do custo da informação com relação ao benefício que ela está
proporcionando na empresa, não devendo ter como resultado o custo maior que o benefício da
informação, pois dessa forma poderá ser ilusória seu processo de auxilio na tomada de
decisões.
O sistema de informações gerenciais assim como todos os sistemas de processamento de
transações tem atividades em comum, que necessita da coleta dados com entrada e,
armazenamento, por um ou mais processos, geram informações.
As informação gerencial contábil participa de várias funções organizacionais diferentes, sendo –
controle operacional, custeio do produto e do cliente, controle administrativo e controle
estratégico.

FUNÇÕES DAS INFORMAÇÕES CONTÁBIL GERENCIAL


Dependendo do nível da operação, as informações gerenciais contábeis possuem uma demanda
diferente, que são convertidos em produtos acabados e ou de serviços, que são executados
para os clientes sendo utilizadas em processo de gestão para sinais de divergências entre o
planejado e o realizado.
As imediatas ações corretivas nos casos de divergências, serão detectadas na análise do
desempenho obtido e reestruturadas de forma que contribuirão para a eficiência e no processo
gestão dos negócios .
O sistema de informações gerenciais representa o banco de dados em que estão centralizadas
todas as informações da empresa. O sistema de informação gerencial baseia-se no sistema
contábil societário, complementando pelo sistema de contabilidade gerencial, e é responsável
pelo registro de todas as operações da organização e pela elaboração de relatórios que
permitam a mensuração de resultados e forneçam dados para a tomada de decisões(...) O
sistema de informações gerenciais objetiva fornecer condições para que os resultados reais das
operações sejam apurados e comparados com aqueles orçados. Isso é possível através da
integração entre padrões e orçamentos (que fornecem os resultados previstos dentro de
determinado nível de atividade) e contabilidade ( que fornece o resultado efetivamente realizado.
O sistema de informação contábil gerencial, deverá ser apresentado não somente num contexto
de informações contábeis, mas sim, com a junção de informações operacionais, do ambiente
externo e outros fatores que sejam necessários para a empresa na estruturação de medidas
para tomadas de decisões com informações objetivas e completas.
O que caracteriza um sistema de informações contábil integrado é a ‘navegabilidade’ dos dados.
A partir do momento em que um dado é coletado(...), este deverá ser utilizado em todos os
segmentos do sistema de informações contábil (...). Diante disso, o dado navega por todos os
segmentos do sistema de informação contábil(...). Não haverá necessidade de reclassificação
para outros sistemas, assim, como de reintrodução do dado em algum sistema particular de
outro setor ou departamento da empresa. A informação será sempre fornecida pelo mesmo e
único sistema contábil de informação.
Na medida em que os dados são coletados e integrados ao sistema de informações gerenciais,
estes são processados e transformados de forma que possam diversificar os relatórios
apresentados para atender as necessidades dos usuários. Não havendo assim a necessidade
de reintroduzir os dados no sistema para processar outros relatórios.
Muito se fala sobre os benefícios proporcionados pela integração entre os sistemas de
informações das organizações. Sem dúvida, comparativamente falando-se, os sistemas se
tornam tão mais úteis quanto forem integrados. Essa percepção, embora óbvia, tem
conseqüências práticas em termos de qualidade de informações e definições de erros.
O fato de uma informação ter uma única entrada dentro do sistema, o compartilhamento de
dados e mesmo o potencial e agilidade no processo da informação será essencial à qualidade
para o seu gerenciamento.
Uma das premissas mais simples e freqüentemente mais esquecidas pelo contador, mesmo de
boa qualidade técnica, é que os relatórios contábeis, via de regra, não são feito para contadores,
mas para gerentes dos mais variados níveis. Os níveis de gerências podem ser identificados a
partir de seu interesse em informações de caráter global e estratégico ou setorial analítico.
Existem, por outro lado, categorias intermediárias que gostam de analisar relatórios amplos
quanto à área abrangida e, ainda assim, detalhados.
Descrevemos três pontos fundamentais para que um sistema de informações contábeis tenha
validade perene dentro de uma entidade, conforme descrito no quadro abaixo:
PONTOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL GERENCIAL
FUNDAMENTOS DO SISTEMA DESCRIÇÃO

As informações devem serem coletadas,


armazenadas e processadas de forma
operacional. O fundamento da
operacionalidade significa que todos os que
OPERACIONALIDADE trabalham com a informação contábil, devem
saber e sentir que estão operando com dados
reais, significativos, práticos e objetivos;
conseguidos, armazenados e processados de
forma prática e objetiva. Com isso teremos uma
utilização gerencial, ou seja, prática e
objetiva.(relatórios práticos e objetivos)

Sistema de informação integrado Quando todas


as áreas necessárias para o gerenciamento da
informação contábil estejam abrangidas por um
único sistema de informação contábil. Todos
INTEGRAÇÃO E devem utilizar-se de um mesmo e único
NAVEGABILIDADE sistema de informação. O que caracteriza um
sistema de contabilidade integrado é a
DOS DADOS navegabilidade dos dados, a partir do momento
que um dado é coletado, ele deverá ser
utilizado em todos os Segmentos do sistema de
informação contábil.

CUSTO DA INFORMAÇÃO O sistema de informação contábil deve ser


analisado na relação de custo x benefício para
a empresa, devendo o sistema de informações
contábeis gerenciais apresentar uma situação
de custo abaixo dos benefícios que proporciona
à empresa.

Um sistema de informação contábil gerencial, para apresentar resultados eficazes, devera seguir
padrões estabelecidos com acompanhamento dos resultados obtidos pelos usuários, para o
processo de gestão, bem como uma análise do custo benefício que está apresentando para
empresa.

O relatório é um trabalho escrito semelhante a outros documentos. A sua apresentação exterior


é muito importante, portanto deverá ser sucinto e objetivo. O bom relatório é em geral, elaborado
de acordo com as necessidades de informações solicitadas pelos usuários.
OBS: Prezado aluno, nos exames anteriores o Conselho Federal de Contabilidade não cobrou
questões relacionadas a Controladoria. Não é possível, nesse momento, informá-lo o nível das
questões que serão aplicadas na próxima edição, assim não pudemos buscar algumas questões
para resolver e comentar. Por isso, trouxemos esse material teórico e dinâmico que acabamos
de apresentar pra você. Abaixo, alguns questionamentos com as devidas respostas para auxiliá-
lo num melhor entendimento da leitura. Recomendamos ler essa apostila novamente para fixar o
conteúdo.

REFLEXÕES:

Defina Controladoria como gestão e controle e explique?


Departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do Sistema
Integrado de Informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade,
consideradacomo estágio evolutivo da contabilidade.

Nas tomadas de decisão, que papel a controladoria deve ter?


O processo decisório é influenciado pela controladoria, por meio das informações de
Planejamento econtrole.A missão da controladoria é assessorar as diversas gestões da
empresa, fornecendo mensuraçõesdas alternativas econômicas por meio da visão sistêmica,
integrar informações e reportá-las parafacilitar o processo decisório, diante disso o controller
exerce influencia na organização á medida quenorteia os gestores para que mantenham a sua
eficácia na organização.

Qual a atribuição mais importante da controladoria?


Controlar, mensurar e medir a performance e reportar aos usuários da informação.

Qual o conceito de estratégia e a Implicação para controladoria?


A estratégia é o processo pelo qual os gestores da organização, avaliam as
oportunidadeambientais externas, assim como a capacidade a fim de se decidirem sobre as
metas e sobre umconjunto de Plano de Ação.Com isso a controladoria é vital para o
planejamento e a visão de Longo prazo, pois cada vez mais éexigido um gerenciamento cada
vez mais eficiente e eficaz.

Como as empresas podem sustentar suas vantagens competitivas?


Existem duas formas das empresas sustentarem suas vantagens competitivas.
Baixo Custo – utilização de baixo custo em relação ao mercado onde a liderança de baixo
custopode ser conseguida por tais abordagens: - Economia de escala; - Curva de aprendizagem;
-Controle de custo; - Sinergia entre força de vendas e publicidade.
Diferenciação – diferenciar a oferta de produtos de modo que os clientes possam
perceber,valorizar e estar sempre dispostos a adquirir o produto pelo fator diferencial.

O que afeta as empresas no ambiente externo que ela está inserida?


No ambiente externo a empresa pode ser afetada por situações desfavoráveis, que
poderáprejudicar de forma quantitativa e qualitativa o desempenho da entidade, sendo que os
fatoreseconômicos, políticos, sociais e tecnológicos podem também influenciar de forma positiva
ou negativa as entidades.

O que significa fatores chaves de sucesso?


O fator chave de sucesso representa um atributo da qual a entidade deve dispor para ser bem
sucedida em seu ramo de negócio.

Qual o papel do Planejamento orçamentário?


O papel do planejamento orçamentário é de ser o instrumento que permite a administração
traçar emonitorar os objetivos de forma coordenada, controlar e alterar os objetivos de curto,
médio e longoprazo.
Explique os pontos fortes e fracos das organizações?
Nas variáveis internas existem fatores ligados ao processo de decisão, os comportamentos
destasvariáveis podem afetar os fatores-chaves de sucesso, constituindo-se respectivamente em
pontosfortes e fracos.Fortes – é uma característica da empresa que a colocam em uma posição
estrategicamente favorávelpara um desempenho eficaz.Fracos – é uma característica da
empresa que a colocam em uma posição estrategicamentedesfavoráveis para um desempenho
eficaz.

AUDITORIA CONTÁBIL

AUDITORIA INTERNA

A auditoria interna é uma atividade de avaliação, independente dentro da organização, para a


revisão da contabilidade, finanças e outras operações, como base para servir à administração.

É um controle administrativo, que mede e avalia a eficiência de outros controles. Examina o grau
de confiabilidade das informações e o desempenho das tarefas delegadas.
Seu trabalho apresenta como característica um maior volume de testes em função da maior
disponibilidade de tempo na empresa para executar os serviços de auditoria.

AUDITORIA EXTERNA OU INDEPENDENTE

A auditoria é um conjunto de procedimentos técnicos e legais que visam propiciar a emissão de


um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis, no sentido de verificar se estas
refletem adequadamente a posição patrimonial ou financeira, o resultado das operações e as
origens e aplicações de recursos da empresa examinada.

COMPARAÇÃO ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA

ITENS AUDITORIA EXTERNA AUDITORIA INTERNA


1. OBJETIVO Opinar sobre as demonstrações Assessorar a administração da
financeiras. empresa no efetivo
desempenho de sua função.
2. PROFISSIONAL Independente com Há relação de dependência
responsabilidade civil e com responsabilidades
contratação por período pré- trabalhistas entre as partes.
determinado.
3. EXISTÊNCIA Obrigatória em determinadas Facultativa.
empresas.
4. A QUEM Empresa, órgãos Empresa.
INTERESSA governamentais, credores e
investidores em geral.
5. PRODUTO FINAL Parecer sobre demonstrações Relatório de
financeiras. recomendações/sugestões à
administração.

CONTROLE INTERNO

É um processo desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os
objetivos da empresa, nas seguintes categorias:

Eficiência e efetividade operacional - relaciona-se ao atingimento ou não dos objetivos básicos


da entidade, no que se refere às metas de desempenho e rentabilidade;

Confiança nos registros contábeis/financeiros – os registros devem refletir transações reais,


consignadas pelos valores e enquadramentos corretos;

Conformidade – ações e documentos gerados pelos processos internos devem estar em


conformidade com a legislação e normas pertinentes.

A função principal da Auditoria Contábil é de manifestar uma opinião sobre as Demonstrações


Contábeis de uma entidade, envolvendo todos os critérios adotados para sua elaboração, bem
como todos os processos de registros e controles desenvolvidos internamente.Desenvolvemos a
Auditoria Contábil de forma a fornecer informações seguras, transparentes e relevantes para o
desenvolvimento das atividades empresariais, objetivando ainda o claro entendimento para os
usuários destas informações.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os auditores independentes – empresas ou profissionais autônomos – devem implantar e


manter regras e procedimentos de supervisão e controle interno de qualidade, que garantam a
qualidade dos serviços executados.

As regras e procedimentos relacionados ao controle de qualidade interno devem ser


formalmente documentados, e ser do conhecimento de todas as pessoas ligadas aos auditores
independentes.

As regras e procedimentos devem ser colocados à disposição do Conselho Federal de


Contabilidade para fins de acompanhamento e fiscalização, bem como dos organismos
reguladores de atividades do mercado, com vistas ao seu conhecimento e acompanhamento, e
dos próprios clientes, como afirmação de transparência.
Vários fatores devem ser levados em consideração na definição das regras e procedimentos de
controle interno de qualidade, principalmente aqueles relacionados à estrutura da equipe técnica
do auditor, ao porte, à cultura, organização e à complexidade dos serviços realizar.

O controle interno de qualidade é relevante na garantia de qualidade dos serviços prestados e


deve abranger a totalidade das atividades dos auditores, notadamente, diante da repercussão
que os relatórios de auditoria têm, interna e externamente, afetando a entidade auditada.

As equipes de auditoria são responsáveis, observados os limites das atribuições individuais, pelo
atendimento das normas da profissão contábil e pelas regras e procedimentos destinados a
promover a qualidade dos trabalhos de auditoria.

DAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Os auditores devem manter procedimentos visando à confirmação de que seu pessoal atingiu, e
mantém, as qualificações técnicas e a competência necessárias para cumprir as suas
responsabilidades profissionais.

Para atingir tal objetivo, os auditores devem adotar procedimentos formais para contratação,
treinamento, desenvolvimento e promoção do seu pessoal.

Os auditores devem adotar, no mínimo, um programa de contratação e monitoramento que leve


em consideração o planejamento de suas necessidades, estabelecimento dos objetivos e
qualificação necessária para os envolvidos no processo de seleção e contratação.

Devem ser estabelecidas as qualificações e diretrizes para avaliar os selecionados para


contratação, estabelecendo, no mínimo:

a) habilitação legal para o exercício profissional;


b) habilidades, formação universitária, experiência profissional, características comportamentais
e expectativas futuras para o cargo a ser preenchido;
c) regras para a contratação de parentes de pessoal interno e de clientes, contratação de
funcionários de clientes; e
d) análises de currículo, entrevistas, referências pessoais e profissionais e testes a serem
aplicados.

A EXECUÇÃO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA INDEPENDENTE

Os auditores devem ter política de documentação dos trabalhos executados e das informações
obtidas na fase de aceitação ou retenção do cliente, em especial quanto:

a) ao planejamento preliminar com base nos julgamentos e informações obtidos; e

b) à habilitação legal para o exercício profissional, inclusive quanto à habilidade e competência


da equipe técnica, com evidenciação por trabalho de auditoria independente dos profissionais
envolvidos quanto a suas atribuições.

Os auditores devem ter como política a designação de recursos humanos com nível de
treinamento, experiência profissional, capacidade e especialização adequados para a execução
dos trabalhos contratados.

Os auditores devem ter plena consciência de sua capacidade técnica, recursos humanos e
estrutura para prestar e entregar o serviço que está sendo solicitado, devendo verificar se há a
necessidade de alocação de recursos humanos especializados em tecnologia da computação,
em matéria fiscal e tributária ou, ainda, no ramo de negócios do cliente em potencial.

Os auditores devem planejar, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de


modo a garantir que o trabalho seja realizado de acordo com as normas de auditoria
independente de demonstrações contábeis.

As equipes de trabalho deverão ser integradas por pessoas de experiência compatível com a
complexidade e o risco profissional que envolvem a prestação do serviço ao cliente.

A delegação de tarefas para todos os níveis da equipe técnica deve assegurar que os trabalhos
a serem executados terão o adequado padrão de qualidade.

PLANEJAMENTO DA AUDITORIA

O Planejamento da Auditoria é a etapa do trabalho na qual o auditor independente estabelece a


estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a partir da
contratação dos serviços, estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames,
de modo que possa desempenhar uma auditoria eficaz.

O Planejamento da Auditoria é muitas vezes denominado Plano de Auditoria, ou Programa de


Auditoria.

PAPÉIS DE TRABALHO DE AUDITORIA

Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este


na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da
auditoria, por intermédio de informações em papel, filmes, meios eletrônicos ou outros que
assegurem o objetivo a que se destinam.

3. Os papéis de trabalho destinam-se a:

a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos quando
da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e execução da auditoria;

b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e

c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do


auditor independente.

TIPOS DE PARECER

O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor está convencido sobre todos os aspectos
relevantes dos assuntos tratados no âmbito de auditoria, O parecer do auditor independente
deve expressar essa convicção de forma clara e objetiva.

O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância
ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou
abstenção de opinião.

O auditor dever emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis estão
incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com
ressalva.
O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação significativa na extensão
de seus exames que impossibilitem o auditor expressar opinião sobre as demonstrações
contábeis por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la.

PRINCIPAIS PONTOS DAS RESOLUÇÕES CONTÁBEIS DOS EXAMES ANTERIORES

NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Trabalhos de


Asseguração.

Esta Estrutura Conceitual trata dos trabalhos de asseguração executados por auditores
independentes. Ela proporciona orientação e referência para auditores independentes e para
outros envolvidos em trabalhos de asseguração, como aqueles que contratam um auditor
independente (contratante).

Definição e objetivo do trabalho de asseguração

Essa parte da Estrutura Conceitual define os trabalhos de asseguração e identifica os objetivos


dos dois tipos de trabalhos de asseguração, cuja execução é permitida ao auditor independente.
Ela define esses dois tipos como “trabalhos de asseguração razoável” e “trabalhos de
asseguração limitada”. (observação: quando se tratar de trabalho de asseguração de
informações contábeis históricas (por exemplo, demonstrações contábeis), o trabalho de
asseguração razoável é denominado “auditoria”, e o trabalho de asseguração limitada é
denominado “revisão”).

Abrangência da estrutura conceitual

Essa parte distingue os trabalhos de asseguração de outros trabalhos, como os de consultoria.

Aceitação de trabalho

Essa parte estabelece as características que devem estar necessariamente presentes antes do
auditor independente aceitar um trabalho de asseguração.

Elementos do trabalho de asseguração

Essa parte identifica e discute os cinco elementos presentes nos trabalhos de asseguração
executados por auditores independentes: um relacionamento de três partes, um objeto, critérios,
evidências e um relatório de asseguração. Essa seção explica as diferenças importantes entre
os trabalhos de asseguração razoável e os de asseguração limitada (também detalhadas no
Apêndice). Essa seção discute também, por exemplo, as variações significativas no objeto dos
trabalhos de asseguração, as características exigidas dos critérios adequados, o papel do risco e
da materialidade nos trabalhos de asseguração, e como as conclusões são expressas em cada
um dos dois tipos de trabalhos de asseguração.

Uso indevido do nome do auditor independente

Essa parte discute as implicações da associação do auditor independente com determinado


objeto.

NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em


Conformidade com Normas de Auditoria
Auditoria de demonstrações contábeis

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte
dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas
conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de
auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar essa opinião.

As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua


administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBC TAs não
impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se
sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria
em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na premissa de que a
administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm conhecimento de
certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das
demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança.

Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável
de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado
de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria
apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o
risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de
segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a
maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é
persuasiva e não conclusiva.

O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria,


e na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de distorções não
corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis (NBC TA 320 - Materialidade no
Planejamento e na Execução da Auditoria, e NBC TA 450 - Avaliação das Distorções
Identificadas durante a Auditoria). Em geral, as distorções, inclusive as omissões, são
consideradas relevantes se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas
influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações
contábeis. Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as
circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção que o auditor tem das necessidades
dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou
por uma combinação de ambos. A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis
como um todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções que não
sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo.
Objetivos gerais do auditor

Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável;
e

(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido


pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.

Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva
no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das
demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua
opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou
regulamentação aplicável.

NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis.

Sistema de controle de qualidade e função da equipe de trabalho

Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade


da firma de auditoria. De acordo com a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas
(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes que executam exames de auditoria e
revisões de informação contábil histórica e outros trabalhos de asseguração e de serviços
correlatos, a firma tem por obrigação estabelecer e manter sistema de controle de qualidade
para obter segurança razoável que:

(a) a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências
legais e regulatórias; aplicáveis; e
(b) os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas
circunstâncias.

Objetivo

O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho


que forneçam ao auditor segurança razoável de que:

(a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais e
regulatórias aplicáveis; e
(b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.

Definições

Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos:

Sócio encarregado do trabalho (as expressões “Sócio encarregado do trabalho”, “sócio” e “firma”
devem ser lidos como se referissem a seus equivalentes no setor público, quando relevante) é o
sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo trabalho e sua execução e pelo relatório de
auditoria ou outros relatórios emitidos em nome da firma, e quem, quando necessário, tem a
autoridade apropriada de um órgão profissional, legal ou regulador.

Revisão de controle de qualidade do trabalho é um processo estabelecido para fornecer uma


avaliação objetiva, na data ou antes da data do relatório, dos julgamentos relevantes feitos pela
equipe de trabalho e das conclusões atingidas ao elaborar o relatório. O processo de revisão de
controle de qualidade do trabalho é somente para auditoria de demonstrações contábeis de
companhias abertas e de outros trabalhos de auditoria, se houver, para os quais a firma
determinou a necessidade de revisão de controle de qualidade do trabalho.

Revisor de controle de qualidade do trabalho é um sócio ou outro profissional da firma, uma


pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas,
nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e
apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho
e as conclusões atingidas para elaboração do relatório de auditoria.

Equipe de trabalho são todos os sócios e quadro técnico envolvidos no trabalho, assim como
quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da rede para executar procedimentos de
auditoria no trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados pela firma ou por uma firma
da rede (NBC TA 620 – Utilização do Trabalho de Especialistas define o termo especialista do
auditor.

Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como auditor independente.

Inspeção, em relação a trabalhos concluídos, são procedimentos projetados para fornecer


evidências de cumprimento das políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma
pelas equipes de trabalho.

Companhia aberta é uma entidade que tem ações, cotas ou outros títulos cotados ou registrados
em bolsas de valores ou negociados de acordo com os regulamentos de uma bolsa de valores
reconhecida ou outro órgão equivalente.

Monitoramento é um processo que consiste na contínua consideração e avaliação do sistema de


controle de qualidade da firma, incluindo a inspeção periódica de uma seleção de trabalhos
concluídos, projetado para fornecer à firma segurança razoável de que seu sistema de controle
de qualidade está operando de maneira efetiva.

NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da


Auditoria de Demonstrações Contábeis.

Características da fraude

As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator


distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente
que resulta em distorção nas demonstrações contábeis.

Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o
auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações
contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções
decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. Apesar
de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não
estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.

Responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude

A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela


governança da entidade e da sua administração. É importante que a administração, com a
supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da fraude, o que pode
reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude, o que pode persuadir os
indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e punição. Isso
envolve um compromisso de criar uma cultura de honestidade e comportamento ético, que pode
ser reforçado por supervisão ativa dos responsáveis pela governança. A supervisão geral por
parte dos responsáveis pela governança inclui a consideração do potencial de burlar controles
ou de outra influência indevida sobre o processo de elaboração de informações contábeis, tais
como tentativas da administração de gerenciar os resultados para que influenciem a percepção
dos analistas quanto à rentabilidade e desempenho da entidade.

Responsabilidade do auditor

O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter
segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito na NBC TA 200, devido às
limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes
das demonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente
planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria

NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências de Controle Interno.

Objetivo

O objetivo do auditor é comunicar apropriadamente, aos responsáveis pela governança e à


administração, as deficiências de controle interno que o auditor identificou durante a auditoria e
que, no seu julgamento profissional, são de importância suficiente para merecer a atenção deles.

Definições

Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os seguintes significados a eles
atribuídos:

Deficiência de controle interno existe quando:

(i) o controle é planejado, implementado ou operado de tal forma que não consegue
prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis; ou

(ii) falta um controle necessário para prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente,


distorções nas demonstrações contábeis.

Deficiência significativa de controle interno é a deficiência ou a combinação de deficiências de


controle interno que, no julgamento profissional do auditor, é de importância suficiente para
merecer a atenção dos responsáveis pela governança.

Requisitos

O auditor deve determinar se, com base no trabalho de auditoria executado, ele identificou uma
ou mais deficiências de controle interno.
Se o auditor identificou uma ou mais deficiências de controle interno, o auditor deve determinar,
com base no trabalho de auditoria executado, se elas constituem, individualmente ou em
conjunto, deficiência significativa.

O auditor deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências significativas de controle


interno identificadas durante a auditoria aos responsáveis pela governança.

O auditor também deve comunicar tempestivamente à administração no nível apropriado de


responsabilidade.

(a) por escrito, as deficiências significativas de controle interno que o auditor comunicou ou
pretende comunicar aos responsáveis pela governança, a menos que não seja apropriado nas
circunstâncias comunicar diretamente à administração; e

(b) outras deficiências de controle interno identificadas durante a auditoria que não foram
comunicadas à administração ou a outras partes e que, no julgamento profissional do auditor,
são de importância suficiente para merecer a atenção da administração.

O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências significativas de controle
interno:

(a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos; e


(b) informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a
administração entendam o contexto da comunicação. O auditor deve especificamente explicar
que:

(i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as demonstrações


contábeis;
(ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante para a elaboração das
demonstrações contábeis com a finalidade de planejar procedimentos de auditoria que são
apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia do
controle interno; e
(iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante
a auditoria e concluiu serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela
governança.

Aprova a NBC TA 300 – Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis.

Papel e oportunidade do planejamento

O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o


desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria
das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para:

 auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;

 auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;

 auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado
de forma eficaz e eficiente;
 auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de
capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de
tarefas;

 facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu


trabalho;

 auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e


especialistas.

Objetivo

O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneira eficaz.

Requisitos

Envolvimento de membros-chave da equipe de trabalho

O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe de trabalho devem ser envolvidos no


planejamento da auditoria, incluindo o planejamento e a participação na discussão entre os
membros da equipe de trabalho.

Atividades preliminares do trabalho de auditoria

O auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria corrente:

(a) realizar os procedimentos exigidos pela NBC TA 220 – Controle de Qualidade da


Auditoria de Demonstrações Contábeis;

(b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência, conforme


exigido pela NBC TA 220; e

(c) estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC TA
210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria.

Atividades de planejamento

O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a
direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

Ao definir a estratégia global, o auditor deve:

(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;

(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a


natureza das comunicações requeridas;

(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para
orientar os esforços da equipe do trabalho;
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando
aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do
trabalho para a entidade; e
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.

O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco,


conforme estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção
Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;

(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados


no nível de afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos
Avaliados;
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja
em conformidade com as normas de auditoria.

O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre
que necessário no curso da auditoria.

O auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão do direcionamento e supervisão da


equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho.

NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados.

Objetivo

O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos


riscos avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de
respostas apropriadas a esses riscos.

Definições

Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:

Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções


relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

(b) procedimentos analíticos substantivos.

Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional


dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de
afirmações.

Requisitos

Respostas gerais
O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados de
distorção relevante no nível das demonstrações contábeis.

Procedimentos de auditoria em resposta aos riscos avaliados de distorção relevante no


nível de afirmações

O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza, época e
extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de
afirmações.

Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados, o auditor deve:

(a) considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante no nível
de afirmações para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações, incluindo:

(i) a probabilidade de distorção relevante devido às características particulares da classe de


transações, saldo de contas ou divulgação relevantes (isto é, o risco inerente); e

(ii) se a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes (isto é, o risco de


controle), exigindo assim que o auditor obtenha evidência de auditoria para determinar se os
controles estão operando eficazmente (isto é, o auditor pretende confiar na efetividade
operacional dos controles para determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos
substantivos); e

(b) obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do
auditor.
.

Testes de controle

O auditor deve planejar e realizar testes de controle para obter evidência de auditoria apropriada
e suficiente quanto à efetividade operacional dos controles relevantes se:

(a) a avaliação de riscos de distorção relevante no nível das afirmações pelo auditor inclui a
expectativa de que os controles estão operando efetivamente (isto é, o auditor pretende confiar
na efetividade operacional dos controles para determinar a natureza, época e extensão dos
procedimentos substantivos); ou
(b) os procedimentos substantivos isoladamente não fornecem evidência de auditoria
apropriada e suficiente no nível de afirmações.

Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve obter evidência de auditoria mais
persuasiva quanto maior for a sua confiança na efetividade do controle.
Natureza e extensão dos testes de controle

Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve:

(a) executar outros procedimentos de auditoria juntamente com indagação para obter evidência
de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles, incluindo:

(i) o modo como os controles foram aplicados ao longo do período.

(ii) a consistência como eles foram aplicados;


(iii) por quem ou por quais meios eles foram aplicados;
(b) determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles (controles
indiretos) e, caso afirmativo, se é necessário obter evidência de auditoria que suporte a
operação efetiva desses controles indiretos.

Época dos testes de controle

O auditor deve testar os controles para uma data específica ou ao longo do período no qual o
auditor pretende confiar nesses controles.

Uso da evidência de auditoria obtida durante um período intermediário

Se o auditor obtém evidência de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles durante
período intermediário, o auditor deve:

(a) obter evidência de auditoria das alterações significativas nesses controles após o período
intermediário; e
(b) determinar a evidência de auditoria adicional a ser obtida para o período remanescente.

Uso da evidência de auditoria obtida em auditoria anterior

Para determinar se é apropriado usar evidência de auditoria da efetividade operacional dos


controles obtida em auditorias anteriores e, caso afirmativo, a duração do período de tempo que
pode decorrer antes de testar novamente o controle, o auditor deve considerar o seguinte:

(a) a efetividade dos outros elementos de controle interno, incluindo o ambiente de controle,
os controles de monitoramento da entidade e o seu processo de avaliação de risco;
(b) os riscos decorrentes das características do controle, incluindo se ele é manual ou
automatizado;
(c) a efetividade dos controles gerais de Tecnologia da Informação (TI);
(d) a efetividade do controle e sua aplicação pela entidade, incluindo a natureza e extensão
de desvios na aplicação do controle observados nas auditorias anteriores e se houve mudanças
de pessoal que afetaram de forma significativa a aplicação do controle;
(e) se a falta de alteração em um controle em particular oferece risco devido às mudanças de
circunstâncias; e
(f) os riscos de distorção relevante e a extensão da confiança no controle.

Se o auditor planeja usar a evidência de auditoria da auditoria anterior a respeito da efetividade


operacional de controles específicos, o auditor deve estabelecer se essa evidência continua
relevante mediante a obtenção de evidência de auditoria quanto a ocorrência ou não de
alterações significativas nesses controles após a auditoria anterior. O auditor deve obter essa
evidência mediante indagação, juntamente com observação ou inspeção, para confirmar o
entendimento desses controles específicos, e:

(a) se houve alterações (nos controles) que afetam a continuidade da relevância da


evidência de auditoria de um trabalho anterior, o auditor deve testar os controles na auditoria
corrente;
(b) se não houve essas alterações, o auditor deve testar os controles pelo menos uma vez a
cada três auditorias e deve testar alguns desses controles em todas as auditorias a fim de evitar
a possibilidade de testar todos os controles nos quais o auditor pretende confiar em um único
período de auditoria e não testar os controles nos dois períodos de auditoria subsequentes.

Controle sobre risco significativo


Se o auditor planeja confiar em controles sobre um risco determinado como significativo, o
auditor deve testar esses controles no período corrente.

Avaliação da efetividade operacional dos controles

Ao avaliar a efetividade operacional dos controles relevantes, o auditor deve avaliar se as


distorções que foram detectadas pelos procedimentos substantivos indicam que os controles não
estão operando efetivamente. A ausência de detecção de distorções por procedimentos
substantivos, entretanto, não fornece evidência de auditoria de que os controles relacionados
com a afirmação que está sendo testada são efetivos.

Quando são detectados desvios de controles nos quais o auditor pretende confiar, o auditor deve
fazer indagações específicas para entender esses assuntos e suas potenciais consequências e
deve determinar se:

(a) os testes de controle executados fornecem uma base apropriada para se confiar nos
controles;
(b) são necessários testes adicionais de controle; ou
(c) os riscos potenciais de distorção precisam ser tratados usando procedimentos
substantivos.

Procedimento substantivo

Independentemente dos riscos identificados de distorção relevante, o auditor deve planejar e


executar procedimentos substantivos para cada classe de transações, saldo de contas e
divulgações significativas.

O auditor deve considerar se procedimentos de confirmação externa devem ser executados


como procedimentos substantivos.

Procedimento substantivo relacionado com o processo de encerramento das demonstrações


contábeis

Os procedimentos substantivos do auditor devem incluir os seguintes procedimentos de auditoria


relacionados com o processo de encerramento das demonstrações contábeis:

(a) confrontar ou conciliar as demonstrações contábeis com os registros contábeis que as


suportam; e
(b) examinar lançamentos relevantes de diário e outros ajustes efetuados durante a
elaboração das demonstrações contábeis.

Procedimento substantivo em resposta aos riscos significativos

Se o auditor determinar que um risco identificado de distorção relevante no nível de afirmações é


significativo, o auditor deve executar procedimentos substantivos que respondem
especificamente a esse risco. Quando a abordagem a um risco significativo consiste somente
em procedimentos substantivos, esses procedimentos devem incluir testes de detalhes.

Época dos procedimentos substantivos

Se os procedimentos substantivos forem executados em data intermediária, o auditor deve cobrir


o período remanescente mediante a execução de:
(a) procedimentos substantivos, combinados com testes de controle para o período desde a
data intermediária até o encerramento; ou

(b) se o auditor determinar que é suficiente, apenas procedimentos substantivos adicionais,


que forneçam base razoável para estender as conclusões de auditoria da data intermediária até
o final do período.

Se forem detectadas distorções que o auditor não esperava na avaliação de riscos de distorção
relevante em data intermediária, o auditor deve avaliar se a respectiva avaliação de risco e a
natureza, época e extensão planejadas dos procedimentos substantivos que cobrem o período
remanescente precisam ser modificadas.

NBC TA 500 – Evidência de Auditoria.

Objetivo

O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam ao auditor


conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões
razoáveis para fundamentar a sua opinião.

Definições

Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:

Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação-


suporte (cheques e registros de transferências eletrônicas de fundos, faturas, contratos); os
livros diário, razões geral e auxiliares, as reclassificações nas demonstrações contábeis não
refletidas no diário e as planilhas de trabalho, que suportem as alocações de custos, cálculos,
conciliações e divulgações.

Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a


sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do
auditor.
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as
informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e
outras informações.

Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área,


que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado pela
entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.

Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A


quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos
de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria.

Aprova a NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria.

Objetivo
O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base
razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.

Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados a eles atribuídos:

Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos


itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base
razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual
o auditor deseja concluir.

Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse
ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de
amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:

(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do
que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de
conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião
de auditoria não apropriada.

(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do
que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da
auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as
conclusões iniciais estavam incorretas.

Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea
por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou
desvio em uma população.

Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população.
Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características:

(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e


(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a
mensuração do risco de amostragem.

A abordagem de amostragem que não tem as características (i) e (ii) é considerada uma
amostragem não estatística.
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor
monetário).
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de
segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.

Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos,
definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio
não seja excedida pela taxa real de desvio na população.
NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações
Relacionadas.

Objetivo

O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre:


(a) se as estimativas contábeis, incluindo as de valor justo, registradas ou divulgadas nas
demonstrações contábeis, são razoáveis; e

(b) se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são adequadas, no contexto


da estrutura de relatório financeiro aplicável.

Definições

Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os seguintes significados:

Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de


mensuração preciso. Este termo é usado para um valor mensurado do valor justo quando existe
incerteza de estimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas. Quando esta
Norma trata apenas de estimativas contábeis que envolvem mensuração do valor justo, é usado
o termo “estimativas contábeis do valor justo”.

Estimativa pontual ou intervalo é o valor, ou intervalo de valores, respectivamente, derivado de


evidências de auditoria para uso na avaliação da estimativa pontual da administração.

Incerteza de estimativa é a suscetibilidade da estimativa contábil e das respectivas divulgações à


falta de precisão inerente em sua mensuração.

Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da administração na elaboração e


apresentação de informações.

Estimativa pontual da administração é o valor selecionado pela administração para registro ou


divulgação nas demonstrações contábeis como estimativa contábil.
Desfecho de estimativa contábil é o valor monetário real resultante da resolução da transação,
evento ou condição de que trata a estimativa contábil.

NBC TA 610 – Utilização do Trabalho de Auditoria Interna.

Relação entre a função de auditoria interna e o auditor independente

Os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela administração e, quando


aplicável, pelos responsáveis pela governança. Embora os objetivos da função de auditoria
interna e o do auditor independente sejam diferentes, os meios utilizados pela auditoria interna e
pelo o auditor independente para alcançar seus respectivos objetivos podem ser semelhantes.

Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função de auditoria interna, tal


função não é independente da entidade, como é exigido do auditor independente quando ele
expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis. O auditor independente assume
integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor
independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos.

Objetivo
Os objetivos do auditor independente, quando a entidade tiver a função de auditoria interna que
o auditor independente determinou como tendo a probabilidade de ser relevante para a auditoria,
são:

(a) determinar se e em que extensão utilizar um trabalho específico dos auditores internos; e

(b) se utilizar um trabalho específico da auditoria interna, determinar se aquele trabalho é


adequado para os fins da auditoria.

Definições

Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados a eles atribuídos
abaixo:

Função de auditoria interna é a atividade de avaliação estabelecida ou fornecida como um


serviço para a entidade. Suas funções incluem, dentre outras: exame, avaliação e
monitoramento da adequação e efetividade do controle interno.

Auditores internos são as pessoas que executam as atividades da função de auditoria interna.
Os auditores internos podem fazer parte de um departamento de auditoria interna ou de uma
função equivalente.

A seguir algumas questões com base nos Exames anteriores e questões de concursos com nível
parecido a prova do Conselho Federal de Contabilidade.

TEORIA X PRÁTICA

QUESTÃO: Em relação à preparação da documentação da auditoria, assinale a opção


CORRETA.

a) Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados,


o auditor não precisa registrar quem executou o trabalho de auditoria nem a data em que foi
concluído.
b) É fundamental que o auditor, antes do início dos trabalhos de auditoria, prepare
tempestivamente a documentação de auditoria.
c) O auditor deve documentar discussões de assuntos significativos, exceto se forem discutidos
com a administração.
d) Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que é inconsistente
com a sua conclusão final, ele não deve documentar como tratou essa inconsistência.

RESOLUÇÃO

11.2 – NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

11.2.1 – PLANEJAMENTO DA AUDITORIA

11.2.1.1 – O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais de Auditor
Independente e estas normas, e de acordo com os prazos e demais compromissos
contratualmente assumidos com a entidade.
11.2.1.2 – O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os
fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o nível geral
de competência de sua administração.

11.2.1.3 – O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos


trabalhos, especialmente os seguintes:

a) o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações


procedidas em relação ao exercício anterior;
b) o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau
de confiabilidade;
c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de
transações, quer pela complexidade de suas atividades;
d) a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
e) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;
f) o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos;
g) a natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem
entregues à entidade; e
h) a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e
para a entidade prestar informações aos demais usuários externos.

11.2.1.4 – O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho
por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão
aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.

11.2.1.5 – Os programas de trabalho devem ser detalhados de forma a servir como guia e meio
de controle de sua execução.

11.2.1.6 – O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve


prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos
executados.

11.2.1.7 – A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável
segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacitação profissional,
independência e treinamento requeridos nas circunstâncias.

11.2.1.8 – O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados


sempre que novos fatos o recomendarem.

11.2.1.9 – Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as
demonstrações contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o
planejamento deve contemplar os seguintes procedimentos:

a) obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham


representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as
demonstrações contábeis do exercício atual;
b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de
abertura do exercício atual;
c) verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as
adotadas no exercício anterior;
d) identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação
patrimonial e financeira; e
e) identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior, revelados ou não
revelados.
EXEMPLIFICANDO

a) Incorreto. O auditor deve registrar a execução, revisão e supervisão dos trabalhos;

b) Correto. A afirmativa faz parte do planejamento de auditoria;

c) Incorreto. Principalmente com a administração;

d) Errado. O auditor deve documentar a inconsistência.

Resposta B

QUESTÃO: Em relação à identificação e à avaliação dos riscos de distorção relevante, assinale


a opção CORRETA.

a) O auditor deve obter entendimento do controle interno relevante para a auditoria.


b) O auditor na sua análise deve identificar pontos fortes no ambiente de controle que são
desconhecidos.
c) O auditor não deve identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das
demonstrações contábeis.
d) O auditor não deve obter um entendimento do ambiente de controle, quando for analisar as
demonstrações contábeis.

RESOLUÇÃO:

Sobre os riscos de distorção relevante assinale a alternativa correta:

a) Correto. O auditor deve obter o entendimento do controle interno relevante para a auditoria

b) Errado. ele deve conhecer do controle interno

c) Errado. Ele deve identificar os riscos de negócio

d) Errado. Ele deve obter um entendimento do ambiente de controle.

Resposta A

QUESTÃO: Em relação aos procedimentos de auditoria, assinale a opção CORRETA.

a) A auditoria das demonstrações contábeis exime as responsabilidades da administração ou


dos responsáveis pela governança.
b) As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade elaboradas pelo auditor
independente, com supervisão geral dos responsáveis pela governança.
c) As NBC Técnicas impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela
governança e se sobrepõem às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades.
d) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários.

RESOLUÇÃO

Marque a opção correta sobre os procedimentos


a) errado, pois a auditoria não exime as responsabilidades da administração ou da governança

b) errada, a auditoria não elabora demonstrações

c) errada, Normas Brasileira da Contabilidade não força de lei, logo não se sobrepõem

d) CERTA. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas entidades contábeis.

RESOLVENDO E CONCEITUANDO:

Esta questão está relacionada com a Resolução 001275/2010 do Conselho Federal de


Contabilidade (CFC). A Resolução tem como objetivo estabelecer normas e orientações quanto
às responsabilidades profissionais do auditor independente quando este, que não é o auditor da
entidade, assume um trabalho de revisão das demonstrações contábeis dessa entidade e quanto
à forma e ao conteúdo do relatório emitido pelo auditor independente em conexão com tal
revisão. O auditor independente, que é o auditor da entidade contratado para realizar a revisão
das informações contábeis intermediárias, realiza a revisão de acordo com a NBC TR 2410.

A letra a) está incorreta porque a norma NÃO exime a responsabilidade da administração ou de


seus responsáveis. A Resolução 1275/2010 atribui a responsabilidade para ambos
(administração da entidade e auditor independente).

A questão também está relacionada com a Resolução 001203/2009 NBC TA 200 - Objetivos
Gerais do Auditor Independente, que trata das responsabilidades gerais do auditor independente
na condução da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras normas elas estão
substancialmente apresentadas pela sua sigla “NBC TA”. Especificamente, ela expõe os
objetivos gerais do auditor independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para
possibilitar ao auditor independente o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o
alcance, a autoridade e a estrutura das NBC TAs e inclui requisitos estabelecendo as
responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis em todas as auditorias, inclusive a
obrigação de atender todas as NBC TAs. Doravante, o “auditor independente” é denominado o
“auditor”.

A letra b) está incorreta porque as demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da


entidade, elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos responsáveis pela
governança, conforme determina a Resolução 1203/2009.

A letra c) está incorreta porque as NBC TAs NÃO impõem responsabilidades à administração ou
aos responsáveis pela governança e NÃO se sobrepõe às leis e regulamentos que governam as
suas responsabilidades, conforme versa a Res. 1203/2009.

A mesma Resolução ratifica a letra d) como correta: O objetivo da auditoria é aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa
se as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em
conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a
formar essa opinião.
QUESTÃO: O planejamento adequado, a designação apropriada de pessoal para a equipe de
trabalho, a aplicação de ceticismo profissional, a supervisão e revisão do trabalho de auditoria
executado, ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e
reduzem a possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria
inadequado, aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar
erroneamente os resultados da auditoria. Tais procedimentos são fundamentais na redução do
risco de:

a) controle.
b) detecção.
c) distorção inerente.
d) relevante.

RESOLUÇÃO:

Analisaremos por partes

NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL

(a) o risco de que a informação sobre o objeto contenha distorções relevantes, o que, por sua
vez, consiste em:

(i) risco inerente é a suscetibilidade da informação sobre o objeto a uma distorção relevante,
pressupondo que não haja controles relacionados; e
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou
detectada e corrigida, em tempo hábil por controles internos relacionados. Quando o risco de
controle é relevante para o objeto, algum risco de controle sempre existirá em decorrência das
limitações inerentes ao desenho e à operação do controle interno; e

(b) risco de detecção é o risco de que o auditor independente não detecte uma distorção
relevante existente.

NBC TA 315 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE


DISTORÇÃO RELEVANTE POR MEIO DO ENTENDIMENTO DA ENTIDADE
E DO SEU AMBIENTE

NBC TA 330 – RESPOSTA DO AUDITOR AOS RISCOS AVALIADOS

Assim, todos os atributos informados no enunciado são dessa norma. dessa forma ela explica:

- O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada


aos riscos avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de
respostas apropriadas a esses riscos.

A1. As respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das
demonstrações contábeis podem incluir:

- enfatizar para a equipe de auditoria a necessidade de manter o ceticismo profissional;


- designar pessoal mais experiente ou aqueles com habilidades especiais ou usar especialistas;
- fornecer mais supervisão;
- incorporar elementos adicionais de imprevisibilidade na seleção dos procedimentos adicionais
de auditoria a serem executados;
- efetuar alterações gerais na natureza, época ou extensão dos procedimentos de auditoria
como, por exemplo, executar procedimentos substantivos no final do período ao invés de em
data intermediária ou modificar a natureza dos procedimentos de auditoria para obter evidência
de auditoria mais persuasiva.

Assim temos,

Risco de Distorção Relevante


Risco Inerente
Risco de Controle

Não existe na norma o "risco relevante" e o "risco de distorção inerente"

Risco de Detecção - é a condição do auditor não perceba a distorção relevante.

Resposta B

QUESTÃO: De acordo com a NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude


no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, a fraude é considerada o ato intencional
de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou
terceiros que envolva:

a) a obtenção de vantagem justa ou legal.


b) culpa para obtenção de vantagens.
c) dolo ou culpa para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.
d) dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.

De acordo com a NBC TA 240 - Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude no Contexto


da Auditoria de Demonstração Contábeis, a fraude é considerada a ato intencional de um ou
mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros
que envolva:

NBC TA 240

Definições

11. Para efeito desta Norma, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis
pela governança, funcionários ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de
vantagem injusta ou ilegal.

D- dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.

Resposta D

QUESTÃO: De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria convergentes com as Normas


Internacionais de Auditoria, o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser
evitada, ou detectada e corrigida em tempo hábil por controles internos relacionados é
considerado um risco:
a) de controle.
b) de detecção.
c) inerente.
d) inevitável.

Para entender essa questão, definiremos:

Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção


relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das
afirmações:

(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto
com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida
tempestivamente pelo controle interno da entidade.

Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.

Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que


algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a
auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria. Portanto, descoberta posterior de uma distorção relevante das demonstrações
contábeis, resultante de fraude ou erro, não indica por si só, uma falha na condução de uma
auditoria em conformidade com as normas de auditoria. Contudo, os limites inerentes de uma
auditoria não são justificativas para que o auditor se satisfaça com evidências de auditoria
menos que persuasivas. Se o auditor executou ou não uma auditoria em conformidade com as
normas de auditoria é determinado pelos procedimentos de auditoria executados nas
circunstâncias, a suficiência e adequação das evidências de auditoria obtidas como resultado
desses procedimentos e a adequação do relatório do auditor com base na avaliação dessas
evidências considerando os objetivos gerais do auditor.

Esta questão está relacionada a:

NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos
Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria e a Resolução CFC n.º 1.329/11 que alterou a sigla e a numeração da NBC T 19.27
citada nesta Norma para NBC TG 26. Além da RESOLUÇÃO CFC N.º 1.328/11 que trata da
Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.

a) de controle

Resposta A
QUESTÃO: O auditor realizou uma contagem física no caixa da empresa auditada.
Considerando que nessa data o saldo anterior existente era de R$100.000,00 e, levando em
consideração os eventos após a contagem, o CORRETO valor do saldo final do caixa da
empresa é de:

Eventos:
- Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor, efetuado por meio de cheque no valor
de R$57.000,00.
- Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$72.000,00, acrescido de juros por atraso
de 2%.
- Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$21.900,00.
- Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$51.000,00.

a) R$27.100,00.
b) R$43.540,00.
c) R$100.540,00.
d) R$173.440,00.

Esse exercício tem um semelhante no livro do Benedito de Souza, Auditoria Contábil, caso
prático.

Assim, a idéia é que o auditor faça a contagem física do caixa, com ajuste na conta e o que não
for da conta caixa seja retirado para contas de sua natureza, formando pontos de
recomendações.

1 - Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor, efetuado por meio de cheque no


valor de R$ 57.000,00. Essa conta deve ser registrada no BANCO CONTA MOVIMENTO.

2- Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$ 72.000,00, acrescido de juros por


atraso de 2%.

Em carteira - é o recebimento na empresa das duplicatas que está em seu poder.

A lei 5474/68, que dispõe sobre duplicatas, explica que a duplicata pode ser recebida tanto por
instituições financeiras como pelo empresário.

Considero que esses são os registros do caixa, então é um recebimento dele.

R$ 72000,00
R$ 72.000,00 x 2% = 1.440,00

Total = 73.440,00

3- Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor R$ 21.900,00

4- Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$ 51.000,00

Saldo Inicial = 100.000,00


Movimento

1- não entra

2- Recebimento 73.440,00

3- Pagamento 21.900,00

4- Pagamento 51.000,00

Saldo Final 100.540,00

Resposta C

QUESTÃO: A firma de auditoria Auditores Associados foi contratada para emitir parecer
específico sobre o balanço patrimonial de determinada entidade. Ela disponibilizou acesso
ilimitado a todas as áreas da empresa, a todos os relatórios, registros, dados, informações e
demais demonstrações contábeis, de forma a serem possíveis todos os procedimentos de
auditoria. Dessa forma, é correto classificar essa auditoria como

(A) um a limitação no escopo do trabalho.

(B) um trabalho de objetivo ilimitado, que deverá gerar parecer na modalidade com ressalvas,
pelo menos.

(C) um a indeterminação na profundidade do trabalho.

(D) um trabalho de objetivo limitado.

(E) um a restrição na profundidade do trabalho.

Comentários

Nos termos da NPA 01 do Ibracon:

É possível que o auditor seja contratado para uma auditoria voltada somente para opinar
sobre o balanço patrimonial e não sobre as demais demonstrações contábeis. Desde que
não haja nenhuma restrição ao acesso do auditor às informações, registros e dados em
que se baseiam as demonstrações contábeis e sejam possíveis todos os procedimentos
de auditoria que considere necessários nas circunstâncias, essa solicitação de exame
não caracteriza uma limitação na extensão. Representa somente um trabalho de auditoria
de objetivo limitado, mas não de extensão limitada para tal objetivo.

Resposta D

QUESTÃO: Nos procedimentos de auditoria independente da Cia. ABC foram constatadas as


seguintes incorreções pelo auditor:
I. O saldo da conta Bancos C/Movimento estava superior em R$ 2.250,00 ao saldo do extrato
bancário em virtude do não registro contábil de despesas de juros nesse montante cobradas
pela instituição financeira.

II. Na conta de Estoques, não deram baixa do custo de mercadorias vendidas decorrentes de
uma venda, esta contabilizada corretamente, de R$ 120.000,00, cujo lucro bruto correspondeu a
9/10 desse valor.

III. Na conta de Duplicatas a Receber, constava uma duplicata de R$ 8.000,00, que já tinha sido
recebida pela companhia.

IV. Na conta de Imposto de Renda a Recolher estava contabilizado um valor de R$ 10.000,00,


quando, na realidade, o valor correto seria R$ 9.500,00, já que o contador da companhia não
tinha considerado um incentivo fiscal de dedução do imposto.

Em conseqüência desses erros, o auditor concluiu que o lucro contábil da companhia estava
superestimado na importância equivalente, em R$, a

(A) 14.450,00.
(B) 13.750,00.
(C) 12.850,00.
(D) 6.450,00.
(E) 5.750,00.

Comentários

Calculando os ajustes de cada alternativa:

I. O saldo da conta Bancos C/Movimento estava superior em R$ 2.250,00 ao saldo do extrato


bancário em virtude do não registro contábil de despesas de juros nesse montante cobradas
pela instituição financeira.

O montante das despesas de juros deve ser diminuído do lucro, uma vez que não foram
contabilizadas. Tal operação fará com que o lucro contábil diminua R$ 2.250

II. Na conta de Estoques, não deram baixa do custo de mercadorias vendidas decorrentes de
uma venda, esta contabilizada corretamente, de R$ 120.000,00, cujo lucro bruto correspondeu a
9/10 desse valor.

Não foi registrado o custo da mercadoria vendida (CMV), somente a venda foi registrada
corretamente. Como o lucro é de 9/10 da venda, temos:

120.000 x (9/10) = 108.000


Lucro = Vendas – CMV
108.000 = 120.000 – CMV
CMV = 120.000

Logo, devemos retirar R$ 12.000,00 que corresponde ao CMV não registrado.

III. Na conta de Duplicatas a Receber, constava uma duplicata de R$ 8.000,00, que já tinha sido
recebida pela companhia.

Tal fato não altera o lucro da Companhia. A companhia deverá simplesmente registrar o
recebimento da duplicata por meio do lançamento:
D – Disponibilidades
C – Duplicatas a Receber 8.000

IV. Na conta de Imposto de Renda a Recolher estava contabilizado um valor de R$ 10.000,00,


quando, na realidade, o valor correto seria R$ 9.500,00, já que o contador da companhia não
tinha considerado um incentivo fiscal de dedução do imposto.

O Imposto de Renda a Recolher tem como contrapartida a Despesa de Imposto de Renda.


Foram lançados R$ 10.000,00 como despesa quando deveria ser lançado R$ 9.500,00. O
ajuste seria contabilizar, por meio de soma, o valor de R$ 500,00 ao lucro.

Considerando todas as operações:

(2.250) + (12.000) + 500 = (13.750)

Resposta B

Prezado aluno, boa sorte!


BIBLIOGRAFIA

PROFESSORES E PESQUISADORES

Principal fonte de pesquisa das questões:

Professor Mário Jorge

Demais fontes:

Adriano de Souza Pereira


Anderson Julião
Antonio Gustavo da Mota
Arievaldo Alves de Lima
Professor Christian Abrão de Oliveira
Jaime Crozatti
Leandro Luís Darós
Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa
Sérgio Bispo de Oliveira

LIVROS DE CONTABILIDADE

Auditoria Contábil (Almeida).


Contabilidade Empresarial (Marion).
Contabilidade Geral, Teoria e Questões comentadas (Ferreira).
Contabilidade para Concursos e Exame de Suficiência (Silva e Niyama - Org).
Contabilidade Pública – da Teoria à Prática (Araújo e Arruda).
Contabilidade de Custos (Martins).
Contabilidade Gerencial (Iudicibus)
Controladoria Básica (Padoveze).
Controladoria Estratégica e Operacional (Padoveze).
Introdução a Teoria da Contabilidade (Marion).
IFRS – Introdução às Normas Internacionais de Contabilidade (Mourad e Paraskevoloups).
Manual de Contabilidade das Sociedades Por Ações - Aplicável Às Demais Sociedades (IUDÍCIBUS,
MARTINS, GELBKE e SANTOS).

SITES ESPECIALIZADOS

PROFESSOR MÁRIO JORGE (www.profmariojorge.com.br)


BLOG CONTABILIZANDO (www.blogcontabilizando.com)
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (www.cpc.org.br)
Conselho Federal de Contabilidade (www.cfc.org.br)
Manual Contabilidade Setor Público (www.tesouro.fazenda.gov.br).
Portal de Contabilidade (www.portaldecontabilidade.com.br)
Portal Tributário (www.portaltributario.com.br)

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