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Neste material abordaremos os principais assuntos das disciplinas com maior peso
no Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), baseando-se
em grandes pesquisadores, autores e professores de Contabilidade, como também
nas principais alterações ocorridas na Contabilidade a partir das Leis 11.638/07,
11.941/09, Resoluções e Pronunciamentos Contábeis que regem a matéria.
No desenvolvimento da apostila, apresentaremos questões dos exames anteriores
(Lei 12.249/2010) e questões similares de Concursos Públicos. Os assuntos serão
apresentados com as devidas resoluções, comentários e conceitos básicos,
intermediários e avançados da Ciência Contábil. Dessa forma, aliando Teoria x
Prática o estudo será mais produtivo e o aluno poderá compreender de forma prática
e objetiva. Bons estudos!
TEORIA DA CONTABILIDADE, LEGISLAÇÃO E CONTABILIDADE GERAL
CONTEXTUALIZAÇÃO
A Contabilidade é uma Ciência Social que estuda o comportamento das riquezas que se
integram a Patrimônio. É o grande instrumento que auxilia a administração, pois é a linguagem
dos negócios que mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando
as diretrizes para as tomadas de decisões.
Noutro conceito, a contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos
no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação
desses fatos. A Contabilidade tem como função fornecer informação útil para a tomada de
Decisões.
Ainda no sentido das vantagens, pode-se afirmar que o aspecto da comparabilidade das
informações entre diferentes países é um elemento extremamente positivo para a adoção das
normas internacionais. Logo, a credibilidade e a qualidade das informações contábeis são
fatores que também caminham para o sucesso no processo de convergência.
Como todo processo, também existem os pontos negativos, nesse caso especialistas apontam
dois problemas: a dificuldade da convergência, já que existem as particularidades de cada país e
os problemas políticos e culturais de cada nação, afinal quando determinado país adota a
convergência abre mão das suas próprias normas.
A adoção através da Lei 11.638/07, fez com que o Brasil ingressasse no clube de países que
passam a observar as normas contábeis elaboradas pelo International Accounting Standards
Board (IASB), não somente para as companhias abertas, como também para todas as
sociedades por ações. Observa-se que isso se aplica tanto para as demonstrações contábeis
consolidadas quanto paras as individuais.
Antes de entrarmos mais intensamente na Contabildade precisamos revisar a sua história, suas
escolas e a evolução dessa Ciência.
A História da Contabilidade é tão antiga quanto a história da própria civilização. Ela surgiu 6.000
anos a.C. dos povos Sumero-Babilônicos, Feníncios, Egípcios, Gregos, Cretenses, Romanos,
etc. A contabilidade passou por uma época chamada "Época Empírica" (6.000 a 1202 a.C.) que
se caracterizou pela ausência da sistematização dos registros e pela ausência dos estudos de
natureza científica e metodológica. A Contabilidade surgiu das necessidades que as pessoas
tinham de controlar aquilo que possuíam, gastavam ou deviam. Sempre procurando encontrar
numa maneira simples de aumentar suas posses. Logo com as primeiras administrações, surge
a necessidade de controle, que seria totalmente impossível sem a aplicação dos registros. Os
vestígios de contabilidade dos Incas se davam através de nós dados em cordas penduradas,
que registravam os seus bens.
No Egito, era anotado a medição e o transporte do trigo. Entre hieroglíficos se encontra a figura
de um pastor registrando as suas ovelhas, através de pedrinhas. Pelos achados nota-se que a
contabilidade consistia em simples anotações a fim de evitar lapsos de memória, como em
relatórios de trocas de bens e serviços. Quando inadvertidamente uma matilha de lobos ataca, e
após uma enorme confusão causa um considerável prejuízo, com um misto de raiva e
resignação, ele faz a recontagem das ovelhas e atira fora as pedrinhas excedentes.
No Antigo Egito, havia muitos armazéns, também chamado casa das contas e tesourarias, onde
trabalhavam vários escriturários. O Inventário tinha grande influência na vida do povo, pois
servia para registrar os bens móveis e imóveis. No império Médio, encontramos um livro
escriturário, onde era feito o registro diário da entrada de bens.
Esse registro era feito pelo secretário da Corte. O Egito muito colaborou para a história da
contabilidade, quer pelo amor que tinham pela escrita, como pela evolução que conseguiram
imprimir. Milhares de anos se passaram, pouco mudou os lobos e as ovelhas. Na Antiguidade,
as trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas
as cobranças de impostos na Babilônia, já se faziam com escrituração, embora rudimentar.
Tábuas de barro cozido e placas de madeira ou de pedra eram usadas para os registros de
pagamentos de serviços. Uma escriba egípcia contabilizou os negócios efetuados pelo governo
do seu país, no ano 2000 a.C.
Sistemas de escritas contábeis foram bastante utilizados nas Ilhas Britânicas. Empregavam-se
ramos de árvores assinalados com talhos como provas de dívida ou de quitação. As escritas
governamentais da república romana (200 a.C.) já traziam as receitas de caixa classificadas em
rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e divisões. Os
gestores, funcionários do Estado tinham como atribuição examinar as contas dos governos
provinciais. O imperador Augusto foi talvez, o primeiro governante da história a estabelecer um
orçamento público.
CONTISMO
Apesar de não ser considerada uma corrente científica, foi escola precursora da teoria de serem
as contas o objeto de estudo da contabilidade e influenciou grandes contadores, principalmente
os da Itália. A partir de 1818, o principal líder do Contismo foi Giuseppe Bornaccini.
Antes dela, a Teoria das Cinco Contas Gerais de Degranges, em 1795, já se preocupa em
estudar o instrumento utilizado para compilar os dados do comportamento da riqueza aziendal,
dividindo inicialmente as contas em: (1) Mercadorias Gerais;(2) Caixa; (3) Contas a Receber; (4)
Contas a Pagar e (5). Lucros e Perdas. Posteriormente acrescentou a sexta conta, denominada
Diversas Contas.
Entre outras contribuições, Degranges estabeleceu a norma de que se deve Debitar Aquele Que
Recebe e Creditar Aquele Que Dá (débiter celui Qui reçoit et créditer celui Qui donne).
A primeira tentativa do Contismo data de 1803, quando Nicolo D’Anastasio publicou o seu livro
La scrittura doppia ridotta a scienza; depois dele apareceu um grande estudioso, Giuseppe
Bornaccini, que deu maior seriedade ao assunto no livro Idee teoritiche e pratiche di ragioneria e
doppia registrazione. Surgem depois dois grandes estudiosos: Angelo Galli (Instituzioni di
contabilitá, 1837) e Ludovico Giuseppe Cripa (1838) com a sua La scienza dei conti.
O Contismo perdeu influência entre os estudiosos da ciência devido à falta de suporte de sua
enunciação. A conta não é a causa, mas o efeito que expressa o fenômeno patrimonial. Logo,
uma ciência não se dedica ao estudo do efeito, mas da causa como objeto de observação,
elaboração, exposição e análise.
O Contismo tentou sobreviver com as novas tendências de observação que Fábio Besta
elaborou, mas não conseguiu impedir o desenvolvimento do Personalismo, que o iria substituir
entre os intelectuais de nossa Ciência, além da oposição do materialismo substancial de Villa.
PERSONALISMO
Esta escola, com profundas raízes jurídicas, de séria reação ao Contismo transformou a conta
em Pessoa, capaz de direitos e obrigações Baseada na responsabilidade pessoal entre os
gestores e a substância patrimonial, com cunho administrativo-jurídico, cujo maior líder foi
Giuseppe Cerboni e o maior gênio Giovanni Rossi (com as obras mais destacadas a partir de
1873), este tratava a Contabilidade como pessoal, de ficção, e aquele dava o caráter científico à
corrente, em que colocara responsabilidade na propriedade, no proprietário, no administrador e
na matéria administrada, teve como grande opositora a Escola Materialista de Fábio Besta.
O Personalismo teve sua origem científica com o francês Hypolitte Vannier, com sua obra
editada em Paris, em 1844, que refutava o Contismo e apresentava, com coloração científica, o
Personalismo. Mas foi Francesco Marchi quem lançou as bases de um Personalismo científico,
abrindo caminho para outros pensadores como Cerboni. Não só combateu a corrente de
Degranges como também apresentou as idéias que viriam posteriormente a substituir as do
Contismo.
Marchi estabeleceu, não obstante sua oposição aos contistas, uma teoria das contas que
distinguia quatro grandes grupos: (1) contas do proprietário; (2) contas dos gerentes ou
administradores; (3) contas dos consignatários; e (4) contas dos correspondentes, que se
resumiam em (a) contas patronais, (b) contas dos gerentes e (c) contas pessoais ou dos
correspondentes.
Cerboni, que teve grande influência com a Escola Toscana, escreve, em 1873, a tese com o
título Primi saggi di logismigrafia e em 1886 sua mais importante obra La ragioneria scientífica e
le sue relazione con le discipline amministrative e sociali.
Esse pensamento difere do materialismo, pois estuda as relações pessoais que agem na
substância patrimonial.
CONTROLISMO
A Escola Veneziana de Fábio Besta, que seguiu os estudos de Villa, promoveu grande reação às
idéias personalistas de Cerboni.
O mestre Fábio Besta, antes de enunciar o Controlismo, já se valia de grande influencia com o
Neocontismo, que, como corrente que retomava o Contismo, dando-lhe vestes novas (de caráter
científico e não mais o empírico de Bornacinni) e como a primeira reação ao Personalismo, se
preocupava mais em saber o que significava a conta e qual a sua verdadeira expressão em meio
dos estudos contábeis do que com a forma de apresentação da mesma conta, ou seja,
preocupava-se com o conteúdo da conta, reagindo contra os postulados de Cerboni.
À medida que ganhava terreno, Fábio Besta abandonava a tradicional Escola do Contismo e
estabelecia seus próprios princípios, os da Escola Controlista.
Fábio Besta pôde propagar suas idéias nos debates do Congresso de Contabilidade realizado
em 1879, em Roma, onde se encontravam, dentre outros, Giuseppe Cerboni e Giovanni Rossi.
Um dos grandes pontos de divergências entre as escolas de Besta e Cerboni era quanto à
delimitação do patrimônio aziendal. Como já dito, para Cerboni o patrimônio não era apenas os
Bens, somando-se a estes os Direitos e as Obrigações; para Besta, o patrimônio é o agregado
de valores atribuíveis aos bens, negando o conjunto de direitos e obrigações como conceito,
conforme podemos atestar:
- O direito de possuir uma coisa ou de havê-lo por isto só não vale. O legítimo proprietário
conserva todos os direitos sobre as coisas ainda quando estas lhe são roubadas, mas, se não
há nenhuma possibilidade de recuperá-las, aquelas coisas nada podem valer.
- Quem tem direito de exigir uma soma, conserva aquele direito integral ainda que o devedor
seja insolvente, mas se não há nenhuma possibilidade de o credor recuperar em todo ou em
parte o que lhe é devido, aquele direito em nada aumenta a sua riqueza.
As idéias de Besta, apesar de seus seguidores, dentre eles Vittorio Alfieri, Pietro Rigobon,
Francesco de Gobbis, Vincenzo Vianelo, Pietro D’Alvise e o mais importante de todos, Carlo
Ghidiglia, não encontraram grandes repercussões na Itália, berço de todas suas argumentações,
nem em outros países. O maior mérito foi a reação provocada contra o Personalismo procurando
dar o máximo à riqueza patrimonial como algo concreto, real, objeto de indagações próprias,
ainda que, por finalidade, a entendesse como controle; a localização da Contabilidade no campo
material e do valor enfatiza a necessidade de abandonar-se o raciocínio jurídico dos
personalistas para situar-se em uma realidade materialista de maior significação.
Assim como o Personalismo teve seu grande gênio, Giovanni Rossi, o Controlismo teve Carlo
Ghidiglia, que admitia a Contabilidade como ciência, tendo a seu cargo regular todas as ações
que se relacionam com a riqueza e com as necessidades humanas, estabelecendo uma
hierarquia para o estudo dos fenômenos: estudo da riqueza, estudo das funções da riqueza e
estudo dos agregados da riqueza.
REDITUALISMO
Era a corrente de pensamento que enunciava ser o resultado (lucro ou prejuízo) o objeto de
estudo da contabilidade, ou seja, o reconhecimento da perda ou do lucro como fonte principal da
continuidade da atividade empresarial.
O julgamento do rédito deve ser uma medida relativa entre o que o capital oferece ao
empreendedor e o que a azienda oferece à sociedade em que se encontra. Os reditualistas
tiveram a propriedade de reconhecer o valor da consideração dos fluxos em contabilidade, ou
seja, do estudo de uma dinâmica patrimonial, da relatividade do lucro, da realidade empresarial.
Eembora admitissem sob a denominação de economia da empresa todos esses princípios, em
realidade não fizeram senão desenvolver seus principais raciocínios sob a ótica patrimonial,
contábil, inclusive com um sem número de exemplos práticos.
O reditualismo não ganhou força como escola pois diversos apreciadores das enunciações de
Schmalenbach criticavam seu objeto de estudo argumentando que o rédito é o efeito da
dinâmica patrimonial e não a causa.
AZIENDALISMO
O Aziendalismo, antes de se desenvolver como grande escola de pensamento italiano, teve suas
origens com pesquisadores de outras partes do mundo: da França, Courcelle-Seneuil; da
Rússia, Leo Gomberg; da Suíça, Johann Friedrich Schar; e da Alemanha H. Nicklisch e Rudolf
Dietrich.
Courcelle acenou para um complexo entendimento de toda a empresa como objeto comum
científico, que anteriormente já era preconizado por Cerboni e sustentado por Rossi, quando
admitiam um raciocínio de unidade de funções dentro da azienda.
Foi Gomberg o primeiro a despertar para uma economia aziendal, que mais tarde se tornaria, na
Itália, a corrente aziendalista. Gomberg tomou como objeto de estudos a riqueza impessoal ou
administrativa, deu foco à economia e denominou a Contabilidade como Economologia, tendo
como função estudar todos os fatos da gestão patrimonial.
Em sua visão idealista, entendia que os fatores homem, natureza e trabalho só poderiam estar
organizados para atender o social, e que o lucro deveria ser considerado como um fator
patológico.
Tendo como base a economia aziendal, a Escola Veneziana enunciava o Aziendalismo, com
Alberto Ceccherelli e com seu principal líder italiano, Gino Zappa, que teve suas raízes nos
pensadores alemães.
PATRIMONIALISMO
Sua primeira formulação se deu em 1923, com Vincenzo Masi, que considerava como objeto de
estudo da Contabilidade os fenômenos do patrimônio aziendal, dividindo seus estudos em
estática patrimonial, dinâmica patrimonial e relevação ou levantamento patrimonial.
Para ele, a estática patrimonial examinava a estrutura do grande sistema da riqueza aziendal, a
dinâmica patrimonial tratava da movimentação dessa estrutura, quer sob o aspecto quer de
qualidade dos elementos, quer de suas expressões de valor, sendo o levantamento patrimonial,
a base racional que permitia ter informações sobre tais relações e aspectos, mas de maneira
científica.
Em 1924 com seu artigo “A pretesa bancarotta scientifica della Ragioneria”, publicado na Revista
Italiana di Ragioneria, escreveu:
Masi teve como inspiração as obras de Besta, embora enunciasse seu próprio objeto de estudo.
O Patrimonialismo só tomou forma apurada e teve divulgação, que lhe foi peculiar, fora da Itália,
pois o ambiente da época não lhe favorecia com tantas idéias preconizadas pelos aziendalistas
que formaram uma forte escola.
Masi adotava a posição de que o mais importante como objeto de estudo é a essência dos fatos
e não a sua forma de apresentação, divergindo com essa idéia fundamental os estudos feitos
pelas demais escolas de pensamento.
Masi argumentava:
Masi enunciava que se deve dar importância não somente ao aspecto quantitativo do patrimônio
como também ao qualitativo, evidenciando que muito se extrai da informação sobre o estado
patrimonial se forem observados os aspectos citados cumulativamente, não se fazendo distinção
entre eles.
Outra importância dada por Masi era a distinção dos tipos de aziendas em empresas, aquelas
destinadas à obtenção do lucro e as instituições com fins ideais. Também se preocupou em
conceituar o capital como um fundo de riqueza em constante movimentação, dividindo sua
estrutura em capital fixo, que é destinado ao uso produtivo, e circulante que é destinado à
realização do objetivo aziendal, evidenciando as suas origens sob a forma de capital de terceiros
ou de próprios.
Outros pensadores se destacaram além de Masi, embora grande parte deles se referenciem às
idéias precursoras do grande gênio dessa escola.
NEOPATRIMONIALISMO
Para o citado professor. o fenômeno patrimonial, como objeto de indagação, não foge à norma
que requer a compreensão da essencialidade, como ponto de partida de um entendimento
racional.
O Prof. Lopes de Sá procura fazer uma classificação dos sistemas por hierarquia de
necessidades, tendo então os seguintes sistemas:
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Conforme a Resolução CFC nº. 750/93 e alterações pela Resolução CFC nº. 1282/10
Todas as ciências apresentam nos seus núcleos princípios. Estes são fontes que norteiam sua
qualidade de ciência. A Contabilidade como ciência também tem seus princípios que servem
como “vigas mestras” da ciência social da qual é atuante.
A palavra “princípio” significa origem, causa primária, preceito, regra geral. Em análise simplista
os Princípios Fundamentais de Contabilidade são proposições, juízos de uma ciência.
Assim as regras gerais da ciência contábil no Brasil são os Princípios de Contabilidade e está
regulamentada pela Resolução CFC nº 750/93 com atualização da Resolução CFC 1282/10.
Segue a exposição da regra que todos os contabilistas têm de seguir como ponto inicial da
profissão:
IV) do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: O Princípio do Registro pelo Valor Original
determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa
ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na
data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa,
os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data
ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos
pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos
valores dos componentes patrimoniais.
EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL
As Ciências Contábeis têm como finalidade principal informar sobre seu objeto de estudo aos
diversos tipos de usuários. Essa informação é fornecida através de evidenciação, que pode ser
conceituada como a qualidade ou o caráter do que é incontestável.
Os usuários das informações contábeis, internos ou externos, necessitam que estas sejam
produzidas com maior qualidade, tempestividade e utilidade.
Hoje a necessidade do usuário não é somente pelas informações contidas nas demonstrações
obrigatórias pela legislação. Busca-se outras informações nos relatórios auxiliares ou
facultativos, como por exemplo, a Demonstração do Fluxo de Caixa e os Orçamentos: financeiro,
operacional e de capital.
A Contabilidade deve estudar o modelo ideal de informação para cada classe de usuários e fazer
com que esse modelo obedeça aos princípios fundamentais de contabilidade bem como a outros
aspectos qualitativos de conteúdo informativo.
É bom salientar que por mais que se queira evidenciar os demonstrativos contábeis, tornando-os
muito explicativos, a contabilidade não pode deixar de obedecer suas técnicas de elaboração.
Com isso, se faz necessário que o usuário tenha algum domínio de interpretação dos
demonstrativos contábeis e dos documentos complementares ou tenha um assessoramento de
um analista experimentado, principalmente para as grandes tomadas de decisões, pois por mais
que se queira evidenciar e facilitar a interpretação, a contabilidade não é a responsável pela
tomada de decisão.
Evidenciação (disclosure) não se trata de uma convenção. Na verdade, o disclosure está ligado
aos objetivos da contabilidade, ao garantir as informações diferenciadas para os diversos tipos
de usuários. Não se pode esperar e seria tolice pensar que boas decisões de investimentos
pudessem emanar de um leitor com vagas noções de contabilidade e de negócios. A
interpretação dos demonstrativos contábeis é tarefa única e exclusivamente reservada aos
experts em contabilidade e finanças, que deveriam ser os intermediários entre as empresas e os
donos de recursos, assessorando esse último nas análises. Isto não significa que devam ser
truncados os esforços para que o leitor médio se torne possuidor de melhores conhecimentos na
área contábil e financeira. Entretanto, pelo menos nas interpretações mais profundas, a entrada
em ação dos verdadeiros experts é indispensável. Os relatórios contábeis não são capítulos de
novelas empresarias que qualquer pessoa mobralizada possa entender, mas o resumo de um
processo, de uma forma de pensar da contabilidade que, é muito mais complexa do que possa
parecer à primeira vista.
A informação qualitativa (não quantitativa) é muito mais difícil de ser avaliada pois envolve vários
julgamentos extremamente subjetivos. É muito difícil estabelecer o “ponto de corte” em que uma
consideração não quantificável deixa de ser importante no processo decisório de forma que
justifique a omissão da evidenciação. Normalmente, a relevância de alguns itens qualitativos
emerge de seu relacionamento direto com os quantitativos.
Se uma parte da propriedade do imobilizado, por exemplo, foi penhorada em garantia de
empréstimos, este penhor deve ser evidenciado se o valor do imobilizado ao qual se refere for
relevante; caso contrário, não deveria ser evidenciado. Entretanto, note o perigo de
confundirmos, novamente, relevância com desprezo pelo detalhe; a penhora anual, progressiva,
de uma pequena parte do imobilizado pode levar a uma situação não favorável para entidade.
É importante lembrar a máxima: forneça a informação relevante para o usuário, mas não
pretenda invadir o campo do investidor, substituindo-o em todas as avaliações subjetivas do
modelo decisório e do risco.
As qualidades mais importantes da informação contábil, segundo ainda o citado professor, são a
relevância e a confiabilidade. Se faltar qualquer dos dois atributos a informação não será útil.
Para haver relevância o relatório tem que ser pontual, servir para efetuar previsão ou para medir
a previsão feita no passado.
a) Relevância:
Informação relevante é aquela relacionada ao evento examinado.
Em contabilidade, toda informação que possibilite a realização de estimativas ou permita
confirmar outras anteriormente feitas, facilita a tomada de decisão. Sem o conhecimento do
passado, retira-se a base para a previsão, e sem um interesse no futuro investigar a história é
um processo estéril.
b) Confiabilidade:
A informação contábil é confiável, na medida em que seu usuário acredite que ela represente
adequadamente os eventos, transações e condições econômicas de uma entidade. Uma
informação confiável deve ser representativa do fenômeno a qual pretende espelhar.
O último elemento de qualidade exigido para uma informação ser confiável é a neutralidade.
Significa que o contador responsável por estabelecer os critérios de contabilização de sua
empresa, não deve faze-lo pensando em defender um interesse particular, mas sim trazer a tona
fatos relevantes e confiáveis.
c) Comparabilidade:
Comparabilidade é composta de dois elementos: uniformidade e consistência. O primeiro indica
que transações iguais serão contabilizadas do mesmo modo. O segundo se refere ao uso por
uma empresa dos mesmos procedimentos e regras contábeis de um período para outro. O
significado de qualquer informação, especialmente dados quantitativos, depende muito de
podermos relacioná-los a uma outra variável ou critério. A informação contábil cresce em
utilidade quando pode ser comparada com a de empresas similares ou com a de anos anteriores
na mesma empresa.
d) Materialidade:
Materialidade é exercida diariamente por aqueles que tomam decisões contábeis e pelos
auditores que efetuam julgamentos sobre a correção dos relatórios financeiros. As avaliações no
campo da materilidade são basicamente de natureza quantitativa. O problema é que a natureza
da transação quase sempre afeta a resposta, ou seja, um item pode ser de valor insignificante
no meio de transações rotineiras, porém importante se estiver ocorrendo pela primeira vez em
circunstancias anormais.
APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
a) Tangíveis: São bens materiais, concretos, ou seja, são bens corpóreos; Exemplos:
Terrenos, Veículos, Dinheiro em Caixa, etc.
DIREITOS: são valores de propriedade da Entidade a receber de terceiros por força de aplicação
monetária (como exemplo aplicação de dinheiro no Banco); ou valores a serem recebidos de
terceiros por venda a prazo.
OBRIGAÇÕES: são compromissos exigíveis da Entidade que em data prevista deverão ser
liquidados, ou seja, quitados. Os compromissos poderão ser dívidas ou exigibilidades perante
terceiros ou ainda bens que estiverem em posse da Entidade que sejam de terceiros. Exemplos:
Fornecedores (compromisso); Impostos a Recolher (exigibilidade); Receitas Antecipadas
(compromisso).
Ativo: A definição de ativo apresenta três elementos: (a) é um recurso controlado pela entidade;
(b) como resultado de acontecimentos passados; (c) e que os benefícios econômicos serão
canalizados e fluirão para a entidade no presente ou em períodos futuros.
Muitos ativos, como exemplo, imóveis, instalações, equipamentos têm uma forma física. A forma
física não é essencial para a existência de um ativo. Um exemplo são marcas, patentes e
direitos autorais, que são classificados como ativos intangíveis, desde que os benefícios
econômicos fluam e sejam controlados pela entidade.
Desse modo, existindo uma estimativa razoável de valor, ela deve ser reconhecida no balanço.
Passivo: é uma obrigação presente resultante de acontecimentos passados cuja liquidação será
o pagamento da obrigação no presente ou em períodos futuros.
Assim como no ativo, a definição do passivo deve estar separada do seu reconhecimento.
Alguns passivos só são mensurados por estimativas.
Em relação a incerteza do passivo, uma obrigação pode ser classificada em quatro categorias:
a) O passivo é conhecido, assim como seu montante – nesse caso, não existe motivo para
que o passivo não seja evidenciado. Exemplo: fornecedores;
b) O passivo é conhecido, mas não seu montante – o passivo é conhecido por estimativas,
devendo ser considerado pela entidade. É o caso do 13º salário, em que o valor preciso
só é obtido, pela entidade, no pagamento;
c) O passivo é incerto, mas o pagamento pode ser estimado – caso das milhas aéreas;
Patrimônio Líquido: Um elemento do patrimônio liquido é o interesse residual nos ativos, após
dedução de todos os passivos (ou componente do patrimônio liquido originado de um
instrumento financeiro composto ou instrumento que atenda à definição de um componente do
patrimônio liquido em sua totalidade).
O patrimônio líquido ainda é definido, de forma simples, como a diferença entre o ativo e o
passivo. Como é possível perceber, o valor do patrimônio líquido depende da mensuração do
ativo e do passivo. Em razão das limitações do processo de reconhecimento e mensuração, o
patrimônio líquido não corresponde ao valor de mercado das ações.
Aspecto qualitativo: Este aspecto consiste em qualificar os bens, Direitos e Obrigações. Por
aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a natureza dos elementos que o compõem, como
dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais
ou de mercadorias, entre outros.
Aspecto quantitativo: Este aspecto consiste em dar a esses Bens, Direitos e Obrigações seus
respectivos valores, levando-nos a conhecer o valor do Patrimônio da Organização. O atributo
quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores, o que demanda
que a Contabilidade assuma posição sobre o que seja "Valor", porquanto os conceitos sobre a
matéria são extremamente variados.
O T, como vemos, tem dois lados. No lado esquerdo, colocamos os Bens e os Direitos e do lado
direito as Obrigações e o Patrimônio Líquido (Capital, lucros).
Patrimônio
Elementos Positivos Elementos Negativos
Bens Obrigações
Patrimônio Líquido
Patrimônio Líquido é o quarto grupo de elementos patrimoniais que juntamente com os Bens,
Direitos e Obrigações, completará a Demonstração Contábil denominada Balanço Patrimonial.
No Balanço Patrimonial, esse grupo aparece sempre do lado direito, juntamente com as
Obrigações:
Patrimônio
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade para com seus sócios ou acionistas, pois
estes não emprestam recursos para que possa ter vida própria, mas, sim, os entregam, para que
com eles forme o Patrimônio da Entidade.
Atos Contábeis: são os atos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do
Resultado, portanto não interessam a Contabilidade.
Fatos Contábeis: são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio das
entidades, quer sob o aspecto qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. Ex.: emissão de
cheques, depósitos bancários, compra de veículos, compra de materiais.
Fatos Permutativos: são fatos que alteram o patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio
líquido. Refletem trocas entre os elementos patrimoniais. Ex.: - compra de mercadorias à vista
(bens por bens); compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações); recebimento de valor
pela quitação de uma duplicata; aumento do capital social com lucros acumulados;
Fatos Modificativos: são aqueles que alteram o patrimônio da entidade e o patrimônio líquido,
aumentando (fato modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo diminutivo) a
riqueza própria do patrimônio.
Fatos Mistos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos. Podem
ser aumentativos ou diminutivos, conforme alterem para maior ou menor o patrimônio líquido.
FATOS CONTÁBEIS
Capital Social:
Capital é um termo de origem inglesa, que significa patrimônio em sentido puro, ou seja, que se
origina de contribuições feitas por sócios. Capital é o bem em dinheiro ou espécie que produz
outros bens e espécies.
1) Capital nominal: investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa que é registrado
pela contabilidade numa "conta" denominada capital. Este o capital nominal, que corresponde ao
patrimônio líquido inicial. O capital nominal só será alterado quando os proprietários realizarem
investimentos adicionais (aumentos de capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital).
2) Capital próprio: que corresponde ao conceito de patrimônio líquido, abrangendo o capital
inicial e suas variações.
3) Capital de terceiros: que corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos
provenientes de terceiros.
4) Capital total à disposição da empresa: em acepção mais ampla, pode-se conceituar o capital
como sendo o conjunto dos valores disponíveis pela empresa em dado momento.
Assim, Capital social é o fundo em dinheiro, em bens ou em trabalho e indústria, para garantir os
fins previstos pela sociedade e deve ser previsto nos contratos sociais das sociedades
comerciais e nos Estatutos Sociais das Sociedades por Ações. O capital é constituído pelas
contribuições individuais dos sócios e divide-se em partes ou em frações.
Ou ainda, Capital social é o montante que a sociedade declara em seus atos constitutivos". Daí
concluí-se ser a soma da participação de todos os sócios na sociedade.
O capital social numa sociedade pode ser subscrito ou integralizado. O capital social subscrito é
a parcela em que o sócio se compromete no futuro restituir para a formação da sociedade. O
capital social integralizado é a parcela total restituída para o patrimônio social.
A formação desse capital social, de como será a parcela de cada sócio, como entrará na
sociedade esses recursos, valor das ações, valor nominal, ágio, prazo para o capital subscrito, e
outras decisões relativas ao patrimônio social da pessoa jurídica, será deliberado entre os
sócios. Há três formas de integralizar o capital social numa sociedade: dinheiro; bens ou crédito.
O mais usado e menos complexo é o dinheiro, o sócio manifesta sua vontade em pagar à
companhia, à vista ou nos prazos determinado, a emissão de ações.
Para a formação pela cessão de créditos, o sócio acionista transfere à sociedade os direitos de
crédito que possui perante terceiros, por nota promissória, duplicata, contratos ou qualquer outro
título, executivo ou não, para a sociedade. Essa forma de capitalização depende da
concordância da companhia, o sócio subscritor responde pela existência do crédito e pela
solvência do devedor, e enquanto não cessar essa obrigação, a companhia está proibida de
expedir o certificado da ação correspondente.
Registros de mutações patrimoniais e apuração do resultado (receitas e despesas):
Para apurar o resultado (lucro ou prejuízo) obtido pela empresa no período, é necessário
encerrar as contas de resultado (receitas e despesas).
As contas de resultado devem ser encerradas porque elas servem apenas para apurar o
resultado de um período, seus saldos precisam ser zerados para que, no período seguinte, volte
acumular valores daquele exercício.
Funções da Contabilidade
Livros Contábeis
Livro Razão - Contém toda escrituração contábil por elementos patrimoniais, de resultado, dentre
outros, que possam existir. Sua origem é o Livro Diário.
O Livro Razão tem as mesmas formalidades do Livro Diário, porém não tem obrigatoriedade de
registro quando em papel. Porem as pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real fará a entrega
da ECD – Escrituração Contabil Digital, sendo o livro Razão auxiliar registrado eletronicamente
conforme IN RFB 787/07.
“2.1.1 – A Entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos
administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
Escrituração Contábil - De acordo com as normas apresentadas pela Resolução CFC nº.
1.330/11, a scrituração tem suas formalidades intrínsecas (internas) e as extrínsecas (externas).
A seguir serão apresentadas diversas formas de contabilizações de fatos contábeis das quais
não alcança todas as rotinas necessárias, mas forte base para conhecimento do leitor.
Partidas Dobradas - Para desenvolver a escrituração contábil são adotados pela Contabilidade o
Método das Partidas Dobradas. Esse método tem como conceito que um registro de qualquer
peração que ocorra na Entidade implica em um ou mais débito(s) e corresponde
automaticamente em um ou mais credito(s).
Débito, Crédito e Saldo - Débito: as contas com naturezas devedoras representam aplicações
de recursos com objetivo de retorno.
NOTA: São exemplos de contas de natureza devedora todos os bens, direitos, despesas e
custos.
Saldo de Conta
É a diferença entre o valor do débito e o valor do crédito sendo que o resultado poderá ser
devedor, credor ou nulo.
Para registrar um fato necessário, como já estudado, uma aplicação e uma origem, ou seja, um
OU MAIS DÉBITO(S) E UM OU MAIS CRÉDITO(S), e essas classificações provocam
modificação na composição patrimonial bem como no resultado do exercício.
As contas do ATIVO são aumentadas quando debitadas, pois sua natureza é devedora e são
diminuídas quando creditadas. Exemplo: Aumento de numerários em caixa é débito e
pagamento a vista de uma despesa com dinheiro do caixa é crédito. Assim também acontecem
com as despesas e custos, pois, quando aumentadas, são débito e diminuídas, são créditos.
Já as contas do PASSIVO são aumentadas quando creditadas, pois sua natureza é credora,
indicando origem. Já a diminuição das contas do Passivo são devedoras. Exemplo compra a
prazo de mercadorias, assim a origem será Fornecedores, sendo essa conta aumentada, assim
aumenta o crédito. Quando há o pagamento ao fornecedor, a diminuição desse valor é débito.
Assim também são as receitas, que quando aumentadas são créditos e quando diminuídas são
débitos.
Balanço Patrimonial - O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil obrigatória para todas
as empresas e entidades independente do porte ou forma de constituição.
Ativo Circulante
(a) Disponível: são os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da entidade,
compreendendo os meios de pagamento em moeda corrente nacional e em outras espécies, os
depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata;
(b) Crédito: são os títulos de crédito, valores mobiliários e outros direitos;
(c) Estoque: são os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em
elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e
outros valores relacionados às atividades-fim da entidade;
(d) Despesa Antecipada: são as aplicações em gastos que tenham realização no curso do
período subseqüente à data do balanço patrimonial;
(e) Outros Valores e Bens: São os não relacionados às atividades-fim da entidade.
O Plano de Contas é o elenco de todas as contas utilizadas pelo contabilista e criado de acordo
com a natureza da entidade. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, o plano de
contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece
o banco de dados com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais
como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e Análises,
além de outros.
Observadas as regras e explicações acima, para que sejam estruturadas um Sistema Contábil
adequado é necessário um plano de contas que atenda de fato os requisitos da Entidade. Deve-
se analisar não apenas o momento atual da Entidade, mas prever como será o seu futuro,
bem como seu possível crescimento, possíveis negociações com terceiros, tributação, despesas,
custos, etc, ou seja, o Plano de Contas deverá contemplar nomenclaturas para as mais variadas
situações que necessitem contabilização. E com o passar do tempo o plano de contas recebem
adaptações necessárias em conformidade com novos negócios ou fatos que possam ocorrer na
Entidade.
Conforme o Conselho Federal Contabilidade – CFC, as contas do Plano de Contas tem como
objetivo homogeneizar o sistema de escrituração contábil, classificação dos documentos,
tratamento e análise dos resultados e dos fatos contábeis.
Assim, neste modelo, apresentamos um plano de contas de 5 (cinco graus) ou seja, com cinco
níveis onde:
1o Nível (x) - Identifica os Grandes Grupos Ativo, Passivo, Receitas, Despesas e Contas de
Apuração.
2o Nível (x.x) - Identifica os Grupos específicos em que se dividem os grandes grupos.
3o Nível (x.x.x) - Identifica os subgrupos em que se dividem os grupos.
4o Nível (x.x.x.x) - Identifica as contas SINTÉTICAS agregadas das contas analíticas que
representam os elementos do patrimônio.
5o Nível (x.x.x.x.x) - Representa as contas ANALÍTICAS que identificam os bens, direitos,
obrigações, receitas e despesas. É o nível que receberá os lançamentos contábeis.
A Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/07 retratam que ao final de cada exercício social, ou seja, de
acordo com o ciclo operacional da Entidade, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
PRÁTICA X TEORIA
OBS: Como as outras disciplinas, via de regra, estão dentro da Contabilidade Geral e suas
Teorias, o desenvolvimento das questões e os devidos comentários abordarão: Teoria da
Contabilidade, Legislação Contábil, Pronunciamentos e Resoluções Contábeis, Análise das
Demonstrações Contábeis, dentre outras, dessa forma ficam os assuntos correlacionados, o que
auxilia sobremaneira no aprendizado aplicado. Eventualmente um conceito abordado nas
teorias, pode ser mencionado novamente, em outro momento para uma melhor compreensão e
para exemplificar a solução da questão.
- Custo Histórico
- Valor de Liquidação
- Valor Realizável Líquido
- Custo Corrente de Reposição
A sequência CORRETA é:
RESOLUÇÃO:
Custo histórico - valor do ativo adquirido sem considerar a variações de preços gerais ou
específicos. ENTRADA
Valor de Liquidação - sendo que dos recursos obtidos com esta venda deve se descontar o valor
das obrigações da empresa com seus credores e acionistas. SAÍDA
Valor Realizável Líquido - é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido
dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se
concretizar a venda. Pode ser também o valor realizável líquido é consistente com o ponto de
vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se
espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. SAÍDA
Resposta B
Resolução
Empresa “A”
Ativo Circulante = 23.550,00
Passivo Circulante = 18.350,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 5.200,00
Empresa “B”
Ativo Circulante = 17.150,00
Passivo Circulante = 28.350,00
CAPITAL CIRCULANTE NEGATIVO =( 11.200,00)
Empresa “A”
Significado: Para cada R$1,00 (um real) de dívida (Passivo Circulante) a empresa possui
R$1,28 (um real e vinte e oito centavos) de Ativos Disponíveis para realização (Ativo Circulante).
Empresa “B”
Ativo Circulante = 17.150,00 ÷ Passivo Circulante = 28.350,00 = 0,60
Significado: Para cada R$1,00 (um real) de dívida (Passivo Circulante) a empresa possui
R$0,60 (sessenta centavos) de Ativos Disponíveis para realização (Ativo Circulante).
RESOLVENDO A QUESTÃO
As respostas da questão falam sobre a variação positiva ou negativa desses dois conceitos, do
ano de 2009 para o ano de 2010, então vamos calcular a variação do Capital Circulante Líquido
e do Quociente de Liquidez Corrente de 2009 para 2010, e encontrar a afirmativa correta
De 2009 para 2010, o QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE reduziu em 0,15 (1,57 - 1,42)
QUESTÃO: Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00,
neste valor incluído ICMS de R$1.000,00. No mesmo período, revendeu toda a mercadoria
adquirida por R$9.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.800,00. A sociedade empresária
registrou, no período, despesas com representação comercial no montante de R$1.200,00 e
depreciação de veículos de R$200,00.
Na Demonstração do Valor Adicionado - DVA, elaborada a partir dos dados fornecidos, o valor
adicionado a distribuir é igual a:
a) R$1.800,00.
b) R$2.600,00.
c) R$3.200,00.
d) R$4.000,00.
RECEITAS 9.000,00
RESULTADO 1.800,00
A Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada de forma dedutiva, ordenando Receitas
e Despesas, apurando o resultado econômico ao final.
RECEITAS
RETENÇÕES
Impostos 800,00
Como pudemos ver, o Valor Adicionado foi gerado pela operação normal da empresa. Neste
caso, essa riqueza gerada é distribuída ao Governo, através dos Impostos e aos Sócios, através
do Lucro.
RESOLUÇÃO
Primeiramente vamos entender os detalhes da questão. A venda foi feita com o compromisso de
recebimento à prazo, e por este motivo foi adicionado ao valor da mercadoria um custo
financeiro de 10%, assim temos:
Podemos então entender que R$100.000,00 é o valor à vista, ou seja, o valor presente, e
R$110.000,00 é o valor futuro, ou seja, o valor a prazo, cujo vencimento será daqui a 13 meses.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS:
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
Conforme determina os princípios contábeis, e as Novas normas contábeis,com base nos IFRS,
toda operação de longo prazo, deverá ser contabilizada pelo seu valor presente, ou seja, pelo
valor à vista, separando assim os custos financeiros, que deverão ser contabilizados no
resultado de acordo com o período de competência.
Pela Venda
Débito – Contas a Receber (Ativo não Circulante) 110.000,00
Crédito – Receita Bruta com Vendas 100.000,00
Crédito – Encargos Financeiros a Apropriar 10.000,00
OBS.: A apropriação dos juros não é proposta pela questão, mas fizemos apenas para
completar o raciocínio. Este é um lançamento que deve ser feito mensalmente até o
vencimento da duplicata.
Pela resolução, fica claro que as receitas financeiras de vendas a prazo, devem ser
contabilizadas no resultado somente no período em que elas são auferidas, e devem ser
consideradas em conta própria de Receita Financeira, demonstrando na Receita de Vendas,
apenas o valor de Venda de Mercadorias.
Resposta: D
Fornecedores R$ 9.300,00
Equipamentos R$ 10.000,00
Reserva de Lucros R$ 3.000,00
a) R$37.100,00 e R$41.400,00.
b) R$37.100,00 e R$46.100,00.
c) R$41.100,00 e R$45.400,00.
d) R$41.100,00 e R$50.400,00.
RESOLUÇÃO
Primeiramente vamos separar as contas contábeis, de acordo com a origem de cada uma
Depreciação 1.500,00
Acumulada
Equipaments 10.000,00
Para termos o saldo final do Patrimônio Líquido,devemos primeiro apurar o resultado e depois
incorporá-lo ao Patrimônio Líquido, para apurarmos o saldo final.
APURAÇÃO DO RESULTADO
RECEITA 97.700,00
RESOLUÇÃO
Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis, a saber:
Balanço Patrimonial.
Método Direto
Demonstra a movimentação resumida das operações que afetaram o caixa, separando-as por
Operacionais, Financeiras e de Investimentos. Os valores apresentados são totais do
período,por operação
Método Indireto
Demonstração a alteração do saldo do disponível de período para o outro, através dos aumentos
ou diminuições ocorridas nas contas do Balanço Patrimonial
Como a questão está pedindo o nome do Demonstrativo que tenha a movimentação ocorrida
nas contas de Reservas de Lucros em um determinado período, e essa conta faz parte do
Patrimônio Líquido, a resposta correta é:
Empregado A R$1.500,00
Empregado B R$1.200,00
Foi solicitado que a empresa elaborasse as demonstrações contábeis para janeiro de 2011.
a) R$112,50.
b) R$225,00.
c) R$270,00.
d) R$540,00.
Resolução
Antes de resolver, vamos rever o conceito de Provisão:
PROVISÕES: São cálculos matemáticos feitos na maioria das vezes com embasamento
histórico, e serve de base para se contabilizar uma variação patrimonial ocorrida, cujo valor
exato ainda não conhecemos, ou seja, temos a certeza do acontecimento mas a incerteza do
valor envolvido.
PROVISÃO DE 13o. SALÁRIO: Calcula-se mensalmente 1/12 sobre o salário dos funcionários,
e os encargos inerentes. Esta contabilização se justifica pelo direito adquirido pelo funcionário a
cada mês trabalhado. Em respeito aos princípios de Competência e Oportunidade, temos que
efetuar a contabilização a cada mês em que o funcionário adquiri o direito, e não o valor total do
13o. salário no momento do pagamento, pois assim estaríamos onerando um período com
despesas que dizem respeito a outros períodos. A contabilização é feita por provisão, pois no
momento em que se faz, não se tem o conhecimento do valor real a que o funcionário terá direito
no momento de usufruir das férias, pois alguns fatores poderão alterar este valor, como por
exemplo: Reajuste salarial; Faltas injustificadas e outros.
Calculando:
Total dos salários = R$2.700,00 (Empregado A + Empregado B)
1/12 = R$2.700,00 ÷ 12 = R$225,00
Encargos = 20% sobre R$225,00 = R$45,00
Resposta correta
c) R$270,00.
QUESTÃO: Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua controladora
por R$300.000,00, auferindo um lucro de R$50.000,00. No final do exercício, remanescia no
estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste
referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:
a) R$25.000,00.
b) R$50.000,00.
c) R$150.000,00.
d) R$300.000,00.
Resolução
Esta situação está prevista na Lei das Sociedades por Ações, no item I do art. 248, onde
estabelece que, no valor do patrimônio da coligada ou controlada, “não serão computados os
resultados não realizados decorrentes de negócios com companhia, ou com outras sociedades
coligadas à companhia, ou por ela controladas”.
Dessa maneira, todas as vezes em que tivermos uma venda de uma coligada ou controlada,
para a controladora, só poderemos reconhecer como lucro na controladora a parte desse
estoque que for vendida a terceiros.
BETA vende para ALFA, mercadorias pelo valor de 100.000,00, porém essas mercadorias
haviam sido adquiridas por 65.000,00 e BETA ainda incorreu em custos equivalentes a
10.000,00 até o momento da venda, neste caso a venda está com um lucro embutido de
25.000,00.
ALFA por sua vez, registra em seu estoque estas mercadorias pelo valor de 100.000,00, ou seja,
valor de compra.
De acordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º do artigo 243 da Lei 6.404/1976 (Lei das S/A),
consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% ou mais, do capital da
outra, sem controlá-la e controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através
de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Por força da Lei 11.638/2007, a partir de 01.01.2008, a obrigatoriedade de avaliar pelo método
da equivalência patrimonial atinge os investimentos em coligadas sobre cuja administração
tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital
votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
estejam sob controle comum. (Portal de Contabilidade).
Resposta: a) R$25.000,00
QUESTÃO: Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado
contabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos. Espera-se que o
ativo, ao final dos cinco anos, possa ser vendido por R$3.000,00. Utilizando-se o método linear
para cálculo da depreciação e supondo-se que não houve modificação na vida útil estimada e
nem no valor residual, ao final do ano de 2010, o valor contábil do ativo líquido será de:
a) R$7.200,00.
b) R$9.000,00.
c) R$10.200,00.
d) R$12.000,00.
Resolução
Todo Ativo Imobilizado deve ser registrado pelo seu valor de aquisição em conta específica, no
grupo Imobilizado, no Ativo Não Circulante, de acordo com o Princípio do Registro pelo Valor
Original.
Valor Residual: Refere-se ao valor estimado de venda do imobilizado após o término de sua
vida útil, ou seja, por quanto conseguiremos vender o imobilizado depois de estar 100%
depreciado.
Calculando:
Considerando:
Temos:
Caixa 700,00
Máquinas 18.000,00
Veículos 8.000,00
No Balanço Patrimonial, o saldo do Ativo Circulante é igual a:
a) R$24.300,00.
b) R$25.000,00.
c) R$27.200,00.
d) R$27.600,00.
Resolução
Para a resolução desta questão é necessário classificar cada conta dentro de seu grupo
correspondente, no Balanço Patrimonial.
4.4 A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não
circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os itens
4.5 a 4.8, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação
confiável e mais relevante.
Quando essa exceção se aplicar, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem
de liquidez (ascendente ou descendente), obedecida a legislação vigente.
Ativo Circulante
4.5 A entidade deve classificar um ativo como circulante quando:
(a) espera realizar o ativo, ou pretender vendê-lo ou consumi-lo durante o ciclo operacional
normal da entidade;
(c) esperar realizar o ativo no período de até doze meses após a data das demonstrações
contábeis; ou
(d) o ativo for caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de
passivo seja restrita durante pelo menos doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
4.6 A entidade deve classificar todos os outros ativos como não circulantes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente identificável, presume-se que sua duração
seja de doze meses.
Entre outras palavras, Ativo Circulante deve conter as contas cujos saldos irão se realizar no
prazo de até um ano, ou ciclo operacional, dos dois o maior, a partir da data do fechamento do
balanço patrimonial.
Ações em Tesouraria: Referem-se a ações da sociedade que forem adquiridas pela própria
sociedade. As operações com as próprias ações estão previstas no art. 30 da Lei no. 6.404/76
Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor): Esta conta foi introduzida pela Lei 11.638/07,
com o objetivo de registrar a contrapartida dos aumentos ou diminuições contabilizadas nas
contas Ativas e Passivas, em função da avaliação destas ao Valor Justo, antes de computar
esses aumentos e diminuições no resultado do exercício conforme o regime de competência.
Caixa
700,00
ICMS a Recuperar
600,00
Investimentos
Imobilizado
Máquinas 18.000,00
Veículos 8.000,00
Resposta: D = 27.600,00
QUESTÃO: Uma sociedade empresária apresentou, no exercício de 2010, uma variação positiva
no saldo de caixa e equivalentes de caixa no valor de R$18.000,00. Sabendo-se que o caixa
gerado pelas atividades operacionais foi de R$28.000,00 e o caixa consumido pelas atividades
de investimento foi de R$25.000,00, as atividades de financiamento:
Resolução
A DFC pode ser elaborada pelo método direto ou indireto, porém em ambos os casos a estrutura
da demonstração é a mesma conforme exemplo abaixo:
2 – ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Terrenos
Obras civis
Moveis e utensilios
Maquinas e equipamentos
Veiculos de uso
Computadores / software
(-) Investimentos a pagar
= Fluxo de caixa da atividade de investimentos
3 – ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Recursos proprios (capital) 280.000
Financiamentos leasing
= Fluxo de caixa da atividade de Financiamentos
Resolução:
DADOS DO ENUNCIADO
OBS.: A interpretação importante para a solução desta questão é quanto aos termos utilizados:
Quando o autor menciona “caixa gerado” devemos interpretar como saldo positivo (caso
das atividades operacionais);
Quando o autor menciona “caixa consumido” devemos interpretar como saldo negativo
(caso das atividades de investimentos)
QUESTÃO: Uma empresa pagou, em janeiro de 2010, o aluguel do galpão destinado à área de
produção, relativo ao mês de dezembro de 2009. O lançamento correspondente ao pagamento
do aluguel irá provocar:
Resolução
Para responder a questão é necessário estar ciente que o Resultado do exercício, é apurado
segundo o regime de competência, ou seja, todas as despesas e receitas devem ser
contabilizadas no momento em que são incorridas (despesas) e geradas (receitas).
A contabilização do pagamento irá gerar uma diminuição da dívida (Aluguéis a pagar), ou seja,
do Passivo, e uma diminuição do Ativo (caixa ou bancos) pelo mesmo valor.
Sendo assim, a resposta correta é:
QUESTÃO: De acordo com os dados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final de Mercadorias
totaliza R$350.000,00, em 31.12.2010, o Resultado Líquido é de:
Contas Valor
Caixa R$ 80.000,00
Resolução
A questão pede o Resultado Líquido, então temos primeiro que identificar as contas que farão
parte da elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
A DRE é um demonstrativo elaborado de forma dedutiva, que apresenta as Receitas, Despesas
e Custos do período, e consequentemente o Resultado Líquido do Exercício.
Vamos agora classificar as contas apresentadas na questão, objetivando separar aquelas que
farão parte da DRE:
CONTAS B.P. DRE
Caixa 80.000,00
Como resultado da separação das contas, temos na coluna B.P. as contas patrimoniais, ou seja,
fazem parte do Balanço Patrimonial, observando que Estoque Inicial, Estoque Final e Compras
de Mercadorias, fazem parte da movimentação dos estoques.
Na coluna DRE estão as contas de resultado, ou seja, Receitas, Despesas e Custos. Estas são
as contas que nos interessam para apurar o resultado.
= Resultado Líquido
Mesmo tendo alocado todas as contas de resultado que encontramos, não conseguimos apurar
o resultado líquido, por que?
Porque é necessário saber qual foi o custo da venda do período, ou seja o C.M.V. (Custo da
Mercadoria Vendida). Esta conta não está apresentada na relação de contas porque muitas
empresas, que não mantém um controle de estoque a cada operação, só conseguem apurar o
custo das vendas quando efetuam o procedimento de contagem de estoque, ou seja, o
inventário. Após saber qual é o estoque final (através do inventário), é possível, através da
movimentação dos estoque, saber o valor do custo das mercadorias que foram vendidas, e o
cálculo é feito da seguinte maneira:
CMV = 650.000,00
LEGENDA:
Após apurarmos o custo das mercadorias vendidas, já é possível apurar o resultado líquido do
exercícios, pois teremos todos os elementos da DRE, quais sejam: Receitas, Despesas e
Custos. Vejamos então como fica.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Resposta A R$170.000,00.
a) I e II.
b) II e III.
c) II.
d) III.
Resolução
Esta afirmativa está correta. O Ativo Circulante, por definição, é um grupo que classifica todas
as contas representativas de Caixa ou equivalentes de Caixa que serão, ou deverão ser
negociados, realizados, até o final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo
III. Uma empresa que realize uma operação de venda do seu estoque por R$21.000,00, que
foi adquirido por R$11.000,00 e que, ainda, tenha incorrido em comissões sobre venda no
valor total de R$2.000,00 apresentará na Demonstração do Resultado um Lucro Bruto de
R$8.000,00.
Temos que entender primeiro o que é, ou como se apura o Lucro Bruto, a saber:
= Lucro Bruto
Comissão é uma despesa comercial, e não faz parte do custo da mercadoria, sendo assim, a
demonstração de apuração do Lucro Bruto, será:
Resposta C - II.
Em janeiro de 2011, o registro contábil correspondente ao gasto com seguros gerou um aumento
de:
a) R$400,00 em Despesa.
b) R$400,00 em Custo de Produção.
c) R$4.400,00 em Despesa.
d) R$4.400,00 em Custo de Produção.
Resolução:
Para resolver a questão, devemos primeiro entender o Princípio da Competência, que rege este
tipo de operação.
Neste caso, a apólice de seguro refere-se a uma despesa, porém é uma despesa contratada em
Dez/10 (vale o período de vigência), que trará benefícios até Nov/11, quando do encerramento
da vigência do contrato.
Como o benefício desta despesa se estende a períodos futuros, seria injusto e inadequado
atribuir toda a despesa (4.800,00) somente para o mês de contratação, ou seja, Dez/10. Quando
ocorre a contratação de uma despesa, que gere benefícios futuros, é correto, segundo o
Princípio de Competência, contabilizá-la por todo o período de vigência do benefício, dessa
maneira esta apólice de seguro deveria ter a despesa lançada a cada mês durante todo o prazo
de vigência.
31 de dezembro de 2010
31 de janeiro de 2011
Pela apropriação da despesa relativa a Janeiro/2011
QUESTÃO: Uma sociedade empresária que tem como atividade operacional a prestação de
serviços registrou as seguintes transações no mês de agosto de 2011.
Aquisição de peças para reposição no valor de R$10.000,00 para serem utilizadas na prestação
de serviços do mês de setembro de 2011.
Prestação de serviços no valor total de R$80.000,00 para diversos clientes. Para a execução
desses serviços, a sociedade utilizou-se de peças que haviam custado R$5.000,00 e o custo
total com pessoal totalizou R$25.000,00.
Despesa com o pessoal administrativo no valor de R$1.000,00 a ser pago em setembro de 2011.
Resolução:
Entre as transações mencionadas acima, algumas alteram o resultado do período por tratarem
de despesas, custos e/ou receitas, mas outras transações tratam apenas de Contas Patrimoniais
e não afetam o resultado, sendo assim, para apurarmos o Resultado do período, conforme
solicitado pela questão, teremos que contabilizar cada transação e considerar para apuração do
resultado somente aquelas que envolvam as contas de resultado.
Resolvendo:
Como os salários referem-se a folha de julho/2011, significa dizer que a despesa com salários já
foi contabilizada em Julho/2011, cuja contra partida foi Salários a Pagar, sendo assim no mês de
Agosto cabe apenas a contabilização do pagamento, a débito de Salários a Pagar
QUESTÃO: Uma sociedade empresária apresenta no seu Ativo Não Circulante investimento em
uma Subsidiária Integral. Em 31 de dezembro de 2010, foi apresentado o seguinte papel de
trabalho para que fossem identificados os registros de eliminações e os saldos consolidados.
Não existem lucros não realizados decorrentes de transações entre as companhias.
A partir da elaboração do Balanço Patrimonial Consolidado, assinale a opção INCORRETA.
CONCEITOS E RESOLUÇÃO
ATIVO CIRCULANTE
O ativo circulante abrange valores realizáveis no exercício social subsequente. Assim, por
exemplo, uma empresa cujo exercício social encerre em 31 de dezembro, ao realizar o
encerramento do exercício de 31 de dezembro de 2010, deverá classificar no Ativo Circulante
todos os valores realizáveis até 31 de dezembro de 2011.
Na empresa cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no
circulante ou longo prazo terá por base o prazo deste ciclo. Raramente, porém, é usado esta
classificação mais extensa, de forma que, como padrão, pode-se adotar a classificação das
contas como circulante se forem realizáveis ou exigíveis no prazo de 1 (um) ano.
Ativo
Compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade,
capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.
Passivo
Compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros,
resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação.
Patrimônio Líquido
Compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do
Ativo e o valor do Passivo.
Entendimento….
Na prática:
Pela questão apresentada, temos uma apresentação dos balanços da controladora e da
controlada, que apresentam saldos representando transações entre elas, e que pela regra da
consolidação devem ser eliminados. Dessa forma identificamos primeiro na controladora a conta
“Clientes – Subsidiária”, ou seja, uma conta que representa o direito de receber valores de sua
controlada. Por outro lado temos o saldo da conta “Fornecedores – Controladora”, no balanço da
controlada que representa a contra partida da primeira, ou seja, representa o quanto a
controlada deve para a controladora. Identificadas as contas, devemos fazer a eliminação, como
segue:
Além de contas a receber e contas a pagar entre as empresas do mesmo grupo, temos também
a conta de Investimentos. Ao adquirir a participação societária de outra empresa, contabilizamos
a mesma na conta de Investimentos, e seu valor será o desembolso efetuado, que normalmente
é o percentual de participação multiplicado pelo patrimônio líquido da investida, dessa forma se a
Investidora adquiriu 100% da investida (como é o caso da questão apresentada), seu
investimento será exatamente igual ao valor do Patrimônio Líquido da Investida (neste caso,
controlada), sendo assim, deveremos fazer a eliminação como segue:
QUESTÃO: Uma empresa industrial possui um Ativo Imobilizado cujo custo histórico é igual a
R$50.000,00 e cuja depreciação acumulada equivale a R$12.000,00. A empresa apurou, para
esse ativo, um valor justo líquido de despesas de venda de R$10.000,00 e um valor em uso de
R$20.000,00.
Com base nos dados informados, considerando a NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável
de Ativos –, o valor a ser registrado como perda por desvalorização do Ativo Imobilizado será de:
a) R$18.000,00.
b) R$28.000,00.
c) R$30.000,00.
d) R$40.000,00.
Resolução:
A base para responder a esta questão está no PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1)
Redução ao Valor Recuperável de Ativos
Tal pronunciamento menciona:
“Mensuração do valor recuperável”
18. Este Pronunciamento define valor recuperável como o maior valor entre o valor justo
líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em
uso. Os itens 19 a 57 estabelecem as exigências para mensuração do valor recuperável. “Essas
exigências usam o termo “um ativo”, muito embora se apliquem igualmente a um ativo individual
ou a uma unidade geradora de caixa.”
19. Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de um
ativo e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes exceder o valor contábil do ativo,
este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor.
20. (…)
21. Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda materialmente seu
valor justo líquido de despesas de venda, o valor justo líquido de despesas de venda do ativo
pode ser considerado como seu valor recuperável. Esse será frequentemente o caso para um
ativo que é mantido para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de ativo mantido para
alienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez que os futuros
fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa, provavelmente serão irrisórios.”
…
“Valor recuperável e valor contábil de unidade geradora de caixa
74. O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo
líquido de despesas de venda e o valor em uso. “Para o propósito de determinar o montante
recuperável de uma unidade geradora de caixa, qualquer referência a “um ativo”, constante dos
itens 19 a 57 deve ser lida como referência a “uma unidade geradora de caixa”.”
Resolvendo
Primeiro devemos saber qual é o Valor Recuperável que utilizaremos para comparar com o Valor
Contábil.
Muito bem, deveremos utilizar sempre o maior valor entre o Valor justo líquido das despesas
com vendas, com o valor em uso.
Neste caso, para sabermos o valor da desvalorização, vamos comparar o Valor Contábil com o
Valor Recuperável
Calculando o valor contábil:
Valor Contábil = Custo histórico menos depreciação acumulada
Valor Contábil = 50.000,00 - 12.000,00 = 38.000,00
Calculando a perda por desvalorização
Valor contábil menos Valor em uso (neste caso)
38.000,00 - 20.000,00 = 18.000,00
Resposta A - R$18.000,00.
a) R$400.000,00.
b) R$850.000,00.
c) R$860.000,00.
d) R$1.250.000,00.
Resolução:
Para resolver esta questão devemos apenas ler o que está definido na NBC TG 25, conforme
esclarece o próprio enunciado, a saber:
Reconhecimento
Provisão
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de
evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
Esclarecendo e resolvendo.
Como podemos ver, a Provisão será contabilizada apenas quando a saída de recursos for
Provável e baseada em Estimativas confiáveis.
Na questão apresentada, apenas duas situações atendem essas condições, pois as demais
situações referem-se a saída possível, ou provável com inexistência de estimativa confiável
QUESTÃO: Uma sociedade empresária mantém no seu estoque de mercadorias para revenda
três tipos de mercadorias: I, II e III. O valor total do custo de aquisição, preço de vendas e gastos
com vendas, em 31.12.2010, estão detalhados a seguir:
Tipo de Estoque Custo Preço de Venda Gastos com
vendas
Resolução
O CPC nr 16 estabele em vários itens os critérios utilizados para a devida apuração do custo do
estoque, porém no item 10, temos uma definição mais genérica, que nos ajuda a resolver esta
questão, a saber:
“Custos do estoque
10. “O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação,
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.”
Sobre o Valor Realizável Líquido, o tratamento é dado nos itens 28 a 33 do referido CPC 16,
porém em resumo significa o valor de mercado subtraído de todas as despesas comerciais
inerentes a venda do produto em análise, como por exemplo: comissões, fretes etc.
Para a resolução da questão, temos que fazer um confronto entre o Custo e o Valor Realizável
Líquido de cada item, e considerar para efeito de saldo de estoque o valor menor entre os dois.
Produto I
Custo = R$660,00
Valor a ser considerado para estoque = R$660,00 (o menor valor entre o custo e o valor
de mercado líquido)
Produto II
Custo = R$366,00
Valor a ser considerado para estoque = R$328,00 (o menor valor entre o custo e o valor
de mercado líquido)
Produto III
Custo = R$800,00
Valor a ser considerado para estoque = R$705,00 (o menor valor entre o custo e o valor
de mercado líquido)
Produto I = R$660,00
Produto II = R$328,00
Produto III = R$705,00
TOTAL = R$1.693,00
Resposta A - R$ 1.693,00.
QUESTÃO: Uma sociedade empresária “A” apresentou em seu Balanço Patrimonial, no grupo
de Passivo Circulante, a quantia de R$1.000.000,00 a titulo de Dividendos Propostos e, na
Demonstração de Resultado, um Lucro do Período no valor de R$4.000.000,00.
Considerando que uma determinada sociedade investidora “B” participa do Capital dessa
empresa com um percentual de 10% e que apresenta no Ativo Não Circulante a participação na
sociedade “A”, classificada como Investimento avaliado pelo método de custo, por ser a forma
adequada de classificação, o registro contábil desta mutação patrimonial na investidora “B”,
será:
a) Débito Dividendos Propostos a Receber R$100.000,00
Resolução
Para resolver esta questão é preciso entender que os Investimentos Permanentes podem ser
avaliados de duas maneiras: Pelo método de Equivalência Patrimonial, aplicado aos
investimentos em Coligadas, Controladas e Grupo Econômico, conforme determina o
Pronunciamento Contábil CPC 18 e NBC TG 18, ou método de custo, a ser aplicado aos demais
investimentos permanentes.
De outra forma:
Passivo Circulante
Demonstração de Resultado
Lucro no período
4.000.000,00
Os investimentos avaliados pelo método de custo são mantidos por seu valor histórico. A
investidora não altera o valor contábil do investimento em função da investida ter apurado lucro
ou prejuízo. Os dividendos declarados pela investida são contabilizado como receitas na
investidora.
Resposta A
Resolução:
Lançamentos contábeis
Janeiro de 2011
Para responder a questão é necessário entender quais tipos de atividades foram movimentadas
nos lançamentos realizados em Janeiro de 2011, considerando que para a Demonstração dos
Fluxos de Caixa, as atividades são separadas em três tipos: Operacionais, Investimentos e
Financeiras, a saber:
Depois de definidos os conceitos de cada atividade, vamos elaborar a DFC de janeiro de 2011
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS R$30.000,00
QUESTÃO: Uma empresa realizou seu inventário físico em 1º.8.2011, identificando em seu
estoque de mercadorias 8.000 unidades, avaliadas ao custo médio unitário de R$180,00. Em
5.8.2011 vendeu 6.000 unidades, à vista, por R$1.650.000,00, numa operação isenta de tributos
de qualquer natureza. O comprador, no dia 10.8.2011, devolveu 20% da compra e ainda
conseguiu obter um abatimento de 20% no preço. Considerando essas transações as únicas do
mês de agosto, a empresa apresentou um estoque em 31.8.2011 de:
Resolução
A movimentação dos estoques foi registrada segundo o método da Média Ponderada Móvel. Por
este método o saldo é apurado a cada movimentação, dividindo-se o saldo em Reais pelo saldo
em Quantidade. As saídas devem ser registradas pelo último custo apurado, e as devoluções
devem ser registradas pelo mesmo valor do lançamento original (venda ou compra).
No caso desta questão o custo médio unitário não foi alterado porque não houve nenhuma
entrada de mercadorias com valor diferente, a partir do saldo inicial de 01.08.2011
Resolução:
Capital Circulante Líquido, é a diferença positiva entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante,
exemplificando:
Nesta questão o que se quer é achar a variação do Capital Circulante Líquido, de 01/01/2011 à
30/06/2011
Calculando:
Capital Circulante Líquido em 01/01/2011
Ativo Circulante = R$17.500.000,00
(-) Passivo Circulante = R$9.500.000,00
Capital Circulante Líquido = R$8.000.000,00
Resposta B - A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante
de R$11.125,000,00.
QUESTÃO: Relacione o Indicador Econômico Financeiro descrito na primeira coluna com
exemplos de indicadores na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Indicadores de Capacidade (1) Liquidez Corrente, Liquidez Seca,
de Pagamento Liquidez Imediata, Liquidez Geral e
Endividamento.
Resolução:
Resposta D - 1, 2, 3.
1 Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para
os respectivos tipos.
2 Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade
nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
Na lei 6.404/76
1 Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
2 Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
3 Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se
parcial a versão.
Resposta B - 1 - 3 - 2
QUESTÃO: Uma sociedade adquiriu em 2.1.2010 um veículo para ser utilizado na sua atividade
operacional por R$70.000,00. Na data da aquisição, a empresa apresentou estudo no qual
demonstrou que a vida útil do veiculo é de 10 anos e que o valor justo líquido de despesa de
venda no momento de sua desativação, trazida a valor presente, será de R$10.000,00.
a) R$45.000,00.
b) R$54.000,00.
c) R$55.000,00.
d) R$64.000,00.
Resolução:
A base para responder a esta questão está no PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1)
Redução ao Valor Recuperável de Ativos
59. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor
contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma
perda por desvalorização do ativo.”
Resolvendo
Então, como vimos no texto do Pronunciamento, haverá desvalorização quando na comparação
do Valor Contábil do Ativo com seu Valor Recuperável, aquele (Valor Contábil) for maior, ou
seja, em outras palavras significa que o valor que deverá permanecer no balanço será o
menor entre o Valor Recuperável e o Valor Contábil
Nesta questão o valor recuperável já é informado, a saber: R$ 55.000,00
Valor contábil neste caso, é igual ao valor de custo subtraído da depreciação acumulada, como
segue:
Depreciação acumulada:
R$ 70.000,00 ÷ 10 anos (vida útil) = R$ 7.000,00 (depreciação anual)
Aquisição = 02.01.2010
Balanço patrimonial = 31.12.2010
Depreciação acumulada em 31.12.2010 = R$ 7.000,00
Valor contábil =
R$ 70.000,00 (custo) - R$ 7.000,00 (deprec. Acumulada) = R$ 63.000,00
Valor do Imobilizado, líquido da depreciação acumulada, em 31.12.2010, segundo a
NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos
Resposta C - R$55.000,00.
QUESTAO 03. Uma sociedade empresária, no encerramento do exercício de 2010, obteve as
seguintes informações:
Resolução
Para resolver a questão, devemos identificar no elenco de contas quais delas são Bens e
Direitos pois compreendem o Ativo
Classificação
B = Bens
D = Direitos
O = Obrigações
Redutora = As contas redutoras estão sempre vinculadas a uma conta de origem. No caso da
Depreciação, Exaustão e Amortização acumulada, em geral a vinculação é com as contas do
Imobilizado, portanto apesar de não serem diretamente Bens ou Direitos, serão classificadas no
Ativo abaixo de sua conta de Origem, Exemplo:
(-) Depreciação Acumulada = Representa desgaste físico e/ou Econômicos do bem e portanto é
sua redutora
Contas Saldos
a) R$21.300,00.
b) R$23.000,00.
c) R$24.000,00.
d) R$26.300,00.
RESOLUÇÃO
De acordo com a Lei 6.404/76, no seu art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
CPC 28 - As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para
valorização do capital ou para ambas, e por isso classificadas no subgrupo Investimentos, dentro
do Ativo Não Circulante.
Resposta C
QUESTÃO: Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que deverá sofrer
o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo
ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:
Resolução:
Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou
de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras
e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um
ativo ou de unidade geradora de caixa. Significa dizer: se o equipamento continuasse
funcionando, quanto geraria de lucro? Esse valor é calculado por estimativa.
Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução
de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.
O Teste de Recuperabilidade visa reduzir o valor do ativo, quando for maior, ao seu valor justo
(valor de venda) ou valor em uso.
A Lei 6404/76 obriga o teste de recuperabilidade para itens do ativo imobilizado e no intangível,
entretanto, a CPC 01 faz referência a todos os ativos.
A redução de valores do ativo ao valor recuperável é um nome mais elegante para o velho
jargão contábil: custo ou mercado, dos dois o menor. Quando o valor de mercado (valor justo) for
superior ao valor contábil reduzimos o valor do ativo por meio de constituição de provisão.
Essa regra serve bem aos ativos destinados a venda, entretanto, para itens não destinados à
venda a regra custo ou mercado, dos dois o menor pode não fazer muito sentido (o bem não
está destinado à venda, por exemplo, um bem do imobilizado). Assim, a necessidade de
levarmos em conta o valor de mercado, e também consideramos seu valor econômico
decorrente de seu uso.
A conta para reduzir o valor do ativo ao seu valor recuperável é “perdas estimadas por redução
ao valor recuperável”, semelhante a depreciação acumulada ou provisão. Se o valor contábil for
inferior ao valor em uso ou justo, não há necessidade de constituir a provisão para perdas
(perdas estimadas por redução ao valor recuperável).
Considerando os três anos a empresa teria 60.000 de lucro. Como a questão nos dá o custo do
capital empregado, consideramos que nesse lucro já está embutido esse custo.
Nesse ponto, então, devemos levar os 3 valores (20.000 por ano) à data do teste considerando o
custo de capital dado no problema (10% ao ano). Aqui usaremos a fórmula de juros compostos:
M = C (1+ i)n
Assim, C = M/ (1+i)n
C = Capital na data atual
M = Montante, Capital na data futura (20.000)
i = taxa de custo do capital (10% = 0,1)
n = período de tempo.
Desse modo:
O valor recuperável é o maior dentre o valor justo (49.000) e o valor em uso (49.737). Assim, o
valor recuperável é de 49.737.
A provisão deverá ser feita quando o valor contábil (60.000) é maior que o valor recuperável
(49.737). No nosso problema foi o que ocorreu.
Resposta B
QUESTÃO: Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, os juros recebidos de aplicações financeiras
e a amortização de empréstimos obtidos são classificados, respectivamente, como caixa das
atividades:
Objetivo
Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários
das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de
caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua
ocorrência e do grau de certeza de sua geração.
A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações
contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem as mudanças nos
ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua
capacidade para mudar os montantes e a 4 CPC_03(R2) época de ocorrência dos fluxos de
caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações
sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar
o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades. A demonstração dos fluxos
de caixa também concorre para o incremento da comparabilidade na apresentação do
desempenho operacional por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso
de diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos.
Item 17 CPC 03 (R2). A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades
de financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos futuros de
caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de fluxos de caixa
advindos das atividades de financiamento são:
Resposta A
a) A aplicação do Princípio do Registro pelo Valor Original implica que os ativos e passivos
sejam registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa, não sendo admitida
outras bases de mensuração, tais como valor realizável, valor presente e valor justo.
b) A atualização monetária representa nova avaliação, mediante a aplicação de indexadores
ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda em um dado
período, constituindo-se, portanto, em um descumprimento do Princípio do Registro pelo
Valor Original.
c) A atualização monetária representa o ajustamento dos valores originais para
determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período, não
representando um descumprimento Princípio ao Registro pelo Valor Original.
d) A redação atualizada da Resolução CFC n.º 750/93, que trata dos Princípios de
Contabilidade, feita pela Resolução n.º 1.282/10, aboliu o Princípio do Registro pelo Valor
Original por estar em desacordo com as novas normas contábeis brasileiras, convergentes
às normas internacionais de contabilidade.
RESOLUÇÃO
A) Incorreto
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda
nacional.
B) Incorreto
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros
elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado
período.
C) Correto
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou
outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em
um dado período.”
Não representa o descumprimento do princípio.
D) Incorreto
Artigo 7º da norma.
Resposta C
A sequência CORRETA é:
a) F, F, V, F.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, V.
d) V, V, V, F.
Resolução:
Para resolver esta questão devemos ler o que está definido no PRONUNCIAMENTO
CONCEITUAL BÁSICO (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro e sua correspondente NBC TG Estrutura Conceitual – Resolução nº.
1.374/11, bem como o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 25 Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes e sua correspondente NBC TG 25 – Resolução nº. 1.180/09
Passivos
4.15. Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de
desempenhar uma dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente
exigíveis em consequência de contrato ou de exigências estatutárias. Esse é normalmente o
caso, por exemplo, das contas a pagar por bens e serviços recebidos. Entretanto, obrigações
surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de manter
boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Desse modo, se, por exemplo, a
entidade que decida, por questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em
seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois da expiração
do período da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos
constituem passivos.”
OBS.: O texto foi retirado do pronunciamento, sem alterações, porém nós fizemos os destaques
pra salientar as respostas às questões.
Definições
10. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados especificados:
OBS.: O texto foi retirado do pronunciamento, sem alterações, porém nós fizemos os destaques
pra salientar as respostas às questões.
Com base nos textos dos pronunciamentos, ressaltados os destaques feitos por nós, podemos
concluir a resposta correta:
Resposta D - V, V, V, F.
RESOLUÇÃO
Resolução CFC n.º 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
a) Correto
b) Correto
Resposta C
A sequência CORRETA é:
a) 2, 1, 3.
b) 2, 3, 1.
c) 3, 2, 1.
d) 3, 1, 2.
RESOLUÇÃO
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os
passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das
operações.
(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do
balanço.
(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros
de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das
operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de
saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso
normal das operações.”
Tentando evitar o entendimento do texto por mera “decoreba”, vamos resumir as formas
de mensuração de uma maneira mais simples.
Custo histórico. É o valor da negociação efetuada, tanto para contas do Ativo quanto para
contas do Passivo. É o valor nominal do contrato, da Nota Fiscal, da negociação.
Custo corrente. É o valor atualizado do Item, seja Ativo ou Passivo. No caso do Ativo é como se
eu atualizasse meus estoques por exemplo pelo valor de compra na data do balanço. No
Passivo é como se eu atualizasse as dívidas para a data do balanço, o que poderia incorrer em
acréscimos de valores até a data do balanço.
Valor presente. Tanto para o Ativo quanto para o Passivo refere-se ao valor histórico subtraído
dos ônus financeiros adicionados na data da contratação. Como exemplo, podemos citar as
compras e vendas a prazo, pois toda compra ou venda a prazo está adicionada de custo
financeiro, porém contabilizamos sempre o valor total da nota fiscal como Contas a Pagar ou
Contas a Receber respectivamente. O valor presente é o Valor total da Nota Fiscal subtraído do
custo financeiro embutido nela.
Resposta A - 2, 1, 3.
RESOLUÇÃO
Para facilitar a resolução e o entendimento vamos comentar cada alternativa com base nos
pronunciamentos referenciados anteriormente.
Relevância
QC6. Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões
que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em
uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já
tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.
QC7. A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos.
QC8. A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de
entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados. A
informação contábil-financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua
valor preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada pelos usuários
ao fazerem suas próprias predições.
Alternativa correta,
c) Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser
neutra, isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou
apresentação da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou julgamento
específico, visando atingir um resultado ou desfecho predeterminado.
Alternativa correta,
Resposta A
QUESTAO: Redução ao Valor Recuperável de Ativos se aplica a todos os ativos a seguir,
EXCETO a:
a) Ativo Intangível.
b) Estoque.
c) Imobilizado.
d) Investimento em Controlada
Resolução
Esta questão diz respeito ao PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1) Redução ao Valor
Recuperável de Ativos e a correspondente NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, aprovada pela RESOLUÇÃO CFC N.º 1.292/10
Neste Pronunciamento, leia-se:
Alcance
2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por
desvalorização de todos os ativos, exceto:
Questão 09
9. Em relação às Notas Explicativas e às Demonstrações Contábeis, assinale a opção
INCORRETA.
a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas as fontes principais da incerteza das
estimativas à data do balanço que tenham risco significativo de provocar modificação material
nos valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo.
b) A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas as bases de
mensuração utilizadas na elaboração das demonstrações contábeis e outras políticas contábeis
utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis.
c) Informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas
que seja relevante para sua compreensão, deve ser apresentada nas notas explicativas.
d) Políticas contábeis inadequadas podem ser retificadas por meio da divulgação das
políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa.
RESOLUÇÃO
a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas as fontes principais da incerteza das
estimativas à data do balanço que tenham risco significativo de provocar modificação material
nos valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo.
O que diz a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Principais fontes da incerteza das estimativas
125. A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos principais
pressupostos relativos ao futuro, e outras fontes principais da incerteza das estimativas à data
do balanço, que tenham risco significativo de provocar modificação material nos valores
contábeis de ativos e passivos durante o próximo. Com respeito a esses ativos e passivos, as
notas explicativas devem incluir detalhes informativos acerca:
(a) da sua natureza; e
(b) do seu valor contábil à data do balanço.
c) Informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas que
seja relevante para sua compreensão, deve ser apresentada nas notas explicativas.
O que diz a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Estrutura
112. As notas explicativas devem:
(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e
das políticas contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens 117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelas normas, interpretações e comunicados técnicos que
não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis,
mas que seja relevante para sua compreensão.
d) Políticas contábeis inadequadas podem ser retificadas por meio da divulgação das políticas
contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa.
Não há, na NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis menção sobre esta
afirmativa, portanto é uma afirmativa incorreta
Resposta D
QUESTÃO: Presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou
necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente
e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.
A afirmação acima tem por base o Princípio da:
a) Continuidade.
b) Oportunidade.
c) Prudência.
d) Relevância.
Resolução
É de fundamental importância conhecer todos os Princípios Contábeis, pois eles são a base, a
linha mestra de nossa ciência. Para resolver esta questão, vamos ao menos verificar o que está
publicado nas Normas Técnicas a respeito de cada Princípio mencionado nas alternativas.
Continuidade:
Oportunidade:
O Princípio da Oportunidade existe para garantir que toda variação patrimonial seja contabilizada
no momento em que ela acontece, independentemente inclusive de documentos
comprobatórios, desde haja uma condição e um critério técnico de apuração.
Prudência:
“Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no
sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não
sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais.”
Este Princípio está presente sempre em que houver dúvida entre dois valores, ou dois critérios
de mensuração. Neste caso ser prudente significa contabilizar o menor valor para Ativos e o
maior valor para Passivos.
Relevância:
Resposta A - Continuidade.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
Resolução
A questão fala sobre a definição de Passivo, dessa maneira, vamos ler o que está escrito na
NBC TG – ESTRUTURA CONCEITUAL, publicada pela Resolução CFC no. 1.121/08.
(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade;
(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos.
50. As definições de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não tentam
especificar os critérios que precisam ser atendidos para que possam ser reconhecidos no
balanço patrimonial. Assim, as definições abrangem itens que não são reconhecidos como ativos
ou passivos no balanço porque não satisfazem aos critérios de reconhecimento discutidos nos
itens 82 a 98. Especificamente, a expectativa de que futuros benefícios econômicos fluam para a
entidade ou deixem a entidade deve ser suficientemente certa para que seja atendido o critério
de probabilidade do item 83, antes que um ativo ou um passivo seja reconhecido.
51. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-
se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. Assim, por
exemplo, no caso do arrendamento financeiro, a essência e a realidade econômica são que o
arrendatário adquire os benefícios econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da
sua vida útil, como contraprestação de aceitar a obrigação de pagar por esse direito um valor
próximo do valor justo do ativo e o respectivo encargo financeiro. Dessa forma, o arrendamento
financeiro dá origem a itens que satisfazem a definição de um ativo e um passivo e, portanto,
são reconhecidos como tais no balanço patrimonial do arrendatário.
51. Balanços patrimoniais elaborados de acordo com as normas devem incluir como ativo ou
passivo itens que satisfaçam a essas definições.
“Passivos
53. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de uma
certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em conseqüência de um contrato
ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por
mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas usuais de negócios,
usos e costumes e o desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira eqüitativa.
Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma questão de política mercadológica ou de
imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado
conhecidos depois que expirou o período da garantia, as importâncias que espera gastar com os
produtos já vendidos constituem-se passivos.
54. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso futuro. A
decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos no futuro não constitui, por si só,
uma obrigação presente. A obrigação normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou
a entidade assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo. Neste último caso, a natureza
irrevogável do acordo significa que as conseqüências econômicas de deixar de cumprir a
obrigação, por exemplo, por causa da existência de uma penalidade significativa, deixem a
entidade com pouca ou nenhuma alternativa para evitar o desembolso de recursos em favor da
outra parte.
55. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, pela entidade, de
recursos capazes de gerar benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A
extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio
de:
56. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a
aquisição de mercadorias e o uso de serviços resultam em contas a pagar (a não ser que pagos
adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de um empréstimo resulta na obrigação de
liquidá-lo. Ou uma entidade pode ter a necessidade de reconhecer como passivo futuros
abatimentos baseados no volume das compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda das
mercadorias no passado é a transação da qual deriva o passivo.
57. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de
estimativa. No Brasil esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo,
constante do item 49, tem um enfoque amplo e assim, se a provisão envolve uma obrigação
presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha
que ser estimado. Exemplos incluem provisões por pagamentos a serem feitos para satisfazer
acordos com garantias em vigor e provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria.”
Opção “I”
“Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.”
Ler na NBCT TG os itens 49 b, e 53
Opção “II”
“Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são reconhecidas por não
ser possível mensurá-las de forma confiável.”
Ler na NBCT TG o ítem 57
Neste caso devemos entender que, se não houver condições de mensurar, não será feita a
provisão, mas isso não descaracteriza o passivo. Nos casos em que o fato se mostrar relevante,
deve-se ao menos colocar em nota explicativa.
Opção “III”
A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.
Ler na NBCT TG o ítem 55 c
Resposta A - I, II e III.
QUESTÃO: Relacione a situação descrita na primeira coluna com o procedimento a ser adotado
na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Há obrigação presente que, (2) Nenhuma provisão é
provavelmente, requer uma saída reconhecida, mas é exigida
de recursos. divulgação para o passivo
contingente.
(2) Há obrigação possível ou (3) Nenhuma provisão é
obrigação presente que pode reconhecida e nenhuma
requerer, mas provavelmente não divulgação é exigida.
irá requerer uma saída de
recursos.
Resolução:
11. As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos
derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o
valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por contraste:
(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou
recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e
(b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são passivos a pagar por
bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou
formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por
exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja
necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do
que nas provisões.
12. Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu
prazo ou valor. Porém, neste Pronunciamento Técnico o termo “contingente” é usado para
passivos e ativos que não sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada
pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da
entidade. Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado para passivos que não
satisfaçam os critérios de reconhecimento.
(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são:
(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos, ou
Reconhecimento
Provisão
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. Obrigação
presente 15. Em casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente. Nesses
casos, presume-se que um evento passado dá origem a uma obrigação presente se, levando em
consideração toda a evidência disponível, é mais provável que sim do que não que existe uma
obrigação presente na data do balanço…”
a) F, F, F, F.
b) F, F, V, F.
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, F.
Resolução
Segundo a NBCT TG
“…Alcance
6. Esta Estrutura Conceitual trata das demonstrações contábeis para fins gerais (daqui por
diante designadas como “demonstrações contábeis”), inclusive das demonstrações contábeis
consolidadas. Tais demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas pelo menos
anualmente e visam atender às necessidades comuns de informações de um grande número de
usuários. Alguns desses usuários talvez necessitem de informações, e tenham o poder de obtê-
las, além daquelas contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários, todavia, têm de
confiar nas demonstrações contábeis como a principal fonte de informações financeiras. Tais
demonstrações, portanto, devem ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas
necessidades. Estão fora do alcance desta Estrutura Conceitual informações financeiras
elaboradas para fins especiais, como, por exemplo, aquelas incluídas em prospectos para
lançamentos de ações no mercado e ou elaboradas exclusivamente para fins fiscais. Não
obstante, esta Estrutura Conceitual pode ser aplicada na preparação dessas demonstrações
para fins especiais, quando as exigências de tais demonstrações o permitirem….”
Alternativa VERDADEIRA
Segundo a NBCT TG
“…Compreensibilidade
25. Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que
elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários
tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a
disposição de estudar as informações com razoável diligência. Todavia, informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis por causa da sua
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários não devem ser excluídas
em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos usuários as
entenderem….”
Alternativa FALSA
Segundo a NBCT TG
“…Pressupostos Básicos
Regime de Competência
22. A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime
contábil de competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são
reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos
ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis
dos períodos a que se referem. As demonstrações contábeis preparadas pelo regime de
competência informam aos usuários não somente sobre transações passadas envolvendo o
pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas também sobre
obrigações de pagamento no futuro e sobre recursos que serão recebidos no futuro. Dessa
forma, apresentam informações sobre transações passadas e outros eventos que sejam as mais
úteis aos usuários na tomada de decisões econômicas. O regime de competência pressupõe a
confrontação entre receitas e despesas que é destacada nos itens 95 e 96.
Continuidade
Alternativa VERDADEIRA
Segundo a NBCT TG
Compreensibilidade 25
Relevância 26 –
30
Materialidade 29 –
30
Confiabilidade 31 –
38
Representação adequada 33 –
34
Neutralidade 36
Prudência 37
Integridade 38
Comparabilidade 39 –
42
Alternativa FALSA
Resposta C - V, F, V, F.
CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL
CONTABILIDADE DE CUSTOS
CONCEITO
Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos
gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma
mercadoria ou um serviço.
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e
interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da
organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro,
para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisão.
Estoques iniciais
(+) Compras
(-) Estoques finais
(=) Custo das Mercadorias Vendidas
Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde
que apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta
administrativa da mais alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se,
gradativamente, num verdadeiro sistema de informações gerenciais, de vital importância para a
administração das organizações empresariais. Essas informações constituem um subsídio
básico para o processo de tomada de decisões, bem como para o planejamento e controle das
atividades empresariais.
a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques.
b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da
empresa.
c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões.
TERMINOLOGIA UTILIZADA
a) Gasto - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou
serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).
CUSTOS DEPESAS
DESPESAS
INDIRETOS DIRETOS
RATEIO
PRODUTO A VENDAS
PRODUTO B
PRODUTO C
ESTOQUES
RESULTADO
Custos e Despesas incorridos num mesmo período só irão para Resultado desse período caso
toda produção elaborada seja vendida e não haja estoques iniciais e finais.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO E CENTROS DE CUSTOS
Porque Departamentalizar ?
Para uma racional distribuição dos custos indiretos, pois a simples alocação aos produtos, em
determinadas empresas, não espelha a correta apropriação dos custos aos produtos.
Indiretos Diretos
Alocáveis
R Comuns Diretamente
aos Depart.
Depart.
Serviço A
Vendas
R
Depart.
Serviço B
Depart.
Serviço C
R Produto
X
Depart.
Serviço D
R Produto
Y
Estoques
RESULTADO
Preço Médio
O critério mais utilizado no Brasil é o do Preço Médio para avaliação dos estoques. Podemos, no
entanto, fixar pelo menos dois tipos diferentes de Preço Médio: Móvel e Fixo.
Preço Médio Ponderado Móvel: É assim chamado aquele mantido pela empresa com controle
constante dos seus estoques e que por isso atualiza seu preço médio após cada aquisição.
Preço Médio Ponderado Fixo: Utilizado quando a empresa calcula o preço médio apenas após
o encerramento do período ou quando decide apropriar a todos os produtos elaborados no
período um único preço por unidade.
A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio ponderado fixo se for
calculado com base nas compras de um período maior que o prazo de rotação do estoque.
Realmente não faz sentido avaliar pelo preço médio das compras do ano os estoques adquiridos
nos últimos três meses, por exemplo.
O método de último a entrar primeiro a sair (last-in, first-out) provoca efeitos contrários ao PEPS.
Com a adoção do UEPS, há tendência de se apropriar custos mais recentes aos produtos feitos,
o que provoca normalmente redução do lucro contábil. Provavelmente por essa razão, essa
forma de apropriação, apesar de aceita pelos princípios contábeis, não é admitida pelo Imposto
de Renda brasileiro.
CONTABILIDADE GERENCIAL
No que diz respeito à contabilidade gerencial, como conceito básico, pode-se dizer que é o
método que orientará o conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto
da ciência sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões.
PROCESSO CARACTERISTICAS
IDENTIFICAÇÃO Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e
outros eventos econômicos para ação contábil apropriada.
Quantificação, incluindo estimativas, transações
impresariais ou outros eventos econômicos que têm
MENSURAÇÃO
ocorrido ou previsões dos que podem acontecer.
Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes
para registrar e classificar transações empresariais
ACUMULAÇÃO
apropriadas e outros eventos econômicos.
ANÁLISE Determinação das razões para reportar a atividade e sua
relação com outros eventos econômicos e circunstanciais.
PREPARAÇÃO E Coordenação e planejamento de dados contábeis,
INTERPRETAÇÃO provendo informações apresentadas logicamente, o que
inclui, se apropriado, as conclusões referentes a esses
dados.
COMUNICAÇÃO Informação pertinente para a administração e outros para
usos internos e externos.
Quantificação e interpretação dos efeitos de transações
planejadas e outros eventos econômicos na empresa;
inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e
requer que o contador forneça informações quantitativas,
históricas e prospectivas para facilitá-la; isso inclui,
PLANEJAMENTO
também, participação no desenvolvimento do sistema de
planejamento, estabelecendo metas alcançáveis e
escolhendo meios apropriados de monitorar o progresso
em direção às metas.
Julgamento das implicações de eventos históricos e
esperados e ajuda na escolha do curso ótimo de ação;
AVALIAÇÃO
inclui a tradução de dados em tendências e relações:
comunicação das conclusões derivadas, efetivamente e
prontamente, das análises.
Assegurar a integridade da informação financeira relativa
às atividades e aos recursos e aos recursos da empresa;
monitoramento e medição do desempenho e indução a
CONTROLE qualquer ação corretiva exigida para retornar a atividade a
seu curso intencional; fornecimento de informações aos
executivos que operam em áreas funcionais que possam
usá-las para alcançarem o desempenho desejável.
ASSEGURAR Implementar um sistema de reportar o que está alinhado
RECURSOS DE com as responsabilidades organizacionais e contribuir para
RESPONSABILIDA o uso efetivo de recursos e de medidas de desempenho da
DE administração; transmitir os objetivos e as metas da
administração ao longo da empresa na forma de
responsabilidades nomeadas, que são base para identificar
responsabilidades; sistema que fornece, contabiliza,
reporta e que acumulará e informará receitas apropriadas,
despesas, ativos, obrigações e informação Quantitativa
relacionada para gerentes que terão, então, melhor
controle sobre estes elementos.
Preparação de relatórios financeiros baseados em
princípios de contabilidade geralmente aceitos, ou em
RELATÓRIOS
outras bases apropriadas, para grupos não administrativos,
como acionistas, credores, agências regulamentadoras e
autoridades tributárias; participação no processo de
desenvolver os princípios de contabilidade que estão
subjacentes ao relatório externo.
TEORIA X PRÁTICA
d) quando incorridos pelo comprador na aquisição de mercadorias para revenda, devem ser
classificados como despesas comerciais.
Conceitos e Exemplos
De grande importância para a gestão de negócios, a correta diferenciação dos gastos em custos
e despesas se faz necessária já que a contabilidade trata ambas de formas distintas.
Contabilmente os custos integram diretamente o valor dos estoques, já as despesas são
deduzidas do resultado apenas na Demonstração do Resultado do Exercício.
Custo
De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários
para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou
produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na
elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da
entidade, ou realizados de qualquer outra forma.”
Desta forma, custo é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros bens e
serviços. Exemplos: matéria prima, energia aplicada na produção de bens, salários e encargos
do pessoal da produção.
Despesa
Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como
aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais
de escritório, Salários da administração.
Como diferenciar?
Os custos tem a capacidade de serem atribuídos ao produto final, despesas são de caráter
geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.
Se ainda restar dúvida proponho a seguinte pergunta para esclarecimento da natureza do gasto:
Se a resposta for afirmativa trata-se de um custo, pois está vinculado a produção, caso contrário
temos uma despesa.
Exemplo de aplicação:
Gasto com propaganda e publicidade é custo ou despesa?
Aplicando a análise acima veremos que ao cortar gastos com publicidade e propaganda não
teríamos alteração na produção de estoques, somente uma possível queda nas vendas.
Portanto trata-se de uma despesa.
Custos Despesas
Gastos de produção Gastos administrativos e de vendas
Vinculados diretamente aos Produtos/Serviços Não se identificam diretamente à produção
Gastos com o objeto de exploração da Gastos outras atividades não exploradas pela
empresa (atividade-afim) empresa (atividade meio)
Segundo Ferreira (2011) integram o custo de aquisição apenas os gastos necessários a que se
tenham as mercadorias disponíveis para a venda, tais como o valor pago pelas mercadorias, o
frete, o seguro do frete, os impostos não recuperáveis. Os gastos não relacionados à compra
das mercadorias não fazem parte do seu custo de aquisição.
Resposta C
QUESTÃO: Uma empresa apresenta duas propostas de orçamento para o segundo semestre de
2012.
Orçamento % Orçamento %
1 2
a) R$9.450.000,00 e R$17.600.000,00.
b) R$7.735.714,29 e R$11.781.818,18.
c) R$4.488.750,00 e R$7.920.000,00.
d) R$4.061.250,00 e R$6.480.000,00.
Resolução:
Para a solução desta questão é necessário esclarecer dois conceitos: Margem de Contribuição e
Ponto de Equilíbrio Contábil
= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
o que sobra, para pagar os custos e despesas fixas
2) Ponto de Equilíbrio: Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os
gastos, ou seja, Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem
lucro, nem prejuízo.
A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo
percentual de margem de contribuição.
Ponto de Equilíbrio:
Custo Fixo ÷ Percentual de Margem de Contribuição
Calculando:
Orçamento 1
R$1.795.500,00 ÷ 40% (informado no enunciado) = R$4.488.750,00
Orçamento 2
R$4.752.000,00 ÷ 60% (informado no enunciado) = R$7.920.000,00
QUESTÃO: Uma empresa apresenta seu orçamento de produção estimado para 2012, com um
total de vendas de 1.485.000 unidades; um estoque estimado no início do ano de 412.500
unidades; e um estoque desejado no final do ano de 294.000 unidades. A produção anual total
indicada no orçamento de produção em unidades será de:
a) 778.500 unidades.
b) 1.366.500 unidades.
c) 1.603.500 unidades.
d) 2.191.500 unidades
Resolução:
Esta questão diz respeito a movimentação de estoque, onde é necessário calcular a quantidade
correta de produção para um estoque desejado.
Para fazermos isso deveremos utilizar uma derivação da fórmula de cálculo do C.P.V., para
calcularmos a quantidade de produção (entradas no estoque).
Calculando:
Fórmula para cálculo do C.P.V.
Estoque Inicial + Compras (entradas) – Estoque Final = C.P.V. (vendas)
Substituindo pelos dados do enunciado
412.500 + ? produção (precisamos calcular) – 294.000 = 1.485.000
Derivando a fórmula
Produção = Vendas + Estoque Final – Estoque Inicial
Produção = 1.485.000 + 294.000 - 412.500
Produção = 1.366.500
Lubrificantes R$2.450,00
Depreciação R$1.750,00
Com base na quantidade produzida, assinale a opção que apresenta o rateio dos custos
indiretos das garrafas.
RESOLUÇÃO:
Como estamos falando de Custos Indiretos, a apuração por produto deverá ser feita através de
rateio. Os critérios de rateio podem ser diversos, porém neste caso consideramos que o trabalho
de colocação de tampas independe do tamanho das garrafas, pois o trabalho é o mesmo
independentemente se colocarmos tampa em uma garrafa de 0,5 litro ou 1,5 litro. Sendo assim,
faremos o rateio baseado na quantidade produzida de cada tipo de garrafa.
CALCULANDO:
Custos Indiretos
Lubrificantes R$2.450,00
Garrafas Produzidas
24.500 garrafas de 0,5 litro;
28.000 garrafas de 1,0 litro;
17.500 garrafas de 1,5 litro.
70.000 garrafas produzidas no total.
AVALIANDO AS RESPOSTAS
Energizar Quilowatt-hora
Energizar R$15.000
a) R$66.750,00 e R$102.250,00.
b) R$69.600,00 e R$99.400,00.
c) R$72.429,00 e R$96.571,00.
d) R$73.560,00 e R$ 95.440,00.
Resolução:
Para encontrarmos o Custo Total de cada produto, teremos que somar os Custos Diretos
(Materiais e Mão de Obra) + Custos Indiretos (Realizar Engenharia e Energizar). Os Custos
Diretos já são apropriados a cada produtos (diretamente), mas os Custos Indiretos deverão ser
rateados de acordo com o consumo de cada direcionador de custo.
Vamos então calcular primeiramente o rateio dos Custos Indiretos, e posteriormente somar os
Custos Diretos.
QUESTÃO: De acordo com a terminologia de custos, julgue os itens abaixo como Verdadeiros
(V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
A sequência CORRETA é:
a) V, F, V, F, F.
b) V, F, V, F, V.
c) V, V, F, V, F.
d) V, V, F, V, V.
Resolução
Para responder essa questão será necessário a definição de alguns termos, a saber:
Custos Indiretos de Fabricação: São aqueles que não podem ser identificados diretamente ao
produto o serviços no momento de sua aplicação, necessitando de um critério de rateio para
apropriá-lo. Como exemplos, podemos citar: Custos de Mão de Obra de supervisores, que não
podem ser apropriados diretamente a um produto ou serviço, mas pode ser rateado por um
critério de horas/homem, por exemplo; Custos com energia também são muito difíceis para
apropriar diretamente a um produto ou serviço, mas podem ser rateados por exemplo por
horas/máquina
Desperdício de materiais: Desperdício são gastos não usuais, não fazem parte do processo
normal de produção e devem então ser considerados como perda, e como tal, devem ser
contabilizados diretamente em resultado (DRE), e não no custo do produto.
PEPS: É um critério de valorização dos estoques. Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que
Sai, ou seja, no momento de registrar a baixa iremos considerar o custo do primeiro lote
comprado, até o limite de quantidades desse lote e assim sucessivamente. Desta maneira, o
estoque ficará sempre valorizado pelos últimos lotes adquiridos, ou seja, o estoque terá sempre
o valor mais atualizado.
Média Ponderada: Também é um critério de valorização dos estoques. Por este método a baixa
dos estoques é feita pelo último custo calculado, e o cálculo é feito dividindo-se o saldo
1. Quando uma indústria produz apenas um produto, não existe alocação de custos
indiretos de fabricação.
Alternativa verdadeira, pois como se trata de um único produto, todos os custos serão
relacionados a este produto, ou seja, serão custos diretos
Alternativa falsa, pois por serem desperdícios anormais são considerados perda, e portanto
contabilizados diretamente em resultado.
1. O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos
primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que
permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou
produzidos.
Alternativa verdadeira
1. De acordo com o critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado
a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e
do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período.
Alternativa verdadeira
Resposta D - V, V, F, V, V.
Resolução
Para responder esta questão é necessário primeiramente o entendimento conceitual dos termos
utilizados nas respostas, a saber:
- Custo de Transformação
- Custo do período
- Custo primário da indústria
Custo de Transformação:
Custo do Período:
Refere-se a todos os custos de produção incorridos no período analisado, independentemente
de sua classificação em Direto, Indireto, Fixo ou Variável.
Custo Primário da Indústria:
É o somatório da Mão de Obra Direta e da Matéria Prima, utilizados na produção.
Aluguel de setor
80.000,00
administrativo
Aluguel do setor de
56.000,00
produção
Depreciação da área de
38.000,00
produção
Material requisitado:
70.000,00
indiretos
Salários da diretoria de
34.000,00
vendas
Seguro da área de
38.000,00
produção
Com base nas definições conceituais, e na separação das contas, vamos analisar cada
alternativa proposta para a solução da questão:
Resposta correta,
Conforme definição, o custo de transformação deve somar a Mão de Obra Direta com os custos
indiretos de produção que, segundo os dados apresentados, serão:
Aluguel do setor de
56.000,00
produção
Depreciação da área de
38.000,00
produção
Mão de Obra Direta de
100.000,00
produção
Material requisitado:
70.000,00
indiretos
Seguro da área de
38.000,00
produção
302.000,00
A definição desta resposta já está equivocada, pois o custo do período não é a soma de todos os
itens da atividade, e também não é a soma de todos os itens apresentados, e sim o total de
todos os custos de produção, independentemente das classificações, conforme demonstramos
abaixo:
CONTAS CUSTOS
384.000,00
Teoricamente a resposta está correta, ou seja, o conceito é este: Mão de Obra direta somada
ao material direto, porém o valor está errado, conforme demonstrado abaixo:
CONTAS DESPESAS CUSTOS
182.000,00
a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.
Resolução
Neste caso, a solução é muito mais matemática do que contábil na verdade. Para resolver,
vamos ter que usar o critério de equivalência
1o. vamos calcular a equivalência dos produtos em processo em relação aos produtos
acabados, ou seja, 300 produtos em processo equivalem a quantos produtos acabados. Isso é
necessário, para valorizarmos os produtos, uma vez que o custo está apresentado por total.
Calculando:
300 produtos com percentual de 65% de acabamento, equivalem a 195 produtos com 100% de
acabamento, ou seja, totalmente acabados.
Vamos agora calcular o custo individual, considerando que todos estivessem acabados.
Como alguns produtos estão semi-acabados, vamos multiplicar o valor do produto acabado pelo
percentual de acabamento dos produtos em processo (semi-acabados), a saber:
400,00 x 65% = 260,00 Este é o custo unitário dos produtos em processo
Agora que temos o custo unitário dos produtos acabados e dos produtos em processo, podemos
responder a questão.
QUESTÃO: Uma matéria-prima foi adquirida por R$3.000,00, incluídos nesse valor R$150,00
referentes a IPI e R$342,00 relativos a ICMS. O frete de R$306,00 foi pago pelo vendedor, que
enviou o material via aérea, mas a empresa compradora teve que arcar com o transporte entre o
aeroporto e a fábrica, que custou R$204,00. Considerando-se que os impostos são
recuperáveis, o valor registrado em estoques será:
a) R$2.508,00.
b) R$2.712,00.
c) R$3.018,00.
d) R$3.204,00.
Resolução
O registro do estoque deve ser o valor da nota fiscal, subtraído de todos os impostos
recuperáveis, e adicionado de todas as despesas incorridas para deixá-lo disponível na unidade
compradora.
I.P.I. 150,00
I.C.M.S. 342,00
Além do valor da nota fiscal, a empresa compradora ainda teve um gasto com o frete rodoviário,
no valor de 204,00
a) à vista, pois resulta em valor presente de R$9.000,00, enquanto a compra a prazo resulta em
valor presente de R$9.900,00.
b) à vista, pois resulta em valor presente de R$8.800,00, enquanto a compra a prazo resulta em
valor presente de R$9.680,00.
c) a prazo, pois resulta em valor presente de R$8.000,00, enquanto a compra à vista resulta em
valor presente de R$9.000,00.
d) a prazo, pois resulta em valor presente de R$7.800,00, enquanto a compra à vista
resulta em valor presente de R$9.000,00.
Dados do Problema:
ICMS recuperável - 12 %
Taxa de Juros - 10 %
Volume - 5.000
Análise a Vista
Análise a Prazo
n 1
VP = FC / (1 + n ) = 8.580,00 / ( 1 + 0,10) = 7. 800,00
Resposta D
Sabendo-se que a empresa utiliza o Custeio por Absorção, seu Lucro Bruto e o Resultado
Líquido em 2010, são, respectivamente:
Resolução
Neste caso, teremos que fazer o Demonstrativo de Resultado (DRE), e para isso teremos que
calcular os custos das vendas, bem como as despesas variáveis, pois a despesa fixa já tem seu
valor definido anualmente.
Uma informação importante para resolver a questão é o método de custeio, ou seja, Custeio por
absorção, isso significa que todos os custos incorridos no período serão absorvidos pela
produção realizada, ou seja, serão apropriados aos produtos acabados (e em elaboração, se
fosse o caso), independentemente de serem fixos; variáveis, diretos ou indiretos
(subclassificação dos custos).
Agora vamos calcular o Custo do Produto Vendido, que será importante para chegarmos ao
resultado
Com a apuração do CPV, já podemos ter o valor do Lucro bruto, que é a Receita Bruta com
Vendas, menos o Custo co Produto Vendido (CPV), a saber:
Para terminarmos de responder a questão, precisamos apurar o Resultado Líquido, que será
igual ao Lucro Bruto, menos as Despesas Operacionais (fixas e variáveis).
Calculando:
400 unidades vendidas x 1,50 por unidade = 600,00 = total de despesas variáveis
QUESTÃO: Uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, apresentou custos com
materiais diretos no valor de R$30,00 por unidade e custos com mão de obra direta no valor de
R$28,00 por unidade. Os custos fixos totais do período foram de R$160.000,00. Sabendo-se que
a empresa produziu no mês 10.000 unidades totalmente acabadas, o custo unitário de produção
pelo Método do Custeio por Absorção e Custeio Variável é, respectivamente:
a) R$46,00 e R$44,00.
b) R$58,00 e R$46,00.
c) R$74,00 e R$58,00.
d) R$74,00 e R$74,00.
Resolução
Para respondermos a questão temos que entender os conceitos relativos a: Custeio por
Absorção e Custeio Variável
Custeio por absorção: é o método de custeio pelo qual todos os custos incorridos no período
serão absorvidos pela produção realizada, ou seja, todos os custos serão apropriados aos
produtos acabados (e em elaboração, se fosse o caso), independentemente de serem fixos;
variáveis, diretos ou indiretos.
Custeio Variável: Neste método, o custo unitário de produção do período será o total de custo
variável dividido pela quantidade produzida, e o custo fixo será apropriado direto ao resultado do
exercício, não passa pelo estoque.
Talvez para melhorar o entendimento seja necessário esclarecer custo variável e custo fixo, a
saber
Custo Variável = São os custos que existem dependendo do volume de produção ou vendas.
Quanto mais vender ou produzir, mais teremos custos variáveis, como por exemplo:
Custo Fixo = São os custos que não dependem do volume de atividade (produção ou venda)
para sofrerem alterações para mais ou para menos, ou seja, existem independentemente do
volume, como por exemplo: Mão de Obra Indireta; Aluguel; Depreciação, etc.
Custos variáveis =
30,00 (materiais diretos) + 28,00 (m.o. direta) = 58,00 por unidade
58,00 x 10.000 unidades produzidos = 580.000,00
740.000,00 (total dos custos) dividido por 10.000 unidades produzidas = 74,00
CUSTEIO VARIÁVEL
Conforme vimos no conceito, devemos considerar apenas os custos variáveis, cujo valor unitário
já foi informado no enunciado
Custos variáveis =
30,00 (materiais diretos) + 28,00 (m.o. direta) = 58,00 por unidade
Resposta C - R$74,00 e R$58,00.
QUESTÃO: Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de agosto de 2010,
R$50.000,00 de matéria-prima, R$40.000,00 de mão de obra direta e R$30.000,00 de gastos
gerais de fabricação. O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 31.7.2010, era no
valor de R$15.000,00 e, em 31.8.2010, de R$20.000,00.
O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de agosto, foi de R$80.000,00 e não havia Estoque de
Produtos Acabados em 31.7.2010. Com base nas informações, assinale a opção que apresenta
o saldo final, em 31.8.2010, dos Estoques de Produtos Acabados.
a) R$35.000,00.
b) R$55.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$135.000,00.
Resolução
Esta questão trata principalmente da movimentação de estoques de produtos em processo e
produtos acabados, e exige de nós um entendimento sobre o fluxo dessa movimentação, então
vejamos:
Dessa maneira, o que precisamos construir é essa movimentação em termos numéricos, vamos
lá.
Adições (entradas):
Subtrações (saídas)
Agora que temos o valor da transferência dos produtos em processo, para os produtos
acabados, podemos calcular o estoque final dos produtos acabados
Adições (entradas):
Toda a produção de acabados do mês (em valores), ou seja, os valores que foram transferidos
do estoque de produtos em processo.
Subtrações (saídas)
Referem-se aos produtos que foram vendidos, ou seja, o valor do custo dos produtos vendidos
Resposta A - R$ 35.000,00.
a) 10 alunos.
b) 12 alunos.
c) 14 alunos.
d) 15 alunos.
Resolução
Para a solução desta questão é necessário esclarecer dois conceitos: Margem de Contribuição e
Ponto de Equilíbrio Contábil
- Despesas Variáveis: aquelas que estão diretamente relacionadas com o volume de vendas, como por
exemplo: Comissões e Impostos
A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo
percentual de margem de contribuição.
Total de Custos e Despesas Fixas, dividido pelo percentual de Margem de contribuição, a saber:
Esse é o valor do faturamento total no ponto de Equilíbrio, porém a questão pede o Ponto de
Equilíbrio em número de alunos. Neste caso devemos dividir o total de faturamento no ponto de
equilíbrio, pelo valor do curso (individual).
Resposta D - 15 alunos.
QUESTÃO: Uma fábrica de camisetas produz e vende, mensalmente, 3.500 camisetas ao preço
de R$5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos
variáveis são de R$1,20 por unidade. A fábrica tem capacidade para produzir 5.000 camisetas
por mês, sem alterações no custo fixo atual de R$6.000,00. Uma pesquisa de mercado revelou
que ao preço de R$4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 6.000 unidades por mês.
Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda, mantendo a
estrutura atual de custos fixos e capacidade produtiva, o resultado final da empresa:
a) aumentará em R$2.200,00.
b) aumentará em R$200,00.
c) reduzirá em R$3.500,00.
d) reduzirá em R$800,00.
Resolução
Para resolver a questão devemos preparar dois demonstrativos de resultado, sendo um com a
situação atual, e outro com a situação proposta.
Dados:
Venda mensal de 3.500 camisetas ao preço de 5,00 cada = 17.500,00
Custo variável de 1,20 cada camiseta = 4.200,00 (3.500 x 1,20)
Despesa Variável de 20% do preço = 3.500,00 (20% x 17.500,00)
Custo Fixo = 6.000,00
Demonstrativo
Dados:
Venda mensal de 5.000 camisetas ao preço de 4,00 cada = 20.000,00
Custo variável de 1,20 cada camiseta = 6.000,00 (5.000 x 1,20)
Despesa Variável de 20% do preço = 4.000,00 (20% x 20.000,00)
Custo Fixo = 6.000,00
Na questão o que se quer saber é quanto variou o resultado da situação atual para a situação
proposta, e para isso vamos comparar os dois resultados, a saber:
a) R$223.125,00.
b) R$270.000,00.
c) R$826.875,00.
d) R$1.050.000,00.
Resolução
A solução desta questão exije o entendimento de dois conceitos: Ponto de Equilíbrio Contábil e
Margem de Segurança Operacional, a saber:
Ponto de Equilíbrio: Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os
gastos, ou seja, Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem
lucro, nem prejuízo.
A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo
percentual de margem de contribuição.
Para resolvermos a questão temos que calcular primeiro o ponto de equilíbrio em quantidades,
depois a quantidade correspondente a margem de segurança operacional, e por último a
margem de segurança operacional em valores.
Custos e Despesas Fixas ÷ (Valor de venda unitário - Custos e Despesas Variáveis unitário) =
6.375 x 35,00 =
Resposta A - R$ 223.125,00.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONCEITO
Costumamos dizer que a Lei no 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração
Pública assim como a Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, está para a Contabilidade
aplicada à atividade empresarial.
OBJETO
Pela definição dada, vemos com clareza, que a Contabilidade Pública não está interessada,
somente, no Patrimônio e suas variações, mas também, no Orçamento e sua execução
(Previsão e Arrecadação da Receita e a Fixação e Execução da Despesa).
OBJETIVO
Esta norma conceitua a contabilidade aplicada ao setor público como o ramo da ciência contábil
que aplica, no processo gerador de informações, os princípios fundamentais de contabilidade e
as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Delimita
como seu objeto o patrimônio público, e caracteriza como sua função social evidenciar
informações de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade
do setor público como forma de apoio: à tomada de decisões, à prestação de contas da gestão e
à instrumentalização do controle social.
A NBC T 16.1 caracteriza em sentido amplo como entidade do setor público os órgãos, fundos e
pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado,
recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de
suas atividades, e equipara, para fins contábeis, as pessoas físicas que recebam de órgão
público subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício.
Nesse sentido, a norma institui que o campo de aplicação contabilidade aplicada ao setor público
abrange todas as entidades anteriormente citadas, no entanto, faz uma separação
no tocante a observância e aplicação das normas contábeis públicas, as quais devem ser
integralmente seguidas pelas entidades governamentais, serviços sociais e conselhos
profissionais, e parcialmente observadas pelas demais entidades (aquelas que recebam,
guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas
atividades) no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas.
Ainda quanto ao campo de aplicação, a NBCASP reforça o disposto no artigo 83 da Lei Federal
nº 4.320/64, onde determina que a contabilidade deve evidenciar as operações realizadas por
quaisquer pessoas que arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens
pertencentes ou confiados à Administração Pública.
Esta norma apresenta como inovação o conceito de Unidade Contábil, caracterizado pela soma,
agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público e suas
classificações. Subdivide as Unidades Contábeis em:
• Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas
jurídicas;
Cabe destacar que o conceito de Unidade Contábil Originária apresenta relação com a Unidade
Orçamentária caracterizada no artigo 14 da Lei Federal nº 4.320/64 que diz “Art. 14.
No tocante ao controle contábil segregado por Unidade Contábil Originária, o artigo 50, inciso III
da LRF determina que as demonstrações contábeis devem compreender, isolada
e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da
administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.
• Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em
atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e
instrumentalização do controle social;
A LRF prevê em seus artigos 19 e 20 a verificação do limite com gastos com Pessoal, a ser
realizada de forma segregada entre os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério
Público. Para auxiliar no cumprimento dessa tarefa, cabe a criação de Unidade Contábil
Consolidada por Poder, conforme previsto na NBCASP.
• Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados
à sociedade pela entidade pública;
• Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir
modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções
específicas de controle.
O subsistema de Compensação previsto na NBC T 16.2 tem como uma de suas funções
evidenciar os atos que possam vir a afetar o patrimônio público (atos potenciais), de forma que
atende o artigo 105 da Lei Federal nº 4.320/64, onde prevê que o Balanço Patrimonial deve
demonstrar em contas de compensação os bens, valores, obrigações e situações que, imediata
ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.
A norma traz como inovação a criação do subsistema de Custos, a ser implementado para
coletar, processar e apurar os custos da gestão de políticas públicas. Nesse sentido, a Lei
Federal nº 4.320/64 determina em seu artigo 99 a adoção de contabilidade especifica para
apurar os custos dos serviços industriais. A LRF, artigo 50, § 3º, amplia para toda a
Administração Pública a necessidade de implementação de sistema de custos.
Esta norma estabelece as bases para controle contábil sobre o planejamento das entidades do
setor público, planejamento este expresso em planos hierarquicamente interligados. A NBC T
16.3 define Plano como o conjunto de documentos elaborados com a finalidade de materializar o
planejamento por meio de programas e ações, compreendendo desde o nível estratégico até o
nível operacional, bem como propiciar a avaliação e a instrumentalização do controle.
A NBC T 16.4 caracteriza como transação no Setor Público os atos e os fatos que promovem
alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades do
setor público, e enfatiza que o registro contábil deve observar os Princípios de Contabilidade e
às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor
Público. A norma segrega as transações, conforme sua natureza em:
A norma também trata das transações que envolvem valores de terceiros, caracterizadas como
sendo aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não
afetam o seu patrimônio líquido, devendo ser demonstradas de forma segregada. Como
exemplo, tem-se a retenção do Imposto sobre Serviços – ISS efetuado por Entidade Pública no
momento do pagamento para prestador de serviço (nesse instante a entidade pública figura
como mera depositária do ISS pertencente à Prefeitura Municipal). Posteriormente, a entidade
pública deve repassar os recursos de ISS retido à Prefeitura Municipal que possui a competência
de arrecadação do imposto. 2.5 NBC T 16.5 – .
Registro Contábil
Esta norma estabelece critérios para o registro contábil dos atos e fatos que afetam ou possam
vir a afetar o patrimônio público, apresenta as características do registro e das informações
contábeis no setor público, trata da estrutura do plano de contas contábil, e abre a possibilidade
de escrituração contábil eletrônica.
• Função e o funcionamento a cada uma das contas (circunstâncias de débito e crédito, inversão
ou não de saldos, se transporta saldo para o exercício seguinte, etc.);
• Utilização do método das partidas dobradas em todos os registros dos atos e dos fatos que
afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, de acordo com sua
natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação nos respectivos subsistemas
contábeis;
• Contas específicas que possibilitem a apuração de custos;
No tocante aos documentos de sustentação aos registros contábeis, a NBCASP considera como
documento de suporte qualquer documento hábil, físico ou eletrônico que
comprove a transação na entidade do setor público, utilizado para sustentação ou comprovação
do registro contábil. Ao tratar das formalidades do registro contábil, a NBCASP discorre que a
entidade do setor público deve manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio
de processo manual, mecanizado ou eletrônico, podendo ser utilizados livros ou meios
eletrônicos que permitam a identificação e o seu arquivamento de forma segura. Nesse aspecto,
enfatiza-se a possibilidade aberta pela norma de implementação de escrituração contábil
eletrônica, bem como a permissão de digitalização e armazenamento em meio eletrônico ou
magnético dos documentos em papel.
A NBCASP destaca que as transações no setor público devem ser reconhecidas e registradas
integralmente no momento em que ocorrerem, vindo ao encontro do Principio de Contabilidade
da Oportunidade.
A Norma cita que os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados
nas demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto,
pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução orçamentária.
Esse posicionamento da NBCASP demonstra um desprendimento do foco estritamente
orçamentário, e serve como reforço para a implementação de uma contabilidade pública com
visão patrimonial, que evidencie a totalidade dos os atos e fatos, orçamentários e
extraorcamentários, previstos ou não em legislação, de modo que prevaleça a essência da
Ciência Contábil, qual seja a de evidenciar as alterações no patrimônio da entidade.
Por fim, a NBC T 16.5 orienta que na ausência de norma contábil aplicado ao setor púbico, o
profissional da contabilidade deve utilizar, subsidiariamente, e nesta ordem, as normas nacionais
e internacionais que tratem de temas similares, evidenciando o procedimento e os impactos em
notas explicativas.
Demonstrações Contábeis
Esta norma estabelece como Demonstrações Contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas
entidades públicas: Balanço Patrimonial; Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro;
Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração dos Fluxos de Caixa; e
Demonstração do Resultado Econômico.
Nesse sentido, a norma além de atender o disposto no art. 101 da Lei Federal nº 4.320/64, onde
determina a publicação dos Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e da
Demonstração das Variações Patrimoniais, traz como inovação a Demonstração do Fluxo de
Caixa e a Demonstração do Resultado Econômico, ampliando o rol de demonstrativos a serem
elaborados pela Contabilidade.
• Receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos;
Para o cálculo da Receita econômica, a norma determina como sendo a quantidade de serviços
prestados multiplicada pelo custo de oportunidade. Como custo de oportunidade caracteriza
como o valor que seria desembolsado na alternativa desprezada de menor valor entre aquelas
consideradas possíveis para a execução da ação pública. No entanto, cabe destacar a ausência
de informações nos sistemas contábeis atuais sobre o custo de oportunidade, o que resulta em
grande desafio e dificuldade para a implementação do referido demonstrativo.
Nesse aspecto, a NBCASP proporciona um auxílio para atender a um dos pressupostos da LRF,
qual seja a transparência da gestão fiscal, e mais especificamente o disposto nos artigos 48 e
49, os quais tratam dos instrumentos de transparência da gestão e de sua forma de acesso e
divulgação para a sociedade.
A NBC T 16.7 conceitua Unidade Contábil Consolidada como a soma ou a agregação de saldos
ou grupos de contas de duas ou mais unidades contábeis originárias, excluídas as transações
entre elas. A LRF prevê em seu artigo 56 que as Contas do Poder Executivo incluirão os
Poderes Legislativo, Judiciário e o Ministério Público, o que cria a necessidade da elaboração do
Balanço Consolidado do Ente. No entanto, a LRF determina que as Contas dos Poderes
supracitados devem ser analisadas separadamente pelos Tribunais de Contas, o que resulta na
elaboração de Balanços Consolidados para cada Poder. Para auxiliar no cumprimento dessa
tarefa, cabe a criação de Unidade Contábil Consolidada para cada Poder e Unidade Contábil
Consolidada Geral (abrangendo todos os Poderes), conforme previsto na NBCASP.
No tocante aos procedimentos para consolidação previstos na NBCASP, cabe destacar que os
ajustes e as eliminações devem ser realizados em documentos auxiliares, não originando
nenhum tipo de lançamento na escrituração das entidades que formam a unidade contábil. Além
disso, as demonstrações contábeis consolidadas devem ser complementadas por notas
explicativas que contenham, pelo menos, identificação e características das entidades do setor
público incluídas na consolidação, os procedimentos adotados na consolidação, a natureza e
montantes dos ajustes efetuados, e os eventos subseqüentes à data de encerramento do
exercício que possam ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis consolidadas.
Controle Interno
A NBC T 16.8 trata do controle interno aplicável as entidades públicas, objetivando garantir
razoável grau de eficiência e eficácia do sistema de informação contábil. Segundo a norma o
controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de recursos, métodos,
procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com a finalidade de:
Nesse sentido, a NBCASP apresenta do modo amplo o campo de atuação do Controle Interno
Contábil, visto que este deve abranger todo o patrimônio da entidade, diferentemente da visão
estritamente orçamentária imposta pela Lei Federal nº 4.320/64, que dispõe no artigo 77 que o
controle interno deve verificar de forma prévia, concomitante e subseqüente a legalidade dos
atos da execução orçamentária.
Sob esse aspecto, a NBCASP reforça o disposto no artigo 59 da LRF, onde determina que o
controle interno deve fiscalizar o cumprimento das metas previstas na LDO e os limites: das
dívidas consolidada e mobiliária; das despesas com pessoal; para a contratação de operações
de crédito; para a concessão de garantias e para a inscrição em restos a pagar.
• Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antigüidades, documentos, bens
com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;
Por fim, dentre os métodos de depreciação, a NBCASP sugere a adoção dos seguintes: método
das quotas constantes; método das somas dos dígitos; método das unidades produzidas.
• Valor de mercado ou valor justo (fair value): o valor pelo qual um ativo pode ser intercambiado
ou um passivo pode ser liquidado entre partes interessadas que atuam em condições
independentes e isentas ou conhecedoras do mercado. No tocante a avaliação dos elementos
patrimoniais, a NBCASP estabelece critérios para cada um dos grupos: disponibilidades,
créditos e dívidas, estoques, investimentos permanentes, imobilizado, intangível e diferido.
Quanto às disponibilidades, aos créditos e dívidas, estabelece a avaliação pelo valor original,
feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço
Patrimonial. Dessa forma, atende ao disposto no artigo 106, inciso I da Lei Federal nº 4.320/64.
Quando trata da avaliação dos estoques a norma estabelece para mensuração e avaliação das
saídas dos estoques o custo médio ponderado, em conformidade com o artigo 106, inciso III da
Lei Federal nº 4.320/64. A NBCASP adota como base o valor de aquisição ou no valor de
produção ou de construção, ou o valor de mercado, caso este último seja o menor.
A norma dispõe que os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou
aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da
entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua
atividade operacional. Ou seja, segundo a NBCASP, a contabilidade deve incorporar ao
patrimônio público e efetivar controle sobre os bens de uso comum construídos com recursos ou
sob a responsabilidade da Administração Pública. A implementação do controle contábil sobre
esses bens permitirá a implementação de acompanhamento dos custos, com a possibilidade de
verificar, por exemplo, o valor anual aplicado na manutenção de uma determinada rodovia.
Em sentido amplo as novas normas são um instrumento para elevar a eficácia e efetividade das
Leis quanto aos seus objetivos de promover o planejamento, a transparência e responsabilidade
da gestão fiscal. Especificamente, há inovações no reconhecimento de receitas e despesas sob
a ótica do regime da competência. Alem disso, foi dado destaque a instrumentos de
transparência e de registro de operações similares a contabilidade comercial, como o
estabelecimento de atributos específicos da informação contábil do setor público, relatório de
fluxo de caixa, previsão de depreciação e da contabilização dos bens de uso comum,
caminhando para a correção da visão da contabilidade aplicada ao setor público estritamente
ligada à execução dos orçamentos públicos. Espera-se que a implementação das normas
provoque uma melhoria nos controles internos para a proteção do patrimônio público, além de
apresentar maior transparência à aplicação de recursos da sociedade. O tema ainda carece de
discussão, sobretudo da validação empírica dos pressupostos contidos em cada uma das
normas. A Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central de normatização no Brasil, deve
buscar instrumentos de difusão das normas, em especial nos estados e municípios, visando a
harmonização de entendimento e aplicação das normas.
PATRIMÔNIO PÚBLICO
(a) o Ativo compreende as disponibilidades, os bens e os direitos que possam gerar benefícios
econômicos ou potencial de serviço.
No Patrimônio Líquido deve ser evidenciado o resultado do exercício segregado dos resultados
acumulados de exercícios anteriores.
Os passivos são classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes critérios:
(i) orçamento;
(iii)alterações orçamentárias; e
(iv)resultado orçamentário.
(iii) resultado nominal. (d) Subsistema de Custos – coleta, processa e apura, por meio de
sistema próprio, os custos da gestão de políticas públicas, gerando relatórios que subsidiam a
administração com informações sobre:
(e) Subsistema de Compensação – registra e evidencia por meio de contas específicas, os atos
de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade, que subsidia a
administração com informações sobre:
(b) a avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho com relação à
economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade;
BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial, estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, tem por objetivo
evidenciar qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública:
(a) o Ativo compreende as disponibilidades, os bens e os direitos que possam gerar benefícios
econômicos ou potencial de serviço;
Os ativos devem classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes critérios:
Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes
critérios:
As contas do ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de seu grau de liquidez; as
contas do passivo, em ordem decrescente de seu grau de exigibilidade.
Devem ser demonstrados no compensado os valores decorrentes de atos que possam afetar o
patrimônio, bem como aqueles com função precípua de controle.
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
O Balanço Orçamentário tem por objetivo evidenciar o orçamento inicial, suas alterações,
incorporação de superávit e suas reestimativas, confrontando-os, individualizadamente, com a
execução da receita e da despesa.
BALANÇO FINANCEIRO
(a) Variações Patrimoniais Ativas são aquelas que proporcionam aumento da situação
patrimonial da entidade.
(b) Variações Patrimoniais Passivas são aquelas que proporcionam redução da situação
patrimonial da entidade.
(c) O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais
ativas e passivas.
A Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser elaborada pelos métodos direto ou indireto e deve,
pelo menos, evidenciar as movimentações em três grandes grupos, a saber:
(b) custos e despesas identificados com a execução da ação pública; e (c) resultado econômico
apurado.
A receita econômica é o valor medido a partir dos benefícios futuros gerados à sociedade pela
ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de serviços prestados, bens ou
produtos fornecidos, pelo custo de oportunidade.
NOTAS EXPLICATIVAS
A seguir apresentamos algumas questões práticas e teóricas para uma melhor compreensão da
disciplina.
TEORIA X PRÁTICA
a) A apresentação desta demonstração permite a este órgão público avaliar os custos dos
serviços prestados, a transparência sobre aspectos qualitativos, quantitativos e ampliar
mecanismos de controle da sociedade sobre a atuação governamental no campo
orçamentário, financeiro e patrimonial.
b) A avaliação da gestão deste órgão público não pode ser verificada pela avaliação dos custos
de serviços prestados e da receita econômica apresentada nesta demonstração, pois a não
obrigatoriedade da demonstração financeira e patrimonial deixa a execução orçamentária fora
dos parâmetros diante da falta do sistema de controle interno.
d) Este órgão público está apresentando um controle financeiro e patrimonial que deve ser
apenas analisado pela gestão interna, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a
Administração Pública mantenha sistema de custos que permita a avaliação e o
acompanhamento da gestão orçamentária e, não, do financeiro e patrimonial.
a) Correta.
LRF – LC 101/ 00 - Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a
escrituração das contas públicas observará as seguintes:
QUESTÃO: Relacione a classe descrita na primeira coluna com exemplos de grupo de contas
na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Variação (2 ) Tributos e
Patrimonial Contribuições, Venda de
Diminutiva Mercadorias,
Valorização e Ganhos
de Ativos, Planejamento
Aprovado, Orçamento
Aprovado, Inscrição de
Restos a Pagar.
(2) Variação ( 5) Execução dos Atos
Patrimonial Potenciais, Execução
Aumentativa da Administração
Financeira, Execução
da Dívida Ativa,
Execução dos Riscos
Fiscais, Apuração de
Custos.
(3) Controles da ( 1) Pessoal e Encargos,
Execução do Benefícios
Planejamento e Previdenciários,
Orçamento Tributos e
Contribuições, Uso de
Bens, Serviços e
Consumo de Capital
Fixo.
(4) Controles ( 4) Atos Potenciais,
Devedores Administração
Financeira, Dívida
Ativa, Riscos Fiscais,
Custos.
(5) Controles ( 3) Execução do
Credores Planejamento,
Execução do
Orçamento, Execução
de Restos a Pagar.
A sequência CORRETA é:
a) 2, 5, 3, 4, 1.
b) 2, 5, 1, 4, 3.
c) 2, 4, 1, 5, 3.
d) 2, 3, 1, 4, 5.
RESOLUÇÃO
1ª edição
6.1 Planejamento – registra o somatório dos valores financeiros previstos para execução
dos programas e ações estabelecidos no Plano Plurianual e Projeto de Lei Orçamentária
Anual.
6.2 LOA – Previsão e Fixação - registra a receita prevista no orçamento geral, bem com a
previsão adicional. Registra os valores oriundos da receita inicial e adicional a realizar e sua
realização, segundo a natureza da receita ou fonte de recurso
6.4 Inscrição de Restos a Pagar – registra o valor da inscrição e integração das despesas
empenhadas e não pagas até o último dia do ano financeiro
7. Controles Devedores
7.1 Atos Potenciais
7.2 Administração Financeira
7.3 Dívida Ativa
7.4 Riscos Fiscais
7.8 Custos
8. Controles Credores
Resposta B – 2 - 5 - 1 - 4 - 3
I. O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros
prestados sob qualquer forma e outros de que a administração pública se serve para a
consecução de seus fins.
II. Para a emissão do empenho, deve-se identificar o objeto do gasto, que, no caso, é a
prestação de serviços com base no contrato de manutenção de aparelhos, já que não é possível
no contrato fazer a distinção entre os objetos de gasto.
A sequência CORRETA é:
a) F, F, F.
b) F, F, V.
c) V, F, F.
d) V, V, V.
RESOLUÇÃO
Item I - correto
Segundo a portaria ministerial 163/01, que dispõe sobre normas gerais de consolidação das
Contas públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras
providências, informa :
§ 3º O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros
prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e
material permanente, auxílios, amortização e outros de que a administração pública se
serve para a consecução de seus fins.
Conforme definição constante deste manual, o elemento de despesa tem por finalidade
identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias,
material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma e outros de
que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.
Item II - Correto
Portanto, para emissão do empenho deve-se identificar o objeto do gasto que, no caso, é
a prestação de serviços com base no contrato de manutenção de aparelhos, já que não é
possível no contrato fazer a distinção entre os objetos de gasto.
Resposta D – V V V
QUESTÃO: Uma instituição social recebe recursos públicos e, portanto, está dentro do campo
de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, devendo seguir o Princípio da
Competência. A referida instituição tem ainda como fonte de receita a contribuição mensal de
seus associados, que se reuniram e resolveram pagar de uma só vez o valor de R$30.000,00
correspondente a três exercícios, com o objetivo de formar um fundo financeiro. Nos três
exercícios, essa organização tem custos de impressão de folhetos informativos da ordem de
R$5.000,00 em cada ano e, no segundo ano, resolveu fazer um seguro cujo prêmio foi pago em
dinheiro no valor de R$3.000,00 com cobertura para o segundo e o terceiro anos. Com base nos
valores informados e nos conceitos relativos ao Princípio de Competência, é CORRETO afirmar
que a instituição irá apurar:
Contabilidade Pública
Algumas observações -
Porém, já existe uma portaria conjunta nº 3 de 14/10/08, no art. 6, migra do regime misto para o
regime de competência o reconhecimento das receitas e despesas, ou seja, começa uma
mudança de sistema.
Assim, vamos fixar a competência de cada exercício tanto para as despesas quanto para as
receitas:
Resposta C
QUESTÃO: A Lei no. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor. Com relação
à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias, assinale a opção CORRETA.
a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos geradores
tenham ocorrido a partir de 1°.1.2011, devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da
Tipicidade Cerrada.
b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida majoração
somente poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após noventa dias da
sua publicação.
c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos fatos geradores
ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se submete ao Princípio da Anterioridade.
d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores ocorridos após
quarenta e cinco dias da publicação na Lei no. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao
Código Civil, já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor.
Problema
Resposta B
STJ - “Súmula 437. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário superior a quinhentos mil
reais para opção pelo Refis pressupõe a homologação expressa do comitê gestor e a
constituição de garantia por meio de arrolamento de bens.”
d- ERRADA . O CTN, em seu artigo 156, apresenta onze incisos, com doze hipóteses distintas
de extinção do crédito tributário.
Que são :
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
Resposta C
Para responder essa questão se faz necessário buscar o conceito de despesas orçamentárias:
Segundo Niyama e Silva (org) (2011, p. 341) “as despesas orçamentárias são os gastos da
entidade governamental para o funcionamento dos serviços públicos. Podem ser classificadas
como despesas correntes (respondem pela manutenção das atividades da entidade
governamental, como as despesas de pessoal) e despesas de capital (que contribuem
diretamente para formação ou aquisição de um bem de capital, como obras e aquisição de bens
permanentes).
Para Rocha (2011) a Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo
diminutivo.
Essa questão está diretamente relacionada à Lei 4.320/64, vejam abaixo exemplos de despesas,
se não tivesse a palavra efetiva na questão, outras alternativas estariam corretas. Fomos buscar
no artigo 16 da referida lei para responder a pergunta, como também na Lei de
Responsabilidade Fiscal 101/2000, além de uma tabela auxiliar de CLASSIFICAÇÃO DAS
NATUREZAS DE DESPESA do Portal do Planejamento do Governo:
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em
unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados
obedecidos os padrões mínimos de eficiência prèviamente fixados.
O auxílio financeiro a estudantes trata-se de uma subvenção social que é uma despesa
orçamentária.
Reforçando:
Auxílio Financeiro a Estudantes - Despesa com ajuda financeira concedida pelo Estado a
estudantes comprovadamente carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento de
estudos e pesquisas de natureza científica, realizadas por pessoas físicas na condição de
estudante, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar nº 101, de 2000.
Resposta A
CONTROLADORIA
DEFINIÇÃO DE CONTROLADORIA
A controladoria não compete o comando do navio, pois essa é tarefa do primeiro executivo:
representa, entretanto, o navegador que cuida dos mapas de navegação. É sua tarefa manter
informado quanto à distância percorrida, ao local em que se encontra e a velocidade da
embarcação, à resistência encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos
caminhos traçados nos mapas, para que o navio cheque ao destino.
Planejamento é rota ;
Controle são os instrumentos de navegação;
A controladoria assegura a chegada ao porto objetivando, na rota prevista.
Em síntese: Para praticar o controle, precisa-se de objetivo;
Para atingir o objetivo, precisa-se de controle.
Ela funciona como um órgão de controle, de suporte e apoio à decisão, no qual está diretamente
ligada ao cumprimento dos objetivos da organização.
Atualmente, diante das grandes inovações do mundo gerencial, a contabilidade não pode ficar
alheia a estes avanços; é preciso que ela ocupe um espaço atuante e preciso. Daí a
necessidade de se dar um novo enfoque: o de não apenas registrar números, mas de controlar,
mostrar caminhos, direções.
A controladoria pode atuar como órgão administrativo, vindo a garantir a qualidade das
informações e a auxiliar os administradores e gestores em suas áreas, abrindo caminhos para
que estes atinjam os objetivos pretendidos.
MISSÃO DA CONTROLADORIA
A empresa de pequeno porte pode ser controlada e dirigida por uma mesma pessoa. Nas
empresas de médio e de grande portes, impõe-se a divisão de tarefas em áreas distintas. No
contexto empresarial, a controladoria serve como órgão de observação e controle da cúpula
administrativa. É ela que fornece os dados e informações, que planeja e pesquisa, visando
sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos estratégicos presente e futuros que põem em
perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa.
O controle é função que excede os limites da controladoria, visto que toda cúpula administrativa
se dedica a controlar as operações empresariais, abrangendo todos os setores, funções e
momentos da organização. Examina as origens mais remotas dos atos da gestão, acompanha e
registra toda a evolução e efeitos, constatando a sua efetiva incorporação aos resultados da
empresa. Cabe à controladoria pôr em evidência não só os efeitos, como também participar na
busca das causas, colaborando assim, no perfeito desempenho das atividades de uma entidade.
Manter os gestores informados e atualizados com o sistema de informações é a missão da
controladoria, que atua como base sólida, evidenciando e transparecendo a realidade dos
relatórios para a gestão da empresa, assegurando a continuidade, desempenho e otimizando
seus resultados.
OBJETIVOS E META
O alvo da empresa é o maior lucro possível, conciliável com seu crescimento a longo prazo e
também com o bem-estar da coletividade, mediante o atendimento das suas necessidades. Para
atingir esse objetivo, a tarefa da empresa seria a de determinar quais as necessidades ou
desejos desta mesma coletividade, para depois organizar-se do ponto de vista da produção e da
comercialização. Essa tarefa é contínua, pois as necessidades e os desejos dos homens sofrem
alterações permanentes.
Para que a empresa consiga alcançar seus objetivos, cada setor de atividade deverá procurar
aplicar métodos eficientes, a partir de uma análise cuidadosamente elaborada. Para
desempenhar convenientemente as funções que lhe são inerentes, a empresa recorrerá à
técnica da controladoria, a qual tem métodos próprios de trabalho, baseados num conjunto de
princípios com flexibilidade de aplicação.
A função envolve ajudar a adequação do processo à realidade da empresa ante seu meio
ambiente. Estará sendo materializada tanto no suporte à estruturação do processo de gestão
como pelo efetivo apoio às fases do processo de gestão, por meio de um sistema de informação
que permita simulações e projeções sobre eventos econômicos no processo de tomada de
decisão.
Contudo, o objetivo e responsabilidade da controladoria são avaliar
e acompanhar o desenvolvimento dos gestores ou das áreas de responsabilidade.
O título de controller se aplica a diversos cargos na área de contabilidade, cujo nível e cujas
responsabilidades variam de uma empresa para outra (...) O termo controller (às vezes escrito
com p, comp-troller, derivado do francês, compte, que quer dizer conta) significa o principal
executivo da área de contabilidade administrativa. Já vimos que o controller moderno não faz
controle algum em termos de autoridade de linha, exceto em seu próprio departamento.
Contudo, o conceito moderno de controladoria sustenta que, num sentido especial, o controller
realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes, o controller exerce uma
força ou influência ou projeta uma atitude que impele a administração rumo a decisões lógicas e
compatíveis com os objetivos.
• A função de planejamento.
• A função de controle.
• A função de reporte.
• A função contábil.
• Planejamento e controle.
• Relatórios internos.
• Avaliação e consultoria.
• Relatórios externos.
• Proteção dos ativos.
• Avaliação econômica.
Podemos dizer que hoje é a Controladoria a grande responsável pela coordenação de esforços
com vista à otimização da gestão de negócios das empresas e pela criação, implantação,
operação e manutenção de sistemas de informação que dêem suporte ao processo de
planejamento e controle.
CONTROLLER E CONTABILISTAS
O Controller tem como tarefa manter o executivo principal da companhia informado sobre os
rumos que ela deve tomar, aonde pode ir e quais os caminhos que devem ser seguidos.
ESTRUTURA DA CONTROLADORIA
Assim, além das gerenciais, deve assumir as funções regulatórias, normalmente vinculadas aos
aspectos contábeis societária e de legislação fiscal. Além disso, a sua estrutura deve estar
ligada aos sistemas de informações necessários à gestão.
• A área contábil e fiscal: que é responsável pelas informações societárias, fiscais e funções de
guarda de ativos, tais como: demonstrativos a serem publicados, controle patrimonial e seguros,
gestão de impostos, controle de inventários etc.
No atual mundo dos negócios, o termo gestão empresarial ganha cada vez mais destaque
dentro das organizações, melhorando o desempenho e buscando alternativas que indiquem a
boa administração e adequação dos recursos disponíveis.
As organizações têm necessidade de fazer as coisas acontecerem dentro de uma gestão tão
qualitativa quanto quantitativa, no desejo de atingir seus objetivos, desde a mais simples
atividade até a mais complexa e conquistar a integração da empresa como um todo.
A abordagem do conceito de gestão empresarial requer o conhecimento da etimologia da
palavra gestão, a qual deriva do latim gestione, que quer dizer ato de gerir, gerência,
administração. Portanto, gestão e administração são sinônimos (...) Gerir é fazer as coisas
acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos.
De acordo com os valores da organização, será estabelecido o processo de gestão, que seguem
normas estabelecidas que levam ao cumprimento do objetivo principal da empresa. ou seja, o
relacionamento entre acionistas e gestores, refletindo a forma como será aplicado o modelo de
gestão.
O modelo de gestão representa os princípios básicos que norteiam uma organização e serve
como referencial para orientar os gestores nos processos de planejamento, tomada de decisões
e controle. A empresa (...) deverá cumprir sua missão para garantir sua continuidade.
O processo de gestão, também denominado processo decisório (...) é composto de três etapas:
o planejamento, a execução e o controle. O modelo de gestão da empresa inclui sua estrutura
organizacional, ou seja, os diversos segmentos que perfazem o todo, os quais são denominados
de órgãos. A missão de todas as áreas de uma empresa é dar suporte à gestão de modo a
assegurar que a mesma atinja seus objetivos.
Definição dos objetivos a serem alcançados, o que se pretende obter especificando-o e aonde
se pretende chegar;
Verificação dos pontos fortes e fracos da empresa, identificar onde a empresa tem maior
desempenho podendo utilizar os recursos e mudar os pontos que precisam de melhorias;
Avaliação das ameaças e oportunidades ambientais, fala-se do ambiente externo, sua atual
posição no mercado e a influência na organização;
O controle é um processo que assegura que as atividades atuais estejam em conformidade com
as atividades planejadas. Quanto mais completos, definidos e coordenados forem os planos,
tanto mais fácil será o controle e a implementação de ações corretivas se necessárias no
processo.
PLANEJAMENTO
Consiste no desenvolvimento dos
objetivos primários e secundários
da empresa e na identificação dos
processos que o completam.
EXECUÇÃO
CORREÇÃO
Consiste na realização de
Consiste em implementar qualquer ação corretiva
o plano necessária para trazer o
sistema sob controle
MONITORAÇÃO AVALIAÇÃO
Consiste na comparação do nível
atual de desempenho do sistema
Consiste em mensurar o nível para identificar qualquer variância
atual de desempenho do entre os objetivos do sistema e o
sistema desempenho efetivo e decidir sobre
ações corretivas
Para o processo de controle fazer sentido, a empresa deve ter conhecimento e habilidades par
detectar as situações que exigem correções, em determinados passos, aplicar as ações
corretivas necessárias para acerto do processo de controle objetivando o alcance do objetivo
proposto.
O controle visa assegura, por meio de correções de rumos , que os resultados planejados sejam
efetivamente realizados, apoiando-se na avaliação de resultados e desempenhos. O processo
de controle compreende a comparação entre os resultados realizados e os planejados, a
identificação de desvios e suas respectivas causas, e a decisão quanto às ações a serem
implementadas. O processo de controle consiste em ações corretivas, tanto no desempenho que
vem sendo realizado quanto em programas de curto prazo, planos de médio e longo prazos e
diretrizes estratégicas se for o caso.
As decisões envolvidas na área de controle, surgem de duas atividades maiores: primeiro,
comparar o desempenho real com o que foi planejado; segundo, determinar se o plano deve
ser modificado com ações de melhoria para atingir o resultado.
ASPECTOS CARACTERÍSTICAS
O controle deve apoiar planos estratégicos e
focalizar as atividades essenciais que fazem a
ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA
real diferença para a organização.
PARA RESULTADOS
O objetivo do controle é manter as operações dentro dos padrões estabelecidos a fim de que os
objetivos sejam alcançados com envolvimento da equipe. Assim, as variações, erros ou desvios
devem serem corrigidos para que as operações sejam normalizadas, sem ficar a procura de
culpados e de penalidades, mas sim de aplicações de ações corretivas que visa manter o
desempenho dentro do nível dos padrões estabelecidos, visando que tudo seja feito exatamente
de acordo com o que se pretendia fazer.
O processo decisório é influenciado pela atuação da Controladoria através das informações de
planejamento e controle, que exigem sistemas de informações que suportem estas decisões. A
missão da controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa através da definição
de um modelo de informação baseado no modelo de gestão. O papel da controladoria, portanto,
é assessorar a gestão da empresa, fornecendo mensuração das alternativas econômicas e,
através da visão sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo decisório.
A controladoria desempenha papel atuante no fornecimento de informações gerenciais
integradas para apoio aos gestores no processo de informações baseada em modelo de gestão
que facilita o processo de tomada de decisões, com visão sistêmica para a obtenção de
resultados.
A controladoria utiliza-se das informações e relatórios das áreas a serem controladas para
iniciar o trabalho de interpretação, avaliação e conclusão. A informação é uma ferramenta para
o desenvolvimento do planejamento, execução e do controle.
O sistema de relatórios faz parte do plano de controle da empresa. Após o planejamento, inicia-
se a fase de controle. Após esta, segue-se a tarefa de analisar os resultados obtidos. Depois os
resultados são relatados aos respectivos responsáveis, através dos canais preestabelecidos,
para que sejam tomadas determinadas decisões.
O planejamento tático, por sua vez, esta relacionado com as diferentes áreas da instituição.
Portanto, uma empresa que possui uma área financeira e uma área comercial traça planos
financeiros e planos comerciais. Esses são os planejamentos táticos.
O PROCESSO DE GESTÃO
A seqüência de decisões exigidas dos gestores em função das variáveis ambientais e dos
objetivos e metas determinados deve ser consistente, fundamentadas e sistematizadas de forma
lógica.
Esta sequência deve ser consubstanciada em um processo de gestão que deve direcionar os
esforços das áreas especialistas, no cumprimento da missão da empresa.
O processo de gestão consiste de uma série de processos ou subprocessos, que têm por
objetivo garantir que a empresa atinja uma situação objetivada, a partir da situação atual. Após a
concepção da empresa, do modelo de gestão, e identificação de sua missão, deve haver o
estabelecimento de planos de ação que englobem as áreas e atividades que serão
desenvolvidas.
A missão e o modelo de gestão, que são definidos a partir do conjunto de crenças e valores dos
proprietários do empreendimento, estabelecem a forma como a empresa deverá ser gerida. O
modelo de gestão deve definir a forma de ação dos gestores no processo de gestão: seu papel,
sua postura e o estilo de sua participação. Da atuação dos gestores dependerá totalmente o
desempenho de cada área e da empresa. Neste sentido, o modelo de gestão adequado é aquele
que define o estilo dos gestores, o de buscar maior interação interna e externa, e assuma a
responsabilidade de todas as decisões que impactam o resultado de sua área de
responsabilidade. O papel esperado deve ser o de dono da área como se essa fosse uma
empresa independente, haja vista o maior grau de comprometimento neste papel. Quanto à
postura, deve ser a de empreendedor, aproveitando as oportunidades que surgem e
precavendo-se em relação às ameaças, haja vista o ambiente de turbulência que vive a empresa
moderna, bem como a rapidez com que novos desafios aparecem.
Neste sentido, o melhor controle sobre as operações executadas não é aquele que aponta onde
os erros ocorreram, mas sim aquele que aponta onde os erros podem ocorrer. Controlar a
execução de atividades antes mesmo de serem executadas, através de adequados modelos de
simulação, é logicamente mais econômico e eficiente para a empresa. Após o pré-planejamento
é necessário o planejamento das operações que deverão ser realizadas nos próximos períodos
(longo, médio, curto e imediato, se necessários). O objetivo é garantir a eficácia, com a decisão
privilegiando as alternativas que otimizem o resultado econômico das atividades.
O cenário onde a empresa opera é constituído por variáveis ambientais que impactam favorável
ou desfavoravelmente a missão da empresa e podem levá-la à descontinuidade. Quando
identificadas no ambiente externo, representam oportunidades ou ameaças. A preocupação do
gestor com tais variáveis deve ser no sentido de identificar a intensidade e o momento em que
poderão surgir (oportunidades), ou que representem real perigo (ameaças) para os negócios da
empresa. Ocorrências climáticas, por exemplo, não são provocadas por nenhum gestor. Porém,
estes devem tomar decisões no sentido de amenizar seus efeitos ou tirar deles o melhor
resultado (proteção de ativos, aquisição de produtos com risco de escassez, etc.). Todo evento,
natural ou provocado, terá um gestor responsável por suas conseqüências.
Assim, podemos definir o Planejamento Estratégico como o processo de gestão pelo qual a
organização identifica ou constrói o cenário em que atua, as oportunidades e ameaças, suas
forças e debilidades, como resultado da análise das variáveis ambientais, produzindo diretrizes
estratégicas que orientem o cumprimento da missão e garantam a continuidade da empresa. O
Planejamento Estratégico tem como objetivo a determinação de diretrizes estratégicas em nível
macro, e diretrizes táticas em nível de áreas.
Os níveis de congruência, citados acima, é que irão garantir a continuidade da empresa, pois
irão capacitá-la a perceber mudanças em valores ambientais desejáveis e transformá-los em
objetivos organizacionais relevantes.
O principal input do processo é a análise das variáveis ambientais, internas e externas, a partir
da qual é definido ou construído o cenário em que a empresa atua. O Plano contendo as
diretrizes deve garantir a continuidade da empresa, contemplando o espaço de tempo que as
informações utilizadas na construção do cenário garantirem confiabilidade.
Tendo em vista as características quanto ao papel, postura e estilo do gestor, discutidos no início
deste trabalho, apresentaremos a melhor seqüência de fases para a implementação do
Planejamento Estratégico que resultará na definição das melhores diretrizes estratégicas e
táticas. A visualização desta seqüência conforme, a Figura abaixo, permite melhorar o seu
entendimento.
ORÇAMENTO
Mas, por outro lado, o orçamento parcial incorre em menores custos, direcionando esforços para
planejar e controlar apenas os aspectos mais importantes das operações da empresa.
CONTROLADORIA X ORÇAMENTO
Análise orçamentária se dá por análise das variações do valor orçado versus o valor realizado.
Como o valor realizado é obtido no sistema de contabilidade geral, há a necessidade de
otimização dos sistemas de informações, que também é responsabilidade do Controller.
A elaboração do orçamento é tarefa de toda a organização. Cada área será responsável por
alcançar determinadas metas, as quais deverão estar harmonizadas com as metas da entidade
toda.
Definição de Orçamento:
Vantagens
Objetivos
Comitê Orçamentário
CONTROLE
Sem planejamento não há padrões, sem padrões não há controle e sem controle o planejamento
não tem sentido. Planejamento e controle devem andar sempre juntos e para controlar é
necessário que existam padrões preestabelecidos, e que estes sirvam de parâmetros para
averiguar o andamento de planejamento.
O planejamento diz respeito à tomada de decisões, enquanto que o controle é uma fase do
processo decisório em que, através da comparação entre as situações alcançadas e as previstas
com base no sistema de informação, é avaliada a eficácia empresarial de cada área, resultando
em ações que se destinam a corrigir eventuais distorções, inclusive aquelas de não fazer, desde
que tenham sido implementadas. Nesse sentido, a função do controle é assegurar que o
desempenho real possibilite o alcance dos objetivos que foram anteriormente estabelecidos.
O controle deve ser feito desde a verificação das relações da empresa com ambiente até o
cumprimento da metas estabelecidas no plano operacional das áreas e da empresa como um
todo, devendo ser realizado antes, durante e após da ocorrência do evento ou fato que se
pretende controlar. O pré-controle tem como objetivo prevenir ou impedir a ocorrência de atos
indesejáveis; enquanto que o controle corrente tem por finalidade ajustar o desempenho ainda
em curso a fim de alcançar o objetivo. O pós-controle determina as causas dos desvios e
ajusta os parâmetros do sistema para operações futuras. O processo de controle abrange as
seguintes atividades:
À medida que uma empresa cresce, suas atividades tornam-se mais complexas. Para dirigi-la, a
cúpula administrativa necessita de informações para inteirar-se dos acontecimentos importantes
nas respectivas áreas de atuação. É mediante esse fluxo de informações que ela consegue
administrar sua empresa. A tomada de decisões depende, em grande parte da quantidade e da
qualidade das informações recebidas. A tarefa de coletar dados, selecioná-los, analisá-los e
retratá-los é muito importante para que a empresa alcance seus objetivos.
Em síntese, os relatórios visam fornecer à empresa melhores condições para que possa :
Entrega a tempo - um relatório entregue com atraso significa dinheiro perdido ; retarda as
decisões ou as medidas corretivas necessárias;
Estímulo à ação - a finalidade do relatório é incentivar a ação. Para isso, a sua função não se
limita aos fatos passados, mas fornece sempre uma indicação para o futuro, que permite uma
tomada de decisão pelo responsável;
Como falado anteriormente, o sistema de relatórios faz parte do sistema de controle da empresa.
Assim sendo, não pode haver relatório sem Ter havido um sistema de controle e de
planejamento devidamente implantado e consolidado. Como ponto fundamental desse sistema,
a implantação do sistema de relatórios tem os seguintes objetivos :
TIPOS DE RELATÓRIOS
Tendo cada empresa necessidades específicas, o sistema de relatórios deverá ser elaborado de
modo a atender tais necessidades. Há praticamente uma infinidade de tipos de relatórios. Dentre
eles, poder-se-ia destacar :
Relatórios para superintendentes - à medida que se passa para escalões superiores à hierarquia
da administração, os relatórios deverão ser menos detalhados. Os dados devem ser fornecidos
diária ou semanalmente, a fim de que tenham noção da situação geral da empresa e possam
tomar decisões e tempo, quando for preciso ;
Relatório para gerente - estes relatórios devem ser diários e comparados com os dados
planejados no mês ou ano anterior ;
DEFINIÇÕES
CARACTERÍSTIC
AS
Organizar as necessidades para que cada uma delas possa ser considerada dentro de
um contexto de importância e prioridade
Planejar cada uma das soluções com base na análise das necessidades.
Executar os planos sem atropelos.
Revisar periodicamente a execução do plano para que as correções de rumo sejam
tomadas imediatamente às necessidades.
Agir sobre toda e qualquer ocorrência. Jamais esperar que as soluções aconteçam por
geração espontânea.
Realizar o plano original, atualizando-o com as correções que se fizerem necessárias.
A informação contábil precisa ser compreensiva, isto é, completa, e retratar todos os aspectos
contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos ou operações. Não se devem
compensar créditos com débitos, ou direitos e obrigações. Todos os aspectos de uma operação
que afeta o patrimônio precisa ser levado em conta.
Como as pessoas estão envolvidas com cada uma dessas metas, o estudo dos métodos e
sistemas da contabilidade gerencial, devem estar conectados ao estudo do comportamento
humano com envolvimento e a participação da equipe, na implantação e desenvolvimento do
planejamento e objetivos do sistema de informação gerencial da empresa, oferecendo
estimulo e ouvindo e considerando as opiniões pode ser uma forma de incentivar a equipe ao
envolvimento e concentração de esforços para atingirem seus objetivos, proporcionando
assim, melhor desempenho das atividades e melhorias do resultado geral da empresa.
Os pressupostos básicos dos aspectos principais e mais relevantes, que devem ser
observados na elaboração de um Sistema de informação Contábil Gerencial, bem como as
características e procedimentos para sua utilização adequada são apresentadas conforme
quadro abaixo
Um sistema de informação contábil gerencial, para apresentar resultados eficazes, devera seguir
padrões estabelecidos com acompanhamento dos resultados obtidos pelos usuários, para o
processo de gestão, bem como uma análise do custo benefício que está apresentando para
empresa.
REFLEXÕES:
AUDITORIA CONTÁBIL
AUDITORIA INTERNA
É um controle administrativo, que mede e avalia a eficiência de outros controles. Examina o grau
de confiabilidade das informações e o desempenho das tarefas delegadas.
Seu trabalho apresenta como característica um maior volume de testes em função da maior
disponibilidade de tempo na empresa para executar os serviços de auditoria.
CONTROLE INTERNO
É um processo desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os
objetivos da empresa, nas seguintes categorias:
CONSIDERAÇÕES GERAIS
As equipes de auditoria são responsáveis, observados os limites das atribuições individuais, pelo
atendimento das normas da profissão contábil e pelas regras e procedimentos destinados a
promover a qualidade dos trabalhos de auditoria.
Os auditores devem manter procedimentos visando à confirmação de que seu pessoal atingiu, e
mantém, as qualificações técnicas e a competência necessárias para cumprir as suas
responsabilidades profissionais.
Para atingir tal objetivo, os auditores devem adotar procedimentos formais para contratação,
treinamento, desenvolvimento e promoção do seu pessoal.
Os auditores devem ter política de documentação dos trabalhos executados e das informações
obtidas na fase de aceitação ou retenção do cliente, em especial quanto:
Os auditores devem ter como política a designação de recursos humanos com nível de
treinamento, experiência profissional, capacidade e especialização adequados para a execução
dos trabalhos contratados.
Os auditores devem ter plena consciência de sua capacidade técnica, recursos humanos e
estrutura para prestar e entregar o serviço que está sendo solicitado, devendo verificar se há a
necessidade de alocação de recursos humanos especializados em tecnologia da computação,
em matéria fiscal e tributária ou, ainda, no ramo de negócios do cliente em potencial.
As equipes de trabalho deverão ser integradas por pessoas de experiência compatível com a
complexidade e o risco profissional que envolvem a prestação do serviço ao cliente.
A delegação de tarefas para todos os níveis da equipe técnica deve assegurar que os trabalhos
a serem executados terão o adequado padrão de qualidade.
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos quando
da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e execução da auditoria;
TIPOS DE PARECER
O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor está convencido sobre todos os aspectos
relevantes dos assuntos tratados no âmbito de auditoria, O parecer do auditor independente
deve expressar essa convicção de forma clara e objetiva.
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância
ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou
abstenção de opinião.
O auditor dever emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis estão
incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com
ressalva.
O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação significativa na extensão
de seus exames que impossibilitem o auditor expressar opinião sobre as demonstrações
contábeis por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la.
Esta Estrutura Conceitual trata dos trabalhos de asseguração executados por auditores
independentes. Ela proporciona orientação e referência para auditores independentes e para
outros envolvidos em trabalhos de asseguração, como aqueles que contratam um auditor
independente (contratante).
Aceitação de trabalho
Essa parte estabelece as características que devem estar necessariamente presentes antes do
auditor independente aceitar um trabalho de asseguração.
Essa parte identifica e discute os cinco elementos presentes nos trabalhos de asseguração
executados por auditores independentes: um relacionamento de três partes, um objeto, critérios,
evidências e um relatório de asseguração. Essa seção explica as diferenças importantes entre
os trabalhos de asseguração razoável e os de asseguração limitada (também detalhadas no
Apêndice). Essa seção discute também, por exemplo, as variações significativas no objeto dos
trabalhos de asseguração, as características exigidas dos critérios adequados, o papel do risco e
da materialidade nos trabalhos de asseguração, e como as conclusões são expressas em cada
um dos dois tipos de trabalhos de asseguração.
O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte
dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas
conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de
auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar essa opinião.
Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável
de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado
de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria
apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o
risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de
segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a
maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é
persuasiva e não conclusiva.
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável;
e
Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva
no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das
demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua
opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou
regulamentação aplicável.
(a) a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências
legais e regulatórias; aplicáveis; e
(b) os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas
circunstâncias.
Objetivo
(a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais e
regulatórias aplicáveis; e
(b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.
Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos:
Sócio encarregado do trabalho (as expressões “Sócio encarregado do trabalho”, “sócio” e “firma”
devem ser lidos como se referissem a seus equivalentes no setor público, quando relevante) é o
sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo trabalho e sua execução e pelo relatório de
auditoria ou outros relatórios emitidos em nome da firma, e quem, quando necessário, tem a
autoridade apropriada de um órgão profissional, legal ou regulador.
Equipe de trabalho são todos os sócios e quadro técnico envolvidos no trabalho, assim como
quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da rede para executar procedimentos de
auditoria no trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados pela firma ou por uma firma
da rede (NBC TA 620 – Utilização do Trabalho de Especialistas define o termo especialista do
auditor.
Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como auditor independente.
Companhia aberta é uma entidade que tem ações, cotas ou outros títulos cotados ou registrados
em bolsas de valores ou negociados de acordo com os regulamentos de uma bolsa de valores
reconhecida ou outro órgão equivalente.
Características da fraude
Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o
auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações
contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções
decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. Apesar
de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não
estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.
Responsabilidade do auditor
O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter
segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito na NBC TA 200, devido às
limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes
das demonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente
planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria
Objetivo
Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os seguintes significados a eles
atribuídos:
(i) o controle é planejado, implementado ou operado de tal forma que não consegue
prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis; ou
Requisitos
O auditor deve determinar se, com base no trabalho de auditoria executado, ele identificou uma
ou mais deficiências de controle interno.
Se o auditor identificou uma ou mais deficiências de controle interno, o auditor deve determinar,
com base no trabalho de auditoria executado, se elas constituem, individualmente ou em
conjunto, deficiência significativa.
(a) por escrito, as deficiências significativas de controle interno que o auditor comunicou ou
pretende comunicar aos responsáveis pela governança, a menos que não seja apropriado nas
circunstâncias comunicar diretamente à administração; e
(b) outras deficiências de controle interno identificadas durante a auditoria que não foram
comunicadas à administração ou a outras partes e que, no julgamento profissional do auditor,
são de importância suficiente para merecer a atenção da administração.
O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências significativas de controle
interno:
auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado
de forma eficaz e eficiente;
auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de
capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de
tarefas;
Objetivo
Requisitos
(c) estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC TA
210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria.
Atividades de planejamento
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a
direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para
orientar os esforços da equipe do trabalho;
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando
aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do
trabalho para a entidade; e
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre
que necessário no curso da auditoria.
Objetivo
Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Requisitos
Respostas gerais
O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados de
distorção relevante no nível das demonstrações contábeis.
O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza, época e
extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de
afirmações.
(a) considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante no nível
de afirmações para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações, incluindo:
(b) obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do
auditor.
.
Testes de controle
O auditor deve planejar e realizar testes de controle para obter evidência de auditoria apropriada
e suficiente quanto à efetividade operacional dos controles relevantes se:
(a) a avaliação de riscos de distorção relevante no nível das afirmações pelo auditor inclui a
expectativa de que os controles estão operando efetivamente (isto é, o auditor pretende confiar
na efetividade operacional dos controles para determinar a natureza, época e extensão dos
procedimentos substantivos); ou
(b) os procedimentos substantivos isoladamente não fornecem evidência de auditoria
apropriada e suficiente no nível de afirmações.
Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve obter evidência de auditoria mais
persuasiva quanto maior for a sua confiança na efetividade do controle.
Natureza e extensão dos testes de controle
(a) executar outros procedimentos de auditoria juntamente com indagação para obter evidência
de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles, incluindo:
O auditor deve testar os controles para uma data específica ou ao longo do período no qual o
auditor pretende confiar nesses controles.
Se o auditor obtém evidência de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles durante
período intermediário, o auditor deve:
(a) obter evidência de auditoria das alterações significativas nesses controles após o período
intermediário; e
(b) determinar a evidência de auditoria adicional a ser obtida para o período remanescente.
(a) a efetividade dos outros elementos de controle interno, incluindo o ambiente de controle,
os controles de monitoramento da entidade e o seu processo de avaliação de risco;
(b) os riscos decorrentes das características do controle, incluindo se ele é manual ou
automatizado;
(c) a efetividade dos controles gerais de Tecnologia da Informação (TI);
(d) a efetividade do controle e sua aplicação pela entidade, incluindo a natureza e extensão
de desvios na aplicação do controle observados nas auditorias anteriores e se houve mudanças
de pessoal que afetaram de forma significativa a aplicação do controle;
(e) se a falta de alteração em um controle em particular oferece risco devido às mudanças de
circunstâncias; e
(f) os riscos de distorção relevante e a extensão da confiança no controle.
Quando são detectados desvios de controles nos quais o auditor pretende confiar, o auditor deve
fazer indagações específicas para entender esses assuntos e suas potenciais consequências e
deve determinar se:
(a) os testes de controle executados fornecem uma base apropriada para se confiar nos
controles;
(b) são necessários testes adicionais de controle; ou
(c) os riscos potenciais de distorção precisam ser tratados usando procedimentos
substantivos.
Procedimento substantivo
Se forem detectadas distorções que o auditor não esperava na avaliação de riscos de distorção
relevante em data intermediária, o auditor deve avaliar se a respectiva avaliação de risco e a
natureza, época e extensão planejadas dos procedimentos substantivos que cobrem o período
remanescente precisam ser modificadas.
Objetivo
Definições
Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:
Objetivo
O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base
razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.
Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados a eles atribuídos:
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse
ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de
amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do
que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de
conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião
de auditoria não apropriada.
(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do
que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da
auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as
conclusões iniciais estavam incorretas.
Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea
por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou
desvio em uma população.
Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população.
Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características:
A abordagem de amostragem que não tem as características (i) e (ii) é considerada uma
amostragem não estatística.
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor
monetário).
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de
segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.
Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos,
definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio
não seja excedida pela taxa real de desvio na população.
NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações
Relacionadas.
Objetivo
Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os seguintes significados:
Objetivo
Os objetivos do auditor independente, quando a entidade tiver a função de auditoria interna que
o auditor independente determinou como tendo a probabilidade de ser relevante para a auditoria,
são:
(a) determinar se e em que extensão utilizar um trabalho específico dos auditores internos; e
Definições
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados a eles atribuídos
abaixo:
Auditores internos são as pessoas que executam as atividades da função de auditoria interna.
Os auditores internos podem fazer parte de um departamento de auditoria interna ou de uma
função equivalente.
A seguir algumas questões com base nos Exames anteriores e questões de concursos com nível
parecido a prova do Conselho Federal de Contabilidade.
TEORIA X PRÁTICA
RESOLUÇÃO
11.2.1.1 – O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais de Auditor
Independente e estas normas, e de acordo com os prazos e demais compromissos
contratualmente assumidos com a entidade.
11.2.1.2 – O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os
fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o nível geral
de competência de sua administração.
11.2.1.4 – O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho
por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão
aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.
11.2.1.5 – Os programas de trabalho devem ser detalhados de forma a servir como guia e meio
de controle de sua execução.
11.2.1.7 – A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável
segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacitação profissional,
independência e treinamento requeridos nas circunstâncias.
11.2.1.9 – Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as
demonstrações contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o
planejamento deve contemplar os seguintes procedimentos:
Resposta B
RESOLUÇÃO:
a) Correto. O auditor deve obter o entendimento do controle interno relevante para a auditoria
Resposta A
RESOLUÇÃO
c) errada, Normas Brasileira da Contabilidade não força de lei, logo não se sobrepõem
RESOLVENDO E CONCEITUANDO:
A questão também está relacionada com a Resolução 001203/2009 NBC TA 200 - Objetivos
Gerais do Auditor Independente, que trata das responsabilidades gerais do auditor independente
na condução da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras normas elas estão
substancialmente apresentadas pela sua sigla “NBC TA”. Especificamente, ela expõe os
objetivos gerais do auditor independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para
possibilitar ao auditor independente o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o
alcance, a autoridade e a estrutura das NBC TAs e inclui requisitos estabelecendo as
responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis em todas as auditorias, inclusive a
obrigação de atender todas as NBC TAs. Doravante, o “auditor independente” é denominado o
“auditor”.
A letra c) está incorreta porque as NBC TAs NÃO impõem responsabilidades à administração ou
aos responsáveis pela governança e NÃO se sobrepõe às leis e regulamentos que governam as
suas responsabilidades, conforme versa a Res. 1203/2009.
A mesma Resolução ratifica a letra d) como correta: O objetivo da auditoria é aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa
se as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em
conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a
formar essa opinião.
QUESTÃO: O planejamento adequado, a designação apropriada de pessoal para a equipe de
trabalho, a aplicação de ceticismo profissional, a supervisão e revisão do trabalho de auditoria
executado, ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e
reduzem a possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria
inadequado, aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar
erroneamente os resultados da auditoria. Tais procedimentos são fundamentais na redução do
risco de:
a) controle.
b) detecção.
c) distorção inerente.
d) relevante.
RESOLUÇÃO:
(a) o risco de que a informação sobre o objeto contenha distorções relevantes, o que, por sua
vez, consiste em:
(i) risco inerente é a suscetibilidade da informação sobre o objeto a uma distorção relevante,
pressupondo que não haja controles relacionados; e
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou
detectada e corrigida, em tempo hábil por controles internos relacionados. Quando o risco de
controle é relevante para o objeto, algum risco de controle sempre existirá em decorrência das
limitações inerentes ao desenho e à operação do controle interno; e
(b) risco de detecção é o risco de que o auditor independente não detecte uma distorção
relevante existente.
Assim, todos os atributos informados no enunciado são dessa norma. dessa forma ela explica:
A1. As respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das
demonstrações contábeis podem incluir:
Assim temos,
Resposta B
NBC TA 240
Definições
11. Para efeito desta Norma, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis
pela governança, funcionários ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de
vantagem injusta ou ilegal.
Resposta D
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto
com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida
tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos
Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria e a Resolução CFC n.º 1.329/11 que alterou a sigla e a numeração da NBC T 19.27
citada nesta Norma para NBC TG 26. Além da RESOLUÇÃO CFC N.º 1.328/11 que trata da
Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.
a) de controle
Resposta A
QUESTÃO: O auditor realizou uma contagem física no caixa da empresa auditada.
Considerando que nessa data o saldo anterior existente era de R$100.000,00 e, levando em
consideração os eventos após a contagem, o CORRETO valor do saldo final do caixa da
empresa é de:
Eventos:
- Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor, efetuado por meio de cheque no valor
de R$57.000,00.
- Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$72.000,00, acrescido de juros por atraso
de 2%.
- Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$21.900,00.
- Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$51.000,00.
a) R$27.100,00.
b) R$43.540,00.
c) R$100.540,00.
d) R$173.440,00.
Esse exercício tem um semelhante no livro do Benedito de Souza, Auditoria Contábil, caso
prático.
Assim, a idéia é que o auditor faça a contagem física do caixa, com ajuste na conta e o que não
for da conta caixa seja retirado para contas de sua natureza, formando pontos de
recomendações.
A lei 5474/68, que dispõe sobre duplicatas, explica que a duplicata pode ser recebida tanto por
instituições financeiras como pelo empresário.
R$ 72000,00
R$ 72.000,00 x 2% = 1.440,00
Total = 73.440,00
1- não entra
2- Recebimento 73.440,00
3- Pagamento 21.900,00
4- Pagamento 51.000,00
Resposta C
QUESTÃO: A firma de auditoria Auditores Associados foi contratada para emitir parecer
específico sobre o balanço patrimonial de determinada entidade. Ela disponibilizou acesso
ilimitado a todas as áreas da empresa, a todos os relatórios, registros, dados, informações e
demais demonstrações contábeis, de forma a serem possíveis todos os procedimentos de
auditoria. Dessa forma, é correto classificar essa auditoria como
(B) um trabalho de objetivo ilimitado, que deverá gerar parecer na modalidade com ressalvas,
pelo menos.
Comentários
É possível que o auditor seja contratado para uma auditoria voltada somente para opinar
sobre o balanço patrimonial e não sobre as demais demonstrações contábeis. Desde que
não haja nenhuma restrição ao acesso do auditor às informações, registros e dados em
que se baseiam as demonstrações contábeis e sejam possíveis todos os procedimentos
de auditoria que considere necessários nas circunstâncias, essa solicitação de exame
não caracteriza uma limitação na extensão. Representa somente um trabalho de auditoria
de objetivo limitado, mas não de extensão limitada para tal objetivo.
Resposta D
II. Na conta de Estoques, não deram baixa do custo de mercadorias vendidas decorrentes de
uma venda, esta contabilizada corretamente, de R$ 120.000,00, cujo lucro bruto correspondeu a
9/10 desse valor.
III. Na conta de Duplicatas a Receber, constava uma duplicata de R$ 8.000,00, que já tinha sido
recebida pela companhia.
Em conseqüência desses erros, o auditor concluiu que o lucro contábil da companhia estava
superestimado na importância equivalente, em R$, a
(A) 14.450,00.
(B) 13.750,00.
(C) 12.850,00.
(D) 6.450,00.
(E) 5.750,00.
Comentários
O montante das despesas de juros deve ser diminuído do lucro, uma vez que não foram
contabilizadas. Tal operação fará com que o lucro contábil diminua R$ 2.250
II. Na conta de Estoques, não deram baixa do custo de mercadorias vendidas decorrentes de
uma venda, esta contabilizada corretamente, de R$ 120.000,00, cujo lucro bruto correspondeu a
9/10 desse valor.
Não foi registrado o custo da mercadoria vendida (CMV), somente a venda foi registrada
corretamente. Como o lucro é de 9/10 da venda, temos:
III. Na conta de Duplicatas a Receber, constava uma duplicata de R$ 8.000,00, que já tinha sido
recebida pela companhia.
Tal fato não altera o lucro da Companhia. A companhia deverá simplesmente registrar o
recebimento da duplicata por meio do lançamento:
D – Disponibilidades
C – Duplicatas a Receber 8.000
Resposta B
PROFESSORES E PESQUISADORES
Demais fontes:
LIVROS DE CONTABILIDADE
SITES ESPECIALIZADOS