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Rio de Janeiro,
2011
ADRIANA ALVES DE OLIVEIRA
Rio de Janeiro,
2011
Dedicatória
Charles Chaplin
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo mostrar como as mídias estão influenciando
a vida cotidiana do jovem e consequentemente o comportamento humano. Para
realizar a pesquisa aqui apresentada baseamos nossas considerações nos
seguintes autores: Pedrinho Guareschi, Inez Lemos e Valdir Heitor Barzotto, entre
outros que foram citados ao longo da pesquisa. A Pesquisa de cunho bibliográfico
aponta que apesar da informática estar em consonância com a dinâmica do mundo,
ser uma ferramenta fundamental para a Educação nesse mundo globalizado, ao
mesmo tempo contribui para a individualização e também pode causar danos ao
comportamento humano, que na maioria das vezes, acabam por se transformar em
transtornos compulsivos que podem levar o ser humano a estados de total
desequilíbrio.
Abstract
This work aims to show how the media are influencing the daily life of the young and
therefore human behavior. To conduct the research presented here base our
considerations in the following authors: Pedrinho Guareschi, Inez Barzotto Heitor
Lemos and Valdir, and others that were cited during the survey. Search bibliographic
the stamp indicates that despite the informatic be consistent with the dynamics of the
world, be a fundamental tool for education in this globalized world, while contributing
to the individual and can also cause damage to human behavior, which in most
times, eventually become a compulsive disorder that can lead human beings to all
states of imbalance.
Von Neumann
Os avanços nessa direção prosseguem até hoje, com os circuitos VLSI (very large
scale integration) e os circuitos ULSI (ultra large scale integration).
Gerações de computadores
O modelo lógico de computador proposto por von Neumann pode ser descrito pela
seguinte figura
Unidade de controle
Memória
Até o final da década de 50, computadores eram pouco mais que raridades curiosas
e quase inacessíveis no Brasil. Seus usuários contavam-se nos dedos. O
primeiríssimo foi adquirido pelo governo do Estado de São Paulo, em 1957: um
Univac-120 para calcular o consumo de água da capital. Equipado com 4.500
válvulas, fazia 12 mil somas ou subtrações por minuto e 2.400 multiplicações ou
divisões, no mesmo tempo. No setor privado, o primeiro computador, um Ramac
305 da IBM, foi comprado em 1959 pela Anderson Clayton. Dois metros de largura,
um metro e oitenta de altura, com mil válvulas em cada porta de entrada e saída da
informação, ocupava um andar inteiro da empresa. A unidade de disco, com 150 mil
bytes de capacidade e um único braço de acesso, tinha dois metros de altura,
exibindo-se em uma redoma de vidro, Levava cinco minutos para procurar uma
informação. A impressora operava à espantosa velocidade de 12,5 caracteres por
segundo.
Um dos primeiros trabalhos da Capre foi levantar a situação dos recursos humanos
e a demanda de pessoal para os três anos seguintes e, com base nesses dados,
traçar as diretrizes de um Programa Nacional de Ensino de Computação. O objetivo
era criar uma serie de medidas que reduzissem o déficit de profissionais de
informática no pais: 13,5% de operadores, 22,6% de programadores e 10,9% de
analistas. A previsões era de que, com o crescimento do parque computacional- que
deveria atingir em 1973, 74 e 75, respectivamente, 1 mil, 1.450 e 2.100
computadores-esse déficit aumentasse ainda mais. Entre as medidas propostas
estavam a criação de um fundo para a aquisição de material didático, a formação de
instrutores, que deveriam se deslocar para outras regiões do país fora do eixo Rio-
São Paulo, e a inclusão da computacão nos currículos das escolas de primeiro e
segundo grau. Uma das primeiras iniciativas foi a criação, em setembro de 1973, de
um curso de formação de tecnólogos em processamento de dados na PUC-RJ, com
o patrocínio do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
A IBM iniciou suas operações no Brasil em 1917. Seu primeiro negócio no pais foi
instalar as maquinas para o censo demográfico de 1920 e, na década de 30,
expandia suas atividades abrindo filiais em diversos estados. Em 1939, a empresa
inaugurava sua primeira fábrica no Brasil, no bairro carioca de Benfica 1. Em 1961,
a fábrica de Benfica iniciava a montagem dos computadores da linha 1401. As
atividades de fabricação se expandiram com a implantação de uma outra fabrica,
em Sumaré (região de Campinas, São Paulo}. Na década de 70, a empresa tinha no
país duas fábricas, mais de uma dezena de filais, número igual de escritórios e 15
centros de serviços de dados. E mais ainda estava por vir. Em 1976, inaugurava na
paradisíaca região da Floresta da Tijuca, no Rio,
seu Centro Educacional* para executivos. E, em outubro de 1977, era a vez de
inaugurar o novo edifício-sede da filial paulista, na avenida 23
de Maio,com 24 andares, 45 mil metros quadrados e projetado
segundo as normas da IBM de proteção ao meio ambiente e aos usuários do
edifício.
A Burroughs, segunda maior fabricante de computadores, iniciou suas atividades
industriais no Brasil em 1953, no Rio de Janeiro, realizando a montagem e,
posteriormente, a fabricação de calculadoras e autenticadoras de caixas
eletromecânicas. Posteriormente, implantou outra fábrica em Santo
Amaro, na época um município fora de São Paulo. Em maio de 1976, inaugurava
sua sede própria -um edifício de 14 andares no centro do Rio de Janeiro - em
solenidade que contou com a presença de diversas autoridades do estado, federais
e de outros estados, das diretorias carioca e de outros estados, e de todo o
conselho diretor da empresa, que veio especialmente de Detroit para realizar no
Brasil a sua reunião de diretoria.
A ARPANET foi desenvolvida exatamente para evitar isto. Com um Back Bone que
passava por baixo da terra (o que o tornava mais difícil de ser interrompido), ela
ligava os militares e pesquisadores sem ter um centro definido ou mesmo uma rota
única para as informações, tornando-se quase indestrutível.
Nos anos 1970, as universidades e outras instituições que faziam trabalhos relativos
à defesa tiveram permissão para se conectar à ARPANET. Em 1975, existiam
aproximadamente 100 sites. Os pesquisadores que mantinham a ARPANET
estudaram como o crescimento alterou o modo como as pessoas usavam a rede.
Anteriormente, os pesquisadores haviam presumido que manter a velocidade da
ARPANET alta o suficiente seria o maior problema, mas na realidade a maior
dificuldade se tornou a manutenção da comunicação entre os computadores (ou
interoperação).
No final dos anos 1970, a ARPANET tinha crescido tanto que o seu protocolo de
comutação de pacotes original, chamado de Network Control Protocol (NCP),
tornou-se inadequado. Em um sistema de comutação de pacotes, os dados a serem
comunicados são divididos em pequenas partes. Essas partes são identificadas de
forma a mostrar de onde vieram e para onde devem ir, assim como os cartões-
postais no sistema postal. Assim também como os cartões-postais, os pacotes
possuem um tamanho máximo, e não são necessariamente confiáveis.
A história da Internet no Brasil começou bem mais tarde, só em 1991 com a RNP
(Rede Nacional de Pesquisa), uma operação acadêmica subordinada ao MCT
(Ministério de Ciência e Tecnologia).
Outro fator primordial que existe por trás do recente crescimento da Internet é a
disponibilidade de novos serviços de diretório, indexação e pesquisa que ajudam os
usuários a descobrir as informações de que precisam na imensa Internet. A maioria
desses serviços surgiu em função dos esforços de pesquisa das universidades e
evoluíram para serviços comerciais, entre os quais se incluem o WAIS (Wide Area
Information Service), o Archie (criado no Canadá), o YAHOO, de Stanford, o The
McKinley Group e o INFOSEEK, que são empresas privadas localizadas no Vale do
Silício.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real
de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela,
acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez
será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da
Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a
determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente
às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da
programadora na Internet ou outros bancos de dados.
Para D’Ambrósio (1999 p.5), educação é ação. Um princípio básico é que toda ação
inteligente se realiza mediante estratégias que são definidas a partir de informações
da realidade. Portanto, a prática educativa, como ação, também estará ancorada
em estratégias que permitem atingir as grandes metas da educação. As estratégias,
por sua vez, estão apoiadas em ferramentas, recursos que viabilizam sua
realização. Mais do que nunca, os professores estão recorrendo à tecnologia. Ao
contrário do senso comum de que informática facilita o processo de ensino-
aprendizagem, o computador dificulta o processo, podendo enriquecer ambientes
de aprendizagem, onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem
chance de construir o seu conhecimento. O conhecimento não é passado para o
aluno; ele não é mais instruído, ensinado, mas construtor do seu próprio
conhecimento. Assim o paradigma instrucionista vai sendo substituído pelo
paradigma construcionista onde a ênfase está na aprendizagem, na construção do
conhecimento, ao invés de estar no ensino, na instrução.
Segundo Valente (1998), o computador tem sido usado na educação como máquina
de ensinar que consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais; o
professor implementa no computador uma série de informações que devem ser
passadas ao aluno, na forma de um tutorial, exercício e prática ou jogo. Desta forma
o computador não contribui para a construção do conhecimento, pois a informação
não é processada, mas simplesmente memorizada. A abordagem denominada por
Papert de construcionismo permite que o aprendiz possa construir seu
conhecimento através do computador. Segundo essa concepção, a construção do
conhecimento só acontece quando o aluno constrói um objeto de seu interesse, um
texto, um programa, etc. Para Valente (1998), a diferença entre a teoria de Piaget e
o construcionismo de Papert é que o conhecimento é construído através do
computador, o computador é utilizado como uma ferramenta de aprendizagem.
Uma sala de aula Equipada com computadores, TV, vídeo, aberta e livre ao diálogo,
pode se transformar em uma oficina de trabalho, a partir do momento em que os
estudantes forem desafiados a buscarem soluções para os problemas em
colaboração entre os pares e com as facilidades disponíveis pelas tecnologias. Isto
pode fazer com que os estudantes ganhem mais confiança para criarem livremente,
sem medo de errar. Assim a sala de aula pode gerar uma grande equipe para
produção e troca de idéias, um ambiente diferente do da sala de aula convencional,
onde a fala e a projeção do pensamento passam a ter papel fundamental no
processo de criação e na aplicação dos conteúdos adquiridos formalmente.
Nos dias atuais, estamos vivendo um fenômeno que até então, em outras
épocas pensamos em viver, a relação direta com a mídia. Onde quer que possamos
estar ou o que possamos fazer a mídia se faz presente. Essa mesma mídia que
participa de nossa vida diariamente, se torna mais um agente participativo na
Educação.
Levando em consideração que vivemos em mundo capitalista a mídia
acaba por dividir opiniões, formular conceitos, estabelecer relações entre os
sujeitos, enfim, modificar o comportamento dos seres humanos.
Antes precisávamos de rádio, jornais, revistas, música... Enfim, todo um conjunto de
informações para que a mensagem fosse passada e alcançada por todos. Hoje,
com um simples toque, acessamos todas as informações simultaneamente em
fração de segundos nos deparamos com o mundo. Essa aceleração de informações
faz parte das importantes transformações ocorridas no século XX.
Com isso, precisamos cada vez mais, de pessoas que dominem tais
informações que diariamente invadem nosso cotidiano, uma vez que as gerações
antigas não conhecem esses mecanismos, precisamos estar cada vez mais
preparados para esse mercado cibernético que domina o mundo. A principal missão
dos Educadores do mundo moderno, é preparar nossos jovens para lidar com o
impacto que o mundo virtual tem sobre suas vidas e seus modo de pensar para que
possam separar o que realmente interessa e não se tornem meros copiadores de
informações pré-existentes. Precisamos ter consciência de que a internet oferece as
respostas, mas não tem poder de elaborar os questionamentos. Eis o grande
diferencial que liberta: O questionamento.
Bourdieu (1997:29) afirma: “É insensivelmente, a televisão que se
pretende um instrumento de registro torna-se um instrumento de criação da
realidade.” Entendemos que o consumo através da mídia, ocupa grande espaço de
tempo livre da população. Quando pensamos na cultura do mundo das aparências,
começamos a nos deparar com jovens e adolescentes deprimidos em razão de
muitas vezes, não estarem de acordo com os padrões pré-estabelecidos. O corpo
se transformou em mais uma mercadoria nesse mundo capitalista. Com isso, as
relações ficam cada vez mais distantes e o jovem vivencia sentimentos de
abandono e desespero. Essa questão deve ser pensada com base no que fica
registrado no inconsciente de quem recebe essa imagem vendida pela mídia
televisiva, através da qual tudo é perfeito: a vida, as pessoas, o sucesso é
garantido, não existe miséria e nem desemprego; apenas pessoas felizes e bem
resolvidas.
Por outro lado, existe a depressão, a frustração, a infelicidade e a pulsão
de morte. Pais cada vez mais omissos, pois não tem tempo para seus filhos, pois
estão sempre buscando ter sempre mais bens materiais.
Deparamos-nos com muitos absurdos nessa sociedade capitalista, filhos
que vão buscar na justiça o amor de seus pais. Amar o dinheiro é mais importante
que amar as pessoas.
O mundo infantil acaba se transformando em um grande mercado. Todos
querem vender, para crianças, são festas infantis. O estilo das meninas mudou para
os saltos altos, com direito a salão de beleza infantil, condicionando a menina que
ela deve estar sempre produzida desde cedo, para não ficar fora do contexto
estabelecido pela sociedade.
Devemos levar em conta que muitos ainda não têm acesso a essa gama
de mídias que estão disponibilizadas no mercado. E mais uma vez o poder
econômico dita as normas: A Classe dos Dominantes e a Classe dos Dominados.
A imprensa vem sendo utilizada de maneira errada, pelo menos diante
daquilo que ela se propõe: Comunicação. Ao contrário, o que observamos é um
jogo sem limites em que vencedor de hoje, pode se tornar o derrotado de amanhã,
basta não estar inserido no contexto ditado pela mídia. A mídia é formadora de
opinião, por isso precisamos refletir a respeito de seu uso e tentarmos buscar
soluções para essa influência na Educação.
Laje (1987:7) afirmou: “Uma imagem pode conter informação que não
cabe em mil palavras.” Precisamos canalizar o poder que essa mídia tem para
beneficiar a Educação e contribuir assim, para a formação de um cidadão e não de
mais um manipulador. E caminho para tanto não é encher as escolas de
computadores, e sim, utilizar recursos diversos que muitas vezes estão a nossa
disposição: jornais, revistas, rádio, televisão, livros, etc.
Carllson (1999:39) “Deve-se ensinar, em escolas de todos os níveis,
sobre a mídia, seu impacto e funcionamento. Os estudantes devem ser capacitados
para se relacionar com a mídia de forma participativa.” Nós Educadores, precisamos
dominar as informações e não nos tornarmos prisioneiros das mesmas, afinal,
estamos contribuindo para a formação de um cidadão e não de um mero receptor
de mensagens, alvo do poder que domina e escraviza o ser humano.
Capítulo IV – O Olhar Psicopedagógico
A Informática vem sendo cada vez mais utilizada no cenário educacional como
instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma
rápida entre nós. Com isso, a educação vem passando por mudanças estruturais e
funcionais para se adaptar a essa nova tecnologia.
Há tempos atrás se fazia necessário justificar a importância para a introdução
da Informática na escola. Nos tempos atuais, já existe consenso sobre o quanto ela
é necessária. Entretanto, o que precisamos observar é de que forma essa
ferramenta vem sendo utilizada.
REZENDE, A G Rezende N. A Tevê e a criança que te vê. São Paulo: Cortez, 1989
BARZOTTO, Valdir Heitor., GHILARDI, Maria Inês. Mídia, Educação e Leitura. São
Paulo: Anhembi Morumbi, 1999.
Sites:
www1.folha.uol.com.br/folha/equilíbrio/equi20000615_6.shtml
www.terra.com.br/istoe/digital/educação.htm
www.centrorefeducacional.com.br/informat.html
blogdaroselysayao.blog.uol.com.br
www.psiqweb.med.br